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Caldeirão da Bolsa

Impacto da Liberalização da Venda de MNSRM - 5 anos volvidos

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por urukai » 8/11/2010 17:43

Peço desculpa mas eu tb me enganei.
Eu provei no meu post inicial que o consumo de MNSRM aumentou na liberalização.
Basta ver os dados de consumo do infarmed. Se não me engano aumentou em 5 milhoes de embalagens.

O que eu queria era dados de farmacovigilancia que provassem q esse consumo não se repecurtiu num maior nr de RAMs...
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por SJR_inv » 8/11/2010 17:28

Peço desculpa porque acabei por colocar todo o meu post em quote.
Uma grande confusão.
Irei continuar a participar mais tarde para evitar estas asneiras técnicas.
 
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esclarecimentos

por SJR_inv » 8/11/2010 17:12

E nas restantes 2500 farmácias?

O Infarmed não apresenta relatorios sobre os preços nas farmácias, apenas fora das farmácias.
Quando disse que a medida tinha tido sucesso na diminuiçao do PVP, referia-me especificamente as para-farmacias.
Dir-me-ao que é insuficiente. Eu concordo. È preciso mais.

De acordo, mas esse efeito foi temporário, ou não?


A diminuição do PVP dos medicamentos fora das farmacias, continua a existir. Reparem que no mesmo relatorio que tem suportado esta discussão, temos 40% do volume de negocio abaixo da base 100. Se esta abaixo é porque é inferior, logo o efeito continua. Se o efeito continua é porque não é temporario.

1. Estamos a falar de MNSRM (a liberalização da abertura e propriedade das Farmácias não está a ser discutida) pelo que os valores que avança não se aplicam


Os valores que avanço (os 3.3 Bi€) incluem todos os medicamentos vendidos ao publico. Logo incluem os MNSRM. Antes de 2005 a sua venda era proibida, depois de 2005 a sua venda era permitida. Assim os valores que avanço aplicam-se.

Chama-se Direcção Técnica

Tem razao, estava a pensar em clinicas quando escrevi. My mistake.

Não. Esses são apenas dois dos factores.

Estava a referir-me a factores relevantes no custo do SNS. Devia de ter colocado isso explicito.

mas então mostre-me o indicador que diga que o contrário

O que me pede é um indicador que demonstre que o consumo dos medicamentos nao foi afectado pela liberalização.
Aceito o desafio, mas irei responder mais tarde.
 
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por urukai » 8/11/2010 16:23

Mas esta é uma falsa questão.

Já admiti no outro fórum que a Liberalização foi uma medida interessante e que mostrou benefícios para o utente apesar de não haver dados que o comprovem com clareza, frontalidade e rigor.

A minha questão é e sempre será:

é esta uma MEDIDA BANDEIRA que é apresentada como o mote de todo um mandato político para governar Portugal????


Enquanto outras medidas como: prescrição por DCI, unidose, liberalização da abertura de farmácias continuam na gaveta há milénios???
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Re: Demonstraçao do sucesso das medidas

por Elias » 8/11/2010 16:23

mais_um Escreveu:Na diminuição do preço ao consumidor não tenho dados oficiais, só a experiencia pessoal(nos produtos que habitualmente consumo e que só se vendiam em farmacias e também passaram a vender-se nas parafarmacias houve uma redução mais ou menos significativa), em relação aos restantes pontos referidos pelo Visitante parece-me obvio.


Pois eu em tudo o que tenha a ver com preços aprendi a não confiar em percepções pessoais seja de quem for (incluindo na minha).

Este fim-de-semana dei-me ao trabalho de analisar as minhas facturas de farmácias dos últimos 3 anos e verifiquei que diversos MNSRM tiveram aumentos substanciais (muito acima da inflação).

Visitante Escreveu:Considerando os dois objectivos em separado, temos o seguinte:

a) Diminuição do preço no consumidor.
O gráfico de PVP no relatorio do Infarmed de Julho de 2010, indica que:
em 2006 tinhamos 89% do PVP de 2005;
em 2007 tinhamos 95% do PVP de 2005;
em 2008 tinhamos 99% do PVP de 2005;

Isto quer dizer que durante 3 anos tivemos preços mais baratos. Durante 3 anos de inflação média a 2%.


De acordo, mas esse efeito foi temporário, ou não?

Visitante Escreveu:Notas: Estas medidas levaram as farmácias a melhorar a sua competitividade, umas atraves dos horarios, outras atraves de descontos comerciais e financeiros, outras com entregas ao domicilio, etc.
Reparem que hoje, qualquer farmacia tem um cartao de descontos para os clientes. Os descontos incidem principalmente nos MNSRM.
Estas medidas foram reactivas á liberalizaçao da venda de MNSRM.


