Outros sites Medialivre
Caldeirão da Bolsa

Falhou acordo - Orçamento 2011

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Pastel » 29/10/2010 11:15

Aceitam-se apostas do dia em que sai acordo para o orçamento

A) Hoje
B) Sábado
C) Domingo
D) 2ª feira

O meu palpite vai para: B) Sábado
 
Mensagens: 391
Registado: 29/11/2007 11:30
Localização: 16

por Elias » 29/10/2010 11:13

Em minha opinião fala-se demasiado do dinheiro gasto nos submarinos e de menos no dinheiro enterrado no BPN (que sozinho dava para 10 submarinos).

A diferença é que os submarinos (necessários ou não) têm valor intrínseco e sempre podem usados para alguma coisa ou quiçá vendidos em segunda mão, ao passo que o dinheiro no BPN foi enterranço puro, ao ponto de já se falar em liquidação do dito.
 
Mensagens: 35428
Registado: 5/11/2002 12:21
Localização: Barlavento

por rmachado » 29/10/2010 11:06

Eu acho curiosa esta questão dos Submarinos e de se culpar A ou B como se todos não tivessem concordado desde o tempo do Guterres (lembram-se quem era Ministro do Ambiente), como se fossem os dois submarinos a grande causa do buraco.

E quem criou as SCUT?
E quem fez um mega concurso para funcionários públicos?

E quem coloca tudo que é do aparelho partidário no estado?

Acho tb depois piada a apregoarem que temos de olhar para o mar... mas e meios para tomar conta dele?

Eu acho uma despesa péssima, talvez fosse melhor temos lanchas rápidas e mais aviões mas.. talvez sejam até algo necessário para patrulhamento.
 
Mensagens: 2125
Registado: 24/8/2004 10:42
Localização: Carregado

por kanes » 29/10/2010 10:17

:lol: :lol: :lol:

engraçado o Nogueira, ainda a dias dizia "Temos de deixar o engenheiro Sócrates beber o cálice até ao fim".

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=450801
 
Mensagens: 254
Registado: 18/9/2010 12:14
Localização: 16

por Automech » 29/10/2010 8:43

Entrevista (longa) de Nogueira à TSF

http://dn.sapo.pt/galerias/videos/?cont ... nomia%2529
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 9360
Registado: 4/6/2010 12:12
Localização: 16

por Automech » 29/10/2010 8:18

Nogueira Leite. "A direcção nacional do PSD vai deixar passar o Orçamento"

O conselheiro do PSD acredita que é possível no Parlamento melhorar "muito o Orçamento do Estado"

Por me ter convencido em absoluto de que o espírito negocial da parte do governo era extraordinariamente reduzido. E porque houve também no que me toca uma perda de confiança na interlocução que tive, não propriamente nas pessoas e no ministro, mas no governo, relativamente ao cumprimento do que foi estabelecido.

Concorda com a estratégia seguida?

Eu sugeri a minha estratégia, reconheço qual é a liderança e penso que a negociação até teve uma utilidade muito significativa. Foi demonstrado por uma vez que existia uma grande vontade de chegar a acordo para deixar passar o Orçamento por parte do governo. O exercício serviu para chegar à situação extraordinária, em termos da União Europeia, de o único governo minoritário se recusar a fazer um acordo político para viabilizar o OE por 300 milhões em 80 mil milhões de euros. Isto dá uma ideia da postura negocial do governo. A opção que foi seguida teve já este mérito de evidenciar que de um lado há boa fé e desejo de chegar a acordo e que do outro lado há uma irredutibilidade por valores curtos.

O PSD, porque negociou, conseguiu algumas cedências, um género de second best. Essas cedências poderiam ser bem recebidas pelos mercados e o PSD capitalizar isso em termos políticos, ou não?

A solução a que se chegaria era mais um décimo best. E para os mercados os maus sinais estão dados. Há outros sinais que têm de ser emitidos para descolarmos deste problema de uma vez por todas. Na minha visão, que não vincula o partido, houve de facto uma cedência muito significativa do PSD neste momento. O PSD predispõe-se a deixar passar um Orçamento no qual não se revê de forma alguma, por razões que têm a ver com os interesses do país no curtíssimo prazo e nas circunstâncias políticas e constitucionais especiais que vivemos neste momento. Eu próprio, se não fosse a situação constitucional, sugeriria à direcção do partido a que não pertenço mas à qual devo lealdade, que pura e simplesmente chumbasse o OE. Noutras circunstâncias, este Orçamento seria totalmente inapresentável. Mas na situação actual, o interesse de Portugal pede que o PSD deixe passar o OE e que vá preparando uma clara alternativa a este governo. As propostas do PSD até melhoram a capacidade do governo executar o Orçamento pois não danificam tanto a evolução económica que vamos ter pela frente e contrastam com as medidas que vêm na proposta do governo que matam a economia que já está moribunda. Se o governo estiver interessado em levar até ao fim este projecto falhado não é por 0,1% do PIB que vai deixar de o fazer. O PSD fez um conjunto enorme de propostas e agora paga o preço político, que sempre pagará, porque não fez como os outros partidos políticos que se remetem ao conforto e dizem "não queremos saber".

