Outros sites Medialivre
Caldeirão da Bolsa

[Off Topic]CP - Comboios de Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Pariet » 26/1/2011 1:03

Pior do que isso foi a construção de uma ponte com velocidade limitada, não me lembro bem mas penso que é a 140km/h. É compreensível que em termos de projecto para velocidades elevadas a complexidade aumenta exponencialmente, mas já que foi necessário ajuda de engenheiros do estrangeiro, poderia-se ter chegado um pouco mais além.

A informação foi obtida por uma conversa com o projectista e aviso que não vi o vídeo.
 
Mensagens: 14
Registado: 28/12/2007 13:36

por PequenoInvest » 25/1/2011 22:08

Não percebi a razão pela qual se construiu apenas 1 via.

Essa de reduzir em 10 minutos o tempo da viagem para o Algarve... uau :roll:
 
Mensagens: 1397
Registado: 24/7/2009 12:13
Localização: 16

por Elias » 25/1/2011 20:49

Variante de Alcácer:

http://vimeo.com/18449630
 
Mensagens: 35428
Registado: 5/11/2002 12:21
Localização: Barlavento

por CerealKiler » 21/12/2010 19:36

para desontrair:

Um estudante Arabe em Berlim manda um e-mail para o Pai dizendo

Meu querido pai


Berlim e' maravilhoso
As pessoas sao excelentes e eu estou realmente a gostar disto. Mas,
Pai eu estou um bocado envergonhado em chegar a minha Faculdade com o
meu Ferrari 599GTB em puro ouro, quando todos os meus professores e
meus colegas vem de Comboio.


Seu filho, Nasser

No dia seguinte o Pai responde ao e-mail do Nasser:


Meu amado filho

20 milhoes de USD acabaram de ser transferidos para a sua conta. Por
favor pare de nos envegonhar. Va' e compre um comboio para ti tambem....



Love, your Dad
 
Mensagens: 824
Registado: 1/4/2008 17:29
Localização: Aveiro

por Krupper » 21/12/2010 18:01

Governo prepara desmembramento da CP que ficará reduzida ao longo curso

A CP Carga já é hoje uma empresa autonomizada, que espera 33 milhões de prejuízos no fim do ano e que está na lista das privatizáveis no Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC), e as CP Lisboa e CP Porto vão ser concessionadas (ver caixa). Ou seja, o desmembramento da CP é agora uma matéria assumida pelo Governo pois, seguindo à risca as intenções do executivo, dentro de um ano dela não restará mais do que a unidade de longo curso e uns restos do serviço regional.

Este último irá acabar em 2011 nos troços Torre das Vargens-Beirã (65 km), Abrantes-Elvas (129), Beja-Funcheira (62), Ermesinde-Leça (11), Setil-Coruche (32), Pinhal Novo-Beja (138) e Casa Branca-Évora (16). Mas a estes há que somar os 144 quilómetros de linhas que já foram encerradas no primeiro mandato deste Governo, o que significa um total de 597 quilómetros sem regionais.

Desde Janeiro de 2009, os comboios deixaram de apitar entre a Figueira da Foz e Pampilhosa (51 quilómetros) e nas linhas do Tua (54), do Tâmega (13) e do Corgo (26).

A falta de segurança nessas linhas foi a razão invocada, tendo-se seguido promessas imediatas de reabilitação dessas vias, mas a única coisa que se fez foi retirar os carris e as travessas em algumas delas. A política de contenção do investimento público ditou, entretanto, que os trabalhos de modernização fossem adiados, faltando agora apenas formalizar o seu encerramento através de um processo de "desclassificação".

Ontem, o ministro das Obras Públicas, António Mendonça, anunciou que "a actual conjuntura, pelas pressões que coloca, designadamente no plano financeiro, obriga a acelerar algumas das coisas que vinham a ser preparadas" no que diz respeito à desclassificação de linhas férreas que não tenham procura.