Sim, mas como não há almoços grátis, o que é dado com uma mão é retirado com a outra. Como escrevi acima, alguns medicamentos tiveram aumentos bastante grandes em pouco tempo.
 
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Re: Demonstraçao do sucesso das medidas

por urukai » 8/11/2010 16:20

Visitante Escreveu:Considerando os dois objectivos em separado, temos o seguinte:

a) Diminuição do preço no consumidor.
O gráfico de PVP no relatorio do Infarmed de Julho de 2010, indica que:
em 2006 tinhamos 89% do PVP de 2005;
em 2007 tinhamos 95% do PVP de 2005;
em 2008 tinhamos 99% do PVP de 2005;


Visitante,

esses dados são para estabelecimentos que não Farmácias.

E nas restantes 2500 farmácias?
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Demonstraçao do sucesso das medidas

por SJR_inv » 8/11/2010 16:17

Tiveram?
Há dados?


Considerando os dois objectivos em separado, temos o seguinte:

a) Diminuição do preço no consumidor.
O gráfico de PVP no relatorio do Infarmed de Julho de 2010, indica que:
em 2006 tinhamos 89% do PVP de 2005;
em 2007 tinhamos 95% do PVP de 2005;
em 2008 tinhamos 99% do PVP de 2005;

Isto quer dizer que durante 3 anos tivemos preços mais baratos. Durante 3 anos de inflação média a 2%.

b) Melhoria no acesso aos medicamentos.
O mesmo relatorio indica que em 2007 tinhamos 376 entidades a vender MNSRM ao publico. Mais entidades, logo melhor acesso.

Notas: Estas medidas levaram as farmácias a melhorar a sua competitividade, umas atraves dos horarios, outras atraves de descontos comerciais e financeiros, outras com entregas ao domicilio, etc.
Reparem que hoje, qualquer farmacia tem um cartao de descontos para os clientes. Os descontos incidem principalmente nos MNSRM.
Estas medidas foram reactivas á liberalizaçao da venda de MNSRM.
 
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Re: Sobre MNSRM

por urukai » 8/11/2010 16:14

Visitante Escreveu:Boa tarde,
1. As medidas introduzidas em 2005 foram corajosas porque quebraram um monopolio que movimenta 3.3 Bi€ por ano. São 33.000.000.000€, ou quase 2% do PIB. Dados do Infarmed e Banco de Portugal.


Caro Visitante,
não o conheço mas bem vindo à discussão. Não posso, no entanto, deixar de criticar esta sua primeira afirmação que partilha o tom polémico, exagerado, exibicionista e popularucho que caracterizou todo o primeiro mandato de José Sócrates relativamente a este tema.

1. Estamos a falar de MNSRM (a liberalização da abertura e propriedade das Farmácias não está a ser discutida) pelo que os valores que avança não se aplicam. Contudo, se quiser também podemos falar um bocadinho da tontice que foi feita com a propriedade da farmácia. (Disclaimer: Não tenho, nem nunca tive Farmácia e até defenderia uma liberalização mas nunca poderei concordar com a medida de vão de escada que foi levada a cabo pelo ex-ministro da saúde, Correia de Campos, é que ele talvez não se tenha apercebido mas acabou por favorecer o tal monopólio que queria atacar!)


Visitante Escreveu:2. As medidas introduzidas tiveram o efeito desejado: diminuição do preço no consumidor e melhoria no acesso aos medicamentos (mais proximo, melhores horarios, mais escolha).


Acabei de provar que isso não aconteceu. Mas até lhe digo mais:

1. Antes da liberalização tínhamos 2500 farmácias a vender a um preço fixo de X.
2. Hoje temos de um total de 401 entidades (não farmácias), apenas 15 a venderem abaixo de X.

Imagem

3. Quanto às 2500 farmácias não sabemos porque o Infarmed não recolhe ou não apresenta esses dados mas tendo em conta um estudo de 2007 da DECO em média praticam preços mais elevados em 2.5%.

4. Quanto à escolha e acessibilidade dou-lhe razão.

Visitante Escreveu:3. As medidas introduzidas tiveram efeitos colaterais. È legitimo associarmos a um consumo liberalizado dos medicamentos um maior risco de auto-medicação. Importa lembrar que por consumo liberalizado estou a referir-me á lista de MNSRM. Esta lista é responsabilidade do Governo. As farmácias e para-farmácias obedecem a esta lista e incorrem em multas se desobedecerem.


Sim, concordo.

Visitante Escreveu:4. O relatorio que o INFARMED publica todos os meses é referente a todo o mercado de medicamentos. Nao é so sobre os MNSRM.