Mas as cedências do governo na negociação não podiam ter sido uma primeira vitória política para o PSD?

Claro que são um pequeno avanço. Mas não se pode fazer como muitos analistas que dizem que o PSD está obrigado a agradar ao engenheiro Sócrates. Cada partido é uma individualidade.

Acha mesmo que é essa a ideia que corre, que o PSD quer a agradar ao governo?

Acho que muitas das perguntas que se fazem partem desse pressuposto implícito que é "porque é que o PSD não viabiliza o OE, independentemente de tudo o mais?". Mas a verdade é esta: o PSD cedeu bastante nesta negociação da proposta de Orçamento, sendo que o OE do PSD teria sido totalmente diferente. Mais: como disse ontem o dr. Catroga, se o PSD fosse governo ou se tivesse sido ouvido, nunca teria havido necessidade de fazer um Orçamento destes. Este Orçamento é o culminar de anos de política totalmente errada.

Os enviados do PSD queixaram-se de falta de informação. Será que o governo a tem disponível?

Se assim é, então é muito mais grave. Em todo o caso, acho que a direcção nacional do PSD vai, no momento final, fazer aquilo que é próprio dos grandes líderes: vai pôr o interesse nacional acima do interesse do PSD e deixar passar o Orçamento.

Mas o PSD pode tentar afinar um pouco o OE na discussão da especialidade.

Pode, mas a partir do momento em que deixa passar na generalidade, o PSD vai continuar a assumir em pleno a sua postura de Estado. E isso não termina a 3 de Novembro. Percebo que é possível que, na Assembleia, se encontrem fórmulas que melhorem significativamente o Orçamento e que credibilizem mais o objectivo dificílimo dos 4,6% de défice em 2011. E dificílimo sobretudo numa situação em que o OE é apresentado por pessoas que em dois anos têm, de longe, o pior track record em execução orçamental da União Europeia. É o orçamento de uma equipa e de um governo que deixou deslizar a despesa que controla em 1,8 mil milhões de euros em escassos quatro meses. O governo perdeu totalmente o controlo do que faz com o dinheiro dos portugueses.

O problema não é exclusivo de Portugal. Há mais países com problemas orçamentais graves.

A situação em Portugal é gravíssima e está totalmente em contraciclo com o que se passa nos outros países que estão numa situação parecida. Se pensarmos em Espanha, Grécia, Irlanda vemos que todos cortaram na despesa este ano. Portugal é o único que não consegue cortar e tem a despesa em crescimento e descontrolada. E temos outro problema, que já tivemos há cerca de 30 anos, e antes disso na década de 70, que é o défice externo que resulta de um problema económico de enormíssima dimensão que é muito mais grave em termos daquilo que vai exigir a Portugal, e que na verdade já começa a exigir sacrifícios nas Finanças Públicas.

É preciso um plano de austeridade para os privados?

Parte do agravamento futuro das Finanças Públicas tem a ver com os sinais errados que o governo tem dado à economia através da garantia de rendas no sector dos bens não transaccionáveis, como as parcerias público-privadas, através de uma regulação dos sectores que são inputs para o resto da economia totalmente fora daquilo que seria necessário para que o país fosse mais competitivo, uma evolução salarial totalmente desfasada e que agora obriga os portugueses a fazerem um ajustamento violentíssimo.

Se houver mais políticas para dinamizar a procura interna, o ajustamento salarial terá de ser assim tão violento?

É inevitável. Não há crédito.

O Conselho Económico e Social lamenta que o OE não tenha saídas para a crise centradas no crescimento.

Tudo bem, mas para podermos começar a crescer teremos de fazer uma dieta terrível. Andamos há 15 anos - todos, empresas, famílias e Estado - a viver acima das nossas possibilidades financiados com crédito externo. O sistema financeiro português deve 200 mil milhões de euros ao exterior e com as perspectivas que temos de evolução da economia, o exterior não vê como é que vamos honrar os nossos compromissos. A dívida bruta é três vezes o PIB. Como é que se ganha folga para depois crescer? Ajustando violentamente 15 anos de erros. E não temos alternativa. Se não o fizermos o crédito seca e alguém virá fazê-lo por nós.

