Off-topic - cimeira da NATO
Facebook cancela perfil de partido espanhol que convocava protesto em Lisboa
11 de Novembro, 2010
O perfil da Esquerda Anti-Capitalista (Madrid) no Facebook foi cancelado depois do partido ter publicado uma convocatória para a participação na Contra-Cimeira da NATO em Lisboa, que decorre este mês na capital portuguesa.
Com mais de 1.500 seguidores e criado há vários meses, o perfil relata com regularidade as acções levadas a cabo por este grupo partidário que considera o cancelamento da conta um «acto de censura».
Em comunicado, publicado na sua página na Internet, o partido explica que a decisão «arbitrária» de fechar a página «só pode ser entendida como uma forma de cortar a liberdade de expressão e o uso aberto desta ferramenta informática».
«Uma ferramenta que muitos movimentos sociais e políticos da esquerda alternativa usam como ferramenta para organizar e ampliar as suas acções e propostas», explica o partido que entretanto criou já nova página no Facebook.
O cancelamento da página ocorreu 24 horas depois do partido ter anunciado que estava a fretar um autocarro para levar manifestantes anti-NATO a Lisboa.
A decisão, segundo Raul Camargo, porta-voz do partido, foi tomada de forma «imediata e sem aviso prévio».
Camargo considera que «deve ter havido uma denúncia», insistindo que «alguém está muito interessado que não se vá a Lisboa protestar».
Normalmente o Facebook cancela páginas se houver denuncia, por incumprimento do código de conduta ou por um erro técnico.
«É eliminado todo o conteúdo obsceno, violento, malicioso ou ofensivo», explica a rede social.
Camargo rejeita que a convocatória da Esquerda Anti-capitalista constitua uma violação destas normas, afirmando que «há até grupos neonazis que continua vivos no Facebook» apesar de denúncias.
«Se alguém não quer que estejamos em Lisboa protestar, nós iremos ainda com mais força», explica Camargo.
Lusa / SOL
11 de Novembro, 2010
O perfil da Esquerda Anti-Capitalista (Madrid) no Facebook foi cancelado depois do partido ter publicado uma convocatória para a participação na Contra-Cimeira da NATO em Lisboa, que decorre este mês na capital portuguesa.
Com mais de 1.500 seguidores e criado há vários meses, o perfil relata com regularidade as acções levadas a cabo por este grupo partidário que considera o cancelamento da conta um «acto de censura».
Em comunicado, publicado na sua página na Internet, o partido explica que a decisão «arbitrária» de fechar a página «só pode ser entendida como uma forma de cortar a liberdade de expressão e o uso aberto desta ferramenta informática».
«Uma ferramenta que muitos movimentos sociais e políticos da esquerda alternativa usam como ferramenta para organizar e ampliar as suas acções e propostas», explica o partido que entretanto criou já nova página no Facebook.
O cancelamento da página ocorreu 24 horas depois do partido ter anunciado que estava a fretar um autocarro para levar manifestantes anti-NATO a Lisboa.
A decisão, segundo Raul Camargo, porta-voz do partido, foi tomada de forma «imediata e sem aviso prévio».
Camargo considera que «deve ter havido uma denúncia», insistindo que «alguém está muito interessado que não se vá a Lisboa protestar».
Normalmente o Facebook cancela páginas se houver denuncia, por incumprimento do código de conduta ou por um erro técnico.
«É eliminado todo o conteúdo obsceno, violento, malicioso ou ofensivo», explica a rede social.
Camargo rejeita que a convocatória da Esquerda Anti-capitalista constitua uma violação destas normas, afirmando que «há até grupos neonazis que continua vivos no Facebook» apesar de denúncias.
«Se alguém não quer que estejamos em Lisboa protestar, nós iremos ainda com mais força», explica Camargo.
Lusa / SOL
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Caro visitante
A opinião dominante é pró-OTAN e é isso que interessa a "quem" fomenta essa tendência. E depois há as razões pelos quais cada membro é-o que variam de acordo com a sua personalidade e com os factores a que foi exposto.
Efectivamente os fracos, os pobres etc estão sempre melhor quando se aliam aos poderosos pois se não o fizerem sujeitam-se aos "ataques" directos destes e não necessariamente de outros.
As nações como os indivíduos não são "livres"; fazem escolhas e essas escolhas são muito condicionadas.
Há quem considere mais importante a liberdade do que a segurança física, material e psicológica e há quem pense exactamente o contrário.
As alianças livres são temporárias e constituem-se perante um inimigo comum agressivo, as de longo prazo, como é o caso da OTAN no presente, mantém-se por forte pressão do líder que sente ter muito a perder com o seu desmembramento.
Resumindo: os membros fracos têm um guarda-chuva SE chover enquanto que o líder da aliança faz dela uma arma com que ameaça para efeitos de política externa, económica, etc aqueles que possam por em causa os seus interesses nacionais no mundo.
A opinião dominante é pró-OTAN e é isso que interessa a "quem" fomenta essa tendência. E depois há as razões pelos quais cada membro é-o que variam de acordo com a sua personalidade e com os factores a que foi exposto.
Efectivamente os fracos, os pobres etc estão sempre melhor quando se aliam aos poderosos pois se não o fizerem sujeitam-se aos "ataques" directos destes e não necessariamente de outros.
As nações como os indivíduos não são "livres"; fazem escolhas e essas escolhas são muito condicionadas.
Há quem considere mais importante a liberdade do que a segurança física, material e psicológica e há quem pense exactamente o contrário.
As alianças livres são temporárias e constituem-se perante um inimigo comum agressivo, as de longo prazo, como é o caso da OTAN no presente, mantém-se por forte pressão do líder que sente ter muito a perder com o seu desmembramento.
Resumindo: os membros fracos têm um guarda-chuva SE chover enquanto que o líder da aliança faz dela uma arma com que ameaça para efeitos de política externa, económica, etc aqueles que possam por em causa os seus interesses nacionais no mundo.
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A minha visao do mundo é condicionada pela informação que leio, as conversas que tenho, os paises que visito, os canais que nao vejo, etc.
Qualquer homem razoavel reconhece isso e eu nao sou excepçao.
Mas, gostava de perguntar o seguinte:
Se o homem é condicionado pela opiniao dominante, é natural que a adopte, certo?
Ou seja, é preciso um espirito forte para contrariar a opiniao dominante, porque vamos enfrentar muita resistencia. Isto faz sentido, nao faz?
