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Caldeirão da Bolsa

Governo divulga tabela dos cortes salariais - Função Pública

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por fatimafaria » 11/10/2010 14:28

Lion_Heart Escreveu:Endividamento das autarquias dispara 13%
por JOÃO CRISTÓVÃO BAPTISTAHoje


Dívida dos municípios cresceu 645 milhões de euros em 2009. Há pelo menos cem em grandes dificuldades de financiamento.

O endividamento líquido das autarquias cresceu mais de 645 milhões de euros em 2009, segundo os dados da evolução das dívidas dos municípios ontem divulgada pela Direcção-Geral das Autarquias Locais (DGAL).

De acordo com os números deste organismo, no final de 2009, o endividamento dos municípios portugueses ascendeu a cinco mil milhões de euros, mais 13% do que os 4,36 mil milhões de euros verificados em 2008. O DN sabe que há pelo menos uma centena de autarquias que se encontram numa situação económica que as pode levar a ultrapassar o tecto de endividamento permitido, correndo o risco de sofrer cortes nas transferências do Estado em 2011.

A contabilização da DGAL mostra que o ritmo de crescimento do nível de endividamento das autarquias mais que duplicou entre 2008 e 2009, depois de se ter verificado uma subida de 5,4% (239 milhões de euros) entre 2007 e 2008.

Esta é uma situação que foi fortemente influenciada, segundo os dados do organismo que tutela as contas das câmaras municipais, pelo aumento dos montantes em "dívida não excepcionada" - a que não conta para os limites fixados pelo Governo ao seu endividamento. Contas feitas, este "endividamento não excepcionado" alcançou no ano passado mais de 3,5 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 18,8% (663 milhões de euros) face aos valores registados em 2009.

Entre as autarquias mais endividadas no final de 2009, destaque para Lisboa, Vila Nova de Gaia ou Aveiro. Na capital, apesar de o endividamento ter caído 30 milhões de euros, a autarquia mantinha ainda uma dívida que ascendia aos 629 milhões de euros. Situação semelhante verificou-se em Aveiro, onde o endividamento recuou ligeiramente, mas que continuou no ano passado a ultrapassar os 126 milhões de euros.

Já no caso da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, a dívida cresceu 30 milhões de euros no último ano. A autarquia liderada por Luís Filipe Menezes tem actualmente uma dívida que ascende aos 142 milhões de euros. Entre os municípios onde o endividamento mais cresceu no último ano, sobressai o caso de Santarém, onde a dívida autárquica cresceu mais de nove milhões de euros, de 26,3 para 35,6 milhões de euros, entre 2008 e 2009.

As câmaras que ultrapassem o tecto máximo de endividamento são obrigadas a colocar em marcha um plano de recuperação financeira e arriscam-se a ver cortada a transferência de fundos do Estado. Face aos dados de 2008, foram 17 as que assistiram à retenção de verbas, entre as quais se destacam Faro, Alcanena e Seia. Maioritariamente eram socialistas.

In DN- Diario Noticias
Bom então as câmaras que ultrapassam o tecto, são digamos que castigadas e não recebem mais fundos so estado. E agora eu pergunto o que é que acontece ao presidente dessa câmara?,continua o mandato? é alvo de algum processo?
é lhe por acaso retirado do ordenado ou bens pessoais o montante equivalente á dívida?

É que se nada disto acontecer, mais uma vez quem vai ser prejudicado é exclusivamente o cidadão comum. E assim sendo têm por acaso os cidadãos alguma forma de exigir a penalização do presidente?
 
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por Lion_Heart » 11/10/2010 1:57

Endividamento das autarquias dispara 13%
por JOÃO CRISTÓVÃO BAPTISTAHoje


Dívida dos municípios cresceu 645 milhões de euros em 2009. Há pelo menos cem em grandes dificuldades de financiamento.

O endividamento líquido das autarquias cresceu mais de 645 milhões de euros em 2009, segundo os dados da evolução das dívidas dos municípios ontem divulgada pela Direcção-Geral das Autarquias Locais (DGAL).

