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Caldeirão da Bolsa

Off-topic - Parlamento da Catalunha acabou hoje com touradas

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por FrankN » 23/9/2010 21:07

EuroVerde Escreveu:A toirada é a mãe do resto das artes, foi o ponto de partida de um conhecimento sem limites que se encandeia em multiplos fins.


:shock:
Editado pela última vez por FrankN em 23/9/2010 21:08, num total de 1 vez.
 
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por EuroVerde » 23/9/2010 21:06

Marco lá estás tu a fugir para o emossional! não são só os a favor.

Lá estás tu a confundir e a dar um exemplo comprarando uma criança (ser humano) a um toiro que é criado para ser corrido e dar carne para comermos.
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por Elias » 23/9/2010 21:05

EuroVerde Escreveu:Já viram que com o toiro podemos melhorar a vida dos mais necessitados quando até a própria família os abandonam.


Ó EuroVerde que raio de demagogia é esta?

Explica lá em que medida é que o toiro contribui para melhorar a vida dos mais necessitados!?!
 
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por EuroVerde » 23/9/2010 21:01

Vocês do contra já viram como é que certas crianças e os idosos em geral são tratados pelo Estado no nosso país? Estão mais preocupados com os toiros de lide? Já viram que com o toiro podemos melhorar a vida dos mais necessitados quando até a própria família os abandonam. Muitos são abandonados nos hospitais sem que o resto da família tome conta deles.
A grandeza de um país mede-se pela forma como trata os idosos.
Agora o toiro nasce para ser corrido, morto e comido.
A grandeza das pessoas dos toiros e de grande parte dos aficionados, por experiência própria, têm uma caracteristica que eu considero essêncial para a vida. Essa característica é a tolerância!
Pessoas extremistas nunca poderão ter razão plena na vida. E vejo imensa gente a combater as toiradas que se julgam donos da verdade, ao querer erradicar o sofrimento da vida.

Não queiram fazer mais vinho juntado-lhe água...
As toiradas são nossas e vão continuar eternas.
A toirada é a mãe do resto das artes, resto esse que foi o ponto de partida de um conhecimento sem limites que se encandeia em multiplos fins.
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por MarcoAntonio » 23/9/2010 20:59

Conquistador Escreveu:Digo-te que para o Estado proibir as touradas, teria que reconhecer os direitos dos animais.
No entanto, teria que reconhecê-los na generalidade e não cingi-los às touradas, isto é, nos matadouros,testes com animais, etc...

(...)

Caso se reconhecesse os direitos dos animais apenas no que respeita às touradas, seria sintoma duma incoerência terrivel.


Reconhecer ou estabelecer direitos dos animais e estabelecer regras para determinadas práticas não implica de forma nenhuma estabelecer a mesma regra para todas as práticas.

Eu evito insultar os defensores das touradas (ou os meramente opositores aos defensores do fim das touradas) e não pretendo ofendê-los de forma deliberada (até consigo aceitar que defendam determinadas coisas embora não concorde com elas na esmagadora maioria dos casos). Mas há uma coisa que tenho de dizer: os argumentos desse conjunto de pessoas não esmera, regra geral, pela racionalidade. Entendo que são argumentos que se traduzem numa resposta emocional...

Não consigo conceber que a generalidade dessas pessoas continue a defender a mesma lógica e os mesmos pressupostos assim que o tema objecto central de discussão deixe de ser "touradas".

A que propósito é que a morte de um animal (ou qualquer outra forma de prejuízo físico) é igual, independentemente das circunstâncias, processo e motivação?

Eu estou certo que as mesmas pessoas terão dificuldade em argumentar que:

1. Um individuo psicopata que mata uma criança que caminha na berma da estrada e depois do primeiro atropelamento avança e recua para seu divertimento e para garantir que a criança fica morta;

2. Um individuo que mata por acidente uma criança e foge;

3. Um individuo que mata por acidente uma criança a atravessar uma passadeira, não obstante ter pegado nela e corrido para um hospital para a tentar salvar;

4. E um individuo que mata por acidente uma criança que surge de trás de uma viatura estacionada e fora de uma passadeira.

deva ser tratado da mesma forma em qualquer um dos casos.


