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Caldeirão da Bolsa

Falência da Republica Portuguesa iminente?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por kanes » 5/11/2010 16:39

E eu a pensar que quem nos estava a levar pro abismo eram os politicos com as suas "decisões" sabias.
Afinal estava engano é o mercado!
 
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FMI diz que mercados estão a empurrar Portugal para o abismo

por kanes » 5/11/2010 16:37

O FMI terá defendido num estudo que os mercados estão a apostar numa falência "quase certa" de Portugal.

O jornal "i" cita hoje excertos desse estudo, onde o organismo internacional terá reconhecido que Portugal está a ser empurrado para o abismo pelos mercados onde operam investidores e especuladores de dívida pública. Isto apesar de reconhecer que as melhorias previstas nas contas públicas nacionais até são significativas, e que, em condições normais, dariam resultados positivos no alívio das restrições no crédito.

A instituição liderada por Strauss-Kahn também terá alertado que "a ocorrência de eventos de crédito em algumas economias avançadas é quase certa" aos olhos dos mercados. Esse "evento de crédito" pode ser a falência de um país ou a ocorrência de falhas graves no pagamento das prestações devidas aos credores internacionais, segundo o "i".

O Fundo lamenta que os mercados possam estar a "sobrestimar" o risco de incumprimento (default) dos países problemáticos, mas considera que a probabilidade de ocorrerem estes eventos é mais elevada hoje do que no passado.

"O risco de materialização destes eventos permanece elevado em termos históricos no que respeita às economias avançadas - especialmente aquelas que já estão sob pressão dos mercados", refere o estudo.

A instituição internacional terá afirmado ainda que "o crescente pessimismo [dos mercados] afectou alguns países da área do euro". Depois, "o sentimento estabilizou em Maio-Junho nos países sob pressão (Grécia, Irlanda, Portugal)" com a criação do fundo de ajuda europeu, mas "os receios dos investidores reemergiram recentemente, apesar das perspectivas orçamentais terem melhorado a um ritmo muito mais rápido que o esperado".

http://economico.sapo.pt/noticias/fmi-d ... 03586.html
 
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por jcms » 5/11/2010 16:28

Jacques Larosière: "Agora é o momento de elevar o rating de Portugal"
05 Novembro 2010 | 14:07
André Veríssimo - averissimo@negocios.pt
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O antigo director-geral do FMI acha que os juros da dívida cobrados a Portugal estão demasiado elevados e considera que as medidas tomadas pelo governo são as que possivelmente o Fundo tomaria também.
“Diria que é agora o momento de elevar o rating de Portugal, por todas as medidas que o país já tomou”, afirmou Jacques Larosière, que foi director-geral do FMI numa das alturas em que Portugal teve de recorrer à ajuda do Fundo.

‘É o sentimento do mercado que é difícil de perceber’, disse Larosière, numa alusão a que as taxas de juro da dívida pública cobradas a Portugal são demasiado elevadas. “Em algum momento, os actos vão contar mais do que as palavras e vão impressionar os mercados, sobretudo se houver mais profissionalismo da parte das agências de rating’”, acrescentou o ex-presidente do banco central francês.

Recorde-se que, neste momento, a Standard & Poor’s tem um “rating” de ‘A-’ para a dívida soberana portuguesa, a Moody’s tem ‘A1’ e a Fitch ‘AA-’.

Larosière, que é considerado o pai da reforma da arquitectura financeira da Europa, tinha já dito esta manhã – à margem da quarta conferência BPI Pensões, dedicada ao tema da actividade financeira e do novo modelo de supervisão – que considera que Portugal não terá de recorrer à ajuda do Fundo Monetário Internacional.

Na sua opinião, as medidas que foram tomadas são correctas e seriam semelhantes caso fosse o FMI a tomá-las. Quando questionado se seria diferente uma intervenção do Fundo, Larosière respondeu: “Não tenho a certeza que o fosse”.

Fonte Jornal de Negocios
Link:
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=452349
 
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por jcms » 5/11/2010 16:14

Larosière
"FMI não terá de intervir em Portugal"
Maria Teixeira Alves
05/11/10 14:45


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Collapse
ComunidadePartilhe: .O antigo director geral do FMI acredita que Portugal não terá de recorrer ao FMI nem entrará em incumprimento.