Além das linhas onde o serviço regional será simplesmente suprimido, prevêem-se reduções do número de comboios nas linhas do Algarve, do Douro, do Oeste e do Minho.

Em 2009, o serviço regional da CP deu prejuízos de 56,6 milhões de euros, sobretudo nas linhas do interior, onde, muitas vezes, as automotoras circulam com menos de dez passageiros. O PÚBLICO apurou que, por exemplo, no ramal de Cáceres, entre Marvão e Torre das Vargens, cada passageiro transportado custou à CP 68 euros, sendo nesse troço a taxa de cobertura das despesas pelas receitas inferior a seis por cento.

Mesmo alguns dos eixos ferroviários mais representativos do país, como as linhas do Oeste, do Sul, da Beira Baixa e da Beira Alta, têm taxas de cobertura inferiores a 20 por cento, situando-se todo o serviço abaixo dos 50 por cento, com a excepção dos "tomarenses", expressão por que é conhecido o serviço entre Tomar e Lisboa e que serve também Entroncamento, Azambuja e Vila Franca de Xira, cujas receitas quase pagam as despesas.

Mas a fraca procura do serviço regional é também vítima da maneira como a própria CP está organizada, com as unidades de negócios a operaram de costas voltadas ao nível da oferta e do tarifário. Uma viagem do Bombarral para Espinho implica que um passageiro tenha de apanhar cinco comboios, do Rossio para Leiria e do Pinhão para Viana do Castelo quatro comboios.

O tarifário é também desencorajador da procura porque resulta do somatório dos vários comboios que o passageiro apanhar numa só viagem. De Santarém a Mangualde, paga 13 euros num Intercidades. Mas das Caldas da Rainha para Mangualde, que tem uma distância maior, um cliente da CP paga 16 euros e tem de apanhar três composições (um regional, um suburbano e um Intercidades).

Com tarifas e horários desencontrados não surpreende, assim, que o serviço regional tenha pouca procura.

O PÚBLICO perguntou à CP qual a percentagem de passageiros do regional que precediam ou seguiam viagem no longo curso, mas a empresa respondeu que não dispunha dessa informação.
 
Mensagens: 705
Registado: 30/9/2010 13:54

por Elias » 17/12/2010 12:36

Consultor para a privatização dos suburbanos ganha 250 mil euros

17.12.2010 - 09:42 Por Carlos Cipriano
publico.pt

A administração da CP decidiu seleccionar "com carácter de urgência" um consultor para estudar a subconcessão da exploração das linhas suburbanas de Lisboa e do Porto.

A empresa dá sequência às directivas do Governo para que, até ao fim de 2011, sejam lançados "procedimentos pré-contratuais" para atribuir a empresas privadas aquelas linhas.

A deliberação da CP atribui um valor de referência de 250 mil euros a pagar a "um consultor com efectiva experiência internacional na matéria", que terá dois meses para realizar os trabalhos. Os administradores referem o "apertado calendário pretendido pelo Governo" e o facto de a empresa não dispor internamente das competências necessárias para a realização de tal tarefa como motivos para o ajuste directo.

O consultor escolhido deverá apresentar modelos alternativos de subconcessão do serviço ferroviário tendo em conta a duração do contrato, as compensações financeiras, cedência dos comboios, afectação do pessoal e contratação da manutenção.

Deverão ficar ainda definidos os modelos de exploração possíveis a que os concessionários ficarão vinculados, nomeadamente ao nível de tarifário, horários, tempos de viagem e padrões de segurança e conforto.

Actualmente, só existe um concessionário privado na ferrovia portuguesa - a Fertagus, que explora os suburbanos de Lisboa a Setúbal e que propôs-se prescindir de subsídios do Estado a partir de 2011. O tarifário naquela linha é mais elevado, sendo frequente ouvirem-se responsáveis da CP dizer que, em idênticas condições às da Fertagus, a CP Lisboa também não daria prejuízo.
 
