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Caldeirão da Bolsa

Como reduzir a despesa pública?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: A minha solução

por LTCM » 17/9/2010 13:22

Cem pt Escreveu:- Encerramento de serviços públicos que se destinam a servir a função pública, cerca de 64%, segundo um estudo recente, passando os funcionários sem trabalho ao sector de adidos ou de reserva, pagando-lhes o que está agora na lei: 2/3 do que estão a ganhar, se não houve alteração entretanto.

- Arranjar uma forma habilidosa de obrigar à poupança do Estado e dos funcionários, trocando o pagamento dos 13º e 14º mês dos funcionários públicos por Obrigações do Estado sem prazo e com uma remuneração a rondar os 3% ao ano com a intenção de apenas pagar juros e nunca o capital, como têm por exemplo os ingleses numa das suas modalidades de Obrigações.

- Baixar o salário da totalidade dos funcionários públicos, em pelo menos, 20%.

- A contestação dos funcionários seria obviamente enorme! Pudera, mas paciência. Muitos pediriam reformas antecipadas e outros procurariam outras alternativas fora da função pública. Pois, é isso exactamente o que na realidade se pretende, o resto do país agradece e o restante tecido empresarial e cidadãos poderão pagar menos impostos e ser mais competitivos lá fora e gastar mais cá dentro, ajudando à regeneração da saúde do nosso mercado !


-----xxxxx-----

Que fazer então para acabar com a dívida colossal do Estado actualmente avalidada em cerca de 150.000 milhões de Euros, sem contar com as autarquias e empresas públicas? Fácil, especulem!

Como? Contratem um bom gestor de fundos, dêem-lhe para gerir 1.000 milhões de Euros, uma gota de água da dívida total, e façam com que procure obter uma rentabilildade de 40% ao ano por um prazo de 20 anos!

No fim dos 20 anos o fundo deveria valer 1.000.000 de milhões de Euros, Portugal passaria a ter as suas contas positivas e nos mercados internacionais passaríamos a ser vistos como um verdadeiro "case study" nunca antes imaginado nos manuais da Economia!!!


Concordo com quase tudo, para variar, só algumas achegas:

O corte de salários tinha de ter escalões, existe muito FP com ordenados próximos do salário mínimo. Por outro lado existem FP no topo da carreira, ainda muito longe da reforma, que suportariam um corte de 20% sem grandes ajustamentos ao estilo de vida;

Agora fazer 40% ao ano, durante 20 anos, a começar com 1.000 milhões é que me parece impossível. Algo mais moderado tipo 20%, ao ano, durante 10 anos já me parece mais provável.
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
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Re: Acabar com as juntas todas

por Ulrich » 17/9/2010 13:03

MarcoAntonio Escreveu:
JMHP Escreveu:Desculpa a curiosidade, honestamente desconheço o assunto... As senhas de almoço para que servem?.. e quem paga isso?!


As senhas de almoço servem para almoçar (numa cantina).



Sempre com o espírito pedagógico o Sr. MarcoAntonio :wink:

Desculpem isto foi um comentário "off-topic", não resisti :mrgreen:

Abraços

Ps: a ideia, das rentabilidades do CEM, é genial e não é descabida de todo só necessita de "querer e trabalho".
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por SoaresV » 17/9/2010 12:54

Acabar com os Governos Civis (ainda não percebi qual o intuito destes e quais as responsabilidades inerentes que justifiquem a sua existência).

Extinguir Fundações e Institutos que não esclareçam todos os números e despesas.

Eliminar o RSI a todos os que recusarem propostas de emprego ou a trabalhar em actividades comunitárias.
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Re: Acabar com as juntas todas

por MarcoAntonio » 17/9/2010 12:35

JMHP Escreveu:Desculpa a curiosidade, honestamente desconheço o assunto... As senhas de almoço para que servem?.. e quem paga isso?!


As senhas de almoço servem para almoçar (numa cantina).