Sim, mercado global de Medicamentos e eu nunca disse o contrário. O que critiquei foi o facto de o Infarmed apenas apresentar os dados dos MNSRM vendidos em estabelecimentos que não farmácias. Ou não fazia distinção ou apresentava dados dos dois mercados em separado, MNSRM nas farmácias e fora delas. A comparação seria clara e teríamos uma ideia real do que se passou e passa. Assim, ou é descuido, ou incompetência ou quer-se ocultar algo.

Visitante Escreveu:5. A direcçao clinica de uma farmácia só pode ser feita por um farmaceutico(a). A direcção clinica inclui outras responsabilidades para além de vender medicamentos ao balcao.


Chama-se Direcção Técnica e tem razão. Apenas pode ser exercida por um farmacêutico. Não sei é o que é que tem a ver com esta discussão.
No caso de estabelecimentos que vendam MNSRM (que não farmácias) a lei diz que 1 farmacêutico pode ser Responsável Técnico de até cinco estabelecimentos e os mesmos não podem distar penso que 50 quilómetros uns dos outros.

Visitante Escreveu:6. O custo do consumo de medicamentos no SNS esta relacionado com dois factores: o regime de comparticipaçao dos medicamentos e a sobredosagem. O Governo manipula o regime de comparticipação para gerir o impacto no custo do SNS.


Não. Esses são apenas dois dos factores.
Temos também prescrição por DCI, unidose, prescrição e uso racional, etc...


Visitante Escreveu:7. Nao conheço nenhum indicador que sugira um aumento do consumo de medicamentos depois de incluidos na lista dos MNSRM.


Pois nem eu, mas então mostre-me o indicador que diga que o contrário. Não consegue porque não há! Tive de fazer um esforço hercúleo para obter dados de farmacovigilância do nosso país depois de 2005 e tentar estabelecer uma ingénua relação que, admito, possa estar totalmente errada. OU SEJA, A RESPONSABILIDADE É TOTALMENTE DO GOVERNO/INFARMED.
Editado pela última vez por urukai em 8/11/2010 16:18, num total de 1 vez.
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Re: Sobre MNSRM

por mais_um » 8/11/2010 15:59

Elias Escreveu:
Visitante Escreveu:2. As medidas introduzidas tiveram o efeito desejado: diminuição do preço no consumidor e melhoria no acesso aos medicamentos (mais proximo, melhores horarios, mais escolha).


Tiveram?
Há dados?


Na diminuição do preço ao consumidor não tenho dados oficiais, só a experiencia pessoal(nos produtos que habitualmente consumo e que só se vendiam em farmacias e também passaram a vender-se nas parafarmacias houve uma redução mais ou menos significativa), em relação aos restantes pontos referidos pelo Visitante parece-me obvio.
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Sobre mercados, liberalizaçao e consolidaçao

por SJR_inv » 8/11/2010 15:56

Esqueci-me de mencionar algumas coisas:

8. Através dos relatórios do Infarmed, vemos que em 2009 existiam 437 entidades licenciadas para vender MNSRM. Em 2010 temos 401. Isto quer dizer que existiram 36 entidades que desapareceram. Podem ter desaparecido por falencia ou aquisição (e posterior fusão com entidade adquirente). Arrisco-me a dizer que a maioria foi por falencia, isto é um palpite não é uma conclusao.

9. Sabemos que os monopolios levam a rendas artificiais para os monopolistas. Ao seja, os consumidores pagam preços altos porque nao tem alternativa.
A melhor maneira de combater esta situação é liberalizar o mercado. Como é que se faz isto? Eliminar ou reduzir barreiras á entrada de novos players. Foi o que o governo fez.
Os novos players vao procurar ganhar quota, principalmente numa industria de retalho vao competir no preço. Foi o que aconteceu.

10. Isto chega? Nao, porque os consumidores continuam a pagar preços elevados em comparaçao com os outros paises da Europa. A sugestao é continuar a eliminar barreiras á entrada de novos players. Quais?
A mais importante é a relação entre 3500 habitantes por cada farmácia.
Lembro ainda que a abertura de uma nova farmácia é um concurso publico que é iniciado, controlado e decidido pelo governo.

11. A lista de MNSRM tem aumentado. Isto quer dizer que a lista em 2009 contem um conjunto de medicamentos que nao continha em 2007. Assim, quando em 2009, o Infarmed diz que 16% do volume é MNSRM, convem saber que essa categoria foi estendida a outros produtos.
 
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Re: Sobre MNSRM

por Elias » 8/11/2010 15:30

Visitante Escreveu:2. As medidas introduzidas tiveram o efeito desejado: diminuição do preço no consumidor e melhoria no acesso aos medicamentos (mais proximo, melhores horarios, mais escolha).


Tiveram?
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por Automech » 8/11/2010 15:29

urukai Escreveu:Automech,
1. A partir do momento que se liberalizaram os preços então teria de se liberalizar a abertura de estabelecimentos que não farmácias. Isso é claro para mim e não faz sentido de outra maneira.


