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Caldeirão da Bolsa

Alemanha: Portugal não está fazer suficiente para evitar ...

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Portugal/German bond yield spread hits euro life high

por Parassimpático » 20/9/2010 11:09

Portugal/German bond yield spread hits euro life high

20/09/2010

LONDON, Sept 20 (Reuters) - The premium investors demand to hold 10-year Portuguese government bonds rather than euro zone benchmark German Bunds hit a euro lifetime high on Monday.

The 10-year Portuguese/German government bond yield spread widened by 4 basis points on the day to 383 bps. Earlier, the spread had tightened to 372 bps.

"It has widened, as have Italian and Spanish spreads, but there is no newsflow behind this. Looks like a case of someone selling Portugal bonds in very thin volumes," a dealer in London said.

Last Friday, Portuguese spreads blew out as the Irish/German bond yield spread hit a euro lifetime high of 410 bps. On Monday, that spread was at 409 bps .

Italian BTPs yielded 151 bps over Bunds, back at levels seen late on Friday. Similarly, Spanish Bonos shot higher, matching late-Friday levels at 179 bps. (Reporting by George Matlock) ((george.matlock@thomsonreuters.com; Reuters Messaging: george.matlock.thomsonreuters.com@reuters.net; +44 20 7542 2508))
 
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por Automech » 20/9/2010 2:53

Aquilo que vou dizer talvez choque muita gente mas a AR é dispensável no nosso país.

Eu não me interessa o que é que um bocado de papel (constituição) diz. O que me interessa é a prática, o dia a dia, o mundo real.

Diz a constituição que há matérias sobre as quais apenas a AR pode legislar. No entanto sabemos que basta ao governo mandar os fantoches fazer a lei e a coisa resolve-se.

Diz a constituição que a AR fiscaliza a actividade do governo. Todos sabemos que fiscalização existe.

Para fiscalizar verdadeiramente temos o Presidente da República. Esse sim, quanto a mim, é o verdadeiro fiscal.

Logo a AR é um empecilho no meio do sistema, que quanto a mim apenas complica.

Quando há maioria absoluta é como se não existisse.
Quando não há maioria absoluta é um entrave medonho.

É por isso que eu preferia um sistema como o Francês que, não sendo perfeito (nenhum é), penso que é melhor que o nosso.

Portanto, a resposta à tua pergunta é quase um sim absoluto...
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por Elias » 19/9/2010 22:54

AutoMech Escreveu:Mas se não for assim Elias eu acredito que em muitas medidas há apoiantes no partido do governo e nos partidos da oposição. E há também opositores nas mesmas circunstancias.

Se cada um aparecesse com liberdade de voto acabava quase por ser um parlamento de independentes e a missão do governo era extremamente difícil por nunca saber ao certo com que votos conta.


Não digo o contrário, mas insisto: nesse caso não há necessidade de haver poder legislativo. Basta o poder executivo para decidir tudo, não achas?
 
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por Automech » 19/9/2010 22:15

Mas se não for assim Elias eu acredito que em muitas medidas há apoiantes no partido do governo e nos partidos da oposição. E há também opositores nas mesmas circunstancias.

Se cada um aparecesse com liberdade de voto acabava quase por ser um parlamento de independentes e a missão do governo era extremamente difícil por nunca saber ao certo com que votos conta.
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por Elias » 19/9/2010 18:39

AutoMech Escreveu:É minha percepção que num sistema bipartidário em que quem ganha tem maioria as medidas são mais fáceis de aprovar, mesmo se houver 'dissidentes' nesta ou naquela medida.

Aqui quem queira governar 'à vontade' tem de ter maioria parlamentar a qual é dificil de conseguir e, quando se consegue, nunca é com grande margem.


Havendo disciplina de voto, deixa de fazer sentido a distinção entre poder legislativo e poder executivo, conforme prevê a nossa constituição.
 
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por Automech » 19/9/2010 18:24

É minha percepção que num sistema bipartidário em que quem ganha tem maioria as medidas são mais fáceis de aprovar, mesmo se houver 'dissidentes' nesta ou naquela medida.

Aqui quem queira governar 'à vontade' tem de ter maioria parlamentar a qual é dificil de conseguir e, quando se consegue, nunca é com grande margem.
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por Elias » 19/9/2010 18:17

AutoMech Escreveu:
Elias Escreveu:
BULIM123 Escreveu:Espero que ele também cumpra o que diga, Claro esta o lider do PSD.
Que só aprovaria o orçamento se os impostos nao aumentassem, e se a despesa reduzisse.