Quem paga? No meu caso, eu (integralmente). Há quem tenha escalões de desconto e pague só uma parte do valor e outros ainda de escalão de apoio mais elevado que têm as senhas gratuitas salvo erro.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re: A minha solução

por MarcoAntonio » 17/9/2010 12:30

Cem pt Escreveu:
- Baixar o salário da totalidade dos funcionários públicos, em pelo menos, 20%.



E já agora, aumentar o IRS em 10% para a totalidade do sector privado, assim por atacado.

Esta é uma medida cega e sem sentido (as pessoas aparentemente julgam que os trabalhadores do estado levam todos para casa uns 2 mil euros por mês, mas muitos deles nem metade disso levam, por vezes com licenciaturas e já uma série de anos de serviço).


Eu sou a favor de cortes na Função Pública. Mas cortes justos e não por atacado (nuns casos, mínimos ou mesmo inexistentes, abaixo de determinada fatia, noutros casos mais fortes).
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por pocoyo » 17/9/2010 12:23

Alguem sabe onde mora o CEM?

É só para lhe dar uma carga de lenha. :lol:
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por Tridion » 17/9/2010 12:18

Cem pt Escreveu:- Arranjar uma forma habilidosa de obrigar à poupança do Estado e dos funcionários, trocando o pagamento dos 13º e 14º mês dos funcionários públicos por Obrigações do Estado sem prazo e com uma remuneração a rondar os 3% ao ano com a intenção de apenas pagar juros e nunca o capital, como têm por exemplo os ingleses numa das suas modalidades de Obrigações.



Todas as atitudes do Governo perante a FP terão como é óbvio repercursões no privado...e o sector privado está sequioso por medidas destas.

Cem pt Escreveu:- Baixar o salário da totalidade dos funcionários públicos, em pelo menos, 20%.


Actualmente existem um escalão na FP que é mais baixo que o ordenado mínimo, baixar-lhe 20% não é um pouco severo?
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Re: A minha solução

por moppie85 » 17/9/2010 12:17

Cem pt Escreveu:O silêncio é ensurdecedor e a inevitabilidade de uma intervenção externa do FMI é mais que óbvia.

Um país que todos os anos, há mais de 30 anos, não consegue ter um resultado nas contas públicas que reduza por pouco que seja a dívida galopante só pode ter um único destino: estamos condenados à intervenção do FMI porque não há coragem interna de mexer na vaca sagrada que pode estancar este monstro da dívida imparável.

Para piorar a situação os juros do pagamento das amortizações de uma dívida cada vez mais exponencial subiram para patamares inaceitáveis.

Os nossos principais partidos políticos, para não perder votos, fazem como a avestruz e adiam o inadiável! Campeia a irresponsabilidade de não querer assumir as medidas que estão à vista de todos.

Afinal qual a solução para acabar com esta hemorragia? Simples, mas muito doloroso: diminuir rapidamente o número de funcionários públicos para pelo menos metade dos que existem.

Como?! Optimizando recursos, recorrendo entre outras medidas a:

- Encerramento de serviços públicos que se destinam a servir a função pública, cerca de 64%, segundo um estudo recente, passando os funcionários sem trabalho ao sector de adidos ou de reserva, pagando-lhes o que está agora na lei: 2/3 do que estão a ganhar, se não houve alteração entretanto.

- Arranjar uma forma habilidosa de obrigar à poupança do Estado e dos funcionários, trocando o pagamento dos 13º e 14º mês dos funcionários públicos por Obrigações do Estado sem prazo e com uma remuneração a rondar os 3% ao ano com a intenção de apenas pagar juros e nunca o capital, como têm por exemplo os ingleses numa das suas modalidades de Obrigações.

- Baixar o salário da totalidade dos funcionários públicos, em pelo menos, 20%.

- A contestação dos funcionários seria obviamente enorme! Pudera, mas paciência. Muitos pediriam reformas antecipadas e outros procurariam outras alternativas fora da função pública. Pois, é isso exactamente o que na realidade se pretende, o resto do país agradece e o restante tecido empresarial e cidadãos poderão pagar menos impostos e ser mais competitivos lá fora e gastar mais cá dentro, ajudando à regeneração da saúde do nosso mercado !

