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Caldeirão da Bolsa

Falência da Republica Portuguesa iminente?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por mais_um » 10/11/2010 13:09

RiscoCalculado Escreveu:sim , cá está a prova dos 9 , trata-se de um mercado pouco líquido de facto , no entanto não confundir isso com mercado lunático onde no secundário se negoceia em valores que não têm nada a ver com nada e depois quando o Estado decide emitir "salta" para valores completamente diferentes.

É um mercado pouco líquido , mas de qualquer forma dá uma boa ideia de quais os valores a que o Estado se conseguirá financiar em futuras emissões.


Sim, eu tenho essa noção, de qualquer forma vamos ver como evoluiem as yields nos proximos tempos, porque nas emissões anteriores de divida as yields começavam a aumentar uns dias antes e após o leilão desciam, o que não deixa de ser curioso.(o facto de ser um mercado muito pouco liquido torna-o um alvo facil para ser "manipulado")

Mas nesta ultima subida das yields, que foi comum à Irlanda, Grécia e Portugal, penso que o motivo foi as declarações do ministro alemão sobre a "partilha" dos custos de eventuais rasgates de paises em dificuldade, com os investidores.
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por RiscoCalculado » 10/11/2010 12:43

sim , cá está a prova dos 9 , trata-se de um mercado pouco líquido de facto , no entanto não confundir isso com mercado lunático onde no secundário se negoceia em valores que não têm nada a ver com nada e depois quando o Estado decide emitir "salta" para valores completamente diferentes.

É um mercado pouco líquido , mas de qualquer forma dá uma boa ideia de quais os valores a que o Estado se conseguirá financiar em futuras emissões.
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por migluso » 10/11/2010 12:42

mais_um,

Eu penso que o RiscoCalculado estava a ironizar...
As yields que o mercado secundário negoceia interessam, e muito, para a taxa de juro que se venha a fixar no dia do leilão.

Vocês os dois e as vossas brincadeiras, pá... :mrgreen: :mrgreen:
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por mais_um » 10/11/2010 12:32

RiscoCalculado Escreveu:
isso das yields de mercado pouco interessava ...


Se tu o afirmas quem sou eu para o desmentir...
:mrgreen: :mrgreen:

RiscoCalculado Escreveu: e uma coisa era yields e outra coisa era taxas a que o Estado conseguia emitir dívida....


Pela tua participação no forum, tenho a certeza que tens conhecimentos suficientes para saber a diferença entre Yield e taxa de juro efectivamente paga. :mrgreen:


RiscoCalculado Escreveu:
e no entanto aqui temos uma taxa muito próxima daquilo que o mercado (secundário ) está a praticar hoje ( Bloomberg - Open: 6.79 , actual: 6.87 )


Assim é, não foi por acaso que escrevi:

Amanhã será a prova dos 9, com o leilão de OT a 6 e a 10 anos.
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por RiscoCalculado » 10/11/2010 12:17


Resultado do leilão de hoje:

taxa a 6 anos: 6,156

taxa a 10 anos: 6,806



pois .... :mrgreen:


isso das yields de mercado pouco interessava ... e uma coisa era yields e outra coisa era taxas a que o Estado conseguia emitir dívida....


mais_um Escreveu:
É importante que as pessoas percebam que as YTM não são os juros que o Estado paga, mas sim a rentabilidade que os detentores das obrigações tem se ficarem com elas até ao fim do prazo.

Também é importante saber que da divida publica em OT, são transacionadas diariamente menos de 0,2% do valor que está no mercado, ou seja quem compra divida publica portuguesa mantem quase na totalidade em sua posse.

(...)

Como facilmente podem verificar Portugal não está a pagar 7% aos mercados, na ultima emissão de OT, rondou os 5,5%. Amanhã será a prova dos 9, com o leilão de OT a 6 e a 10 anos.




e no entanto aqui temos uma taxa muito próxima daquilo que o mercado (secundário ) está a praticar hoje ( Bloomberg - Open: 6.79 , actual: 6.87 )
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por mais_um » 10/11/2010 11:54

Resultado do leilão de hoje:

taxa a 6 anos: 6,156

taxa a 10 anos: 6,806
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Em caso de falência!

por srosa » 10/11/2010 11:04

Podiam-me só explicar em poucas palavras o que aconteceria se Portugal declara-se falência? Tenho esta dúvida.. :) além de tudo o que resto que se falou!
 
