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Caldeirão da Bolsa

China: potencial económico é político?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por rpmt » 11/11/2010 0:31

fafite escreveu

"Tudo está nas nossas maos.

"Faca como Eu. Diga NAO aos produtos Made in China"


Começas logo pelo computador que usas é feito com componentes da CHINA

:shock: [/img]
 
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eles continuam aí

por bolo » 10/11/2010 10:03

eles estarem aí para ficar

China destrona Estados Unidos na posição de maior consumidor de energia
09 Novembro 2010 | 18:03
Jornal de Negócios Online

No próximo quarto de século, a procura de energia por parte da China irá aumentar 75%.
A China já suplantou os EUA como maior consumidor mundial de energia e ao longo dos próximos 25 anos irá aumentar em 75% a sua procura, o que corresponderá a mais de um terço do aumento do uso de energia global até 2035.

As previsões são da Agência Internacional da Energia (AIE), que hoje divulgou o seu “World Energy Outlook” (WOE) anual num relatório de 738 páginas a que o Negócios teve acesso.

O combustível que mais atenderá à procura energética dos países emergentes será o petróleo, mas a percentagem de consumo de crude no “mix global” irá diminuir de 33% em 2008 para 28% em 2035.

No que diz respeito à produção mundial, esta deverá aumentar para 96 milhões até 2035, sendo a restante procura satisfeita por melhorias no processamento. Grande parte dos aumentos de produção encontrar-se-á no petróleo não-convencional (areias betuminosas) e gás natural líquido. A quota de produção da OPEP, por seu lado, deverá subir dos actuais 41% para 52% da oferta mundial em 2035.

Três cenários em análise

O nível e padrões de consumo de energia a nível mundial variam marcadamente consoante cada um dos três cenários que a AIE apresenta no “Outlook” hoje publicado.

O chamado “Cenário de Novas Políticas” – no qual a agência se focalizou este ano – contempla a efectiva implementação dos compromissos dos governos de combate às alterações climáticas, tais como o Acordo de Copenhaga.

O “Cenário 450” detalha as medidas que seriam necessárias para reduzir a concentração de dióxido de carbono e outros gases com efeito de estufa na atmosfera para 450 partes por milhão, e para limitar o aumento da temperatura global a dois graus Celsius. Ou seja, seria o cenário mais rigoroso em termos de políticas “verdes”.

Estas medidas exigirão um gasto adicional de 11,6 biliões de dólares do que em relação ao “Cenário de Novas Políticas” até 2030, refere a Agência. Os custos superam em cerca de um bilião de dólares os valores estimados no ano passado pela AIE, já que agora são tidas em conta as novas políticas de combate ao aquecimento global.

O terceiro cenário analisado pela Agência é o das “Políticas Existentes”, ou seja, é aquele que tem em conta um cenário tendo como pressuposto que nada muda em termos de políticas.

Procura pode aumentar
entre 0,7% e 1,4%

Segundo a AIE, a procura mundial de petróleo (excluindo biocombustíveis) aumentará 18%, para 99 milhões de barris por dia, até 2035 (“cenário de novas políticas”) – contra 84 milhões de barris diários em 2009.

Assim, a agência, da qual Portugal é membro, reviu em baixa de 6% as suas estimativas para o consumo de petróleo no próximo quarto de século devido ao compromisso dos governos na Conferência de Copenhaga, realizada em Dezembro passado, com vista à redução as emissões de CO2.

Quanto à procura global de energia, esta deverá aumentar 36% entre 2008 e 2035, ou 1,2% por ano em média, no “cenário de novas políticas”.

Deste crescimento previsto da procura, a China será responsável por 36%, sublinha o relatório da Agência Internacional da Energia. A organização diz, aliás, que a procura de energia já não é liderada pelos países desenvolvidos, mas sim pelas economia emergentes – especialmente China e Índia.

Se passarmos para o “cenário de políticas existentes”, a AIE projecta que o aumento da procura no período em análise será de 1,4% anualmente. No “cenário 450”, a subida será de apenas 0,7% ao ano.

