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Caldeirão da Bolsa

Off-topic - cimeira da NATO

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Elias » 18/11/2010 21:13

NATO: Vias secundárias sem fiscalização
cmjornal.xl.pt
18 de Novembro

A presença policial do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e da GNR nas nove grandes fronteiras terrestres, a fiscalizar quem entra no País, não se verifica noutras dezenas de passagens transfronteiriças.

Isso mesmo constataram ontem os jornalistas do CM, que entraram e saíram em pequenas fronteiras e, ao longo de 200 quilómetros, não foram sujeitos a qualquer controlo nem pedido de identificação por autoridades - portuguesas ou espanholas.

Nem os repórteres, nem centenas de outros automobilistas que entraram no País pelas estradas secundárias - o SEF tem referenciados 53 postos de passagem não legalizados, mas haverá outros.

A viagem do CM pela raia começou em Batocas, Almeida, dez quilómetros a sul de Vilar Formoso. A passagem Portugal/Espanha distingue-se apenas pela sinalização e cor do asfalto. Não há polícia e, ao fim de cinco minutos, passou o primeiro carro. "Não vi guardas por aqui, estamos tranquilos", diz Luís Freire, que foi numa carrinha buscar mercadoria a La Alamedilla. "Se os terroristas quisessem estragar a cimeira tinham vindo mais cedo e passado por estas fronteiras, não pelas principais", explica. Opinião igual tem Filipe Martinez, espanhol, que entrou "à vontade", sem se identificar. Nos postos de passagem de La Alberguería de Argañan, Aldeia do Bispo e Valverde del Fresno (na província de Cáceres) não havia pontos de fiscalização. "Não vimos qualquer polícia", garante Vítor Costa, um operário que estava a trabalhar numa estrada a um quilómetro da fronteira. Nessa altura passou um jipe da GNR, com quatro guardas. Mas mais nada aconteceu.

HILLARY NO HOTEL DA SELECÇÃO ESPANHOLA

A secretária de Estado norte--americana, Hillary Clinton, chega hoje a Lisboa para a Cimeira da NATO, amanhã e sábado, estando tudo a postos para receber a governante no mesmo hotel em que ficou instalada a selecção espanhola de futebol.

À semelhança da restante comitiva norte-americana - com excepção de Barack Obama, que, por motivos de segurança, ficará acomodado na embaixada dos EUA -, Clinton ficará no hotel Marriott. O CM sabe que há vários dias que o andar daquela unidade hoteleira onde fica o quarto de Hillary foi sujeito a uma vistoria minuciosa por parte das autoridades norte-americanas, nomeadamente por uma brigada de minas e armadilhas, e desde então o andar encontra-se encerrado a clientes. O Marriott foi passado de novo a pente fino após o check-out da selecção espanhola, que deixou o hotel após ter defrontado a selecção portuguesa.
 
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por Elias » 18/11/2010 21:11

No Jornal da TVI acabaram de mostrar que nas fronteiras secundárias não há qualquer controlo policial. 8-)
 
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por MarcoAntonio » 18/11/2010 21:02

Elias Escreveu:Mas nesta página da wikipedia anglófona é apresentada uma versão diferente, referindo-se que há dúvidas sobre a versão exacta do Niemöller.


Há uma série de versões (até porque aparentemente ele disse-o - segundo o próprio alegou - em várias ocasiões, normalmente discursos).

Aqui tem meia dúzia de variantes:

http://en.wikiquote.org/wiki/Martin_Niem%C3%B6ller

(por acaso nenhuma coincide com a de cima, a mais parecida é uma em que se coloca "católicos" e a réplica é que ele não se importou porque era "protestante", possivelmente uma adulteração com acrescentos também ela)




Uma página interessante sobre o tema com pesquisa histórica de um professor americano em História Germânica:

http://www.history.ucsb.edu/faculty/marcuse/niem.htm
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Elias » 18/11/2010 20:58

Segundo a wikipedia o texto originar era este:

"Quando os nazistas levaram os comunistas, eu calei-me, porque, afinal, eu não era comunista. Quando eles prenderam os sociais-democratas, eu calei-me, porque, afinal, eu não era social-democrata. Quando eles levaram os sindicalistas, eu não protestei, porque, afinal, eu não era sindicalista. Quando levaram os judeus, eu não protestei, porque, afinal, eu não era judeu. Quando eles me levaram, não havia mais quem protestasse"


Mudadam os sociais-democratas para operários e os judeus para sacerdotes.

Mas nesta página da wikipedia anglófona é apresentada uma versão diferente, referindo-se que há dúvidas sobre a versão exacta do Niemöller.
 
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por mais_um » 18/11/2010 20:57

amsfsma Escreveu:
e que são diabolizados de forma a afastar o hipotéticos manifestantes nacionais.


Diabolizados? Estás a brincar? Vais dizer que todas as imagens de destruição em manifestações semelhantes são inventadas? Bem....tens o cerebro bem "lavadinho"..... :shock: :shock:
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por MarcoAntonio » 18/11/2010 20:53

Já agora, é interessante notar que Niemöller era Pastor Luterano e que a passagem sobre sacerdotes é um "acrescento"...

