Câmara de Lisboa ocultou gastos de 228 mil € com visita Papa
fafite Escreveu:Embora nao seja a favor de obras públicas meloganomanas, tenho a conviccao (até me demonstrarem o contrario), de que nao se deve cortar a investimento público na totalidade de modo a que esse investimento possa de algum modo fomentar a economia. Tudo depende das obras em si, e da necessidade ou nao dessas mesmas obras.
Não confundamos um TGV (que é um investimento, independentemente de se concordar com ele ou não) com luzes de Natal.
Iluminação de Natal não é investimento. É consumo puro, despesismo que não traz qualquer retorno financeiro. Acho que é justamente nessas coisas que se deve cortar.
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Há autarquias em que são os comerciantes que pagam a iluminação de natal pois sem duvida que dá outro aspecto às ruas.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Muitas delas podes crer que estao o ano inteiro a trabalhar nas decoracoes natalicias sim!Elias Escreveu:fafite Escreveu:Quando as camaras contratam as empresas para iluminar as cidades, normalmente sao empresas particulares que teem funcionários, ora se se deixar por completo de seusar essas empresas vao indubitavelmente que despedir pessoal.Elias Escreveu:fafite Escreveu:Pois mas se isso acontecer sao mais uns quantos que vao para o desemprego.
Podes explicar melhor a tua ideia?
Isso é a lógica do Sócrates que diz que se deve fazer obras públicas para dar trabalho às empresas de construção civil![]()
fafite, o mercado para ser sustentável deve desenvolver-se numa lógica de procura e não numa lógica de oferta.
Além disso, coitadas das empresas que para sobreviver dependam unicamente daquilo que acontece durante as festas natalícias...
Embora nao seja a favor de obras públicas meloganomanas, tenho a conviccao (até me demonstrarem o contrario), de que nao se deve cortar a investimento público na totalidade de modo a que esse investimento possa de algum modo fomentar a economia. Tudo depende das obras em si, e da necessidade ou nao dessas mesmas obras.
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fafite Escreveu:Quando as camaras contratam as empresas para iluminar as cidades, normalmente sao empresas particulares que teem funcionários, ora se se deixar por completo de seusar essas empresas vao indubitavelmente que despedir pessoal.Elias Escreveu:fafite Escreveu:Pois mas se isso acontecer sao mais uns quantos que vao para o desemprego.
Podes explicar melhor a tua ideia?
Isso é a lógica do Sócrates que diz que se deve fazer obras públicas para dar trabalho às empresas de construção civil

fafite, o mercado para ser sustentável deve desenvolver-se numa lógica de procura e não numa lógica de oferta.
Além disso, coitadas das empresas que para sobreviver dependam unicamente daquilo que acontece durante as festas natalícias...
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Quando as camaras contratam as empresas para iluminar as cidades, normalmente sao empresas particulares que teem funcionários, ora se se deixar por completo de seusar essas empresas vao indubitavelmente que despedir pessoal.Elias Escreveu:fafite Escreveu:Pois mas se isso acontecer sao mais uns quantos que vao para o desemprego.
Podes explicar melhor a tua ideia?
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Re: Toca a acabar...
bboniek00 Escreveu:com o foguetoorio, com estas verbas para paapas e touradas.
A crise atingiu um niivel em que nao pode haver hesitac,oes: esta gente temn ee compadres ligados a estes esquemas de fornecimento de varas, foguetes, altares e marmeladas dessas.
Eles que paguem do seu bolso. Os cidadaos devem levantar-se firmememnte contra estes desmandos. E, parece, que nao se vai laa soo com escrita...
Tem que se chamar a Padeira... isto estaa a pedir umas padeiradas. Ai estaa, estaa...
bboniek00, tens algum problema no teu teclado? Acho que é preferível não meteres os acentos nas letras, do que repetires duas vezes a mesma letra para "simular" o acento...

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Toca a acabar...
com o foguetoorio, com estas verbas para paapas e touradas.
A crise atingiu um niivel em que nao pode haver hesitac,oes: esta gente temn ee compadres ligados a estes esquemas de fornecimento de varas, foguetes, altares e marmeladas dessas.
Eles que paguem do seu bolso. Os cidadaos devem levantar-se firmememnte contra estes desmandos. E, parece, que nao se vai laa soo com escrita...
Tem que se chamar a Padeira... isto estaa a pedir umas padeiradas. Ai estaa, estaa...
A crise atingiu um niivel em que nao pode haver hesitac,oes: esta gente temn ee compadres ligados a estes esquemas de fornecimento de varas, foguetes, altares e marmeladas dessas.
Eles que paguem do seu bolso. Os cidadaos devem levantar-se firmememnte contra estes desmandos. E, parece, que nao se vai laa soo com escrita...
Tem que se chamar a Padeira... isto estaa a pedir umas padeiradas. Ai estaa, estaa...

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fafite Escreveu:Pois mas se isso acontecer sao mais uns quantos que vao para o desemprego. E entretanto nao se mexe nos funcionários públicos.Elias Escreveu:PequenoInvest Escreveu:Já a CM de Évora quer anular a iluminação de Natal devido à crise.