De acordo com os números deste organismo, no final de 2009, o endividamento dos municípios portugueses ascendeu a cinco mil milhões de euros, mais 13% do que os 4,36 mil milhões de euros verificados em 2008. O DN sabe que há pelo menos uma centena de autarquias que se encontram numa situação económica que as pode levar a ultrapassar o tecto de endividamento permitido, correndo o risco de sofrer cortes nas transferências do Estado em 2011.

A contabilização da DGAL mostra que o ritmo de crescimento do nível de endividamento das autarquias mais que duplicou entre 2008 e 2009, depois de se ter verificado uma subida de 5,4% (239 milhões de euros) entre 2007 e 2008.

Esta é uma situação que foi fortemente influenciada, segundo os dados do organismo que tutela as contas das câmaras municipais, pelo aumento dos montantes em "dívida não excepcionada" - a que não conta para os limites fixados pelo Governo ao seu endividamento. Contas feitas, este "endividamento não excepcionado" alcançou no ano passado mais de 3,5 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 18,8% (663 milhões de euros) face aos valores registados em 2009.

Entre as autarquias mais endividadas no final de 2009, destaque para Lisboa, Vila Nova de Gaia ou Aveiro. Na capital, apesar de o endividamento ter caído 30 milhões de euros, a autarquia mantinha ainda uma dívida que ascendia aos 629 milhões de euros. Situação semelhante verificou-se em Aveiro, onde o endividamento recuou ligeiramente, mas que continuou no ano passado a ultrapassar os 126 milhões de euros.

Já no caso da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, a dívida cresceu 30 milhões de euros no último ano. A autarquia liderada por Luís Filipe Menezes tem actualmente uma dívida que ascende aos 142 milhões de euros. Entre os municípios onde o endividamento mais cresceu no último ano, sobressai o caso de Santarém, onde a dívida autárquica cresceu mais de nove milhões de euros, de 26,3 para 35,6 milhões de euros, entre 2008 e 2009.

As câmaras que ultrapassem o tecto máximo de endividamento são obrigadas a colocar em marcha um plano de recuperação financeira e arriscam-se a ver cortada a transferência de fundos do Estado. Face aos dados de 2008, foram 17 as que assistiram à retenção de verbas, entre as quais se destacam Faro, Alcanena e Seia. Maioritariamente eram socialistas.

In DN- Diario Noticias
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

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por tonirai » 9/10/2010 4:25

BYPASS Escreveu:Aliás basta pensar que com 2 filhos (o minimo para mater a sustentabilidade do sistema) em idade escolar ou em infantário, prestações da casa e outros, alimentação, combustíveis, roupa, material escolar e ver a percentagem de poupança para uma vida desafogada que possa garantir eventuais precalços numa carreira ou ainda uma reforma descansada. Isto é classe média, permite pagar as despesas correntes e garantir um nível de poupança aceitável se não cometer extravagâncias...

Bypass, entendo perfeitamente o teu ponto de vista.
Eu estava realmente a divergir do ponto central do tópico, pela curiosidade que me despertou a classificação de determinada classe de rendimentos em classe X ou Y...

O que se conclui do artigo, e do que tu e eu pensamos, é que é um conceito deveras relativo.

Não conheço o nível salarial de muita gente para me servir de referência, mas posso dar um exemplo particular de um casal que conheço bem, à volta dos 35 anos de idade, com 2 filhos (4 e 8 anos), com empréstimo de casa, com 1 carro... sei por exemplo que vão regularmente (semanalmente) comer fora, e ao cinema, entre outras actividades (férias principais em Portugal, e algumas "escapadas" de fim-de-semana pelo país);
Ganham aproximadamente 1600 líquidos (850+750).

Isto, aos meus olhos, é viver de classe média.
Porque a classe baixa, segundo a concebo, não tem dinheiro para férias anuais ou escapadas, jantares e cinema, etc...

