BCP, a arma secreta para o controle do défice do Estado
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pvg80713 Escreveu:este tema está novamente a ser falado... e certamente vai ser usada para evitar a entrada do FMI.
Está? Por quem?
Aquilo que sei é que as negociações decorrem há largos meses e ainda não está nada definido. Ou melhor, a única coisa que está quase certa é que todos os bancos adoptarão a mesma medida. Não há excepções.
Até porque há o problema de haverem imensos imóveis no fundo de pensões e numa altura destas... não dá lá muito jeito

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cada vez mais estas artimanhas financeiras e contabilisticas estão á ordem dos nossos governantes sem, no entanto, ilustrar o efeito negativo que estes fundos terão no futuro. Não faz sentido nenhum transferir as obrigações do controle destes fundos das entidades privadas para o foro público.
A segurança social não tem como obrigação assegurar reformas ou subvencções complementares às obrigatórias que já tem. A ser verdade é a total demonstração de imcompetência governamental. É resolver os problemas actuais de forma artificial para claudicar os direitos futuros de todos os portugueses que NECESSITAM da segurança social como forma mínima de sobrevivência. No fundo, e como o fundo de pensões do BCP não tem dinheito suficiente para pagar as reformas aos seus trabalhadores, o sistema de segurança social irá pagar a valor a descoberto.
Assim não custa nada ter a responsabilidade de atribuir uma pensão complementar aos seus funcionários, visto que a resposabilidade é transferida para o erário publico....
A segurança social não tem como obrigação assegurar reformas ou subvencções complementares às obrigatórias que já tem. A ser verdade é a total demonstração de imcompetência governamental. É resolver os problemas actuais de forma artificial para claudicar os direitos futuros de todos os portugueses que NECESSITAM da segurança social como forma mínima de sobrevivência. No fundo, e como o fundo de pensões do BCP não tem dinheito suficiente para pagar as reformas aos seus trabalhadores, o sistema de segurança social irá pagar a valor a descoberto.
Assim não custa nada ter a responsabilidade de atribuir uma pensão complementar aos seus funcionários, visto que a resposabilidade é transferida para o erário publico....
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ao contrário da CGD, que tinha um fundo de pensões equilibrado, o BCP tem certamente no seu problemas.
Não sei qual a reforma de Pinhal ou Jardim, mas será certamente muitas vezes superior ao máximo que a CGD pagava até agora.... e isso ia dar imensos problemas...
Não sei qual a reforma de Pinhal ou Jardim, mas será certamente muitas vezes superior ao máximo que a CGD pagava até agora.... e isso ia dar imensos problemas...
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BCP, a arma secreta para o controle do défice do Estado
O tabu que ninguém fala:
BCP, a arma secreta para o controle do défice do Estado no ano 2008!
por Delfim Sousa [*]
É estranho o manto de silêncio, o tabu, sobre a provável e principal razão que envolve o interesse súbito de "todo o mundo" sobre o Banco Comercial Português: a possível transferência para a Segurança Social do fundo de pensões dos colaboradores do Banco avaliado em cerca de quatro mil milhões de euros.
Esta transferência, a concretizar-se, será contabilizada como receita extraordinária da Segurança Social neste ano 2008 e controlará o défice do Estado satisfatoriamente. Esta solução que estará na mira do Governo Sócrates (sem dúvidas), já foi testada pelo Governo de Guterres (com a transferência do fundo de pensões do BNU, realizado pelo ex-ministro Sousa Franco) e pelo Governo de Santana Lopes, para controlar o défice e cumprir os valores limite fixados pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento. Assim, no ano de 2004, o ex-ministro das Finanças Bagão Félix transferiu fundos de pensões de empresas públicas (entre outros, o Fundo da Caixa Geral de Depósitos) para a Caixa Geral de Aposentações, conseguindo um encaixe financeiro de cerca de 1,9 mil milhões de euros (segundo foi noticiado).
Estamos, na verdade, no cerne das negociações das cadeiras na Administração do BCP! Isto é, poderá o PS garantir um perfeito e tranquilo sucesso orçamental no Ano 2008, com uma total concordância do maior partido da oposição (?), tendo em vista o ano de eleições de 2009? Mas, é bom recordar e não esquecer (PS e PSD) o parecer do Tribunal de Contas sobre este tipo de operações:
"O impacto directo sobre as finanças públicas, que se projectará por um período longo, resultante das transferências referidas, tem um efeito positivo sobre as receitas do Estado no ano em que ocorreram, mas têm um efeito inverso nos anos posteriores, uma vez que as receitas não serão suficientes para suportar o valor das despesas".
Neste cenário, bem descrito pelo Tribunal de Contas, afirmamos que não se augura nada de bom para os reformados e trabalhadores no activo com a transferência do Fundo de Pensões para o Estado. Denunciamos a apatia e a ingenuidade dos Sindicatos e da Comissão de Trabalhadores do BCP em não verem e não perceberem o fundo real da situação. Ou, será que querem ver e perceber? Porque será que não defendem os legítimos interesses dos trabalhadores com absoluta firmeza e determinação?
O Accionista mediático do BCP, Joe Berardo, o homem que "Sabe Tudo", que no seu apostolado de críticas e denúncias emite opiniões diversas, ainda não se pronunciou sobre esta matéria? Ou, será que sabe e não quer dizer? Ou, sabe mesmo da medida desejada pelo Governo de Sócrates?
O Senhor Joe Berardo não é seguramente um "capitalista do povo", como quer fazer passar na imagem que vende. Pelo contrário, Berardo defende unicamente o seu dinheiro, os seus investimentos e o Fundo de Pensões representa uma responsabilidade para o Banco que quer ver eliminada, ou antes, transferida para o Estado.
Finalmente, independentemente dos respeitáveis nomes que são apontados como candidatos às cadeiras do Conselho de Administração Executivo do BCP, os accionistas, os clientes, os colaboradores do Banco, gostavam de saber da voz dos Candidatos a Presidente , nos próximos dias que antecedem a Assembleia Geral, quais são os modelos e as orientações que pretendem imprimir na organização, se vão seguir a política das fusões, se vão continuar o Programa em marcha "Millennium 2010", etc. Ou seja, os Curricula Vitae de Santos Ferreira e Miguel Cadilhe são inquestionáveis, mas urge sentir e reflectir as linhas orientadoras de liderança que sustentam as suas candidaturas.
Até agora vivemos no campo vago da dança dos nomes. Historicamente, o Banco Comercial Português sempre nos habituou à excelência na liderança e à clareza sólida dos objectivos a atingir. Por esta via, se atingiu o patamar de importância que o BCP hoje ocupa no sistema financeiro português.
[*] Accionista, Ex-Quadro do BCP, Ex-Sindicalista, Ex-Membro da Comissão de Trabalhadores do BCP, delfimsousa1@netcabo.pt
Nota de resistir.info:
Este documento foi emitido e enviado aos media no dia 2 de Janeiro de 2008. Resistir.info aguardou até hoje que, face à gravidade da denúncia, ele fosse noticiado pela comunicação social – os jornais económicos e aqueles que se dizem "de referência". Como isso não aconteceu – o silêncio foi total – é legítimo suspeitar que estão a praticar a auto-censura. Foi por essa razão que resistir.info resolveu publicá-lo, embora consciente de que o seu autor (ex-militante do CDS) é um homem de formação conservadora.
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
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