POis é isso que eu acho fantástico: o líder do PSD, que nem deputado é, arroga-se o direito de pôr e dispor sobre os votos dos deputados do seu partido, que mais não fazem do que levantar-se e sentar-se quando o chefe manda (quais fantoches telecomandados).

Se isto fosse uma democracia madura, cada deputado pensava e decidia pela sua cabeça.


Mas isso também se tornava uma fonte de ingovernabilidade Elias. O primeiro ministro e o governo (e consequentemente o lider dos outros partidos também) têm deteminados projectos para o país (bons ou maus, não interessa agora) e, se nunca soubessem com que apoio contam em termos parlamentares, tornariam as coisas muito dificeis de gerir.

Qual é que seria o deputado, por exemplo, que quereria ficar associado à votação de uma medida dura ?

Eu penso que a disciplina de voto (salvo em matérias especiais, como tem sido o caso) é algo necessário para o bom funcionamento do sistema politico, pelo menos como está desenhado em Portugal.


AutoMech, nos EUA não tens a disciplina de voto e a coisa funciona...
 
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por Automech » 19/9/2010 17:55

Elias Escreveu:
BULIM123 Escreveu:Espero que ele também cumpra o que diga, Claro esta o lider do PSD.
Que só aprovaria o orçamento se os impostos nao aumentassem, e se a despesa reduzisse.


POis é isso que eu acho fantástico: o líder do PSD, que nem deputado é, arroga-se o direito de pôr e dispor sobre os votos dos deputados do seu partido, que mais não fazem do que levantar-se e sentar-se quando o chefe manda (quais fantoches telecomandados).

Se isto fosse uma democracia madura, cada deputado pensava e decidia pela sua cabeça.


Mas isso também se tornava uma fonte de ingovernabilidade Elias. O primeiro ministro e o governo (e consequentemente o lider dos outros partidos também) têm deteminados projectos para o país (bons ou maus, não interessa agora) e, se nunca soubessem com que apoio contam em termos parlamentares, tornariam as coisas muito dificeis de gerir.

Qual é que seria o deputado, por exemplo, que quereria ficar associado à votação de uma medida dura ?

Eu penso que a disciplina de voto (salvo em matérias especiais, como tem sido o caso) é algo necessário para o bom funcionamento do sistema politico, pelo menos como está desenhado em Portugal.
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por Elias » 18/9/2010 20:50

BULIM123 Escreveu:Espero que ele também cumpra o que diga, Claro esta o lider do PSD.
Que só aprovaria o orçamento se os impostos nao aumentassem, e se a despesa reduzisse.


POis é isso que eu acho fantástico: o líder do PSD, que nem deputado é, arroga-se o direito de pôr e dispor sobre os votos dos deputados do seu partido, que mais não fazem do que levantar-se e sentar-se quando o chefe manda (quais fantoches telecomandados).

Se isto fosse uma democracia madura, cada deputado pensava e decidia pela sua cabeça.
 
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por MERCW125 » 18/9/2010 20:34

Espero que ele também cumpra o que diga, Claro esta o lider do PSD.
Que só aprovaria o orçamento se os impostos nao aumentassem, e se a despesa reduzisse.

Dou talvez menos de 6 meses, para que entrem cá os senhores do FMI, e se sentem a mesa.
Para muitos será pior, para algum será bem melhor.
ostava de ver a cara do PM, quando estiverem cá os senhores do FMI?? As tantas vai dizer que são campanhas pelas casas de rating, como no passado.
Eles é que avisaram, e o Governo continuou a fazer orelhas moucas.
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por Automech » 18/9/2010 18:51

Marco Martins Escreveu:
Acho que se o PSD deitar abaixo o governo, deveria convidar o CDS e o PCP a terem um ministério, será difícil "dar o braço a torcer" ou fazer concessões, mas será benéfico para o futuro de Portugal.


Mas o PSD não pode deitar abaixo o governo Marco, por isso é que cenário de eleições não vai acontecer este ano...

E quanto ao PS convidar o PSD e o CDS, só se estes últimos forem burros é que aceitam. Eles querem que as medidas impopulares sejam tomadas exclusivamente pelo PS para depois colher os frutos.