Este nivelar dos valores em que matar para comer, matar para se divertir, matar para estudar como curar doenças, etc, etc é tudo a mesma coisa e terá de estar sujeito à mesma regra e quem defender soluções diferentes para cada um dos casos está a ser autor de uma "terrível incoerência" não é um argumento racional e arrisco mesmo a dizer que se apoia em valores morais duvidosos.

Mas, para ninguém achar que estou a fazer um ataque pessoal, volto a dizer que entendo que esses argumentos são respostas emocionais e que provavelmente, uma vez alterado o cenário e retirado o tema "tourada" da discussão as mesmas pessoas mostrarão que afinal não pensam realmente assim.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Elias » 23/9/2010 20:37

Catalunha preserva festas tradicionais de touros
22 de Setembro
jn.sapo.pt

O Parlamento catalão aprovou hoje, quarta-feira, a preservação dos "correbous", festas tradicionais catalãs, que acabam sem a morte dos animais, dois meses depois de terem sido proibidas as corridas de touros na Catalunha.

Foram 114 votos a favor, 14 contra e 5 abstenções que decidiram a nova lei de regulamentação dos "correbous", que tem como objectivo ser um manual de "boas práticas para preservar tanto o animal como os espectadores das festas de touros".

A nova lei contempla cinco modalidades de "correbous": "touros na praça", onde o touro é solto num recinto fechado; "touros na rua", onde o animal é solto na rua; os touros "caplleçat", onde atam cordas aos chifres do animal; touro "embolat" onde colocam bolas de fogo numa estrutura metálica instalada nos chifres do animal e as "exibições e habilidades", onde as pessoas enfrentam os touros com paus.

Na Catalunha celebra-se este espectáculo há mais de 400 anos em mais de 60 localidades, a maioria na província de Tarragona, cidade espanhola situada a sul da comunidade autonómica.

A lei estabelece que, para serem autorizadas estas festas, os organizadores têm que se comprometer por escrito que os animais não serão maltratados.

Até agora, os festejos contavam com um código de boas práticas criado em 2005, mas com a aprovação da lei foi incluído um regime de sanções que vai dos 50 aos 150 mil euros pelo não cumprimento de medidas de higiene, segurança ou de respeito ao animal.

O debate de hoje, quarta-feira, no Parlamento da Catalunha centrou-se na diferença de tratamento que se dá a ambos os espectáculos.

Os partidos que formam o Governo da Catalunha defenderam posturas diferentes, o Partido Socialista de Catalunha (PSC) deu liberdade de voto aos seus deputados, a Esquerda Republicana de Catalunha (ERC) votou a favor e a Esquerda Unida e Alternativa (ICV-EuiA) votou contra.

Enquanto que os partidos Convergência e União (CiU) e o Partido Popular de Catalunha (PPC) apoiaram a preservação das festas tradicionais e os Cidadãos (C's) abstiveram-se.

A Esquerda Unida e Alternativa (ICV-EuiA) acusou os restantes grupos do Parlamento de serem "incoerentes" por votarem pela proibição das corridas de touros há dois meses e agora apoiarem as festas populares com touros.
 
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por SMALL1969 » 23/9/2010 20:29

Conquistador Escreveu:
carrancho Escreveu:
Conquistador Escreveu:


Boas,

Small, argumento fraco?Mas argumento fraco em relação ao quê?Não argumentei em relação a rigorosamente nada, não disse que era a favor ou contra as touradas...
No teu post, do meu ponto de vista, há uma evidente e manifesta comparação entre o valor da vida humana e da vida animal.
As pessoas que são a favor e os que são contra as touradas, perdem-se a esgrimir argumentos sem sentido, de parte a parte.
Aliás, repara que isto é bem visivel nos ultimos posts, quer quem fala dos gatos, quer quem, como no teu caso, dá exemplos dos apedrejamentos a um ser humano.
Além disso, quem se preocupa em dizer que os argumentos dos outros são fracos é porque se preocupa com a fraqueza das próprias ideias.

