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Caldeirão da Bolsa

Águas de Portugal tem 400 carros de luxo

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por pocoyo » 23/9/2010 16:10

Elias Escreveu:
pocoyo Escreveu:O problema não é SÓ da gestão, mas sim ter de haver serviço publico.


De acordo, mas para haver serviço público não tem de haver regalias... ou tem? :shock:


Não.

Mas se não tiveres as regalias tambem não terás (na teoria) os melhores gestores.

Penso que tambem aceitas que o vencimento é importante quando te oferecem emprego.
Tirando o Mourinho, nunca vi ninguem dizer que trabalhava de graça. :)
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por Elias » 23/9/2010 16:03

pocoyo Escreveu:Não estás a ver bem a coisa... no privado atribuem a viatura à pessoa X.


Tudo o que eu escrevi diz respeito ao Estado. Quando escrevi empresas refiro-me a empresas públicas. Os privados distribuem as viaturas como entenderem, e eu não tenho nada a ver com isso pois o dinheiro é deles.

pocoyo Escreveu:Quando falas dos prejuizos e das dividas, no teu entender é por causa destas regalias?


Eu não acho que as dívidas e os prejuízos existam por causa das regalias. Não vejo é em que é que as regalias contribuem para alterar essa situação, logo não vejo porque é que têm de existir.

pocoyo Escreveu:Olha, a CP tem n linhas que tinham que ser fechadas se a gestão fosse feita numa optica empresarial.


Numa lógica empresarial a CP já não existia.

pocoyo Escreveu:O problema não é SÓ da gestão, mas sim ter de haver serviço publico.


De acordo, mas para haver serviço público não tem de haver regalias... ou tem? :shock:
 
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por Automech » 23/9/2010 16:01

Elias Escreveu:[
Aqui discordo de ti. E discordo porque para mim está por demonstrar que a atribuição dessas regalias se traduza em ganhos para o Estado - basta veres os prejuízos e as dívidas acumuladas das empresas públicas (há dias saiu uma notícia com esses números).

Aliás até tenho dificuldade em aceitar que a regra segundo a qual nenhum funcionário público possa ganhar mais que o primeiro-ministro não se aplique às empresas públicas. Acho que também aí devia haver um tecto salarial.

Mais uma nota: porque é que o Estado tem de dar benefícios iguais aos do privado? Em minha opinião o Estado nem sequer devia estar a competir com o privado... No caso de empresas como o Metro, a TAP e a CP não há competição, logo não vejo a necessidade de proporcionar benefícios comparáveis...


Mas Elias, vão agora ser teóricos e assumir que não há cunhas nas empresas publicas.

Vamos imaginar que tens 100 gestores classificados por ordem de competência de gestão.

Tens 90 empresas privadas e 10 publica que precisam de gestores.

Ao não proporcionar condições para o estado pagar duma forma competitiva com o privado (independentemente de ser ou não monopolista), aquilo que vai acontecer é que muito provavelmente o privado vai apanhar os 90 primeiros e o estado ficará com os últimos 10.

Logo estamos imediatamente a fazer com que o estado fique com os piores gestores e consequentemente com mais probabilidade de ter maus resultados.

Eu acho que a questão dos prejuízos deve ser vista por outro prisma. Será que aqueles gestores têm competência para o cargo ou estão ali por favor ?

Será que os prejuízos eram evitáveis se se tivesse contratado um gestor competente, mesmo tendo de pagar mais ?

Ao impor tectos eu acho que se nivela por baixo, pela mediocridade.

O difícil de articular aqui são as cunhas e os favores e, se assumirmos que isso continua a existir, então provavelmente há gestores em empresas publicas que o estado nem à borla os devia querer lá a trabalhar.
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por pocoyo » 23/9/2010 15:56

Elias Escreveu:
AutoMech Escreveu:Elias, só por curiosidade, ao dizeres que "independentemente do cargo e da função que desempenham" presumo que penses, por exemplo, que o presidente da TAP, da RTP, CP, etc (estou a falar de presidentes) não tenham viatura de serviço ?


Exacto.
Penso que as viaturas que sejam necessárias à empresa / insituto / ministério devem estar afectos a serviços ou departamentos para quando forem necessárias (podendo ser utilizadas por quem delas necessite), isso sim serão verdadeiramente viaturas de serviço. Não tenho nada contra a atribuição de viaturas a departamentos ou direcções, tenho sim contra a atribuição de viaturas a indivíduos.