:wink:
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por MarcoAntonio » 18/11/2010 20:50

amsfsma Escreveu:Deixo Brecht falar por mim:

Primeiro levaram os comunistas
Mas não me importei com isso
Eu não era comunista

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os sindicalistas
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou sindicalista

Depois agarraram uns sacerdotes
Mas como não sou religioso
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde.


Esse "texto" (entretanto já meio adulterado) não é de Brecht mas de Martin Niemöller.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
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por mais_um » 18/11/2010 20:48

amsfsma Escreveu:Deixas aqui uns lençóis para mostrar que as manifestações são permitidas no entanto pareces esquecer que as manifestações só existem se existirem manifestantes...que neste caso são impedidos de atravessar as fronteiras portuguesas e que são diabolizados de forma a afastar o hipotéticos manifestantes nacionais.


Eu deixo factos, tu deixas opiniões....
Vais-me dizer que as manifestações não vão ter adesão pelo facto de 127 pessoas terem sido proibidas de entrar? :lol: :lol: :lol:

Boa desculpa!!!! Como diria o Scolari: e o burro sou eu ????? :lol: :lol:
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por amsfsma » 18/11/2010 20:39

mais_um

Nas ditaduras, o discurso oficial, a legislação também permitem a livre manifestação, a livre expressão mas tudo é feito para que ninguém se atreva a tal.

Deixas aqui uns lençóis para mostrar que as manifestações são permitidas no entanto pareces esquecer que as manifestações só existem se existirem manifestantes...que neste caso são impedidos de atravessar as fronteiras portuguesas e que são diabolizados de forma a afastar o hipotéticos manifestantes nacionais.

Suponho que com esse enviazamento situacionista não tenhas qualquer recriminação a fazer à repressão de Tianamenn. Tenho a certeza que não terias se fosses um chinês a viver na China na altura. Ou pensas que a TV chinesa, antes da repressão, não diabolizou os manifestantes para justificar o que se seguiria. Uma reportagem sobre a vida nocturna desse tipo de jovens. Outra sobre a influência perniciosa dos meios de comunicação social ocidental. Outra sobre o cadastro de algum líder estudantil. Outra sobre supostas armas interceptadas a caminha de Tiannamenn e estão os dissidentes devidamente diabolizados e prontos a serem reprimidos e mortos sem que a sociedade levante um dedo a favor dos mesmos.

Posso ser ingénuo mas prefiro sé-lo a propósito de algumas dezenas de pessoas "inofensivas" do que a propósito de indivíduos que tem nas mãos o sangue de milhares de vidas inocentes.

Muitos dos que lá estarão são criminosos de guerra que ficarão impunes simplesmente porque são os vencedores. Os vencedores têm o privilégio de não terem que enfrentar a justiça e de poderem (re)escrever a história. Ao contrário de muitos não acredito na justiça divina e não acredito também na condenação feita pela história pois esta sendo escrita pelos vencedores é aquilo que é.

A única justiça que se poderia esperar seria a da opinião pública mas esta também é feita por homens falíveis e cobardes.


Deixo Brecht falar por mim:

Primeiro levaram os comunistas
Mas não me importei com isso
Eu não era comunista

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os sindicalistas
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou sindicalista

Depois agarraram uns sacerdotes
Mas como não sou religioso
Também não me importei

Agora estão me levando
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por mais_um » 18/11/2010 19:36

amsfsma Escreveu:-Todas as notícias, reportagens, etc são no sentido de "criminalizar" e dislegitimar qualquer protesto contra a cimeira da OTAN.



Mais uma prova da tua demagogia:

O Governo Civil de Lisboa autorizou a realização de mais duas manifestações, uma concentração, uma vigília e uma outra iniciativa para os dois dias da Cimeira da NATO, que decorre na sexta-feira e no sábado na FIL, no Parque das Nações.
O pedido de autorização obrigatório para a realização de manifestações ou concentrações na via pública tem de ser feito com 48 horas de antecedência. Na véspera do arranque da Cimeira da NATO, o Governo Civil de Lisboa já tem a lista de todas as iniciativas autorizadas.

O primeiro evento é já hoje e é da responsabilidade do Bloco de Esquerda, que às 21h30 realiza uma sessão pública no Largo de Camões.

No sábado, a primeira manifestação está marcada para as 10h00 com início no Campo Grande. Pedida pela Federação das Colectividades do Distrito de Lisboa, a manifestação deverá terminar por volta das 12h00 na Praça da Figueira.

Às 15h00, o Marquês de Pombal serve para receber os participantes da segunda manifestação do dia, que termina nos Restauradores. Esta é uma iniciativa da responsabilidade da “Campanha Paz sim! NATO não!”. A campanha envolve mais de uma centena de organizações, entre as quais associações de estudantes, sindicatos, como a CGTP, partidos políticos, como o PCP e os Verdes, o Conselho Português para a Paz e Cooperação, a Escola de Mulheres - Oficina de Teatro e a Associação de Solidariedade com o País Basco, entre outros.

Ainda no sábado, a partir das 10h00, a “Campanha Paz sim! NATO não!” organiza na Praça da Figueira actividades desportivas e culturais.

No mesmo dia, o Consejo Geográfico de España y la Diáspora del Partido del Progreso organiza uma concentração em frente à Assembleia da República, com início marcado para as 15h00. No entanto, esta entidade viu negado o pedido de desfile pela cidade, “por falta de informações sobre o percurso e as horas a que o pretendiam fazer”, disse à Lusa fonte do Governo Civil de Lisboa.