Obviamente que estes cortes dramáticos na despesa não chegam, são no entanto a ponta de um iceberg que tem de se desfazer o mais rápido possível.

-----xxxxx-----

Que fazer então para acabar com a dívida colossal do Estado actualmente avalidada em cerca de 150.000 milhões de Euros, sem contar com as autarquias e empresas públicas? Fácil, especulem!

Como? Contratem um bom gestor de fundos, dêem-lhe para gerir 1.000 milhões de Euros, uma gota de água da dívida total, e façam com que procure obter uma rentabilildade de 40% ao ano por um prazo de 20 anos!

No fim dos 20 anos o fundo deveria valer 1.000.000 de milhões de Euros, Portugal passaria a ter as suas contas positivas e nos mercados internacionais passaríamos a ser vistos como um verdadeiro "case study" nunca antes imaginado nos manuais da Economia!!!

Está dada a minha solução, só que nunca passará do papel, infelizmente! Agora também já sei que vem aí a turba dos funcionários a massacrar-me as orelhas, olhem, haja paciência e não digam que este filme já foi escrito no passado, quanto mais tarde vierem as medidas piores serão as consequências para todos...


Cem,

Rendimento anual sustentado de 40%? :P

EDIT: já agora, pq pagar os 13º e 14º em OTs apenas à FP?

Faça-se o mesmo aos privados. "Confisca-se" o $ e dá-se OTs também para eles!
Editado pela última vez por moppie85 em 17/9/2010 12:25, num total de 1 vez.
 
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por moppie85 » 17/9/2010 12:14

Lion_Heart Escreveu:

Reformas antecipadas a pessoal indispensavel negadas.
(e uma vergonha nao ter medicos pq como bons cidadaos foram para a reforma antecipada e agora voltam para receber dois salarios) A culpa de nao existir medicos e deles!



fake!

Era bom, era...
Não se recebem 2 ordenados... Se voltarem para trabalhar n recebem a reforma!

(aliás, n tiveram sucesso nenhum com isso... dps da pessoa se reformar e tomar a decisão, não é com falinhas mansas que a fazem voltar ao activo).

Queres acabar com a reforma antecipada... acaba para todos!
 
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A minha solução

por Cem pt » 17/9/2010 12:10

O silêncio é ensurdecedor e a inevitabilidade de uma intervenção externa do FMI é mais que óbvia.

Um país que todos os anos, há mais de 30 anos, não consegue ter um resultado nas contas públicas que reduza por pouco que seja a dívida galopante só pode ter um único destino: estamos condenados à intervenção do FMI porque não há coragem interna de mexer na vaca sagrada que pode estancar este monstro da dívida imparável.

Para piorar a situação os juros do pagamento das amortizações de uma dívida cada vez mais exponencial subiram para patamares inaceitáveis.

Os nossos principais partidos políticos, para não perder votos, fazem como a avestruz e adiam o inadiável! Campeia a irresponsabilidade de não querer assumir as medidas que estão à vista de todos.

Afinal qual a solução para acabar com esta hemorragia? Simples, mas muito doloroso: diminuir rapidamente o número de funcionários públicos para pelo menos metade dos que existem.

Como?! Optimizando recursos, recorrendo entre outras medidas a:

- Encerramento de serviços públicos que se destinam a servir a função pública, cerca de 64%, segundo um estudo recente, passando os funcionários sem trabalho ao sector de adidos ou de reserva, pagando-lhes o que está agora na lei: 2/3 do que estão a ganhar, se não houve alteração entretanto.

- Arranjar uma forma habilidosa de obrigar à poupança do Estado e dos funcionários, trocando o pagamento dos 13º e 14º mês dos funcionários públicos por Obrigações do Estado sem prazo e com uma remuneração a rondar os 3% ao ano com a intenção de apenas pagar juros e nunca o capital, como têm por exemplo os ingleses numa das suas modalidades de Obrigações.

- Baixar o salário da totalidade dos funcionários públicos, em pelo menos, 20%.

