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Caldeirão da Bolsa

Off-topic - Centenário da República

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Opcard » 10/10/2010 14:41

A república e os bananas
por ALBERTO GONÇALVES



A 5 de Outubro de 1910 um bando de rústicos hasteou uma bandeira na varanda da Câmara de Lisboa e implantou, como se implanta um dente, a República.

As baixas foram mínimas, e isso já incluindo os dois líderes revoltosos mortos horas antes por malucos (no caso do almirante Reis, tratou-se de suicídio). A resistência do regime anterior, atarantado, caduco e fatalmente "aberto", foi residual. O interesse do povo foi quase nulo.

A bandeira em causa foi a do Partido Republicano, que contava com a simpatia de uns poucos milhares de lisboetas e o desprezo do resto do País.

O País caiu assim, feito fruta, nas mãos dos rústicos, que se achavam iluminados por frequentar o Rossio e terem ouvido uns delírios em francês.

Mesmo por comparação com os desvarios precedentes, estava inaugurada uma época de caos económico, totalitarismo político, perseguições religiosas e ideológicas, discriminação cívica, atentados regulares e geral atraso de vida. E imensa retórica progressista.

A deposição da monarquia significou a troca do privilégio de classe pelo privilégio da falta dela, o que não sendo tão mau quanto soa não é tão bom quanto a propaganda oficial jura.

A 5 de Outubro de 2010, o regime em vigor festejou, com tiques devotos, o centenário desse encantador período. Humor negro? Quem dera. Os senhores que hoje mandam nisto celebram a ascensão da I República porque, em larga medida, essa é a sua ascensão. O mofo jacobino e maçónico que tomou conta de Portugal há cem anos é o mofo que desde então sempre nos regeu, com uma longa interrupção para o mofo seminarista, igualmente conhecido por Estado Novo.

Se entretanto Portugal mudou muito, quase nada se deveu ao esforço próprio. Nas últimas décadas, as dádivas e o crédito alheios emprestaram-nos o verniz de "modernidade" que disfarçou, mas não impediu, a falência iminente, a corrupção genética e a aversão à autonomia dos cidadãos.

Os cidadãos, diga-se, também não ajudam, visto que assistem a tudo com a indiferença de há um século.

Excepto quando lhes dá ou retira o amparo, as pessoas não pensam que o Estado e o poder sejam assunto seu. No fundo, e com relativa razão, habituaram-se a pensar que são assunto "deles".

E "eles" festejam: a desgraça a que, perante a apatia geral e a impunidade, nos conduziram.
 
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por Pastel » 6/10/2010 14:42

Elias Escreveu:Já agora para ajudar à confusão:
Em 5 de Outubro de 1143, foi assinado o Tratado de Zamora que resultou da conferência de paz entre D. Afonso Henriques e seu primo Afonso VII de Leão e Castela.


No fundo, é a data oficial.
Até acho que deviam acabar com o 10 de Junho e concentrar no 5 de Outubro as comemorações de Portugal, República, etc.



Googlando, encontrei este breve resumo da evolução dos feriados ao longo dos tempos:

"Uma semana após a implantação da República, precisamente a 12 de Outubro de 1910 o governo revolucionário publicou decreto a abolir os antigos dias feriados e a fixar os novos, que foram:



31 de Janeiro - Precursores e Mártires da República
5 de Outubro - Heróis da República
1º de Dezembro – Autonomia da Pátria Portuguesa
1º de Janeiro - Fraternidade Universal
25 de Dezembro – Família




No mesmo decreto foi indicado que os municípios podiam escolher um dia de feriado municipal.


No Porto, apesar de sugerido desde logo o 24 de Junho, não se criou consenso na vereação republicana, pelo que se entendeu que apenas se deveria fixar o feriado municipal após consulta aos portuenses.
De imediato e de forma espontânea, o Jornal de Notícias organizou um concurso popular, por votação postal, tendo sido vencedor o dia de S. João, já tradicional e popularmente festejado pelo menos desde o século XIV, sendo o resultado aceite pela Câmara. Como curiosidade, registe-se que em segundo lugar ficou o dia de Nossa Senhora da Conceição (08/12) e em terceiro o 9 de Julho, dia da entrada na cidade, em 1832, do Exército Libertador de D. Pedro.


Em Lisboa escolheram o 10 de Junho, como Dia de Camões, fruto das grandes comemorações camonianas organizadas em 1880 e que foram a primeira grande manifestação de impacto republicano. Em 1929 passou o 10 de Junho a feriado nacional, escolhendo a cidade capital celebrar municipalmente o 13 de Maio…. em memória do Nascimento do Marquês de Pombal (e evitando uma vez mais o «religioso» Santo António). Mais tarde, e dada a celebração na mesma data das Aparições de Fátima, Salazar obriga a nova mudança, desta feita para 25 de Outubro, data comemorativa da Conquista da Cidade aos Mouros. Anos depois, finalmente, a câmara lisboeta fixou o feriado municipal alfacinha como sendo o Santo António, a 13 de Junho que já era celebrado popularmente, mas até então não reconhecido e mesmo evitado oficialmente.


A propósito e em complemento, segue-se uma Breve história dos restantes Feriados na República (1910-2010):


Para além dos acima indicados, a 1 de Maio de 1912 é acrescentado o feriado nacional de 3 de Maio - Descobrimento do Brasil.


"A 29 de Julho de 1929 (já em tempos da Ditadura Nacional) o 1º de Dezembro passou a designar-se de «Restauração da Independência» e ao 10 de Junho para além de Camões acrescenta-se-lhe a celebração da Festa de Portugal, e em 1944 o «Dia da Raça». Em 1978, o 10 de Junho passou a designar-se dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.


A 5 de Junho de 1948 é fixado feriado nacional o dia 8 de Dezembro, como sendo da Imaculada Conceição.


A 4 de Janeiro de 1952, após regulação do acordado na Concordata com a Santa Sé, são introduzidos os feriados do Corpo de Deus (festa móvel), o 15 de Agosto (Assunção de Nossa Senhora), e o 1 de Novembro (Todos os Santos). E são extintos os feriados de 31 de Janeiro e de 3 de Maio.


A 27 de Abril de 1974 a Junta de Salvação Nacional decreta o dia 1º de Maio como feriado obrigatório sob a designação de Dia do Trabalhador. E foi introduzido o feriado do 25 de Abril como Dia da Liberdade.