"Não será precisa a intervenção do FMI em Portugal", afirmou aos jornalistas Jacques de Larosière, à margem de uma conferência em Lisboa dedicada ao sector financeiro.

"Não creio que Portugal entre em ‘default'", acrescentou o antigo director geral do FMI, explicando que "os investidores levam tempo até entenderem as medidas. É por isso que os juros estão a subir".

O mesmo responsável notou ainda que "Portugal está a tomar as medidas certas para combater o défice" e que "este é o tempo de promover Portugal".

Durante a sua apresentação, Larosière apontou que o risco dos bancos não está exclusivamente na questão do capital, mas sobretudo na questão do ‘funding'. "Todos os bancos que falharam estavam bem capitalizados", afirmou, acrescentando que a questão da liquidez "não pode ser desligada da supervisão bancária".

Por seu turno, Artur Santos Silva, chairman do BPI, que também está a participar na conferência, defendeu que Portugal devia seguir o exemplo irlandês, "onde as forças políticas e os sindicatos fizeram um pacto social para salvar o país da crise, ao contrário do que está a acontecer em Portugal".

Fonte Diario Economico
Link:
http://economico.sapo.pt/noticias/fmi-n ... 03609.html
 
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por mais_um » 5/11/2010 15:44

"Temos pela frente alguns anos de trabalho muito árduo"
(05-11-2010 14:33:00)

“A nossa situação não se vai alterar de um dia para o outro. Temos pela frente alguns anos de trabalho muito árduo”. É esta a opinião de Fernando Ulrich, presidente do BPI, relativamente à questão da subida dos juros da dívida pública portuguesa. De acordo com Ulrich, que falava à margem da quarta conferência BPI Pensões - dedicada ao tema da actividade financeira e do novo modelo de supervisão -, “houve um facto muito positivo em Portugal, que foi a aprovação do Orçamento do Estado.

No entanto, prosseguiu, “houve também desenvolvimentos sobre a discussão das regras futuras de governação e política financeira da Europa. Essa discussão é que está a criar a instabilidade que se viveu nos últimos dias nos mercados de dívida e que afectou Portugal e outros países”.

O presidente do BPI referia-se assim ao facto de o Conselho Europeu ter discutido na última semana a possibilidade, defendida sobretudo pela Alemanha, de os investidores em obrigações soberanas terem de assumir perdas cada um país recorra ao fundo de emergência europeu.

https://www.bigonline.pt/pt/BolsaMercados/noticias.asp



Não sou só eu a ter a mesma opinão sobre o que levou a esta "mini" crise da subidas das Yields da divida da Irlanda, Grecia e Portugal.
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por jcms » 5/11/2010 13:14

FMI aponta falência "quase certa" de Portugal
Económico
05/11/10 09:21


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Collapse
ComunidadePartilhe: .O FMI diz que Portugal será obrigado a pedir internacional ajuda uma vez que os mercados estão a apostar na falência quase certa do País.

Portugal está a ser empurrado para o abismo pelos mercados onde operam investidores e especuladores de dívida pública, reconhece o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Num estudo apresentado ontem, citado pelo "i", o FMI diz que os mercados já estão a apostar numa falência "quase certa" do país, que assim será obrigado a recorrer ao fundo de apoio do FMI e da União Europeia (UE), à imagem da Grécia.

Isto apesar de reconhecer que as melhorias previstas nas contas públicas até são significativas, e que, em condições normais, dariam resultados positivos no alívio das restrições no crédito.

A instituição liderada por Strauss-Kahn revela que, na verdade, "a ocorrência de eventos de crédito em algumas economias avançadas é quase certa" aos olhos dos mercados.

Explica o jornal que um "evento de crédito" pode ser a falência de um país ou a ocorrência de falhas graves no pagamento das prestações devidas aos credores internacionais. Portugal, Grécia e Irlanda são apontados como os países onde a situação é mais negra.

O Fundo lamenta que os mercados possam estar a "sobrestimar" o risco de incumprimento (default) dos países problemáticos, mas considera que a probabilidade de ocorrerem estes eventos é mais elevada hoje do que no passado.