Pois foi o que eu fiz, quando disse que os membros da NATO mais pobres eram os mais beneficiados. Uma opiniao nada popular.
Afinal parece nao sou assim tao condicionado, pois nao?
Qualquer homem razoavel reconhece isso e eu nao sou excepçao.
Mas, gostava de perguntar o seguinte:
Se o homem é condicionado pela opiniao dominante, é natural que a adopte, certo?
Ou seja, é preciso um espirito forte para contrariar a opiniao dominante, porque vamos enfrentar muita resistencia. Isto faz sentido, nao faz?
Pois foi o que eu fiz, quando disse que os membros da NATO mais pobres eram os mais beneficiados. Uma opiniao nada popular.
Afinal parece nao sou assim tao condicionado, pois nao?
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O caro Visitante
Deve supor que a "informação" a que é submetido, ou não, não condiciona a sua opinião, a sua vizão do mundo! Felizmente estou em condições de ter consciência da força dos "elementos" a que somos submetidos na formação de opiniões, actitudes, etc. Ainda há quem pense que se gastam milhares de milhões de dólares, mantem-se um elevado número de pessoas a trabalhar em serviços secretos altamente profissionalizados e que tal investimento é para deixar que cada um pense o que melhor entender. O Matrix pode ser um filme mas também pode ser uma parábola do que se passa...
Deve supor que a "informação" a que é submetido, ou não, não condiciona a sua opinião, a sua vizão do mundo! Felizmente estou em condições de ter consciência da força dos "elementos" a que somos submetidos na formação de opiniões, actitudes, etc. Ainda há quem pense que se gastam milhares de milhões de dólares, mantem-se um elevado número de pessoas a trabalhar em serviços secretos altamente profissionalizados e que tal investimento é para deixar que cada um pense o que melhor entender. O Matrix pode ser um filme mas também pode ser uma parábola do que se passa...
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...
Gostava de responder, mas nao percebi a pergunta.
Será que me pergunta se eu acho que a NATO é necessária?
Bom eu acho que sim, por duas razoes.
A primeira razao é porque confere a todos os membros uma protecçao militar colectiva.
A segunda razao é porque cria um incentivo á não agressao entre membros.
Será que me pergunta se eu acredito que a NATO é necessária porque sofri uma lavagem cerebral pelos americanos atraves dos media?
Não me parece, mas na proxima consulta medica vou pedir para fazer uma TAC. Pode ser que apareça qualquer coisa.
existem organizações que sobrevivem à sua própria utilidade simplesmente porque quem vive/lucra com a sua existência consegue vender a ideia de que ela é necessária?
Gostava de responder, mas nao percebi a pergunta.
Será que me pergunta se eu acho que a NATO é necessária?
Bom eu acho que sim, por duas razoes.
A primeira razao é porque confere a todos os membros uma protecçao militar colectiva.
A segunda razao é porque cria um incentivo á não agressao entre membros.
Será que me pergunta se eu acredito que a NATO é necessária porque sofri uma lavagem cerebral pelos americanos atraves dos media?
Não me parece, mas na proxima consulta medica vou pedir para fazer uma TAC. Pode ser que apareça qualquer coisa.
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A NATO foi criada para evitar que os europeus se peguem outra vez à porrada entre si, tal como o fizeram 2 ou 3 vezes no passado século...
O "berço da civilização e da cultura" deu um lindo espetáculo ao resto do mundo com um par de guerras que fazem com que uma qualquer guerra tribal africana pareça uma brincadeira de crianças.
O "berço da civilização e da cultura" deu um lindo espetáculo ao resto do mundo com um par de guerras que fazem com que uma qualquer guerra tribal africana pareça uma brincadeira de crianças.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
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Visitante
Já lhe passou pela cabeça que existem organizações que sobrevivem à sua própria utilidade simplesmente porque quem vive/lucra com a sua existência consegue vender a ideia de que ela é necessária?
Ignorando o exemplo (evidente) das organizações burocráticas veja-se o caso das organizações mafiosas. Dão protecção ao comércio e conseguem vender de forma activa a ideia de que são necessárias.
Já lhe passou pela cabeça que existem organizações que sobrevivem à sua própria utilidade simplesmente porque quem vive/lucra com a sua existência consegue vender a ideia de que ela é necessária?
Ignorando o exemplo (evidente) das organizações burocráticas veja-se o caso das organizações mafiosas. Dão protecção ao comércio e conseguem vender de forma activa a ideia de que são necessárias.
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Na sua equação só entram esses dois potenciais beneficiários?
Sim, porque a minha equação é sobre quem beneficia mais.
Se a equação fosse sobre quem beneficia menos, entravam outros.
Ha quem acredite que é justo gozar dos direitos de protecção da NATO sem cumprir com os deveres do clube.
Eu acho que nao.
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Fenicio Escreveu:Mais uma vez volto a afirmar que a NATO foi o principal instrumento de dissuasão dos países ocidentais frente a uma possível invasão soviética, mas isto foi há mais de 20 anos atrás! Foram os comunistas que destruíram as torres gêmeas em NY? Foram bombas russas que explodiram em Londres e em Madri? É contra este tipo de perigo, muito mais real mas ao mesmo tempo muito mais subtil, que as nações deverão lutar no futuro.
E gora pergunto mais uma vez: é contra este perigo que a NATO deverá lutar no futuro ou, apesar das longas e verborrágicas declarações oficiais, continuará a servir "única e exclusivamente" ao Tio Sam?
Era isto o que gostaria de ver discutido aqui. Qual o futuro da NATO face às novas ameaças do mundo?
A defesa militar da Europa há muito está entregue em outsourcing aos States, através da NATO.
Eles gastam 5% do PIB na defesa, ne Europa é à volta de 1.5%. Se nós europeus quisermos ter forças de defesa ao nível deles teríamos de mais que triplicar as despesas com a defesa.
Alguém concorda com isso? Eu não.
Os OTANários que tratem disso.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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Caro visitante
Na sua equação só entram esses dois potenciais beneficiários?
E o mesmo que dizer que os mercados funcionam como funcionam com o objectivo de trazer a máxima felicidade ao mundo! Felizmente que somos uns altruistas...
Concordará que a Democracia pela sua definição é mesmo o governo do povo...
E porque não afirmar que a existência da Igreja Católica é o garante de que existe céu ou mesmo que nos conduzirá ao céu de acordo com os méritos de cada um!
Suponho que também o Império británico, na sua guerra de imposição à China do livre comércio do ÓPIO, tenha conseguido conquistar corações e mentes das pessoas mais honestas e informadas da época!