Tu e eu pensamos em termos do que é melhor para o país. Eles pensam no que é melhor para o partido. O resto é conversa para entreter a malta, como diz o Medina Carreira...
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por Marco Martins » 18/9/2010 15:13

AutoMech Escreveu:Não contes com isso Marco. O PR já não pode dissolver o parlamento. E além disso só se o PSD for burro é que quer eleições. Alguém tem de fazer o trabalho mau e o PSD vai certamente ficar à espera que o PS o faça (e fique com o ónus das medidas que terão de ser tomadas).


Sim, não estava a contar que o PR deita-se abaixo o governo.

Também concordo que o PSD esteja à espera que o PS tome todas as medidas impopulares... afinal de contas, o PS teve uma boa dose de responsabilidade em fazer mudanças... eles é que estão no poder!

Por isso é que digo que, face às enormes dificuldades que vamos ter, o PS tentará "mostrar" um país sem problemas e continuará a negar problemas, para "picar" e forçar o PSD a fazer a mudança.... ficando assim novamente o PS/Sócrates com a imagem de vítima...

Acho que se o PSD deitar abaixo o governo, deveria convidar o CDS e o PCP a terem um ministério, será difícil "dar o braço a torcer" ou fazer concessões, mas será benéfico para o futuro de Portugal.
 
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por Automech » 18/9/2010 15:06

Não contes com isso Marco. O PR já não pode dissolver o parlamento. E além disso só se o PSD for burro é que quer eleições. Alguém tem de fazer o trabalho mau e o PSD vai certamente ficar à espera que o PS o faça (e fique com o ónus das medidas que terão de ser tomadas).
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por Marco Martins » 18/9/2010 14:55

Não se preocupem... parece-me que este ano ainda haverá eleições!!!

Motivos:
- a dívida pública não foi totalmente comprada pelos mercados
- o juro está cerca de 20% em relação à taxa da última venda
- várias vozes, nacionais e internacionais, bancos e banco de Portugal fazem chamadas de atenção
- o governo continua a dizer que está tudo bem, negando problemas claros (vergonhoso!!!)
- o governo diz que o próximo orçamento será muito sério (hilariante!!! estiveram a brincar nos anteriores?!?!)
- o governo já deu sinais claros de que será necessário um esforço fiscal (aumento de impostos)
- o governo deveria ter baixado os seus gastos para tentar equilibrar a balança (curiosamente aumentou, pelo que o aumento de impostos foi apenas para queimar!!!)
- o governo continua a promover campanhas eleitorais dizendo que baixa os medicamentos 6% e vai-se a ver e acabou com as comparticipações... logo o consumidor pagará mais!
- o governo está a antecipar a discussão do orçamento e aqui é que haverá problemas, pois parece-me que PSD e PS não se vão entender, porque o PS está a esconder muitos resultados que se adivinham (aumento de desemprego e aumento do défice) o que vai originar uma necessidade de aumento de impostos muito grande (e aqui creio que o PS tudo fará para que o PSD deite o governo abaixo se não aprovar o orçamento), porque a seguir acontecerá o seguinte:
- o orçamento não será aprovado em Bruxelas
- o FMI virá a Portugal
 
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por amon_CALD » 18/9/2010 12:46

A treta é sempre a mesma... Vamos lá tirar a quem descontou verdadeiramente, porque estes vão ou estão a beneficiar de uma reforma choruda. É justo? Antes de se colocar essa questão, deveriam ser colocadas outras questões como por exemplo das empresas que nunca pagaram o que deveriam pagar à S. Social. Pergunto-me ainda daqueles que receberam um ordenado chorudo e na prática declararam apenas o ordenado mínimo. E que tal perguntar que produziu a geração mais velha e que produz ou produziu a geração mais nova? Ai se não fossem os velhinhos coitados dos Homens da chucha! Esta mania de não quer cortar com o cordão umbilical é mania que sempre perseguiu esta geração que nasceu pós Abril de 74.

É uma vergonha isso sim, homens com 30 anos e mais, ainda viverem às custas dos pais, como o Zé da esquina que pede a esmola, pensando que o que ajudou mais, mais ainda o deve ajudar.

