Off-Topic: "Portugal em busca do futuro" RTP1
Re: Off-Topic: "Portugal em busca do futuro" RTP1
tiopatinhas Escreveu:Segui com muita atenção o citado programa e dou os meus sinceros parabéns a todos os intervenientes mas, com especial relevo, ao Ex Presidente da Républica Dr Jorge Sampaio. Como sempre, distinto, próximo da realidade, verdadeiro e mostrando rasgos de leituras do nosso futuro que não poderemos esquecer. Incentivador da dinâmica social e das empresas e nelas tentando prescrutar uma via que leve os nossos jovens a terem uma possibilidade mais risonha. Falo assim talvez porque nutro por Jorge Sampaio uma simpatia especial. Do que tenho acompanhado trata-se de uma pessoa com uma visão muito abrangente e nobre dos problemas. Tenho provas dadas da sua preciosa e estimulante boa vontade em falar para os jovens, incentivando-os e com eles colaborando nos seu projectos independentemente das suas confissões políticas. Parabéns Dr Jorge SampaioGostei especialmente da facadazinha dada acerca da necessidade de a banca e empresas estarem de forma mais séria junto do estado, assim como, de se olhar com mais atenção para as reformas da SSocial sem formas contributibas que lhes dêem esse direito.
Uma palavra de reconhecimento ao General Ramalho Eanes que apontou de forma certeira os PALOP como uma porta que deveremos abrir e ajudar a crescer pois será por ela que as nossas empresas poderão ter mais um patamar no sucesso e, consequentemente, estarem reforçadas ao nível europeu. Ao Dr Mário Soares os meus parabéns pois insistiu de forma séria com a necessidade de encontrar consensos para que esta dificuldade imediata seja ultrapassada. Esperemos que Sócrates e PPC tenham estado com atenção e reconheçam que têm muito que aprender com estes Ex presidentes que não deixam de estar atentos e empenhados na nossa Pátria.
Esse Senhor que o Tio Patinhas elogia, juntamente com o Sr. Durão Barroso são os principais culpados pelo caos nacional. Todos os que por lá passaram nos últimos 30 anos tem culpa, mas nenhum como aos calcanhares destes dois. Um fugiu, o outro pôs la o Sócrates, conhecendo por certo quem lá estava a pôr. Vergonha. Se tivesse vergonha esse Senhor estava muito caladinho.
O General Ramalho Eanes é o único que merece o estatuto de Ex-Presidente, o resto pertence ao naipe de coveiros do país que enriqueceram à custa da democracia, enganando o povo. Antes um Rei, mantendo a tradição milenar, que este rol de ladrões oportunistas, a enganar o Povo.
Mais - um :
O Spinola , queria uma federação , não independências apressadas , só que era vaidoso, e pouco conhecedor dos
meandros políticos, e do verdadeiro poder de Moscovo.
Foi um bom militar, mas um desastre na politica , tentou mudar o curso dos acontecimentos, só que já foi tarde, é mais uma figura triste.
O Spinola , queria uma federação , não independências apressadas , só que era vaidoso, e pouco conhecedor dos
meandros políticos, e do verdadeiro poder de Moscovo.
Foi um bom militar, mas um desastre na politica , tentou mudar o curso dos acontecimentos, só que já foi tarde, é mais uma figura triste.
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Acho devem ler ,e analisar quem esteve por de trás desta hecatombe de desgraças , que se iniciou com o 25A, aconselho a leitura de um livro " Estado dos Segredos", em que é revelado o trabalho de bastidores e o envolvimento do " Grupo Bilderberg ".
A rapaziada que fez o 25A é responsável por 2 milhões de mortes das guerra civis posteriores ,e um numero indeterminado de feridos e doentes.
O Salazar e Caetano , estavam a rumar contra a história , os interesses das potencias e multinacionais , autenticas aves de rapina .
Já tinham constatado , as desgraças nos países descolonizados , pelos franceses, belgas e ingleses, mesmo assim continuaram a investir , a acreditar e a melhorar as condições de vida das populações a única forma de ganhar a guerra .
Havia algumas injustiças, e os brancos tinham alguma vantagem na nomeação de cargos públicos , mas estava haver uma evolução , e estava a surgir , uma classe média de mestiços e negros, e também havia ricos,e já ocupavam altos cargos públicos .
Havia um trabalho sério e honesto de desenvolvimento, sem a corrupção assustadora actual .
Continuo a dizer que o 25A foi umas datas mais tristes da história de portugal, pelas desgraças que causou a retornados , populações africanas e portugueses em geral , que viram terras e fábricas ocupadas e roubados.
Existe um cinismo terrível, desta geração que quer ir para o panteão , mas só causou desgraças e sofrimento.
A rapaziada que fez o 25A é responsável por 2 milhões de mortes das guerra civis posteriores ,e um numero indeterminado de feridos e doentes.
O Salazar e Caetano , estavam a rumar contra a história , os interesses das potencias e multinacionais , autenticas aves de rapina .
Já tinham constatado , as desgraças nos países descolonizados , pelos franceses, belgas e ingleses, mesmo assim continuaram a investir , a acreditar e a melhorar as condições de vida das populações a única forma de ganhar a guerra .
Havia algumas injustiças, e os brancos tinham alguma vantagem na nomeação de cargos públicos , mas estava haver uma evolução , e estava a surgir , uma classe média de mestiços e negros, e também havia ricos,e já ocupavam altos cargos públicos .
Havia um trabalho sério e honesto de desenvolvimento, sem a corrupção assustadora actual .
Continuo a dizer que o 25A foi umas datas mais tristes da história de portugal, pelas desgraças que causou a retornados , populações africanas e portugueses em geral , que viram terras e fábricas ocupadas e roubados.
Existe um cinismo terrível, desta geração que quer ir para o panteão , mas só causou desgraças e sofrimento.
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pmpcpinto Escreveu:Se recebeu não sei, mas que deu voltas de 360º, deu, não lhe tirando o mérito militar, que o teve, era muito vaidoso e alguém que ambicionava o poder, por isso não me admira que tenha assinado.