AutoMech Escreveu:Aqui esbarramos na velha história das regalias a gestores públicos.

Eu penso que se o estado quer atrair para as empresas públicas quadros tão bons como os das empresas privadas terá de proporcionar iguais regalias (ou talvez ligeiramente inferiores, mas não muito). E sabendo que o privado proporciona essa regalia o estado também deverá concede-la.


Aqui discordo de ti. E discordo porque para mim está por demonstrar que a atribuição dessas regalias se traduza em ganhos para o Estado - basta veres os prejuízos e as dívidas acumuladas das empresas públicas (há dias saiu uma notícia com esses números).

Aliás até tenho dificuldade em aceitar que a regra segundo a qual nenhum funcionário público possa ganhar mais que o primeiro-ministro não se aplique às empresas públicas. Acho que também aí devia haver um tecto salarial.

Mais uma nota: porque é que o Estado tem de dar benefícios iguais aos do privado? Em minha opinião o Estado nem sequer devia estar a competir com o privado... No caso de empresas como o Metro, a TAP e a CP não há competição, logo não vejo a necessidade de proporcionar benefícios comparáveis...


Não estás a ver bem a coisa... no privado atribuem a viatura à pessoa X.


Quando falas dos prejuizos e das dividas, no teu entender é por causa destas regalias?

Olha, a CP tem n linhas que tinham que ser fechadas se a gestão fosse feita numa optica empresarial.

A Tap tinha que eliminar rotas,
etc...

O problema não é SÓ da gestão, mas sim ter de haver serviço publico.
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por Elias » 23/9/2010 15:46

AutoMech Escreveu:Elias, só por curiosidade, ao dizeres que "independentemente do cargo e da função que desempenham" presumo que penses, por exemplo, que o presidente da TAP, da RTP, CP, etc (estou a falar de presidentes) não tenham viatura de serviço ?


Exacto.
Penso que as viaturas que sejam necessárias à empresa / insituto / ministério devem estar afectos a serviços ou departamentos para quando forem necessárias (podendo ser utilizadas por quem delas necessite), isso sim serão verdadeiramente viaturas de serviço. Não tenho nada contra a atribuição de viaturas a departamentos ou direcções, tenho sim contra a atribuição de viaturas a indivíduos.

AutoMech Escreveu:Aqui esbarramos na velha história das regalias a gestores públicos.

Eu penso que se o estado quer atrair para as empresas públicas quadros tão bons como os das empresas privadas terá de proporcionar iguais regalias (ou talvez ligeiramente inferiores, mas não muito). E sabendo que o privado proporciona essa regalia o estado também deverá concede-la.


Aqui discordo de ti. E discordo porque para mim está por demonstrar que a atribuição dessas regalias se traduza em ganhos para o Estado - basta veres os prejuízos e as dívidas acumuladas das empresas públicas (há dias saiu uma notícia com esses números).

Aliás até tenho dificuldade em aceitar que a regra segundo a qual nenhum funcionário público possa ganhar mais que o primeiro-ministro não se aplique às empresas públicas. Acho que também aí devia haver um tecto salarial.

Mais uma nota: porque é que o Estado tem de dar benefícios iguais aos do privado? Em minha opinião o Estado nem sequer devia estar a competir com o privado... No caso de empresas como o Metro, a TAP e a CP não há competição, logo não vejo a necessidade de proporcionar benefícios comparáveis...
 
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por varus » 23/9/2010 15:45

É por isso que esta rapaziada não gosta do forreta do Salazar. que só teve dois carros oficiais, e quando estava de férias , utilizava o seu carro e metia a gasolina do seu bolso. Só maus exemplos...
 
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por Automech » 23/9/2010 15:40

Elias Escreveu:
Manu Escreveu:Até poderiam ser 1.500 dos mais baratinhos, que o gasto pode ser obsceno.


Exacto Manu. A questão a colocar deveria ser esta: são precisos tantos carros em empresas públicas?

Pessoalmente sou contra a atribuição de viaturas a colaboradores do Estado e de empresas públicas, independentemente do cargo e da função que desempenham.


Elias, só por curiosidade, ao dizeres que "independentemente do cargo e da função que desempenham" presumo que penses, por exemplo, que o presidente da TAP, da RTP, CP, etc (estou a falar de presidentes) não tenham viatura de serviço ?

Aqui esbarramos na velha história das regalias a gestores públicos.