Haverá essa coragem política toda? Os partidos, PSD incluído, vão querer comprar essa guerra com os eleitorados?

Vivemos como vivemos, mal, mas mais do que dependentes do crédito externo. Mas não temos escolha: o exterior ou obriga-nos a fazer o que tem de ser feito, ou coloca-nos em autarcia. Se os nossos dirigentes políticos, do Presidente da República até aos líderes dos partidos mais pequenos, se os empresários, se as pessoas com responsabilidades não quiserem ver o que tem de ser feito, nessas circunstâncias o que acontecerá a Portugal será muitíssimo pior. Já não somos senhores do nosso destino. E o problema não é estarmos na zona euro, é termos feito tudo errado durante 15 anos, pelo menos.

Muito pior? Por dar um exemplo?

Se não há crédito, não teremos dinheiro para importar de bens alimentares. É um exemplo catastrófico, não acho que vá acontecer. Mas os bancos portugueses podem ter sérias dificuldades em honrar muitos das suas responsabilidades. Felizmente que há mecanismos e instituições na UE que não permitem que um país se suicide.

A falência de Portugal seria um custo enorme para o projecto do euro?

Portugal não é um problema para a zona euro. O custo maior seria Espanha, mas este país já começou a resolver os seus desequilíbrios e fê-lo mais cedo do que nós. O nosso percurso histórico mostra que quando o modelo se torna insolúvel, as pessoas aceitam mudar. Há um ano, tivemos importantíssimos representantes empresariais a falar com autoridade na televisão a dizer que os projectos que estão a matar a economia portuguesa eram absolutamente essenciais para o desenvolvimento.

Como por exemplo?

Não vou dizer. O meu mundo não é só político. Mas estamos a pagar a visão curta e o oportunismo de muitas pessoas que foram demasiado tentadas pelos incentivos que o governo deu. O governo deu incentivos aos empresários para viverem de rendas, não para assumirem riscos. É por isso que o sector exportador é o que é, sendo a economia desta dimensão. O Estado criou um sistema sem solução, que só pode desembocar naquilo que está a acontecer neste momento. E não foi por falta de alertas. E o que aconteceu? Chegámos aqui!

Os banqueiros envolveram-se na negociação do OE. Estarão eles realmente interessados em mudar a situação da forma que está a defender?

É um facto. Reagiram, mas nem todos da mesma maneira. Houve bancos que tiveram a visão de alterar significativamente o modo como aqui chegámos. E falamos de poucos banqueiros, em Portugal só conheço um: Ricardo Salgado, os restantes são gestores bancários. O que é facto é que na situação que temos hoje, os bancos são os primeiros a sentir que o actual modelo morreu. Desde Fevereiro que não vão buscar um euro aos mercados internacionais, foram os primeiros a sentir, e agora toda a economia sente, que o modelo esgotou e os banqueiros são os primeiros interessados na continuidade do país. Da mesma maneira que penso que, em alguns casos, foram demasiado passivos no modelo de oportunidades protegidas a curto-prazo, também sei que vão ter que ter um papel fundamental na revitalização da economia portuguesa. A nossa banca é eficiente e tem bons profissionais, vai ter que estar à altura dos desafios dos país, como a indústria e as famílias. Vamos ter que mudar de vida, mas não é a partir do patamar de hoje. Nós vamos empobrecer em 2011 e muito violentamente. A partir daí é que se houver visão, podemos crescer. Se insistirmos nas políticas de Sócrates e Teixeira dos Santos, estamos absolutamente arruinados e acentua-se a descredibilização e é o fim de Portugal enquanto país viável e independente do ponto de vista económico. Estou convencido que a história ensina-nos que não é esse o desfecho.

Seguindo o seu raciocínio, uma abstenção do PSD ao OE continuaria com estas políticas?

Estou absolutamente convencido de que o governo não tem credibilidade interna e externa para poder levar este orçamento até ao fim. Há duas questões essenciais: o PSD demonstrou que está consciente dos interesses superiores do país, que passam por não juntar à crise económica e financeira uma crise política; Não pode ser o PSD a ficar com a culpa do desgoverno do PS. Por isso, o PS tem de poder levar a sua política até ao fim e, como não se convence de que está errado, é preciso que a prova provada seja feita.

O governo tem de levar esta política até ao fim? O que é o fim?

Quando for claro para toda a gente.

Eleições antecipadas?