Discutir as opções do Spinola dava "pano" para um topico.

pmpcpinto Escreveu:Se fosse contra devia vetar, apesar de não adiantar muito, mas isso só mostra que os políticos não têm valores, que estão agarrados ao poder.
Discordo, o poder não é apenas de uma pessoa, isso era verdade na monarquia absoluta e em alguns periodos em que os lideres tinham carisma e uma "infra estrutura" que lhes permitia não dar satisfações a ninguém. Como Hitler, Estaline e Salazar, só para citar alguns exemplos.
O Spinola assinou a descolonização pelos mesmos motivos que o Cavaco assinou o casamento entre pessoas do mesmo sexo e o aborto, embora sendo contra tem que respeitar a vontade da maioria, a alternativa é a demissão mas se assim fosse o que não faltaria era demissões em tudo o que são orgãos colegiais, impossibilitando o funcionamento dos mesmos.
É legitimo não concordar com os motivos para o qual as pessoas tomaram determinadas decisões (neste caso Mario Soares, Spinola e ALmeida Santos), mas parece-me que é no minimo deselegante criticar as decisões sem conhecer os motivos que levaram essas pessoas a faze-lo.
pmpcpinto Escreveu:PS: Nunca disse que tinham recebido dinheiro, mais, penso que ambos têm uma vida recatada, fruto dos seus vencimentos como governantes.
Não me parece que seja o caso do Mario Soares:
Ano 2004
Rend. trab. ind. 186 239,13€
Rend. capitais 188 550,92€
Rend. prediais 30 000,00€
Pensões 77 256,90€
Fonte: Tribunal Constitucional
E no caso do Almeida Santos, as pensões representam perto de 47% dos rendimentos:
Ano 2004
Rend. trab. dep. 52 424,38€
Rend. trab. ind. 815,68€
Rend. de capitais 5220,89€
Rend. prediais 7333,45€
Pensões 58 479,12€
Fonte: Tribunal Constitucional
pmpcpinto Escreveu:Para terminar, foi interesante discutir contigo
Igualmente.

pmpcpinto Escreveu:e penso que era importante que se falasse mais sobre essa parte da nossa história, pois há muita coisa por dizer e esclarecer.
Neste processo, penso que foram cometidos muitos erros, uns "sem querer" e outros de proposito, sendo que para mim o maior, foi o facto de não terem a preocupação de ouvir a população ultramarina (brancos, negros, mestiços ....) sobre a sua vontade, pois os grandes prejudicados foram eles.
Aproveito ainda, para registar a postura e dignidade da maior parte dos portugueses, pois depois de tudo o que se passou, ainda foram capazes de receber cerca de 1.500.000 de retornados e integrá-los.
Partilho da mesma opinião.
Um abraço,
Alexandre Santos
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Mesmo estes três senhores não são a favor da mudança do sistema político parlamentarista e defendem a manutenção dos partidos e da forma de formação de governo.
Admito que a manutenção de métodos que garantam a manutenção da democrocia e representatividade da opinião da população são os aspectos mais importantes a ter em conta nesta matéria, mas acho que se deveria reflectir sem tabús sobre que melhorias podem ser incorporadas no nosso sistema político para aumentarmos as garatias de sucesso e ferramentas dos futuros governos.
Admito que a manutenção de métodos que garantam a manutenção da democrocia e representatividade da opinião da população são os aspectos mais importantes a ter em conta nesta matéria, mas acho que se deveria reflectir sem tabús sobre que melhorias podem ser incorporadas no nosso sistema político para aumentarmos as garatias de sucesso e ferramentas dos futuros governos.
Acabei de me auto-promover a Principiante!
Aaahhgrrr,... os meus dedos não estalam!!!
TAMBÉM QUERO SER RICO! Por onde começo? Estou disposto a deixar de trabalhar!
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erros
A experiência depende do tempo. A aprendizagem e a evolução são tarefas exigentes e nem mesmo estes senhores estão dispensados da tentativa e erro.
Temos todos muita matéria de facto para ter em conta já a partir de hoje.
Quem pensou que o mundo estava em gestão automática com resultados garantidos, que a fórmula de governo e de convívio em sociedade estava encontrada, através de uma percepção clara e inequívoca do que é o mundo, de quais são os seus valores, obrigações e direitos de cada uma pessoa, e que os outros tinham todas as condições, facilidade e prioridade em nos facilitar a vida enganou-se redondamente.
O mundo não é perfeito e cada um de nós tem com certeza uma particular noção disso.
Em relação àquilo que não gostamos no mundo onde vivemos temos um misto de três coisas que podemos usar: mudança, adaptação ou indignação e frustração. A grande parte das nossas escolhas irão cair dentro destas formas de estar.
Por mais erros que apontemos aos outros, não há outra forma.
Vou concluir desmontando a feira com aquele ditado que diz que quando apontamos o dedo a uma pessoa temos vários apontados a nós.
Há erros que reconhecemos facilmente e nos outros eles são óbvios e gritantes, mas a realidade mostra-nos que o mundo não é perfeito, se dúvidas tivéssemos.
Só consigo tirar o chapéu a estes senhores, até porque falaram bem na TV.
Os erros cometidos, pela natureza das coisas, são um dos capitais mais preciosos que temos. O caminho é ver neles utilidade pois eles representam 1/3 do caminho: a aprendizagem já está feita. Faltam agora 2/3: reconhecer esses erros e utilizá-los para esculpir os caminhos.
É fácil reconhecer os erros como sendo dos outros, mas enquanto não os reconhecermos como nossos, eles nunca vão render o todo o seu potencial.
Vamos estar atentos para ver como esta malta aproveita esta situação.
Temos todos muita matéria de facto para ter em conta já a partir de hoje.
Quem pensou que o mundo estava em gestão automática com resultados garantidos, que a fórmula de governo e de convívio em sociedade estava encontrada, através de uma percepção clara e inequívoca do que é o mundo, de quais são os seus valores, obrigações e direitos de cada uma pessoa, e que os outros tinham todas as condições, facilidade e prioridade em nos facilitar a vida enganou-se redondamente.
