Falência da Republica Portuguesa iminente?
Bom artigo do Pedro Braz Teixeira, um dos poucos economistas a discutir abertamente um possível/previsível fim do Euro ( pessoalmente equaciono como mais provável uma saída,e default parcial, por parte de apenas alguns países, mas...)
Concordo no geral com o que escreve , talvez com excepção para a parte em que refere que a subida das taxas de juro (em países como Portugal ou Grécia) poderia ter ajudado a corrigir problemas caso tivesse ocorrido no início destes e não a meio. Na minha opinião isso apenas teria trazido à luz a natureza insustentável de uma união monetária entre um grupo de países com produtividades tão díspares (e sem a existência de um orçamento federal). Teria apenas antecipado a ruptura ...
Fim do euro
12 Janeiro2011 | 11:38
Pedro Braz Teixeira
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=462613
Concordo no geral com o que escreve , talvez com excepção para a parte em que refere que a subida das taxas de juro (em países como Portugal ou Grécia) poderia ter ajudado a corrigir problemas caso tivesse ocorrido no início destes e não a meio. Na minha opinião isso apenas teria trazido à luz a natureza insustentável de uma união monetária entre um grupo de países com produtividades tão díspares (e sem a existência de um orçamento federal). Teria apenas antecipado a ruptura ...
Fim do euro
12 Janeiro2011 | 11:38
Pedro Braz Teixeira
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=462613
São quatro as razões pelas quais atribuo uma baixa probabilidade à sobrevivência do euro.
Em primeiro lugar porque tem uma arquitectura muito incompleta, em que avulta a ausência de um orçamento federal, problema para o qual não existe a mais leve vontade política de resolução.
A segunda razão prende-se com as diferenças de mentalidade (ou de preferências) dentro da Europa, que são um obstáculo à unidade. Porque é que os países actualmente em dificuldade não são uma amostra aleatória da zona do euro, mas sim praticamente os mesmíssimos que tinham idênticos problemas graves de desequilíbrios nas suas contas públicas e externas no século XIX? Alguém pode acreditar que se trata de uma mera coincidência, da qual nada se pode inferir?
Em terceiro lugar, houve um acompanhamento muito deficiente das economias na fase que antecedeu a adesão, bem como posteriormente. Neste aspecto basta referir que Portugal apresentou um brutal défice externo (quase 9% do PIB) já em 2000 e desde então este tem-se mantido praticamente intacto. É estranhíssimo que um desequilíbrio tão elevado e tão persistente nunca tenha merecido severas recomendações para o corrigir.
Mesmo no caso das contas públicas, onde havia metas numéricas, houve uma extraordinária complacência quer para com a desonestidade recorrente da Grécia em relação aos seus números, quer com medidas de óbvia desorçamentação, como foi o caso das SCUT em Portugal.
Estes problemas passados são extraordinariamente importantes para o futuro, pela quarta razão porque não acredito no futuro do euro: porque o sistema de alerta é intrinsecamente instável.
Os países com moeda própria (e com livre circulação de capitais) são avaliados pela sua taxa de câmbio, enquanto dentro de uma união monetária são avaliados pelas taxas de juro (da dívida soberana e outras). Este mecanismo de avaliação tem duas componentes, uma de potencial castigo e outra de potencial auxílio na correcção de problemas.
Um país com moeda própria e com problemas sérios nas contas externas pode ver a sua moeda atacada pelos especuladores. Este ataque tem um duplo efeito, castiga o país, cuja produção passa a valer menos, mas recebe uma forte ajuda para corrigir as suas contas externas. Depois da depreciação as exportações aumentam, o défice externo cai e o problema que desencadeou o ataque é resolvido.
E como é com as taxas de juro no euro? Elas têm uma óbvia capacidade de castigar, mas uma enorme dificuldade em ajudar a corrigir problemas. A subida das taxas de juro poderia ajudar a corrigir problemas se tivesse ocorrido no início destes e não a meio. Se os mercados tivessem penalizado correctamente os países gastadores estes nunca poderiam ter ido tão longe no seu endividamento (público e privado).
Isto é radicalmente diferente do que se passa com a taxa de câmbio. A depreciação da taxa de câmbio não só sinaliza o problema como diminui o défice externo. A subida das taxas de juro sinaliza o problema, mas agrava o défice público, dificulta o investimento e o crescimento.
E os efeitos são ainda piores no caso de países que, para além de terem um problema nas contas públicas, têm também um problema nas contas externas, como é o caso de Portugal e da Grécia, sendo o nosso caso mais grave na vertente externa.
Esta questão parece-me ser um dos problemas mais graves do euro: com moeda própria a variável que sinaliza os problemas ajuda a resolvê-los; numa união monetária a variável que sinaliza os problemas agrava esses mesmos problemas.
Se o sistema do euro não tivesse acumulado desequilíbrios tão significativos (muito para lá dos que derivam da chamada Grande recessão, iniciada em 2008) talvez pudesse sobreviver. Assim, a única dúvida que resta é saber até que ponto este fim vai ser amigável ou conflituoso, ou seja, até que ponto vai destruir muito do projecto de paz na Europa.
Há quem defenda que a união política ainda poderia ser a salvação do euro e da UE mas, além da fortíssima resistência política a esse passo, é necessário desfazer a doce ilusão de que mais integração conduz a mais paz. Uma união política, ao obrigar mais países a engolir políticas da maioria, mas indesejáveis para eles, poderia ser o golpe de misericórdia da UE.
"In my whole life, I have known no wise people over a broad subject matter area who didn't read all the time - none, zero" - Charlie Munger
"Entre os seres humanos, existe uma espécie de interacção que assenta não nos conhecimentos, nem sequer na falta de conhecimentos, mas no facto de não se saber quanto não se sabe ..." - John Kenneth Galbraith
"Entre os seres humanos, existe uma espécie de interacção que assenta não nos conhecimentos, nem sequer na falta de conhecimentos, mas no facto de não se saber quanto não se sabe ..." - John Kenneth Galbraith
Responsável do ING defende Portugal em carta enviada ao "Financial Times
Peter Nabney enumera as razões pelas quais Portugal está em melhor situação do que a Irlanda. E diz que a percepção contrária dos mercados é que está a provocar problemas de liquidez à banca portuguesa.