Mensagens: 35428
Registado: 5/11/2002 12:21
Localização: Barlavento

por Elias » 16/12/2010 1:47

CP apresentou plano para atingir as 600 rescisões
16 Dezembro 2010 | 00:01
Alexandra Noronha - anoronha@negocios.pt

O plano para atingir os cortes de custos de 15% que a CP apresentou ao Governo inclui uma redução de efectivos que poderá atingir os 600 trabalhadores.

Segundo adiantou ao Negócios, Vicente Pereira (na foto), vice-presidente da transportadora, destes, 200 dizem respeito à CP e 400 poderão ser dispensados da EMEF (empresa de manutenção do grupo).

"Só na CP pode ter um número na casa das duas centenas", adianta o responsável que depois explicou que só a EMEF tem neste momento 1600 trabalhadores.

"O excesso de capacidade pode chegar aos 400", explica. Vicente Pereira realça, que "são números que ainda não estão apurados, mas dessa ordem de grandeza [600]". O universo CP tem cerca de seis mil trabalhadores.
 
Mensagens: 35428
Registado: 5/11/2002 12:21
Localização: Barlavento

por Elias » 27/9/2010 8:26

CP já não compra novos comboios

27.09.2010 - 07:27 Por Carlos Cipriano
publico.pt

A CP excluiu os quatro concorrentes - Alstom, Bombardier, CAF e Siemens - ao maior concurso de sempre daquela empresa para a compra de novos comboios.

Em causa está a aquisição de 49 automotoras eléctricas (a maioria para a Linha de Cascais) e 25 composições diesel para o serviço regional, num concurso que superava os 300 milhões de euros.

A transportadora pública encontrou inconformidades nas propostas dos quatro fabricantes que levou à sua exclusão, ficando o concurso deserto. Desta forma, a CP não se arrisca a ter de pagar indemnizações aos concorrentes, ao contrário do que aconteceria se a decisão fosse anular o concurso.

A CP lançou este concurso em Maio de 2009, sendo as propostas conhecidas em Novembro, mas desde então o processo ficou em banho-maria porque, no âmbito do Plano de Estabilidade e Crescimento, foi criada uma comissão de análise entre o Ministério das Finanças e o das Obras Públicas e Transportes para reavaliar os investimentos do sector ferroviário.

A CP não tem contrato de serviço público com o Estado e encontra-se há anos em falência técnica, pelo que esta aquisição seria em grande parte feita com recurso ao endividamento.

A dado momento ainda se ponderou a hipótese de avançar apenas com a compra dos comboios eléctricos, abdicando-se da aquisição das automotoras diesel. Mas o concurso acabou por morrer pela providencial exclusão dos concorrentes que não acataram todas as exigências do rigoroso caderno de encargos.

Nas propostas apresentadas à CP, os espanhóis da CAF eram os mais bem posicionados nos dois lotes de material circulante (eléctrico e diesel) com 319 milhões de euros, seguidos da Siemens (439 milhões) e da Bombardier (457 milhões). A Alstom só apresentara proposta para as unidades eléctricas (239 milhões), ficando a seguir à CAF, que propusera 179 milhões.

Sem comboios novos à vista, a transportadora ferroviária vai ter de recorrer à reabilitação de material velho, como aliás tem vindo a fazer nos últimos anos. As automotoras UTD (Unidades Triplas Diesel) que circulam no Douro e no Algarve, e estava previsto irem para abate, deverão ser alvo de um processo de modernização para lhes prolongar o tempo de vida útil.

O aluguer de 17 automotoras espanholas à Renfe, por 5,35 milhões de euros por ano durante cinco anos, é também uma forma de colmatar a falta de material novo.

Já nos comboios eléctricos a situação é mais grave, sobretudo na Linha de Cascais, cujo parque de material se encontra exaurido, estimando-se que só possa durar, em condições, mais dois a quatro anos.