O mundo não é perfeito e cada um de nós tem com certeza uma particular noção disso.
Em relação àquilo que não gostamos no mundo onde vivemos temos um misto de três coisas que podemos usar: mudança, adaptação ou indignação e frustração. A grande parte das nossas escolhas irão cair dentro destas formas de estar.
Por mais erros que apontemos aos outros, não há outra forma.
Vou concluir desmontando a feira com aquele ditado que diz que quando apontamos o dedo a uma pessoa temos vários apontados a nós.
Há erros que reconhecemos facilmente e nos outros eles são óbvios e gritantes, mas a realidade mostra-nos que o mundo não é perfeito, se dúvidas tivéssemos.
Só consigo tirar o chapéu a estes senhores, até porque falaram bem na TV.
Os erros cometidos, pela natureza das coisas, são um dos capitais mais preciosos que temos. O caminho é ver neles utilidade pois eles representam 1/3 do caminho: a aprendizagem já está feita. Faltam agora 2/3: reconhecer esses erros e utilizá-los para esculpir os caminhos.
É fácil reconhecer os erros como sendo dos outros, mas enquanto não os reconhecermos como nossos, eles nunca vão render o todo o seu potencial.
Vamos estar atentos para ver como esta malta aproveita esta situação.
Acabei de me auto-promover a Principiante!
Aaahhgrrr,... os meus dedos não estalam!!!
TAMBÉM QUERO SER RICO! Por onde começo? Estou disposto a deixar de trabalhar!
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eu gostaria que o Dr. Jorge Sampaio, que proferiu uma frase muito célebre: o "há vida para além do défice", caracterizasse agora esta vida além défice onde estamos...
enfim, de tachistas do regime não vale a pena dizer mais nada...
enfim, de tachistas do regime não vale a pena dizer mais nada...

Free Minds and Free Markets
... forecasting exchange rates has a success rate no better than that of forecasting the outcome of a coin toss - Alan Greenspan (2004)
Para terminar, foi interesante discutir contigo e penso que era importante que se falasse mais sobre essa parte da nossa história, pois há muita coisa por dizer e esclarecer.
Neste processo, penso que foram cometidos muitos erros, uns "sem querer" e outros de proposito, sendo que para mim o maior, foi o facto de não terem a preocupação de ouvir a população ultramarina (brancos, negros, mestiços ....) sobre a sua vontade, pois os grandes prejudicados foram eles.
Aproveito ainda, para registar a postura e dignidade da maior parte dos portugueses, pois depois de tudo o que se passou, ainda foram capazes de receber cerca de 1.500.000 de retornados e integrá-los.
Pedro
Neste processo, penso que foram cometidos muitos erros, uns "sem querer" e outros de proposito, sendo que para mim o maior, foi o facto de não terem a preocupação de ouvir a população ultramarina (brancos, negros, mestiços ....) sobre a sua vontade, pois os grandes prejudicados foram eles.
Aproveito ainda, para registar a postura e dignidade da maior parte dos portugueses, pois depois de tudo o que se passou, ainda foram capazes de receber cerca de 1.500.000 de retornados e integrá-los.
Pedro
A descolonização foi feita por quem detinha o poder (o MFA), ou também vais dizer que o Spinola recebeu dinheiro para assinar?
Se recebeu não sei, mas que deu voltas de 360º, deu, não lhe tirando o mérito militar, que o teve, era muito vaidoso e alguém que ambicionava o poder, por isso não me admira que tenha assinado.
Editado: E tão estranho como o Cavaco Silva assinar o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a interrupção voluntária da gravidez.....
Se fosse contra devia vetar, apesar de não adiantar muito, mas isso só mostra que os políticos não têm valores, que estão agarrados ao poder.
PS: Nunca disse que tinham recebido dinheiro, mais, penso que ambos têm uma vida recatada, fruto dos seus vencimentos como governantes.
Pedro
pmpcpinto Escreveu:Nesta troca de opiniões, nunca esteve em causa a vontade, ou falta dela, de lutar, mas sim como e por quem foi feita a descolonização.
A descolonização foi feita por quem detinha o poder (o MFA), ou também vais dizer que o Spinola recebeu dinheiro para assinar?
pmpcpinto Escreveu:Se me dizes que dois ministros, sendo que um correu meio mundo na sequência do processo de descolonização, que negociaram e assinaram documentos de tal importância não são responsáveis, no mínimo acho estranho.
É tão estranho como o presidente da republica, à epoca o Spinola, ter assinado algo com que ele não concordava.
Editado: E tão estranho como o Cavaco Silva assinar o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a interrupção voluntária da gravidez.....
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Tens razão, os factos falam por si, ambos pertenceram à Comissão Nacional da Descolonização e ambos negociaram e assinaram os acordos de Lusaka e de Alvor.
Nesta troca de opiniões, nunca esteve em causa a vontade, ou falta dela, de lutar, mas sim como e por quem foi feita a descolonização.
Se me dizes que dois ministros, sendo que um correu meio mundo na sequência do processo de descolonização, que negociaram e assinaram documentos de tal importância não são responsáveis, no mínimo acho estranho.
Pedro
Nesta troca de opiniões, nunca esteve em causa a vontade, ou falta dela, de lutar, mas sim como e por quem foi feita a descolonização.
Se me dizes que dois ministros, sendo que um correu meio mundo na sequência do processo de descolonização, que negociaram e assinaram documentos de tal importância não são responsáveis, no mínimo acho estranho.
Pedro
pmpcpinto Escreveu:Chegaste onde eu queria.
O que estás a tentar dizer é que eles negociaram e assinaram algo que não queriam?
Nesse caso, das duas uma, ou eram un "paus mandados" ou receberam algo em troca. Pois ninguém assina algo com que não concorda.
Até ao 25 de Novembro não tinham poder nenhum, não conseguiam fazer frente à ala esquerdista do MFA, depois no 25 de Novembro, tornam-se heróis?