Ao final do dia, é a vez de o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Hoteleira, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul realizar uma concentração no Cais do Sodré entre as 17h30 e as duas da manhã.

No entanto, quando a Cimeira da NATO começar, na sexta-feira à tarde, já os guardas prisionais deverão estar a meio do seu primeiro dia de protestos - autorizados para todo o dia de sexta-feira e sábado. O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional é responsável pela primeira iniciativa marcada: uma reunião/vigília que começa às 10h30 de sexta-feira e termina às 00h30, recomeçando no sábado à mesma hora. A razão do protesto prende-se com questões relacionadas com a carreira dos guardas prisionais.

http://www.publico.pt/Local/governo-civ ... to_1466861

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por mais_um » 18/11/2010 19:02

amsfsma Escreveu:Caro mais_um


E quando não existir a Coreia do Norte, a China, Cuba que argumento inteligente usará para descredibilizar a minha opinião. Eu tenho consciência que a realidade é complexa, que o mundo não é preto e branco mas cinzento mas parece que há quem goste de se fazer ingénuo! :roll:

No caso das armas de destruição em massa do Iraque (Colin Powell inclusive na ONU) que posição defendeu? Foi na onda da comunicação social de referência tal como a maioria. Não lhe passou pela cabeça o simples raciocínio de que os EUA não se arriscariam a atacar um mais com esse tipo de armas?

A propaganda é tramada...até os mais inteligentes e informados caem na canto da sereia, especialmente quando são muitas sereias a dizerem em coro exactamente a mesma coisa!


Se acompanhas a minha participação no forum saberás que não "bebo" o que me colocam à frente sem primeiro investigar, de várias fontes a qualidade da "bebida". Sei perfeitamente que por vezes a CS é manipulada para manipular a opinão publica.

Mas ao ler os teus comentários sobre o tema da NATO fico com a certeza que fazes exactamente o mesmo (manipulação) mas do outro lado da barricada. Ou seja, não és diferente daqueles que criticas.

A minha referencia à Coreia do Norte, China e Cuba não é para descredibilizar a tua opinião,(tu é que descredibilizas a tua opinão ao fazeres determinados comentários tendenciosos) apenas gostava que tivessem a mesma atitude e as mesmas pessoas que fazem manifestações anti-nato também fizessem contra os regimes desses paises.

Isto faz-me lembrar o tempo da guerra fria, em que havia manifestações contra a NATO e a instalaçao de misseis nos paises da NATO, mas as mesmas pessoas não faziam manifestações contra a concentração de dezenas de milhares de blindados do pacto de varsóvia junto às fronteiras do ocidente, medita sobre o assunto, talvez percebas quem é que está a ser manipulado.......
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por SJR_inv » 18/11/2010 18:36

parece que há quem goste de se fazer ingénuo!


Lá isso há.

Entao se fosse PM de Portugal qual a sua posição em relação á NATO?
Continuava membro ou não?

E se fosse ministro da Administração Interna que medidas implementava para garantir a segurança das pessoas e bens em Portugal, durante a cimeira?


Assim é mais dificil nao é?
 
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por amsfsma » 18/11/2010 18:23

Caro mais_um


E quando não existir a Coreia do Norte, a China, Cuba que argumento inteligente usará para descredibilizar a minha opinião. Eu tenho consciência que a realidade é complexa, que o mundo não é preto e branco mas cinzento mas parece que há quem goste de se fazer ingénuo! :roll:

No caso das armas de destruição em massa do Iraque (Colin Powell inclusive na ONU) que posição defendeu? Foi na onda da comunicação social de referência tal como a maioria. Não lhe passou pela cabeça o simples raciocínio de que os EUA não se arriscariam a atacar um mais com esse tipo de armas?

A propaganda é tramada...até os mais inteligentes e informados caem na canto da sereia, especialmente quando são muitas sereias a dizerem em coro exactamente a mesma coisa!
 
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por amsfsma » 18/11/2010 18:12

Caro visitante


Também não percebo como é que há tanto português a criticar os políticos! Na sua opinião deviam candidatar-se, ganhar eleições e resolver os problemas dos antecessores. Sem isso não têm legitimidade para criticar.

Suponho que qualquer mudança, na sua opinião, não pode ser fomentada a partir do "exterior".

"Sistemas" desse género geralmente implodem por falta de flexibilidade.

Aos que criticam a OTAN sugiro que não o façam:

-Deixem a OTAN estender-se por um vasto território, mais fácilmente encontrará os seus limites;

-Deixem-na exercer a sua mentalidade militarista, mais depressa suscitará inimigos que a enfraquecerão;

-Deixem-na expandir-se militarmente, mais depressa terá a oposição dos contribuintes que a financiam;

-Deixem-na suspender a democracia, mais depressa lhe cairá a máscara.
 
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por mais_um » 18/11/2010 18:03

pmpcpinto Escreveu:
Vamos ver quantos elementos dos Black Bloc conseguiram entrar em Portugal apesar das medidas de segurança.



É uma vergonha não deixarem entrar esses anarquistas, pois a polícia está sedenta de por em prática o seu lema "bater primeiro em tudo o que mexe e perguntar depois".