Eu penso que se o estado quer atrair para as empresas públicas quadros tão bons como os das empresas privadas terá de proporcionar iguais regalias (ou talvez ligeiramente inferiores, mas não muito). E sabendo que o privado proporciona essa regalia o estado também deverá concede-la.

A mim o que me choca até nem são estas regalias. São antes a justiça (se é que isso se pode medir) dessas regalias (e altos ordenados), quando vejo pessoas ocupar cargos em empresas publicas, não pela competência, mas sim porque exerceram cargos políticos anteriormente e são encaixados num tacho que está livre numa qualquer empresa pública.
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por tugatuga11 » 23/9/2010 15:37

Numa empresa que está em dificuldades a existência de 400 viaturas de luxo ou semi-luxo é obsceno. O que terá também ajudado à existência dessas dificuldades? Compreendo o Sócrates quando pede contenção!
Vergonhas atrás de vergonhas...
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por DNVG » 23/9/2010 15:27

Uma auditoria do Tribunal de Contas em 2008 à AdP já revelara graves deficiências de gestão.

Alguns excertos do relatório:

Também as empresas pertencentes à
Unidade de Negócios Serviços Partilhados
contribuem para os resultados negativos do Grupo.
Em 2005 e 2006, acumularam 17,2 milhões de
euros de Resultados Líquidos Negativos. No
conjunto, estas empresas não geram cash-flows
suficientes para suportar os seus custos de estrutura,
evidenciando, ao longo do período considerado,
claros sinais de inviabilidade económica.



O órgão “Qualidade” não demonstrou
inequivocamente proceder ao acompanhamento
eficaz e eficiente dos sistemas de certificação das
empresas do Grupo AdP, nem concretiza a
consequente avaliação dos efeitos dessa
certificação.



A divisão “Recursos Humanos
Corporativos” não demonstrou ter implementado
uma política de gestão de recursos humanos com
características de transparência, celeridade e
proximidade ao trabalhador, como seria adequado à
relevância deste grupo empresarial.



No Grupo AdP têm sido distribuídos
Prémios de Incentivo a alguns trabalhadores,
mas esta política não está assente num sistema
indubitavelmente claro e transparente, nem está
associado à concretização de objectivos, já que
neste grupo não existe avaliação de desempenho
por objectivos, orientado para resultados.
Mais significativo é que tais prémios foram
atribuídos independentemente dos resultados
das empresas, os quais são, em regra, negativos.
Com efeito, entre 2004 e 2006, pese embora os
resultados operacionais negativos globais de 75,5
milhões de euros registados pelas empresas
consideradas no âmbito desta auditoria, ainda
assim foram atribuídos prémios no valor de 2,3
milhões de euros, os quais acentuaram a situação
deficitária dessas empresas.


Todavia, esta empresa tem apresentado uma
sustentabilidade económico-financeira frágil,
sendo que ao longo da sua existência, desde 2001,
apenas em dois exercícios económicos (2001 e
2004) conseguiu Resultados Operacionais
positivos, enquanto nos restantes, os custos da
actividade superaram os proveitos operacionais.


A AdP Formação, por deliberação de 7-12-
2006 da Comissão Executiva da AdP, SGPS,
cobrou indevidamente 621,5 mil euros, em 2006, e
443,7 mil euros, em 2007, às empresas do Grupo
AdP sob a forma de fees de gestão para atenuar a
sua situação de défice crónico.
Management fees são comissões cobradas por
serviços de gestão prestados, que a AdP
Formação não presta, nem nunca prestou, pelo
que este financiamento imposto às empresas do
Grupo AdP é ilegítimo e traduz um abuso de
posição da AdP, SGPS para com as suas
empresas participadas.



Em Dezembro de 2006, o endividamento
bancário do Grupo AdP ascendia a 1,7 mil
milhões de euros e os encargos desse
financiamento custaram, entre 2003 e 2006,
cerca de 154 milhões de euros.


Em 2007, a dívida vencida das
Autarquias Locais às empresas do Grupo AdP
pertencentes à UNA-PD e UNR ascendia a 174
milhões de euros. Destacam-se, por
sobremaneira significativas, as dívidas vencidas
da Câmara Municipal de Lisboa, no montante
de 27,8 milhões de euros e da Câmara Municipal
de Loures, que ascendia a 15,9 milhões euros;
bem como, das Câmara Municipais de Aveiro,
Coimbra e Gaia, que totalizavam,
respectivamente, 7,9 milhões, 7,3 milhões e 7
milhões de euros.
O acumular dessa dívida de montante elevado
também se explica por algumas dessas
Autarquias serem, simultaneamente, clientes e
accionistas das empresas do Grupo AdP, o que
provoca uma incúria que não abona a favor do
rigor e da responsabilidade que se exige às
entidades públicas no cumprimento das suas
obrigações.