Crude acima de 100 dólares em 2030

Quanto a preços, a AIE estima que o crude deverá continuar a valorizar, reflectindo a crescente “falta de sensibilidade” em relação ao preço, tanto por parte da procura como da oferta.

Uma vez que o “ouro negro” é a principal fonte de combustível de transportes e a procura está a ser transferida para mercados subsidiados (leia-se “China”), o potencial de os preços mais altos levarem a uma diminuição da procura é limitado, já que há poucos incentivos para passar da gasolina para outro combustível.

No âmbito do cenário de “políticas existentes”, o petróleo poderá disparar para os 135 dólares até 2035.

No entanto, se o “cenário de novas políticas” for implementado, “o preço do petróleo subirá menos (aqui surge, de novo, a questão da menor procura – devido às práticas de redução de emissões poluentes – a penalizar os preços): passará de pouco mais de 60 dólares por barril em 2009 para uma média de 113 dólares por barril (ajustados à inflação, em valores de 2009) em 2035”, diz a organização.

Pico do petróleo pode chegar mais cedo

Um outro dado que merece destaque neste relatório é o do “peak oil” (a teoria do pico do petróleo - ou Pico de Hubbert - proclama o inevitável declínio e subsequente fim da sua produção).

“O eventual pico do petróleo será determinado por factores que afectam tanto a procura como a oferta. No ‘cenário de novas políticas’, a produção total não atinge um pico antes de 2035, se bem que se aproxime disso”. Em contrapartida, no ‘cenário 450’, a produção atinge um pico, nos 86 milhões de barris por dia, antes de 2020, em resultado de uma menor procura”, sublinha o relatório.

Em consequência, prossegue o documento, “os preços do petróleo diminuirão”. “A mensagem é clara: se os governos agirem de forma mais enérgica do que actualmente, de modo a incentivarem um uso mais eficiente do petróleo e o desenvolvimento de energias alternativas, então a procura começará a diminuir e, por conseguinte, poderemos assistir a um pico mais cedo do que o previsto na produção de petróleo. Esse pico não resultará da restrição de recursos. Mas se os governos pouco ou nada fizerem face ao que fazem actualmente, então a procura continuará a crescer, os custos de abastecimento continuarão a subir, o encargo económico do consumo de crude continuará a aumentar, a vulnerabilidade à ruptura da oferta continuará a intensificar-se e o ambiente a nível mundial será seriamente penalizado”.

Recorde-se que, no WOE de há dois anos, a AIE salientava que havia petróleo suficiente para que não se falasse num pico até 2030. “O problema não é a falta de reservas petrolíferas, mas sim a falta de investimento. Os fracos investimentos em infra-estruturas, numa altura em que os campos petrolíferos estão em declínio, é que poderão levar a problemas de produção”, advertiu a Agência nessa ocasião.

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por lsilva4 » 30/10/2010 16:54

Atomez Escreveu:Porquê? Como?

Onde é que eles têm universidades e centros de investigação ao mais alto nível mundial?

A China tem-se desenvolvido imenso economicamente à custa de mão de obra baratíssima ao serviço de empresas estrangeiras e um regime repressivo que não permite que ninguém proteste.

Mas o desenvolvimento económico vai permitir a muita gente sair do limiar de subsistência e criar novas classes médias que vão começar a exigir mais direitos, liberdades, sindicatos, democracia, enfim, essas coisas chatas do ocidente... O aparecimento de notícias sobre greves e reivindicações apesar da censura lá existente é um indício.

E portanto esse modelo de desenvolvimento não é sustentável a prazo.


A resposta está na forma como os três vectores que enunciei se articulam e cruzam entre si criando eu sistema dinâmico como vou tentar explicar.
Não sou uma pessoa com uma capacidade de síntese muito boa e face a uma pergunta complexa temo exceder-me nesta tentativa de resposta :?