É inevitável. Penso que o PSD tem de preparar uma alternativa e, não alterando o governo significativamente as coisas, - como eu acredito que não é já capaz de alterar - o PSD tem de forçar uma alteração deste rumo. O PSD tem obrigação, a partir do momento é que é constitucionalmente possível, encontrar caminhos para que os portugueses sejam chamados a votar.

Como é que leu a última sondagem? É um alento?

Ninguém deve estabelecer estratégias com base em sondagens.

Há pouco disse que o próximo governo não iria resolver a situação. A haver eleições seriam prejudiciais para o PSD?

Quando digo que o governo não vai resolver é porque é o país que tem de resolver o problema em que se meteu. As pessoas não podem estar passivamente à espera que o governo resolva. O governo tem e fazer a sua parte. Sem sistema financeiro, sem empresários, sem famílias, sem inovadores, sem cientistas, a fazer o seu papel, por muito bom que seja o governo, não resolvemos o problema. Não acredito em dirigismo económico, em dirigismo social. Acho que o governo tem de cumprir as suas funções e não puxar para o erro. Não podemos esperar que o próximo governo resolva tudo.

O Presidente da República, assim que soube do romper de negociações ,convocou de imediato o Conselho de Estado para hoje. No discurso de recandidatura deixou uma pergunta:"o que seria do país sem os meus alertas?". Pergunto-lhe o mesmo. O que seria do país sem os alertas do Presidente?

Tem tido uma magistratura de bom senso. Pela minha maneira de ser apreciaria, em algumas circunstâncias, um Presidente mais interventivo. Estou convencido que a reeleição vai conduzir àquilo que seria a minha expectativa. Pelo seu passado, acção e postura deve presidir ao mais alto lugar do Estado.

Como é que ele pode ser mais duro?

As circunstâncias vão ser mais graves e vai estar à altura do estilo necessário que as circunstâncias exigirem.

Falando de cenário. Vê-se integrar um futuro governo?

Estou disponível para ajudar o país mas não estou disponível para cargos públicos. Nem neste momento nem nos próximos anos.

Como é que viu a ruptura da ligação entre Ângelo Correia e Passos Coelho?

É a demonstração clara do que eu sempre soube: Passos Coelho pensa pela cabeça dele.

Estou a perguntar-lhe porque é conselheiro de Passos Coelho...

Sou conselheiro, mas não sou papagaio.

Acha que o PSD deve estar disponível para um governo de emergência?

Não gosto de especular. O PSD tem de estar disponível para o que for melhor para o país.


http://www.ionline.pt/conteudo/85776-no ... -orcamento
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 9360
Registado: 4/6/2010 12:12
Localização: 16

por Marco Martins » 29/10/2010 1:44

Neste momento acho que o PS terá obrigatoriamente de negociar. Se não o fizer, o mais sensato será o PSD votar contra o orçamento, sob cair no descrédito de ter andado em negociações para poder viabilizar o orçamento e acaba por aceitar o orçamento mesmo sem qualquer acordo.

Para o PS seria mau, do ponto de vista de que não poderia culpar o PSD por causa das políticas e do estado do país.

Para o PSD seria mau, pois teria de fazer quase as mesmas políticas de austeridade do PS.

Em termos de credibilidade, este governo continua a dar cartas... diz que não aceita as condições do PSD, depois já pensa discutir novamente... é não é depois já é....

É um governo do faz de conta, é o que é!!!
 
Mensagens: 6450
Registado: 7/4/2007 17:13
Localização: Algarve

por Garfield » 29/10/2010 1:18

Ok, os militares pediram 4 e o Guterres concordou.

Ok, não havia penalizações pelo que se podia ter cancelado tudo.

Ok, estavamos de tanga mas eu referia-me à crise financeira que veria a rebentar após 2007.

Ok, tanto estavamos de tanga que pelo menos se reduziu a encomenda e não me canso de insistir neste ponto.

Isto porque se insiste em culpabilizar quem na pratica até minorou a situação que caso contrario seria entao muito mas muito pior.

Poderia-se ter ido mais longe?
Ok, sim podia-se mas se calhar tambem nos estamos a esquecer de questionar se os militares realmente até nem precisavam de alguma coisa.

Queriam 4? Levam 2 que não dá para mais.

E sim estamos de acordo que os submarinos não sao a fonte do problema. O problema é um acumular de asneiras e más opções de todas as partes.

Mas convenhamos de que os tempos mais recentes têm ultrapassado alguns limites do bom senso.