A AdP Internacional, S.A. (sub-holding)
gere as participações do Grupo AdP fora do
território nacional. A Unidade de Negócios
Internacional é a que contribuiu com maiores
prejuízos para o Grupo AdP. Em dois anos
(2005 e 2006) registou menos 61,4 milhões de
euros de Resultados Líquidos do Exercício.


O Grupo AdP foi utilizado como instrumento da
política externa do Governo português, tendo
sido incentivada a sua expansão pelos mercados
onde o Governo desenvolvia acções de
Cooperação. Esta decisão teve fortes impactos
negativos para o Grupo empresarial traduzidos
num sistemático esforço de financiamento e num
acumular de resultados económico-financeiros
acentuadamente negativos.


As empresas pertencentes à unidade de
negócio Água-Produção e Depuração
contabilizaram, entre 2005 e 2006, Resultados
Líquidos positivos no montante acumulado de 36,2
milhões de euros.

Porém, aqueles resultados encontravam-se
empolados já que deles constam proveitos (Desvios
Tarifários) no montante de 42,3 milhões de euros,
os quais correspondem ao valor necessário para
repor o equilíbrio financeiro dos respectivos
contratos de concessão dos sistemas
multimunicipais, mas que, para além de não terem
sido facturados, as empresas não têm garantia
segura de que serão arrecadados.

Na verdade, algumas empresas desta unidade de
negócio encontram-se deficitárias porque as
receitas geradas não são suficientes para cobrir
os respectivos custos, conforme previam os seus
modelos financeiros, os quais se provou terem
sido excessivamente optimistas


O Grupo Águas de Portugal, encabeçado pela
AdP, SGPS, apesar de fortemente apoiado por
fundos comunitários, encontrava-se, em termos
agregados, circunstancialmente numa situação
económico-financeira débil, havendo empresas
em risco de iminente inviabilidade económica.


Para além de eventuais ineficiências de gestão,
aquela situação justifica-se, mormente, pela aposta
na internacionalização do Grupo AdP que se
traduziu num falhanço empresarial e pela
excessiva fragmentação do sector, decorrente da
criação de demasiadas unidades empresariais,
face à dimensão do mercado em que actuam,
sendo que algumas delas não estão a conseguir ser
auto-sustentáveis, dados os elevadíssimos
investimentos realizados versus as tarifas pela
venda de água que podem cobrar.


Composição da estrutura accionista da AdP:

A AdP, SGPS é participada pela
Parpública, SGPS (70,80%), pela Caixa Geral de
Depósitos, S. A. (20,37%) e pela Direcção-Geral do
Tesouro (8,83%). Detém participações sociais em
empresas que se agrupam em três áreas de negócio:
Água, Resíduos e Serviços Partilhados.


Entre 2004 e 2006, sete empresas do Grupo AdP
despenderam cerca de 2,5 milhões de euros com
viaturas de serviço personalizadas.
No grupo AdP encontrava-se, à data da auditoria,
em vigor o Regulamento de Atribuição de Viaturas
de Serviço, de 7 de Setembro de 2006, de acordo
com o qual podem usufruir de viaturas de serviço
os quadros com funções de direcção, restantes
quadros e colaboradores do grupo.

São viaturas de serviço da empresa, todas aquelas
cuja responsabilidade sobre os custos de gestão e de
aquisição ou aluguer lhe cabem e que são afectas a
administradores, quadros com funções de direcção
e outros colaboradores, bem como a direcções para
o exercício das suas funções, atribuições e
competências.

Consideram-se dois tipos de viaturas de serviço:

a) Viaturas de serviço personalizadas – veículos
automóveis ligeiros, sem qualquer
identificação exterior associada à empresa,
atribuídos a administradores, quadros com
funções de direcção e outros colaboradores,
para utilização ao serviço da empresa no
exercício das suas funções e competências e
enquanto essa necessidade persistir.

b) Viaturas de serviço operacionais – sendo que
estas não estão adstritas a nenhum colaborador
da empresa.
As viaturas de serviço da empresa são adquiridas
em regime de Aluguer Operacional de Viaturas,
sendo a definição dos valores máximos para sua
aquisição e a escolha das marcas e dos modelos da
competência exclusiva do Conselho de
Administração da AdP, SGPS.