Os apuros da Irlanda e de Portugal não são sequer semelhantes. É este o título de uma carta enviada ao “Financial Times” por Peter Nabney, responsável do ING Groep em Portugal.
Nesta carta, que o “FT” hoje publica, Peter Nabney lamenta o facto de o jornal britânico “ter caído na mesma armadilha que o mercado, que está a pôr a Irlanda e Portugal no mesmo saco” e exemplifica, nomeadamente, com o editorial de 9 de Novembro do “FT”, intitulado “Periphery planning”.
“Na qualidade de actual residente em Portugal, e tendo vivido anteriormente na Irlanda, não consigo identificar semelhanças, a menos – claro- que se seja um ávido leitor do ‘Financial Times’”, diz aquele responsável do banco holandês na missiva endereçada ao jornal.
“Os factos não têm nada que enganar: os apuros da Irlanda são o resultado directo da prodigalidade dos bancos irlandeses nos empréstimos ao sector imobiliário, o que levou a um cenário de bolha/estoiro da bolha. Os indicadores deficitários daí resultantes condenam, essencialmente, a Irlanda a pedir ajuda internacional, mas, para tal, também seria necessária uma milagrosa reviravolta na economia norte-americana”, salienta Peter Nabney.
E prossegue: “os apuros de Portugal residem numa assustadora perda de competitividade, mas uma vez que isto sucedeu num contexto de crescimento económico, embora moroso, as instituições do país continuam sólidas”.
“Ironicamente, a tensão em termos de liquidez sobre os bancos portugueses resulta deste tipo de percepção ‘do mesmo saco’, quando afinal a realidade é bastante diferente”, afirma.
“Obviamente que Portugal tem de proceder a reformas, mas a diferença em relação à Irlanda está no tempo e na escala. Ao passo que, no caso da Irlanda, a economia tem sido inundada pela profunda escala do défice e o tempo não está do seu lado, com Portugal a questão tem mais a ver com o recalibrar do ‘mix’ receitas/despesas e, em simultâneo, com a resolução dos problemas competitivos de mais longo prazo”, refere o responsável do ING em Portugal.
No entanto, conclui a carta enviada ao “FT”, “como tão bem o sabemos, se a Irlanda pedir ajuda, o mercado irá virar-se para a vítima que se segue em termos de vulnerabilidade, um processo que já começou”.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=453549
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
A razão principal é simples e esta a vista de todos.
A UE não existe como entidade colectiva.
Nunca funcionou e nunca vai funcionar.
Serviu para os grandes Países alargarem os seus mercados de uma forma rapida, pois emprestavam aos pequenos Países para estes comprarem bens aos primeiros.
Portanto o dinheiro entrava por um lado e saia logo a seguir pelo outro.
Mas agora ja se fartaram de emprestar. Os pequenos Países ja não conseguem pagar aos seus credores.
O eixo Franco-Alemão venceu , mais a Alemanha é claro.
O Reino Unido que nunca acreditou na história ficou ao lado, assim como a Suécia.
Ja aqui escrevi que a Alemanha conseguiu pela economia o que não conseguiu pela guerra: controlar a Europa .
Menos é claro, a pequena ilha que como sempre continua independente.
A UE não existe como entidade colectiva.
Nunca funcionou e nunca vai funcionar.
Serviu para os grandes Países alargarem os seus mercados de uma forma rapida, pois emprestavam aos pequenos Países para estes comprarem bens aos primeiros.
Portanto o dinheiro entrava por um lado e saia logo a seguir pelo outro.
Mas agora ja se fartaram de emprestar. Os pequenos Países ja não conseguem pagar aos seus credores.
O eixo Franco-Alemão venceu , mais a Alemanha é claro.
O Reino Unido que nunca acreditou na história ficou ao lado, assim como a Suécia.
Ja aqui escrevi que a Alemanha conseguiu pela economia o que não conseguiu pela guerra: controlar a Europa .
Menos é claro, a pequena ilha que como sempre continua independente.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
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Marco Martins Escreveu:Concordo!
As economias menores da Europa deveriam-se juntar e exigir mais protecção a Bruxelas.
Faz algum sentido que as economias mais frágeis tenham de ser obrigadas a manter a mesma cotação da moeda e no entanto a sua taxa de empréstimo varie em relação aos outros países da UE?
Esta diferença nas taxas está apenas a tornar mais ricos os que têm dinheiro e mais pobres aqueles que menos têm.
Fazendo uma analogia, será o mesmo que dizer que os pobres têm de pagar mais caro o pão dos que os ricos, apenas porque não têm tantas garantias de que o possam pagar.
Claro, o BCE está a contribuir para a extorsão aos mais desfavorecidos em favor dos mais ricos!
Mas o caldinho já começou a ser preparado há muito tempo, pois o que estamos a assistir, ou seja, a um claro empobrecimento dos países mais fracos em detrimento do enriquecimento de algumas economias emergentes, sendo que pelo meio apenas se vão safando as grandes economias, como Alemã e a Francesa, deve-se principalmente ao terem-nos dado subsídios para acabar com a produção nacional agrícola, piscícola e tanta outra, deixar os asiáticos entrar aqui à força toda e tudo isto apenas em troca de uns Airbus, uns BMWs, Audis e afins que os senhores do centro da Europa exportam para aqueles lados do mundo!
Se a tudo isto juntarmos a manipulação em baixa do valor o yuan, o caldinho não podia ser pior!
Fala-se tanto em apostar nas empresas exportadoras.
Concordo, mas porque é que não se aposta nas industrias nacionais, por forma a produzir para o mercado interno aquilo que agora andamos a importar? Isso também contribuiria para o equilíbrio da balança comercial e para o nosso crescimento!
Onde é que já se viu importarmos alimentos em que outrora éramos auto-suficientes ou praticamente auto-suficientes? Tem algum sentido? Vão-me dizer que é por questão de competitividade?