"O risco de materialização destes eventos permanece elevado em termos históricos no que respeita às economias avançadas - especialmente aquelas que já estão sob pressão dos mercados", escreve o FMI.

A instituição internacional afirma ainda que "o crescente pessimismo [dos mercados] afectou alguns países da área do euro". Depois, "o sentimento estabilizou em Maio-Junho nos países sob pressão (Grécia, Irlanda, Portugal)" com a criação do fundo de ajuda europeu, mas "os receios dos investidores reemergiram recentemente, apesar das perspectivas orçamentais terem melhorado a um ritmo muito mais rápido que o esperado".









Fonte diario economico
Link:
http://economico.sapo.pt/noticias/fmi-r ... 03586.html
 
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por Trisquel » 5/11/2010 11:36

Medidas de austeridade estagnam economia espanhola
05 Novembro 2010 | 10:12
Ana Luísa Marques - anamarques@negocios.pt

O PIB espanhol não cresceu entre o segundo e o terceiro trimestre do ano.
Neste período, a economia espanhola foi afectada pelas medidas de austeridade apresentadas pelo Governo, entre elas a subida do IVA de 16 para 18%. Esta subida teve efeitos, precisamente, a partir do dia 1 de Julho.

A economia estagnou entre o segundo e o terceiro trimestre e cresceu 0,2% face ao período homólogo, de acordo com as últimas previsões do Banco de Espanha.

O banco central sublinha, no entanto, que a estagnação registada no último trimestre é "transitória" e que "assim que passar o efeito da subida do IVA a economia vai regressar ao caminho da lenta recuperação".

Os economistas contactados pela Bloomberg esperam uma expansão de 0,1% no último trimestre do ano. No conjunto do ano, as previsões do governo espanhol indicam para uma contracção do PIB de 0,3%, o segundo ano consecutivo de queda.
Cumpts.
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por MERCW125 » 5/11/2010 11:30

fafite Escreveu:
BULIM123 Escreveu:Os trabalhadores da Autoeuropa vão aderir à greve geral de 24 de Novembro, apesar de irem receber aumentos salariais de 3,9%.

Uma decisão que, de acordo com o coordenador da Comissão de Trabalhadores da empresa, António Chora, se prende com as medidas de austeridade constantes do Orçamento do Estado para 2011, que vão afectar também os funcionários da fábrica.

Estes trabalhadores, diz, «vão sofrer as consequências dos cortes sociais, nomeadamente dos abonos de família, os aumentos do IVA e os aumentos dos descontos para IRS». Quanto a expectativas de adesão, António Chora é ambicioso e aponta para uma «esmagadora maioria dos trabalhadores».

Os funcionários da Autoeuropa votaram esta quinta-feira o Acordo Empresa que lhes garante aumentos salariais de 3,9%, em claro contra-ciclo com a tendência da economia nacional, e outras regalias, como bónus para os trabalhadores estudantes, a actualização do subsídio de refeição em 5% e a garantia de que não haverá despedimentos colectivos até 2012.

Depois não querem que as empresas se vão embora, com um aumento destes, e ainda querem mais, está claro, qualquer dia, assim que a Auto Europa recuperar o que investiu, irá bater asas certamente.
E porque é que o povo há-de agir diferente do governo?


Mal estaria eu se agisse como o nosso Governo, já estaria falido a muito tempo.
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Re: :)

por mais_um » 5/11/2010 11:12

AutoMech Escreveu:Tu metes 10.000 a uma taxa de 4% por exemplo (a taxa é a que estiver nesse dia, certo) ?


A taxa é valida durante o mês, ou seja no fim de cada mês o Estado fixa a taxa em vigor para o mês seguinte.

AutoMech Escreveu:
No fim do semestre recebes 250 euros.


Não, os juros são pagos anualmente, mas a taxa maxima só é possivel se tiveres os CT durante os 10 anos, se levantares ao fim de um ano recebes uma taxa mais baixa. Utiliza o simulador.

AutoMech Escreveu:Nesse momento se te desfizeres dos CTs recebes os 10.000 de volta ?


Sim recebes o dinheiro de volta mas perdes os juros (os juros só são pagos anualmente)

AutoMech Escreveu:
Impostos ? São 21.5 % sobre juros ?


Sim, penso que é esse valor em vigor.