Sim, concordo contigo quanto à inevitabilidade das duas medidas em simultâneo. A questão é que não podemos ligar a subida dos medicamentos à abertura dos estabelecimentos. Antes pelo contrário. Esta até pode ter atenuado o aumento que a liberalização viria a trazer, como mostra o aumento inferior à inflação.

urukai Escreveu:Contudo, o que eu defendo é um controle muito mais apertado de td o que esteja relacionado com saúde. Na minha opinião, isto nunca teria sido divulgado como foi, um pequeno grupo de especialistas dos diferentes stakeholders reunia e emitia uma lista de MNSRM seguros e que pudessem ser vendidos livremente e eram esses medicamentos que seria liberalizados em estabelecimentos preparados para o efeito


Aqui é que não percebi o que queres dizer porque parece-me que foi isso que aconteceu.


urukai Escreveu: e a situação era monotorizada e controlada.


E eu acrescentaria publicitada.

Porque noutros artigos é relativamente fácil coparar preços, seja através da internet, seja pela publicidade.

Seria importante que houvesse informação mais massificada de forma a que se começasse realmente a ter concorrência nos preços.

À semelhança do que já existe para os combustíveis.

urukai Escreveu:2. Não entrei nessas questões do Bastonário pois até há uns anos atrás rara era a farmácia que tinha um farmacêutico atrás do balcão o dia todo (felizmente isso tem vindo a alterar-se). Mas, mais uma vez empiricamente, penso que a venda numa farmácia é um acto mais pessoal e com algum maior controle. Penso que num supermercado ou numa parafarmácia (que conta os trocos para subsistir) seja mais fácil a aquisição mas é uma questão residual e por isso nem a usei nos meus argumentos.


Sim, só referi isso porque na pesquisa que fiz o bastonário apresenta isso (da venda livre sem o controle do farmacêutico) como sendo uma desgraça :wink:

urukai Escreveu:Mais uma vez os numeros do infarmed não revelam quantas parafarmácias fecharam mas houve um grande boom que depois acabou por fechar por não ter capacidade de subsistir porque afinal de contas os MNSRM per si são insuficientes para assegurar um negócio.


Ahhh, estavas a referir-te a parafarmácias. Pensei que eram farmacias que tinham fechado.

Não tinha noção disso. Deve ter havido erro de cálculos nas projecções ou nas expectativas quanto ao negócio futuro de novos medicamentos.

Qual é a tua opinião - no início havia perspectiva de mais negócio ou de maiores quotas de mercado para as parafarmácias ?
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Sobre MNSRM

por SJR_inv » 8/11/2010 15:25

Boa tarde,

Gostava de participar nesta discussao, uma vez que é um negocio que acompanho ha muitos anos.

1. As medidas introduzidas em 2005 foram corajosas porque quebraram um monopolio que movimenta 3.3 Bi€ por ano. São 33.000.000.000€, ou quase 2% do PIB. Dados do Infarmed e Banco de Portugal.

2. As medidas introduzidas tiveram o efeito desejado: diminuição do preço no consumidor e melhoria no acesso aos medicamentos (mais proximo, melhores horarios, mais escolha).

3. As medidas introduzidas tiveram efeitos colaterais. È legitimo associarmos a um consumo liberalizado dos medicamentos um maior risco de auto-medicação. Importa lembrar que por consumo liberalizado estou a referir-me á lista de MNSRM. Esta lista é responsabilidade do Governo. As farmácias e para-farmácias obedecem a esta lista e incorrem em multas se desobedecerem.

4. O relatorio que o INFARMED publica todos os meses é referente a todo o mercado de medicamentos. Nao é so sobre os MNSRM.

5. A direcçao clinica de uma farmácia só pode ser feita por um farmaceutico(a). A direcção clinica inclui outras responsabilidades para além de vender medicamentos ao balcao.

6. O custo do consumo de medicamentos no SNS esta relacionado com dois factores: o regime de comparticipaçao dos medicamentos e a sobredosagem. O Governo manipula o regime de comparticipação para gerir o impacto no custo do SNS.

7. Nao conheço nenhum indicador que sugira um aumento do consumo de medicamentos depois de incluidos na lista dos MNSRM.
 
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por urukai » 8/11/2010 11:16

Automech,

muito obrigado pela tua análise.

Não tenho tempo para andar a fazer quotes mas deixo aqui 3 comentários aos teus comentários:

1. A partir do momento que se liberalizaram os preços então teria de se liberalizar a abertura de estabelecimentos que não farmácias. Isso é claro para mim e não faz sentido de outra maneira. Contudo, o que eu defendo é um controle muito mais apertado de td o que esteja relacionado com saúde. Na minha opinião, isto nunca teria sido divulgado como foi, um pequeno grupo de especialistas dos diferentes stakeholders reunia e emitia uma lista de MNSRM seguros e que pudessem ser vendidos livremente e eram esses medicamentos que seria liberalizados em estabelecimentos preparados para o efeito e a situação era monotorizada e controlada.