O Código do Trabalho de 2003 fixa como dias feriados os seguintes: «1 de Janeiro, de Sexta-Feira Santa, de Domingo de Páscoa, 25 de Abril, 1 de Maio, de Corpo de Deus, 10 de Junho, 15 de Agosto, 5 de Outubro, 1 de Novembro, 1, 8 e 25 de Dezembro».
Podem ainda ser observados como feriados o Carnaval e o feriado municipal.
Nota: na anterior legislação (Decreto-Lei nº 874/76, de 28 de Dezembro de 1976), o Domingo de Páscoa não era feriado, pelo que será este o de criação mais recente."


Fonte: http://www.portoantigo.org/2010/06/o-fe ... -joao.html
 
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por Lion_Heart » 6/10/2010 1:49

Letra
Data: 1890 (com alterações de 1957)
Letra: Henrique Lopes de Mendonça
Música: Alfredo Keil

I
Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas!
Sobre a terra e sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar!
Contra os canhões
marchar, marchar!

II
Desfralda a invicta bandeira
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu
Beija o solo teu jucundo
O oceano, a rugir d'amor,
E o teu braço vencedor
Deu mundos novos ao Mundo!

Às armas, às armas!
Sobre a terra e sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar!
Contra os canhões
marchar, marchar!

III
Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal do ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.

Às armas, às armas!
Sobre a terra e sobre o mar,
Ás armas, às armas!
Pela Pátria lutar!
Contra os canhões
marchar, marchar!

Fonte Wikipedia
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

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por Lion_Heart » 6/10/2010 1:44

A Portuguesa, que hoje é um dos símbolos nacionais de Portugal (o seu hino nacional), nasceu como uma canção de cariz patriótico em resposta ao ultimato britânico para que as tropas portuguesas abandonassem as suas posições em África, no denominado "Mapa cor-de-rosa".


Em Portugal, a reacção popular contra os ingleses e contra o governo português, que permitiu esse género de humilhação, manifestou-se de várias formas. "A Portuguesa" foi composta em 1890, com letra de Henrique Lopes de Mendonça e música de Alfredo Keil, e foi utilizada desde cedo como símbolo patriótico mas também republicano. Aliás, em 31 de Janeiro de 1891, numa tentativa falhada de golpe de Estado que pretendia implantar a república em Portugal, esta canção já aparecia como a opção dos republicanos para hino nacional, o que aconteceu, efectivamente, quando, após a instauração da República a 5 de Outubro de 1910, a Assembleia Nacional Constituinte a consagrou como símbolo nacional em 19 de Junho de 1911.

A Portuguesa, proibida pelo regime monárquico, que originalmente tinha uma letra um tanto ou quanto diferente (mesmo a música foi sofrendo algumas alterações) — onde hoje se diz "contra os canhões", dizia-se "contra os bretões", ou seja, os ingleses — veio substituir o Hymno da Carta, então o hino nacional desde Maio de 1834.

Em 1956, existiam no entanto várias versões do hino, não só na linha melódica, mas também nas instrumentações, especialmente para banda, pelo que o governo nomeou uma comissão encarregada de estudar uma versão oficial de A Portuguesa. Essa comissão elaborou uma proposta que seria aprovada em Conselho de Ministros a 16 de Julho de 1957, mantendo-se o hino inalterado deste então.

Fonte Wikipedia
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por Lion_Heart » 6/10/2010 1:42

Para terminar o assunto Republica descobri o seguinte no Wikipedia que nao sabia.

O Ultimato britânico de 1890 foi um ultimato do governo britânico - chefiado pelo primeiro ministro Lord Salisbury - entregue a 11 de Janeiro de 1890 na forma de um "Memorando" que exigia a Portugal a retirada das forças militares chefiadas pelo major Serpa Pinto do território compreendido entre as colónias de Moçambique e Angola (nos actuais Zimbabwe e Zambia), a pretexto de um incidente entre portugueses e Macololos. A zona era reclamada por Portugal, que a havia incluído no famoso Mapa cor-de-rosa, reclamando a partir da Conferência de Berlim uma faixa de território que ia de Angola à contra-costa, ou seja, a Moçambique. A concessão de Portugal às exigências britânicas foi vista como uma humilhação nacional pelos republicanos portugueses, que acusaram o governo e o rei D.Carlos I de serem os seus responsáveis. O governo caiu, e António de Serpa Pimentel foi nomeado primeiro-ministro. O Ultimato britânico inspirou a letra do hino nacional português, "A Portuguesa". Foi considerado pelos historiadores Portugueses e políticos da época a acção mais escandalosa e infame da Grã-Bretanha contra o seu antigo aliado.
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por Opcard » 5/10/2010 20:51

Afinal Elias só há a Republica das Bananas pois monarquia das bananas é coisa que não existe.

[quote="Elias"]Polícia municipal afasta manifestantes que gritam "viva a República das bananas"
 
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por Opcard » 5/10/2010 20:45

A bandeira de Portugal

Mudança da bandeiraBandeira Nacional, um acontecimento que ilustra, como iremos ver ao longo destas linhas, o facciosismo irracional e o fundamentalismo ideológico dos seus mentores.

As fontes oficiais remetem erroneamente para um pretenso simbolismo associado às cores adoptadas:
A Bandeira tem um significado republicano e nacionalista.

A comissão encarregada da sua criação explica a inclusão do verde por ser a cor da esperança e por estar ligada à revolta republicana de 31 de Janeiro de 1891. Segundo a mesma comissão, o vermelho é a cor combativa, quente, viril, por excelência.

É a cor da conquista e do riso. Uma cor cantante, ardente, alegre (…). Lembra o sangue e incita à vitória.

Ora, nada disto é verdade. As cores Bandeira que teoricamente decorreu de um concurso de ideias - o qual deveria ser plebiscitado e, posteriormente, aprovado na Assembleia Constituinte - foram as dos “patrocinadores do golpe revolucionário”: o Grande Oriente Lusitano e a Carbonária, cujos estandartes se elucidam nas figuras que se seguem.