- A contestação dos funcionários seria obviamente enorme! Pudera, mas paciência. Muitos pediriam reformas antecipadas e outros procurariam outras alternativas fora da função pública. Pois, é isso exactamente o que na realidade se pretende, o resto do país agradece e o restante tecido empresarial e cidadãos poderão pagar menos impostos e ser mais competitivos lá fora e gastar mais cá dentro, ajudando à regeneração da saúde do nosso mercado !

Obviamente que estes cortes dramáticos na despesa não chegam, são no entanto a ponta de um iceberg que tem de se desfazer o mais rápido possível.

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Que fazer então para acabar com a dívida colossal do Estado actualmente avalidada em cerca de 150.000 milhões de Euros, sem contar com as autarquias e empresas públicas? Fácil, especulem!

Como? Contratem um bom gestor de fundos, dêem-lhe para gerir 1.000 milhões de Euros, uma gota de água da dívida total, e façam com que procure obter uma rentabilildade de 40% ao ano por um prazo de 20 anos!

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Está dada a minha solução, só que nunca passará do papel, infelizmente! Agora também já sei que vem aí a turba dos funcionários a massacrar-me as orelhas, olhem, haja paciência e não digam que este filme já foi escrito no passado, quanto mais tarde vierem as medidas piores serão as consequências para todos...
Editado pela última vez por Cem pt em 17/9/2010 12:16, num total de 1 vez.
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Citações que me assentam bem:


Sucesso é a habilidade de ir de falhanço em falhanço sem perda de entusiasmo – Winston Churchill

Há milhões de maneiras de ganhar dinheiro nos mercados. O problema é que é muito difícil encontrá-las - Jack Schwager

No soy monedita de oro pa caerle bien a todos - Hugo Chávez


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Re: Acabar com as juntas todas

por JMHP » 17/9/2010 12:08

MarcoAntonio Escreveu:Bom, eu agora vou lá todos os meses (comprar as senhas do almoço dos miudos). É verdade que podia fazê-lo noutro local (por exemplo, na própria escola, eventualmente). Mas isso requereria mais recursos (nomeadamente humanos mas também organizativos/administrativos) nas escolas.


Desculpa a curiosidade, honestamente desconheço o assunto... As senhas de almoço para que servem?.. e quem paga isso?!
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por Tridion » 17/9/2010 11:50

Julgo que a fusão ou eliminação de Juntas faz todo o sentido, contudo em zonas urbanas altamente povoadas, como no caso dos Olivais com cerca de 45 mil hab., poderá fazer sentido mantê-las.

Acho que a divisão administrativa inglesa faz algum sentido, Concelho e Juntas em zonas urbanas, e apenas Concelhos em zonas rurais.

O atendimento ao público poderia continuar nos locais actuais, ou ser substituído por um sistema de transporte eficiente e regular, e em condições para todos cidadãos, nomeadamente para aqueles com mobilidade reduzida.

Contudo, o Sr. Ministro a querer ficar pelos os 1000 eleitores demonstra que quer mexer mas não quer provocar muita dor....o habitual :roll:
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juntas

por dfviegas » 17/9/2010 11:50

Isso de ir á junta comprar senhas de almoço acho um perfeito disparate, ainda por cima com os horários de funcionalismo publico, teria de faltar meia manhã para comprar senhas de almoço.

Quanto ás outras não sei, mas concerteza que se poderia arranjar um cubiculo numa camara municipal para fazer isso, ou na seg. social caso das apresentações periodicas. Era menos um espaço fisico a gastar luz, agua, renda etc...

É óbvio que existem camaras municipais muito longe principalmente no interior, mas nos grandes concelhos as juntas poderiam ser diminuidas e criavam-se espaços nas câmaras, loja do cidadão etc...
 
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Re: Acabar com as juntas todas

por MarcoAntonio » 17/9/2010 11:26

dfviegas Escreveu:Para mim não era reduzir as juntas para mim era acabar com elas todas? para que é que elas servem?

Assim que me lembre só fui à junta uma ou duas vezes em toda a minha vida e foi para efectuar a mudança de residência, coisa que poderia ser feita na camarâ ou via internet.
De resto desculpem a minha ignorância mas não sei para que serve.