Prejudicada fica também a CP Porto para onde se destinavam algumas das novas composições a fim de responder ao aumento da procura na área suburbana da Invicta.

Para a EMEF, empresa de manutenção da CP, esta é uma oportunidade perdida de constituir uma parceria com a empresa ganhadora do concurso, pois o caderno de encargos tinha em conta a incorporação nacional no fabrico dos comboios. Em contrapartida, a empresa ganha agora trabalho acrescido a tentar rejuvenescer material circulante com quase 40 anos.
 
Mensagens: 35428
Registado: 5/11/2002 12:21
Localização: Barlavento

por Marco Martins » 22/9/2010 23:04

Elias Escreveu:Vídeo: Cavaco Silva quer mais atenção ao interior do país
22 Setembro 2010 | 20:52
negocios.pt

Cavaco Silva fez um apelo ao Governo para a necessidade de se olhar mais pelo interior do país e uma maior proximidade entre o poder central e o poder local.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=444867


Acho um bocado triste o senhor professor Aníbal vir pedir mais atenção para o interior e apelar a uma maior proximidade, quando foi justamente durante os governos dos senhor professor Aníbal (particularmente em 1990 mas também em 1987) que se assistiu à maior sangria na rede ferroviária nacional, tendo sido encerradas diversas linhas de comboio no interior do país: linha do Tâmega (além de Amarante), linha do Corgo (além de Vila Real), linha do Tua (além de Mirandela), linha do Douro (além do Pocinho), linha de Guimarães (até Fafe), linha do Minho (até Monção), linha do Vouga (até Viseu), linha do Dão, linha de Évora (até Vila Viçosa), ramal de Portalegre, ramal de Reguengos, ramal de Moura, ramal de Sines... tudo linhas que encerraram durante os governos do senhor professor Aníbal. O interior ficou mais longe...


Creio que antes do sr. Anibal foi quando esteve cá o FMI ainda no tempo do sr. Mário, exactamente pelos mesmo motivos que estamos hoje a atravessar!

Pelo que me parece que nos tempos próximos teremos de assistir novamente a políticas de cortes zig-zag (a tordo e a direito) por não termos tido governações conscientes e capazes!
 
Mensagens: 6450
Registado: 7/4/2007 17:13
Localização: Algarve

por Elias » 22/9/2010 22:25

Vídeo: Cavaco Silva quer mais atenção ao interior do país
22 Setembro 2010 | 20:52
negocios.pt

Cavaco Silva fez um apelo ao Governo para a necessidade de se olhar mais pelo interior do país e uma maior proximidade entre o poder central e o poder local.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=444867


Acho um bocado triste o senhor professor Aníbal vir pedir mais atenção para o interior e apelar a uma maior proximidade, quando foi justamente durante os governos dos senhor professor Aníbal (particularmente em 1990 mas também em 1987) que se assistiu à maior sangria na rede ferroviária nacional, tendo sido encerradas diversas linhas de comboio no interior do país: linha do Tâmega (além de Amarante), linha do Corgo (além de Vila Real), linha do Tua (além de Mirandela), linha do Douro (além do Pocinho), linha de Guimarães (até Fafe), linha do Minho (até Monção), linha do Vouga (até Viseu), linha do Dão, linha de Évora (até Vila Viçosa), ramal de Portalegre, ramal de Reguengos, ramal de Moura, ramal de Sines... tudo linhas que encerraram durante os governos do senhor professor Aníbal. O interior ficou mais longe...
 
Mensagens: 35428
Registado: 5/11/2002 12:21
Localização: Barlavento

por Automech » 22/9/2010 15:35

xtech Escreveu:
AutoMech Escreveu:Primeiro o estado desiquilibra o país, depois como as pessoas vão para as cidades (ou emigram), vem tirar hospitais e escolas ao interior.


As pessoas vieram voluntariedade para as cidades, em busca de melhores condições de vida.