2. Não entrei nessas questões do Bastonário pois até há uns anos atrás rara era a farmácia que tinha um farmacêutico atrás do balcão o dia todo (felizmente isso tem vindo a alterar-se). Mas, mais uma vez empiricamente, penso que a venda numa farmácia é um acto mais pessoal e com algum maior controle. Penso que num supermercado ou numa parafarmácia (que conta os trocos para subsistir) seja mais fácil a aquisição mas é uma questão residual e por isso nem a usei nos meus argumentos.

3. Quanto ao meu argumento das oportunidades de investimento, o que queria dizer é que aquela imagem de idoneidade e qualidade que as Farmácias, bem ou mal, conquistaram ao longo dos tempos foi, em parte, liberalizada com os MNSRM. Muitas parafarmácias foram atrás dessa imagem e usaram o nome (PharmaRosa) e a Cruz verde (recordo-me até que a ANF quis processar uma cadeia por se apropriar da cruz que supostamente era uma imagem de marca da farmácia) para se tentarem colar à imagem das Farmácias e assim garantir o seu lugar no mercado.
Mais uma vez os numeros do infarmed não revelam quantas parafarmácias fecharam mas houve um grande boom que depois acabou por fechar por não ter capacidade de subsistir porque afinal de contas os MNSRM per si são insuficientes para assegurar um negócio. COntudo, quando disse aquilo queria dizer que num modelo de negócio bem pensado, com outro core business, a venda de MNSRM até funciona. Estou a lembrar-me de dois exemplos: Aeroporto e Supermercados.
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por Automech » 8/11/2010 3:59

urukai Escreveu:Na sequência de uma discussão com o Automech escrevo este post

Ainda bem que escrevi aquele comentário sobre a comodidade de comprar numa grande superficíes. Fiquei curioso pelo que estavas para escrever mas isto supera tudo o que se podia esperar. Trabalho excepcional Urukai !


Já agora, fica a aqui o link para o tópico onde a discussão começou., uma vez que não tinha nada a ver com saúde:

http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... ht=#781491

urukai Escreveu:Como pressupostos, há que saber que o diploma (autoria do ministro da Saúde da altura, Correia de Campos) levou à abertura de estabelecimentos para venda livre de MNSRM e também à eliminação do preço fixo a que estavam sujeitos estes medicamentos passando a haver uma livre concorrência de preços. Relembrando as palavras de Sócrates no célebre discurso


É importante salientar que se fizeram 2 alterações ao mesmo tempo (abertura de estabelecimentos e liberalização dos preços) e que as mesmas estão interligadas, sendo impossível conhecer o impacto isolado de cada uma delas.

urukai Escreveu:Do ponto de vista económico era uma medida populista e de pouco relevo para as necessidades do país


Completamente de acordo. O meu comentário vem na sequência de ter dito que há 5 anos o Sócrates parecia um tipo determinado e pronto a enfrentar lobbies e escolheu o das farmácias, simbolicamente, para mostrar isso mesmo (embora aqui estejamos a falar dos MNSRM e o discurso dele incidiu mais na possibilidade de terceiros abrirem farmácias, ainda que sob certas condições).

urukai Escreveu:
o Infarmed começou a publicar mensalmente um relatório sobre a evolução do mercado dos MNSRM apenas fora das farmácias, ou seja, não temos uma visão verdadeira da evolução do mercado na sua totalidade.


Isto são coisas à Portuguesa. Roça o ridículo, analisar apenas uma das partes.

urukai Escreveu:
Analisando o relatório de Julho de 2010, vemos a seguinte evolução:

Imagem

Ou seja, como podem ver em 2004, com a entrada das grandes superficies e parafarmácias o índice de preços dos MNSRM desceu 9% (fora das farmácias) contudo em 2006 quase voltou para os valores antes de Agosto de 2005 e, a partir de 2008, os MNSRM ficaram mais caros quando vendidos em estabelecimentos que não farmácias. Em 2010 estão cerca de 2% mais caros que em 2005 e o próprio Continente (que chegou a vender 5% mais barato que o índice base) já vende a um índice de 99. A tudo isto acresce o facto de não termos os dados dos mesmos medicamentos dentro das farmácias que, não tendo as capacidades de aprovisionamento e economia de escala dos grandes grupos (apesar de agora já irem tendo) têm preços superiores como indica um estudo da DECO de 2007 (também mencionado pelo Automech):



Aqui o comentário do Elias sobre a inflação é muito relevante.