Mas lá está, não sei o nível de poupança deles - quem nos diz que não é chapa ganha, chapa gasta...
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por BYPASS » 9/10/2010 2:01

Tonirai,

A visão meramente estatistica desta classificação parece-me errada. Dever-se-à ter em conta o custo de vida e o nível de poupança em relação ao mesmo.

Classe alta ou Média alta como afirmou no primeiro post, não vai de encontro ao que está escrito também no artigo:
"Aquilo que designamos por classe média deveria pressupor um rendimento per capita na ordem dos 1.000 euros num agregado familiar, ou seja, 2.000 euros num casal. Não faz sentido considerar que uma pessoa que tenha um ordenado de 700 euros por mês pertence à classe média."


Aliás basta pensar que com 2 filhos (o minimo para mater a sustentabilidade do sistema) em idade escolar ou em infantário, prestações da casa e outros, alimentação, combustíveis, roupa, material escolar e ver a percentagem de poupança para uma vida desafogada que possa garantir eventuais precalços numa carreira ou ainda uma reforma descansada. Isto é classe média, permite pagar as despesas correntes e garantir um nível de poupança aceitável se não cometer extravagâncias...
Com os cortes nas reformas temos de encará-los como insegurança nas classes e se adicionarmos a isto o aumento de impostos directos que temos tido nos ùltimos tempos, o poder de compra dos 1000 euros diminuiu na realidade.
Sobre os 700 euros acho que nem vale a pena comentar.
 
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por artista_ » 9/10/2010 1:42

Seja como for, obviamente que estas reduções salariais tornam mais pobres os portugueses, mesmo não me afectando a mim, acho que seria preferivel e possível ter evitado chegar a esta situação. A questão não é se já o devíamos ter feito há 6 meses, os problemas já vêm de trás, nos últimos tempos ficámos é com a "corda na garganta" e estamos obrigados a tomar medidas drásticas, como estas... mas se este governo tivesse um controle melhor das contas do país teria conseguido chegar a isto, teria evitado sacrificar tanto uns que se sentem estar a pagar uma dívida que é do país, quanto a mim têm toda a razão, o problema é nacional e não de uma pequena fatia deles!

abraços

artista
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por tonirai » 8/10/2010 23:09

tonirai Escreveu:
BYPASS Escreveu:Vou só dar 1 exemplo...
Marido e mulher funcionários públicos com ordenados brutos 2500 euros. Provavelmente levam liquidos para casa 1500/1600 euros cada. Levam um corte de 300 euros no total, mais os abonos de família.
Aumentam os impostos directos e o custo de vida...
Com filhos a cargo digam-me lá se isto não é a destruição da classe média! Se não é, deve ser porque são ricos...

O rombo é tal que dava para muita gente pagar a prestação de outra casa, ou para ter alguma poupança para quando for para a reforma, uma vez que estes senhores já aprovaram cortes nas reformas àqueles que trabalharam uma vida!

Pergunta: Ordenado bruto de 2500€ e líquido de 1600€ é classe média?
(...)


À falta de tempo e de melhor, encontrei este artigo do ano passado, que aborda a questão de definição das classes - é bastante extenso, por isso vou só copiar umas frases chave e as partes que enquadram a pergunta anterior em valores. Em baixo fica o link para o artigo:

"O conceito de classe média foi uma moda que surgiu na Europa dita desenvolvida. Mas em Portugal esse conceito não existe: foi uma ideia que surgiu no contexto de welfare state aplicado na Europa, numa altura em que em Portugal se aplicava o Estado Novo.

A teoria de que a classe média está em risco de desaparecimento não é nova.

percebemos que um ordenado de pouco mais de 900 euros pode ser suficiente para classificar um cidadão como pertencente a esta classe.

"Aquilo que designamos por classe média deveria pressupor um rendimento per capita na ordem dos 1.000 euros num agregado familiar, ou seja, 2.000 euros num casal.

Uma realidade comprovada pelo facto de cerca de "50% da população activa portuguesa que trabalha no sector privado ganhar actualmente menos de 700 euros por mês", constata o sociólogo Pedro Adão e Silva. Por isso, a classificação deste estrato social no nosso país tem de ser necessariamente feita por baixo.