Isto é tal e qual os búfalos, na presença do predador... Na hora do predador atacar quem será a vitima da predação? As crias? os búfalos mais velhos? ou em estado adulto?... tudo por uma questão de sobrevivência, são sempre as crias ou bufalos velhos, assim o resto da manada ganha mais velocidade...
Mas o problema aqui, é que a manada foi atingida por um vírus causado por pastos de muita fartura que deixou toda a manada lenta, principalmente aqueles que na sua fase adulta deviam ter força, mas os pastos verdejantes os limitaram à inércia.
Desgraçada está a manada que empurra as crias ou búfalos velhos para a mão dos predadores! O cataclimo é mais que prevísivel!

O Inverno apróxima-se o alimento escasseia, a pouco e pouco a manada está inquieta, as cigarras a pouco e pouco vão perdendo o seu canto... coitada da formiguinha que poupou e grandes cigarras reclamam partilha, coitados das crias de búfalo que não sabem o que vem ai, ou os velhos que a morte os reclama, já sem forças!!

Eu só vejo uma maneira da manada se safar, é ir a luta, ir à procura de pastos, correr riscos de morte, empregar toda a sua força, não ter medo de defender a manada, assumir-se como adulto tal como a palavra indica.... Ser livre e autonómo!

Ser livre e autónomo implica perder vícios, não exigir tanto e trabalhar mais, ocupar o lugar que lhe corresponde no seio do grupo (vida fingida de rico), ser capaz de gerar o seu próprio sustento, responsabilidade, não ter dependências, e muitas coisas mais... no fundo resume-se "ser capaz!"

Podem estrabujar, podem reclamar justiça, podem ter uma opinião fingida, mas na hora da verdade a natureza não perdoa.. e será capaz de escolher os mais capazes, o resto será carne para predação.....

:)
 
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por MERCW125 » 18/9/2010 12:35

Este tópico, refere que Alemanha diz que Portugal não está a fazer tudo. É claro que não, quando este ano o estado congela os ordenados na Função Pública, mas ao mesmo tempo aumenta os do Banco de Portugal e Caixa geral de Depósitos em 1%, que sinais está a dar para o exterior.
Então pergunto, os funcionários do Banco de Portugal e da CGD, não são funcionários públicos??
Se em media ganhassem em média 800 Euros, até se admitia, agora como a media dos ordenados deve ultrapassar os 2500 Euros, não se compreende.
Quando continuam por exempo a existir policias que querem fazer reve e não os deixam, e têem em media ordenados de 1000 Euros, e em completa oposição existem outras classes, por exemplo, na Justiça e na Saude que em media ultrapassam os 5000 Euros, qualquer grevezinha, já se sabe o Estado faz-lhes as vontades todas. Assim julgo que nunca, mas nunca vamos para a frente.
Quando existem cortes terá de ser para todos, em equidade, e não andarem os desgraçados a sustentar a cambada do custume.
Pergunto se souberem respondam:
Que acontece se chegar cá o FMI??
Corta a direito, e irá ver as tabelas de ordenados, isso é que deveria de ser, pois em Portugal as classes altas, recebem igual ou superior em termos de ordenados que se pratica nos Países Europeus.
E as classes baixam recebem o que é conhecido, esta é que é a realidade, e terá de existir um nivelamento.
Penso que por exemplo, para se aumentar o consumo interno, e realmente existir também mais receitas, terá de se aumenta ros ordenados miseraveis e fazer convergir os salarios minimos, pelo menos ao nivel da nossa vizinha Espanha, pois se assim não for, o crescimento nunca se dará.
Esta politica de pagarem 480 euros de ordenado minimo, terá de deixar de existir.
Quando diz um conhecido ex-ministro das Finanças, a Irlanda cortou 10% nos salarios, admito que o caminho talvez em parte seja esse, mas para quem aufira acima de 3000 Euros, e podem crer que na função publica serão talvez dezenas de milhar que ganham isso.
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por moppie85 » 18/9/2010 5:18

Lion_Heart Escreveu:Oh caros colegas , NAO se pode alterar leis que ja tenham sido aplicadas.Principio da nao retroactividade da lei, senao isto ainda era mais bagunça do que o que ja é.

Portanto quem se reformou tem direito a reforma que aufere.

No entanto podemos aplicar sobre essas reformas um imposto (IRS) que na pratica sera o mesmo que cortar nas reformas.


Oh Lion,

sabes que eles arranjam sempre uma forma de contornar isso... nem que seja pelo IRS (como referiste) ou outro qualquer novo imposto sobre essas reformas... não recalculam mas "recalculam".
 