Cumprimentos,


Continuas a ter interpretar erradamente as afirmações do Small :shock:

1- O argumento fraco de que ele fala (em resposta a mim) é o de que "quem é contra touradas nunca deve ter vivido no campo".

2- Depois, como exemplo, acrescenta outros dois argumentos fracos muito usados pelos pró-touradas: " há coisas mais importantes com que nos deviamos preocupar" e " quem é contra touradas dá mais importância aos animais que ao Homem".

3- Continuas a dizer que ele faz uma comparação entre valor da vida Humana e animal. Falso... não me parece possível explicar isso melhor do que fez o Marco.

Agora, dizeres que de um e outro lado se perdem em argumentos sem sentido é que não leva a lado nenhum. Se queres acrescentar alguma coisa ao tópico podias começar por rebater esses "argumentos sem sentido"... mas com mais algum cuidado na interpretação que deles fazes!!! :wink:

Abraço,

Carrancho


Boas;

Digo-te que para o Estado proibir as touradas, teria que reconhecer os direitos dos animais.
...
Isto implica, no limite, que nos tivéssemos que tornar vegetarianos.

Cumprimentos,


Isso é certo. Reconhecer os direitos dos animais, como por exemplo o direito à saúde, ou seja, eu se tiver sob minha responsabilidade um animal, e se estiver LEGALIZADO perante o estado, poder INCLUIR despesas do veterinário (que pagam poucos impostos) no MEU IRS.

Agora...para proibir as touradas ter que no limite proibir a matança de animais para alimentação, é mais um argumento fraco. Só se pretender proibir a violência gratuita, ou seja o "circo".

Seria como que, se para proibir o acto da violação sexual, ter que proibir o sexo.
 
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por MarcoAntonio » 23/9/2010 20:22

Há outro ponto altissimamente pertinente (pela exposição equívoca) no teu post mas só vou poder responder-lhe daqui a pouco, agora vou ter de sair...
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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por MarcoAntonio » 23/9/2010 20:14

Conquistador Escreveu:Caso se reconhecesse os direitos dos animais apenas no que respeita às touradas, seria sintoma duma incoerência terrivel.


Ponto 1. O "só" (ou apenas) está a mais porque não representa nenhuma posição generalizada (aliás, estou por encontrar alguém que seja contra touradas e não seja contra outras práticas semelhantes);

Ponto 2. Não só não é uma incoerência terrível como não é incoerência nenhuma uma vez que magoar para fins de divertimento e matar para fins de alimentação são duas coisas diferentes (no limite a segunda nem sequer implica magoar).

Claro, daqui a algumas páginas lá estarei a prestar novamente o esclarecimento óbvio...
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por e-finance » 23/9/2010 20:13

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Tourada = barbárie, violência gratuita e ignorância.
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por Conquistador » 23/9/2010 20:07

carrancho Escreveu:
Conquistador Escreveu:


Boas,

Small, argumento fraco?Mas argumento fraco em relação ao quê?Não argumentei em relação a rigorosamente nada, não disse que era a favor ou contra as touradas...
No teu post, do meu ponto de vista, há uma evidente e manifesta comparação entre o valor da vida humana e da vida animal.
As pessoas que são a favor e os que são contra as touradas, perdem-se a esgrimir argumentos sem sentido, de parte a parte.
Aliás, repara que isto é bem visivel nos ultimos posts, quer quem fala dos gatos, quer quem, como no teu caso, dá exemplos dos apedrejamentos a um ser humano.
Além disso, quem se preocupa em dizer que os argumentos dos outros são fracos é porque se preocupa com a fraqueza das próprias ideias.