Se me disseres que tirando o PCP, mais niguém estava preparado para o pós 25 de Abril, concordo contigo, mas isso não não é desculpa para tudo o que se passou.
Pedro
Os factos estão ai, cada um faz a interpretação que quiser , não há pessoas que dizem que o holocausto nunca existiu, apesar das provas? Assim não me espanta algumas opiniões sobre o tema, como a tua.
Os facto são claros, os militares que tinham o poder não queria continuar a lutar, a partir dai pouco se podia fazer, como diz o Almeida Santos a função dele foi a de secretário, passar para bom português os termos acordados entre as partes.
Já agora o 1º subscritor dos acordos é o Melo Antunes, e também está lá a assinatura de mais 4 militares, em 8 assinaturas (5 militares e 3 civis) e ainda a aprovação do presidente da republica, também militar, assim atribuir as responsabilidades da descolonização ao Mario Soares e Almeida Santos é uma piada de mau gosto.
Como diz o Melo Antunes na entrevista que deu à Avilez, existia duas correntes no que diz respeito à forma da descolonização, uma em que estava o Spinola e o Mario Soares e outra onde estava o MFA, quem detinha o poder sobre a descolonização (e não só)
R. - Julgo que houve pressões para ser eu. A Comissão Coordenadora do MFA estava localizada entre o general Spínola, Presidente da Republica, e o Governo. Uma parte essencial do poder político era dessa Comissão, à qual, apesar de ministro, eu também pertencia. E daí que as acções mais importantes que se desenvolveram no sentido em que a descolonização tivesse uma determinada orientação tenham vindo do MFA e da sua Comissão Coordenadora.
P. - Já contra o general Spínola?
R. - Seguramente já contra o que estava na cabeça do general Spínola e provavelmente com algumas reticências por parte do ministro dos Negócios Estrangeiros, dr. Mário Soares, pelo menos no caso de Angola e Moçambique.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Chegaste onde eu queria.
O que estás a tentar dizer é que eles negociaram e assinaram algo que não queriam?
Nesse caso, das duas uma, ou eram un "paus mandados" ou receberam algo em troca. Pois ninguém assina algo com que não concorda.
Até ao 25 de Novembro não tinham poder nenhum, não conseguiam fazer frente à ala esquerdista do MFA, depois no 25 de Novembro, tornam-se heróis?
Se me disseres que tirando o PCP, mais niguém estava preparado para o pós 25 de Abril, concordo contigo, mas isso não não é desculpa para tudo o que se passou.
Pedro
O que estás a tentar dizer é que eles negociaram e assinaram algo que não queriam?
Nesse caso, das duas uma, ou eram un "paus mandados" ou receberam algo em troca. Pois ninguém assina algo com que não concorda.
Até ao 25 de Novembro não tinham poder nenhum, não conseguiam fazer frente à ala esquerdista do MFA, depois no 25 de Novembro, tornam-se heróis?
Se me disseres que tirando o PCP, mais niguém estava preparado para o pós 25 de Abril, concordo contigo, mas isso não não é desculpa para tudo o que se passou.
Pedro
pmpcpinto Escreveu:Quem é que assinou os acordos de Lusaka e de Alvor?
Alvor:
http://dre.pt/pdf1sdip/1975/01/02301/00010005.pdf
Lusaka:
http://dre.pt/pdf1sdip/1974/09/21002/00030005.pdf
pmpcpinto Escreveu:Quem é que compunha a Comissão Nacional da Descolonização?
Constituição da Comissão Nacional de Descolonização)
1. É criada a Comissão Nacional de Descolonização, presidida pelo Presidente da República, e constituída pelo Primeiro-Ministro, Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, um Ministro sem pasta, Ministro da Coordenação Interterritorial e Ministro dos Negócios Estrangeiros.
2. Para além dos elementos a que se refere o número anterior, pode o Presidente da República designar outros membros do Governo para a Comissão Nacional de Descolonização, e convocar para as reuniões, sempre que as matérias a tratar o justifiquem, membros do Governo ou das forças armadas ou altas individualidades da vida portuguesa cuja audição tenha por conveniente.
3. Sempre que se encontrem em Lisboa, o Embaixador de Portugal junto das Nações Unidas e os Altos-Comissários nos territórios ultramarinos terão assento nas reuniões da Comissão Nacional de Descolonização.
http://dre.pt/pdf1sdip/1974/12/30306/01200120.pdf
E quem mandava no país até o 25 de Novembro de 1975?
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Elias Escreveu:Eu não vi o programa e ontem só vi excertos que passaram no telejornal.
Verifiquei que havia 4 cadeiras para 3 ex-PR, fiquei com curiosidade de saber quem era o quarto indivíduo, alguém reparou?
Elias, era o Reitor da Universidade (pelo menos de início, que foi o pedaço que pude ver).
Abraço.
Elias Escreveu:Eu não vi o programa e ontem só vi excertos que passaram no telejornal.
Verifiquei que havia 4 cadeiras para 3 ex-PR, fiquei com curiosidade de saber quem era o quarto indivíduo, alguém reparou?
1ª parte do programa de 2010-10-11 (min 35:50)
http://ww1.rtp.pt/icmblogs/rtp/pros-contras/
Cumpts.
Trisquel
A divindade, o princípio e o fim, a eterna evolução, o movimento, a vibração e a perpétua aprendizagem.
Trisquel
A divindade, o princípio e o fim, a eterna evolução, o movimento, a vibração e a perpétua aprendizagem.
Quem é que assinou os acordos de Lusaka e de Alvor?
Quem é que compunha a Comissão Nacional da Descolonização?
Dar credibilidade ao Otelo é bater no fundo, num pais "normal" tinha estado uns bons anos preso, em vez de passar a vida na comunicação social a dizer " nós ....PÁ ......... fizemos pá ......... os gajos PÁ ........"
Deixo aqui alguns livros:
"África, Vitória Traída";
"Em Nome da Pátria";
"Purga em Angola".