"Não consigo conceber que uma pessoa que ganhe 700 euros seja de classe média. Mas, estatisticamente, é. Temos cada vez mais gente com rendimentos baixos e depois uma pequena percentagem de ricos cada vez mais ricos"


Por ser um conceito relativo, haverá certamente outras opiniões.
Mas as definições que li neste artigo vão bastante de encontro ao que eu já pensava.

http://www.ionline.pt/interior/index.ph ... Nota=16204
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por tiopatinhas » 8/10/2010 21:51

Eu, por norma, faço algumas horas extraordinárias. Com estes trocos que são ganhos com muito sacrifício vou subir nos cortes que farão ao meu vencimento bruto. Só tenho uma solução: trabalhar menos, deixando-me de fazer extras a bem da empresa e, passar mais tempo à caça e pesca.Desta forma consigo: 1- pagar menos nas creches dos filhos pois não sou tabelado por valores mais elevados;
2- Ter mais tempo livre; 3- Não pagar tanto de impostos (pelas taxas anteriores mais os 3,5% a 10% propostos); 4-Ter acesso a subsídios escolares (pois os rendimentos serão menores e podem entrar nessa área); 5- Ter menos possibilidades de acidentes de viação ou outros em horas de serviço; 6- Adquirir um hábito muito divulgado em Portugal que é passar a trabalhar menos pois não vale a pena;
Concluindo: Será mias correcto taxar o trabalho ou curtar as despesas? Aqui dou muita razão ao PPC mas, a forma como este tem vindo a defender esta dama já nem tanto...Deixou-se encurralar e não consegue que seja apontada a arma de arremesso a outros quadrantes políticos, aceitando-se como o único reduto para aprovação do OE.
Vamos todos trabalhar menos...pois é isso que nos pedem os srs. ministros.
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por tonirai » 8/10/2010 20:52

BYPASS Escreveu:Vou só dar 1 exemplo...
Marido e mulher funcionários públicos com ordenados brutos 2500 euros. Provavelmente levam liquidos para casa 1500/1600 euros cada. Levam um corte de 300 euros no total, mais os abonos de família.
Aumentam os impostos directos e o custo de vida...
Com filhos a cargo digam-me lá se isto não é a destruição da classe média! Se não é, deve ser porque são ricos...

O rombo é tal que dava para muita gente pagar a prestação de outra casa, ou para ter alguma poupança para quando for para a reforma, uma vez que estes senhores já aprovaram cortes nas reformas àqueles que trabalharam uma vida!

Pergunta: Ordenado bruto de 2500€ e líquido de 1600€ é classe média?

Existe uma "definição oficial" de com que rendimentos uma pessoa se enquadra na classe baixa, média ou alta?

É que esse vencimento, eu imaginava-o mais pertencente a uma classe alta (ou no limite, "média-alta") - o que nesse caso, não seria "a destruição da classe média", mas mais um "reforçar" de classe média e redução de classe alta.

Se alguém me puder elucidar, agradeço.
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por BYPASS » 8/10/2010 20:10

Vou só dar 1 exemplo...
Marido e mulher funcionários públicos com ordenados brutos 2500 euros. Provavelmente levam liquidos para casa 1500/1600 euros cada. Levam um corte de 300 euros no total, mais os abonos de família.
Aumentam os impostos directos e o custo de vida...
Com filhos a cargo digam-me lá se isto não é a destruição da classe média! Se não é, deve ser porque são ricos...

O rombo é tal que dava para muita gente pagar a prestação de outra casa, ou para ter alguma poupança para quando for para a reforma, uma vez que estes senhores já aprovaram cortes nas reformas àqueles que trabalharam uma vida!

Mas não, vai antes servir para enterrar em fundações amigas, institutos e interesses instalados e para todos aqueles que tiveram direito a casa à borla e que fazem filhos subsidio dependentes, sem quererem trabalhar.