E por amor de deus não fales de impostos aqui que ainda se lembram de criar uma taxa liberatória sobre "posts" em foruns de internet :shock:

BN
Garfield
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2379
Registado: 9/2/2005 4:29
Localização: Porto

por mais_um » 29/10/2010 0:05

Garfield Escreveu:A ideia e o pedido original foram de facto de Guterres.


Como deves calcular não é o Guterres que diz que são precisos 1, 2, 3 ou meia duzia de submarinos!

Quem define as necessidade são os militares, o poder politico limita-se a verificar a disponibilidade para satisfazer o pedido dos militares, por isso é que existe uma lei de programação militar.
Garfield Escreveu:Portas reduziu para 2 apesar de ter de facto podido cancelar tudo. Nâo há certezas de que não haveriam penalizações.


Há certezas basta ler a legislação criada para o efeito.

Garfield Escreveu:
Para mim alguem que em 2003, ainda muito longe da crise, toma a decisao de apesar de tudo reduzir uma encomenda de submarinos,


Muito longe da crise?? Deves esta a brincar, então não era à epoca 1º ministro, o homem que dizia que Portugal estava de tanga? Com um procedimento de defice excessivo em Bruxelas?? Alô, acorda para a realidade!

Garfield Escreveu:
não me parece que seja alguem a quem se possa apontar o dedo como culpado de todos os males contabilisticos que actualmente a entrada do submarino causa no defice de 2010.


Aqui estamos de acordo, claro que os submarinos não são a fonte do problema, mas também contribuiem, como contribuiu a oposição ao acabar com as duas categorias profissionais nos professores, ao protelar a implementação das portagens das Scuts, a aprovar as transferencias extra para a Madeira e mais uns quantos diplomas aprovados que aumentaram a despesa.

Depois o facto das autarquias terem autorização para endividarem-se até determinados limites também não ajuda, o facto de o governo anterior ter aumentado os FP, etc....é um somatório de erros e de culpas que do meu ponto de vista nenhum partido está isento.


Garfield Escreveu:
Sao maneiras diferentes de ver as coisas. Temos todos esse direito.

Sim, por enquanto ainda não pagamos impostos pela nossa opinião! :lol: :lol:
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 8133
Registado: 14/11/2008 0:48
Localização: Lisboa

por Berluscony » 28/10/2010 23:51

não consegui colocar o video directamente, mas deixo aqui o link

http://www.youtube.com/watch?v=wg5SU_bDNsA

É uma perspectiva interessante que revela a hipocrisia dos nossos lideres!

Engraçada a expressão do Durão... Eu não perdi, eu fugi....
 
Mensagens: 153
Registado: 15/11/2009 0:19
Localização: 16

por nandorm » 28/10/2010 23:44

--- para pensar, o custo dos dois submarinos pelo contrato será de 779 milhões de euros. Acresce 194 milhões em juros. Total: 973 milhões segundo o Eurostast, a registar este ano.

--- O buraco do BPN já vai segundo rezam as cronicas acima de 4000 milhoes. = a 8 submarinos

--- e as parcerias publico privadas nos próximos anos o equivalente a cerca de 50.000 milhões. = a 100 submarinos

Quem quiser tirar ilações que as tire.

e mais

hummmm afinal o meu barbeiro é que tem razão tá tudo a discutir o sexo dos anjos e o preço da chupeta para o menino jesus quando se deveria estar a pensar era quem é que vai pagar o repasto para a ceia de natal.
:lol:
 
Mensagens: 89
Registado: 22/6/2010 23:10
Localização: 17

por PAFS » 28/10/2010 23:28

Quando há eleições todos apelam ao voto e dizem que a abstenção está em níveis muito altos o que é mau para a democracia até porque sempre ouvi dizer e estou de acordo que quem se abstém é como se votasse no vencedor e agora vai-se provar que isso é verdade com a mais que provável abstenção do PSD que vai ser como se votasse a favor, eu penso que em causas tão importantes como esta ou se vota a favor ou contra, a abstenção é o voto dos comodistas e faz-me lembrar as pessoas que actualmente dizem que não têm culpa do PS estar no governo porque até nem foram votar nas ultimas eleições.
 
Mensagens: 148
Registado: 29/11/2007 11:26
Localização: 16

por Garfield » 28/10/2010 23:08

Não vejo onde está a mentira na minha perspectiva.

A ideia e o pedido original foram de facto de Guterres.

Portas reduziu para 2 apesar de ter de facto podido cancelar tudo. Nâo há certezas de que não haveriam penalizações.

Até aqui tudo é igual.

Agora as conclusoes que se tiram é que sao diferentes.