Se meteram no bolso os hooligans no Euro 2004, coitados destes "Black Blocs".

Pedro


Espero que as nossas forças de segurança tenham na cimeira da NATO, a mesma eficiencia que tiveram no Euro 2004, pelo menos estão a fazer por isso.

PSP vai deter quem se manifestar de cara tapada
por VALENTINA MARCELINO16 Novembro 2010

A polícia entende que há fortes possibilidades de acontecer um crime se alguém ocultar a identidade em manifestações.

Apesar da lei em vigor não proibir que um manifestante oculte a sua identidade cobrindo a cara ou a cabeça, a PSP vai deter qualquer pessoa que o faça nos desfiles e manifestações anti-NATO previstas para os próximos dias. Os principais suspeitos têm um nome: anarco-libertários.

Segundo apurou o DN junto de fonte policial, as forças de segurança europeias têm uma listagem com cerca de 10 mil nomes de pessoas, que professam ou apoiam este ideal de cariz anarquista, e que foram identificados em acções violentas um pouco por toda a Europa. Alguns líderes são conhecidos pela polícia e cerca de 70 nomes e fotografias dos principais activistas foram entregues ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e GNR, que vão controlar as fronteiras.

A PSP entende que, tendo em conta o histórico das acções violentas em anteriores cimeiras perpetradas por indivíduos usando a táctica Black Bloc - vestidos de negro e cara tapada, avançando em bloco e usando esta cor para provocar a sensação de grande dimensão -, não pode dar hipótese a qualquer situação suspeita. Por isso, explicou o comandante operacional da PSP de Lisboa, Luís Elias, a polícia "actuará, isolando de imediato qualquer indivíduo que tente ocultar a identidade pois tal será considerado como uma forte possibilidade de vir a ser cometido um crime". De acordo com as medidas de polícia em vigor na lei de segurança interna, sempre que há suspeita que um crime pode vir a ser cometido, a polícia pode actuar de forma a evitá-lo.

O Governo Civil de Lisboa autorizou cinco manifestações. A primeira é no Largo Camões, já na quinta-feira e a última para o Marquês de Pombal, no sábado.

Ontem numa conferência de imprensa, para explicar todas as restrições de acessos ao Parque das Nações e condicionamentos de trânsito um pouco por toda a cidade, a PSP garantiu que não tem "para já nenhuma informação real que permita prever inci-dentes de ordem pública de grande escala" com o envolvimento destes grupos. O facto de se realizar em Londres um grande protesto contra a presença britânica no Afeganistão, no dia 20, faz a polícia acreditar que muitos dos activistas mais perigosos se desloquem antes à capital inglesa.

Em relação a outras ameaças à segurança da Cimeira, nomeadamente de natureza islâmica, a PSP furtou-se a esclarecer qual o grau de ameaça em que baseia a sua operação e o seu dispositivo. "Estamos preparados para tudo", afiançou o comandante da PSP de Lisboa, Luís Barreira.

A Antena1 tinha noticiado ontem que o grau de ameaça tinha sido aumentado do nível 4 - moderado para o 3 - significativo (ver caixa). O DN apurou, entretanto, que este aumento foi declarado pelo Serviço de Informações e Segurança (SIS) na passada sexta-feira, mas que foi uma subida meramente administrativa, tendo em conta as presenças de líderes de "alto risco" na Cimeira e as medidas securitárias envolvidas. Não estão, contudo, reunidos os pressupostos para este nível de ameaça que incluem, por exemplo, a existência de uma fatwa (ameaça) objectiva e identificada contra um alvo em Portugal.
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por pmpcpinto » 18/11/2010 17:55

Vamos ver quantos elementos dos Black Bloc conseguiram entrar em Portugal apesar das medidas de segurança.



É uma vergonha não deixarem entrar esses anarquistas, pois a polícia está sedenta de por em prática o seu lema "bater primeiro em tudo o que mexe e perguntar depois".

Se meteram no bolso os hooligans no Euro 2004, coitados destes "Black Blocs".

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por mais_um » 18/11/2010 17:44

amsfsma Escreveu:Parece que suspenderam a democracia...e não me parece que tenha sido a Manuela Ferreira Leite!

A mim não me surpreende pois é o quem tem acontecido em todos os locais onde se reunem as pessoas que mais trabalham para o bem da humanidade.

-Todas as notícias, reportagens, etc são no sentido de "criminalizar" e dislegitimar qualquer protesto contra a cimeira da OTAN.

Por aqui há quem ache normal estas operações psicológicas e haverá quem também não as consiga reconhecer como tal.

Liberdade de expressão?! Presunção de inocência?!

Suspenderam o acordo de Schengem ou suspenderam ainda mais a democracia? A tal democracia que para alguns consiste simplesmente em votar depois de devidamente encharcado de propaganda...