A China já tem algumas boas universidades nas várias áreas do saber basta consultar os ranking's de MBA's, PhD's, etc para confirmar. Mas é verdade não se destaca por ter universidades de topo. Eles estão vários passos à frente do mundo ocidente uma vez que não gastam as quantias avultadas de dinheiro necessárias para ter universidades de topo com professores de topo. O que fazem é simples, incentivar os seus estudantes a irem estudar para fora(nomeadamente para as melhores universidades do mundo) com a garantia de um bom cargo a quando do seu regresso. A grande maioria dos chineses que vão estudar para fora regressam (digo isto com conhecimento de causa).
É nas melhores universidades que adquirem o know-how fundamental para chefiar empresas e desenvolver a I & D.

Um dos problemas que impediam a China de crescer à algumas décadas atrás era precisamente o défice de mão de obra técnica e especializada algo que mudou e continuará a mudar.
Hoje, na China, já existem "clusters" para "start up's" tecnológicas apoiados fortemente pelo estado(através de uma legislação flexível, impostos reduzidos ou inexistentes, protecção a vários níveis,etc...) e com a colaboração das universidades e algumas "blue chips". Empresas como a Cisco, IBM e Microsoft são apenas algumas das empresas presentes não só na China mas também em Singapura e Coreia do Sul.
O AIST(Advanced Industrial Science and Technology), é por exemplo um importante centro de investigação e desenvolvimento asiático presente na China.

Como é sabido numa organização nem toda a mão-de-obra tem de ser altamente qualificada(talvez com a excepção do departamento de I & D) de tal forma que com os quadros de chefia dos vários departamentos equipados com o devido know-how os níveis de produtividade tornam-se, à partida, mais elevados. Quanto mais quando o custo de mão-de-obra dos trabalhadores dos quadros mais baixo é baixíssimo como no caso da China.

A maioria das empresas Chinesas conhecidas à escala mundial são conhecidas por seguirem as tendências dos consumidores, ou seja, não são responsáveis por criar ou desenvolver-las, o que realmente fazem é produzir com qualidade semelhante a preços consideravelmente mais baixos ou aplicam a estratégia mais pelo mesmo. Exemplo do último caso é o da Toyota que nunca precisou de inventar tecnologia de ponta para automóveis. O que faz é moldar o que outras empresas descobrem ao sistema de produção em série ficando o seu produto final consideravelmente mais barato.

Actualmente a estratégia destas empresas tem vindo a alterar-se muito por culpa dos factores anteriormente mencionados, agora querem também inovar e desenvolver novas tecnologias. Porquê? Para terem margens ainda maiores. Organizações emergentes como a Geely, Chery, ZTE e Huawei são prova do que é inovar mantendo o preço dos seus produtos muito atractivos face à concorrência ocidental. Uma coisa podemos ter a certeza, mais start up's provenientes cluster's asiáticos deverão aparecer pelos mercados ocidentais é uma questão de tempo...

As questões políticas são também importantes, não só pelos motivos já referidos, mas também pelo facto de todas as empresas de sucesso fundadas na China terem obrigatoriamente o estado como participante no seu capital o que no caso específico das empresas chinesas se tem relevado muito positivo nomeadamente como facilitador e impulsionador à exportação.

Atomez, concordo em parte com o que diz no penúltimo parágrafo. Creio que com o tempo a China democratizar-se-á como um processo natural do seu desenvolvimento económico. Não é por acaso que o crescimento ou não da China influencia os mercados mundiais. Porém, qual é o modelo de desenvolvimento que não é efémero?

(Isto está grande o suficiente para ninguém ler :mrgreen: )

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por atomez » 29/10/2010 18:39

amsfsma Escreveu:Atomez escreveu:

"[...]se os américas resolverem entrar em default e não os pagarem o que é que os chineses fazem?"