Para mim alguem que em 2003, ainda muito longe da crise, toma a decisao de apesar de tudo reduzir uma encomenda de submarinos, não me parece que seja alguem a quem se possa apontar o dedo como culpado de todos os males contabilisticos que actualmente a entrada do submarino causa no defice de 2010.

Sao maneiras diferentes de ver as coisas. Temos todos esse direito.

BN
Garfield
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2379
Registado: 9/2/2005 4:29
Localização: Porto

por Valete » 28/10/2010 22:27

Não se esqueçam que o Teixeira dos Santos é ministro das finanças e... da administração pública. Enquanto não se separar o parasita do hospedeiro, nada feito.
In God we trust, all others bring data.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 1452
Registado: 2/10/2006 17:40
Localização: Viseu

por EuroVerde » 28/10/2010 22:15

Mentira mentira mentira.

A ideia da compra dos submarinos vinha do Guterres, mas a decisão de compra e assinatura do contrato foi o Portas que os mandou vir. Em vez de 4 vieram 2.

Podia ter suspendido tudo.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 4960
Registado: 29/11/2007 11:19

por mais_um » 28/10/2010 22:09

Garfield Escreveu:
EuroVerde Escreveu:E o Portas é que encomendou a divida dos submarinos.


Uma mentira dita muitas vezes nao se deve tornar verdade.
Quem encomendou a divida dos submarinos foi Antonio Guterres, mais precisamente 4 submarinos.

Encomenda essa que posteriormente Paulo Portas reduziu a apenas 2 submarinos como forma de contenção. Podia ter anulado a encomenda por completo, talvez, mas não sabemos as condições contratuais. Por outro lado não seria a mesma coisa.

BN
Garfield


Uma mentira dita muitas vezes não se deve tornar verdade, é uma frase que se aplica na integra à tua "mentira".

A marinha pediu 4 submarinos no tempo do Guterres, os estudos foram feitos, o concurso foi lançado com 3 submarinos e alterado pelo Portas, para 2 submarinos.

Repito quem tomou a decisão final foi o Portas.

Portas apanhado no Furacão
O Ministério Público considera que existem «fortes suspeitas» e «elevada plausibilidade» de que os donativos de um milhão de euros, depositados pelo CDS numa conta bancária, em Dezembro de 2004, tiveram origem no concurso dos submarinos, decidido por Paulo Portas quando era ministro da Defesa

http://canais.sol.pt/paginainicial/poli ... t_id=69385


Resolução do Conselho de Ministros n.o 183/2003
No quadro do Programa Relativo à Aquisição de Submarinos
(PRAS), disciplinado pela Resolução do Conselho
de Ministros n.o 14/98, de 30 de Janeiro, alterada
pela Resolução do Conselho de Ministros n.o 100/99,
de 1 de Setembro, e pela Resolução do Conselho de
Ministros n.o 67/2003, de 5 de Maio, o Ministro de
Estado e da Defesa Nacional submeteu ao Conselho
de Ministros, em 6 de Novembro de 2003, uma Proposta
de Adjudicação, nos termos do n.o 2 do artigo 30.o-B
daquele Programa.
O Programa Relativo à Aquisição de Submarinos tem
base legal na Lei Orgânica n.o 1/2003, de 13 de Maio
,
encontrando-se previsto, mais concretamente, no respectivo
anexo A, «Quadro financeiro», sob a designação
«Capacidade submarina» (Estado-Maior da Armada).

12 — Em 5 de Maio de 2003, foi publicada a Resolução
do Conselho de Ministros n.o 67/2003, contendo
o Segundo Aditamento ao PRAS e, entre o mais, incorporando
a minuta de tais declarações dos participantes.
Nos termos desta resolução:
«a) O Governo decidiu que, na hipótese de o procedimento
acima referido se concluir com êxito, será
adjudicada a aquisição, pelo Estado ou por terceiro,
de apenas dois submarinos
, e não três, como inicialmente
foi equacionado (artigo 2.o, n.o 1, do PRAS);

Fonte: Diario da republica de 25 de Novembro de 2003



Que eu saiba, em 2003 era o Paulo Portas ministro da defesa.

Está claro que o Portas podia ter suspendido o processo sem qualquer penalização para Portugal e não fez?
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 8133
Registado: 14/11/2008 0:48
Localização: Lisboa

por Garfield » 28/10/2010 21:30

EuroVerde Escreveu:E o Portas é que encomendou a divida dos submarinos.


Uma mentira dita muitas vezes nao se deve tornar verdade.
Quem encomendou a divida dos submarinos foi Antonio Guterres, mais precisamente 4 submarinos.