Pois, se produzíssemos para o mercado interno aquilo que andamos a importar sem necessidade certamente que teríamos riqueza e competitividade para podermos escolher os nossos produtos em detrimento dos estrangeiros.
A minha visão não é sequer proteccionista, é apenas de que devemos produzir aquilo em que pelo menos nos é possível e já no passado assim foi!
Se andamos a importar constantemente algo que podíamos produzir cá, o resultado vai ser uma bola de neve, ou seja, vamos ter que desembolsar parte da riqueza que produzimos anualmente directamente para o estrangeiro, riqueza essa que já não volta para território nacional.
Ao contrário, se essa riqueza fosse mantida cá ela poderia ser reinvestida e seria certamente muito mais produtiva para toda a economia nacional.
Concordo!
As economias menores da Europa deveriam-se juntar e exigir mais protecção a Bruxelas.
Faz algum sentido que as economias mais frágeis tenham de ser obrigadas a manter a mesma cotação da moeda e no entanto a sua taxa de empréstimo varie em relação aos outros países da UE?
Esta diferença nas taxas está apenas a tornar mais ricos os que têm dinheiro e mais pobres aqueles que menos têm.
Fazendo uma analogia, será o mesmo que dizer que os pobres têm de pagar mais caro o pão dos que os ricos, apenas porque não têm tantas garantias de que o possam pagar.
As economias menores da Europa deveriam-se juntar e exigir mais protecção a Bruxelas.
Faz algum sentido que as economias mais frágeis tenham de ser obrigadas a manter a mesma cotação da moeda e no entanto a sua taxa de empréstimo varie em relação aos outros países da UE?
Esta diferença nas taxas está apenas a tornar mais ricos os que têm dinheiro e mais pobres aqueles que menos têm.
Fazendo uma analogia, será o mesmo que dizer que os pobres têm de pagar mais caro o pão dos que os ricos, apenas porque não têm tantas garantias de que o possam pagar.
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"BCE foi hoje ao mercado comprar dívida portuguesa"
BCE foi hoje ao mercado comprar dívida portuguesa
De facto isto é algo que me continua a fazer tremenda impressão.
Por que raio não empresta o BCE directamente aos países da zona Euro à sua taxa de referência, ou, pelo menos, à taxa de juro das OTs alemãs?
Por que raio vai o BCE comprar dívida como se de outro participante no mercado se tratasse?
Para o BCE, Portugal pagar 1% ou 10% é igual, não é suposto o BCE ser um banco com objectivos lucrativos!
Portanto, se é capaz de assumir o risco ao comprar dívida nas emissões das OTs, por que não pode assumir esse risco emprestando directamente e com uma taxa de juro mais baixa?
Se em causa estiverem estatutos ou regulamentos do BCE ou da UE, que se f**** (desculpem-me a expressão) essas m*****, ou que se alterem, pois isto não tem sentido algum e o resultado é um claro prejuízo para os países visados.
Antigamente era fácil, o Banco de Portugal imprimia nota e o Estado estava financiado, hoje em dia que não temos máquina de fazer dinheiro estamos atados a estes mecanismos burocráticos europeus que são claramente prejudiciais.
O Banco Central Europeu comprou hoje dívida pública portuguesa, em montantes reduzidos, de acordo com a informação veiculada pela agência Bloomberg, que cita três operadores envolvidos na operação.
A intervenção do BCE terá sido assim determinante para explicar o aliviar dos juros da dívida portuguesa na parte da tarde da sessão. Depois de esta manhã ter atingido um máximo nos 7,24%, a “yield” das obrigações do tesouro a 10 anos fechou o dia nos 7,03%, estável face ao fecho de ontem.
Não terá sido o primeiro dia em que o BCE comprou dívida portuguesa, tendo a autoridade monetária utilizado este mecanismo para impedir maiores subidas nos juros que os investidores exigem para comprar dívida dos países periféricos.
O BCE tem sido mais activo na dívida irlandesa, mas tal não impediu os juros da dívida do país de atingirem hoje hum novo recorde próximo dos 9%.
De facto isto é algo que me continua a fazer tremenda impressão.
Por que raio não empresta o BCE directamente aos países da zona Euro à sua taxa de referência, ou, pelo menos, à taxa de juro das OTs alemãs?
Por que raio vai o BCE comprar dívida como se de outro participante no mercado se tratasse?
Para o BCE, Portugal pagar 1% ou 10% é igual, não é suposto o BCE ser um banco com objectivos lucrativos!
Portanto, se é capaz de assumir o risco ao comprar dívida nas emissões das OTs, por que não pode assumir esse risco emprestando directamente e com uma taxa de juro mais baixa?
Se em causa estiverem estatutos ou regulamentos do BCE ou da UE, que se f**** (desculpem-me a expressão) essas m*****, ou que se alterem, pois isto não tem sentido algum e o resultado é um claro prejuízo para os países visados.
Antigamente era fácil, o Banco de Portugal imprimia nota e o Estado estava financiado, hoje em dia que não temos máquina de fazer dinheiro estamos atados a estes mecanismos burocráticos europeus que são claramente prejudiciais.
Investidores exigem 7,2% para deter dívida portuguesa
11 Novembro 2010 | 10:28
Hugo Paula - hugopaula@negocios.pt
Os juros da dívida dos países periféricos agravaram-se depois de a ministra Christine Lagarde ter dito que os investidores devem partilhar os custos de um resgate como o que ocorreu na Grécia.
O preço das obrigações portuguesas (que se relacionam inversamente com os juros) caiu e levou a taxa de retorno da dívida pública a 10 anos a agravar-se 20,1 pontos base para 7,237%, já depois de ter voltado a fixar um máximo histórico esta manhã, ao atingir os 7,247% esta manhã, segundo as taxas genéricas da Bloomberg.
O prémio de risco da dívida portuguesa face às obrigações alemãs avança para 484 pontos base, com os investidores a preferirem a segurança relativa da dívida alemã.