AutoMech Escreveu:
Acho que com isto fico esclarecido. Obrigado :wink:


Humm..tenho duvidas... 8-) 8-)
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por fatimafaria » 5/11/2010 10:37

BULIM123 Escreveu:Os trabalhadores da Autoeuropa vão aderir à greve geral de 24 de Novembro, apesar de irem receber aumentos salariais de 3,9%.

Uma decisão que, de acordo com o coordenador da Comissão de Trabalhadores da empresa, António Chora, se prende com as medidas de austeridade constantes do Orçamento do Estado para 2011, que vão afectar também os funcionários da fábrica.

Estes trabalhadores, diz, «vão sofrer as consequências dos cortes sociais, nomeadamente dos abonos de família, os aumentos do IVA e os aumentos dos descontos para IRS». Quanto a expectativas de adesão, António Chora é ambicioso e aponta para uma «esmagadora maioria dos trabalhadores».

Os funcionários da Autoeuropa votaram esta quinta-feira o Acordo Empresa que lhes garante aumentos salariais de 3,9%, em claro contra-ciclo com a tendência da economia nacional, e outras regalias, como bónus para os trabalhadores estudantes, a actualização do subsídio de refeição em 5% e a garantia de que não haverá despedimentos colectivos até 2012.

Depois não querem que as empresas se vão embora, com um aumento destes, e ainda querem mais, está claro, qualquer dia, assim que a Auto Europa recuperar o que investiu, irá bater asas certamente.
E porque é que o povo há-de agir diferente do governo?
 
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por MERCW125 » 5/11/2010 10:25

Os trabalhadores da Autoeuropa vão aderir à greve geral de 24 de Novembro, apesar de irem receber aumentos salariais de 3,9%.

Uma decisão que, de acordo com o coordenador da Comissão de Trabalhadores da empresa, António Chora, se prende com as medidas de austeridade constantes do Orçamento do Estado para 2011, que vão afectar também os funcionários da fábrica.

Estes trabalhadores, diz, «vão sofrer as consequências dos cortes sociais, nomeadamente dos abonos de família, os aumentos do IVA e os aumentos dos descontos para IRS». Quanto a expectativas de adesão, António Chora é ambicioso e aponta para uma «esmagadora maioria dos trabalhadores».

Os funcionários da Autoeuropa votaram esta quinta-feira o Acordo Empresa que lhes garante aumentos salariais de 3,9%, em claro contra-ciclo com a tendência da economia nacional, e outras regalias, como bónus para os trabalhadores estudantes, a actualização do subsídio de refeição em 5% e a garantia de que não haverá despedimentos colectivos até 2012.

Depois não querem que as empresas se vão embora, com um aumento destes, e ainda querem mais, está claro, qualquer dia, assim que a Auto Europa recuperar o que investiu, irá bater asas certamente.
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por JMHP » 5/11/2010 10:13

Mais um buraco escondido.... :roll:

Saúde esconde valor do buraco acumulado do SNS

Ministério omite défice acumulado no mapa com a execução da Saúde. Buraco deverá ultrapassar já os mil milhões de euros.

Os responsáveis do Ministério da Saúde esconderam o valor do défice acumulado (saldo do exercício mais dívidas de anos anteriores) no mapa com a execução orçamental do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Ao contrário do que acontece todos os anos no Parlamento, no âmbito da discussão na especialidade das propostas do Orçamento do Estado (OE), o mapa que a ministra Ana Jorge e os secretários de Estado, Óscar Gaspar e Manuel Pizarro, entregaram aos deputados e à comunicação social com a execução de 2010 não tem qualquer referência ao valor do saldo (défice) acumulado do SNS. Apesar da insistência dos deputados da oposição, os responsáveis do ministério não revelaram esse valor.