Deixam de emprestar-lhes e os EUA reagem sob um falso pretexto, de preferência que não tenha a mínima relação com o que realmente lhe deu origem - para os atacarem. E tu, naturalmente, acreditas no falso pretexto e tentas convencer o pessoal do Caldeirão do mesmo! :roll:

Os EUA atacarem militarmente a China? Para quê? Não precisam disso, basta proibirem a importação de produtos chineses e eles ficam com as fábricas paradas e milhões de trabalhadores de mãos a abanar. A China está totalmente dependente das exportações para puder manter o ritmo de desenvolvimento que tem tido.

E ei, isto é só uma opinião, não quero convencer ninguém de coisa nenhuma.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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por atomez » 29/10/2010 18:28

lsilva4 Escreveu:Sem dúvida a China tem um enorme potencial económico no mundo por trabalhar e investir fortemente em três vectores essenciais ao desenvolvimento económico: Empreendedorismo, liderança e Política/legislação.
Em menos de uma década veremos o que este gigante asiático tem andado a fazer nos seus "vales de silicone". A China deixará de ser conhecida como um mero país seguidor de tendências do mercado a preços francamente mais baixos e passará a ser um "criador de inovação".

Porquê? Como?

Onde é que eles têm universidades e centros de investigação ao mais alto nível mundial?

A China tem-se desenvolvido imenso economicamente à custa de mão de obra baratíssima ao serviço de empresas estrangeiras e um regime repressivo que não permite que ninguém proteste.

Mas o desenvolvimento económico vai permitir a muita gente sair do limiar de subsistência e criar novas classes médias que vão começar a exigir mais direitos, liberdades, sindicatos, democracia, enfim, essas coisas chatas do ocidente... O aparecimento de notícias sobre greves e reivindicações apesar da censura lá existente é um indício.

E portanto esse modelo de desenvolvimento não é sustentável a prazo.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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por Valete » 29/10/2010 17:45

EuroVerde Escreveu:
Valete Escreveu: O crescimento chinês em nada afecta o mundo ocidental. Pelo contrário, quanto mais a China cresce, mais ocidental é, e menos China é.

O que domina o mundo é a cultura, e nesse aspecto a civilização ocidental nada tem a recear. Até um país pequeno como Portugal tem dois cidadãos mais mediáticos que qualquer chinês.
Afinal de contas, quantos chineses conhece?


Não concordo. É uma ideia um pouco fechada a tua.
O crescimento chinês nada afecta o mundo ocidental? Saberá que a crescente procura de petróleo pelo oriente vai fazer pular os preços de tudo a médio/longo prazo, e nós no ocidente como temos défices e dividas gigantes vamos estar à rasca.
É uma década perdida de estagnação. Todo o ténue crescimento economico ou riqueza que se possa gerar é para pagar juros da dívida e não para criar emprego directo.
Se falas em cultura, saberás que o ocidente está globalizado e da pouca cultura que há, ainda a querem destruir.
Achas que é mais fácil um chinês integrar na cultura portuguesa, ou mais fácil os chineses incutirem cultura e modos do chinas?


Ou não me expliquei bem ou não percebeste bem.

Desde final do século passado que oiço falar que vem aí os chineses e eles é que vão dominar tudo. Eu não ponho isso em causa - afinal de contas são o país mais populoso do mundo - mas ao contrário dos EUA ou Europa - que no seu devido tempo espalharam o seu modo de viver pelo planeta - o seu crescimento económico não é acompanhado por uma penetração da sua civilização no mundo ocidental. Como disse antes, quanto mais ricos são: mais carros alemães querem, mais roupas francesas ou italianas querem, mais NBA, NFL ou Premier League vem, mais TV e filmes americanos consomem, mais doidos ficam com o Beckham ou o Ronaldo, enfim podia estar aqui a tarde toda a debitar exemplos que tu nem os dedos de uma mão me davas do fluxo inverso.

No fundo, o máximo onde eu consigo encaixar a China é num Japão em ponto grande. Mesmo aí o máximo que posso ser influenciado por eles é na compra de um carro, lcd ou um pc. Mas nem isso eles ainda conseguiram - não me recordo de nenhuma grande marca genuinamente chinesa .