Nas maturidades mais curtas, subida é mais acentuada, com a “yield” das obrigações a dois anos a progredir 25,5 pontos base para 5,014% e os títulos com maturidade a cinco anos a avançaremm27,7 pontos para 6,411%.
França e Alemanha impulsionam risco das economias periféricas
A ministra das Finanças de Sarkozy expressou apoio à proposta alemã de que os investidores em dívida pública partilhem os custos de resgate a países que se encontrem insolventes.
“Os comentários de Lagarde mencionaram reestruturação, e isso é mais um prego no caixão” da dívida periférica, disse o analista de obrigações do HSBC, Steven Major, à Bloomberg. “Ainda existe um enorme grupo de investidores que operadores que não reconheceram que uma reestruturação poderá acontecer”, acrescentou.
Uma proposta inicialmente apresentada por Merkel e aprovada pelo parlamento alemão, que levou a taxa de juro das obrigações portuguesas e alemãs a subirem para máximos recorde nas últimas sessões.
Também na Irlanda, os juros avançam 28,3 pontos para 8,919%, depois de terem chegado aos 8,929%. Uma subida que leva o prémio de risco para 652 pontos. Já em Espanha, a dívida avança para 4,546% e o “spread” de risco espanhol salda-se em 215 pontos.
Os juros da dívida de países como Portugal e Irlanda estão a subir, depois de a responsável pelas finanças de França ter expresso o seu apoio à proposta de Merkel. A líder do governo alemão defende que investidores em de dívida pública sejam chamados a pagar parte dos custos de um resgate a um país que necessite de reestruturar a sua dívida soberana.
11 Novembro 2010 | 10:28
Hugo Paula - hugopaula@negocios.pt
Os juros da dívida dos países periféricos agravaram-se depois de a ministra Christine Lagarde ter dito que os investidores devem partilhar os custos de um resgate como o que ocorreu na Grécia.
O preço das obrigações portuguesas (que se relacionam inversamente com os juros) caiu e levou a taxa de retorno da dívida pública a 10 anos a agravar-se 20,1 pontos base para 7,237%, já depois de ter voltado a fixar um máximo histórico esta manhã, ao atingir os 7,247% esta manhã, segundo as taxas genéricas da Bloomberg.
O prémio de risco da dívida portuguesa face às obrigações alemãs avança para 484 pontos base, com os investidores a preferirem a segurança relativa da dívida alemã.
Nas maturidades mais curtas, subida é mais acentuada, com a “yield” das obrigações a dois anos a progredir 25,5 pontos base para 5,014% e os títulos com maturidade a cinco anos a avançaremm27,7 pontos para 6,411%.
França e Alemanha impulsionam risco das economias periféricas
A ministra das Finanças de Sarkozy expressou apoio à proposta alemã de que os investidores em dívida pública partilhem os custos de resgate a países que se encontrem insolventes.
“Os comentários de Lagarde mencionaram reestruturação, e isso é mais um prego no caixão” da dívida periférica, disse o analista de obrigações do HSBC, Steven Major, à Bloomberg. “Ainda existe um enorme grupo de investidores que operadores que não reconheceram que uma reestruturação poderá acontecer”, acrescentou.
Uma proposta inicialmente apresentada por Merkel e aprovada pelo parlamento alemão, que levou a taxa de juro das obrigações portuguesas e alemãs a subirem para máximos recorde nas últimas sessões.
Também na Irlanda, os juros avançam 28,3 pontos para 8,919%, depois de terem chegado aos 8,929%. Uma subida que leva o prémio de risco para 652 pontos. Já em Espanha, a dívida avança para 4,546% e o “spread” de risco espanhol salda-se em 215 pontos.
Os juros da dívida de países como Portugal e Irlanda estão a subir, depois de a responsável pelas finanças de França ter expresso o seu apoio à proposta de Merkel. A líder do governo alemão defende que investidores em de dívida pública sejam chamados a pagar parte dos custos de um resgate a um país que necessite de reestruturar a sua dívida soberana.
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Os imóveis do Estado estão a revelar-se uma mina de ouro!
Hospitais ficarão libertos de um encargo de 95 milhões de euros em 2011.
Há pensões na Saúde que, a partir de 2011, passarão a ser pagas com verbas provenientes da alienação de imóveis. A medida está inscrita no Orçamento do Estado para 2011 e o encargo anual rondará, segundo o Ministério da Saúde, os 95 milhões de euros.
Em causa estão as reformas de profissionais que, até à criação do Serviço Nacional de Saúde (1979), trabalhavam para as Misericórdias e que descontavam para a Segurança Social, mas que com a criação do SNS passaram a descontar para a Caixa Geral de Aposentações (CGA).
Até agora estes encargos eram suportados pelos orçamentos dos próprios hospitais e administrações regionais de saúde, pelo que "a afectação de vendas de património possibilitará 'libertar' os hospitais e as ARS dos pagamentos que têm vindo a efectuar à CGA", explicou ao Negócios fonte oficial do Ministério de Ana Jorge.
Assim, e "independentemente das receitas de alienação de imóveis do Ministério da Saúde, as pensões serão pagas na totalidade pela CGA e ressarcidas, conforme as disponibilidades, pelo Ministério da Saúde", acrescentou a mesma fonte.
Os imóveis do Estado estão a revelar-se uma mina de ouro!
Acabei de me auto-promover a Principiante!
Aaahhgrrr,... os meus dedos não estalam!!!
TAMBÉM QUERO SER RICO! Por onde começo? Estou disposto a deixar de trabalhar!
Aaahhgrrr,... os meus dedos não estalam!!!
TAMBÉM QUERO SER RICO! Por onde começo? Estou disposto a deixar de trabalhar!
mais_um Escreveu:Elias Escreveu:Juros da dívida portuguesa sobem para novo recorde
11 Novembro 2010 | 08:43
Sara Antunes - saraantunes@negocios.pt
"Yield" das obrigações a 10 anos está a negociar nos 7,097%, ao subir mais de seis pontos base.
O juro da dívida portuguesa a 10 anos está a aumentar 6,1 pontos base para 7,097%, o que corresponde a um novo máximo desde que existe o euro.