Pedro
Quem é que compunha a Comissão Nacional da Descolonização?
Dar credibilidade ao Otelo é bater no fundo, num pais "normal" tinha estado uns bons anos preso, em vez de passar a vida na comunicação social a dizer " nós ....PÁ ......... fizemos pá ......... os gajos PÁ ........"
Deixo aqui alguns livros:
"África, Vitória Traída";
"Em Nome da Pátria";
"Purga em Angola".
Pedro
pmpcpinto Escreveu:
O Mário Soares e o Almeida Santos foram os arquitectos da descolonização, que teve o resultado que todos sabemos (guerras civis, perseguições, enrequicimentos escandalosos .....).
Repetindo-me:
Infelizmente em Portugal, o facto de dizer uma mentira muitas vezes, (para algumas pessoas pouco informadas ou mal intencionadas) tem tendencia em transformar-se em "verdade"
Quem detinha o Poder na epoca eram os militares, os factos estão ai para quem os quiser estudar e tirar as suas conlusões.
Exerto de uma entrevista com o Melo Antunes:
P. - Ao mesmo tempo, o dr. Mário Soares era titular dos Estrangeiros. Passando agora para a descolonização: não eram duas pessoas a fazer o mesmo? Que fazia e como fazia um, que fazia e como fazia o outro?
R. - Fui justamente ministro sem pasta porque, como o essencial do poder político estava no MFA, e como a tarefa da descolonização transcendia as tarefas habituais de um ministro dos Estrangeiros, foi entendido que alguém do MFA deveria ocupar-se prioritariamente da questão da descolonização. Por exemplo: as conversações com os movimentos da Guiné, S. Tomé e Cabo Verde começaram e acabaram por ser levadas a termo por ele, com uma reduzida participação minha. Ao passo que Angola e Moçambique foi o contrário.
P. - Disse que "foi entendido". Foi entendido por quem?
R. - Julgo que houve pressões para ser eu. A Comissão Coordenadora do MFA estava localizada entre o general Spínola, Presidente da Republica, e o Governo. Uma parte essencial do poder político era dessa Comissão, à qual, apesar de ministro, eu também pertencia. E daí que as acções mais importantes que se desenvolveram no sentido em que a descolonização tivesse uma determinada orientação tenham vindo do MFA e da sua Comissão Coordenadora.
P. - Já contra o general Spínola?
R. - Seguramente já contra o que estava na cabeça do general Spínola e provavelmente com algumas reticências por parte do ministro dos Negócios Estrangeiros, dr. Mário Soares, pelo menos no caso de Angola e Moçambique.
P. - Então havia como que uma "competição"? Isso gerou alguma desconfiança de parte a parte?
R. - Da minha parte não houve esse sentimento de competição com os Negócios Estrangeiros ou qualquer outra pessoa - sem ser o general Spínola e seus assessores. De um ponto de vista estritamente formal, o dr. Soares, enquanto titular dos Estrangeiros, bem como o dr. Almeida Santos estiveram comigo nas principais negociações em Dar es-Salam e Lusaka. Não houve choque de opiniões de fundo e houve colaboração nas conversações.
P. - Em sintonia?
R. - Sobre as questões essenciais, creio que em sintonia. Embora talvez seja este um bom momento para dizer que hoje, passados tantos anos, não posso deixar de confessar a minha surpresa com algumas declarações do dr. Almeida Santos: naqueles fantásticos diálogos televisivos com o dr. Jardim, deu claramente a entender que no caso da negociação com Moçambique ele teria ido com o dr. Soares para Dar es-Salam condicionado mental e politicamente porque o essencial das conversações houvera já sido feito por mim numa anterior deslocação.
P. - Onde fora sozinho?
R. - Com o comandante Almeida e Costa. Donde o dr. Almeida Santos deu azo a outras interpretações...Tanto que o dr. Jardim, com a sagacidade que lhe é habitual, disse logo "pois, foi o Melo Antunes"... Isto é, foi o Melo Antunes o responsável por um mau acordo! O dr. Almeida Santos fez um ar compungido que reflectia bem o que lhe ia no pensamento e na alma. Não sei bem se é o mesmo que vai no pensamento e na alma de Mário Soares, espero que não. Expliquei com toda a clareza, quando vim desses encontros em Dar es-Salam, qual a filosofia subjacente das conversações que deveriam conduzir a um acordo...
P. - ... explicou o quê, exactamente?
R. - ... que o que estava em causa era Portugal reconhecer ou não reconhecer, de maneira clara e inequívoca, o direito de Moçambique e das antigas colónias à autodeterminação e, com todas as consequências, à independência. Se esse era o objectivo político da Revolução, não podíamos tergiversar em questões que eu considerava acessórias. Ora, em relação a esse objectivo fundamental havia um conflito claro com Spínola e com o sector que o apoiava, duas concepções opostas.
P. - Muito depressa "cá fora", isto é, a própria sociedade civil, se apercebeu dessas duas concepções...
R. - Claro! E portanto, o que fez com que esta situação de impasse das duas concepções da descolonização se esclarecesse foram justamente as negociações preparatórias para o acordo de Lusaka, com vista à independência de Moçambique. Foi isso que fez com que, no auge do embate entre Spínola e aquilo que era representado por mim, se fizesse a Lei 7/74, que reconhecia pela primeira vez o direito à autodeterminação e independência. O caminho ficou obviamente facilitado para encontrar soluções concretas para a descolonização.
P. - Um caminho que passou por cima de Spínola...
R. - Ele sentia e vivia obviamente essa questão como algo de dramático. Tanto que não tem nenhuma relutância, em coisas ditas e escritas, em classificar-me - e a outros - como um traidor à pátria.
P. - Que impressão é que isso lhe faz?
R. - Muita. Ele e os que o rodearam são de um enorme primitivismo na forma como apreciam os outros. Ninguém detém o exclusivo do patriotismo, mas sim ideias divergentes sobre a construção do futuro. As soluções que ele defendia - federações, comunidades - eram, ao fim de treze anos de guerra, irrealistas e utópicas. Levi Strauss diz de forma notável que "o maior pecado do Ocidente foi o colonialismo". Sempre pensei que a coisa que melhor poderia honrar a revolução portuguesa era a independência das colónias de uma forma que também as honrasse...