Cumprimentos,


Continuas a ter interpretar erradamente as afirmações do Small :shock:

1- O argumento fraco de que ele fala (em resposta a mim) é o de que "quem é contra touradas nunca deve ter vivido no campo".

2- Depois, como exemplo, acrescenta outros dois argumentos fracos muito usados pelos pró-touradas: " há coisas mais importantes com que nos deviamos preocupar" e " quem é contra touradas dá mais importância aos animais que ao Homem".

3- Continuas a dizer que ele faz uma comparação entre valor da vida Humana e animal. Falso... não me parece possível explicar isso melhor do que fez o Marco.

Agora, dizeres que de um e outro lado se perdem em argumentos sem sentido é que não leva a lado nenhum. Se queres acrescentar alguma coisa ao tópico podias começar por rebater esses "argumentos sem sentido"... mas com mais algum cuidado na interpretação que deles fazes!!! :wink:

Abraço,

Carrancho


Boas;

Carrancho, posso efectivamente tentar acrescentar alguma coisa, tal como sugeres.
Digo-te que para o Estado proibir as touradas, teria que reconhecer os direitos dos animais.
No entanto, teria que reconhecê-los na generalidade e não cingi-los às touradas, isto é, nos matadouros,testes com animais, etc...
Isto implica, no limite, que nos tivéssemos que tornar vegetarianos.
Esta é, na minha opinião, uma questão muito mais abrangente e vasta do que apelar a uma questão em ques se apela ao "sentimento" como as touradas, que se adora ou se destesta.
Caso se reconhecesse os direitos dos animais apenas no que respeita às touradas, seria sintoma duma incoerência terrivel.

Cumprimentos,
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por tugatuga11 » 23/9/2010 19:59

Moita Flores, tinhas na minha pessoa um analfabeto que te admirava. :cry:
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por FrankN » 23/9/2010 19:43

Elias Escreveu:Moita Flores quer reunir 100 mil assinaturas em defesa da tourada

07.09.2010 - 08:37 Por Jorge Talixa
publico.pt

Autarca de uma das cidades portuguesas mais ligadas às corridas de touros anuncia a criação de uma associação de municípios, com Espanha e França, para a defesa da tauromaquia.

O presidente da Câmara de Santarém é o primeiro subscritor de uma petição "em defesa da Festa Brava", lançada na semana passada. Francisco Moita Flores quer recolher 100 mil assinaturas até Julho de 2011, para demonstrar a sensibilidade do povo português relativamente à tauromaquia, contra "os "talibãs" que em nome dos direitos dos animais procuram destruir os animais, a economia que os sustenta, além da cultura a eles imanente". A petição, já disponível na Internet, tinha ontem cerca de 350 signatários.

Moita Flores sustenta que este é "um combate pela cidadania e pelos direitos da Terra para que ninguém se amedronte perante a gritaria histérica de alguns" e pretende "mostrar definitivamente ao país que não nos submetemos à ditadura do "hamburguer" urbano e que somos muitos, disponíveis para lutar, resistir e assumir Portugal na sua unidade complexa e diversa".

Algumas organizações defensoras dos direitos dos animais, como a ANIMAL, anunciaram a intenção de levar ao Parlamento uma petição legislativa para a abolição das touradas e reforçar as leis de protecção animal. A proposta será apresentada na Assembleia da República a 17 de Setembro, dois dias depois do arranque do novo ano legislativo. Já em Espanha, por exemplo, a Catalunha proibiu as touradas em Julho.

E foi neste cenário que Moita Flores anunciou, na última reunião da Câmara de Santarém, a criação de uma associação de municípios de Portugal, Espanha e França para a defesa da tauromaquia e o lançamento desta petição.