Por arrasto as infraestruturas desenvolveram-se onde estavam as pessoas.

E finalmente as empresas, que precisam de trabalhadores, implantaram-se no locais onde há mais mão de obra.

A não ser a solução do estado ter empresas publicas no interior e contratar pessoas (engordando mais o estado), dar emprego nas autarquias e serviços públicos locais (o que já acontece), pouco maias se pode fazer para forçar a pessoas e empresas a voltar.

Já existem benefícios fiscais por exemplo (talvez não cheguem) em determinados sítios mas as empresas não vão porque têm dificuldade em encontrar pessoas qualificadas e outras empresas com quem trabalhar, na área de serviços.

Que alternativas temos ? Investimentos públicos (quais ?) nas zonas menos favorecidas esperando que as pessoas regressem. Correndo o risco de criar elefantes brancos ?

A questão é que foi o próprio movimento populacional que levou a esta situação originalmente e não o estado que o promoveu. Nisto é que discordo de ti, eu que também sou do interior, mas vivo na zona Lisboa.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 9360
Registado: 4/6/2010 12:12
Localização: 16

por Elias » 22/9/2010 15:22

xtech Escreveu:Portanto, numa situação em que quando portugal foi fundado e não havia grandes desigualdades em termos de distribuição da população, hoje vivemos completamente desiquilibrados.


xtech em que te baseias para afirmar que no passado não havia grandes desigualdades em termos de distribuição populacional?
 
Mensagens: 35428
Registado: 5/11/2002 12:21
Localização: Barlavento

por xtech » 22/9/2010 14:39

AutoMech Escreveu:Sim, e depois as pessoas do interior que paguem as viagens quando vão para os hospitais de Lisboa, Porto, Coimbra, etc. Eu não pago (ou pagaria pouco) porque não estou longe do Hospital de Santa Maria em Lisboa.

Xtech, eu até tenho tendências liberais, como já mostrei noutras intervenções, mas é preciso cuidado porque se levarmos o ultra liberalismo à letra há sítios do país onde temos de começar a destruir as estradas porque o custo de manutenção, comparado com o número de pessoas que lá passa, será com certeza excessivo. Isto é só um exemplo.

Olha que, se alguém tem a perder com uma visão mais liberal como a tua, são precisamente as pessoas do interior.


AutoMech, as desigualdades entre litoral e interior foram precisamente causadas pelo estado durante centenas de anos, e continuam a ser (basta só ver onde são feitos os grandes investimentos públicos de hoje em dia.. universidades, expo, euro, tgv, aeroportos, etc). Isso sim agrava as desigualdades, e depois entramos num ciclo vicioso que não tem volta a dar. Portanto, numa situação em que quando portugal foi fundado e não havia grandes desigualdades em termos de distribuição da população, hoje vivemos completamente desiquilibrados.

Primeiro o estado desiquilibra o país, depois como as pessoas vão para as cidades (ou emigram), vem tirar hospitais e escolas ao interior.

Eu também vivo no Porto, infelizmente pq não tinha uma universidade no interior, nem trabalho. E estou a 500m do hospital de São João. Sei o que é o que dizes. Mas sou do interior, e um dia destes hei-de voltar para lá.

Eu não sou ultra liberal. Eu acho que o estado deve existir enquanto defensor dos mais desfavorecidos (não "pai de todos"). A saúde, educação e justiça deveriam ser gratuitas para os mais pobres, que por má sorte da vida não podem trabalhar, estão doentes, ou não têm possibilidades. Os outros deviam pagar gradualmente mais consoante os seus rendimentos.