(Notícia em actualização)
Esta desinformação constante é impressionante, primeiro o juro da divida publica não está aumentar, os emprestimos são a taxa fixa na sua quase totalidade.
Depois menos de 1% da divida publica paga a taxa maxima referente ao leilão de ontem, os 6,8%.
Enfim, há que vender espaço publicitário.....
Vê os primeiros 15 segundos do Jornal da Noite de ontem da SIC.
Não admira que a malta confunda yields com juros

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Elias Escreveu:Juros da dívida portuguesa sobem para novo recorde
11 Novembro 2010 | 08:43
Sara Antunes - saraantunes@negocios.pt
"Yield" das obrigações a 10 anos está a negociar nos 7,097%, ao subir mais de seis pontos base.
O juro da dívida portuguesa a 10 anos está a aumentar 6,1 pontos base para 7,097%, o que corresponde a um novo máximo desde que existe o euro.
(Notícia em actualização)
Esta desinformação constante é impressionante, primeiro o juro da divida publica não está aumentar, os emprestimos são a taxa fixa na sua quase totalidade.
Depois menos de 1% da divida publica paga a taxa maxima referente ao leilão de ontem, os 6,8%.
Enfim, há que vender espaço publicitário.....
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Juros da dívida portuguesa sobem para novo recorde
11 Novembro 2010 | 08:43
Sara Antunes - saraantunes@negocios.pt
"Yield" das obrigações a 10 anos já acentuou a tendência de subida e segue já a negociar nos 7,139%, ao subir mais de 10 pontos base. Juro cobrado pela dívida a dois anos superou os 5% pela primeira vez desde Maio.
O juro da dívida portuguesa a 10 anos está a aumentar 6,1 pontos base para 7,139%, o que corresponde a um novo máximo desde que existe o euro, elevando para 475 pontos base o prémio face às “bunds” alemãs, um valor que mede o prémio de risco exigido pelos investidores para comprarem dívida portuguesa em detrimento da alemã.
Este valor da taxa de juro portuguesa refere-se ao índice de preços genéricos das obrigações da Bloomberg. Nas obrigações com maturidade em Junho de 2020, uma das que linhas de financiamento do Estado, os juros chegaram ultrapassar os 7% há duas sessões.
No entanto as taxas de juro genéricas da dívida pública são as que têm sido utilizadas como referência, já que consistem num índice de remuneração da várias linhas de financiamento com maturidades próximas dos 10 anos, o que confere maior significância ao indicador.
A taxa de juro das obrigações a cinco anos está a subir 26,4 pontos base para 6,398% e a “yield” das obrigações a dois anos sobe 31,5 pontos base para 5,074%, superando os 5% pela primeira vez desde Maio deste ano.
Em contrapartida, os juros cobrados à Alemanha estão a diminuir, o que aumenta o prémio da dívida portuguesa em todos os prazos.
11 Novembro 2010 | 08:43
Sara Antunes - saraantunes@negocios.pt
"Yield" das obrigações a 10 anos já acentuou a tendência de subida e segue já a negociar nos 7,139%, ao subir mais de 10 pontos base. Juro cobrado pela dívida a dois anos superou os 5% pela primeira vez desde Maio.
O juro da dívida portuguesa a 10 anos está a aumentar 6,1 pontos base para 7,139%, o que corresponde a um novo máximo desde que existe o euro, elevando para 475 pontos base o prémio face às “bunds” alemãs, um valor que mede o prémio de risco exigido pelos investidores para comprarem dívida portuguesa em detrimento da alemã.
Este valor da taxa de juro portuguesa refere-se ao índice de preços genéricos das obrigações da Bloomberg. Nas obrigações com maturidade em Junho de 2020, uma das que linhas de financiamento do Estado, os juros chegaram ultrapassar os 7% há duas sessões.
No entanto as taxas de juro genéricas da dívida pública são as que têm sido utilizadas como referência, já que consistem num índice de remuneração da várias linhas de financiamento com maturidades próximas dos 10 anos, o que confere maior significância ao indicador.
A taxa de juro das obrigações a cinco anos está a subir 26,4 pontos base para 6,398% e a “yield” das obrigações a dois anos sobe 31,5 pontos base para 5,074%, superando os 5% pela primeira vez desde Maio deste ano.
Em contrapartida, os juros cobrados à Alemanha estão a diminuir, o que aumenta o prémio da dívida portuguesa em todos os prazos.
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AutoMech Escreveu:Obrigado Risco !
Só mais uma questão: tens acesso ao bid - ask de OTs de um banco qualquer ?
Eu estava bastante interessado em comprar umas OTs mas provavelmente não as vou levar até ao fim.
Queria ter uma ideia, além do risco normal de valorização / desvalorização, quanto é que se poderá perder no spread.
O investimento em obrigações com o propósito de venda em data anterior à sua maturidade deve ter presente o facto de se tratar de um instrumento financeiro cuja liquidez é limitada, devendo sujeitar-se às condições vigentes no mercado à data da venda, podendo, nesses casos, o preço de venda ser inferior ou superior ao valor de compra, e bem assim, ao respectivo valor nominal. O objectivo da compra da obrigação será o de aproveitar a rentabilidade até à maturidade. Caso tenha necessidade de proceder à sua venda entre em contacto com o seu gestor de conta ou com o Serviço de apoio ao cliente
https://www.bigonline.pt/pt/PoupancaRen ... gacoes.asp
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Juros da dívida portuguesa sobem para novo recorde
11 Novembro 2010 | 08:43
Sara Antunes - saraantunes@negocios.pt
"Yield" das obrigações a 10 anos está a negociar nos 7,097%, ao subir mais de seis pontos base.
O juro da dívida portuguesa a 10 anos está a aumentar 6,1 pontos base para 7,097%, o que corresponde a um novo máximo desde que existe o euro.
(Notícia em actualização)
11 Novembro 2010 | 08:43
Sara Antunes - saraantunes@negocios.pt
"Yield" das obrigações a 10 anos está a negociar nos 7,097%, ao subir mais de seis pontos base.