O inferno são sempre os outros...
Na sua equação só entram esses dois potenciais beneficiários?
E o mesmo que dizer que os mercados funcionam como funcionam com o objectivo de trazer a máxima felicidade ao mundo! Felizmente que somos uns altruistas...
Concordará que a Democracia pela sua definição é mesmo o governo do povo...
E porque não afirmar que a existência da Igreja Católica é o garante de que existe céu ou mesmo que nos conduzirá ao céu de acordo com os méritos de cada um!
Suponho que também o Império británico, na sua guerra de imposição à China do livre comércio do ÓPIO, tenha conseguido conquistar corações e mentes das pessoas mais honestas e informadas da época!
O inferno são sempre os outros...
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Re: Nota de Imprensa - Restrições de Trânsito - NATO
Post repetido...
Editado pela última vez por habanero04 em 16/11/2010 15:25, num total de 1 vez.
Re: Nota de Imprensa - Restrições de Trânsito - NATO
otangas Escreveu:habanero04 Escreveu:Organizem-se!...
Como morador do Parque das Nações, um grande obrigado por este comunicado.
Porque raio é que a PSP não libertou isto há mais tempo? É que manchas azuis e vermelhas pintadas sobre imagens do google earth dizem muito pouco...
De nada!
Eu recebi isso por mail de manhã e não sei se já estava disponível há mais tempo, provavelmente no site da PSP já havia alguma informação, mas não faço ideia.
Fenicio Escreveu:mais_um Escreveu:Fenicio Escreveu:2. A utilização da NATO em missões de segurança global ou regional, sob mandato das Nações Unidas (...)
Epah... só podes estar a gozar!!
The United States, the United Kingdom, and most other NATO countries opposed efforts to require the U.N. Security Council to approve NATO military strikes, such as the action against Serbia in 1999, while France and some others claimed that the alliance needed U.N. approval. The U.S./U.K. side claimed that this would undermine the authority of the alliance, and they noted that Russia and China would have exercised their Security Council vetoes to block the strike on Yugoslavia, and could do the same in future conflicts where NATO intervention was required, thus nullifying the entire potency and purpose of the organization. Recognizing the post-Cold War military environment, NATO adopted the Alliance Strategic Concept during its Washington Summit in April 1999 that emphasized conflict prevention and crisis management.
Ai... o Iraque! Ai... o Iraque!Lack of a U.N. mandate
One of the main questions in the lead-up to the war was whether the United Nations Security Council would authorize military intervention in Iraq. When it became increasingly clear that U.N. authorization would require significant further weapons inspections, and that the U.S. and the UK planned to invade Iraq regardless, many criticized their effort as unwise, immoral, and illegal. Robin Cook, then the leader of the United Kingdom House of Commons and a former foreign secretary, resigned from Tony Blair's cabinet in protest over the UK’s decision to invade without the authorization of a U.N. resolution. Cook said at the time that: "In principle I believe it is wrong to embark on military action without broad international support. In practice I believe it is against Britain's interests to create a precedent for unilateral military action.”[237] In addition, senior government legal advisor Elizabeth Wilmshurst resigned, stating her legal opinion that an invasion would be illegal.
United Nations Secretary-General Kofi Annan said in an interview with the BBC in September 2004, "[F]rom our point of view and from the Charter point of view [the war] was illegal."[238] This drew immediate criticism from the United States and was immediately played down."[239] His annual report to the General Assembly for 2003 included no more than the statement: "Following the end of major hostilities which resulted in the occupation of Iraq..."[240] A similar report from the Security Council was similarly terse in its reference to the event: "Following the cessation of hostilities in Iraq in April 2003..."[241]
However, some argue that Kofi Annan was simply picking sides and playing politics. The United Nations Security Council has passed nearly 60 resolutions on Iraq and Kuwait since Iraq's invasion of Kuwait in 1990. The most relevant to this issue is Resolution 678, passed on November 29, 1990. It authorizes "member states co-operating with the Government of Kuwait...to use all necessary means" to (1) implement Security Council Resolution 660 and other resolutions calling for the end of Iraq's occupation of Kuwait and withdrawal of Iraqi forces from Kuwaiti territory and (2) "restore international peace and security in the area." However, the phrase "restore international peace and security in the area" was widely understood to refer to Iraq's invasion of Kuwait and was not a blank check for future military aggression against Iraq.
Tu é que deves estar a gozar, o que tem o Iraque a ver com a NATO???![]()
Então não percebeste?? Então a U.N. não autoriza a invasão do Iraque, boa parte dos membros da NATO estavam firmemente alinhados contra a invasão (Alemanha, França e Canadá incluídos) e o que fizeram os EUA e a Inglaterra? Assobiaram para o lado e invadiram.
Como é óbvio, cada país faz aquilo que bem entender. Se os EUA querem invadir meio mundo, isso é lá com eles! Mas isso tudo vem mostrar (mais uma vez) que a NATO não passa de um reles braço militar dos EUA que, quando é necessário, é invocada com toda a pompa e sentido de urgência, mas quando está a estorvar (como foi no caso do Iraque), é ignorada ou então empurrada para um lado como se se tratasse de um cãozinho impertinente.
Será este o papel da NATO no século XXI? Continuará a NATO a servir "única e exclusivamente" aos interesses dos EUA? E, naqueles momentos em que "não estiver praí a fazer nada e/ou estiver a estorvar", será solenemente ignorada como aconteceu no Iraque?
A NATO é útil aos EUA. Ponto final! Aos restantes países membros é útil? Bom... se não podes contra "ele", o melhor é juntar-te à "ele", não concordas?
Mais uma vez volto a afirmar que a NATO foi o principal instrumento de dissuasão dos países ocidentais frente a uma possível invasão soviética, mas isto foi há mais de 20 anos atrás! Foram os comunistas que destruíram as torres gêmeas em NY? Foram bombas russas que explodiram em Londres e em Madri? É contra este tipo de perigo, muito mais real mas ao mesmo tempo muito mais subtil, que as nações deverão lutar no futuro.
E gora pergunto mais uma vez: é contra este perigo que a NATO deverá lutar no futuro ou, apesar das longas e verborrágicas declarações oficiais, continuará a servir "única e exclusivamente" ao Tio Sam?
Era isto o que gostaria de ver discutido aqui. Qual o futuro da NATO face às novas ameaças do mundo?