A taxa de inflação (excluindo habitação) foi a seguinte:
2005 – 2.5%
2006 – 3.1%
2007 – 2.4%
2008 – 2.5%
2009 – (-1%)
Fonte: http://www.pordata.pt/

Ou seja, um produto que custasse 100 no final de 2004, custaria teoricamente 109.8 no final de 2009.

Como estamos a meio de 2010 não sei exactamente que taxa devemos considerar para este período já decorrido, mas podemos considerar 0% (ou seja sem impacto), o que não é demasiado grosseiro ( http://economiafinancas.com/tag/taxa-de-inflacao-2010/ )

Vemos portanto que os medicamentos, estando 5% mais caros do que em 2004 ficam aquém dos 9.8% teóricos pela taxa de inflação.

Podemos dizer, duma forma especulativa e populista, que o aumento destes medicamentos foi aprox 50% inferior ao dos restantes produtos.


urukai Escreveu:Por estabelecimento, as farmácias registaram a maior subida, tendo apresentado preços médios 6,3% mais elevados do que os últimos valores fixados pelo Estado.

Isto, quanto a mim, prova que o causador da subida de preços foi a liberalização de preços e não a abertura das novas lojas.

Aliás, especulativamente até podemos questionar se não teriam aumentado mais se tivesse havido a liberalização dos preços, sem a abertura de novos estabelecimentos.

urukai Escreveu:
Fora das farmácias, o crescimento ficou-se por cerca de 1%, em média. Tal deveu-se, sobretudo, aos valores apresentados pelas cadeias Vale e Dantas (Pingo Doce), Jumbo e Modelo/Continente, 4 e 5% inferiores aos cobrados antes da liberalização. Excluídas estas, o aumento global dos medicamentos fora das farmácias ronda, em média, os 4 por cento.


Eu penso que isto dá razão a uma parte da decisão (autorizar a venda fora das farmácias) e corrobora em parte o que acabei de escrever.

urukai Escreveu:
O domínio das três cadeias nas vendas fora das farmácias e na descida de preço, segundo a TESTE SAÚDE, fragiliza a concorrência. “Se, depois de consolidarem a sua posição no mercado, estes estabelecimentos aumentarem as margens de lucro, desaparecem os poucos benefícios da liberalização”, alerta aquela revista.


Essa tentativa de ganhar quota de mercado é o normal quando um mercado é liberalizado. Quanto ao resto é, de facto, um risco porque o mercado dos medicamentos não é algo facilmente comparável em termos de preços, nem sequer é algo que, em principio, a pessoa saiba de cor.

Será fácil alguém ter a noção se o preço de um quilo de laranjas ou de um litro de leite está caro ou barato, mas já não é tão intuitivo perceber se o preço duma caixa de aspirinas num determinado sitio é caro ou barato (e estou a assumir que a maioria das pessoas não compra caixas de aspirinas todos os meses, o que me parece uma pressuposto aceitável).



urukai Escreveu:
Na minha opinião, o que aconteceu foi que imediatamente a seguir à liberalização os grandes players entraram no mercado com preços mais baixos (para garantirem quota de mercado) e desde então têm vindo a aumentar os preços.


Admito que sim pelas razões que já expliquei, mas mais uma vez saliento que na origem disso está a liberalização do preço dos medicamentos e não a abertura de novos estabelecimentos.

urukai Escreveu:
Salienta-se também que a partir de certa altura o Infarmed começou a colocar as estatísticas referentes apenas aos estabelecimentos com preços mais baixos mas existem relatórios de 2008 e 2009 que demonstrava que os preços, em certos locais (ex: Corte Inglês ou Cadeia Cota Pharm), eram 16% a 30% mais caros que antes da liberalização. As farmácias, essas, não estando sujeitas a um preço fixo aumentaram os preços pois tinham algumas factores que mantinham a preferência dos utentes (confiança, atendimento mais qualificado e experiente, e o facto de utente que comprassem MSR aproveitariam para comprar MNSRM). Isto está comprovado pela reduzida quota de mercado que perderam em 5 anos, que foi de apenas 12%. A pergunta é então, em 2010 qual o verdadeiro indice de preços dos MNSRM vendidos fora e nas farmácias. Pelos dados, aponto para um valor acima de 5% mas serão especulações e hipóteses da minha parte pois o infarmed ou o governo nunca apresentaram estes números.


Pois, esse estudo era indispensável. Que raio de tipos estão no ministério, supostamente especialistas em saúde, que não pensam numa coisa básica destas ? Enfim…

urukai Escreveu:Ou seja, em 1998, 7 anos antes de Portugal implementar a liberalização, os ingleses já tinham percebido que a sua liberalização não podia ser tão liberalizada.
Quanto aos custos para o Sistema Nacional de Saúde, neste mesmo artigo é indicado que:

In the US, the direct cost of paracetamol overdose has been estimated at $87 million annually, and this is likely to be a conservative estimate. In 1995, it was calculated that the average cost associated with intentional paracetamol poisoning involving adolescents and adults in the US was $2172 per case.