Muito bem![]()
Espero que anulem o fogo de artifício de ano novo também.
Quem é que vai para o desemprego se as câmaras municipais não contratarem fogo de artifício durante a passagem do ano?
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Pois mas se isso acontecer sao mais uns quantos que vao para o desemprego. E entretanto nao se mexe nos funcionários públicos.Elias Escreveu:PequenoInvest Escreveu:Já a CM de Évora quer anular a iluminação de Natal devido à crise.
Muito bem![]()
Espero que anulem o fogo de artifício de ano novo também.
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Câmara de Lisboa ocultou gastos de 228 mil € com visita Papa
Câmara de Lisboa ocultou gastos de 228 mil euros com visita de Bento XVI
20.10.2010 - 08:43 Por Ana Henriques
publico.pt
A Câmara de Lisboa gastou afinal 228 mil euros com a visita do Papa Bento XVI, em Maio passado, apesar de todas as declarações do presidente da autarquia e de responsáveis da Igreja sempre terem ido no sentido de não haver dinheiros públicos envolvidos na missa campal do Terreiro do Paço.
Questionado ontem sobre a proveniência das verbas que pagaram a cerimónia religiosa, na qual estiveram 200 mil pessoas, o padre Mário Rui Pedras, da comissão organizadora da visita, declarou não poder responder, uma vez que "o relatório final" das contas "não foi feito" ainda. Em Abril passado, o mesmo responsável mostrava mais certezas: graças aos donativos "de famílias individuais e de empresas", a vinda de Bento XVI a Lisboa ia ficar a custo zero. Antes disso, já o cardeal patriarca D. José Policarpo tinha afirmado que não iria pedir dinheiro para o altar à câmara presidida por António Costa, por entender que as cerimónias litúrgicas não deviam ser financiadas pelo poder autárquico ou político. "A César o que é de César, a Deus o que é de Deus", disse, na altura, D. José Policarpo.
Uma consulta ao portal dos contratos públicos mostra uma realidade bem diferente. Só em altifalantes e ecrãs gigantes para a missa, o município gastou 68 mil euros, entregues sem concurso público, à Tecnilaser - uma empresa especializada na produção de espectáculos multimédia e no aluguer e montagem de equipamentos audiovisuais. O lançamento do computador Magalhães e a assinatura do Tratado de Lisboa foram alguns dos eventos em que o Governo recorreu à Tecnilaser.
Aos 68 mil euros somam-se mais 82.460 euros, entregues em quatro parcelas à empresa responsável pelo altar, a Multilem. Para pagar o quê? O PÚBLICO tentou, sem sucesso, obter informações junto da firma. Segundo o portal dos contratos públicos, 35 mil euros foram despendidos com o aluguer de uma tenda para a missa, 23.700 com a própria missa campal e outro tanto com "serviços de meios técnicos audiovisuais".
"A câmara assumiu os custos relativos à montagem de dois ecrãs (Praça do Município e Rua Augusta) na perspectiva de que a Praça do Comércio seria pequena para acolher todos quantos quisessem assistir à cerimónia - o que se veio a revelar de toda a utilidade", justifica a autarquia. O portal dá conta de mais dois ajustes directos relacionados com a cerimónia: a montagem e desmontagem de estruturas e o fornecimento de refeições. Tudo somado, dá quase 170 mil euros. Juntando aos 59 mil euros que a autarquia estima que tenha custado o trabalho extraordinário dos seus funcionários, o total ascende a 228 mil euros.
PCP zangado, CDS satisfeito
Vereadores das diferentes forças políticas mostram-se surpreendidos com este facto. O comunista Ruben de Carvalho diz que sempre pensou que o apoio da câmara se tivesse limitado a questões logísticas, como a limpeza do Terreiro do Paço e imediações. O vereador diz-se admirado e zangado pela forma como estes gastos foram ocultados. Já António Carlos Monteiro (CDS-PP) - que tinha desafiado António Costa a conceder um apoio financeiro à Igreja para o altar - mostra-se satisfeito por a câmara ter afinal optado por financiar a cerimónia, embora "de forma envergonhada". Sublinhando que não é raro a autarquia conceder "apoios mais substanciais" a eventos menos relevantes que este, António Carlos Monteiro ironiza: "Se António Costa viu a luz, quem sou eu para o criticar?" O PSD optou por não se pronunciar.
Quando o vereador do CDS-PP desafiou António Costa a financiar o altar, o presidente da câmara apenas mencionou o apoio logístico que a câmara iria dar à cerimónia, tendo acrescentado que a Igreja não tinha solicitado mais nenhuma ajuda. "Não houve nenhum apoio monetário da câmara à celebração, nem nenhum cheque passado por ela à comissão organizadora da visita", insiste o director do departamento de comunicação do patriarcado, o cónego Nuno Brás. "Se a câmara se responsabilizou por tratar do som da cerimónia, é com ela. Se não fosse a câmara a tratar disso, teria de ser outra entidade qualquer". Afinal, quem pagou o altar em que o Papa celebrou a missa? "Não faço ideia", responde Nuno Brás. Confrontado com as informações do portal dos contratos públicos, o padre Mário Rui Pedras respondeu ao PÚBLICO com acusações de "mau jornalismo". No mesmo portal fica a saber-se que o Ministério da Administração Interna comprou especialmente para a visita papal um sistema de videowall de 72.750 euros, para a GNR de Fátima.