O juro da dívida portuguesa a 10 anos está a aumentar 6,1 pontos base para 7,097%, o que corresponde a um novo máximo desde que existe o euro.
(Notícia em actualização)
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Obrigado Risco !
Só mais uma questão: tens acesso ao bid - ask de OTs de um banco qualquer ?
Eu estava bastante interessado em comprar umas OTs mas provavelmente não as vou levar até ao fim.
Queria ter uma ideia, além do risco normal de valorização / desvalorização, quanto é que se poderá perder no spread.
Só mais uma questão: tens acesso ao bid - ask de OTs de um banco qualquer ?
Eu estava bastante interessado em comprar umas OTs mas provavelmente não as vou levar até ao fim.
Queria ter uma ideia, além do risco normal de valorização / desvalorização, quanto é que se poderá perder no spread.
O MEDIP - Mercado Especial de Dívida Pública
http://www.igcp.pt/gca/index.php?id=72
MEDIP
MEDIP - Mercado Especial de Dívida Pública
O MEDIP – Mercado Especial da Dívida Pública é um mercado regulamentado, nos termos do Código dos Valores Mobiliários, destinado à negociação electrónica por grosso de títulos da dívida do Tesouro Português (Obrigações do Tesouro - OT e Bilhetes do Tesouro - BT).
O MEDIP é gerido pela MTS Portugal, SGMR S.A., sociedade de direito português cujos accionistas são maioritariamente os OEVT - Operadores Especializados de Valores do Tesouro (com uma quota conjunta de 70%), o IGCP e o MTS S.p.A. (com quotas de 15%, cada).
O mercado, a sociedade gestora e os seus participantes estão sujeitos à supervisão da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
A negociação no MEDIP é efectuada através da plataforma electrónica MTS-Telemático sendo a liquidação das transacções feita na Euroclear ou na Clearstream, três dias úteis após a sua realização (T+3), no caso das OT, e dois dias úteis após a sua realização (T+2), no caso dos BT, usando uma facilidade de straight-through-processing.
Enquanto mercado regulamentado, o MEDIP está sujeito a regras, nomeadamente, quanto à admissão dos participantes, à admissão dos títulos à negociação, ao funcionamento do mercado e quanto à divulgação de informação relativa às transacções realizadas. As quantidades transaccionadas e os preços formados (incluindo as melhores ofertas de compra e venda) são divulgados em tempo real através da Reuters e Bloomberg (PT/MTS1 e MTSP) e no final de cada sessão, é publicado um boletim de mercado no website da entidade gestora do mercado www.mtsportugal.com, com informação agregada das transacções realizadas.
Participantes no mercado
O MEDIP é um mercado de transacções por grosso entre especialistas, que negoceiam por conta própria, e em que a liquidez é suportada por obrigações de cotação de uma parte dos seus participantes – market makers. Além dos market makers podem ainda participar no MEDIP, market dealers.
Os market makers têm a obrigação de manter cotações firmes de compra e venda no sistema, durante um mínimo de cinco horas diárias, para um conjunto de títulos líquidos. As propostas dos market makers estão sujeitas a um limite mínimo de quantidade e a um spread bid/offer máximo, pré-estabelecidos. Os market dealers podem apenas negociar com base nos preços dos market makers, i.e., poderão apenas aceitar propostas dos market makers. Os Operadores Especializados de Valores do Tesouro (OEVT) e os Especialistas em Bilhetes do Tesouro (EBT) participam obrigatoriamente no MEDIP como market makers.
O mercado começou a funcionar em Julho de 2000 tendo como participantes iniciais, 12 OEVT . No final de 2009 o número de instituições participantes ascendia a 30.
Lista de participantes
Títulos admitidos à negociação
Estão actualmente admitidos à negociação no MEDIP todas as séries de Obrigações do Tesouro de taxa fixa (OT) e todas as séries de Bilhetes do Tesouro (BT).
As OT admitidas à negociação no MEDIP são agrupados em:
*
Títulos Benchmark – de cotação obrigatória por todos os market makers;
*
Títulos Regulares – para os quais não existem obrigações de cotação.
As novas séries de Obrigações do Tesouro e Bilhetes do Tesouro são admitidas à negociação imediatamente após a colocação, e uma vez definido o pricing da emissão, sendo numa fase inicial transaccionadas em grey-market.
As obrigações de cotação para as Obrigações do Tesouro (títulos benchmark e outros títulos líquidos) e para os Bilhetes do Tesouro estão previstas nas regras do mercado, disponíveis no website da entidade gestora – www.mtsportugal.com.
http://www.igcp.pt/gca/index.php?id=72
"In my whole life, I have known no wise people over a broad subject matter area who didn't read all the time - none, zero" - Charlie Munger
"Entre os seres humanos, existe uma espécie de interacção que assenta não nos conhecimentos, nem sequer na falta de conhecimentos, mas no facto de não se saber quanto não se sabe ..." - John Kenneth Galbraith
"Entre os seres humanos, existe uma espécie de interacção que assenta não nos conhecimentos, nem sequer na falta de conhecimentos, mas no facto de não se saber quanto não se sabe ..." - John Kenneth Galbraith
Já agora mais alguma informação sobre o mercado secundário de títulos de dívida pública :
http://www.igcp.pt/gca/index.php?id=71
Enquadramento
O Mercado Secundário dos títulos da dívida pública - Enquadramento
O mercado secundário da dívida pública portuguesa sofreu uma profunda transformação com a criação, em 2000, do Mercado Especial da Dívida Pública (MEDIP).
Após essa reforma que envolveu o IGCP enquanto representante do emitente, os Operadores Especializados em Valores do Tesouro (OEVT) enquanto principais participantes no mercado e a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e o Ministério das Finanças enquanto autoridades do mercado a nível doméstico, o mercado secundário dos títulos de dívida do Estado passou a apresentar uma estrutura assente em três segmentos complementares:
*
O segmento de negociação por grosso entre especialistas a funcionar como mercado regulamentado e onde estão admitidos à negociação as OT e os BT - o Mercado Especial de Dívida Pública (MEDIP) gerido pela MTS Portugal;
*
O segmento dirigido principalmente para as transacções de retalho, a funcionar também como mercado regulamentado, onde estão admitidas à negociação a maioria das OT emitidas – Eurolist by Euronext (mercado de cotações oficiais) gerido pela Euronext Lisbon;
*
O segmento de operações realizadas fora de mercado regulamentado (OTC).