Humm...pensei que soubesses o que era a NATO, como nasceu, qual o espaço geografico de actuação, etc...
Pelo teu comentário concluo que não sabes, assim antes de continuarmos a trocar opiniões sobre o papel que a NATO pode desempenhar actualmente, sugiro que procures informação sobre o assunto.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
sobre a utilidade da NATO
Qualquer país membro da NATO beneficia de uma protecção militar explicita no acordo caso exista qualquer ameaça militar ou politica.
Agora coloco a seguinte questão, quem é que beneficia mais com isto?
Hipotese 1: Os USA que tem o maior arsenal militar do mundo e que o conseguem manter. Com capacidade actual e futura para invadir e neutralizar qualquer ameaça externa á sua soberania.
Hipotese 2: Todos os outros membros, que não tem dinheiro para mandar cantar um cego (com execepçoes como o UK, etc) e que caso fossem invadidos ou ameaçados nao tinham meios de defesa militar.
Agora coloco a seguinte questão, quem é que beneficia mais com isto?
Hipotese 1: Os USA que tem o maior arsenal militar do mundo e que o conseguem manter. Com capacidade actual e futura para invadir e neutralizar qualquer ameaça externa á sua soberania.
Hipotese 2: Todos os outros membros, que não tem dinheiro para mandar cantar um cego (com execepçoes como o UK, etc) e que caso fossem invadidos ou ameaçados nao tinham meios de defesa militar.
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mais_um Escreveu:Fenicio Escreveu:2. A utilização da NATO em missões de segurança global ou regional, sob mandato das Nações Unidas (...)
Epah... só podes estar a gozar!!
The United States, the United Kingdom, and most other NATO countries opposed efforts to require the U.N. Security Council to approve NATO military strikes, such as the action against Serbia in 1999, while France and some others claimed that the alliance needed U.N. approval. The U.S./U.K. side claimed that this would undermine the authority of the alliance, and they noted that Russia and China would have exercised their Security Council vetoes to block the strike on Yugoslavia, and could do the same in future conflicts where NATO intervention was required, thus nullifying the entire potency and purpose of the organization. Recognizing the post-Cold War military environment, NATO adopted the Alliance Strategic Concept during its Washington Summit in April 1999 that emphasized conflict prevention and crisis management.
Ai... o Iraque! Ai... o Iraque!Lack of a U.N. mandate
One of the main questions in the lead-up to the war was whether the United Nations Security Council would authorize military intervention in Iraq. When it became increasingly clear that U.N. authorization would require significant further weapons inspections, and that the U.S. and the UK planned to invade Iraq regardless, many criticized their effort as unwise, immoral, and illegal. Robin Cook, then the leader of the United Kingdom House of Commons and a former foreign secretary, resigned from Tony Blair's cabinet in protest over the UK’s decision to invade without the authorization of a U.N. resolution. Cook said at the time that: "In principle I believe it is wrong to embark on military action without broad international support. In practice I believe it is against Britain's interests to create a precedent for unilateral military action.”[237] In addition, senior government legal advisor Elizabeth Wilmshurst resigned, stating her legal opinion that an invasion would be illegal.
United Nations Secretary-General Kofi Annan said in an interview with the BBC in September 2004, "[F]rom our point of view and from the Charter point of view [the war] was illegal."[238] This drew immediate criticism from the United States and was immediately played down."[239] His annual report to the General Assembly for 2003 included no more than the statement: "Following the end of major hostilities which resulted in the occupation of Iraq..."[240] A similar report from the Security Council was similarly terse in its reference to the event: "Following the cessation of hostilities in Iraq in April 2003..."[241]
However, some argue that Kofi Annan was simply picking sides and playing politics. The United Nations Security Council has passed nearly 60 resolutions on Iraq and Kuwait since Iraq's invasion of Kuwait in 1990. The most relevant to this issue is Resolution 678, passed on November 29, 1990. It authorizes "member states co-operating with the Government of Kuwait...to use all necessary means" to (1) implement Security Council Resolution 660 and other resolutions calling for the end of Iraq's occupation of Kuwait and withdrawal of Iraqi forces from Kuwaiti territory and (2) "restore international peace and security in the area." However, the phrase "restore international peace and security in the area" was widely understood to refer to Iraq's invasion of Kuwait and was not a blank check for future military aggression against Iraq.
Tu é que deves estar a gozar, o que tem o Iraque a ver com a NATO???![]()
Então não percebeste?? Então a U.N. não autoriza a invasão do Iraque, boa parte dos membros da NATO estavam firmemente alinhados contra a invasão (Alemanha, França e Canadá incluídos) e o que fizeram os EUA e a Inglaterra? Assobiaram para o lado e invadiram.
Como é óbvio, cada país faz aquilo que bem entender. Se os EUA querem invadir meio mundo, isso é lá com eles! Mas isso tudo vem mostrar (mais uma vez) que a NATO não passa de um reles braço militar dos EUA que, quando é necessário, é invocada com toda a pompa e sentido de urgência, mas quando está a estorvar (como foi no caso do Iraque), é ignorada ou então empurrada para um lado como se se tratasse de um cãozinho impertinente.
Será este o papel da NATO no século XXI? Continuará a NATO a servir "única e exclusivamente" aos interesses dos EUA? E, naqueles momentos em que "não estiver praí a fazer nada e/ou estiver a estorvar", será solenemente ignorada como aconteceu no Iraque?
A NATO é útil aos EUA. Ponto final! Aos restantes países membros é útil? Bom... se não podes contra "ele", o melhor é juntar-te à "ele", não concordas?

Mais uma vez volto a afirmar que a NATO foi o principal instrumento de dissuasão dos países ocidentais frente a uma possível invasão soviética, mas isto foi há mais de 20 anos atrás! Foram os comunistas que destruíram as torres gêmeas em NY? Foram bombas russas que explodiram em Londres e em Madri? É contra este tipo de perigo, muito mais real mas ao mesmo tempo muito mais subtil, que as nações deverão lutar no futuro.
E gora pergunto mais uma vez: é contra este perigo que a NATO deverá lutar no futuro ou, apesar das longas e verborrágicas declarações oficiais, continuará a servir "única e exclusivamente" ao Tio Sam?
Era isto o que gostaria de ver discutido aqui. Qual o futuro da NATO face às novas ameaças do mundo?
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Trad. "Não existem situações desesperadas, apenas pessoas desesperadas"
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Re: Nota de Imprensa - Restrições de Trânsito - NATO
habanero04 Escreveu:Organizem-se!...