Não vale a pena imaginar um país governado pelo Mário Crespo, já temos com que nos preocupar e imaginar o próximo PEC, enquanto a corda estica...
 
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Re: Imaginem

por mais_um » 8/10/2010 16:56

LTCM Escreveu:
00h30m - Mário Crespo

Imaginem que todos os gestores públicos das 77 empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento. Imaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados. Se os resultados fossem bons as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus ajudavam em muito na recuperação.
Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento.

Imaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas.

Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta. Imaginem que só eram usados em funções do Estado.

Imaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público.

Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar.

Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês. Imaginem que o faziam, por ética ou por vergonha. Imaginem que o faziam por consciência.

Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas.

Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam.

Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares.

Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas.

Imaginem remédios dez por cento mais baratos. Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde.

Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros.

Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada.

Imaginem as pensões que se podiam actualizar. Imaginem todo esse dinheiro bem gerido.

Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins.

Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal. Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas.·
Imaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo.
Imaginem que país podíamos ser se o fizéssemos.
Imaginem que país seremos se não o fizermos.


Imaginem que o Mário Crespo era 1º ministro de Portugal.
Imaginem que país seriamos.
:lol: :lol: :lol:
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este deve estar a nadar em dinheiro?

por verdeacordaesperança » 8/10/2010 16:55

A empresa Estradas de Portugal, presidida por Almerindo Marques, acaba de celebrar um contrato com a consultora First Five de João Tocha.

O contrato agora disponibilizado publicamente contempla a prestação de serviços de Consultoria em Comunicação e Assessoria Mediática, pelo período de 4 meses, pelo montante de 12 mil euros.

O contrato foi celebrado por ajuste directo.

Fonte: Oficia
 
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por jcms » 8/10/2010 16:50

Rosario2008 Escreveu:O valor considerado é o vencimento base??? ou o total somado o subsidio de alimentação??
O Abono de familia acbou por completo???? no meu caso eram 44 euros.

Vê aqui:
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=447379

Fonte Jornal de Negocios
 
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por Trisquel » 8/10/2010 16:48

Rosario2008 Escreveu:O Abono de familia acabou por completo???? no meu caso eram 44 euros.


Depende da prova de condição de recursos / prova de situação escolar.
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por Rosariom2014 » 8/10/2010 16:45

O valor considerado é o vencimento base??? ou o total somado o subsidio de alimentação??
O Abono de familia acbou por completo???? no meu caso eram 44 euros.
 
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Imaginem

por LTCM » 8/10/2010 16:41

00h30m - Mário Crespo

Imaginem que todos os gestores públicos das 77 empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento. Imaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados. Se os resultados fossem bons as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus ajudavam em muito na recuperação.
Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento.

Imaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas.

Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta. Imaginem que só eram usados em funções do Estado.

Imaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público.

Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar.

Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês. Imaginem que o faziam, por ética ou por vergonha. Imaginem que o faziam por consciência.

Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas.

Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam.

Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares.

Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas.

Imaginem remédios dez por cento mais baratos. Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde.

Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros.

Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada.

Imaginem as pensões que se podiam actualizar. Imaginem todo esse dinheiro bem gerido.

Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins.

Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal. Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas.·
Imaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo.
Imaginem que país podíamos ser se o fizéssemos.
Imaginem que país seremos se não o fizermos.
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
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por Trisquel » 8/10/2010 16:34

pvg80713 Escreveu:
PequenoInvest Escreveu:
Trisquel Escreveu:Governo recua na proibição de acumulação dos salários com pensões
08 Outubro 2010 | 14:43
Catarina Almeida Pereira - catarinapereira@negocios.pt
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As pessoas que actualmente recebem salário e pensão da função pública, vão continuar a receber. Apenas os futuros beneficiários ficarão inibidos desta acumulação.
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, anunciou, em conferência de imprensa, que a proibição de acumulação de pensão com salários da função pública, não se vai aplicar aos actuais beneficiários.

Esta decisão tem sido alvo de sucessivos avanços e recuos, dentro do Ministério das Finanças.