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por Automech » 10/11/2010 10:44

mais_um Escreveu:Já agora, enquanto esperam pelo resultado do leilão pode ler o ultimo relatorio do IGCP. :mrgreen:

http://www.igcp.pt/fotos/editor2/2010/B ... Mensal.pdf


Epá, é mais fácil perguntar ao mais_um e ele responde na hora :mrgreen: :mrgreen:
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por mais_um » 10/11/2010 10:40

Já agora, enquanto esperam pelo resultado do leilão pode ler o ultimo relatorio do IGCP. :mrgreen:

http://www.igcp.pt/fotos/editor2/2010/B ... Mensal.pdf
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por mais_um » 10/11/2010 10:24

AutoMech Escreveu:Estou muito curioso pelo resultado de hoje.

Estas operações a que horas se costumam realizar ? Duram quanto tempo ?


10:30 e demora poucos minutos. Considerando que está tudo em cima do assunto presumo que rapidamente seja conhecido o resultado.

Se for superior a 7%, talvez haja consequencias no PSI20.

Já agora o BIG retirou a oferta de todas as OT portuguesas. Devem estar a aguardar pelo resultado do leilão.

O meu palpite é que não chega aos 7%, isto porque os bancos portugueses devem entrar em força no leilão de modo a que se evite esse valor.
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por Automech » 10/11/2010 10:00

Estou muito curioso pelo resultado de hoje.

Estas operações a que horas se costumam realizar ? Duram quanto tempo ?
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por Elias » 10/11/2010 9:58

"Portugal fará hoje um leilão de dívida e, na emissão a 10 anos, deverá pagar a taxa mais alta do ano, muito provavelmente próxima dos 7 por cento, segundo vários analistas."

http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Inte ... nt_id=3988
 
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por scotch » 10/11/2010 9:47

Pelo que já ouvi na TV, a falência de Portugal aconteceria se entra-se em incumprimento (evento de crédito) e ninguém(mesmo ninguém) queira emprestar dinheiro à Republica.
Ora Portugal esta na UE e é membro do FMI, logo existem sempre estes dois que emprestarão dinheiro.

Julgo que estámos no fim de um ciclo, que começou no governo de Guterres(Lembram-se que ele se demitiu durante o segundo mandato?).Foi desde aí que tudo começou....Poderemos dizer que a culpa foi do Sampaio,que não convocou eleições após a saida do Durão.

O que é certo é que neste momento é preciso alguém a pressionar-nos para mostrar-mos resultados.Tipico de Portugal(a mesma coisa aconteceu antes de termos entrado para a CEE e para a moeda única)

Acredito que se o FMI entrar em cena e havendo eleições antecipadas para o proximo ano, Portugal vai entrar nos eixos durante os proximos 10 anos. e desta julgo que os protugueses não teraão memória curta!
 
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por amsfsma » 9/11/2010 22:39

O caro elbmurcs deverá ter-se enganado no tópico onde queria comentar! Suponho que seria no "Melhor de Portugal" :wink:
 
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por Lion_Heart » 9/11/2010 22:38

Eu no site do IGCP vejo isto:

Todas as séries de OT estão admitidas à negociação no Mercado Especial da Dívida Pública (MEDIP gerido pela MTS Portugal, SGMR, S.A.). As séries de OT de maior dimensão estão também admitidas à negociação na plataforma internacional EuroMTS.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

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por elbmurcs » 9/11/2010 22:13

O concelho onde resido, juntamente com muitos da região, agruparam os serviços de água numa empresa municipal única. O preço da água aumentou brutalmente, graças a novas taxas. Vários filhos dos autarcas estão empregados na empresa, apesar de alguns terem ordenados baixos, mas não é só o dinheiro mas pela moralidade (ou falta dela).
Além disso, o presidente do meu concelho vai sair da câmara (está lá desde 1980) directamente para a presidência da empresa das águas. Pertence ao PCP...
 
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por mais_um » 9/11/2010 22:07

Boas!

A confusão está lançada pelos OCS, em vez de informar, estão a desinformar.

Há cerca de 33 entidades que comercializam OT portuguesas no mercado secundário, o que a Bloomberg faz é uma média das várias transações (desconheço os factores de ponderação utilizados) e em função disso aparece aquele grafico "maravilhoso" que todos andam a seguir.

Hoje a Natixis transacionou OT portuguesas a um valor abaixo do nominal que fez com que a YTM fosse ligeiramente superior a 7% nessa transação.

