Funcionários temporariamente sós
Lion_Heart Escreveu:Eram (ou ainda são)um Mundo aparte cheio de regalias (assim que ficavam efectivos), ao contrario dos F. Privados. (ex: emprego para toda a vida, aumento salarios anuais, subida de carreira permanente, ADSE , reformas a 100% e etc.)
Mas em que Mundo é que tu vives Lion?! Engraçado que eu sinto exactamente o contrário... há uns anos o meu irmão deixou a escola, tinha quase o 12º que só mais tarde concluíu. Eu fui para a Faculdade ele entrou para a banca, hoje ganha mais que eu, é efectivo, ganha mais que eu e ainda tem mais regalias (Carro, combustível, SAMS, e outras que é melhor não dizer


Abraços,
Artista
PS: Obviamente que uma história isolada não prova nada, mas achei curiosa a comparação, algum significado tem, no contexto do que aqui se discute!

Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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Dado que trabalho nos dois lados da barricada (legitimamente, em sectores díspares) tenho tido a possibilidade de percepcionar com atenção o que me parece serem as vantagens/desvantagens destes "dois mundos":
A primeira opinião que tenho é de que, genericamente, se trabalha muito mal tanto no privado como no sector publico.
Sei que parece um cliché, mas vivi exemplos de elevada prdutividade, responsabilidade profissional e criatividade, "lá fora" (não me refiro aqui aos "hubs" de investigação). Para mim, temos muito que trabalhar em conceitos estruturais da formação pessoal do típico cidadão (que é aquilo que temos em maior percentagem, como é obvio)
A questão da formação academica dos funcionários publicos - cuja exigência para vários cargos proporcionou - é muito relativa, dado que a estrutura moral e a apetência/capacidade para regeneração é muito reduzida. (obviamente que existem sub-áreas que estão já a "levantar voo" ou pessoas excecpionalmente dedicadas em serviços aonde a maior parte pouco e mal faz...).
De pouco serve ter um elemento de uma equipa com licenciatura (ou mais) que tenha um rácio de produtividade/dedicação baixo. Este problema deve ser combatido: ou se reforma a mentalidade do "trabalhador" através da educação (mesmo em adulto, i.e. ao nível da cultura global) ou se lhe impôem regras, objectivos e mecanismos de recompensa fidedignos e reais.
Deve-se apostar na exigência da proficiência. Quanto a mim, é o que mais falta nos serviços estatais.
A primeira opinião que tenho é de que, genericamente, se trabalha muito mal tanto no privado como no sector publico.
Sei que parece um cliché, mas vivi exemplos de elevada prdutividade, responsabilidade profissional e criatividade, "lá fora" (não me refiro aqui aos "hubs" de investigação). Para mim, temos muito que trabalhar em conceitos estruturais da formação pessoal do típico cidadão (que é aquilo que temos em maior percentagem, como é obvio)
A questão da formação academica dos funcionários publicos - cuja exigência para vários cargos proporcionou - é muito relativa, dado que a estrutura moral e a apetência/capacidade para regeneração é muito reduzida. (obviamente que existem sub-áreas que estão já a "levantar voo" ou pessoas excecpionalmente dedicadas em serviços aonde a maior parte pouco e mal faz...).
De pouco serve ter um elemento de uma equipa com licenciatura (ou mais) que tenha um rácio de produtividade/dedicação baixo. Este problema deve ser combatido: ou se reforma a mentalidade do "trabalhador" através da educação (mesmo em adulto, i.e. ao nível da cultura global) ou se lhe impôem regras, objectivos e mecanismos de recompensa fidedignos e reais.
Deve-se apostar na exigência da proficiência. Quanto a mim, é o que mais falta nos serviços estatais.
Deep :
Tens ideias muito bonitas, mas a realidade empresarial, é bem diferente.
Já fui empresário, tive uma participação significativa, numa empresa bem posicionada no sector em que está, e começamos com meia dúzia de tostões ( 200 contos) em 1988, actualmente é muito conhecida , e de certeza absoluta a conheces, actualmente deve ter proveitos de 200 milhões de euros.
Actualmente , seria quase impossível conseguir esse crescimento, conheço bem mundo empresarial , embora actualmente esteja afastado desse sector.
Tens ideias muito bonitas, mas a realidade empresarial, é bem diferente.
Já fui empresário, tive uma participação significativa, numa empresa bem posicionada no sector em que está, e começamos com meia dúzia de tostões ( 200 contos) em 1988, actualmente é muito conhecida , e de certeza absoluta a conheces, actualmente deve ter proveitos de 200 milhões de euros.