OE - Primeiro gostava que me explicassem o que são estes tipo de gastos

http://www.portugal.gov.pt/pt/GC18/Docu ... _map02.pdf

Por exemplo encontro no ponto 04 - FINANÇAS E ADMINISTRAÇÃO PUBLICA
Rubrica 60 - DESPESAS EXCEPCIONAIS 14 048 146 508

14 mil milhões em despesas excepcionais esta é a divida que o estado mencionou que tem de reduzir até 2013 e com isso justificou o aumento de impostos que levamos.

Que despesas são estas? Sinceramente dá azo a más interpretações pelo menos da minha parte dá.


Bom, eu agora vou lá todos os meses (comprar as senhas do almoço dos miudos). É verdade que podia fazê-lo noutro local (por exemplo, na própria escola, eventualmente). Mas isso requereria mais recursos (nomeadamente humanos mas também organizativos/administrativos) nas escolas.

E sempre que lá vou, estão lá outras pessoas (uma das coisas que sei que lá vão fazer é apresentações, julgo que são pessoas que estão pelo RSI ou outras pensões sociais e têm de se apresentar lá periodicamente, mas não estou absolutamente certo porque não é uma situação porque tenha passado). E outros que vão fazer outras coisas que agora não consigo precisar (até porque não me ponho a escutar a conversa para saber o que está ali a fazer o individuo x ou y). Portanto, aquilo tem movimento e aparentemente serve para uma série de coisas (eventualmente nenhuma que tu em particular tenhas necessitado). Eu normalmente tenho de aguardar pela minha vez e não me recordo de alguma vez lá ter chegado e não estar absolutamente ninguém a ser atendido (para além de mim).

Portanto, extinção não creio que faça sentido (porque os seus serviços tinham de ser repostos noutro local equivalente). Mas racionalização, especialmente em zonas menos densamente populadas, estou em crer que é bem possível...
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Automech » 17/9/2010 11:25

MarcoAntonio Escreveu:
mais_um Escreveu:Mas para os mais esquecidos quero lembrar que nas outras areas (tribunais, escolas, centros de saude, hospitais, PSP, GNR) onde houve encerramentos para racionalizar os custos e os serviços tivemos aqui muita gente a contestar tais medidas, afinal em que ficamos, racionalizamos ou não?


Racionalizamos, desde que só afecte o meu vizinho. Se me afectar a mim, alto lá com a racionalização dos custos!

É a máxima tuga... e é por isso que qualquer medida de racionalização é tão difícil de implementar, com o tuga (presente em todo o lado) constantemente a contribuir activamente para a manutenção dos desperdícios.


A mudança, quando é na nossa quinta, causa sempre protestos. Cabe aos governantes terem a fibra para aguentarem a pressão.

A minha opinião é que também temos tido muita infelicidade nos ministros e secretários de estado que temos tido (e não estou só a falar dos governos Sócrates).

Assim de repente estou a lembrar-me do processo de avaliação original de professores que era uma burocracia inacreditável ou da nova lei criminal que ignorou todos os pareceres, quer das policias, quer do ministério público.

Ou seja, também é preciso um bocadinho de sorte para apanharmos como ministro alguém que tenha uma estratégia que realmente faça sentido, o que cada vez é mais dificil porque as pessoas competentes não são atraídas para a politica.
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Acabar com as juntas todas

por dfviegas » 17/9/2010 11:20

Para mim não era reduzir as juntas para mim era acabar com elas todas? para que é que elas servem?

Assim que me lembre só fui à junta uma ou duas vezes em toda a minha vida e foi para efectuar a mudança de residência, coisa que poderia ser feita na camarâ ou via internet.
De resto desculpem a minha ignorância mas não sei para que serve.

OE - Primeiro gostava que me explicassem o que são estes tipo de gastos

http://www.portugal.gov.pt/pt/GC18/Docu ... _map02.pdf

Por exemplo encontro no ponto 04 - FINANÇAS E ADMINISTRAÇÃO PUBLICA
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14 mil milhões em despesas excepcionais esta é a divida que o estado mencionou que tem de reduzir até 2013 e com isso justificou o aumento de impostos que levamos.