Figura 1 - O estandarte do Grande Oriente Lusitano
A verdade é que esse concurso de ideias em que as propostas mais coerentes, provenientes de muitos republicanos, passavam pela natural manutenção das cores nacionais, o azul e o branco, foi pura e simplesmente ignorado eB&andeira imposta fazia tábua rasa do bom senso e das regras básicas da heráldica.

Figura 2 - A Bandeira da Carbonária
Na prática, a forma republicana de resolver a questão da Bandeirafoi semelhante àquela que eles usaram para resolver outras questões: as eleições para a Assembleia, com esquemas que fariam corar de vergonha a “Ignóbil Porcaria”; a censura prévia – que não existia formalmente porque o «bom povo republicano» empastelava – expressão revolucionária utilizada na altura -todos os órgãos de comunicação social que tivessem simpatias monárquicas, etc.
As alterações de regime na mudança das cores nacionais

Na Europa, sobretudo após os conflitos mundiais, foram vários os países que alteraram – na maior parte dos casos por razões exógenas – a sua forma de regime. Mas em nenhum dos casos – ou em quase nenhum, como iremos ver mais à frente – a mudança de regime determinou a alteração das cores ....
 
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por Lion_Heart » 5/10/2010 19:55

Achei ainda mais triste ao ver na tv pessoas jovens a serem entrevistadas e nem sequer saberem que é o Presidente Da Republica hoje em dia!


Se no tempo do Estado Novo muito eram ignorantes por imposição do Estado , hoje em dia ser ignorante porque se quer é demais.


Com respostas destas não me admira nada ver as sondagens que aparecem e o estado a que isto chegou!
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por Lion_Heart » 5/10/2010 19:52

República: Mais de 38% dos portugueses não sabe que centenário se celebra
Sabe qual é o centenário que se celebra amanhã? Se não sabe, não fique envergonhado, porque está longe de ser o único. De acordo com uma sondagem exclusiva da Aximage para o CM, mais de 38% dos portugueses não sabe que a 5 de Outubro se celebra o centenário da Implantação da República. Só pouco mais de metade dos inquiridos consegue dar a resposta certa, com 7,3% de respostas erradas.

in CorreioDaManha
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por Elias » 5/10/2010 17:16

Polícia municipal afasta manifestantes que gritam "viva a República das bananas"

por LusaHoje

A polícia municipal de Lisboa foi hoje obrigada a afastar meia dúzia de elementos, interromperam o discurso do presidente da Câmara de Lisboa com estridentes "Viva a República das bananas".

Munidos de seis bandeiras de Portugal e várias bananas, os elementos vestidos com adereços alusivos a várias profissões, irromperam pela Praça dos Município quando António Costa proferia o seu discurso oficial na varanda do edifício.

Dado o barulho que faziam com tambores e violas, os elementos dos Homens da Lusta, que fazem um programa de televisão, foram prontamente afastados pela polícia municipal que os impediram de passar para a Praça.

Estes cidadãos continuaram a gritar, mas agora na rua do Arsenal uma vez que as autoridades não os deixaram passar para a Praça do Município.

Neste momento, muitos populares que se encontravam a assistir às cerimónias do centenário da República, deslocaram-se para a rua do Arsenal para assistir aos protestos.
 
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por Elias » 5/10/2010 17:14

ul Escreveu:os países com monarquia são mais eficientes e menos conflituosos



Explosão de bomba na Irlanda do Norte
5 de Outubro, 2010

Uma bomba colocada numa viatura explodiu junto de um centro comercial de Londonderry, na Irlanda do Norte, sem provocar vítimas mas com importantes prejuízos materiais, informou a polícia local.

«Pouco depois da meia-noite, um engenho explosivo colocado numa viatura de marca Corsa explodiu em frente de um banco, nas traseiras do Centro Comercial DaVinci», na cidade de Londonderry, esclareceu um porta-voz da polícia da Irlanda do Norte.

«Um alerta de bomba foi recebido precisamente uma hora antes da explosão e a polícia colocou no local um cordão de segurança», adiantou.

Lusa / SOL
 
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por Opcard » 5/10/2010 15:13

Aspectos interessantes da 1 ° republica :

".....A partir daqui a sucessiva saga de governos não ia parar: o 1º governo constitucional de João Pinheiro Chagas pouco mais durou que dois meses . Durante os 16 anos de vida da República sucederam-se:

7 Parlamentos,

8 Presidentes da República,

46 governos

68 Ministros da Fazenda/ Finanças (1910-1926)

19 Ministros do Fomento (1910-1917)

41 Ministros de Trabalho (1916-1925)

22 Ministros do Comércio (1917-1921)

47 Ministros da Agricultura (1918-1926)

6 Ministros de Abastecimento (1918-1919)

3 Ministros de Subsistência e Transporte (1918)

22 Ministros do Comércio e Comunicações (1921-1926) .
 
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por Elias » 5/10/2010 14:41

República: como Portugal mudou em 100 anos
O País duplicou a sua população, mas a maioria dos indicadores disparou

Por: Paula Oliveira | 05- 10- 2010 11: 17

Em cem anos o mundo deu muitas voltas. O centenário da República serve também de mote para uma viagem às transformações sociais que Portugal viveu durante um século. Veja abaixo os indicadores e as mudanças:

População: Na viragem do século, Portugal era mais pequeno do que agora. A população portuguesa não passava dos 5,9 milhões de habitantes em 1911. Actualmente é o dobro, ultrapassando os 10,6 milhões de pessoas.

Carros A mobilidade dos portugueses mudou muito, como seria de se esperar. As cem mil carroças que existiam em Portugal em 1916 já não se vislumbram. À época havia registo de 3211 carros em circulação no país - o que representava um carro para 1692 habitantes. Este era, sem dúvida, um luxo das famílias abastadas e com empresas. Nos tempos de agora, basta olhar pela janela de uma cidade como Lisboa para se ter a certeza que a realidade mudou completamente. Os dados de 2009 da Anecra apontam para 6,3 milhões de veículos a circular nas estradas nacionais, dos quais 5,4 são ligeiros,o que dá cerca de um carro para cada dois portugueses.

Médicos No início do século passado, os hospitais eram usados pelos pobres, pois os ricos recebiam as visitas médicas necessárias em casa. O acesso a consultas fora dos centros urbanos era precoce, muito mais do que actualmente em termos comparativos. Em 1908 havia registo de 471 médicos. A média em Lisboa era de um médico para 900 habitantes e no Porto a situação registada era de um médico para 800 habitantes. Actualmente, de acordo com dados do INE, o rácio de médicos por mil habitantes era de 3,6 em 2007.