Como morador do Parque das Nações, um grande obrigado por este comunicado.
Porque raio é que a PSP não libertou isto há mais tempo? É que manchas azuis e vermelhas pintadas sobre imagens do google earth dizem muito pouco...
amsfsma Escreveu:Esta gente parece que não conhece a história da humanidade. Os impérios actuam da forma como os EUA actuam, os países submetem-se ou cooperam com o país império e a comunicação social trabalha no sentido de justificar tudo isto. E tudos os outros que não colaboram, pessoas ou países, são "terroristas" a eliminar ou a diabolizar.
É triste como pessoas supostamente bem informados se deixam manipular.
Os Romeus de 1945 estariam a dizer que os EUA estavam a dar guarida a cérebros nazis (cientistas, agentes secretos, indústriais e até políticos nazis, etc) e teriamos que ouvir as pessoas como as do caldeirão de hoje a chama-lo de comunista. Como este exemplo há muitos e no entanto os cidadãos bem informados continuam a ser ingénuos...
A OTAN não é menos terrorista que os chamados "terroristas"...todos eles defendem os seus "interesses" pelo que é absurdo conceder uma superioridade moral a qualquer um deles...Vence o mais forte e não o melhor em sentido ético.
Bonito não é o mesmo que BOM; legal não é o mesmo que BOM, vitorioso não é o mesmo que BOM, bem sucedido não é o mesmo que BOM, semelhante a nós não é o mesmo que BOM.
A realidade existe e quem lhe dá sentido positivo ou negativo é o nosso cérebro que pode ser manipulado. As realidades que existem existem porque fomos "formatados" para as aceitar e acarinhar caso contrário já teriam sido destruidas.
Isto já é psicologia a mais...
Enganaste-te no topico, não está em discussão se a NATO é boa ou má, mas sim se é util ou não aos paises que a constituem.

"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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Nota de Imprensa - Restrições de Trânsito - NATO
Organizem-se!...
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Nota de Imprensa - Restrições de Trânsito - NATO.pdf
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Esta gente parece que não conhece a história da humanidade. Os impérios actuam da forma como os EUA actuam, os países submetem-se ou cooperam com o país império e a comunicação social trabalha no sentido de justificar tudo isto. E tudos os outros que não colaboram, pessoas ou países, são "terroristas" a eliminar ou a diabolizar.
É triste como pessoas supostamente bem informados se deixam manipular.
Os Romeus de 1945 estariam a dizer que os EUA estavam a dar guarida a cérebros nazis (cientistas, agentes secretos, indústriais e até políticos nazis, etc) e teriamos que ouvir as pessoas como as do caldeirão de hoje a chama-lo de comunista. Como este exemplo há muitos e no entanto os cidadãos bem informados continuam a ser ingénuos...
A OTAN não é menos terrorista que os chamados "terroristas"...todos eles defendem os seus "interesses" pelo que é absurdo conceder uma superioridade moral a qualquer um deles...Vence o mais forte e não o melhor em sentido ético.
Bonito não é o mesmo que BOM; legal não é o mesmo que BOM, vitorioso não é o mesmo que BOM, bem sucedido não é o mesmo que BOM, semelhante a nós não é o mesmo que BOM.
A realidade existe e quem lhe dá sentido positivo ou negativo é o nosso cérebro que pode ser manipulado. As realidades que existem existem porque fomos "formatados" para as aceitar e acarinhar caso contrário já teriam sido destruidas.
Isto já é psicologia a mais...
É triste como pessoas supostamente bem informados se deixam manipular.
Os Romeus de 1945 estariam a dizer que os EUA estavam a dar guarida a cérebros nazis (cientistas, agentes secretos, indústriais e até políticos nazis, etc) e teriamos que ouvir as pessoas como as do caldeirão de hoje a chama-lo de comunista. Como este exemplo há muitos e no entanto os cidadãos bem informados continuam a ser ingénuos...
A OTAN não é menos terrorista que os chamados "terroristas"...todos eles defendem os seus "interesses" pelo que é absurdo conceder uma superioridade moral a qualquer um deles...Vence o mais forte e não o melhor em sentido ético.
Bonito não é o mesmo que BOM; legal não é o mesmo que BOM, vitorioso não é o mesmo que BOM, bem sucedido não é o mesmo que BOM, semelhante a nós não é o mesmo que BOM.
A realidade existe e quem lhe dá sentido positivo ou negativo é o nosso cérebro que pode ser manipulado. As realidades que existem existem porque fomos "formatados" para as aceitar e acarinhar caso contrário já teriam sido destruidas.
Isto já é psicologia a mais...

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Fenicio Escreveu:2. A utilização da NATO em missões de segurança global ou regional, sob mandato das Nações Unidas (...)
Epah... só podes estar a gozar!!
The United States, the United Kingdom, and most other NATO countries opposed efforts to require the U.N. Security Council to approve NATO military strikes, such as the action against Serbia in 1999, while France and some others claimed that the alliance needed U.N. approval. The U.S./U.K. side claimed that this would undermine the authority of the alliance, and they noted that Russia and China would have exercised their Security Council vetoes to block the strike on Yugoslavia, and could do the same in future conflicts where NATO intervention was required, thus nullifying the entire potency and purpose of the organization. Recognizing the post-Cold War military environment, NATO adopted the Alliance Strategic Concept during its Washington Summit in April 1999 that emphasized conflict prevention and crisis management.
Ai... o Iraque! Ai... o Iraque!Lack of a U.N. mandate
One of the main questions in the lead-up to the war was whether the United Nations Security Council would authorize military intervention in Iraq. When it became increasingly clear that U.N. authorization would require significant further weapons inspections, and that the U.S. and the UK planned to invade Iraq regardless, many criticized their effort as unwise, immoral, and illegal. Robin Cook, then the leader of the United Kingdom House of Commons and a former foreign secretary, resigned from Tony Blair's cabinet in protest over the UK’s decision to invade without the authorization of a U.N. resolution. Cook said at the time that: "In principle I believe it is wrong to embark on military action without broad international support. In practice I believe it is against Britain's interests to create a precedent for unilateral military action.”[237] In addition, senior government legal advisor Elizabeth Wilmshurst resigned, stating her legal opinion that an invasion would be illegal.