Quanto à distribuição do investimento público, eu acho que devia ser pouco (para não gastar recursos à sociedade), potenciador de mais-valias no futuro (económicas ou sociais), direccionado apenas para projectos de reconhecido e unânime interesse nacional e que diminuam as assimetrias nacionais. Eu acho que deveria haver um ranking por distritos sobre o PIB efectivo per capita. Cada 5 anos, era feita uma análise, e os distritos com menos Pib per capita (e outros indicadores de desenvolvimento) deveriam receber a maior fatia do investimento estatal. À medida que o raninking desses distritos fosse subindo, iriam perdendo o direito a receber investimento do estado, cedendo esse direito aos outros que ficariam abaixo.

Se o investimento é do estado, deveria sempre ser proporcionador de coesão e igualdade nacional. O privado, pode investir onde quiser pois não tem essa obrigação pois o dinheiro não veio dos contribuintes.

Em termos políticos, cada distrito devia eleger o mesmo número de deputados. Porque assim o jogo está viciado à partida. É melhor manter os eleitores do litoral contentes porque dão mais deputados que os do interior que elegem três ou quatro por distrito. Além disso, o poder de lobby é incomparavelmente inferior.
"Deus quer, o homem sonha, a obra nasce" (F.P.)
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 220
Registado: 29/11/2007 14:30
Localização: Sendim City - Capital do Planalto Mirandês

por Automech » 22/9/2010 13:37

Sim, e depois as pessoas do interior que paguem as viagens quando vão para os hospitais de Lisboa, Porto, Coimbra, etc. Eu não pago (ou pagaria pouco) porque não estou longe do Hospital de Santa Maria em Lisboa.

Xtech, eu até tenho tendências liberais, como já mostrei noutras intervenções, mas é preciso cuidado porque se levarmos o ultra liberalismo à letra há sítios do país onde temos de começar a destruir as estradas porque o custo de manutenção, comparado com o número de pessoas que lá passa, será com certeza excessivo. Isto é só um exemplo.

Olha que, se alguém tem a perder com uma visão mais liberal como a tua, são precisamente as pessoas do interior.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 9360
Registado: 4/6/2010 12:12
Localização: 16

por xtech » 22/9/2010 13:26

PequenoInvest Escreveu:
xtech Escreveu:Respondendo directamente: eu acho que a CP deve existir, mas como empresa privada. No interior não há comboios, portanto não faz sentido quem não usa também pagar (com impostos).


E eu ao invés de pagar 35 € de passe, começo a pagar 100 €.


Pois começas, mas também terás menos impostos a tirar-te o rendimento, deixando-te mais dinheiro livre para comprares o passe.

Além disso, se calhar ao fim do mês as pessoas que vivem no interior deixam de pagar 10€ para o teu passe, o que é justo pois não têm comboios.

Se tu tens comboios e as pessoas do interior não, porque é que tu (não é nada de pessoal, é só para exemplificar) hás-de pagar menos de metade do custo do passe e elas o resto?? É um absurdo!

Em Portugal, graças ao estado "papá" (ou "polvo", como lhe queiram chamar), anda metade das pessoas a viver à custa da outra metade. É por isso que andamos quase meio ano a trabalhar para sustentar o estado.

Imaginemos, se uma pessoa que ganha 1500€ brutos fica com 900€ livres no final do mês (tirando todos os impostos, incluindo os sobre o consumo, etc), se a carga fiscal fosse apenas 10%, ficaria com 1350€ livres. Se quisesse usufruir de serviços (comboios, etc) gastaria mais neles por não serem comparticipados. QUem não usufruisse, ficava com o dinheiro. Isto sim, seria justo.

Na minha terra diz-se "quem quer festas, paga-as", mas em portugal há pessoas que têm festas e quem as paga são os outros. Isso é desmotivador para quem quer poupar e trabalhar.
"Deus quer, o homem sonha, a obra nasce" (F.P.)
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 220
Registado: 29/11/2007 14:30
Localização: Sendim City - Capital do Planalto Mirandês

por PJBM2 » 22/9/2010 11:16

xtech Escreveu:
Lion_Heart Escreveu:
Elias Escreveu:É caso para perguntar se queremos que a CP exista ou não... :roll:


Oh Elias , isso é uma questão muito simplista face a gravidade da situação.