P. - Mas aí...
R. - Sei perfeitamente que tudo seguiu um curso impossível de prever na altura...
P. - ... qual altura?
R. - ... antes de chegarmos à assinatura formal dos acordos de independência. Visto "a posteriori", era impossível ter evitado que se tivesse tornado impossível a presença da esmagadora maioria dos portugueses em Angola e Moçambique. Em parte, essa instabilidade foi marcada pela vontade clara dos novos responsáveis políticos por Angola e Moçambique de afastar os portugueses.
P. - Foi um mau princípio...
R. - ... foi, mas esse radicalismo era inevitável. As elites que chegaram ao poder foram as que andaram de armas na mão na luta de guerrilhas. Sabemos que só o puderam fazer porque tiveram um apoio ideológico quase exclusivo de origem comunista e um apoio logístico e material vindo da União Soviética e do bloco socialista. Ora, em plena guerra fria, em plena disputa de zonas de influência entre a URSS e os Estados Unidos, era inevitável que o poder político nesses países fosse simultaneamente instrumentalizado pela estratégia da URSS, por um lado, e, por outro, que se prosseguisse um radicalismo de afastamento de tudo o que parecesse de influência ocidental, nomeadamente o antigo colonizador. Um dos esforços por nós feitos em todos os acordos foi o de preservar garantias e direitos dos portugueses. Mas uma coisa são os desejos, outra a realidade histórica que se encarrega de escrever a História de outra maneira...
P. - Acabou de me descrever de forma linear e límpida o contexto em que se iria desenvolver a descolonização. Justamente devido ao seu conhecimento desse contexto, não lhe parece que tudo foi feito de forma expedita e demasiado rápida? Como se houvesse uma urgência?
R. - Se não estivéssemos a viver uma revolução, teríamos a obrigação - e até as condições - para fazer a descolonização ao ritmo adequado, uma passagem com equilíbrio e estabilidade. Essa revolução não só foi de toda a sociedade civil como das próprias Forças Armadas, nomeadamente as que estavam em Angola e Moçambique. A exigência de ser rápido numa solução concreta vinha não só da população em geral como em particular daqueles com os quais teríamos que contar se quiséssemos fazer as coisas como se estivéssemos em democracia política: ter umas FA que garantissem uma determinada política externa. Não se trata de dizer - como já se disse - que o Exército "abandonou ou entrou em desordem" nas antigas colónias, mas sim de ver que era impossível que eles lá continuassem a combater... à espera que em Portugal se dessem as transformações políticas conducentes à democracia...
http://www1.ci.uc.pt/cd25a/wikka.php?wakka=emantunes
Entrevista ao Otelo, publicada na Visão de 22 de Abril de 2004
V: Qual a sua intervenção, e do MFA, no processo de descolonização?
OSC: A nossa intervenção, que não estava programada, foi decisiva. No meu caso, na véspera da partida de Mário Soares (...) para o primeiro encontro com a Frelimo, (...) o Spínola chamou-me e mandou-me ir com ele, como elemento qualificado do MFA.
(...)
V: Qual era a missão de Mário Soares?
OSC: Não regressar sem a garantia de um cessar-fogo. (...) Só que o Samora disse mais ou menos isto: "Cessar-fogo sim senhor. Mas temos de ter garantias de que reconhecem a Frelimo como único representante do povo de Moçambique em armas, (...) Senão, estamos dispostos a continuar a guerra, pois temos os nossos guerrilheiros no terreno, enquanto as tropas portuguesas já estão a abandoná-lo, pois os soldados não querem combater mais." (...)
V: E o que sucedeu?
OSC: Mário Soares só estava mandatado para obter o cessar-fogo, não podia assumir outra posição. Então eu pedi para intervir. E disse que representava ali também o MFA (...) e se estivesse do outro lado da mesa teria a mesma posição, dando assim razão às pretensões da Frelimo. (...)
(...)
V: Mário Soares e Almeida Santos têm afirmado que no processo de descolonização o poder decisório fundamental não foi deles.
OSC: O que é inteiramente verdade.
Para que se interessa pelo tema aconselho a ler o livro do Almeida Santos:
Quase Memórias - 1º Volume
Do Colonialismo e da Descolonização
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Varsus,
O Mário Soares e o Almeida Santos foram os arquitectos da descolonização, que teve o resultado que todos sabemos (guerras civis, perseguições, enrequicimentos escandalosos .....).
Antes do 25 de Abril o MPLA está praticamente dizimado, tinham muitas deserções e era muito castigado pela Unita, que era "controlada" pelos portugueses, a FNLA pouco expressão tinha.
Porque é que lhes foi entregue o poder? Quem os permitiu que entrassem em Luanda? Quem permitiu a entrada dos cubanos em Luanda? Porque é que o general Silvério Marques esteve apenas 3 meses como Governador de Angola em 1974 e foi substituído pelo Almirante Rosa Coutinho?
Quanto ao Marcelo Rebelo de Sousa, não sei se teve cunhas ou não, mas o pai dele foi um grande patriota e um excelente governador de Moçambique.
PS: Muitas vezes fala-se que o Mário Soares é que impediu que virassemos à esquerda (radical), mas esquecem-se que quem foi para a rua e arrumou a casa foi o Jaime Neves (felizmente reconheceram-lhe o mérito ao promovê-lo a General, só foi pena ter sido tarde).
Pedro
O Mário Soares e o Almeida Santos foram os arquitectos da descolonização, que teve o resultado que todos sabemos (guerras civis, perseguições, enrequicimentos escandalosos .....).
Antes do 25 de Abril o MPLA está praticamente dizimado, tinham muitas deserções e era muito castigado pela Unita, que era "controlada" pelos portugueses, a FNLA pouco expressão tinha.