United Nations Secretary-General Kofi Annan said in an interview with the BBC in September 2004, "[F]rom our point of view and from the Charter point of view [the war] was illegal."[238] This drew immediate criticism from the United States and was immediately played down."[239] His annual report to the General Assembly for 2003 included no more than the statement: "Following the end of major hostilities which resulted in the occupation of Iraq..."[240] A similar report from the Security Council was similarly terse in its reference to the event: "Following the cessation of hostilities in Iraq in April 2003..."[241]
However, some argue that Kofi Annan was simply picking sides and playing politics. The United Nations Security Council has passed nearly 60 resolutions on Iraq and Kuwait since Iraq's invasion of Kuwait in 1990. The most relevant to this issue is Resolution 678, passed on November 29, 1990. It authorizes "member states co-operating with the Government of Kuwait...to use all necessary means" to (1) implement Security Council Resolution 660 and other resolutions calling for the end of Iraq's occupation of Kuwait and withdrawal of Iraqi forces from Kuwaiti territory and (2) "restore international peace and security in the area." However, the phrase "restore international peace and security in the area" was widely understood to refer to Iraq's invasion of Kuwait and was not a blank check for future military aggression against Iraq.
Tu é que deves estar a gozar, o que tem o Iraque a ver com a NATO???


"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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2. A utilização da NATO em missões de segurança global ou regional, sob mandato das Nações Unidas (...)
Epah... só podes estar a gozar!!

The United States, the United Kingdom, and most other NATO countries opposed efforts to require the U.N. Security Council to approve NATO military strikes, such as the action against Serbia in 1999, while France and some others claimed that the alliance needed U.N. approval. The U.S./U.K. side claimed that this would undermine the authority of the alliance, and they noted that Russia and China would have exercised their Security Council vetoes to block the strike on Yugoslavia, and could do the same in future conflicts where NATO intervention was required, thus nullifying the entire potency and purpose of the organization. Recognizing the post-Cold War military environment, NATO adopted the Alliance Strategic Concept during its Washington Summit in April 1999 that emphasized conflict prevention and crisis management.
Ai... o Iraque! Ai... o Iraque!
Lack of a U.N. mandate
One of the main questions in the lead-up to the war was whether the United Nations Security Council would authorize military intervention in Iraq. When it became increasingly clear that U.N. authorization would require significant further weapons inspections, and that the U.S. and the UK planned to invade Iraq regardless, many criticized their effort as unwise, immoral, and illegal. Robin Cook, then the leader of the United Kingdom House of Commons and a former foreign secretary, resigned from Tony Blair's cabinet in protest over the UK’s decision to invade without the authorization of a U.N. resolution. Cook said at the time that: "In principle I believe it is wrong to embark on military action without broad international support. In practice I believe it is against Britain's interests to create a precedent for unilateral military action.”[237] In addition, senior government legal advisor Elizabeth Wilmshurst resigned, stating her legal opinion that an invasion would be illegal.
United Nations Secretary-General Kofi Annan said in an interview with the BBC in September 2004, "[F]rom our point of view and from the Charter point of view [the war] was illegal."[238] This drew immediate criticism from the United States and was immediately played down."[239] His annual report to the General Assembly for 2003 included no more than the statement: "Following the end of major hostilities which resulted in the occupation of Iraq..."[240] A similar report from the Security Council was similarly terse in its reference to the event: "Following the cessation of hostilities in Iraq in April 2003..."[241]
However, some argue that Kofi Annan was simply picking sides and playing politics. The United Nations Security Council has passed nearly 60 resolutions on Iraq and Kuwait since Iraq's invasion of Kuwait in 1990. The most relevant to this issue is Resolution 678, passed on November 29, 1990. It authorizes "member states co-operating with the Government of Kuwait...to use all necessary means" to (1) implement Security Council Resolution 660 and other resolutions calling for the end of Iraq's occupation of Kuwait and withdrawal of Iraqi forces from Kuwaiti territory and (2) "restore international peace and security in the area." However, the phrase "restore international peace and security in the area" was widely understood to refer to Iraq's invasion of Kuwait and was not a blank check for future military aggression against Iraq.
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"Es gibt keine verzweifelten Lagen, es gibt nur verzweifelte Menschen" - Heinz Guderian
Trad. "Não existem situações desesperadas, apenas pessoas desesperadas"
Cartago Technical Analysis - Blog
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O Novo Conceito Estratégico da NATO: Que Opções?
1. Na Cimeira da NATO, que ocorreu, em 4 de Abril de 2009, nas cidades de Estrasburgo /Kehl, os Chefes de Estado e de Governo dos estados membros encarregaram o Secretário‑Geral de desenvolver um Novo Conceito Estratégico para a Aliança (o que vigora data de 1999). A apresentação das linhas gerais de orientação deverá ser apresentada na próxima Cimeira, marcada para Lisboa nos finais do corrente ano.
O Secretário‑Geral foi ainda incumbido de reunir e orientar um grupo alargado de especialistas, presidido pela antiga Secretária de Estado dos EUA, a Senhora Madeleine Allbright, que até 10 de Abril, conduzirá uma fase de reflexão e de recolha de sensibilidades nas capitais dos estados‑membros para lançar as bases em que assentará o Novo Conceito. A esta fase seguir‑se‑ão fases de consulta e de redacção do Documento para aprovar em 2011.
Nos sessenta anos da sua existência, a Aliança tem procurado adaptar‑se aos sucessivos ambientes estratégicos que se vivem no globo, ditados por novos arranjos geopolíticos, novos riscos e ameaças e novas percepções sobre defesa que, progressivamente, vão sendo substituídos por conceitos mais abrangentes de segurança. Concebida como uma aliança político‑militar para defesa colectiva de uma sociedade fundamentada num sistema de valores e num estilo de vida que ao tempo estavam confinados a um espaço próprio, as suas adaptações seguiram, cronologicamente e até ao seu desaparecimento, as alterações que se verificaram na ameaça a que fazia face: a URSS, nas suas intenções e capacidades. No tempo, três transformações foram importantes. Em Dezembro de 1967, a adopção da doutrina Harmel, fundada nas políticas paralelas de manutenção de uma defesa adequada e na procura de uma diminuição na tensão Leste‑Oeste. Em 1969, a implementação pelo governo da República Federal da Alemanha, da “Ostpolitik” do Chanceler Willy Brandt que visava tornar mais positivas as relações com os países da Europa de Leste e com a URSS, tentando modificar as limitações impostas pelas políticas internas e externas dos governos daqueles países. Em Agosto de 1975, a assinatura em Helsínquia do Acto final da Conferência de Segurança e Cooperação Europeia que estabeleceu normas novas para tratamento dos problemas dos direitos humanos e institui medidas destinadas a melhorar a confiança entre o Leste e o Oeste.