Já percebemos que esta é a "democracia" que defendes e consideras "normal":


Entre dez mil a 30 mil pessoas, segundo números divergentes da polícia e dos organizadores, manifestaram-se hoje nas ruas de Estrasburgo contra a NATO, à margem da cimeira que marcou os 60 anos da organização. Os protestos degeneraram em violência junto às margens do Reno, onde foram incendiados alguns edifícios, mas a meio da tarde a polícia já tinha dispersado os últimos manifestantes


A prefeitura da cidade francesa refere que entre os “dez mil manifestantes”, mil eram “particularmente violentos”. Foram estes que, ao início da tarde, incendiaram um hotel, uma farmácia e um antigo posto fronteiriço, já desactivado, junto à ponte Europa, que liga Estrasburgo à cidade alemã de Kehl. A meio da tarde, quando já não restavam manifestantes na zona portuária, os bombeiros combatiam ainda as chamas no hotel e alguns moradores acusavam os bombeiros de terem demorado muito tempo a actuar, permitindo que as chamas se propagassem.

As autoridades referem que “muitos manifestantes foram detidos” e “uma dezena” teve de receber assistência médica, na sequência dos confrontos, mas uma fonte dos serviços de emergência médica, ouvida pela Reuters, adiantou que cerca de meia centena de pessoas foi assistida no local.

Em declarações à AFP, Lysiane Rolet, porta-voz do colectivo de movimentos anti-NATO reunidos em Estrasburgo, disse que participaram nas manifestações “um pouco mais de 30 mil pessoas”.

A prefeitura explicou que “as forças da ordem contiveram os manifestantes no sector da Ponte Europa, para evitar que eles se dispersassem pelos diferentes bairros de Estrasburgo” e, em última análise, se aproximassem do local onde decorre a cimeira. O mesmo argumento justificou que sete mil manifestantes vindos da vizinha Alemanha tenham sido impedidos de atravessar a ponte e juntar-se aos protestos em território francês.

O comunicado das autoridades refere ainda que os organizadores dos protestos “dissociaram-se dos autores dos actos de violência” que, dizem, são minoritários entre os que hoje se manifestaram em Estrasburgo.

http://www.publico.pt/Mundo/manifestaco ... ia_1372669



Sobre a pseuda falta de liberdade:

A PSP anunciou esta segunda-feira que estão previstas cinco manifestações autorizadas pelo Governo Civil de Lisboa contra a realização da cimeira da NATO, que começa na sexta-feira.

As manifestações autorizadas foram referidas em conferência de imprensa na sede nacional da PSP pelo chefe da área operacional do Comando Metropolitano de Lisboa (COMETLIS), Luís Elias.

A primeira das manifestações previstas decorrerá na quinta-feira, no Largo Camões, ao passo que os restantes quatro protestos autorizados decorrerão no sábado, segundo e último dia da cimeira da NATO.

A PSP adverte os manifestantes para que «não utilizem indumentária de forma a ocultar a face ou a cabeça», bem como «objectos cortantes e/ou contundentes». É também de evitar a «associação a grupos com cariz anarco-libertário».

Questionado pelos jornalistas, o comandante Jorge Barreira sublinhou que a polícia está preparada para fazer frente às manifestações previstas.

«Estamos preparados para qualquer manifestação», sublinhou, escusando-se a adiantar o número esperado de cidadãos nas concentrações, que compete às «entidades organizadoras».

A última manifestação agendada decorrerá pelas 14h00 de sábado, um desfile do Marquês de Pombal até ao Rossio promovido pela União dos Sindicatos de Lisboa, obedecendo ao lema «campanha pela paz e contra a cimeira da NATO em Portugal».

http://www.tvi24.iol.pt/portal-iol/cime ... -5281.html



Gosto do conceito de liberdade de algumas pessoas:

Movimento anti-NATO acusa Portugal de "repressão"
14h31m
A plataforma anti-Nato acusou hoje, quinta-feira, o Estado português de "repressão" por estar a impedir a entrada no país de manifestantes pacifistas "sem fundamento legal", e avançou que são esperadas mais de 10 mil pessoas na manifestação de amanhã, sábado, no centro de Lisboa.

Numa conferência de imprensa da Plataforma Anti-Guerra Anti-Nato (PAGAN) e do International Coordinating Comittee (ICC) da coligação "No to War No to NATO", um dos dirigentes explicou que as iniciativas de "desobediência civil" são "estritamente não violentas", como demonstra a história das suas acções.

"A desobediência civil tem uma longa tradição na nossa democracia. Com estas acções podemos pôr o foco nas injustiças e é uma forma de expressarmos a nossa oposição, mas sem violência na resistência", afirmou Andreas Speck, do ICC.

Por isso mesmo, os activistas contestam o facto de alguns elementos terem sido proibidos de entrar no país, como aconteceu com um pacifista alemão, advogado, que à chegada ao aeroporto de Lisboa foi impedido de entrar e mandado de volta para o seu país.

Segundo outro membro do ICC, Reiner Braun, o pacifista em causa tinha com ele o programa da cimeira e a lista de iniciativas de desobediência civil nas quais pretendia participar. Os dirigentes da iniciativa consideram que este comportamento demonstra "quão fraca é a NATO" e asseguram que não irão parar "perante esta repressão do Estado português".

Afirmando terem em sua posse uma lista de pessoas que não conseguiram entrar no país, os pacifistas anti-NATO garantiram que tal nunca lhes tinha acontecido antes e que "não há base legal para aquilo que está a ser feito".

Infiltração de activistas violentos

Questionados sobre a possível infiltração de activistas violentos como os Black Blok nas manifestações pacíficas, o ICC assegura não ter até ao momento qualquer informação da sua presença em Portugal.