Porque é que lhes foi entregue o poder? Quem os permitiu que entrassem em Luanda? Quem permitiu a entrada dos cubanos em Luanda? Porque é que o general Silvério Marques esteve apenas 3 meses como Governador de Angola em 1974 e foi substituído pelo Almirante Rosa Coutinho?
Quanto ao Marcelo Rebelo de Sousa, não sei se teve cunhas ou não, mas o pai dele foi um grande patriota e um excelente governador de Moçambique.
PS: Muitas vezes fala-se que o Mário Soares é que impediu que virassemos à esquerda (radical), mas esquecem-se que quem foi para a rua e arrumou a casa foi o Jaime Neves (felizmente reconheceram-lhe o mérito ao promovê-lo a General, só foi pena ter sido tarde).
Pedro
Mais - um :
Partindo do principio , que texto está correcto, e deve estar, é estranho , de haver diversas pessoas a dizer o contrário .
Mas é algo já remonta a 30 anos, já desde aí se fala dessa versão de refractário.
Não há fumo sem fogo, mas pode ser um conjunto de boatos, que se transformaram em verdade, acontece.
Obrigado,pela verdade.
A sua acção "patriótica" na rádio em Argel, também não é de louvar.
Quanto ao resto, havia sempre cunhas, mas era muito difícil, fugir ao serviço militar.
O meu irmão foi da PE, e não foi para ultramar, e não teve cunhas, e quem lhe deu a instrução foi o Salgueiro Maia.
Partindo do principio , que texto está correcto, e deve estar, é estranho , de haver diversas pessoas a dizer o contrário .
Mas é algo já remonta a 30 anos, já desde aí se fala dessa versão de refractário.
Não há fumo sem fogo, mas pode ser um conjunto de boatos, que se transformaram em verdade, acontece.
Obrigado,pela verdade.
A sua acção "patriótica" na rádio em Argel, também não é de louvar.
Quanto ao resto, havia sempre cunhas, mas era muito difícil, fugir ao serviço militar.
O meu irmão foi da PE, e não foi para ultramar, e não teve cunhas, e quem lhe deu a instrução foi o Salgueiro Maia.
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varus Escreveu:Agora se há um candidato da presidente da república , que se furtou ao serviço militar, e mudou de barricada,são questões complicadas , quando havia no terreno portugueses a lutar e a morrer.
Infelizmente em Portugal, o facto de dizer uma mentira muitas vezes, (para algumas pessoas pouco informadas ou mal intencionadas) tem tendencia em transformar-se em "verdade"
Não deixa de ser curioso ser apontado ao Manuel Alegre, faltas no cumprimento do serviço militar quando este esteve em zonas operacionas,ter sido preso pela PIDE ,não por passar informações para o inimigo como circula nos boatos mas por tentativa de golpe militar contra o regime.
Manuel Alegre e o serviço militar
Para conhecimento de quem estiver interessado, divulga-se o registo do serviço militar de Manuel Alegre de Melo Duarte, que pode ser confirmado pelas entidades competentes, nomeadamente o Estado Maior do Exército.
Agosto de 1961: incorporação, como cadete, no Curso de Oficiais Milicianos, na Escola Prática de Infantaria, em Mafra.
Dezembro de 1961: fim do Curso acima referido com aprovação e promoção a Aspirante a Oficial Miliciano.
Dezembro de 1961: colocação no Batalhão de Infantaria 18, Arrifes, Ponta Delgada, São Miguel, Açores.
Julho de 1962: mobilização para Angola, passagem pelo Quartel Geral dos Adidos, em Lisboa, partida de avião, como Alferes Miliciano de Infantaria, para Luanda, onde é colocado numa Companhia da Guarnição Normal, comandada pelo Capitão Cruz Silva, do Regimento de Infantaria de Luanda, cujo Comandante é o Tenente Coronel Garcês de Lencastre.
O seu pelotão recebe como missão a realização de escoltas para o Norte, nomeadamente Quicabo, Beira Baixa, Nambuangongo e Quipedro. Protege colunas de civis e de reabastecimento e recolhe paraquedistas lançados na região dos Dembos. Várias vezes debaixo de fogo, a primeira das quais entre Nabuangongo e Quipedro.
Colocado pelo Comandante do Regimento de Infantaria de Luanda (RIL) em Quicua, na região da Muxima.
Cerca de um mês e meio depois, é transferido para o Regimento de Infantaria de Sá da Bandeira de onde, posteriormente, segue para Sanza Pombo, integrado numa Companhia comandada pelo Capitão Fernando Sousa (hoje Coronel Reformado, residente nas Caldas da Rainha).
O seu pelotão vai para o aquartelamento de Quixico, perto da fronteira com o Congo, onde se junta a outro pelotão, comandado pelo Alferes Miliciano Nuno Teixeira.
Em Março/Abril de 1963, é evacuado por motivo de doença ('zona') para a sede da Companhia em Sanza Pombo.
Depois de recuperado, recebe guia de marcha para se apresentar no Quartel General, em Luanda, para onde segue, a partir da Base do Negage, por via aérea.
Apresenta-se no Quartel General e recebe ordens para aguardar em casa novas instruções.
Alberga-se na residência do seu amigo, Alferes Miliciano de Infantaria, António Flores de Andrade.
Em 17 de Abril de 1963 apresenta-se nesta residência o Capitão de Cavalaria Cruz Azevedo. Pede desculpa de trajar à civil, afirmando que recebeu instruções nesse sentido, e mostra ao Alferes Miliciano Manuel Alegre de Melo Duarte uma ordem de prisão.
Manuel Alegre de Melo Duarte veste a sua farda e é conduzido pelo Capitão à Casa de Reclusão Militar, onde passa uma noite.
No dia seguinte, o Comandante da Casa de Reclusão entrega-lhe um documento de passagem à disponibilidade, assinado pelo Chefe do Estado Maior da Região Militar de Angola, Tenente Coronel Bettencourt Rodrigues. Informa-o de que tem de se vestir à civil e que a PIDE o espera à porta da Casa de Reclusão.