Com este marco, iniciou‑se uma nova época para a Aliança, implementando‑se uma política de détente e passando de um Conceito Estratégico de “defesa avançada e retaliação massiva” para um Conceito de “defesa avançada e resposta flexível”.
A abertura do muro de Berlim, em Novembro de 1989, e os consequentes acontecimentos, rápidos e surpreendentes, que se desenvolveram na URSS e seus países satélites, deixaram o mundo na incerteza estratégica e a Aliança “sem inimigo”. Na Cimeira de Londres, em Julho de 1990, os chefes de estado e de governo fizeram uma Declaração, anunciando uma futura estratégia que visava a segurança, com base no diálogo, cooperação e transformação da Aliança mas que confundiu política com estratégia e, desde então, passando por sucessivos Conceitos Estratégicos (1991,1999), a NATO ainda não encontrou o seu outro ou outros para a formulação de uma estratégia coerente com os seus objectivos. O hard power da Aliança (capacidades militares) deteriorou‑se e as suas sucessivas transformações afectaram essas capacidades; o soft power, tão essencial a estratégias de segurança, não encontra espaço para afirmação própria num campo tão preenchido, e bem, pelas Nações Unidas e outras organizações regionais de segurança, existentes ou procurando afirmação, como a União Europeia. Valerá a pena reflectir, para o futuro, que se deve deixar para a segurança o que é da segurança e deixar que a NATO continue no seu “core business” que é a defesa.
2. A utilização da NATO em missões de segurança global ou regional, sob mandato das Nações Unidas, na sua área de aplicação ou fora dessa área, tem levantado problemas no seio dos estados membros e das suas opiniões públicas e criado tensões nas relações transatlânticas. A aplicação da NATO no conflito no Afeganistão, além de levantar problemas de credibilidade à Aliança, já fez cair o governo de um estado membro tradicionalmente fiel ao seu atlantismo. As vozes que em 1991 alertavam para a que a Aliança em missões out of area poderia correr o risco de caminhar para out of business, começam a ser recordadas.
Também os sucessivos alargamentos da Aliança para outros espaços europeus se estão a revelar como “consensos mudos” no seio de alguns estados membros. A Rússia, com quem a Aliança procurou boas relações desde 1991, faz saber que maior segurança nos vizinhos cria em si própria insegurança e na definição da sua nova estratégia continua a apostar no direito de intervenção em espaços próximos e nas armas nucleares como capacidade dissuasora. Os Estados Bálticos, a Geórgia e a Ucrânia (onde o novo regime político já definiu políticas de não alinhamento a Leste ou a Ocidente) são vizinhos da Rússia que na área continua a manter interesses estratégicos e a NATO tem de fazer uma reflexão sobre a sua política de alargamento.
Os vários fora que a Aliança tem procurado criar para diálogo e cooperação têm tentado sentar à mesa mais a partilha de interesses do que a identidade de valores, o que torna o diálogo difícil e a cooperação forçada.
Também as relações entre a NATO e a União Europeia se arrastam num clima de suspeitas mútuas, emulação e competição que só se compreende por visões políticas diferentes quanto a segurança, defesa e capacidades militares para enfrentar ameaças e riscos comuns para dezanove estados que se sentam e fazem ouvir as suas vozes nas duas organizações.
O Quadro que a seguir se apresenta, retirado de um estudo elaborado pela RAND Corporation, sobre as diferentes percepções, que de um e do outro lado do Atlântico e numa Europa que se quer comum mas que se divide em sistemas de valores, existem sobre prováveis áreas de ameaças e riscos, é curioso.
Sem prejuízo de outras leituras, em primeiro lugar mostra que não há percepção de uma ameaça comum de um e do outro lado do Atlântico (área de ameaça e risco que seja valorizada com o grau 5) e que as áreas em que existe maior aproximação são as relacionadas com o terrorismo patrocinado pela Al‑Qaeda, com o acesso do Irão a mísseis com ogivas nucleares e com a proliferação de armas de destruição massiva, que merecem quase a mesma valoração entre os inquiridos. Mostra, em segundo lugar, uma quase idêntica percepção dessas áreas de risco entre os EUA e o Reino Unido (mais forte identificação de valores comuns?). Mostra ainda diferentes percepções nos EUA e na Europa e, nesta, diferenças entre a “Europa Ocidental” e a “Europa de Leste”.
3. Acreditamos que mesmo face a descrenças, diferenças e dificuldades, um novo Conceito Estratégico para a NATO deve merecer o interesse e o empenho dos estados membros na sua definição.
A Aliança, desde a sua fundação, tem proporcionado aos seus membros poder e influência consideráveis nos assuntos mundiais e aos seus cidadãos confiança de que o seu estilo de vida será continuado em paz e segurança. Constitui trave mestra nas relações transatlânticas e é um repositório de uma história partilhada em comum. Por estas razões vale a pena um esforço para manter a Aliança. Os anos recentes viram fracturas dentro de si e desacordos sobre as suas finalidades básicas, pelo que a revisão do seu Conceito Estratégico deve revitalizar a NATO, definindo um conjunto de princípios básicos que servirão no futuro.
No debate que decorre nos estados membros, com variadas intensidades e empenhos, vão surgindo estudos e opiniões, aqueles mais ambiciosos e elaborados e estas mais simples e directas. Do espaço de debate que a OTAN, sobre o assunto, mantém na Internet, retirámos duas questões simples formuladas recentemente por intervenientes. “Gostaria de levantar a questão do papel da NATO no moderno sistema de segurança internacional. Há uma coordenação de autoridade, entre a NATO e as Nações Unidas, sobre as acções levadas a efeito sobre esta Organização na área de influência da Aliança?”. “Julgo que o Novo Conceito estratégico da Aliança deve confirmar o princípio da defesa colectiva, sem prejudicar acordos regionais de segurança que os seus estados membros desejem implementar”.
Nos estudos mais elaborados algumas questões surgem para meditação. Há quem queira materializar no Conceito uma Grande Estratégia para a Aliança, faseada no tempo em prazos curto, médio e longo, fortalecendo as suas dimensões tradicionais: política (relações transatlânticas, relações com a Rússia, relações com a União Europeia), militar (capacidades de dissuasão e de defesa adaptadas a novas ameaças, deixando para as Nações Unidas as capacidades de prevenção e reconstrução pós‑conflito), económica (redefinido orçamentos de defesa e orçamentos comuns) e científica (novas fronteiras, novos desafios, energia, espaço e oceanos). Há também quem seja mais ambicioso e que recomende áreas em que o novo Conceito se deve focalizar: Reforço na Europa, Novo peso no Médio Oriente, Enfoque nos estados falhados, Capacidade de defesa face a ameaças não‑estatais, Aliança global de democracias liberais.