Job for the boys.
Impressionante este (des)governo.


penso que isto se prende com os médicos... para já não me parece haver volta a dar.

mas é claro que deve haver casos chocantes...



Será que estes Sr.s acham que a rapaziada é esquecida! A pressão não deve ser só dos médicos! 8-)
´

Alegre defende sacrifícios repartidos por todos
O candidato presidencial Manuel Alegre defendeu esta segunda-feira a necessidade de que os sacrifícios pedidos pela crise sejam repartidos sem os privilégios de "casta" a que a República pôs fim.

04 Outubro 2010
"Nós estamos numa crise que não é uma crise política. Era bom que tudo seja repartido, que não haja privilégio de casta, nem de sangue, nem de família", afirmou Manuel Alegre aos jornalistas.

O candidato à Presidência da República, apoiado pelo PS e pelo BE, assistiu em Loures à reconstituição da proclamação da República, que, naquele concelho, teve lugar há 100 anos, um dia antes de ser proclamada a todo o país.

Manuel Alegre assistiu "com emoção" à evocação dos acontecimentos de há 100 anos "na primeira terra portuguesa a erguer a bandeira verde rubra" e sublinhou que "a República significa o fim das castas, dos privilégios de sangue e de família".

"Dá-se a voz ao povo. Nós continuamos a ter a possibilidade de recorrer sempre que necessário ao povo e à decisão do povo", acrescentou.



Para o candidato a Belém, "cem anos depois, a República tem que renascer, com mais igualdade, com mais vigor, com mais justiça, renasceu com o 25 de Abril e agora tem que renascer outra vez".


http://www.publico.clix.pt/Pol%C3%ADtic ... dp_1265170
Cumpts.
Trisquel

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por pvg80713 » 8/10/2010 16:22

PequenoInvest Escreveu:
Trisquel Escreveu:Governo recua na proibição de acumulação dos salários com pensões
08 Outubro 2010 | 14:43
Catarina Almeida Pereira - catarinapereira@negocios.pt
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As pessoas que actualmente recebem salário e pensão da função pública, vão continuar a receber. Apenas os futuros beneficiários ficarão inibidos desta acumulação.
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, anunciou, em conferência de imprensa, que a proibição de acumulação de pensão com salários da função pública, não se vai aplicar aos actuais beneficiários.

Esta decisão tem sido alvo de sucessivos avanços e recuos, dentro do Ministério das Finanças.


Job for the boys.
Impressionante este (des)governo.


penso que isto se prende com os médicos... para já não me parece haver volta a dar.

mas é claro que deve haver casos chocantes...
 
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por PequenoInvest » 8/10/2010 16:11

Trisquel Escreveu:Governo recua na proibição de acumulação dos salários com pensões
08 Outubro 2010 | 14:43
Catarina Almeida Pereira - catarinapereira@negocios.pt
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As pessoas que actualmente recebem salário e pensão da função pública, vão continuar a receber. Apenas os futuros beneficiários ficarão inibidos desta acumulação.
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, anunciou, em conferência de imprensa, que a proibição de acumulação de pensão com salários da função pública, não se vai aplicar aos actuais beneficiários.

Esta decisão tem sido alvo de sucessivos avanços e recuos, dentro do Ministério das Finanças.


Job for the boys.
Impressionante este (des)governo.
 
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por pocoyo » 8/10/2010 15:58

Concordo com o Artista, mas tambem não vejo outra maneira de o fazer.

Temos algumas receitas extraordinárias, que depois vão ter que ser cobertas.

Como é que achavam que devia ser feito? Não contabilizar os extraordinários e cortar esses mil milhões de uma vez na economia?

Não acham que o país entrava numa "depressão"?