Contudo, salvaguarda que experiências anteriores, como a cimeira em Estrasburgo, mostraram que o lugar "mais seguro para se estar é nas manifestações de desobediência civil", por serem levadas a cabo por pessoas com grande treino de resistência à forma e à violência, sem reagir.

Na opinião do ICC, a informação de que existem elementos dos Black Blok em Portugal serve apenas como pretexto para justificar as tentativas de desmobilizar os movimentos de contestação.

"Polícia não é nosso inimigo"

Questionados sobre se receiam acções violentas por parte da polícia portuguesa, Reiner Braun assegurou que as forças de segurança têm se mostrado "muito abertas" e "educadas" nas conversas mantidas com a plataforma - como também o foram quando expulsaram o pacifista que veio da Alemanha.

"Isto mostra que existe uma ordem clara e rígida dos líderes políticos que a polícia tem que cumprir", afirmou.

"A polícia não é nosso inimigo. Esperamos não ser alvo de força policial. Temos a experiência de outros países em que a polícia reage violentamente às nossas iniciativas pacíficas. Esperamos ver que Portugal é mais maturo nesta matéria", acrescentou.

Questionados ainda sobre se têm autorização do Governo Civil para se manifestar, o mesmo responsável respondeu que não, mas que têm as coisas "acordadas" com a polícia.

"O termo desobediência civil implica alguma ilegalidade. Vamos ultrapassar algumas barreiras legais, mas sempre sem violência", disse, acrescentando que as forças de segurança não estão informadas de quais serão as suas iniciativas.

Este grupo, que se assume anti-NATO por ser contra a guerra e contra a política belicista, espera "mais de 10 mil pessoas a participar na grande manifestação e acima de tudo pessoas vindas de mais de 30 países, o que até agora nunca aconteceu".


http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Naciona ... id=1714042


Gostava de ver estes "defensores" da democracia a fazerem maifestações em paises como a Coreia do Norte, Cuba ou China.... :lol: :lol:
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por SJR_inv » 18/11/2010 17:43

tem acontecido em todos os locais onde se reunem as pessoas que mais trabalham para o bem da humanidade.


Quais pessoas?
Aqueles senhores vestidos de preto que se divertem a apedrejar os policias, lojas e a incendiar carros?

Esse discurso do contra é um bocado vazio de argumentos.
Gostava de ver os manifestantes com propostas e alternativas.
Eles gostam mais de pedras e cocktails molotov.
 
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por amsfsma » 18/11/2010 17:13

Parece que suspenderam a democracia...e não me parece que tenha sido a Manuela Ferreira Leite!

A mim não me surpreende pois é o quem tem acontecido em todos os locais onde se reunem as pessoas que mais trabalham para o bem da humanidade.

-Todas as notícias, reportagens, etc são no sentido de "criminalizar" e dislegitimar qualquer protesto contra a cimeira da OTAN.

Por aqui há quem ache normal estas operações psicológicas e haverá quem também não as consiga reconhecer como tal.

Liberdade de expressão?! Presunção de inocência?!

Suspenderam o acordo de Schengem ou suspenderam ainda mais a democracia? A tal democracia que para alguns consiste simplesmente em votar depois de devidamente encharcado de propaganda...
 
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por Krupper » 18/11/2010 16:25

Vamos ver quantos elementos dos Black Bloc conseguiram entrar em Portugal apesar das medidas de segurança.

Quarenta activistas barrados na fronteira de Vilar Formoso

Quarenta activistas foram impedidos de entrar em Portugal na fronteira de Vilar Formoso. Trinta e cinco, na sua maioria de nacionalidade finlandesa, foram interceptados num autocarro, com destino a Lisboa, na posse de “material com mensagens anti-NATO”. Cinco outros, cidadãos franceses, tentaram também entrar mas foram barrados pelas autoridades portuguesas.

Mais de 82 mil pessoas foram sujeitas ao controlo das autoridades nas fronteiras terrestres (Foto: Paulo Pimenta)

Os dois veículos foram interceptados na principal fronteira terrestre portuguesa, onde o controlo de fronteiras foi reposto desde as 00h00 de segunda-feira, devido à realização da cimeira da NATO, em Lisboa, na sexta-feira e sábado.

Cerca das 00h00 de hoje, um autocarro com 35 jovens, proveniente da Finlândia, foi mandado parar em Vilar Formoso pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e impedido de entrar em território nacional, indicou à Lusa fonte do Comando Territorial da GNR da Guarda.

A fonte referiu que os jovens, 33 finlandeses, um estónio e um alemão, pertenciam a um grupo antimilitarista finlandês e tencionavam seguir para Lisboa, trazendo consigo “material com mensagens anti-NATO”.

Após ter sido revistado pelos inspectores do SEF, o autocarro regressou a Espanha, cerca das 04h25, escoltado pelas autoridades daquele país, indicou a mesma fonte.

Outra fonte policial referiu que pelas 20h00 de ontem, o SEF interceptou na mesma fronteira uma viatura ligeira que transportava cinco pró-activistas palestinianos, de nacionalidade francesa, quatro homens e uma mulher, que também se dirigiam para Lisboa.

Os activistas também foram impedidos de entrar em território nacional, regressando a Espanha cerca das 00h00 de hoje.