Nas propostas a formular não pode esquecer‑se se o novo Conceito se destina a manter a Aliança nos seus fundamentos (valores comuns partilhados em espaços diferentes, defesa colectiva, relações transatlânticas) ou se destina a uma nova Aliança, que ainda não existe e que se deseja inventar em finalidades e espaço.
Portugal foi fundador e tem‑se mostrado um fiel membro da Aliança. Nas propostas que formular não irá esquecer a história comum percorrida e partilhada.
Post‑scriptum:
No passado dia 20 de Fevereiro, faleceu, com 85 anos, o General (US‑A) Alexander Haig Jr. Citando uma fonte internacional “Desapareceu um dos grandes Generais e Patriotas dos EUA do nosso tempo; um homem nobre de carácter e de vontade forte que dedicou a sua vida ao Serviço da sua Nação e à nobre causa da Liberdade através de uma forte Aliança”. O General Haig, que foi Comandante Supremo das Forças Aliadas na Europa, foi um bom amigo e aliado das Forças Armadas Portuguesas em momentos difíceis. A Revista Militar recorda‑o e presta‑lhe a sua homenagem.
* Presidente da Direcção da Revista Militar.
http://www.revistamilitar.pt/modules/ar ... php?id=544
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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mais_um Escreveu:Fenicio Escreveu:Não estou a confundir, mais_um.Por mais que refutem esta ideia, a NATO foi "criada pelos Estados Unidos para os Estados Unidos".
Não sou nem pró, nem contra os EUA, defendo o bom senso, seja aqui seja qualquer parte do mundo, por isso apelo ao teu bom senso, que acredito que tens (considerando a tua contibuição aqui no forum, que é das melhores) e convido-te a "visitar" o cemitério americano em Omaha Beach:
http://www.abmc.gov/cemeteries/cemeteries/no.php
E se algum dia tiveres a possibilidade de ver ao vivo aquelas mais de 10 mil sepulturas, vais sentir o peso e a dimensão do que foi feito e do que os americanos perderam para defenderem-nos do totalitarismo.
Relembro-te que não foi a 1ª vez (já na 1ª guerra mundial foram eles que se chegaram à frente) e como tal independentemente se a NATO foi criada ou não pelos EUA (considerando os milhares de jovens americanos que perderam a vida por nós, penso que é legitimo eles criarem e liderarem uma aliança com o objectivo de evitar que essa situação aconteça pela 3ª vez) , defendo a sua existência obviamente adaptada às novas ameaças e perigos para nossa sociedade.
E volto a frisar o que disseste:
obviamente adaptada às novas ameaças e perigos para nossa sociedade
Ora, nem mais!

A NATO está mais bem preparada para enfrentar divisões blindadas do que para enfrentar 5 ou 6 malucos dispostos a fazerem-se explodir no meio de Times Square, num comboio madrilenho ou no centro de Londres?
E se não é esta a função da NATO, qual o seu papel no mundo militarmente unilateral de hoje?
De resto, tudo aquilo que escreveste não é novidade, mais_um. Respeito, tanto quanto tu, todos aqueles que morreram nas guerras passadas, guerras estas que, na minha opinião, dificilmente voltarão a se repetir.
As guerras que os EUA (a.k.a. NATO) enfrentam hoje são um prelúdio das guerras do futuro: guerrilheiros escondidos em montanhas, carros armadilhados em supermercados atulhados de civis, armadilhas, emboscadas, etc. Confrontos em larga escala entre tanques e entre divisões de infantaria, no mesmo estilo da Segunda Guerra Mundial? Hmm... sinceramente não me parece.
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ul permite-me discordar.
Não cabe à NATO prevenir e evitar ataques terroristas, esse trabalho cabe aos serviços de informações e unidades especiais dos diversos paises.
Na generalidade os "altos quadros" da NATO têm formação para dirigir uma guerra "convencional", não para lidar com informações e executar operações "sujas".
Continuo a achar que a NATO não tem vontade própria, que segue apenas as instruções do EUA.
Quem é o grande culpado do que se está a passar hoje em dia no Iraque e no Afeganistão? Quem arrastou a NATO para o Afeganistão?
O EUA fabricaram o Bin Laden, armaram-no e financiaram-no durante a invasão do Afeganistão.
A CIA extingiu nos anos 90 a célula que o acompanhava e monitorizava.
Só depois do 11 de Setembro colocou a Delta Force no Afeganistão, para tentar encontrar o Bin Laden, quando os ingleses já tinham forças nos terreno à bastante tempo.
São demasiados erros que se pagam caro, penso que poderá ter a ver com quem está no poder, pois sempre que há mudança entre os republicanos e democrata, há grandes diferenças de politicas.
Penso que o grande problema que a NATO enfrenta hoje em dia, é como sair do Afeganistão e as consequências que isso vai ter.
Pedro
Não cabe à NATO prevenir e evitar ataques terroristas, esse trabalho cabe aos serviços de informações e unidades especiais dos diversos paises.
Na generalidade os "altos quadros" da NATO têm formação para dirigir uma guerra "convencional", não para lidar com informações e executar operações "sujas".
Continuo a achar que a NATO não tem vontade própria, que segue apenas as instruções do EUA.
Quem é o grande culpado do que se está a passar hoje em dia no Iraque e no Afeganistão? Quem arrastou a NATO para o Afeganistão?
O EUA fabricaram o Bin Laden, armaram-no e financiaram-no durante a invasão do Afeganistão.
A CIA extingiu nos anos 90 a célula que o acompanhava e monitorizava.
Só depois do 11 de Setembro colocou a Delta Force no Afeganistão, para tentar encontrar o Bin Laden, quando os ingleses já tinham forças nos terreno à bastante tempo.
São demasiados erros que se pagam caro, penso que poderá ter a ver com quem está no poder, pois sempre que há mudança entre os republicanos e democrata, há grandes diferenças de politicas.
Penso que o grande problema que a NATO enfrenta hoje em dia, é como sair do Afeganistão e as consequências que isso vai ter.
Pedro
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