Que despesas são estas? Sinceramente dá azo a más interpretações pelo menos da minha parte dá.
 
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por Ulrich » 17/9/2010 11:11

MarcoAntonio Escreveu:
mais_um Escreveu:Mas para os mais esquecidos quero lembrar que nas outras areas (tribunais, escolas, centros de saude, hospitais, PSP, GNR) onde houve encerramentos para racionalizar os custos e os serviços tivemos aqui muita gente a contestar tais medidas, afinal em que ficamos, racionalizamos ou não?


Racionalizamos, desde que só afecte o meu vizinho. Se me afectar a mim, alto lá com a racionalização dos custos!

É a máxima tuga... e é por isso que qualquer medida de racionalização é tão difícil de implementar, com o tuga (presente em todo o lado) constantemente a contribuir activamente para a manutenção dos desperdícios.


Viva,
em relação à questão do Mais-Um a resposta está implícita na questão,se houve corte de serviços e a despesa se manteve ou aumentou é porque não existiu racionalização eficaz.
No caso do SNS diminuímos a proximidade dos serviços com o utente para se aumentar mais o desperdício dos serviços centrais.Este é somente um exemplo.
No documento que analisei ontem o que me assustou foi o aumento da despesa corrente do Estado (somatório de vários vícios contabilísticos com o objectivo de desorçamentar e reorganizar algumas parcelas não previstas).
Um dos maiores problemas é que a questão concreta, e suas graves consequências,do défice só é entendida em toda a sua essência por uma % muito baixa da nossa população, a maior parte nem tem noção nenhuma conhece apenas a palavra no seu significado mais básico.

É nesta realidade que se apoiam os nossos políticos.
Abraços
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por JMHP » 17/9/2010 11:02

Cortar nos salários da função pública

Todos os países a viver uma situação semelhante à nossa já cortaram nos salários da função pública. Nós precisamos de fazer a mesma coisa. Se não o fizermos, o FMI tratará do assunto.


I. Meus amigos, nós estamos a pagar 6% sobre a nossa dívida. Isto é insustentável. A cada hora (repito: a cada hora), o Estado endivida-se em 2.5 milhões de euros. Isto é insustentável. O governo tem de reduzir a despesa pública, e só há uma forma séria de o fazer: cortar nos salários da função pública. Sem um corte na massa salarial dos funcionários do Estado, será impossível controlar a despesa. Impossível. Acabou a festa, meus amigos. Nós não podemos gastar 15% do PIB só em salários do funcionalismo público. Não podemos. 15 cêntimos de cada euro que v. ganha, caro leitor, são destinados aos salários da função pública. Acha isto justo?

II. O drama de Portugal é este: o Estado endivida-se para abastecer os direitos adquiridos do statu quo, e não para fazer reformas-chave. O problema é que esta dívida enorme que estamos a acumular é apenas para gastos de tesouraria. Perante isto, meus amigos, a primeira coisa a fazer é esta: cortar nos insustentáveis salários da função pública. Se o governo não o fizer (e o PSD e CDS deviam apoiar o PS nesse sentido), o FMI tratará disso no dia em que o Estado não arranjar dinheiro para pagar o 13.º mês aos seus santos funcionários. E esse dia está a chegar.

III. A este respeito, convém reler um artigo de Pedro Maia Gomes (professor na Universidade Carlos III, Madrid), publicado no Expresso de 4 de Setembro. As contas dos privilégios insustentáveis dos funcionários públicos começam assim: "pessoas com características similares recebem mais 16% de salário no sector público". Depois, os salários da função pública sobem sempre, e nunca estão anexados à produtividade. Numa empresa (i.e., na realidade) aumentos acima da produtividade significam a falência. No Estado, esta prática irracional é conhecida pelo eufemismo de "direitos adquiridos".