20.10.2010 - 08:43 Por Ana Henriques
publico.pt
A Câmara de Lisboa gastou afinal 228 mil euros com a visita do Papa Bento XVI, em Maio passado, apesar de todas as declarações do presidente da autarquia e de responsáveis da Igreja sempre terem ido no sentido de não haver dinheiros públicos envolvidos na missa campal do Terreiro do Paço.
Questionado ontem sobre a proveniência das verbas que pagaram a cerimónia religiosa, na qual estiveram 200 mil pessoas, o padre Mário Rui Pedras, da comissão organizadora da visita, declarou não poder responder, uma vez que "o relatório final" das contas "não foi feito" ainda. Em Abril passado, o mesmo responsável mostrava mais certezas: graças aos donativos "de famílias individuais e de empresas", a vinda de Bento XVI a Lisboa ia ficar a custo zero. Antes disso, já o cardeal patriarca D. José Policarpo tinha afirmado que não iria pedir dinheiro para o altar à câmara presidida por António Costa, por entender que as cerimónias litúrgicas não deviam ser financiadas pelo poder autárquico ou político. "A César o que é de César, a Deus o que é de Deus", disse, na altura, D. José Policarpo.
Uma consulta ao portal dos contratos públicos mostra uma realidade bem diferente. Só em altifalantes e ecrãs gigantes para a missa, o município gastou 68 mil euros, entregues sem concurso público, à Tecnilaser - uma empresa especializada na produção de espectáculos multimédia e no aluguer e montagem de equipamentos audiovisuais. O lançamento do computador Magalhães e a assinatura do Tratado de Lisboa foram alguns dos eventos em que o Governo recorreu à Tecnilaser.
Aos 68 mil euros somam-se mais 82.460 euros, entregues em quatro parcelas à empresa responsável pelo altar, a Multilem. Para pagar o quê? O PÚBLICO tentou, sem sucesso, obter informações junto da firma. Segundo o portal dos contratos públicos, 35 mil euros foram despendidos com o aluguer de uma tenda para a missa, 23.700 com a própria missa campal e outro tanto com "serviços de meios técnicos audiovisuais".
"A câmara assumiu os custos relativos à montagem de dois ecrãs (Praça do Município e Rua Augusta) na perspectiva de que a Praça do Comércio seria pequena para acolher todos quantos quisessem assistir à cerimónia - o que se veio a revelar de toda a utilidade", justifica a autarquia. O portal dá conta de mais dois ajustes directos relacionados com a cerimónia: a montagem e desmontagem de estruturas e o fornecimento de refeições. Tudo somado, dá quase 170 mil euros. Juntando aos 59 mil euros que a autarquia estima que tenha custado o trabalho extraordinário dos seus funcionários, o total ascende a 228 mil euros.
PCP zangado, CDS satisfeito
Vereadores das diferentes forças políticas mostram-se surpreendidos com este facto. O comunista Ruben de Carvalho diz que sempre pensou que o apoio da câmara se tivesse limitado a questões logísticas, como a limpeza do Terreiro do Paço e imediações. O vereador diz-se admirado e zangado pela forma como estes gastos foram ocultados. Já António Carlos Monteiro (CDS-PP) - que tinha desafiado António Costa a conceder um apoio financeiro à Igreja para o altar - mostra-se satisfeito por a câmara ter afinal optado por financiar a cerimónia, embora "de forma envergonhada". Sublinhando que não é raro a autarquia conceder "apoios mais substanciais" a eventos menos relevantes que este, António Carlos Monteiro ironiza: "Se António Costa viu a luz, quem sou eu para o criticar?" O PSD optou por não se pronunciar.
Quando o vereador do CDS-PP desafiou António Costa a financiar o altar, o presidente da câmara apenas mencionou o apoio logístico que a câmara iria dar à cerimónia, tendo acrescentado que a Igreja não tinha solicitado mais nenhuma ajuda. "Não houve nenhum apoio monetário da câmara à celebração, nem nenhum cheque passado por ela à comissão organizadora da visita", insiste o director do departamento de comunicação do patriarcado, o cónego Nuno Brás. "Se a câmara se responsabilizou por tratar do som da cerimónia, é com ela. Se não fosse a câmara a tratar disso, teria de ser outra entidade qualquer". Afinal, quem pagou o altar em que o Papa celebrou a missa? "Não faço ideia", responde Nuno Brás. Confrontado com as informações do portal dos contratos públicos, o padre Mário Rui Pedras respondeu ao PÚBLICO com acusações de "mau jornalismo". No mesmo portal fica a saber-se que o Ministério da Administração Interna comprou especialmente para a visita papal um sistema de videowall de 72.750 euros, para a GNR de Fátima.
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