O período normal de utilização das viaturas de
serviço personalizadas é de 36 meses, para os
administradores e gerentes das empresas
participadas pelo grupo AdP, e de 48 meses, para os
restantes colaboradores.

De acordo com o âmbito da presente auditoria,
foram calculados os montantes despendidos, entre
2004 e 2006, com as viaturas de serviço
personalizadas, tendo-se chegado a um valor global
e acumulado de cerca de 2.486 mil euros, dos quais
cerca de 478 mil euros respeitam a despesa com
combustíveis.

Tais montantes encontram-se discriminados nos
quadros seguintes, o que por empresa significa que:

􀂃 a AdP SGPS despendeu, entre 2004 e 2006,
cerca de 904 mil euros;
􀂃 a AdP Serviços despendeu, entre 2004 e 2006,
mais de 782 mil euros:
􀂃 a Aquapor, S. A. despendeu, entre 2004 e 2006,
mais de 234 mil euros;
􀂃 a EGF, S. A. despendeu, entre 2004 e 2006,
cerca de 289 mil euros;
􀂃 a AdP Internacional despendeu, entre 2004 e
2006, mais de 193 mil euros;
􀂃 a AdP Formação despendeu, entre 2004 e
2006, mais de 69 mil euros;
􀂃 a Reciclamas, S. A. despendeu, em 2006, mais
de 14 mil euros.


E para finalizar:


São montantes importantes não apenas pela sua
dimensão, mas porque foram realizadas por
empresas de capitais públicos, logo dos mesmos
contribuintes a quem se pede contenção e
poupança. São igualmente relevantes quando
algumas dessas empresas não têm uma saúde
económico-financeira que lhes permita considerar
que tais despesas são de mais-valia económica, pois
agrava a situação de défice e não aportam benefício
directo.



fonte:
http://www.tcontas.pt/pt/actos/rel_auditoria/2008/audit-dgtc-rel023-2008-2s.pdf[/code]
 
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por Elias » 23/9/2010 15:23

Manu Escreveu:Até poderiam ser 1.500 dos mais baratinhos, que o gasto pode ser obsceno.


Exacto Manu. A questão a colocar deveria ser esta: são precisos tantos carros em empresas públicas?

Pessoalmente sou contra a atribuição de viaturas a colaboradores do Estado e de empresas públicas, independentemente do cargo e da função que desempenham.
 
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por Manu » 23/9/2010 15:09

Penso que a questão da gama à qual pertecem os carros é um pouco irrelevante.

A questão que deveria ser colocada deveria ser se esta aquisição é assim tão necessária, uma vez que há um esforço colectivo(deveria haver) para conter gastos desnecessários.

Até poderiam ser 1.500 dos mais baratinhos, que o gasto pode ser obsceno.
 
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por flugufrelsarinn » 23/9/2010 14:56

Audi A4 BMW 320

Aldrabões:

Topo de gama é isto: Um test drive de sonho

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por Ulrich » 23/9/2010 14:52

Viva,em jeito de homenagem ao fabuloso momento de interpretação cinematográfica que é o monólogo do Al Pacino (já parece um comentário do Manuel Machado :mrgreen:) no filme "Advogado do Diabo" venho "botar faladura".

Disclaimer: este meu comentário é absolutamente desprovido de contaminação politica.

O direito ao contraditório é essencial em qualquer debate até para nos por em causa.

A fundamentação do Sr. Mais_Um é,quer queiramos quer não, válida. A grande questão de muitos debates tem a haver com a predisposição com que os participantes iniciam a suas troca de argumentos.

Ou se trocam pontos de vista baseados em factos ou se debatem opiniões idiossincráticas.

As pessoas têm a obrigação, por uma questão de honestidade intelectual, de separar o Populismo das verdadeiras injustiças Sociais.

Eu gosto de debater e tentar ser o menos ortodoxo possível para poder escolher o caminho.

Abraços
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por tava3 » 23/9/2010 14:27

Desculpem mas não me parece bem tirarem o post, não era ofensivo para ninguém, penso eu de que.
Plan the trade and trade the plan
 
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por mais_um » 23/9/2010 14:05

whitebala Escreveu:
Valete Escreveu:Tiro o chapéu ao mais_um.