E percebe-se porquê. É que o buraco da Saúde deverá ultrapassar já os mil milhões de euros, tendo em conta que no final de 2009 o défice acumulado do SNS atingia quase os 600 milhões de euros e que este ano as contas da Saúde derraparam em mais de 500 milhões de euros. À saída do plenário, o PÚBLICO perguntou ao secretário de Estado Óscar Gaspar se os números são tão negros que merecem ser escondidos, mas o governante defendeu-se dizendo que a tabela que excluíram este ano é de "ordem mais técnica" e justificou que não foi solicitada pelos deputados. No entanto, durante a tarde, vários foram os deputados que repetiram a mesma pergunta: "Qual é a dívida total acumulada do SNS?" "A senhora ministra não esclarece o que importa saber e também não contabiliza a dívida a fornecedores que já é superior a 1500 milhões. Vai ficar para a história como a pessoa que destruiu o SNS", disse a centrista Teresa Caeiro. Uma preocupação também manifestada pelo bloquista João Semedo, pelo comunista Bernardino Soares e pela social-democrata Clara Carneiro. Manuel Pizarro limitou-se a responder que "a despesa com a Saúde está controlada e muito longe dos maus agoiros".

Em relação ao défice do exercício, o mapa facultado revela que este se situará nos 199,4 milhões de euros, um valor inferior à derrapagem de mais 500 milhões já assumida pelo Governo pela voz do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos. Óscar Gaspar explicou que a diferença é justificada pelas parcelas que são consideradas por cada ministério, explicando que nestes 500 milhões estão os 385 que Ana Jorge teve de avançar aos hospitais em nome da ADSE, 100 milhões da derrapagem com a comparticipação dos medicamentos a 100 por cento e 50 da despesa com farmácia em ambulatório.

Estes 199,4 milhões são ainda bem diferentes (para pior) dos 24 milhões de euros de saldo positivo que o ministério estimava alcançar no final deste ano, aquando da discussão da proposta de OE2010.

Estes dados confirmam que as medidas anunciadas em Maio pela ministra da Saúde para conter a despesa e o desperdício no sector - que segundo Ana Jorge iriam ter efeitos ao longo do segundo semestre - afinal não tiveram grande impacto.

Os dados agora revelados indicam ainda que o défice do exercício de 2009 ainda foi pior do que o inscrito no mapa do ano passado. O ministério previa ter um saldo negativo de 331,1. Agora ficou a saber-se que foi de 394,8 milhões de euros.

Apesar deste cenário, para 2011 a tutela faz uma previsão ainda mais positiva do que aquela que em 2009 fez para 2010: para o ano Ana Jorge estima que o SNS venha mesmo a dar um lucro de 31,9 milhões de euros.

Ordenados dos gabinetes geram polémica

Quanto ganham os membros do Governo na área da saúde? A questão foi ontem levada ao Parlamento pela deputada do PSD Maria Teresa Fernandes. As contas da parlamentar mostram que a despesa em ordenados dos gabinetes da ministra da Saúde e dos dois secretários de Estado totaliza cerca de três milhões de euros. Um valor que foi prontamente desmentido por Ana Jorge.

http://www.publico.pt/Sociedade/governo ... 10_1464467
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por migluso » 5/11/2010 9:36

RiscoCalculado Escreveu:Eu diria que sem grande auxílio por parte da UE ( e logo do contribuinte alemão) e/ou do BCE o default é praticamente inevitável.
Se o FMI entrar em cena diria que o default é bem mais provável ( do que caso não faça)


Concordo com a primeira parte, mas não necessariamente com a segunda.

RiscoCalculado Escreveu:Mas que ajustamentos estruturais estão em curso ? Será que está a ser dada mais importância ao sector da educação (que não seja apenas para as estatísticas) ?? Será que está a ser seguida uma política de fomento do sector exportador ?? Eu vejo muito pouco ou nada a ser feito ....


A estratégia seguida no sector energético é um bom exemplo, na minha opinião, bem como a reforma do sistema de segurança social, apesar de extremamente injusta para as presentes e futuras gerações.

Mas claro, há muito por fazer, especialmente nas áreas da educação, justiça, e administração pública. Eu lamento dizer, mas um ajustamento estrutural necessário era também a redução dos salários da administração pública (não havia outra forma de reduzir a despesa corrente primária).

RiscoCalculado Escreveu:Pelo facto de responsabilizar a 100% os credores e logo torná-los mais avessos a emprestar aos países em dificuldade ?? Eu diria que este tipo de medida leva sim a que um país opte mais rapidamente pela saída do euro.