Média de vida Os avanços na medicina beneficiaram a média de vida dos portugueses e verificou-se também uma acentuada melhoria na taxa de mortalidade infantil, que em 1910 era de 14,6 por cento, vindo a aumentar em flecha nos anos seguintes, tendo registado em 1918, por exemplo, um pico de 46,5 por mil nascimentos. Os dados de 2006 apontam para 3,3 óbitos por mil nados vivos. A média de vida está nos 78,4 anos.

Escolaridade Em 1910 o analfabetismo entre maiores de sete anos correspondia a 69 por cento. Actualmente, ainda existe em Portugal mais de nove por cento de analfabetos, o que corresponde a cerca de um milhão de portugueses que, segundo dados de 2009 do INE, não sabem ler nem escrever. Em 1911 havia 3223 alunos nas escolas superiores.

Trabalho A agricultura ocupava em 1910 a maioria dos portugueses: 60 por cento. Actualmente, de acordo com o Anuário Estatístico, existem 562,2 mil pessoas no sector agrícola e das pescas. A maior fatia da população activa encontra-se no sector dos serviços, justamente aquele que era menos preferido pela população.

Telefones Em 1910 havia 3500 telefones em Lisboa, 1500 no Porto e menos de mil no resto do país... Nos dias de hoje a conta dos telefones é bastante maior. Só no campo dos telemóveis, dados da Anacom referentes ao primeiro trimestre de 2010 apontam para 148,9 aparelhos activos por cada cem habitantes. Os telefones fixos ainda são preferidos por 3,3 milhões de portugueses.

http://www.tvi24.iol.pt/portal-iol/repu ... -5281.html
 
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por Elias » 5/10/2010 14:30

Este artigo e de Janeiro de 2008 mas é oportuno recordá-lo...



Entrevista: Nuno da Câmara Pereira
Já destruí o templo da doutora Edite Estrela


Vestiu a gravata de São Miguel da Ala e na lapela do casaco pendia um alfinete daquela Ordem. Colocou-se de fronte para o quadro do general Duque da Terceira, empunhando a sua espada. Nuno da Câmara Pereira abriu a porta de casa em Galamares, Sintra, para ser entrevistado. Polémico, fala de mentiras na sucessão à coroa real. Mexe com a família de D. Duarte Pio de Bragança. Questiona a gestão deste na Fundação D. Manuel II. Acusa-o de “tentar usurpar” a Ordem de São Miguel da Ala. Está tudo no seu livro que amanhã será posto à venda: ‘O Usurpador’, da Dom Quixote. Polémico, fala da vida e da política com a mesma tónica que recorda o caso da Câmara de Sintra.