Por mais perdido que seja o caso para o Estado, arranja sempre um argumento que defende os representantes da plebe.

E mais nos informa, que existe sempre uma lei que abriga todos os que gostam de andar por entre as gotas da chuva.

Para todos esses serás mais do que mais um.


Mais_um:

Tens normalmente opiniºões bem fundamentadas e interessantes. Mas sinceramente, parece que tens uma função divina (ou talvez não) de defender neste forum toda e qualquer opinião que vá contra os interesses de quem nos governa.

Não me leves a mal a pergunta mas és mesmo só mais_um no forum ou algo mais do que isso?

Abraço


Como já expliquei mais que uma vez, gosto de pensar pela minha cabeça e não como tudo o que me põem à frente.

Já defendi aqui o Dias Loureiro (a presunção da sua inocencia até prova em contrario), dei num topico bem recente um exemplo de desinfomação por parte de um jornal em relação a uma pessoa que eu não gosto (o Miguel Sousa Tavares) so para lemabrar alguns casos que naõ tem nada a ver com quem nos governa.

O objectivo de um orgão de comunicação social é informar de uma forma isenta, sem condicionar a opinião das pessoas, está no codigo deontologico dos jornalistas. Infelizmente a maior parte das vezes não é isso que acontece, como é o caso da noticia que abre o topico.

Apenas demonstrei o absurdo da noticia e como ela não corresponde à verdade, em vez de questionarem as minhas intenções deviam questionar quem escreveu a noticia, esse sim é criticavel, não eu.

o A4 e o BMW serie 3 são carros do segmento medio/alto e não carros topo de gama, mas mesmo que fossem, os restantes não seriam garantidamente.

Na empresa onde eu trabalho, os carros atribuidos à administração são carros topo de gama como mercedes classe E, A6 ou BMW serie5, os directores andam com carros do segmento medio/alto, como os A4, BMW serie3, Laguna e peugeot 407, os restantes andam com carros do segmento medio/baixo como megane, peugeot 308 ou VW golf.

Gostava realmente de ver a tal lista dos cerca de 400 automoveis topo de gama, mas aparentemente essa lista não é fornecida pelo jornal, porque será?
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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por whitebala » 23/9/2010 13:43

Valete Escreveu:Tiro o chapéu ao mais_um.

Por mais perdido que seja o caso para o Estado, arranja sempre um argumento que defende os representantes da plebe.

E mais nos informa, que existe sempre uma lei que abriga todos os que gostam de andar por entre as gotas da chuva.

Para todos esses serás mais do que mais um.


Mais_um:

Tens normalmente opiniºões bem fundamentadas e interessantes. Mas sinceramente, parece que tens uma função divina (ou talvez não) de defender neste forum toda e qualquer opinião que vá contra os interesses de quem nos governa.

Não me leves a mal a pergunta mas és mesmo só mais_um no forum ou algo mais do que isso?

Abraço
Let´s Cruise forever
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Re: Ora aii estaa !

por Automech » 23/9/2010 13:31

Elias Escreveu:
bboniek00 Escreveu:Os senhores gestores das AdP que andem de Metro como o nosso prumeiro.


Diga-se de passagem que o nosso primeiro não sabia o preço do bilhete que tinha comprado e saiu pela porta especial das grávidas e dos deficientes :lol:


E depois no fim disse que gosta de andar de metro, como se o fizesse todos os dias. Foi hilariante LOLOLOLOL
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por Valete » 23/9/2010 13:28

Tiro o chapéu ao mais_um.

Por mais perdido que seja o caso para o Estado, arranja sempre um argumento que defende os representantes da plebe.

E mais nos informa, que existe sempre uma lei que abriga todos os que gostam de andar por entre as gotas da chuva.

Para todos esses serás mais do que mais um.
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Re: Ora aii estaa !

por Elias » 23/9/2010 11:38

bboniek00 Escreveu:Os senhores gestores das AdP que andem de Metro como o nosso prumeiro.


Diga-se de passagem que o nosso primeiro não sabia o preço do bilhete que tinha comprado e saiu pela porta especial das grávidas e dos deficientes :lol:
 
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Ora aii estaa !

por bboniek33 » 23/9/2010 11:32

Ee pintaa-los de brancos aas riscas azuis e entregaa-los aa PSP que bem precisa.

Os senhores gestores das AdP que andem de Metro como o nosso prumeiro.