IV. Perante esta realidade, uma redução nos salários da função pública seria sempre uma medida justa, no sentido de atenuar a assimetria entre o público e o privado. Ora, na actual conjuntura, um corte na função pública não é só justo: é igualmente necessário. Segundo Pedro Maia Gomes, um corte de 10% na função pública permitiria reduzir 2 mil milhões de euros por ano na despesa (1.4% do PIB). É aqui que devemos cortar, e não nos apoios sociais como o subsídio de desemprego. Mas repare-se no seguinte: José Sócrates já mexeu em todos os subsídios, mas ainda não mexeu onde devia ter mexido: nos salários da função pública.



PS: Convém lembrar que nos paraísos nórdicos os funcionários públicos têm sempre salários mais baixos do que no sector privado. E é o que faz sentido: porque um trabalhador do estado terá sempre mais segurança do que um trabalhador do sector privado. Mas, em Portugal, os nossos santos funcionários públicos têm o melhor dos dois mundos: salários mais altos e segurança à prova de bala.

http://aeiou.expresso.pt/cortar-nos-sal ... ca=f604187
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por MarcoAntonio » 17/9/2010 10:20

mais_um Escreveu:Mas para os mais esquecidos quero lembrar que nas outras areas (tribunais, escolas, centros de saude, hospitais, PSP, GNR) onde houve encerramentos para racionalizar os custos e os serviços tivemos aqui muita gente a contestar tais medidas, afinal em que ficamos, racionalizamos ou não?


Racionalizamos, desde que só afecte o meu vizinho. Se me afectar a mim, alto lá com a racionalização dos custos!

É a máxima tuga... e é por isso que qualquer medida de racionalização é tão difícil de implementar, com o tuga (presente em todo o lado) constantemente a contribuir activamente para a manutenção dos desperdícios.
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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por mais_um » 17/9/2010 10:08

Já agora, tem a noção de qual o valor da redução da despesa com as medidas sugeridas?

Sobre a extinção de freguesias e municipios, com a qual eu concordo, tivemos uma tentativa de racionalização dos mesmos:


O ministro da Administração Interna António Costa defendeu ontem à noite a fusão de freguesias e concelhos pouco povoados, com menos de mil eleitores, como forma de "racionalizar" recursos.

Tem de acabar o tabu das fusões de freguesias e municípios. Mais de metade das freguesias têm menos de mil eleitores", salientou António Costa, que falava no Porto, num encontro com militantes socialistas para explicar as medidas do Governo destinadas a reduzir o défice das contas públicas

http://www.publico.clix.pt/Pol%C3%ADtic ... os_1224944



O Governo acabou por deixar cair a medida, tendo em conta a contestação à mesma.

Mas para os mais esquecidos quero lembrar que nas outras areas (tribunais, escolas, centros de saude, hospitais, PSP, GNR) onde houve encerramentos para racionalizar os custos e os serviços tivemos aqui muita gente a contestar tais medidas, afinal em que ficamos, racionalizamos ou não?
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por Automech » 17/9/2010 9:48

Extinguir os governos civis e passar essas funções para o ambito das autarquias.

Reduzir o número de Câmaras e Juntas de Freguesia.
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por LTCM » 17/9/2010 9:44

:idea: Reduzir os ministérios para metade e resumir os adjuntos, assessores, secretárias, auxiliares, seguranças, motoristas, e restantes mordomias a um terço; idem para a Assembleia da República e Presidência.
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por flugufrelsarinn » 16/9/2010 22:19

Contratos por objectivos aos funcionários dos hospitais, deixando e existir essa sorvedouro socialmente aceite de E.P.E.
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por MKlop » 16/9/2010 22:16

Um aspecto que eu sempre considerei curioso nos organismos públicos com capacidade para gerar receita é o facto de, por norma, e a nível da direcção, só surgem bons esforços em as obter (sem actos que exijam recursos extraordinarios) caso haja uma orientação para o duplo cabimento futuro no proprio organismo...ou uma avaliação melhorada.

Apesar de me estar a referir a receitas, é um ponto que deveria ser abordado seriamente neste país, pois é uma dinâmica viciosa e com peso elevado.
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por Lion_Heart » 16/9/2010 21:27

Querem explicar melhor?

E que até hoje sempre tivemos dois tipos de cidadãos: os da f. publica e os do sector privado.

E poucos se parecem queixar!
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