Aqui estamos em desacordo. Um sistema como o nosso pressupõe que os indivíduos sejam responsabilizados pelas suas acções. O que tu defendes representa corromper o sistema. Paga o justo pelo pecador. É o princípio do fim do capitalismo. Neste caso não seriam os países devedores a sair do euro, seria a Alemanha, Holanda e outros como eles.
EDIT: Eu entendi nas tuas palavras, e é a este entendimento que respondo, que responsabilizar os credores leva a que países como Portugal e Grécia optem por sair do Euro.

RiscoCalculado Escreveu:Ora, isto na minha opinião parte de uma concepção errada do sistema dinâmico do qual a nossa economia faz parte e logo da origem do problema. Tentarei fazer um post sobre este assunto logo que possível.


Não respondi antes porque estava à espera de desenvolvimento neste ponto. Espero que no fim-de-semana tenhas um pouco de tempo. :)

cumps
Editado pela última vez por migluso em 5/11/2010 10:53, num total de 1 vez.
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Re: :)

por Caps » 5/11/2010 9:11

Tens aqui o simulador e no site tens informação que precisas.

http://www.igcp.pt/gca/?id=968

abraço


AutoMech Escreveu:
mais_um Escreveu:
AutoMech Escreveu:Os juros dos CTs são pagos com que periodicidade ?


Anualmente

AutoMech Escreveu:
E quem é que te compra ?


Só o Estado é que pode reembolsar-te o dinheiro, ou obrigatoriamente no fim do prazo, ou em qualquer outra altura após os 6 meses depois da subscrição, por iniciativa de quem os possui.


Continuando na saga das perguntas de maçarico.

Tu metes 10.000 a uma taxa de 4% por exemplo (a taxa é a que estiver nesse dia, certo) ?

No fim do semestre recebes 250 euros. Nesse momento se te desfizeres dos CTs recebes os 10.000 de volta ?

Impostos ? São 21.5 % sobre juros ?

Acho que com isto fico esclarecido. Obrigado :wink:
 
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Re: :)

por Automech » 5/11/2010 8:48

mais_um Escreveu:
AutoMech Escreveu:Os juros dos CTs são pagos com que periodicidade ?


Anualmente

AutoMech Escreveu:
E quem é que te compra ?


Só o Estado é que pode reembolsar-te o dinheiro, ou obrigatoriamente no fim do prazo, ou em qualquer outra altura após os 6 meses depois da subscrição, por iniciativa de quem os possui.


Continuando na saga das perguntas de maçarico.

Tu metes 10.000 a uma taxa de 4% por exemplo (a taxa é a que estiver nesse dia, certo) ?

No fim do semestre recebes 250 euros. Nesse momento se te desfizeres dos CTs recebes os 10.000 de volta ?

Impostos ? São 21.5 % sobre juros ?

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Re: :)

por mais_um » 5/11/2010 7:13

AutoMech Escreveu:Os juros dos CTs são pagos com que periodicidade ?


Anualmente

AutoMech Escreveu:
E quem é que te compra ?


Só o Estado é que pode reembolsar-te o dinheiro, ou obrigatoriamente no fim do prazo, ou em qualquer outra altura após os 6 meses depois da subscrição, por iniciativa de quem os possui.
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Re: :)

por Automech » 5/11/2010 3:15

mais_um Escreveu:Posso, 6 meses após a subscrição, pelo seu valor integral


Os juros dos CTs são pagos com que periodicidade ?

E quem é que te compra ?
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Re: :)

por JMHP » 5/11/2010 3:14

mais_um Escreveu:Nada foi aprovado ou decidido sobre o tema, nem é referido nas conclusões ou na comissão de estudo, foi só mesmo uma declaração infeliz do ministro alemão, como outras que tem acontecido.


Não subestimes os alemães, estes tipos de declarações tem sucedido umas apôs outras e a verdade é que vão todas no sentido da tendência de fragilidade actual em que os países periféricos se encontram.
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Re: :)

por mais_um » 5/11/2010 2:44

AutoMech Escreveu:Mais_um, eu nunca liguei a CT, CA, etc por isso não estranhes a pergunta básica. Tu podes desfazer-te dos CTs a qualquer momento ? Se sim, como ? É como as OT ?

Posso, 6 meses após a subscrição, pelo seu valor integral

Não é como as OT, que essas estão dependentes de ter comprador e o seu valor flutua em função disso.