Actualmente , seria quase impossível conseguir esse crescimento, conheço bem mundo empresarial , embora actualmente esteja afastado desse sector.
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varus Escreveu:Mas existe muita gente , que trabalhava bem no duro, e não tem trabalho.
Não sou um privilegiado, antes sou um bom trabalhador, altamente qualificado com um grande salário a nível europeu.
Trabalhar no duro não é sinónimo de criação de valor para uma empresa.
Temos que ver um trabalhador como uma pessoa que cria valor para a sua empresa.
Podemos trabalhar no duro e continuar a ser deficitários para a empresa em que trabalhamos. Não é por acaso a falência de muitas empresas em Portugal.
As empresas têm que ser flexíveis no mundo actual. Quando uma empresa deixa de ser competitiva tem que, em primeiro lugar analisar a sua falta de competitividade no sector em que opera. Caso continue a perder valor tem que ver novas oportunidades de negócios.
Lembre-se duma coisa. Ser flexivel no mundo actual é a chave de novos negócios. Todas as empresas nascem e morrem. Nada é perpétuo.
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varus Escreveu:Caro Deep :
Mas tu és um privilegiado, na privada, mas é que eu conheço, muita boa gente que estava no sector privado exportador ,com regalias e com bons ordenados, que estão actualmente no desemprego e sem perspectivas .
Aqui na zona norte , isto está preto.
No tempo do antigo regime , as remunerações da F.P, eram geralmente mais baixas 30%, mas era igual na europa ocidental, como havia garantia de emprego e uma reforma por inteiro.
Depois do 25A , estas corporações ganharam importancia , devido o que representam em votos, começou haver as promoções automáticas , a gaiolas douradas para boys, os que andaram a colar cartazes , também conseguiram ter empregos, mas para trabalhar pouco.
Assim o numero F.P passa de 200.000 em 1973 , para 750.000 actuais, mais as quantias milionárias em dinheiro pago , escritórios só para emitirem pareceres, antes 25A, não esta pouca vergonha dos pareceres, eram feitos dentro das empresas públicas , porque tinham um gabinete jurídico competente e trabalhador.
O problema está nos boys , e esta rapaziada, não trabalha e nem está habituada .
Já nem falo , em institutos, fundações,etc, são outros escândalos,isto está muito podre.
Mas para ter estas " regalias" trabalho muitas vezes 12 horas ao dia.
Claro que sou recompensado.
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Caro Deep :
Mas tu és um privilegiado, na privada, mas é que eu conheço, muita boa gente que estava no sector privado exportador ,com regalias e com bons ordenados, que estão actualmente no desemprego e sem perspectivas .
Aqui na zona norte , isto está preto.
No tempo do antigo regime , as remunerações da F.P, eram geralmente mais baixas 30%, mas era igual na europa ocidental, como havia garantia de emprego e uma reforma por inteiro.
Depois do 25A , estas corporações ganharam importancia , devido o que representam em votos, começou haver as promoções automáticas , a gaiolas douradas para boys, os que andaram a colar cartazes , também conseguiram ter empregos, mas para trabalhar pouco.
Assim o numero F.P passa de 200.000 em 1973 , para 750.000 actuais, mais as quantias milionárias em dinheiro pago , escritórios só para emitirem pareceres, antes 25A, não esta pouca vergonha dos pareceres, eram feitos dentro das empresas públicas , porque tinham um gabinete jurídico competente e trabalhador.
O problema está nos boys , e esta rapaziada, não trabalha e nem está habituada .
Já nem falo , em institutos, fundações,etc, são outros escândalos,isto está muito podre.
Mas tu és um privilegiado, na privada, mas é que eu conheço, muita boa gente que estava no sector privado exportador ,com regalias e com bons ordenados, que estão actualmente no desemprego e sem perspectivas .
Aqui na zona norte , isto está preto.
No tempo do antigo regime , as remunerações da F.P, eram geralmente mais baixas 30%, mas era igual na europa ocidental, como havia garantia de emprego e uma reforma por inteiro.
Depois do 25A , estas corporações ganharam importancia , devido o que representam em votos, começou haver as promoções automáticas , a gaiolas douradas para boys, os que andaram a colar cartazes , também conseguiram ter empregos, mas para trabalhar pouco.
Assim o numero F.P passa de 200.000 em 1973 , para 750.000 actuais, mais as quantias milionárias em dinheiro pago , escritórios só para emitirem pareceres, antes 25A, não esta pouca vergonha dos pareceres, eram feitos dentro das empresas públicas , porque tinham um gabinete jurídico competente e trabalhador.