Acho preferivel ir fazendo ajustes.
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por fatimafaria » 8/10/2010 15:52

artista Escreveu:
CerealKiler Escreveu:
pocoyo Escreveu:Agora tambem estou como o Artista. Complicados!!!
Porquê?


porque deixam dúvidas, parece que 4.200 pára...e afinal deveria ter superior a 4.200 sempre 10%


A tabela é apenas uma referência com valores concretos, não me parece nada complicada, os intervalos de redução mantêm-se... parece-me que a leitura é tão fácil que está a complicar alguns! :mrgreen:

Pelo menos numa coisa eles fizeram bem, a ter de reduzir salários fizera-no da forma que eu sempre defendi como a mais correcta. Mas isto vai ter reprecussões na economia, e é sempre um passo atrás na evolução do país, um nivelamento por baixo...

A mim não vai tocar por pouco, mas não é por isso que concordo com estas reduções... nem é uma questão de concordar ou não, é mais uma questão de não compreender como foi possível chegarmos aqui, como foi possível este governo enganar tanto os portugueses?! Não sei se já algum canal de TV fez esse trabalho (tenho visto pouco televisão) mas seria interessante mostrar as sucessivas declarações do nosso primeiro ministro ao longo dos últimos anos!

abraços

artista


São todos iguais acho que faz parte da profissão.

O David C. quando andava em campanha, fez de seu estandarte o facto de que nunca, mas nunca iria mexer nas prestações sociais entre elas o childs support, pois pois, esta semana acabou de anunciar os maiores cortes nestes benefícios desde dos tempos da MT.
 
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por Automech » 8/10/2010 15:50

artista Escreveu:nem é uma questão de concordar ou não, é mais uma questão de não compreender como foi possível chegarmos aqui, como foi possível este governo enganar tanto os portugueses?! Não sei se já algum canal de TV fez esse trabalho (tenho visto pouco televisão) mas seria interessante mostrar as sucessivas declarações do nosso primeiro ministro ao longo dos últimos anos!


O 'nosso' Elias já fez esse trabalho.

http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... &js_link=1

Nem o pinóquio... :roll:
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por artista_ » 8/10/2010 15:46

CerealKiler Escreveu:
pocoyo Escreveu:Agora tambem estou como o Artista. Complicados!!!
Porquê?


porque deixam dúvidas, parece que 4.200 pára...e afinal deveria ter superior a 4.200 sempre 10%


A tabela é apenas uma referência com valores concretos, não me parece nada complicada, os intervalos de redução mantêm-se... parece-me que a leitura é tão fácil que está a complicar alguns! :mrgreen:

Pelo menos numa coisa eles fizeram bem, a ter de reduzir salários fizera-no da forma que eu sempre defendi como a mais correcta. Mas isto vai ter reprecussões na economia, e é sempre um passo atrás na evolução do país, um nivelamento por baixo...

A mim não vai tocar por pouco, mas não é por isso que concordo com estas reduções... nem é uma questão de concordar ou não, é mais uma questão de não compreender como foi possível chegarmos aqui, como foi possível este governo enganar tanto os portugueses?! Não sei se já algum canal de TV fez esse trabalho (tenho visto pouco televisão) mas seria interessante mostrar as sucessivas declarações do nosso primeiro ministro ao longo dos últimos anos!

abraços

artista
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por Trisquel » 8/10/2010 15:03

Governo recua na proibição de acumulação dos salários com pensões
08 Outubro 2010 | 14:43
Catarina Almeida Pereira - catarinapereira@negocios.pt
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As pessoas que actualmente recebem salário e pensão da função pública, vão continuar a receber. Apenas os futuros beneficiários ficarão inibidos desta acumulação.
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, anunciou, em conferência de imprensa, que a proibição de acumulação de pensão com salários da função pública, não se vai aplicar aos actuais beneficiários.

Esta decisão tem sido alvo de sucessivos avanços e recuos, dentro do Ministério das Finanças.
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por CerealKiler » 8/10/2010 14:54

pocoyo Escreveu:Agora tambem estou como o Artista. Complicados!!!
Porquê?


porque deixam dúvidas, parece que 4.200 pára...e afinal deveria ter superior a 4.200 sempre 10%
 
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por pocoyo » 8/10/2010 14:26

Agora tambem estou como o Artista. Complicados!!!
Porquê?
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