Lembrando as suas origens alentejanas, Moita Flores acusa os promotores das iniciativas contra as touradas de não estarem interessados na defesa dos direitos dos animais, nem na defesa dos direitos do homem. "Gritam o folclore politicamente correcto e giro! E fazem abaixo-assinados, procurando destruir sem compreender, protestar quando a verdadeira essência do seu protesto são as suas próprias consciências".

Classificando de "hipocrisia" as posições tomadas pelos que defendem a proibição das actividades tauromáquicas, o autarca diz que resolveu lançar esta iniciativa "em defesa dos animais, dos touros, dos cavalos, dos pastores e dos campinos, da economia agrícola e animal associada à festa e ao espectáculo, em nome do progresso com memória, em nome do desenvolvimento sem perder o sentido da História".

Em resposta, a presidente da associação ANIMAL, Rita Silva, considera que Moita Flores "está a confundir um gosto pessoal com a vontade dos portugueses" e caracterizou a petição como "uma vergonha". "O facto de algo ser uma tradição não quer dizer que seja moralmente aceitável, porque os tempos mudam", justifica. A presidente da associação disse ainda ao PÚBLICO não ter dúvidas de que a petição vai abrir "uma caixa de Pandora", suscitando uma quantidade de reacções a favor e contra a tauromaquia. No que respeita à ANIMAL, Rita Silva assegura que o propósito de Moita Flores "vai ser combatido".


Resposta do Professor Paulo Borges aos Moitas Flores deste mundo...


Terça, 21 Setembro 2010 16:40

Chamo-me Paulo Borges. Sou professor na Universidade de Lisboa e escritor. Dirijo a revista Cultura ENTRE Culturas. Tenho dois filhos.

Sou o primeiro signatário da Petição “Pela abolição das touradas e de todos os espectáculos com touros”, que circula na net e em versão impressa. A petição, lançada pelo Partido pelos Animais e pela Natureza (PAN), serviu de base à constituição da plataforma “Basta de Touradas”, que conta já com a adesão de 24 associações e entidades de defesa dos animais e com vários apoios de figuras públicas, nacionais e internacionais.


O Dr. Moita Flores, figura pública e actual presidente da Câmara de Santarém, lançou uma petição contra a nossa, redigida em termos que considero deveras preocupantes, vindos de uma pessoa com a sua responsabilidade cultural, cívica, social e política. Sei que se sente ameaçado pelo movimento de defesa dos animais, mas isso não justifica tudo.

No texto da sua petição chama hipócritas, histéricos, angustiados, “talibãs” e “horda de analfabetos” a todos os que são contra as touradas. Diz que chegou à idade “onde já não há paciência para ser insultado”, quando ninguém o insultou. Pelos vistos chegou à idade onde só tem paciência para insultar os seus concidadãos. Para insultar os milhões de portugueses que, por serem contra o sofrimento dos animais e contra a degradação dos homens que se divertem com isso, são considerados psicopatas, terroristas e incultos.

Fui amigo do Professor Agostinho da Silva, sou editor das suas obras e presido à Associação com o seu nome. Aprendi com ele e com muitos outros – desde São Francisco de Assis, Leonardo da Vinci e Antero de Quental a Gandhi e ao XIV Dalai Lama - a defender a causa do bem de homens e animais e recordo que Agostinho da Silva dizia haver dois tipos de “analfabetos”: os que não sabem ler e os que sabem, mas não conseguem entender o que lêem.

Creio que o Dr. Moita Flores se arrisca a ser suspeito de um terceiro caso, ainda mais grave: não conseguir sequer entender o que escreve. Pergunto-lhe quem dos opositores às touradas comete atentados bombistas ou pretende impor as suas ideias pelo terror e pela violência.