Mas como podem verificar no grafico da Bloomberg esse valor nunca foi atingido.

É importante que as pessoas percebam que as YTM não são os juros que o Estado paga, mas sim a rentabilidade que os detentores das obrigações tem se ficarem com elas até ao fim do prazo.

Também é importante saber que da divida publica em OT, são transacionadas diariamente menos de 0,2% do valor que está no mercado, ou seja quem compra divida publica portuguesa mantem quase na totalidade em sua posse.

O que é triste são titulos como estes:

Dívida
Portugal já está a pagar 7% aos mercados

O custo da dívida a 10 anos de Portugal passou a barreira que o ministro das Finanças referiu como possível patamar para pensar no FMI.

Os mercados continuam a não dar tréguas aos títulos de dívida da República e, já hoje, algumas instituições financeiras, conhecidas como ‘bond providers', estão a negociar os títulos da dívida nacional a 10 anos com a ‘yield' dos títulos acima dos 7%, patamar que Teixeira dos Santos referiu como patamar para Portugal recorrer ao FMI.

É o caso do banco francês Natixis, que chegou mesmo a realizar negócios dos títulos de dívida portuguesa com a ‘yield' a cotar nos 7,108%, mostram dados da Bloomberg.

No entanto, o índice que toma como referência a ‘yield' média das obrigações do Tesouro a 10 anos praticada pelos 33 ‘bond providers' destes títulos, compilado pela Bloomberg, continua a cotar abaixo da barreira dos 7%, estando actualmente a cotar nos 6,911%.

http://economico.sapo.pt/noticias/portu ... 03880.html



Como facilmente podem verificar Portugal não está a pagar 7% aos mercados, na ultima emissão de OT, rondou os 5,5%. Amanhã será a prova dos 9, com o leilão de OT a 6 e a 10 anos.

Espero ter contribuido para um esclarecimento claro da situação. :mrgreen:
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por Elias » 9/11/2010 21:38

O Económico fala em 6,908%

Os indicadores de risco da dívida de Portugal continuam a agravar-se, o que está a levar a 'yield' das Obrigações do Tesouro (OT) a 10 anos até aos 6,908%, cada vez mais perto do limite de 7% estabelecido por Teixeira dos Santos para Portugal começar a pensar em recorrer a ajuda internacional.

http://economico.sapo.pt/noticias/juros ... 03867.html

Cada qual diz sua coisa, já não sei em quem hei-de acreditar :roll:
 
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por Azul10 » 9/11/2010 20:07

Eu também ouvi na rádio que já tinham passado os 7%, isto de manhã, no link que pedi noutro tópico o valor não andava nem lá perto.
 
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por Elias » 9/11/2010 20:02

Bem, agora na RTP2 dizem que atingiram os 7,02%

Já não sei qual é o valor correcto. :roll: :roll:
 
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por Elias » 9/11/2010 18:57

Estou um bocado confuso com os dados sobre os juros da dívida que têm saído na imprensa. Os valores referidos no público e no negócios têm divergido dia após dia.

Por exemplo, para hoje lê-se:

Negócios: O juro da dívida pública portuguesa a 10 anos desceu 4,3 pontos base face ao fecho de ontem, para 6,733%, aliviando dos máximos históricos fixados esta manhã, quando atingiu os 6,892%, com a dívida dos periféricos da Europa a beneficiarem com a emissão de dívida de curto prazo realizada pela Grécia.
Fonte: http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=452857

Público: O novo máximo ficou agora em 6,975 por cento, entre as 11h42 e as 11h43, já depois de o PÚBLICO ter noticiado um novo recorde nos 6,966 por cento, no registo que o terminal da agência Reuters faz ao minuto das taxas de juro implícitas nas transacções entre operadores nos mercados secundários.
Fonte: http://economia.publico.pt/Noticia/juro ... em_1465116

Será que os valores não estão correctos, ou estamos a falar de instrumentos diferentes?
 
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por Automech » 9/11/2010 11:53

Razao_Pura Escreveu:Desde que se inciou este pânico sobre as contas públicas e sobre a Dívida pública que me tenho questionado sobre várias coisas entre elas a questão da gestão das autarquias e em particular sobre o que eu chamo do flagelo das "empresas municipais".