Ninguém quer viver como um chinês, nem eles próprios...
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por lsilva4 » 29/10/2010 16:36

Sem dúvida a China tem um enorme potencial económico no mundo por trabalhar e investir fortemente em três vectores essenciais ao desenvolvimento económico: Empreendedorismo, liderança e Política/legislação.
Em menos de uma década veremos o que este gigante asiático tem andado a fazer nos seus "vales de silicone". A China deixará de ser conhecida como um mero país seguidor de tendências do mercado a preços francamente mais baixos e passará a ser um "criador de inovação".

Por outro lado, o mercado da China é, pura e simplesmente o mundo. Com um mercado tão competitivo e exigente como o chinês nem é preciso pensar duas vezes entre exportar e exportar. Para uma empresa que vingue no mercado chinês é inato vender para fora.

Curiosidade ou não e, de acordo com o que um professor me disse os dois caracteres chineses que definem "crise" significam individualmente "perigo" e "oportunidade". Creio que esta definição mostra muito do que é a filosofia de negócios da China e da maioria dos países asiáticos.

Se alguém quiser saber um pouco mais acerca deste gigante emergente aconselho vivamente a leitura do livro "In China's Shadow" de Reed Hundt

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Se há país multicultural...ele é Portugal.

por cinco kapa » 29/10/2010 16:20

Estamos nós agora a falar de cultura e aí somos "reis" : a cultura celta, a cultura mediterrânica, a cultura africana, a cultura sul americana, a cultura islâmica e a cultura oriental correm nas nossas veias aos borbotões e nesse aspecto podemos ter um papel essencial no futuro ... ter medo de quê ? Fomos nós que iniciamos a globalização, com os Descobrimentos . Todos os povos podem confiar em nós e os Chineses têm um longo historial de boas relações connosco, não há nada a temer de um lado e do outro.
 
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por EuroVerde » 29/10/2010 15:48

Valete Escreveu: O crescimento chinês em nada afecta o mundo ocidental. Pelo contrário, quanto mais a China cresce, mais ocidental é, e menos China é.

O que domina o mundo é a cultura, e nesse aspecto a civilização ocidental nada tem a recear. Até um país pequeno como Portugal tem dois cidadãos mais mediáticos que qualquer chinês.
Afinal de contas, quantos chineses conhece?


Não concordo. É uma ideia um pouco fechada a tua.
O crescimento chinês nada afecta o mundo ocidental? Saberá que a crescente procura de petróleo pelo oriente vai fazer pular os preços de tudo a médio/longo prazo, e nós no ocidente como temos défices e dividas gigantes vamos estar à rasca.
É uma década perdida de estagnação. Todo o ténue crescimento economico ou riqueza que se possa gerar é para pagar juros da dívida e não para criar emprego directo.
Se falas em cultura, saberás que o ocidente está globalizado e da pouca cultura que há, ainda a querem destruir.
Achas que é mais fácil um chinês integrar na cultura portuguesa, ou mais fácil os chineses incutirem cultura e modos do chinas?
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por Elias » 29/10/2010 15:33

fafite Escreveu:Tudo está nas nossas maos.

"Faca como Eu. Diga NAO aos produtos Made in China"


O teu telemóvel foi fabricado onde?
 
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por Valete » 29/10/2010 15:31

O crescimento chinês em nada afecta o mundo ocidental. Pelo contrário, quanto mais a China cresce, mais ocidental é, e menos China é.

O que domina o mundo é a cultura, e nesse aspecto a civilização ocidental nada tem a recear. Até um país pequeno como Portugal tem dois cidadãos mais mediáticos que qualquer chinês.
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por fatimafaria » 29/10/2010 12:28

Tudo está nas nossas maos.