- ‘Usurpador’ refere-se à linhagem de D. Duarte Pio?
- Não: como digo no preâmbulo do livro, cabe ao leitor decidir quem é o usurpador. Embora haja um capítulo que se chama ‘o usurpador’, que é o cognome do D. Miguel – mas, infelizmente, não se ficou por aí. Foi mais longe.
- ‘Usurpador’ é um eufemismo que usa também para se referir a D. Duarte Pio de Bragança?
- Não necessariamente, mas sim ao espírito que encerra tal personalidade encarnada em muita gente que hoje se revê numa teocracia – que nós portugueses não nos revemos.
- Aproveitador das circunstâncias?
- Aproveitador muito menos. Isso porque quando um desejo intrínseco está ligado intimamente a uma falsidade histórica do absolutismo republicano, obviamente, nunca poderá ser tão ingénuo como um aproveitamento.
- Qual falsidade?
- Duarte de Bragança sabe que D. Miguel assaltou o trono de Portugal autodenominando-se rei, acabando com as cortes, com o parlamento, a constituição e usurpando a consciência colectiva que desejava a democracia plena em Portugal. Já que era essa a razão da ordem mundial. Sobre o estrangeirismo ainda há muita coisa a falar. O pai e o avô de Duarte de Bragança nasceram na Alemanha e na Áustria. Onde está a legitimidade da república absolutista ter dado a nacionalidade a quem juridicamente não tinha direito a ela? Em 1945 quando Duarte de Bragança nasce ainda a Lei do Banimento estava em vigor.
- É objectivo do PPM alterar o artigo 288 b), da Constituição, por se dever respeitar “a forma republicana de governo”?
- Devo ser o único monárquico que defende a alínea b) do artigo 288 porque não quero que a República se meta.
- Quem decidiria a sucessão real?
- O Direito Constitucional. As leis monárquicas ainda existem. Tivemos sete reis constitucionais: D. João VI, D. Pedro IV, D. Maria, D. Luís, D. Pedro V, D. Carlos, D. Manuel II, várias constituições na Monarquia; o parlamento foi estabelecido em Monarquia. Temos tudo para perceber o que é a Monarquia Representativa e a Constitucional. Sabemos que a D. Miguel foi a própria Monarquia Constitucional que não só não o reconheceu rei como o baniu.
- Acusa a Fundação D. Manuel II de ingerência na venda de património na Rua António Maria Cardoso, onde a PIDE se instalou e onde havia um escritório do seu opositor no PPM, Augusto Ferreira do Amaral?
- Pior do que isso, a fundação Manuel II não está a cumprir a sua função social. A fundação foi criada pela D. Augusta Vitória tendo como objectivo social a solidariedade e a ajuda aos pobres.
- Era a isso que se destinaria o dinheiro da venda?
- Exclusivamente.
- Mas é D. Duarte Pio que preside a esta fundação?
- É. Foi-lhe entregue a administração.
- Quantas vezes o processou?
- Julgo que só o processei duas vezes. A última das quais há pouco tempo, por estar a usar-se da insígnia da Ordem de São Miguel da Ala.
- Considera por isso que ele a tenha ‘usurpado’, é isso?
- Ele não usurpou, tenta usurpar e tenta fazer passar uma mensagem cândida, tornando a mentira em verdade.
- O segundo processo, qual foi?
- A mesma coisa. Ele reincidiu.
- Quando cortaram relações?
- Há cinco anos. Principalmente por causa da Ordem (de São Miguel da Ala), mas julgo que a nossa separação se dá há muitos anos. Agora é que foi a ruptura completa, face ao atestado de menoridade ao colectivo dos cavaleiros que compunham e compõem a Ordem, e que passa também aos monárquicos que não pensam como ele.
- Cita Maquiavel, no seu livro, dizendo: “Se um Príncipe é considerado inconstante, leviano, efeminado, pouco corajoso e irresoluto, torna-se desprezível”; A quem se refere?
- (Gargalhadas) Como eu disse, do princípio ao fim, o livro aponta caminhos.
- Mas o percurso é seu?
- Não. Eu ponho as palavras lá e depois induzo, eventualmente, o leitor a procurar alguma verdade. Se não indicasse um caminho não citaria Maquiavel. Eu não deixo palavras-meias quando as quero definir. Chamo mentiroso a quem o é, digo várias vezes no livro, mentira.
- D. Nuno da Câmara Pereira ou deputado Câmara Pereira?
- Nuno, senhor Nuno, engenheiro, deputado; nunca fiz questão de nenhuma. Como sou cantor há 30 anos tratam-me, preferencialmente, por Nuno.
- O que faz no meio da bancada parlamentar do PSD?
- O que me deixam fazer...
- Isso é repressivo, ou não?
- Não, vamos lá ver. Eu agora sou deputado na Subcomissão da Agricultura e na Comissão de Ética, Sociedade e Cultura. Fui relator da Lei da Rádio. Só isso já valia a pena ter por lá passado.
- Aí o PSD absteve-se; mesmo fazendo parte da bancada laranja pode tomar decisões opostas?
- O PPM só não é um grupo parlamentar por acidente de percurso. Porque quando isso foi acordado com o PSD, o Tribunal Constitucional só não aceitou por ter sido entregue fora do prazo. Mas o facto de regimentalmente serem dois deputados independentes, aos deputados do PPM não lhes é tirada a sua autonomia política.
- Propôs o arquivamento da petição pela criação do Dia de Luta Contra a Homofobia...
- O que passou para a opinião pública, indevidamente, foi um esboço do relatório. O relatório que eu assinei foi outro. A conclusões foi – na alínea b) – deixar ao livre arbítrio a opinião de cada deputado.
- Mas qual é a sua opinião?
- Já existem diplomas no Direito Português e na Constituição que impedem atitudes persecutórias a pessoas com base na orientação sexual. O dia 17 de Maio, que pretendiam criar é o dia contra a homofobia; a homofobia é contra a homossexualidade. Não é um dia pela homossexualidade, é diferente.
- E seria diferente?
- Cada um é livre de ter a sua orientação sexual. A sociedade portuguesa respeita isso. Então porque é que temos de promover a homossexualidade? Porque é que temos de promover um direito consagrado por nós todos. Ninguém duvida desse direito.
- Por essa ordem de ideias, não é a favor do Dia da Mulher.
- É diferente. O género é uma coisa... No mundo do trabalho e na diferença por haver mais homens do que mulheres – em que a mulher quer ter os mesmos direitos – não tem nada a ver o género com a atitude sexual.
- E sobre os casamentos gay?
- O casamento é uma regra estabelecida pela sociedade e no que é a família – e como é que ela se deve estabelecer. Não percebo porque é que a homossexualidade tem de imitar os fenómenos sociais da heterossexualidade.
-Vou-lhe falar de injustiça. Disse em entrevista ao ‘DN’: “Espero que o tribunal não dê razão à injustiça”. Disse-o por ter denunciado corrupção na Câmara de Sintra e ter passado a arguido. Como ficou o caso?
- Então, fui ilibado – e agora ela (Edite Estrela) recorreu. Está provadíssimo que havia corrupção na Câmara de Sintra. Agora, eu nunca acusei a doutora Edite Estrela de corrupta.
- Não havia uma questão pendente com uns terrenos seus?
- É uma mentira da doutora Edite Estrela que dizia que eu tinha querido aprovar terrenos e que não consegui. Vendi um terreno a alguém e esse alguém quis fazer lá uma urbanização. E não o conseguiu na medida em que queria.
- Foi também porta-voz dos pequenos partidos – em vias de extinção por força da nova lei – o que vai acontecer ao PPM?
- Estamos a aferir os ficheiros, mas excedemos largamente os 5000 militantes. Andamos à volta dos 10 mil.
- Diz que vive do trabalho, mas tem uma casa que vale uma pequena fortuna, como conseguiu?
- Trabalhando e sofrendo muito. Tenho o maior projecto hortofrutícola do País – que ainda o é – seis hectares de estufa cobertos de vidro. Depois fui amealhando daqui, amealhando dali – como diz o povo. Demorei 20 anos a fazer as obras desta casa.
- A família não lhe deixou nada?
- Ah sim: a educação, a minha determinação, a minha fé e o meu trabalho.
- É fado da sua vida destituir D. Duarte Pio de Bragança?
- É meu fado repor a verdade, levantar a espada em cima do cavalo para traçar a verdade.
- E o que faria com essa espada?
- Como fez São Miguel Arcanjo, destruiria templos.
- Que templos destruiria?
- Tantos, tantos. Não só este, este é o menor. Já destruí o templo da doutora Edite Estrela, por exemplo, quando ela publicamente anunciou que perdeu as eleições por minha causa. Sabe o que respondi? Fosse eu a pessoa mais importante deste Mundo, não tivera eu razão e nada disto acontecia.
- Foi a sua mãe que deu pelo seu jeito para cantar; havia muitos cantores e músicos lá em casa?
- Todos nós. Fez parte da nossa formação cantar e dançar o folclore. Sempre foi apanágio da nossa família dedicarmo-nos à cultura. Tem feito jeito!
- Cantava também na missa, aprendeu lá a trabalhar a voz?
- E ainda canto. Eu nunca tive aulas de canto. Aprendi alguma música quando era miúdo, mas nunca quis aprender a educar a voz. Um médico otorrino disse-me que tenho a voz muito bem colocada para cantar. É o meu dom.
- Foi educado para ser rei?
- Todos nós fomos educados na nobilíssima forma de servir. Todos somos filiados no partido monárquico. Aliás, são poucas as famílias que podem dizer que todos os seus membros estão filiados num partido. Temos espírito de clã e de servir com a maior humildade.
- Paga os três euros para entrar no castelo de S. Jorge?
- Na altura (Novembro de 2004) interpus uma providencia cautelar à decisão camarária. Nunca mais lá voltei. Se for preciso ir lá pagando, fá-lo-ei, porque já me esqueci. Mas é um absurdo.
- Qual é a figura actual da monarquia com quem simpatiza?
- Qual é o português que não diz: “Se o nosso pretendente ao trono fosse o rei D. Juan Carlos, já tínhamos monarquia”?
- Rei D. Duarte Pio de Bragança ou rei D. Nuno da Câmara Pereira?
- Nenhum. Sempre disse que tinha mais direito sucessório do que ele, que não tem nenhum. Prefiro ser o ‘Contestável’, D. Nuno Alvares Pereira, que pôs D. João no trono.
- E quem é o seu pretendente?
- O duque de Loulé, que é descendente directo da Infanta D. Ana de Jesus Maria, irmã de D. Pedro IV e de D. Miguel. O ramo de D. Pedro IV está extinto. D. Miguel, perdeu o seu direito por razões jurídicas e constitucionais. Resta o ramo sempre português da Infanta de Portugal, que nunca resignou aos seus direitos. E como não existia lei sálica em Portugal e as senhora puderam ser donas de casa, marquesas, duquesas e rainhas, então a descendência da Infanta D. Ana de Jesus Maria tem o direito consagrado à sucessão. D. Pedro Mendonça é o rei.
- Quem calaria se fosse rei?
- Eu acho que ao (Hugo) Chávez nunca mandaria calar!