Isto estaa a cair de maduro...

Ee soo agardanhar ! 8-)
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por mais_um » 23/9/2010 11:30

Elias Escreveu:
mais_um Escreveu:Gostava de ver a lista dos automoveis em questão para verificar o que eles consideram topo de gama :twisted:


É para já ó fachavor 8-)



Águas de Portugal quer cortar em 30% os custos com viaturas
23 Setembro 2010 | 10:12
Miguel Prado - miguelprado@negocios.pt

O grupo estatal tem 388 viaturas atribuídas aos seus colaboradores, em grande parte veículos topo de gama, segundo o "Correio da Manhã", mas a AdP garante que "tem feito um intenso esforço" para minimizar custos.

Pedro Serra é o presidente da Águas de Portugal.
O grupo Águas de Portugal, que segundo a edição de hoje do “Correio da Manhã” tem cerca de 400 carros topo de gama para quadros intermédios e gestores, tem um plano para reduzir em 30% os custos com viaturas ao longo dos próximos três anos.

"O grupo AdP pauta-se pela gestão no sentido da eficiência e da minimização dos custos e tem feito um intenso esforço nesse sentido”, diz a empresa. “No que diz respeito aos custos com o aluguer de viaturas, é objectivo do grupo diminuir em 30% os custos unitários com viaturas nos próximos três anos", revelou fonte da empresa ao Negócios.

Na sua edição de hoje o "Correio da Manhã" diz que este ano já foram substituídas 34 viaturas, na maioria veículos de alta cilindrada da BMW, Renault e Citroën e ainda alguns Skoda. O mesmo jornal diz também, citando o relatório e contas de 2009, que só o carro do presidente do grupo, representou custos de 12.734 euros, sem incluir 2.805 euros de combustível.

O grupo, que tem 42 empresas e 5.300 colaboradores, contabilizava no final do primeiro semestre 1.190 viaturas de serviço, das quais "388 são viaturas personalizadas", segundo as informações disponibilizadas pela AdP.

A AdP assegura que "existe um regulamento de atribuição de viaturas no grupo AdP que foi revisto no sentido de integrar uma política mais restritiva de atribuição de viaturas e integrar a tributação obrigatória das viaturas de serviço personalizadas nos termos do Código do Imposto sobre as Pessoas Singulares".

As viaturas personalizadas, segundo a AdP, são "veículos automóveis ligeiros atribuídos a administradores, quadros com funções de direcção e outros colaboradores, para utilização ao serviço da empresa no exercício das suas funções e competências e enquanto essa necessidade persistir". Já os veículos de serviço operacionais são "viaturas que não estão atribuídas a nenhum colaborador da empresa e são utilizadas para o exercício das actividades das empresas pelos colaboradores que as executam".

O grupo Águas de Portugal integra 42 empresas e 5.300 colaboradores e tem 1.190 viaturas de serviço, das quais 388 são personalizadas, isto é, atribuídas directamente a um colaborador, sendo as restantes usadas consoante as necessidades do grupo.
A AdP diz ainda que no grupo "existe uma tabela de viaturas, que é definida semestralmente com base em premissas de custo, níveis de emissão de carbono, consumo médio misto, cilindrada e cavalagem, que integra oito níveis".

"Em relação aos administradores das empresas do grupo - que incluem as viaturas Audi A4 e BMW 320 -, e em cumprimento rigoroso do disposto no Estatuto dos Gestores Públicos, é da competência exclusiva da Assembleia Geral a atribuição e fixação da respectiva viatura que determina a viatura a atribuir", esclarece a AdP.


Epá, só tem a lista dos carros dos administradores e a dos gestores e quadros intermedios? É que se os administradores tem A4 e BMW320, os restantes de certeza que não são carros topo de gama, já que os referidos A4 e BMW320 não são carros topo de gama, um A6 eventualmente sim, embora o topo de gama seja o A8.
Enfim.....
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por Elias » 23/9/2010 11:21

mais_um Escreveu:Gostava de ver a lista dos automoveis em questão para verificar o que eles consideram topo de gama :twisted:


É para já ó fachavor 8-)



Águas de Portugal quer cortar em 30% os custos com viaturas
23 Setembro 2010 | 10:12
Miguel Prado - miguelprado@negocios.pt

O grupo estatal tem 388 viaturas atribuídas aos seus colaboradores, em grande parte veículos topo de gama, segundo o "Correio da Manhã", mas a AdP garante que "tem feito um intenso esforço" para minimizar custos.