A fronteira de Vilar Formoso é uma das principais entradas terrestres do país e o ponto de passagem de maior número de veículos de passageiros e de mercadorias, com uma média de tráfego diária de cerca de 10 mil veículos.

A medida de excepção de controlo documental até às 00h00 de domingo foi estabelecida pelo Governo português e significa a suspensão temporária do acordo de Schengen.

O acordo Schengen entre Portugal e Espanha foi assinado em 25 de Junho de 1991 e a abolição das fronteiras entrou em vigor no dia 1 de Janeiro de 1993.
 
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por amsfsma » 17/11/2010 12:56

Caro visitante

Não sei se sabe como é que funciona um condomínio, é que a mensalidade do condómino é proporcional à permilagem do apartamento de cada um. O Belmiro e o Zé ninguem pagam um valor proporcionalmente igual.
Se os condóminos estiverem divididos e não fiscalizarem o trabalho do administrador do condomínio quem benefícia é este.
O condomínio OTAN tem uma função estratégica que não se compara com a função habitação. Quem "controla" este condomínio pode usá-lo para colher beníficios económicos e políticos em benefício de sí próprio.
 
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por pmpcpinto » 17/11/2010 10:48

Os EUA não precisam da NATO para ameaçar os seus inimigos. Alias em situaçoes extremas, os USA dispensam até a ONU.


Concordo que não precisam para ameaçar e atacar, mas precisam depois para ajudar suportar o esforço militar das suas "burradas".

Mais de metade dos efectivos da ISAF são não americanos e são constantes as pressoes dos EUA para que os restantes paises reforcem os seus efectivos.

Resta lembrar que os EUA entraram no Afeganistão sem uma estragégia, apenas com sede de vigança.

Já passaram 9 anos, nos quais assistimos a diversas alterações de estratégia, a alterações de comando .... e sem resultados.

Continuo a achar que o grande desafio na NATO vai ser como resolver o problema "Afeganistão", que militarmente é impossível vencer.


Pedro
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por SJR_inv » 17/11/2010 10:12

Bom dia a todos,

Gostei de ler os argumentos do amsfsma e acho que existem razoes para ele defender a posiçao que tem.

A opinião dominante é pró-OTAN


Aqui no forum? Eu acho que nao.
Na sociedade? Tambem acho que nao. Mas não tenho nenhuma sondagem no bolso. Apenas a minha intuiçao.

líder que sente ter muito a perder com o seu desmembramento.


Podia ajudar-nos a perceber isto melhor?
È que para mim quem ganha mais com esta aliança sao os paises mais pobres. Ora se assim for, são os pobres que perdem mais caso a aliança desapareça.
Será possivel um Pais ganhar mais com uma coisa e ser o que perde menos quando lhe tiram a coisa?

os membros fracos têm um guarda-chuva SE chover

Eu acho que é para isso que serve um guarda-chuva.

enquanto que o líder da aliança faz dela uma arma com que ameaça

Os EUA não precisam da NATO para ameaçar os seus inimigos. Alias em situaçoes extremas, os USA dispensam até a ONU.

Imaginemos que eu vivia num prédio com 10 pessoas.
Uma dessas pessoas era o Belmiro de Azevedo e as outras 9 pessoas tinham rendimentos médios - p. exemplo 1000€ mensais.
Quem é que beneficia mais com o condominio?

H1: O Belmiro.
H2: Os outros 9 tesos que andam a contar os tostoes para chegar ao fim do mês e nao tinham dinheiro para trocar uma lampada ou para manter o elevador.
 
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por Automech » 17/11/2010 9:43

NATO prepara-se para um século que já não será ocidental
Por Teresa de Sousa

Aliança adopta um novo conceito estratégico para enfrentar novas ameaças de um mundo multipolar. O consenso foi fácil, graças a Obama

A versão que vai chegar à mesa dos líderes, na sexta-feira, já só tem alguns detalhes para acertar. A história do conceito estratégico da NATO que será aprovado na cimeira de Lisboa é a história da contínua adaptação da mais poderosa e bem sucedida aliança militar do mundo às profundas mudanças mundiais que ocorreram a partir do fim da Guerra Fria. Criada para enfrentar a ameaça soviética, privada de "inimigo" desde 1991, a Aliança Atlântica iniciou uma "luta pela sobrevivência" que vencerá mais um marco em Lisboa. Adapta-se a um conjunto de novas ameaças que têm em comum o facto de serem difusas, assimétricas, imprevisíveis e que podem materializar em qualquer ponto do globo. Justifica a sua razão de ser num mundo cada vez mais multipolar, em que o Ocidente já não está em condições de ditar as regras do jogo da segurança mundial e em que a cooperação com outros pólos de poder passa a ser a regra.

O exercício de revisão do conceito estratégico foi lançado em Abril de 2009, na cimeira de Estrasburgo/Kehl, que celebrou o 60.º aniversário da Aliança. Passou por um grupo de trabalho presidido pela antiga secretária de Estado americana Madeleine Albright. Terminou nas mãos do secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, que transformou o "relatório Albright" na proposta de um novo conceito que chega a Lisboa já na sua terceira versão. "É já um documento que reflecte de forma equilibrada o exercício de consensualização entre os aliados", disse ao PÚBLICO uma fonte diplomática em Lisboa.