Colo aqui um artigo de hoje do JN e pergunto porque é que ninguém se interessa por esta questão que é mais um eescândalo do estado a que chegou a governação deste pais? Porque é que não se faz nada? afinal estamos ou não estamos num estado de direito?:


Exactamente Razão. E penso não estar em erro ao dizer que as empresas municipais não contam, nem para o cálculo do défice, nem para o da dívida pública.
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por Razao_Pura » 9/11/2010 11:44

Desde que se inciou este pânico sobre as contas públicas e sobre a Dívida pública que me tenho questionado sobre várias coisas entre elas a questão da gestão das autarquias e em particular sobre o que eu chamo do flagelo das "empresas municipais".

Colo aqui um artigo de hoje do JN e pergunto porque é que ninguém se interessa por esta questão que é mais um eescândalo do estado a que chegou a governação deste pais? Porque é que não se faz nada? afinal estamos ou não estamos num estado de direito?:

"Bloco Central" chumbou "fim das empresas municipais" proposto pelo Bloco de Esquerda
09h44m
O Bloco de Esquerda propôs, esta segunda-feira, o "fim das empresas municipais" do Porto, alegando que tal faria "aumentar a transparência política e financeira" na política que a câmara pratica no concelho.

Os bloquistas defenderam a sua proposta durante assembleia municipal extraordinária que se reuniu, por iniciativa da CDU, para "análise da situação dos trabalhadores da Câmara Municipal do Porto".


foto JORGE AMARAL/GLOBAL IMAGENS

Macário Correia, do PSD, foi citado como um bom exemplo pelo Bloco de Esquerda


O deputado Moisés Ferreira alegou que "existem autarcas do PSD a admitir que as finalidades das empresas municipais são essencialmente as de arranjar empregos para boys partidários, são as de aumentar despesas municipais e de reduzir a transparência política".

O BE citou Fernando Costa, presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, eleito pelo PSD, que "defendeu recentemente" a extinção de empresas municipais por considerar que estas só servem para "depauperar o erário municipal", "fugir ao cumprimento da lei" e "dar emprego a boys partidários".

Outro autarca mencionado foi o social-democrata Macário Correia, presidente da Câmara Municipal de Faro, que, de acordo com os bloquistas, "admitiu recentemente que muitas empresas municipais são artificiais e servem apenas para dar emprego a quem não conseguiu ser eleito".

Estes argumentos de nada valeram ao Bloco, que viu o PS juntar-se à coligação PSD-CDS/PP para chumbar a sua proposta e a CDU abster-se.

O deputado socialista Gustavo Pimenta argumentou que "é preciso fazer uma avaliação das empresas municipais" e depois decidir o que lhes fazer.

O presidente da Câmara, Rui Rio, esteve ausente e o executivo fez-se representar por quatro vereadores, entre eles o vice-presidente, Álvaro Castello-Branco, que guardaram silêncio praticamente total ao longo dos trabalhos.

O vereador Gonçalo Gonçalves respondeu ao BE garantindo que "as quatro empresas municipais do Porto não têm qualquer endividamento", com excepção da Águas do Porto, cujo endividamento, acrescentou "vem de 2000", ou seja, é do tempo em que o PS presidia à autarquia e ainda havia SMAS (Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento).
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por Marco Martins » 8/11/2010 23:37

Neste momento estou a pedir um empréstimo ao SantanderTotta, e a taxa de spread que me dão é de 1.7% para 80% do valor total da avaliação da casa.

Onde encontrei melhor spread foi no Barclays a 1.6%, mas pela diferença, mantive o empréstimo no Santander onde já era cliente e tinha outro empréstimo.
 
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POR QUE NÃO?

por amon_CALD » 8/11/2010 22:57

Uma das formas de pagar a divida, seria certamente responsabilizar mais quem as tem. Desta forma, o estado deveria criar uma taxa adicional sobre os créditos de habitação, tipo spread indexado à taxa juro paga pelo estado , dos créditos adquiridos antes e pós da crise. O financiamento fácil permitiu a uma bolha especulativa no sector imobiliário, tendo peso na factura final quer do estado quer dos privados. Não é justo quem poupou seja penalizado da mesma forma de quem andou a poupar a vida inteira não usufruindo casas com as maiores luxurias, carros ultimo modelo, etc. Os cidadãos que adquiriram créditos de habitação antes da crise usufruem de taxas baixissímas, Além disso hoje sabe-se que o risco inerente a essa dívida contraída por privados foi mal avaliada, a criação dessa taxa permitiria, flexibilizar mais o mercado de habitação que continua inflacionado, e transmitir mais responsabilidades para quem está individado.
 
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