"Faca como Eu. Diga NAO aos produtos Made in China"
 
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por cogumelo » 28/10/2010 22:17

Convenções Bilaterais para Evitar a Evasão Fiscal » China

http://www.secomunidades.pt/c/portal/la ... =PUB.1.412


Tópico Caldeirão: Chineses não pagam impostos em Portugal?

http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... &js_link=1
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por EuroVerde » 28/10/2010 22:10

amsfsma Escreveu:Euroverde

Não fazia ideia que os chineses em Portugal não pagavam impostos! Devem enviar inclusive o IVA para a China. Mas também não imaginava que houvesse quem acreditasse em tudo o que ouve!

Se em finais do século XIX a Inglaterra e os EUA, etc tiveram moral para fazer "guerra" à China porque esta proibia o tráfico de ÓPIO para China será natural que esta não aceite a proibição do tráfico de drogas para Portugal. :roll:



Salvo erro, foi no ano da Expo98 que houve um acordo entre Estados em que a China a partir de então teria facilidade em pôr seus produtos em território português. E mais tarde o Pinho (o dos corninhos) até disse para China investir em Portugal porque aqui havia mão de obra barata... veja-se bem
Ou note-se que os chinas não pagam impostos.
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por amsfsma » 28/10/2010 21:28

Euroverde


Não fazia ideia que os chineses em Portugal não pagavam impostos! Devem enviar inclusive o IVA para a China. Mas também não imaginava que houvesse quem acreditasse em tudo o que ouve!

Se em finais do século XIX a Inglaterra e os EUA, etc tiveram moral para fazer "guerra" à China porque esta proibia o tráfico de ÓPIO para China será natural que esta não aceite a proibição do tráfico de drogas para Portugal. :roll:
 
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por EuroVerde » 28/10/2010 20:54

Alguém sabe onde se encontra a maior comunidade China em Portugal?

Os Chinas deviam pagar impostos porque assim estão tirando dinheiro do sistema/mercado português e nada é devolvido ao Estado, enquanto o tuga paga impostos a mais.

No meido de tanto caixote vindo em contentores, quem sabe por onde até chega muita droga a Portugal/Europa, sencibilizo aqui sériamente a judiciária a trabalharem mais esse ponto!
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por fatimafaria » 28/10/2010 18:48

cogumelo Escreveu:
Quanto a mim faz uma grande diferenca saberes que os detentores da nossa dídida sao países com regulamentos economicos mais ou menos como os nossos. O que nao é o caso da China.


Partilho dos teus receios, mas quem colocou a economia mundial no estado actual foram esses países com regulamentos económicos semelhantes aos nossos.

As más condicoes sociais como factor de competitividade não são um exclusivo da China. Pensa por exemplo no sul de Espanha e nas condições sociais da mão-de-obra utilizada na indústria agrícola.
Sim mas esses países tambem estao a comer um pouco do fel que criaram, e portanto a refletir no que correu mal e a "tentar" criar meios para que nao volte a acontecer, pelo menos os mesmos erros. Isto pelo menos poe-nos ao mesmo nível,

As condicoes da Espanha sao diferentes. Sao usadas por passoas isoldas, sem escrúpulos e sao ilegais o que indica, que quem as comete pode ter de responder perante a justica, um cenário bem diferente daquilo que se passa na China.
 
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por cogumelo » 28/10/2010 17:55

Quanto a mim faz uma grande diferenca saberes que os detentores da nossa dídida sao países com regulamentos economicos mais ou menos como os nossos. O que nao é o caso da China.


Partilho dos teus receios, mas quem colocou a economia mundial no estado actual foram esses países com regulamentos económicos semelhantes aos nossos.

As más condicoes sociais como factor de competitividade não são um exclusivo da China. Pensa por exemplo no sul de Espanha e nas condições sociais da mão-de-obra utilizada na indústria agrícola.
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por fatimafaria » 28/10/2010 17:18

cogumelo Escreveu:
Pois e depois vamos ficar nas maos deles. Eles estao a ser espertos dao com uma mao para depois nos tirarem com as duas.

Sou totalmente contra. Antes a falencia.