O problema está nos boys , e esta rapaziada, não trabalha e nem está habituada .
Já nem falo , em institutos, fundações,etc, são outros escândalos,isto está muito podre.
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.MarcoAntonio Escreveu:.Deep Puple Escreveu:Antigamente ser funcionário público er a viver uma vida miserávem com salários muito abaixos dos privados.As pessoas que iam para a função pública eram na sua maioria pessoas com fraco nível de escolaridade (ex. PSP, GNR). A grande maioria das pessoas preferiam trabalhar no sector privado, como no meu caso.
Actualmente grande parte dos funcionários publicos (professores, PSP, GNR, Finanças, etc) têm um nivel de escolaridade muito superior aos do sector privado, e como é lógico têm um maior rendimento.
Tu nem estás a referir o enorme sector da Saúde (sector público) onde hoje em dia é quase tudo, pelo menos nas gerações mais recentes, de licenciatura para cima!
Existem de resto estudos sobre a matéria: a percentagem de pessoas com formação superior no Estado é muuuito superior à percentagem no privado.
Tem muita razão. Só não mencionei essas classes porque é óbvio do nível de escolaridade dessas classes profissionais.
Só queria dar o exemplo da PSP e da GNR.
Actualmente muito agentes têm cursos superiores, o que leva a uma maior consciência das suas reinvidicações, o que até pode ser prejudicial para essas instituições.
No meu tempo, quando servi na Marinha no serviço miçitar obrigatório como guarda marinha nos fuzileiros dado a minha licenciatura na altura fui convidado para ser oficial da GNR, o que recusei. Agora, se quiserem vão para praças.
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Deep Puple Escreveu:Antigamente ser funcionário público er a viver uma vida miserávem com salários muito abaixos dos privados.As pessoas que iam para a função pública eram na sua maioria pessoas com fraco nível de escolaridade (ex. PSP, GNR). A grande maioria das pessoas preferiam trabalhar no sector privado, como no meu caso.
Actualmente grande parte dos funcionários publicos (professores, PSP, GNR, Finanças, etc) têm um nivel de escolaridade muito superior aos do sector privado, e como é lógico têm um maior rendimento.
Tu nem estás a referir o enorme sector da Saúde (sector público) onde hoje em dia é quase tudo, pelo menos nas gerações mais recentes, de licenciatura para cima!
Existem de resto estudos sobre a matéria: a percentagem de pessoas com formação superior no Estado é muuuito superior à percentagem no privado.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Antigamente ser funcionário público er a viver uma vida miserávem com salários muito abaixos dos privados.As pessoas que iam para a função pública eram na sua maioria pessoas com fraco nível de escolaridade (ex. PSP, GNR). A grande maioria das pessoas preferiam trabalhar no sector privado, como no meu caso.
Actualmente grande parte dos funcionários publicos (professores, PSP, GNR, Finanças, etc) têm um nivel de escolaridade muito superior aos do sector privado, e como é lógico têm um maior rendimento.
Continuo no privado e não tenho inveja nenhuma dos que trabalham no sector público. Os funcionários públicos não podem fugir aos impostos, têm aumentos salariais muito inferiores ao secor privado, não t~em mordomias (carros), salvaguando apenas as progressões automáticas).
No emu caso tenho automóvel da empresa, cartão de crédito, PPR efectuados pela empresa, seguro de vida e aumentos salarial de acordo com a minha produtividade. Inclusive, tenho almoço e jantar pago pela empresa.
A empresa ende trablaho é um entidade de capital intensivo, com pouco pessoal, mas altamente qualificado sendo 99% virado para a exportação.
O que precisameos neste momento são de empresas viradas para a exportação com grande valor acrescentado.
Presentemente a politica da empresa é ter a sede em Espanha, e sabem porquê, é que é mais viável para os trabalhadores serem residentes em Esapnha devido aos elevados imposto sobre o rendimento dos trabalhadores.
Hoje a empresa deu tolerância de ponto tendo inclusivé pago as nossas estadias neste maravilhoso Hotel de Vilamoura, de Sábado a Terça Feira. Esta estadia serve para unir os laçõs das familias que trabalham para a empresa.
Actualmente grande parte dos funcionários publicos (professores, PSP, GNR, Finanças, etc) têm um nivel de escolaridade muito superior aos do sector privado, e como é lógico têm um maior rendimento.
Continuo no privado e não tenho inveja nenhuma dos que trabalham no sector público. Os funcionários públicos não podem fugir aos impostos, têm aumentos salariais muito inferiores ao secor privado, não t~em mordomias (carros), salvaguando apenas as progressões automáticas).