Pergunto-lhe porque é que ser contra o sofrimento de touros e cavalos e contra a degradação dos homens que com isso se divertem é ser “analfabeto”. Sou autor de 22 livros (de poesia, ensaio, ficção e teatro) e sou professor na Universidade de Lisboa há 22 anos: os portugueses ficam a saber, pela superior inteligência do Dr. Moita Flores, que a dita Universidade contratou um “talibã” e um “analfabeto” que anda a converter ao terrorismo e à incultura os milhares de alunos que o têm tido como professor. E eu, que tive a felicidade de crescer numa família onde se desligava a televisão mal começava a dar uma tourada, fico a saber que os meus avós, o meu pai, a minha mãe, a minha irmã, o meu cunhado, os meus filhos e amigos, eram e são todos "talibãs" e "analfabetos".

Não gosto de falar de mim, mas tenho de o fazer pela causa que defendo e porque isto é gravíssimo, vindo de um criminologista, de uma figura pública e de um supremo responsável político camarário.

O Dr. Moita Flores insulta desavergonhadamente a maioria da população portuguesa que, como o indica um estudo recente (2007) do ISCTE, é contra as touradas. Segundo a brilhante dedução deste senhor, Portugal tem assim, a par da crise económica, mais um problema grave: a maioria da sua população é composta de desequilibrados mentais, “talibãs” e “analfabetos”.

A solução para este estado de coisas seria, segundo fica implícito no espírito da sua petição, irmos todos curar-nos, reabilitar-nos e cultivar-nos, com as nossas famílias, filhos e netos, para essas vanguardas da alta cultura que são as praças de touros, onde se descobre o sentido da vida e da existência, e se aprende a amar os animais e a natureza, aplaudindo num êxtase de alegria o espectáculo da dor e do sangue. Desprezemos as artes, as letras e as ciências, deixemos as escolas, abandonemos as universidades, onde segundo Moita Flores ensinam “talibãs” e “analfabetos”, e vamos todos atingir a maioridade cívica, mental e cultural a gritar “Olé!” nas touradas.

Agora sem ironia: o seu texto, Dr. Moita Flores, de uma retórica literária completamente desprovida de coerência racional e apenas cheia de arrogância e insultos a quem não pensa como o senhor, confrange pela desonestidade e/ou confusão mental de que dá mostras. Pois não sabe o senhor que os defensores dos animais são contra todas as formas do seu sofrimento, incluindo essas que refere, e não apenas contra as touradas?

Diz que se converteu ao franciscanismo e que São Francisco de Assis lhe ensinou o “caminho ético e moral” para educar os seus filhos e eu pergunto: já alguma vez leu as biografias de São Francisco, onde por exemplo se diz que “Chamava irmãos a todos os animais […]” (Tomás de Celano, Vida Segunda, CXXIV, 165) e se compadecia perante os sofrimentos que os homens lhes infligiam? E porque é que o “touro bravo” é uma “fera negra, símbolo da morte e do medo”?

Não serão antes o toureiro e todos os aficionados que aplaudem o espectáculo da dor que são temíveis e negros símbolos – embora muitas vezes inconscientes - do pior que a humanidade traz em si? Fala do ritual trágico onde “vence a vida ou vence a morte” e eu pergunto se a evolução dos costumes não nos oferece outras formas, mais nobres, de fazer a catarse das paixões e vencer o medo, sem fazer sofrer ninguém?

Não há hoje formas superiores de heroísmo, como dedicar-se às grandes causas de defesa dos homens, dos animais e da natureza? Não é isso mais benéfico, útil e urgente do que a religião cruel das touradas, anacrónica persistência dos arcaicos sacrifícios sangrentos? E não é uma grosseira mistificação identificar os opositores das touradas com a cultura urbana, quando há quem deteste touradas em todos os pontos do país, incluindo no Ribatejo e no Alentejo?

Para já não falar da sua patusca ideia de que nós defendemos a “ditadura do ‘hamburger' urbano” (!?...) e de que é pelas touradas que se defendem os “Direitos do Homem”, dos animais e da “Terra”…

Sinceramente, Dr. Moita Flores, o que há de lógico e sério nisto? Defendem-se os animais criando-os para os torturar? O touro bravo tem de ser torturado numa arena para continuar a existir e com ele os montados? Fala por fim da identidade nacional, da preservação da memória histórica de Portugal: triste identidade e triste país que depende de manter tradições eticamente inadmissíveis para subsistir!