Fafite, podes explicar porquê?

O que é que eles (os chineses) nos vão tirar que os outros não tirem também?

Reconheço na China muitos defeitos mas também reconheço muitos qualidades e não vejo porque sejam piores que os US ou a Alemanha ou outro qualquer...
Porque com os outros creio que estamos a jogar no mesmo nível, com a China é mais complicado. Se eles nao mudarem substancialmente a sua forma de negociar vao sempre poder por a economia mundial em risco. Nao te esquecas do poder absoluto que deteem. Uma economia baseada nas más condicoes sociais que oferecem . Uma moeda á disposicao para fazerem desvalorizar quando quiserem e bem lhes apetecer.

Quanto a mim faz uma grande diferenca saberes que os detentores da nossa dídida sao países com regulamentos economicos mais ou menos como os nossos. O que nao é o caso da China.
 
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por bolo » 28/10/2010 17:09

Atomez Escreveu:Nem todos, os américas têm a maior e mais poderosa força militar do planeta.



Ulisses Pereira Escreveu:fafite, quando colocas dívida no mercado não podes escolher os compradores...

Um abraço,
Ulisses


A minha questão é perceber se a dinâmica geopolítica da china vai continuar a ser feita à moda antiga, à força dos guerreiros, como foi no passado, ou se vai evoluir para conquistas através de outros métodos, como por exemplo, com base na força económica.

De salientar que a última alteração de relevo nas fronteiras físicas da china deve ter sido a integração de Macau.
Por isso, a coisa tende como é de esperar a tornar-se pacífica, by the game e não by the force, se é que faz sentido.

Actualmente não estamos a falar de fronteiras físicas, mas quanto é que isto valerá em termos de autonomia política?

Quando se criou a figura jurídica de Sociedades Anónimas as empresas deixaram de ter um dono específico podendo mudar de mãos no mercado.
Será que podemos estar a falar do mesmo, agora quando um país compra a dívida do outro?
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por cogumelo » 28/10/2010 16:03

Pois e depois vamos ficar nas maos deles. Eles estao a ser espertos dao com uma mao para depois nos tirarem com as duas.

Sou totalmente contra. Antes a falencia.


Fafite, podes explicar porquê?

O que é que eles (os chineses) nos vão tirar que os outros não tirem também?

Reconheço na China muitos defeitos mas também reconheço muitos qualidades e não vejo porque sejam piores que os US ou a Alemanha ou outro qualquer...
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por amsfsma » 28/10/2010 15:54

Atomez escreveu:

"[...]se os américas resolverem entrar em default e não os pagarem o que é que os chineses fazem?"

Deixam de emprestar-lhes e os EUA reagem sob um falso pretexto, de preferência que não tenha a mínima relação com o que realmente lhe deu origem - para os atacarem. E tu, naturalmente, acreditas no falso pretexto e tentas convencer o pessoal do Caldeirão do mesmo! :roll:
 
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Eu sou a favor...

por cinco kapa » 28/10/2010 14:57

Primeiro: os chineses devem-nos muitos favores, lembrem-se que fomos nós que os livramos dos piratas, aquela "cena" de Macau... Segundo: compram um país pacífico...sim, que eu concordo que se venda a dívida toda e a de pelo menos, os próximos 100 anos... Terceiro : somos uns sortudos sem igual, especiarias da índia, escravos de áfrica, ouro e diamantes do brasil, fundos da europa e agora os chineses compram-nos o país falido... bora rápido, voltei a entrar na bolsa, o sol brilha, os passarinhos cantam...
 
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por Ulisses Pereira » 28/10/2010 14:33

fafite, quando colocas dívida no mercado não podes escolher os compradores...

Um abraço,
Ulisses
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por fatimafaria » 28/10/2010 13:09

Pois e depois vamos ficar nas maos deles. Eles estao a ser espertos dao com uma mao para depois nos tirarem com as duas.

Sou totalmente contra. Antes a falencia.
 
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