No emu caso tenho automóvel da empresa, cartão de crédito, PPR efectuados pela empresa, seguro de vida e aumentos salarial de acordo com a minha produtividade. Inclusive, tenho almoço e jantar pago pela empresa.
A empresa ende trablaho é um entidade de capital intensivo, com pouco pessoal, mas altamente qualificado sendo 99% virado para a exportação.
O que precisameos neste momento são de empresas viradas para a exportação com grande valor acrescentado.
Presentemente a politica da empresa é ter a sede em Espanha, e sabem porquê, é que é mais viável para os trabalhadores serem residentes em Esapnha devido aos elevados imposto sobre o rendimento dos trabalhadores.
Hoje a empresa deu tolerância de ponto tendo inclusivé pago as nossas estadias neste maravilhoso Hotel de Vilamoura, de Sábado a Terça Feira. Esta estadia serve para unir os laçõs das familias que trabalham para a empresa.
Editado pela última vez por Deep Puple em 4/10/2010 10:16, num total de 1 vez.
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varus Escreveu:Esses são os únicos , que não conhecem a palavra crise, e até foram beneficiados, porque muitos bens caíram de preço, como é caso da imobiliária , e seus rendimentos , até melhoraram , promoções automáticos , em que eram todos bons , enfim valeu tudo. Enquanto o sector privado conseguiu pagar as loucuras destes políticos incompetentes, estava tudo muito bem.
É por isso , que aparentemente , não existe crise, porque existe uma boa parte da população , que vive acima do verdadeiras capacidades do país, e com remunerações bem acima da privada.
Porque os salários na privada caíram ou deixaram de existir, porque as empresas fecharam , e já nem falo dos pequenos negócios.
Não estou nada de acordo com a sua opinião..que me parece ser um tanto ou quanto descabida...
Por acaso tem a percepção de que o grande problema de Portugal não é a dívida pública nem o défice publico, mas sim o endividamento externo, onde o maior culpado é exactamente o...sector privado?!!
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Esses são os únicos , que não conhecem a palavra crise, e até foram beneficiados, porque muitos bens caíram de preço, como é caso da imobiliária , e seus rendimentos , até melhoraram , promoções automáticos , em que eram todos bons , enfim valeu tudo. Enquanto o sector privado conseguiu pagar as loucuras destes políticos incompetentes, estava tudo muito bem.
É por isso , que aparentemente , não existe crise, porque existe uma boa parte da população , que vive acima do verdadeiras capacidades do país, e com remunerações bem acima da privada.
Porque os salários na privada caíram ou deixaram de existir, porque as empresas fecharam , e já nem falo dos pequenos negócios.
É por isso , que aparentemente , não existe crise, porque existe uma boa parte da população , que vive acima do verdadeiras capacidades do país, e com remunerações bem acima da privada.
Porque os salários na privada caíram ou deixaram de existir, porque as empresas fecharam , e já nem falo dos pequenos negócios.
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Ja aqui discordei do Sr. Pedro em outros artigos escritos por ele.
Neste assunto digo o que sempre disse.
Os F. Publicos sempre foram uma classe privilegiada neste País, com mais direitos, garantias e benesses que os outro cidadãos por muito que isto lhes custe ouvir mas é a verdade.
Eram (ou ainda são)um Mundo aparte cheio de regalias (assim que ficavam efectivos), ao contrario dos F. Privados. (ex: emprego para toda a vida, aumento salarios anuais, subida de carreira permanente, ADSE , reformas a 100% e etc.)
O que sucedeu agora era inveitavel, ou o "monstro" ia acabar por os comer também.
E infelizmente isto é só o inicio , pois com a UE a impor a Lei dos 3% , a caução e o visto prévio aos orçamentos, Portugal vai piar fino.
O Governo continua a dar o salto em frente , com as reformas na gaveta , mas vai ter que as fazer.
Vai ter que as fazer pois mesmo que chegue a 2013 com deficit de 3% do PIB vai ter que o manter , o que implica manter os salarios congelados , as pensões ,os impostos e etc. Mas isto é impossivel.
O monstro , o pantano ou la o que seja que os politiqueiros lhe queiram chamar venceu o sistema , ficou maior que ele e é incontrolavel.
Infelizmente só vai la com medidas de choque. Mas disso ja falamos em outro topico.
Neste assunto digo o que sempre disse.
Os F. Publicos sempre foram uma classe privilegiada neste País, com mais direitos, garantias e benesses que os outro cidadãos por muito que isto lhes custe ouvir mas é a verdade.