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por Las_Vegas » 17/9/2010 21:32

Lion_Heart Escreveu:Oh caros colegas , NAO se pode alterar leis que ja tenham sido aplicadas.Principio da nao retroactividade da lei, senao isto ainda era mais bagunça do que o que ja é.

Portanto quem se reformou tem direito a reforma que aufere.

No entanto podemos aplicar sobre essas reformas um imposto (IRS) que na pratica sera o mesmo que cortar nas reformas.


Não se pode alterar a lei?
Nem será preciso, basta continuar assim mais uns tempos e não haverá dinheiro para as pagar com lei ou sem lei.
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por Elias » 17/9/2010 18:55

Lion_Heart Escreveu:No entanto podemos aplicar sobre essas reformas um imposto (IRS) que na pratica sera o mesmo que cortar nas reformas.


Na prática isso combina o corte da despesa com o aumento da receita 8-)
 
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por Lion_Heart » 17/9/2010 18:53

Oh caros colegas , NAO se pode alterar leis que ja tenham sido aplicadas.Principio da nao retroactividade da lei, senao isto ainda era mais bagunça do que o que ja é.

Portanto quem se reformou tem direito a reforma que aufere.

No entanto podemos aplicar sobre essas reformas um imposto (IRS) que na pratica sera o mesmo que cortar nas reformas.
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por moppie85 » 17/9/2010 18:44

migluso Escreveu:
moppie85 Escreveu:
Como é lógico, vejo nisso um problema de injustiça intergeracional.

Mas a solução que apresentas, não é nenhuma solução para o problema - não é ao limitares quem descontou mais para a reforma aos 5000€ que vais criar sustentabilidade, primeiro pq quem recebe mto, nem que lhe tirassem a reforma completa chegaria para beliscar a despesa da SS; por outro lado a partir do momento que o tentasses, eles não o pagavam.

Soluções?
Já apresentei aqui pelo menos 2:

A - parar de beneficiar empresas com o "não pagam a SS"

B - Diminuir para todos a % que recebem na reforma

(posso acrescentar outras)

C - Aumentar os descontos para a SS

D - "Juntar" os sistemas de reforma todos e fazer algo coordenado e "de jeito"

E - Rever as reformas todas e aplicar-lhes o que se aplica actualmente para quem se reforma


- Actualmente está colocado um tecto máximo (escrevo com 90% de certeza)
- Aumentar os descontos para a SS daqueles que trabalham no presente e trabalharão no futuro reporia justiça intergeracional? Não vejo como.


Moppie85, afinal estamos de acordo. Por mim, bastava aplicar a medida da alínea "E".


Sim, há limites (e eu sou contra os mesmos).
Acho que em nada contribui para a sustentação da SS e afasta essas pessoas de declararem os rendimentos que realmente auferem.

Quanto à alinea E), claro que sou a favor.
Não tem qualquer lógica não serem revistas... o pior é que penso que não seria suficiente, pelo que alguma das outras medidas acabaria por ser necessária...
 
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por migluso » 17/9/2010 13:06

moppie85 Escreveu:
Como é lógico, vejo nisso um problema de injustiça intergeracional.

Mas a solução que apresentas, não é nenhuma solução para o problema - não é ao limitares quem descontou mais para a reforma aos 5000€ que vais criar sustentabilidade, primeiro pq quem recebe mto, nem que lhe tirassem a reforma completa chegaria para beliscar a despesa da SS; por outro lado a partir do momento que o tentasses, eles não o pagavam.

Soluções?
Já apresentei aqui pelo menos 2:

A - parar de beneficiar empresas com o "não pagam a SS"

B - Diminuir para todos a % que recebem na reforma

(posso acrescentar outras)

C - Aumentar os descontos para a SS

D - "Juntar" os sistemas de reforma todos e fazer algo coordenado e "de jeito"

E - Rever as reformas todas e aplicar-lhes o que se aplica actualmente para quem se reforma


- Actualmente está colocado um tecto máximo (escrevo com 90% de certeza)
- Aumentar os descontos para a SS daqueles que trabalham no presente e trabalharão no futuro reporia justiça intergeracional? Não vejo como.


Moppie85, afinal estamos de acordo. Por mim, bastava aplicar a medida da alínea "E".
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por moppie85 » 17/9/2010 12:56

migluso Escreveu:
moppie85 Escreveu:
Claro que entendo que a SS nos moldes do "antigamente" não funciona, mas a solução nunca passará por atirar areia para os olhos com medidas populistas de Robin Wood. Quem produziu mais, pagou mais em imposto e contribuiu mais para a SS, merece receber mais desta.