O consenso entre as duas margens do Atlântico quanto à NATO do século XXI, relativamente fácil de alcançar, deve-se, em boa medida, ao "efeito Obama". "A convergência entre os EUA e a Europa nas questões de segurança internacional é hoje muito grande", diz Álvaro de Vasconcelos, director do Instituto de Estudos de Segurança da UE. "Há um Presidente americano multilateralista cuja visão se aproxima muito mais da visão europeia e que não desconfia da integração europeia e do papel da Europa".

A política de Obama de reaproximação à Rússia e a nova concepção do sistema de defesa antimíssil contribuíram de forma decisiva para resolver os dois principais pontos de fricção entre Europa e EUA. O que é mais interessante, sublinha o director do ISS de Paris, é que esses dois factores tiveram também um efeito de apaziguamento nas divisões entre os próprios europeus, eliminando um "campo de batalha" quase inevitável entre os aliados que ainda viam na NATO a sua defesa contra a Rússia e os que vêem a cooperação com a Rússia como fundamental. "Os aliados do Leste têm hoje uma nova atitude, muito mais convergente com os EUA e com os países centrais da União. A questão que mais dividia deixou de o ser, graças à nova política de Obama."

O conceito "avança de forma irreversível para tornar claro que a Aliança já não tem hoje qualquer legado da Guerra Fria e que vê a Rússia como um parceiro e não como adversário", diz ao PÚBLICO uma fonte diplomática.

O lugar do Artigo 5º

Com este problema resolvido, foi mais fácil negociar um equilíbrio entre a percepção das novas ameaças (e os meios para enfrentá-las), e a preservação da defesa colectiva, expressa no Artigo 5.º do Tratado de Washington. "A credibilidade dada pelo Art.º 5.º continua a ser essencial, nomeadamente para alguns dos aliados de Leste ou para a Turquia. Alguns desses países temiam que a tónica no papel de gestão de crises fragilizasse essa percepção", diz Vasconcelos.

"Tratava-se de resolver uma série de debates que agitaram a Aliança nos últimos anos", diz Camille Grand, directora da Fundação para a Investigação Estratégica de Paris. "Entre defesa colectiva e acção, entre ameaças tradicionais e novas ameaças, entre uma aliança global e uma aliança de vocação regional".

Se é verdade que as novas ameaças podem vir de qualquer ponto do mundo, o próprio mundo, com a emergência de novos pólos de poder, colocou limites à ambição global da Aliança. A ideia de uma "NATO Global" ou do um "polícia do mundo", que correspondeu à face unipolar da América, morreu por si. Hoje, o maior desafio da América é conseguir liderar a profunda reconfiguração do poder mundial através do engagement. Para a NATO, isso quer dizer parcerias, diálogo e cooperação com outras organizações e parceiros internacionais. "A NATO dificilmente poderá agir sozinha", avisa o relatório Albright.

Finalmente, foi possível superar (falta apenas os últimos acertos de linguagem) o dilema entre o objectivo de um mundo sem armas nucleares, anunciado pelo Presidente americano no seu célebre discurso de Praga em Abril de 2009 e a manutenção da dissuasão nuclear como a principal garantia de segurança dos aliados. "O conceito reafirma que, enquanto houver armas nucleares no mundo, a NATO continuará a ser uma aliança nuclear para dissuadir qualquer ataque ou forma de coerção sobre os seus membros", diz a mesma fonte diplomática. "Preferiu manter o statu quo", diz Grand.

A NATO não parará de evoluir. Tal como, em 1999, o seu conceito estratégico foi marcado pela guerra nos Balcãs, hoje "ele ainda é muito marcado pela guerra do Afeganistão; é impossível a uma organização como a NATO escapar à guerra que está a travar", diz Vasconcelos. "Este conceito é apenas um passo que ainda não retira todas as consequências da nova realidade mundial". A revista britânica Economist interroga-se: "Conseguirá o novo conceito acompanhar a forma como o mundo está a mudar?"


http://jornal.publico.pt/noticia/17-11- ... mpressa%29
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por mais_um » 17/11/2010 0:44

amsfsma Escreveu:Caro visitante

A opinião dominante é pró-OTAN e é isso que interessa a "quem" fomenta essa tendência. E depois há as razões pelos quais cada membro é-o que variam de acordo com a sua personalidade e com os factores a que foi exposto.

Efectivamente os fracos, os pobres etc estão sempre melhor quando se aliam aos poderosos pois se não o fizerem sujeitam-se aos "ataques" directos destes e não necessariamente de outros.

As nações como os indivíduos não são "livres"; fazem escolhas e essas escolhas são muito condicionadas.

Há quem considere mais importante a liberdade do que a segurança física, material e psicológica e há quem pense exactamente o contrário.

As alianças livres são temporárias e constituem-se perante um inimigo comum agressivo, as de longo prazo, como é o caso da OTAN no presente, mantém-se por forte pressão do líder que sente ter muito a perder com o seu desmembramento.

Resumindo: os membros fracos têm um guarda-chuva SE chover enquanto que o líder da aliança faz dela uma arma com que ameaça para efeitos de política externa, económica, etc aqueles que possam por em causa os seus interesses nacionais no mundo.


É preciso ter o cerebro "lavado" durante muitos anos para escrever este comentário... :lol: :lol:
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