Pois eu digo-lhe: Portugal será muito mais motivo de orgulho para os portugueses, e muito mais respeitado internacionalmente, quando, após ser pioneiro na abolição da pena de morte, abolir as touradas e todas as formas de sofrimento animal.

Portugal não desaparecerá, mas será um outro Portugal, que manterá na sua riquíssima tradição e cultura tudo o que for ético, relegando para os museus do passado a não repetir tudo o que hoje nos envergonha, como autos-de-fé, esclavagismo, perseguições político-religiosas e touradas.

Esta carta dirige-se a si, mas sobretudo a todos os Portugueses. Leiam-se as duas petições, o espírito, a argumentação e os objectivos de uma e outra, e vejamos o que queremos de melhor para o país, para nós e para as futuras gerações: aplaudir como cultura a tortura dos animais para divertimento dos homens, com prejuízo da sua humanidade e sensibilidade ética, ou dar um passo corajoso para abolir esta e todas as formas de fazer sofrer os animais, nossos companheiros na aventura da existência, em prol do seu bem e da nossa evolução pessoal e colectiva.

E vejamos quem queremos ter como representantes. É muito grave que num Estado de direito as forças policiais não sejam capazes de ou não queiram fazer cumprir a lei, como no recente caso da morte do touro em Monsaraz.

Como é muito grave que uma figura como o Dr. Moita Flores desrespeite e insulte impunemente os seus concidadãos que, por imperativo de consciência, não pensam como ele.

Está na hora de dizer “Basta!”: às touradas, a todas as formas de infligir sofrimento a homens e animais e a uma geração de políticos que coloca os seus duvidosos gostos pessoais, bem como os interesses de grupos minoritários, acima da sensibilidade maioritária da população. Está na hora de surgir uma nova geração, com um novo paradigma, que traga a ética para a política e assuma numa mesma bandeira a defesa dos homens, dos animais e da natureza.

Está na Hora! Basta!

Vamos assinar em massa:
http://peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=010BASTA

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por MarcoAntonio » 19/9/2010 18:22

Hmm, petições a favor das touradas só há uma de relevo (que eu tenha conhecimento). Contra, há uma série delas (no site Petição Pública por exemplo há pelo menos duas com um considerável número de votos e em principio quem votou numa não votou noutra, embora possam existir votos comuns). Depois, a promoção (como é feita) pode mudar de forma radical o número de votos (eu posso colocar uma petição sobre algo que praticamente toda a gente concorda e reunir meia duzia de votos, no limite). Ainda, é possível que as pessoas que estão a favor estejam mais ou menos sensíveis a assinar uma petição do que as outras (por exemplo, eu tenho uma posição bastante bem definida e contudo nunca assinei qualquer petição... nem vou a correr assinar porque o Moita Flores está a apoiar uma).


Vários estudos de opinião têm mostrado que há mais pessoas contra do que a favor (na ordem dos 60 ou 70% contra). É uma questão de pesquisar pelas notícias do passado recente que logo se constatará isso...
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por Automech » 19/9/2010 18:05

Moita Flores quer chegar a 100 mil

A Petição em Defesa da Festa Brava, lançada há duas semanas por Francisco Moita Flores, já conseguiu ultrapassar em número de assinaturas a Petição pela Abolição das Touradas e de todos os Espectáculos com Touros, somando, à hora de fecho desta edição, 8324 nomes, contra 7105, para os quais Portugal deve seguir o exemplo da Catalunha e proibir as corridas de touros.