O surgimento do MEDIP veio criar condições para uma maior participação na negociação de dívida da República, por parte de investidores e intermediários financeiros não residentes, induzindo o aumento da liquidez e dos turnovers no mercado da dívida pública.
No MEDIP estão admitidos à negociação todas as Obrigações do Tesouro (OT) e os Bilhetes do Tesouro (BT) emitidos pela República portuguesa.
As séries de Obrigações do Tesouro de maior dimensão estão também admitidas à negociação e são activamente transaccionadas na plataforma pan-europeia EuroMTS.
Paralelamente e sobretudo desde meados de 2001, tem vindo a desenvolver-se de forma consistente um mercado de repos sobre OT e BT.
http://www.igcp.pt/gca/index.php?id=71
"In my whole life, I have known no wise people over a broad subject matter area who didn't read all the time - none, zero" - Charlie Munger
"Entre os seres humanos, existe uma espécie de interacção que assenta não nos conhecimentos, nem sequer na falta de conhecimentos, mas no facto de não se saber quanto não se sabe ..." - John Kenneth Galbraith
"Entre os seres humanos, existe uma espécie de interacção que assenta não nos conhecimentos, nem sequer na falta de conhecimentos, mas no facto de não se saber quanto não se sabe ..." - John Kenneth Galbraith
Sim. Claro que posteriormente o Big saberá o que quer fazer e se quer ir ao "mercado" para repôr a qtd que tinha em carteira antes da venda...
e tb tenho ideia que as yields a que são vendidas as obrigações normalmente estão ligeiramente abaixo (logo o preço ligeiramente acima) das yields no "mercado" .
e tb tenho ideia que as yields a que são vendidas as obrigações normalmente estão ligeiramente abaixo (logo o preço ligeiramente acima) das yields no "mercado" .
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"Entre os seres humanos, existe uma espécie de interacção que assenta não nos conhecimentos, nem sequer na falta de conhecimentos, mas no facto de não se saber quanto não se sabe ..." - John Kenneth Galbraith
"Entre os seres humanos, existe uma espécie de interacção que assenta não nos conhecimentos, nem sequer na falta de conhecimentos, mas no facto de não se saber quanto não se sabe ..." - John Kenneth Galbraith
RiscoCalculado Escreveu:sim , cá está a prova dos 9 , trata-se de um mercado pouco líquido de facto , no entanto não confundir isso com mercado lunático onde no secundário se negoceia em valores que não têm nada a ver com nada e depois quando o Estado decide emitir "salta" para valores completamente diferentes.
É um mercado pouco líquido , mas de qualquer forma dá uma boa ideia de quais os valores a que o Estado se conseguirá financiar em futuras emissões.
Por aquilo que percebi do artigo que o Elias colocou, ao comprar OTs por exemplo no BIG estamos a comprar ao BIG e não ao mercado. É verdade ?
And finally, it’s nice to see that Portugal is still able to raise cash by selling bonds in the market, though at high rates. That will be among Ireland’s biggest tasks early next year: Proving it still has the confidence of investors worried about a slow-motion train wreck.
Excerto de um artigo do WSJ que pode ser lido aqui: http://blogs.wsj.com/marketbeat/2010/11 ... d-reviews/
Excerto de um artigo do WSJ que pode ser lido aqui: http://blogs.wsj.com/marketbeat/2010/11 ... d-reviews/
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Em que é que os juros dos mercados influenciam a emissão de dívida
10.11.2010 - 07:27 Por Ana Rita Faria
publico.pt
Imagine o mercado bolsista e, agora, esqueça tudo o que sabe sobre ele porque não tem nada a ver. O mercado da dívida é um mercado não regulamentado, onde cada banco faz o preço que quer e só comunica o valor a que vende ou compra obrigações do Estado se quiser.
E, apesar de os juros recorde de que tanto se fala não serem os mesmos a que o Estado emite dívida, o movimento dos mercados pode aumentar ou diminuir os custos a que o Estado se financia.
Na bolsa, todas as ordens de compra e venda vão parar a uma mesma plataforma e há apenas um preço (equivalente à cotação de determinada empresa). “É um mercado regulamentado, como se existisse um único balcão de compra e venda no mundo e o preço é igual para todos”, explica Dalila Carvalho, do Banco Carregosa.
Já o mercado de obrigações é um “mercado não regulamentado” e “pouco transparente nos preços”, pois o preço de venda é o preço que o comprador /vendedor decide estipular, o que faz com que, num mesmo momento, possa haver investidores a vender a mesma quantidade de dívida a preços diferentes. Neste mercado, não entram geralmente particulares, mas sim investidores institucionais, ou seja, bancos nacionais e estrangeiros que compram e vendem dívida no mercado através de contactos directos.
A relação com o Estado é simples. “Geralmente, o Estado tem bancos com quem tem operações organizadas para lhes vender dívida do Estado em leilões [como o que se realiza hoje] e depois esses bancos ou outros vão vender essa dívida no mercado secundário”, explica Filipe Silva, gestor do mercado de dívida do Banco Carregosa. É uma espécie de revenda da dívida, o que faz com os juros cobrados no mercado ou nos leilões não sejam iguais.
Se olharmos para as emissões de dívida realizadas este ano, vemos que os juros cobrados estão geralmente abaixo dos que estavam a ser praticados nos mercados nesse dia.
Contudo, segundo Cristina Casalinho, economista-chefe do BPI, os juros desses leilões acabam por estar, na realidade, acima dos que são anunciados oficialmente. “Quando os bancos compram dívida pública nos leilões já fizeram uma sondagem junto dos potenciais interessados e cobram os juros que estão a ser praticados no mercado secundário”, revela.