PERFIL
Presidente do PPM (Partido Popular Monárquico) e deputado à Assembleia da República pelo seu partido, mas inserido na bancada parlamentar do PSD, Nuno da Câmara Pereira nasceu a 19 de Junho de 1951. É fadista também. O seu livro ‘O Usurpador’, da Dom Quixote, será posto à venda amanhã mas o lançamento oficial da obra está marcado para o dia 1 de Fevereiro.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/notic ... te-estrela
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por varus » 5/10/2010 14:20

Quem estiver interessado em apoiar a monarquia é ir a Guimarães, ás 15:00.

http://centenario-republica.blogspot.co ... tugal.html
 
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por Opcard » 5/10/2010 10:27

Esta malta vai ficar furiosa com o Povo...

Mais de 45% dos portugueses não sabem qual é o centenário que hoje se comemora e só pouco mais de metade está informado de que se trata da implantação da República.

Este resultado surpreendente faz parte de uma sondagem da Aximage para o Correio da Manhã, que revela também que mais de 12% dos eleitores do BE e mais de 11% dos que votam no PCP dizem preferir a Monarquia à República.



Elias Escreveu:
AutoMech Escreveu:
Elias Escreveu:ul já vi que preferes desconversar em lugar de dialogar.

Não voltarei a insistir.


Só falta aparecer o Romeu neste tópico, com uma qualquer conspiração sobre a primeira Republica...


giro giro era ver o ul e o romeu a trocar argumentos sobre isso :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:

Quem levaria a melhor? :-k
 
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por Elias » 4/10/2010 18:31

AutoMech Escreveu:
Elias Escreveu:ul já vi que preferes desconversar em lugar de dialogar.

Não voltarei a insistir.


Só falta aparecer o Romeu neste tópico, com uma qualquer conspiração sobre a primeira Republica...


giro giro era ver o ul e o romeu a trocar argumentos sobre isso :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:

Quem levaria a melhor? :-k
 
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por Automech » 4/10/2010 18:30

Elias Escreveu:ul já vi que preferes desconversar em lugar de dialogar.

Não voltarei a insistir.


Só falta aparecer o Romeu neste tópico, com uma qualquer conspiração sobre a primeira Republica...
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por Elias » 4/10/2010 17:59

Exposição: A República de Eléctrico
Data de publicação:
02.10.2010

Uma iniciativa da Carris e Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República.

Local: Lisboa, Museu da Carris
Inauguração: 3 de Outubro, 16h30
Período de exibição: 4 de Outubro e 31 de Dezembro de 2010
Horário: Segunda-feira a Sábado das 10:00h às 17:00h
Preço: 2,50€
Acessos: Eléctrico 15, Autocarros 714, 727, 732, 742, 751 e 756 – só até ao Largo do Calvário 720, 738 e 760.

Sinopse: A exposição A República de eléctrico é uma iniciativa desenvolvida em parceria pelo Museu da Carris, a Companhia Carris de Ferro de Lisboa e a Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República, tendo por objectivo dar a conhecer a história e o património da Companhia Carris no período da I República. A história da Companhia Carris durante a I República está intimamente associada à história do quotidiano da cidade de Lisboa e ao seu desenvolvimento urbano, a que se acrescenta um quadro de modernização e desenvolvimento da rede de transportes, mais em particular da rede de eléctricos, nas primeiras décadas do século XX. A história dos eléctricos de Lisboa durante a I República ficou ainda marcada por algumas transformações tecnológicas e espaços de inovação mas também pelo contexto político, económico e social que atravessou.

Mais informações em: http://museu.carris.pt/

http://www.centenariorepublica.pt/conte ... aelectrico
 
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por Opcard » 4/10/2010 17:57

A Inutilidade de Guerras e Revoluções

As guerras e as revoluções - há sempre uma ou outra em curso - chegam, na leitura dos seus efeitos, a causar não horror mas tédio. Não é a crueldade de todos aqueles mortos e feridos, o sacrifício de todos os que morrem batendo-se, ou são mortos sem que se batam, que pesa duramente na alma: é a estupidez que sacrifica vidas e haveres a qualquer coisa inevitavelmente inútil.

Todos os ideais e todas as ambições são um desvairo de comadres homens. Não há império que valha que por ele se parta uma boneca de criança. Não há ideal que mereça o sacrifício de um comboio de lata. Que império é útil ou que ideal profícuo?

Tudo é humanidade, e a humanidade é sempre a mesma - variável mas inaperfeiçoável, oscilante mas improgressiva. Perante o curso inimplorável das coisas, a vida que tivemos sem saber como e perderemos sem saber quando, o jogo de mil xadrezes que é a vida em comum e luta, o tédio de contemplar sem utilidade o que se não realiza nunca - que pode fazer o sábio senão pedir o repouso, o não ter que pensar em viver, pois basta ter que viver, um pouco de lugar ao sol e ao ar e ao menos o sonho de que há paz do lado de lá dos montes.