Hoje o BIG tinha OT portuguesas à venda a 80% do seu valor nominal.
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Re: :)

por Automech » 5/11/2010 2:39

mais_um Escreveu:
amon_CALD Escreveu:Obviamente que se pode adquirir OTS! E já o fazem os bancos Portugueses, financiam-se a um 1% no banco central europeu e compram divida portuguesa a 7%. Ganham 5% limpinhos! Logo o financiamento é indirecto só não o ve quem não quer! Independentemente do produto utilizado Portugal pode canalizar poupança através dos certificados de aforro, não o faz, porque isso pressionaria os bancos privados a subirem a taxa, mas isso não interessa!


Qual foi a parte que não percebeste? Tu como particular podes comprar certificados do tesouro (em outubro a taxa era 6,1%, as OT foram leiloadas a 4,04% no prazo de 4 anos e 5,13% no prazo de 8 anos), eu comprei, tu compraste?


Mais_um, eu nunca liguei a CT, CA, etc por isso não estranhes a pergunta básica. Tu podes desfazer-te dos CTs a qualquer momento ? Se sim, como ? É como as OT ?
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por Automech » 5/11/2010 2:38

JMHP Escreveu:Artigo interessante e objectivo:


O default inevitável?

por João Oliveira Rendeiro


Muitíssimo interessante mesmo JMHP.
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Re: :)

por mais_um » 5/11/2010 2:22

JMHP Escreveu:
mais_um Escreveu:
JMHP Escreveu:No último conselho europeu, que teve lugar em Bruxelas na passada sexta-feira, Berlim propôs que os investidores assumam perdas na dívida de países que recorram ao fundo de estabilização da União Europeia, caso este assuma carácter permanente a partir de 2013.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=452171


Humm...uma coisa é propor outra é ser aceite, o que não foi, não andas atento à imprensa?.. :mrgreen:


Tu andas muito atarefado a responder aos posts e são tantos que perdes alguma precisão na leitura... ora lé bem o que eu escrevi:

«Segundo a decisão da cimeira Europeia realizada na 6ªfeira passada, ficou decidido a intenção de o risco da divida publica passar a ser também suportado pelos investidores e instituições privadas.»

8-)


Nada melhor do que ir à fonte directamente:

http://www.consilium.europa.eu/uedocs/c ... 117513.pdf

http://www.consilium.europa.eu/uedocs/c ... 117443.pdf


Nada foi aprovado ou decidido sobre o tema, nem é referido nas conclusões ou na comissão de estudo, foi só mesmo uma declaração infeliz do ministro alemão, como outras que tem acontecido.
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por mais_um » 5/11/2010 2:01

JMHP Escreveu:
Elias Escreveu:"ficou decidido a intenção" é giro - mas concordo com o mais_um - uma declaração de intenções não tem força de lei. E vindo de políticos cheira a demagogia...


Eu também estou de acordo com afirmação do Mais_um, mas aquilo não são intenções de políticos portugueses ou gregos... São alemães e franceses, o eixo que tem o poder na EU.

E como dizia e citando ontem o ex-juiz do Tribunal de Contas Carlos Moreno durante o programa Negócios da Semana.... «O que tem de ser, tem muita força»


Pelo que li nas noticias e noutros artigos, os alemaes colocaram como condição de tornar o fundo de emergencia permanente (agora é provisorio, até 2013, se não estou enganado) a condição dos investidores terem que se chegar à frente na resolução das eventuais dificuldades. Entendi como perdoar parte da divida para nao perderem tudo. Isso foi o rastilho para começarem a vender OT dos paises em dificuldades.

MAs esse assunto não foi concluido, pelo menos foi isso que depreendi das noticias. Mas como as decisões são publicas, é uma questão de ter tempo para procurar no site da UE.
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por Elias » 5/11/2010 1:56

mais_um Escreveu:
JMHP Escreveu:
O default inevitável?

por João Oliveira Rendeiro




Humm..há que ter cuidado, esse gajo é perito em defaults... :lol: :lol: :lol:


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por mais_um » 5/11/2010 1:55

JMHP Escreveu:
O default inevitável?

por João Oliveira Rendeiro




Humm..há que ter cuidado, esse gajo é perito em defaults... :lol: :lol: :lol:
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