Mesmo satisfeito com a vantagem na internet – visto que, quando lançou a proposta, já havia quatro mil assinaturas a exigir a abolição das touradas –, Moita Flores salientou ao CM que a petição já conta com perto de outras dez mil assinaturas em papel. "Muitas pessoas do campo não têm computadores e a sua voz tem de ser ouvida", acrescentou.

"Queremos chegar a 100 mil assinaturas e, até ao fim deste mês, vamos conseguir 25 mil", referiu o autarca, esperançado na forte recolha de assinaturas numa corrida nocturna que teve lugar ontem à noite na Praça Celestino Graça, em Santarém. Na mesma cidade, realiza-se, a 23 de Outubro, um festival que "vai inundar as ruas de tudo aquilo que é a economia ligada ao sector da tauromaquia".

Defendendo que a abolição dos espectáculos taurinos custaria milhares de postos de trabalho e até a extinção de algumas espécies de animais, Moita Flores encara a iniciativa para acabar com estes espectáculos como "um insulto à nossa memória colectiva".

"Queremos dizer aos políticos que há um País que não se cala", diz o autor da Petição em Defesa da Festa Brava, salientando a importância de recolher mais assinaturas do que a petição contrária, lançada pelo Partido dos Animais.


http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/notic ... -a-100-mil
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por carrancho » 13/9/2010 20:24

Conquistador,

Neste video...

<object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/EzQ_NBV5Z4g?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/EzQ_NBV5Z4g?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>

... também achas que a mensagem é "Tourada = pena de morte por lapidação"?
Abraço,
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por carrancho » 13/9/2010 20:09

Conquistador Escreveu:


Boas,

Small, argumento fraco?Mas argumento fraco em relação ao quê?Não argumentei em relação a rigorosamente nada, não disse que era a favor ou contra as touradas...
No teu post, do meu ponto de vista, há uma evidente e manifesta comparação entre o valor da vida humana e da vida animal.
As pessoas que são a favor e os que são contra as touradas, perdem-se a esgrimir argumentos sem sentido, de parte a parte.
Aliás, repara que isto é bem visivel nos ultimos posts, quer quem fala dos gatos, quer quem, como no teu caso, dá exemplos dos apedrejamentos a um ser humano.
Além disso, quem se preocupa em dizer que os argumentos dos outros são fracos é porque se preocupa com a fraqueza das próprias ideias.

Cumprimentos,


Continuas a ter interpretar erradamente as afirmações do Small :shock:

1- O argumento fraco de que ele fala (em resposta a mim) é o de que "quem é contra touradas nunca deve ter vivido no campo".

2- Depois, como exemplo, acrescenta outros dois argumentos fracos muito usados pelos pró-touradas: " há coisas mais importantes com que nos deviamos preocupar" e " quem é contra touradas dá mais importância aos animais que ao Homem".

3- Continuas a dizer que ele faz uma comparação entre valor da vida Humana e animal. Falso... não me parece possível explicar isso melhor do que fez o Marco.

Agora, dizeres que de um e outro lado se perdem em argumentos sem sentido é que não leva a lado nenhum. Se queres acrescentar alguma coisa ao tópico podias começar por rebater esses "argumentos sem sentido"... mas com mais algum cuidado na interpretação que deles fazes!!! :wink:

Abraço,

Carrancho
Abraço,
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por MarcoAntonio » 13/9/2010 19:55

Não, o facto não seria necessariamente o mesmo, apenas equivalente (além de equivalentes as relações, seriam também equivalentes os objectos em discussão). Mas isso não é um requisito numa analogia (em que A e C podem ser coisas substancialmente diferentes).



Exemplo de analogia em que A e C não são equivalentes:

Morrer num acidente de viação está para conduzir como cortar um dedo está para utilizar um canivete de bolso.



Exemplo de analogia em que A e C são equivalentes:

Morrer num acidente de viação está para conduzir como morrer num acidente laboral está para trabalhar.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Conquistador » 13/9/2010 19:36

MarcoAntonio Escreveu:