Moppie85,

Vou resumir o meu ponto de vista:
- O sistema é insustentável;
- as gerações anteriores reformaram-se mais cedo, logo produziram menos que as actuais e futuras produzirão;
- relativamente às taxas de desconto não sei, mas duvido que fossem superiores às actuais;
- as gerações actuais e futuras produzirão mais porque trabalharão mais anos, descontarão no mínimo as taxas da actualidade e receberão menos de metade, repito, menos de metade daquilo que as gerações passadas estão a receber.
- A acrescer a tudo isto, ainda terão que pagar as dívidas que estamos a incorrer no presente para pagar as reformas actuais

Eu vejo nisto um problema de injustiça intergeracional.

O moppie85 se vir nisto um problema de injustiça intergeracional, por favor apresente medidas para a minimizar.

Se não vir nisto um problema de injustiça intergeracional, é porque estamos em desacordo, simplesmente.

Para terminar, concordo que se deva acabar com transferências da SS para as empresas.


Como é lógico, vejo nisso um problema de injustiça intergeracional.

Mas a solução que apresentas, não é nenhuma solução para o problema - não é ao limitares quem descontou mais para a reforma aos 5000€ que vais criar sustentabilidade, primeiro pq quem recebe mto, nem que lhe tirassem a reforma completa chegaria para beliscar a despesa da SS; por outro lado a partir do momento que o tentasses, eles não o pagavam.

Soluções?
Já apresentei aqui pelo menos 2:

A - parar de beneficiar empresas com o "não pagam a SS"

B - Diminuir para todos a % que recebem na reforma

(posso acrescentar outras)

C - Aumentar os descontos para a SS

D - "Juntar" os sistemas de reforma todos e fazer algo coordenado e "de jeito"

E - Rever as reformas todas e aplicar-lhes o que se aplica actualmente para quem se reforma
 
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por MarcoAntonio » 17/9/2010 12:55

As gerações mais velhas (falando de uma forma genérica, com as devidas ressalvas) não serão injustiçadas se sofrerem cortes. É uma completa falácia (e naturalmente só o defende que se sente afectado directamente porque, simplesmente, só está a pesar o lado negativo).

Acontece que as gerações mais velhas estão já agora a beneficiar mais do que devem (por exemplo, com os vencimentos de quem está em finais de carreira ou os que estão actualmente aposentados). Já estão a receber a mais, cortar é repor a justiça, não é criar uma...

E claro, muitos deles já estão a beneficiar há anos.

O que é injusto é ter tido uma gestão esbanjadora, subindo os salários, permitindo fáceis progressões na carreira, etc, etc, contribuindo agora para o déficit orçamental e implementar medidas que só as gerações mais novas vão sentir!


Deixar a torneira jorrar para uns e cortar para outros, isso sim é que é injusto, ora essa e perdoem-me a frontalidade...
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 17/9/2010 12:56, num total de 1 vez.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por migluso » 17/9/2010 12:44

moppie85 Escreveu:
Claro que entendo que a SS nos moldes do "antigamente" não funciona, mas a solução nunca passará por atirar areia para os olhos com medidas populistas de Robin Wood. Quem produziu mais, pagou mais em imposto e contribuiu mais para a SS, merece receber mais desta.


Moppie85,

Vou resumir o meu ponto de vista:
- O sistema é insustentável;
- as gerações anteriores reformaram-se mais cedo, logo produziram menos que as actuais e futuras produzirão;
- relativamente às taxas de desconto não sei, mas duvido que fossem superiores às actuais;
- as gerações actuais e futuras produzirão mais porque trabalharão mais anos, descontarão no mínimo as taxas da actualidade e receberão menos de metade, repito, menos de metade daquilo que as gerações passadas estão a receber.
- A acrescer a tudo isto, ainda terão que pagar as dívidas que estamos a incorrer no presente para pagar as reformas actuais

Eu vejo nisto um problema de injustiça intergeracional.

O moppie85 se vir nisto um problema de injustiça intergeracional, por favor apresente medidas para a minimizar.

Se não vir nisto um problema de injustiça intergeracional, é porque estamos em desacordo, simplesmente.

Para terminar, concordo que se deva acabar com transferências da SS para as empresas.
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