Eram (ou ainda são)um Mundo aparte cheio de regalias (assim que ficavam efectivos), ao contrario dos F. Privados. (ex: emprego para toda a vida, aumento salarios anuais, subida de carreira permanente, ADSE , reformas a 100% e etc.)
O que sucedeu agora era inveitavel, ou o "monstro" ia acabar por os comer também.
E infelizmente isto é só o inicio , pois com a UE a impor a Lei dos 3% , a caução e o visto prévio aos orçamentos, Portugal vai piar fino.
O Governo continua a dar o salto em frente , com as reformas na gaveta , mas vai ter que as fazer.
Vai ter que as fazer pois mesmo que chegue a 2013 com deficit de 3% do PIB vai ter que o manter , o que implica manter os salarios congelados , as pensões ,os impostos e etc. Mas isto é impossivel.
O monstro , o pantano ou la o que seja que os politiqueiros lhe queiram chamar venceu o sistema , ficou maior que ele e é incontrolavel.
Infelizmente só vai la com medidas de choque. Mas disso ja falamos em outro topico.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
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Funcionários temporariamente sós
Infelizmente não posso concordar com o Pedro. Não ter aumentado salários no passado teria sido totalmente impopular. Cortar agora, ora... agora "fomos obrigados" pelos mercados internacionais, OCDE, FMI, UE...
Funcionários temporariamente sós
01 Outubro2010 | 11:48
Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt
Milhares de funcionários públicos estão a ser, neste momento, informados sobre quanto dinheiro vão deixar de receber a partir do próximo ano
Milhares de funcionários públicos estão a ser, neste momento, informados sobre quanto dinheiro vão deixar de receber a partir do próximo ano: são centenas de euros por mês. Isto é justo? Não. Nada disto tem, aliás, a ver com justiça.
O Estado é uma besta anafada, custa-nos dinheiro de mais para o que faz. Há funcionários a mais? Sim, ainda há. Eles ganham de mais? Sim, ganhavam cada vez mais. Então os cortes salariais são justos? Não. Porque um erro não corrige outro: o de se ter contratado tanta gente e pago de forma tão "automática", sem cuidar do mérito ou do desempenho. Os funcionários do Estado têm uma produtividade factualmente miserável, por responsabilidade de quem os gere.
Quando José Silva Lopes disse que isto só lá ia com um corte de salários no Estado, vai para dois anos, caiu-lhe o Carmo em cima. Quando Miguel Frasquilho disse o mesmo, em Abril deste ano, no Congresso do PSD, caiu-lhe a Trindade. Mesmo no PSD de Pedro Passos Coelho tal era renegado, e Frasquilho ficou mais isolado na sua "família" do que um leproso entre hipocondríacos. Mas a conta era certa, ou se atacava na quantidade (número de funcionários) ou no preço (salário). Foi-se o salário.
Nas páginas de hoje do Negócios, o desfile de números é assustador. 3,6 milhões de portugueses estão a perder rendimento real com as medidas de austeridade deste ano e do próximo. 380 mil perderão abono de família. 450 mil funcionários do Estado e das empresas públicas perderão mais de 140 euros por cada mês.
Ainda há meses o Governo cedia nas negociações com os professores, pagando mais 400 milhões de euros por uma paz com a classe. Agora, veio a ressaca. Os funcionários públicos foram os últimos a ser afectados na "defesa do Estado social" mas foram-no pela medida grande. E ninguém voltará a chamá-los de privilegiados.
Vindo tarde, e sob ultimato internacional, o pacote de medidas de austeridade tem muito pânico e pouca estratégia. É muito financeiro e pouco económico. Não se percebe como é que o Governo teve um gabinete de crise política tão competente e não teve um gabinete de crise económica que criasse, pelo menos, planos de contingência.
As pensões mais baixas também são congeladas, o que é inédito; as pensões mais elevadas ficam intactas, o que é descabido. Até a acumulação de pensões pública e privada permanece para os casos actuais, passando a aplicar-se apenas doravante. E a classe política sai praticamente incólume, quando é ela a grande responsável por este descalabro. A única medida para aplacar a "ira" é a taxa sobre o sistema financeiro, que está longe de ser voraz.
Este é, de facto, um plano de austeridade financeiro, que foi acelerado pelas pressões mediáticas e discretas da banca portuguesa há duas semanas. Estávamos mesmo a ir "contra a parede" que Fernando Ulrich um dia desenhou na nossa imaginação. Como diz nesta edição o economista da OCDE que acompanha Portugal, a alternativa à recessão que vamos ter seria outra recessão ainda pior, provocada por falta de financiamento. Não encontrámos outra solução que não fosse uma recessão económica, que cura e arde como álcool numa ferida aberta.
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