É detido por uma brigada da PIDE chefiada pelo inspector Pottier, sendo conduzido para a prisão de São Paulo.
Aí passa seis meses, sob a acusação de tentativa de golpe militar contra o regime do Estado Novo.
Findo esse período, é libertado com termo de identidade e residência em Luanda.
Como não é reintegrado no Exército nem enviado para a Metrópole, pede uma audiência ao Chefe do Estado Maior da Região Militar de Angola, que lhe é concedida. Manifesta estranheza pela sua situação e pelo facto de, sendo Oficial, ter sido entregue à PIDE.
Três dias depois da audiência o Chefe do Estado Maior da Região Militar de Angola ordena o seu regresso a Lisboa, na situação de disponibilidade.
Parte no "Vera Cruz" e chega em Dezembro de 1963.
A PIDE fixa-lhe termo de identidade e residência em Coimbra.
Em Maio de 1964 é avisado de que corre o risco de ser preso pela polícia política.
Refugia-se em Lisboa, na casa do poeta João José Cochofel. Dias depois é levado por este para a casa de Rui Feijó, a Casa de Vilar, na Senhora da Aparecida, Concelho de Lousada. Daí parte em Julho de 1964 para o exílio, com a ajuda dos Drs. Armando Bacelar e Montalvão Machado, em cuja quinta, perto de Chaves, atravessa clandestinamente a fronteira
http://www.manuelalegre.com/101000/1/,000025/index.htm?
enquanto o Cavaco Silva esteve calmamente "protegido" em Lourenço Marques, nos serviços administrativos do exercito.
Já agora deixo uma questão, onde é que o Marcelo Rebelo de Sousa cumpriu serviço militar.....?



Deixo uma dica, era filho de um ministro do antigo regime....



Nota: Nâo votei no Manuel Alegre para presidente da republica na eleição anterior e muito provavelmente também não votarei nesta.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Eu pessoalmente , não gosto do Mário Soares , embora tenha cometido erros antes e após 25A, mas foi muito importante no verão quente , na manifestação da fonte luminosa, e no dia anterior, no estádio das antas.
Aprendeu com história , não cometeu o mesmo erro do PSOE na frente popular em Espanha nos anos 30 , que se aliou a anarquistas e comunistas.
Se favoreceu a U.Soviética, foi porque não teve muitas alternativas , mas de certeza que não foi o seu desejo.
Mário Soares foi um forte anti-comunista, em 1975, como todos socialistas .
O antigo regime que era fortemente anti - comunista , tinha grande apoio da maioria da população , ao contrário do que se diz, e esse apoio vinha , de pessoas que são sociais democratas e socialistas.
Tenho amigos comunistas , que dizem que a perda de Angola , foi um disparate !!!
Havia uma pendente nacionalista enraizada na maioria da população, e mesmo nos simpatizantes comunistas, natural num país em guerra.
Agora se há um candidato da presidente da república , que se furtou ao serviço militar, e mudou de barricada,são questões complicadas , quando havia no terreno portugueses a lutar e a morrer.
Alvaro Cunhal foi o fiel vassalo dos soviéticos e das suas ambições, mais um que fica no lado negro da história.
Aprendeu com história , não cometeu o mesmo erro do PSOE na frente popular em Espanha nos anos 30 , que se aliou a anarquistas e comunistas.
Se favoreceu a U.Soviética, foi porque não teve muitas alternativas , mas de certeza que não foi o seu desejo.
Mário Soares foi um forte anti-comunista, em 1975, como todos socialistas .
O antigo regime que era fortemente anti - comunista , tinha grande apoio da maioria da população , ao contrário do que se diz, e esse apoio vinha , de pessoas que são sociais democratas e socialistas.
Tenho amigos comunistas , que dizem que a perda de Angola , foi um disparate !!!
Havia uma pendente nacionalista enraizada na maioria da população, e mesmo nos simpatizantes comunistas, natural num país em guerra.
Agora se há um candidato da presidente da república , que se furtou ao serviço militar, e mudou de barricada,são questões complicadas , quando havia no terreno portugueses a lutar e a morrer.
Alvaro Cunhal foi o fiel vassalo dos soviéticos e das suas ambições, mais um que fica no lado negro da história.
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O Ramalho Eanes , é o que merece mais , prestou grandes serviços ao país.
Mario Soares também alguma coisa , mas também fez muita asneira.
Os serviços que o Dr. Mário Soares prestou a Portugal, não podiam ter sido piores, quer antes de 1974, quer depois.
Não lhe vejo qualquer mérito, bem pelo contrário, se prestou algum serviço, foi aos soviéticos.
Pedro
Estão a tentar aguentar o regime, até porque vivem das mordomias deste , que é mais um disparate, e depois existe dinheiro.
A fundação de Mário Soares , quem tem subsidiado ?
Reformas milionárias, carros, secretárias, etc.
O Ramalho Eanes , é o que merece mais , prestou grandes serviços ao país.
Mario Soares também alguma coisa , mas também fez muita asneira.
Esta gente quer ficar na história,e ir para o panteão nacional.
Eles sabem muito bem , que quem vai ficar na história é o Salazar e o estado novo.
Este período recente da história podia ter sido fantástico,mas as nuvens estão muito negras, e os insucessos vão obscurecer os êxitos, uma geração muito egoísta, e que está a liquidar o futuro dos seus netos.
A fundação de Mário Soares , quem tem subsidiado ?
Reformas milionárias, carros, secretárias, etc.
O Ramalho Eanes , é o que merece mais , prestou grandes serviços ao país.
Mario Soares também alguma coisa , mas também fez muita asneira.
Esta gente quer ficar na história,e ir para o panteão nacional.
Eles sabem muito bem , que quem vai ficar na história é o Salazar e o estado novo.
Este período recente da história podia ter sido fantástico,mas as nuvens estão muito negras, e os insucessos vão obscurecer os êxitos, uma geração muito egoísta, e que está a liquidar o futuro dos seus netos.
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