Eu concordo que existam em Portugal empresas publicas que tenham prejuizos.

Concretamente, transportes, saude , educação.

Simplesmente pelo facto de que o Portugues não tem capacidade para pagar o custo real desses serviços.


Respondendo directamente: eu acho que a CP deve existir, mas como empresa privada. No interior não há comboios, portanto não faz sentido quem não usa também pagar (com impostos).

Eu sou a favor do estado liberal: poucos impostos, e quem usa tem que pagar.

O estado deveria apenas financiar as pessoas sem possibilidades, não todas. Porque um rico viaja em primeira classe num comboio que é pago 20% com impostos de pessoas com salário mínimo que vão ao supermercado da esquina e deixam lá o iva.

O estado "papá", ao contrário do que se pensa, favorece mais os ricos que os pobres..


Para mim, pior do que uma empresa pública é uma empresa privada em regime de monopólio. A EDP é um exemplo.

As empresas privadas são muito benéficas para os consumidores quando actuam em concorrência.
Paulo Moreira
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 1037
Registado: 17/1/2003 19:11
Localização: Porto

por Fingerspitzengefuhl » 22/9/2010 9:46

Na minha opinião o pior nem são estes aumentos, porque os custos reais da construção e exploração das linhas são elevados... Ainda para mais quando algumas têm fraca afluência de passageiros.

Os comboios intercidades a diesel que fazem as ligações de Lisboa para Évora e Beja muitas vezes transportam menos de 10 passageiros em 2 carruagens, e gastam 275 l/100km
 
Mensagens: 598
Registado: 9/2/2010 6:36

por PequenoInvest » 22/9/2010 9:17

xtech Escreveu:Respondendo directamente: eu acho que a CP deve existir, mas como empresa privada. No interior não há comboios, portanto não faz sentido quem não usa também pagar (com impostos).


E eu ao invés de pagar 35 € de passe, começo a pagar 100 €.
Editado pela última vez por Visitante em 22/9/2010 9:52, num total de 1 vez.
 
Mensagens: 1397
Registado: 24/7/2009 12:13
Localização: 16

por Elias » 22/9/2010 7:16

Lion_Heart Escreveu:Eu concordo que existam em Portugal empresas publicas que tenham prejuizos.

Concretamente, transportes, saude , educação.

Simplesmente pelo facto de que o Portugues não tem capacidade para pagar o custo real desses serviços.


Lion, as transportadoras ferroviarias dão prejuízo em toda a Europa, não é um problema especificamente português.

Lion_Heart Escreveu:Agora temos é que reduzir esse prejuizo ao minimo.


Voltamos à velha questão da quantificação: qual é o valor de prejuízo aceitável, ou seja, quanto é que estamos dispostos a pagar?
 
Mensagens: 35428
Registado: 5/11/2002 12:21
Localização: Barlavento

por xtech » 22/9/2010 0:58

Lion_Heart Escreveu:
Elias Escreveu:É caso para perguntar se queremos que a CP exista ou não... :roll:


Oh Elias , isso é uma questão muito simplista face a gravidade da situação.

Eu concordo que existam em Portugal empresas publicas que tenham prejuizos.

Concretamente, transportes, saude , educação.

Simplesmente pelo facto de que o Portugues não tem capacidade para pagar o custo real desses serviços.


Respondendo directamente: eu acho que a CP deve existir, mas como empresa privada. No interior não há comboios, portanto não faz sentido quem não usa também pagar (com impostos).

Eu sou a favor do estado liberal: poucos impostos, e quem usa tem que pagar.

O estado deveria apenas financiar as pessoas sem possibilidades, não todas. Porque um rico viaja em primeira classe num comboio que é pago 20% com impostos de pessoas com salário mínimo que vão ao supermercado da esquina e deixam lá o iva.