Ou seja, passando rudemente para o caso português temos que anualmente seriam gastos 2,7 milhões com intoxicação por paracetamol.


Seria interessante ter mais estatísticas. Nos EUA não sei, mas os ingleses têm parafarmácias (não sei se é assim que se designa mas são basicamente lojas de artigos de saúde) em tudo quanto é sitio, sendo por isso natural que o aumento lá, por via da maior acessibilidade, tenha sido muito mais vincado.

Embora seja uma idiotice ir às compras e levar uma caixa de Benuron só por levar, se os número de RAM indicam um crescimento pode de facto indiciar esse tipo de comportamento e consequentemente de maior consumo.

De qualquer das formas, nem sequer tenho liquido o aumento das notificações com o aumento de consumo porque se reparares no teu gráfico as notificações de RAM cresceram também muito em 2002 e depois em 2005 (pode ser realmente) mas a seguir o crescimento já parece aquele que se vinha verificando.

urukai Escreveu:
Este valor parece-me exagerado mas o problema essencial é que não há dados e ninguém se preocupou em obtê-los. Se o Governo gasta tanto em Institutos e na saúde temos vários, porque não fez a devida monitorização desta medida e o impacto que teve no país? Que pedisse ajuda a outros parceiros do sector, ordens profissionais, associações, tecido empresarial. Voluntários não faltariam.


Quanto ao custo para o SNS temos de fazer uma ressalva. O custo não é o do estudo porque, mesmo antes dos estabelecimentos novos, esse perigo de envenenamento também existia. O verdadeiro custo é o incremento que se verificará pelo maior consumo (se assumirmos que esse maior consumo vem realmente da maior acessibilidade).

Não estou a questionar que há um aumento mas não se pode atribuir a totalidade desse custo. Apenas o incremental.


urukai Escreveu:
O único dado de que disponho é a notificação de reacções adversas a medicamentos (RAM) do sistema de Farmacovigilância que por acaso no site do Infarmed só vai até 2005, de qq maneira arranjei os dados até 2007 que são estes:

Imagem


Ou seja, como referi antes, a questão é que percentagem deste aumento de reacções adversas a medicamentos se devem a MNSRM? Poderá o aumento do consumo ter potenciado estas RAM?
Enfim são questões que ficam sem resposta por incapacidade/desinteresse político de obter essas mesmas respostas.


Uma observação que vi nalguns sítios que pesquisei é a defesa (claro que tendencial) do bastonário sobre a falta de controle na venda de MNSRM nos estabelecimentos que não farmácias.

Eu aqui tenho de discordar porque nunca, mas mesmo nunca, fui questionado quando comprei uma caixa de aspirinas ou um xarope para a tosse.

Se me disserem que na farmácia temos acesso a melhor aconselhamento, isso sim, mas não há necessariamente um maior controle para quem vai, intencionalmente e sem dúvidas, comprar um determinado MNSRM.


urukai Escreveu:
Vantagens? Sim, aumentou-se a comodidade na aquisição, criaram-se oportunidade de investimento para não farmacêuticos (apesar de mtas pequenos estabelecimentos terem fechado por não conseguirem competir com as grandes superficies)


Eu acho esta conclusão estranha Urukai, uma vez que penso que a maioria dos medicamentos ainda são sujeitos a receita médica (corrige-me se estiver enganado).

urukai Escreveu:
e aumentou-se a acessibilidade a uma grande maioria de medicamentos relativamente inócuos mas, pergunto, é esta uma MEDIDA BANDEIRA que é apresentada como o mote de todo um mandato político para governar Portugal????


Em relação a isso já te respondi. A malta gosta é do show off. :wink:
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por Elias » 6/11/2010 1:26

Bem, depois desta troca de mails resolvi analisar em detalhe as minhas facturas de farmácia nos últimos 2 anos, nomeadamente no que diz respeito aos preços dos MNSRM.

Devo dizer que fiquei chocado :shock: com as variações de preços que encontrei, quer nas diferenças de preços para o mesmo medicamento entre farmácias relativamente próximas (que podem atingir os 60% de diferença), quer nas variações do preço do mesmo medicamento na mesma farmácia ao longo do ano (registando-se variações de +10% de um mês para o outro).

Aconselho assim todos os que tenham as facturas guardadas a analisarem em pormenor a evolução dos preços dos medicamentos e a fazerem as comparações entre locais, de modo a poderem escolher os locais mais baratos.
 
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por Berluscony » 6/11/2010 0:51

Considerando a inflação, parece claro que o preço dos MNSRM baixou.