Encomenda essa que posteriormente Paulo Portas reduziu a apenas 2 submarinos como forma de contenção. Podia ter anulado a encomenda por completo, talvez, mas não sabemos as condições contratuais. Por outro lado não seria a mesma coisa.

BN
Garfield
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2379
Registado: 9/2/2005 4:29
Localização: Porto

por EuroVerde » 28/10/2010 20:35

Nico Escreveu:As medidas de austeridades que o Governo pretende impor com o Orçamento de Estado para 2011 motivaram já uma queda a pique do PS e do seu líder, José Sócrates, nas intenções de voto dos portugueses, os quais dão, neste momento, uma maioria absoluta ao principal partido da oposição, o PSD.

Segundo dados avançados pelo Barómetro de Outubro elaborado pela Marktest para o Diário Económico e TSF, as promessas de tempos difíceis que se avizinham para os portugueses levam os eleitores a penalizar fortemente o partido actualmente no Governo, reduzindo abruptamente a base de apoio ao PS, que assim passou dos 36% das intenções de voto, para uns meros 25%. Ou seja, o segundo valor mais baixo obtido pelos socialistas no histórico da Marktest.

Quanto ao PSD, capitaliza este descontentamento subindo mais um pouco nas intenções de voto, de 40 para 42%, em direcção à maioria absoluta.

Entre os restantes partidos com assento parlamentar, destaque para a subida registada por todos relativamente ao mês anterior, ainda que não impedindo o chamado empate técnico: Bloco de Esquerda sobe 3,3% e está agora nos 10 pontos percentuais; CDU regista mais 2,3% e passa a ter 8,3 pontos percentuais; e, finalmente, o CDS sobe 1,4 pontos e detém agora 8,1%.

A finalizar, destaque ainda para a queda acentuada do primeiro-ministro, para o pior registo de sempre, com José Sócrates a reunir apenas 18% de intenções de voto positivas. Algo só possível porque cresceu também o número de eleitores socialistas descontentes com a actuação do líder do partido – passou de 18 para 20%.

Quanto ao seu principal rival, o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, não parece ter sido penalizado pelo facto de ter levado os sociais-democratas a negociarem com o Governo, com 31% dos portugueses a qualificarem a sua actuação como positiva, contra 39% a descrevê-la como negativa. Ou seja, os mesmo números registados em Setembro.


http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... 735&page=1[/quote]

Ainda que não de forma líquida, já ponderas que poderei ter razão? :lol:[/quote]

Eu acho que era escusado o Passos chegar a Primeiro e era escusado eu tocar nesse ponto também, mas os midia é que influênciam as massas, e como há sempre alguém a influênciar/financiar os jornais, incutem no povo determinadas ideias, agora é que tem de ser.

O país precisa não de oportunismo, mas de alguém que assuma as responsabilidades e tenha um minimo de bom senso.
1 mandato é 4 anos, devia ser 1 mandato 6anos no minímo.

Depois há coisas que estão mal, como é que alguém que nunca foi à tropa é Ministro da Defeza? E o Portas é que encomendou a divida dos submarinos.

Se o PSD não viabiliza isto, então deve assumir a responsabilidade do efeito malacioso que está a tentar propagar. Se não fosse o BCE neste momento estavamos no charco com ondas de violência pelas ruas em Portugal e sem crédito.

Se a bolsa não descer dos 6900 não há motivos para eleições antecipadas, porque é evitada recessão, e Portugal começará a crescer pelo menos até 2012. Agora, se esse crescimento é suficiente para criar emprego, isso já tenho as minhas dúvidas, seja um ou outro partido.
Socrates terá que sair do governo um dia a demonstrar por A+B aos portugueses que a missão está cumprida. Como ainda não está cumprida, ainda não é certo que saia.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 4960
Registado: 29/11/2007 11:19

por Berluscony » 28/10/2010 19:53

Acham que se eu financiar a candidatura do PPC a 1º Ministro posso lançar uma OPA à PT??
Ou se financiar o Socrates consigo uma revisão constitucional e acabar com a segurança social??
 
Mensagens: 153
Registado: 15/11/2009 0:19
Localização: 16

por pvg80713 » 28/10/2010 15:44

Fenicio,
Não me lembro. Lembro-me que não foi em euros. Lembro-me que o sistema informático custou aprox 3M ou seja 15Meuros, as modificações nas lojas etc...

lembro-me que um banco ficou... quase por caridade com o Banco Universo...

não viste nunca ninguém da Sonae a falar desse investimento...
 