Fernando Pessoa, in "Livro do Desassossego"
 
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por Las_Vegas » 4/10/2010 17:39

Elias Escreveu:Dona Maria Segunda, por Graça de Deos, Rainha de Portugal, Algarves, e seus Dominios: Fazemos saber a todos os Nossos Subditos que as Cortes Geraes e Extraordinarias Decretaram, e Nós Queremos a Lei seguinte:


Que maravilha, belos tempos tempos estes em que não se emporcalhavam as leis com merd*ces que ninguem entende ...

aquilo era poesia pura... " por graça de Deos... e nós queremos" ...
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por Elias » 4/10/2010 17:29

Lei de Proscrição
Decreto de 15 de Outubro de 1910


O Governo da Republica Portuguesa faz saber que, em nome da Republica, se decreta, para valer como lei, o seguinte:

Artigo 1.º É declarada proscrita para sempre a família de Bragança, que constitui a dinastia deposta pela Revolução de 5 de Outubro de 1910.

Art.º 2.º Ficam incluídos expressamente na proscrição os ascendentes, descendentes e colaterais até o quarto grau do ex-chefe do Estado.

Art.º 3.º É expressamente mantida a proscrição do ramo da mesma família banido pelo regime constitucional representativo.

Art.º 4.º No caso de contravenção do artigo 1.º, incorrerão os membros da família proscrita na pena de expulsão do território da República e, na hipótese da reincidência, serão detidos e relegados nos tribunais ordinários.

Art.º 5.º O Governo da República regulará oportunamente a situação material da família exilada, respeitando os seus direitos legítimos.

Os Ministros de Todas as Repartições o façam imprimir, publicar e correr. Dado nos Paços do Governo da República, aos 15 de Outubro de 1910.= Joaquim Theophilo Braga = António José de Almeida = José Relvas = Affonso Costa = António Xavier Correia Barreto = Amaro Justiniano de Azevedo Gomes = Bernardino Luís Machado Guimarães = António Luís Gomes.
 
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por Elias » 4/10/2010 17:27

Lei de Banimento
Carta de Lei, de 19 de Dezembro de 1834



Dona Maria Segunda, por Graça de Deos, Rainha de Portugal, Algarves, e seus Dominios: Fazemos saber a todos os Nossos Subditos que as Cortes Geraes e Extraordinarias Decretaram, e Nós Queremos a Lei seguinte:

Artigo 1.º O ex-Infante D. Miguel, e seus descendentes são excluídos para sempre do direito de suceder na Corôa dos Reinos de Portugal, Algarves, e seus Domínios.

Art.º 2.º O mesmo ex-Infante D. Miguel, e seus descendentes são banidos do territorio Portuguez, para em nenhum tempo poderem entrar nelle, nem gosar de quaesquer direitos civis, ou políticos: a conservação, ou acquisição de quaesquer bens fica-lhes sendo vedada, seja qual for o título, e a natureza dos mesmos: os patrimoniaes, e particulares do ex-Infante D. Miguel, de qualquer especie que sejam, ficam sujeitos ás regras geraes das indemnisações.

Art.º 3.º No caso, em que o ex-Infante D. Miguel, e seus descendentes, contra o disposto no artigo antecedente, ousem entrar em territorio Portuguez, ou aproximar-se a elle; o mesmo ex-Infante, ou seus descendentes, e os que os acompanharem, ou se lhes unirem, serão por esse facto havidos todos como réos de alta traição.

§ 1.º Todas as Authoridades civís, e militares, a cujo conhecimento chegar que o ex-Infante, ou seus descendentes, se acham em territorio Portuguez, ficam tendo jurisdicção cumulativa para procederem à prisão do mesmo ex-Infante, ou dos seus descendentes, e dos que os acompanharem, ou se lhes reunirem. A Authoridade que fizer a prisão porá logo os presos à disposição do Commandante militar superior, que se achar na Comarca onde for feita a mesma prisão; e entretanto empregará, para segurança dos presos, todas as cautelas necessarias.

§2.º Sem dependencia de ordem superior, o Commandante militar, a cuja disposição assim ficarem os presos, convocará logo, e presidira a um Conselho composto de quatro vogaes militares por elle nomeados; ouvidos os presos, e verificada a identidade das pessoas, serão os mesmos presos sentenciados a ser fusilados; o processo será verbal, e summario; e para elle, e para a execução da sentença ficam assignadas sómente vinte e quatro horas, e de tudo se lavrará Auto.



Art.º 4.º Com aquellas pessoas, que, mesmo não entrando em territorio Portuguez o ex-Infante D. Miguel, se levantarem; ou tomarem armas a favor delle; se fôr em Provincia, ou Districto, que esteja declarado em insurreição, se procederá como fica disposto no §. 2.º do artigo antecedente; se porém não fôr em Districto, que seja declarado em insurreição, e fóra da Lei, serão estas pessoas processadas, e condemnadas como rebeldes, pelas authoridades ordinarias, e competentes, conforme as Leis em vigor, e com todo o rigor dellas.

Art.º 5.º A omissão, em que alguma authoridade civil, ou militar, incorrer no desempenho dos deveres, que por esta Lei lhes incumbe, será punida com a pena desde degrêdo por dez annos para os Logares d’Africa até morte natural inclusivamente, segundo o grao de dolo, ou culpa, em que a dita Authoridade fôr achada.

Art.º 6.º ficam revogadas as Leis em contrario.

Mandamos por tanto a todas as Authoridades, a quem o conhecimento e execução da referida Lei pertencer, que a cumpram, e façam cumprir, e guardar tão inteiramente como nella se contém. O Secretario d’ Estado dos Negocios do Reino a faça imprimir, publicar, e correr.

Dada no Palacio das Necessidades, em dezenove de Dezembro de mil oitocentos trinta e quatro. = A RAINHA, com Rubrica e Guarda. = Bispo Conde, Fr. Francisco.