Pedro Serra é o presidente da Águas de Portugal.
O grupo Águas de Portugal, que segundo a edição de hoje do “Correio da Manhã” tem cerca de 400 carros topo de gama para quadros intermédios e gestores, tem um plano para reduzir em 30% os custos com viaturas ao longo dos próximos três anos.

"O grupo AdP pauta-se pela gestão no sentido da eficiência e da minimização dos custos e tem feito um intenso esforço nesse sentido”, diz a empresa. “No que diz respeito aos custos com o aluguer de viaturas, é objectivo do grupo diminuir em 30% os custos unitários com viaturas nos próximos três anos", revelou fonte da empresa ao Negócios.

Na sua edição de hoje o "Correio da Manhã" diz que este ano já foram substituídas 34 viaturas, na maioria veículos de alta cilindrada da BMW, Renault e Citroën e ainda alguns Skoda. O mesmo jornal diz também, citando o relatório e contas de 2009, que só o carro do presidente do grupo, representou custos de 12.734 euros, sem incluir 2.805 euros de combustível.

O grupo, que tem 42 empresas e 5.300 colaboradores, contabilizava no final do primeiro semestre 1.190 viaturas de serviço, das quais "388 são viaturas personalizadas", segundo as informações disponibilizadas pela AdP.

A AdP assegura que "existe um regulamento de atribuição de viaturas no grupo AdP que foi revisto no sentido de integrar uma política mais restritiva de atribuição de viaturas e integrar a tributação obrigatória das viaturas de serviço personalizadas nos termos do Código do Imposto sobre as Pessoas Singulares".

As viaturas personalizadas, segundo a AdP, são "veículos automóveis ligeiros atribuídos a administradores, quadros com funções de direcção e outros colaboradores, para utilização ao serviço da empresa no exercício das suas funções e competências e enquanto essa necessidade persistir". Já os veículos de serviço operacionais são "viaturas que não estão atribuídas a nenhum colaborador da empresa e são utilizadas para o exercício das actividades das empresas pelos colaboradores que as executam".

O grupo Águas de Portugal integra 42 empresas e 5.300 colaboradores e tem 1.190 viaturas de serviço, das quais 388 são personalizadas, isto é, atribuídas directamente a um colaborador, sendo as restantes usadas consoante as necessidades do grupo.
A AdP diz ainda que no grupo "existe uma tabela de viaturas, que é definida semestralmente com base em premissas de custo, níveis de emissão de carbono, consumo médio misto, cilindrada e cavalagem, que integra oito níveis".

"Em relação aos administradores das empresas do grupo - que incluem as viaturas Audi A4 e BMW 320 -, e em cumprimento rigoroso do disposto no Estatuto dos Gestores Públicos, é da competência exclusiva da Assembleia Geral a atribuição e fixação da respectiva viatura que determina a viatura a atribuir", esclarece a AdP.
 
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por mais_um » 23/9/2010 11:17

A sério, estas noticias só me fazem rir!! :lol: :lol: :lol:

Gostava de ver a lista dos automoveis em questão para verificar o que eles consideram topo de gama :twisted:

Eu, em 2006 tinha um renault megane, também em AOV, que custava 8400€ por ano à empresa e gastava 2200 € em combustivel e ainda tinha os custos das portagens.
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Águas de Portugal tem 400 carros de luxo

por Elias » 23/9/2010 11:07

Águas de Portugal tem 400 carros de luxo para trabalho e fins pessoais
23 de Setembro de 2010
Fonte: Diário Digital

Os quadros intermédios e gestores das empresas do grupo Águas de Portugal (AdP) têm cerca de 400 automóveis topo de gama à disposição, revela hoje o Correio da Manhã.

Segundo o jornal, este ano já foram substituídas 34 viaturas de alta cilindrada.

Os automóveis em regime de aluguer operacional de veículo (AOV), composto na maioria por veículos BMW, Renault e Citroen, são para uso «dos técnicos dirigentes e outros altos-quadros».

O jornal revela ainda que os custos com o carro do presidente da Adp, de acordo com o relatório interno de 2009, foram de 12.734 euros, a que se somam 2.805 euros em combustível.

A frota composta por 400 viaturas não inclui, dentro do universo das mais de 40 empresas do grupo AdP, os automóveis exclusivamente de trabalho, como as carrinhas de piquete.
 
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