O estado "papá", ao contrário do que se pensa, favorece mais os ricos que os pobres..
"Deus quer, o homem sonha, a obra nasce" (F.P.)
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 220
Registado: 29/11/2007 14:30
Localização: Sendim City - Capital do Planalto Mirandês

por Lion_Heart » 21/9/2010 23:08

TGV: Poceirão-Caia pode custar mais do dobro do anunciado
21 Setembro 2010 | 21:36
Jornal de Negócios Online - negocios@negocios.pt


A construção do troço do TGV entre Poceirão e Caia deverá custar mais do dobro do inicialmente anunciado. A notícia está a ser avançada pela TVI, que cita anexos ao contrato.
Segundo a estação de televisão de Queluz, que consultou anexos ao contrato para a construção destes troço do TGV, no total, são quase três mil milhões de euros, quando inicialmente o custo desta obra foi estabelecido em 1,3 mil milhões de euros.

A notícia adianta que os anexos ao contrato revelam que o custo deste troço será de 2,7 mil milhões de euros, que incluem o pagamento de 580 milhões de euros por parte da Refer, entre 20 a 70 milhões de euros anuais, 176 milhões pagos pelo Estado e pela Refer mais 662 milhões de euros.

in www.negocios.pt
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

Lion_Heart
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 7051
Registado: 6/11/2002 22:32
Localização: Toquio

por Lion_Heart » 21/9/2010 22:10

Elias Escreveu:É caso para perguntar se queremos que a CP exista ou não... :roll:


Oh Elias , isso é uma questão muito simplista face a gravidade da situação.

Eu concordo que existam em Portugal empresas publicas que tenham prejuizos.

Concretamente, transportes, saude , educação.

Simplesmente pelo facto de que o Portugues não tem capacidade para pagar o custo real desses serviços.

Agora temos é que reduzir esse prejuizo ao minimo.

E nao é com essa quantidade de boys, e com TGV que vamos la.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

Lion_Heart
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 7051
Registado: 6/11/2002 22:32
Localização: Toquio

por Elias » 21/9/2010 22:03

É caso para perguntar se queremos que a CP exista ou não... :roll:
 
Mensagens: 35428
Registado: 5/11/2002 12:21
Localização: Barlavento

por PequenoInvest » 21/9/2010 19:56

Porque haveria ela de achar o contrário? A empresa dá lucros atrás de lucros 8-)

"Administradora da CP diz que salários das chefias «não são excessivos»

Cristina Dias, administradora da CP, considera que os cerca de 800 mil euros que a empresa gasta mensalmente com as remunerações dos trabalhadores que exercem cargos de chefia «não são excessivos».

«Não se pode falar em valores excessivos se a produtividade e o objectivo final for precisar do mínimo de recursos vindo dos nossos contribuintes, ou seja, caminhar para uma sustentabilidade da empresa», sustentou, em declarações à TSF."

http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=223062
 
Mensagens: 1397
Registado: 24/7/2009 12:13
Localização: 16

por mfsr1980 » 21/9/2010 19:52

Claro que a CP precisa de mais chefes! Quanto mais chefes, melhor orientação!
Hoje, na TSF ouvi que o Teixeira dos Santos nomeou um assessor de imprênsa, totalizando agora 3 assessores. Antevejo com isto que, as questões do défice/divida vão ficar bem explicados, sobretudo na parte do DINHEIRO QUE DEVIA HAVER E NÃO HÁ, porque a explicação será melhor dada quanto mais intervenientes tiver.
 
Mensagens: 2033
Registado: 3/5/2007 13:55
Localização: LISBOA

AnteriorPróximo

Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: boavista, Google [Bot], Google Adsense [Bot], iniciado1, malakas, Masterchief, MPAM, OCTAMA, Pmart 1, Shimazaki_2, Tiago2006, trilhos2006, VALHALLA, ze couves e 339 visitantes