Carta de Lei pela qual Vossa Magestade, Tendo Sanccionado o Decreto das Cortes Geraes, de onze de Dezembro de mil oitocentos trinta e quatro, que exclue para sempre o ex-Infante D. Miguel, e seus descendentes, do direito de succeder na Coroa dos reinos de Portugal, Algarves, e seus Dominios, e banindo-os do territorio Portuguez; o Manda cumprir, e executar como nelle se contém, e na forma retro expressada. = Para Vossa Magestade ver. = Felix Antonio Xavier a fez.
 
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por fatimafaria » 4/10/2010 17:24

ul Escreveu:Como falaram o Rei de espanha , erradamente:

Cumpleaños 70. La figura institucional más valorada por los españoles.
El rey Juan Carlos en la cima de popularidad
El monarca que condujo la transición y abortó un golpe de Estado.
Madrid | AFP


El jefe de las FFAA. El rey pasó el 31 de diciembre con las tropas españolas que cumplen su misión en la tierra de los talibanes.
El rey de España, Juan Carlos I, cumple el sábado 70 años en la cima de la popularidad entre los españoles después de 32 años de reinado, en plena actividad y por el momento con pocos visos de ceder el trono a su hijo.

El rey, que recibió el año en Kuwait después de hacer una visita sorpresa el 31 de diciembre a las tropas españolas movilizadas en Afganistán, es la figura institucional mejor valorada actualmente en España con 6,5 puntos, según un sondeo realizado por Metroscopia en octubre.

Según esa encuesta, el 69% de los españoles cree que la monarquía parlamentaria es el mejor sistema político para España, y un 80% cree que la transición a la democracia no hubiera sido posible sin él.

Pero el apoyo social al rey ­que en noviembre alcanzó cotas insospechadas gracias a su mundialmente famoso "¿Por qué no te callas?" a Hugo Chávez, una de las 10 mejores frases del año según la revista Time­ no es nuevo: en 1978, tres años después de acceder el trono, ya puntuaba un 6,4.

¿La razón? El liderazgo que tuvo en la transición de la dictadura de Francisco Franco (1939-1975) a la monarquía parlamentaria, a pesar de haber sido elegido para ello por el propio Franco en detrimento de su padre, don Juan.

"El gran rol político de Juan Carlos fue el momento en que decidió renunciar a casi todo su poder para dar paso a una monarquía democrática. Esto es fundamental, y sin este dato, no se puede entender nada", subrayó a la AFP José Peña, catedrático de Derecho Constitucional de la Universidad de San Pablo-Ceu.

Peña se refiere al 6 de diciembre de 1978, día en que los españoles aprobaron por referéndum la Constitución, que instituía la monarquía parlamentaria como sistema político, tres años después de que Juan Carlos fuera proclamado rey.

La figura del monarca como símbolo de la transición quedó reforzada el 23 de febrero de 1981, durante el llamado "23-F", el intento de golpe de Estado de un sector del Ejército que Juan Carlos I frenó con una intervención por televisión en calidad de jefe de las Fuerzas Armadas para apoyar la Constitución.

Su papel en los últimos años ha sido el de "unificador" de las diversas fuerzas políticas, para muchos aún necesario debido la fuerte brecha entre derecha e izquierda.

Si se observa su vida privada, las opiniones divergen entre quienes creen que la Casa Real ha sabido adaptarse a los cambios y quienes estiman que debe salir de su hieratismo y conectar mejor con la opinión pública.

Este año, la imagen del rey se ha visto afectada por episodios como la quema de fotos por parte de independentistas catalanes o el juicio a los autores de una caricatura injuriosa en una revista.

Pero Juan Carlos I también ha vivido en 2007 la demanda de abdicación de una parte de la derecha más radical, la crisis diplomática entre España y Venezuela, el fracaso de su facilitación entre Argentina y Uruguay, la protesta de su amigo el rey de Marruecos por su visita a Ceuta y Melilla y la separación de su hija mayor, la infanta Elena.

Esta larga lista de hechos ha sido considerada como errores por algunos, pero como éxitos para el grueso de la población española.

Las críticas al rey vienen "sobre todo del espectro político de la derecha, probablemente porque Juan Carlos no ha cumplido con las expectativas de ésta, que esperaba que el rey tuviera un papel activo en política" y a su favor, dijo a la AFP Fermín Bouza, catedrático de Opinión Pública de la Universidad Complutense de Madrid.

Aunque según Bouza, la abdicación en el príncipe heredero, Felipe de Asturias, que cumplirá 40 años el 30 de enero, beneficiaría el traspaso de poderes ­ya que éste "lo tendría mucho más fácil" teniendo cerca a su padre­, "hoy ni siquiera sería conveniente", según Peña, debido a los recientes ataques que ha recibido.

"Yo lo veo muy activo, no le veo cara de querer abdicar" y "no parece que entre en sus cálculos", concluye Fermín Bouza.


Mas o que é que queres dizer com isto. Em Portugal O PR tem +e a figura mais consensual. O que é que isso tem? Em quase todas as monarquias europeias oa reis, ou rainhas não governam, não tomama os destinos do país têm alguem que faz o trabalho sujo por eles. Achas mesmo que se fosse o rei D: Carlos a tomar s medidas que o govero teve de tomas manteria a sua popularidade, E não me venhas dizer que ele tambem não teve culpa na crise Espanhola, que eu saiba cada vez que falava só enaltecia o crescimento do país, a modernização, et..etc.... Nunca o ouvi a chamar o governo e alertá-lo para o que aí vinha. Ó messa!
 
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por Opcard » 4/10/2010 17:23

Fiquem com o comentario de um amigo sobre Westvleteren Abt 12


A cor dela é escura, quase marrom, com boa formaçao de espuma. O aroma assim como o sabor é intenso, com ameixa, frutas vermelhas, vinho do porto, aveludada, tostado, ou seja, quase tudo que uma cerveja leva de ingrediente!!! Tudo isso na mais perfeita harmonia, vc sente todos os ingredientes individualmente e tudo ao mesmo tempo... maravilha.

É lógico que cada um achou algo diferente nela, mas todos concordaram que estavamos diante de algo realmente superior.

Para mim, muito mais que a cerveja, vai ficar gravada a experiencia, pois ela retrata bem tudo que uma cerveja pode e deve proporcionar, desde as sensaçoes gustativas até o ambiente descontraidoe o fato de toma-la entre amigos e em familia.

Simplesmente Perfeita, espero ter a chance de cruzar com ela novamente no meu caminho!!!
 
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