“O Estado é que, para oferecer tecnicamente juros mais baixos, tem de reflectir essa perda de capital ao longo da maturidade da obrigação, o que diminui as taxas de rendibilidade das suas emissões”, conclui. Além disso, os juros praticados no mercado secundário têm impacto nas novas emissões, como a que se realiza hoje, e nas operações de renegociação e refinanciamento de dívida.
Além da existência de múltiplos preços, outro dos problemas do mercado da dívida é a informação disponível sobre os preços das operações de compra e venda. A comunicação desses preços é apenas voluntária, pelo que nem todos os compradores e vendedores são obrigados a divulgar o que cobram ou pagam pela dívida pública.
Além disso, essa informação pode ser carregada pelos bancos em várias plataformas, como a Bloomberg ou a Reuters, que fazem médias sobre os preços da dívida que lhes chegam às mãos. É por isso que, por exemplo, os juros das obrigações a dez anos podem ser diferentes num mesmo momento consoante estamos a consultar os dados da Bloomberg ou da Reuters. E é por isso que, ontem, os juros da dívida efectivamente ultrapassaram a barreira dos sete por cento na primeira plataforma e não na segunda.
A perturbar ainda mais a transparência do mercado da dívida está o facto de o registo de uma operação com juros nos sete por cento numa dessas plataformas não significar que alguém de facto comprou obrigações a essa taxa. Ontem, por exemplo, logo após a Bloomberg ter registado uma operação com juros acima dos sete por cento, o Banco Carregosa tentou comprar dívida pública nacional em torno desse valor, mas apenas havia à venda títulos com juros mais baixos.
10.11.2010 - 07:27 Por Ana Rita Faria
publico.pt
Imagine o mercado bolsista e, agora, esqueça tudo o que sabe sobre ele porque não tem nada a ver. O mercado da dívida é um mercado não regulamentado, onde cada banco faz o preço que quer e só comunica o valor a que vende ou compra obrigações do Estado se quiser.
E, apesar de os juros recorde de que tanto se fala não serem os mesmos a que o Estado emite dívida, o movimento dos mercados pode aumentar ou diminuir os custos a que o Estado se financia.
Na bolsa, todas as ordens de compra e venda vão parar a uma mesma plataforma e há apenas um preço (equivalente à cotação de determinada empresa). “É um mercado regulamentado, como se existisse um único balcão de compra e venda no mundo e o preço é igual para todos”, explica Dalila Carvalho, do Banco Carregosa.
Já o mercado de obrigações é um “mercado não regulamentado” e “pouco transparente nos preços”, pois o preço de venda é o preço que o comprador /vendedor decide estipular, o que faz com que, num mesmo momento, possa haver investidores a vender a mesma quantidade de dívida a preços diferentes. Neste mercado, não entram geralmente particulares, mas sim investidores institucionais, ou seja, bancos nacionais e estrangeiros que compram e vendem dívida no mercado através de contactos directos.
A relação com o Estado é simples. “Geralmente, o Estado tem bancos com quem tem operações organizadas para lhes vender dívida do Estado em leilões [como o que se realiza hoje] e depois esses bancos ou outros vão vender essa dívida no mercado secundário”, explica Filipe Silva, gestor do mercado de dívida do Banco Carregosa. É uma espécie de revenda da dívida, o que faz com os juros cobrados no mercado ou nos leilões não sejam iguais.
Se olharmos para as emissões de dívida realizadas este ano, vemos que os juros cobrados estão geralmente abaixo dos que estavam a ser praticados nos mercados nesse dia.
Contudo, segundo Cristina Casalinho, economista-chefe do BPI, os juros desses leilões acabam por estar, na realidade, acima dos que são anunciados oficialmente. “Quando os bancos compram dívida pública nos leilões já fizeram uma sondagem junto dos potenciais interessados e cobram os juros que estão a ser praticados no mercado secundário”, revela.
“O Estado é que, para oferecer tecnicamente juros mais baixos, tem de reflectir essa perda de capital ao longo da maturidade da obrigação, o que diminui as taxas de rendibilidade das suas emissões”, conclui. Além disso, os juros praticados no mercado secundário têm impacto nas novas emissões, como a que se realiza hoje, e nas operações de renegociação e refinanciamento de dívida.
Além da existência de múltiplos preços, outro dos problemas do mercado da dívida é a informação disponível sobre os preços das operações de compra e venda. A comunicação desses preços é apenas voluntária, pelo que nem todos os compradores e vendedores são obrigados a divulgar o que cobram ou pagam pela dívida pública.
Além disso, essa informação pode ser carregada pelos bancos em várias plataformas, como a Bloomberg ou a Reuters, que fazem médias sobre os preços da dívida que lhes chegam às mãos. É por isso que, por exemplo, os juros das obrigações a dez anos podem ser diferentes num mesmo momento consoante estamos a consultar os dados da Bloomberg ou da Reuters. E é por isso que, ontem, os juros da dívida efectivamente ultrapassaram a barreira dos sete por cento na primeira plataforma e não na segunda.
A perturbar ainda mais a transparência do mercado da dívida está o facto de o registo de uma operação com juros nos sete por cento numa dessas plataformas não significar que alguém de facto comprou obrigações a essa taxa. Ontem, por exemplo, logo após a Bloomberg ter registado uma operação com juros acima dos sete por cento, o Banco Carregosa tentou comprar dívida pública nacional em torno desse valor, mas apenas havia à venda títulos com juros mais baixos.
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O jornal de negócios diz que só hoje foram ultrapassados os 7%:
"Os juros das obrigações portuguesas a 10 anos, tendo em conta os preços genéricos da Bloomberg, ultrapassaram os 7% hoje às 13h34, depois da emissão de dívida pública levada a cabo pelo IGCP esta manhã, em que se registou uma procura inferior à da última emissão."
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=453019
"Os juros das obrigações portuguesas a 10 anos, tendo em conta os preços genéricos da Bloomberg, ultrapassaram os 7% hoje às 13h34, depois da emissão de dívida pública levada a cabo pelo IGCP esta manhã, em que se registou uma procura inferior à da última emissão."
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=453019
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