Mensagens: 4191
Registado: 19/4/2005 11:11

por Automech » 28/10/2010 15:41

[quote="pepi"]Faço minhas as palavras de Miguel Coutinho no DE:

[quote]

Excelente artigo Pepi
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 9360
Registado: 4/6/2010 12:12
Localização: 16

por pepi » 28/10/2010 15:26

Faço minhas as palavras de Miguel Coutinho no DE:

Se dúvidas existiam, estão desfeitas: a zona de conforto do primeiro-ministro é a zona de guerra. Onde não há espaço para meninos do coro.

O que José Sócrates desejava, aconteceu: rebentou o dique que separava o mar voraz da política do território árido dos números. E a política inundou o debate técnico, transformando-o num ruído imperceptível e num zero absoluto.

Eis, pois, o primeiro-ministro no seu aquário preferido: o da política pura e dura, que se exerce com nervos de aço, maxilares tensos e murros na mesa. Se dúvidas existiam, estão desfeitas: a zona de conforto do primeiro-ministro é a zona de guerra. Onde não há espaço para meninos do coro. Há sete dias escrevi nesta coluna um texto intitulado: "José Sócrates não tem nada contra o leite achocolatado. Só não gosta que lhe imponham condições." E julgo que aí reside o pecado capital do PSD: a ingenuidade de que este primeiro-ministro poderia negociar. Não pode e não quer, porque a cedência - um dos pilares de qualquer negociação - não está no seu código genético. O raciocínio de Sócrates é linear e próprio do campo de batalha: ceder às condições impostas pelo PSD representaria a entronização de Passos Coelho como o defensor da classe média, de todos os contribuintes e da transparência. A esmola era demasiada e entrámos, assim, na dimensão mais conflituante da política que, sem aviso prévio, infiltrou o mundo mais conceptual da economia. O que veremos a partir de agora é do domínio da batalha naval: alguns tiros no porta-aviões, outros na água e barcos ao fundo. Talvez acabemos por ter um Orçamento que todos, com excepção do primeiro-ministro e do ministro das Finanças, consideram mau. Talvez continuemos a ter um primeiro-ministro em colisão com o mundo. E um ministro das Finanças que, depois de um ano de 2010 de absoluto descontrolo das contas públicas, promete agora ser o último guardião do objectivo orçamental. Talvez haja quem ainda acredite neles.




http://economico.sapo.pt/noticias/se-du ... 02858.html
 
Mensagens: 935
Registado: 17/3/2009 14:43
Localização: 16

por fatimafaria » 28/10/2010 15:24

Muffin Escreveu:
fafite Escreveu:Acho deplorável o que o PSD vem fazendo com o tabu da aprovacao do oecamento, cada vez os mercados financeiros menos confiam em Portugal e estamos a dar eu terrivel exemplo daquilo que somos. De uma vez por todas o PSD devia clarificar a sua opiniao para assim podermos comecar nos apreparar para a etapa seguinte. Esta tortura num quadro já tao dramatico é revoltante.


Eu também estou revoltado, mas com a demonstrada incompetência de quem o apresentou.
Quem o apresemtou, bem ou mal fez o seu papel, do outro lado só se pede para que se faca o mesmo. Ou Sim ou Sopas, nada mais.
 
Mensagens: 546
Registado: 2/5/2010 8:58
Localização: 15

Mas isto do orçamento e quejandos ...

por cinco kapa » 28/10/2010 15:10

ainda é pra, estar a discutir...então se a china vai meter aqui a massa a comprar a nossa dívida, está o
assunto resolvido ... vamos mas é pensar na bolsa . A china tem um potencial de cash enorme, talvez
porque ensaiou o sistema político mais "sui generis" que eu conheço : 10% capitalismo + mais 90% comunismo, a teoria do Yin e do Yang . Desculpem tudo o resto são amendoins .
 
Mensagens: 111
Registado: 9/6/2010 14:52
Localização: 14

por Las_Vegas » 28/10/2010 14:44

Ele ajuda os outros se ganhar alguma coisa com isso. Tal como o Americo Amorim por exemplo.


Se assim não fosse em vez de ser Sonae era a Santa Casa da Misericórdia.

Quanto aos métodos do engenheiro ele só vai até onde o deixam ir. Por exemplo se os tribunais deste belo país servissem para alguma coisa se calhar o senhor pagava mais depressa.

De resto não concordo que o Belmiro possa ser um bom gestor político mas como empresário parece-me que precisavamos era de mais como ele.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 1187
Registado: 4/11/2002 23:12
Localização: Portugal

AnteriorPróximo

Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: PacoNasssa, Phil2014 e 137 visitantes