Parece-me também que é um mercado em ebulição, e as medidas avançadas vão exactamente no sentido da contrário ao pretendido, ou seja, da livre concorrência!
O movimento do mercado tanto nos locais de venda de MNSRM, como nas farmácias favorece a concentração, e penso que até os grandes grupos possuírem uma cota de mercado confortável os preços continuaram mais baixos, depois praticam os preços que pretenderem!

Lembro que a legislação não prevê limite para a propriedade de locais de venda de MNSRM, quando nas farmácias prevê um limite de 4, contudo existem grupos com mais farmácias do que as 4 previstas.

Fiz um pequeno exercicio:

Se existirem 2.500 farmácias
Se tiverem uma facturação anual média de 1.000.000€
Se tiverem uma margem liquida de 8%

Por dia lucram 555.555€!! Numero simpático quando comparado com os 4,6M€ dos bancos....
 
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por Elias » 6/11/2010 0:06

urukai Escreveu:As declarações do ministro surpreenderam o presidente da Associação Portuguesa das Empresas Petrolíferas, que as classificou de "desajustadas" e reveladoras "de ignorância ou má-fé".


Nem mais - precisamente o que escrevi :wink:
 
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por urukai » 6/11/2010 0:03

urukai Escreveu:
Elias Escreveu:
urukai Escreveu:Concluo que os preços não diminuiram como o governo esperava que diminuissem.


urukai, desde quando o governo tem controlo sobre os preços num mercado que ele próprio pretende liberalizado?

por outras palavras, se o governo pretende forçar a quebra dos preços, qual é a lógica de liberalizar o mercado?


EXACTO Elias...

Mas esse foi o argumento usado pelo Correia de Campos para a liberalização!


O ministro da Saúde afirmou, ontem, que há um cartel (conjunto de empresas que dominam um sector e combinam preços) nos combustíveis responsável pela subida dos preços desde o início da liberalização, em Janeiro de 2004. Em entrevista à SIC a propósito da possibilidade de a liberalização dos preços de alguns medicamentos (ver página 5) ter o mesmo efeito, Correia de Campos defendeu que se procure "prevenir a cartelização dos fornecedores".

À pergunta "não teme que aconteça [com os medicamentos] o mesmo que aconteceu com os combustíveis [aumento de preço]", respondeu "Nos combustíveis há um cartel. E o que há que ter em atenção nesta matéria é, também, prevenir a cartelização dos fornecedores".

As declarações do ministro surpreenderam o presidente da Associação Portuguesa das Empresas Petrolíferas, que as classificou de "desajustadas" e reveladoras "de ignorância ou má-fé".


Fonte: http://jn.sapo.pt/paginainicial/interio ... _id=508275
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por Elias » 5/11/2010 23:52

Sim, eu sei (aliás isso estava bem explicado no teu post inicial), mas se o governo pretende criar a expectativa junto da população de que com a liberalização o preço vai necessariamente baixar, então das duas uma: ou não percebem nada do que estão a dizer (o que é grave) ou percebem e sabem que o que estão a dizer não corresponde à verdade (o que é ainda mais grave).
 
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por urukai » 5/11/2010 23:50

Elias Escreveu:
urukai Escreveu:Concluo que os preços não diminuiram como o governo esperava que diminuissem.


urukai, desde quando o governo tem controlo sobre os preços num mercado que ele próprio pretende liberalizado?

por outras palavras, se o governo pretende forçar a quebra dos preços, qual é a lógica de liberalizar o mercado?


EXACTO Elias...

Mas esse foi o argumento usado pelo Correia de Campos para a liberalização!
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por Elias » 5/11/2010 23:47

urukai Escreveu:Concluo que os preços não diminuiram como o governo esperava que diminuissem.


urukai, desde quando o governo tem controlo sobre os preços num mercado que ele próprio pretende liberalizado?

por outras palavras, se o governo pretende forçar a quebra dos preços, qual é a lógica de liberalizar o mercado?
 
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por urukai » 5/11/2010 23:46

Concluo que os preços não diminuiram como o governo esperava que diminuissem.
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por Elias » 5/11/2010 23:40

De qualquer forma, e mesmo admitindo a premissa de que os preços subiram 5%, o que queres concluir a partir daí?
 
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por urukai » 5/11/2010 23:36

Os únicos números que tenho são um estudo da DECO que mostrou que no TOP20 de MNSRM em 2007, os preços nas farmácias estavam mais caros em 2.5%

COnsigo-te arranjar dados pontuais de algumas farmácias mas não tenho um estudo actual do preço nas farmácias. Aliás esta é uma crítica que tambem fiz ao GOverno/iNFarmed. Se fazem tão bom trabalho a recolher dados fora das farmácias porque não o fazem tb nas farmácias? Como se podem tomar decisões em dados incompletos?
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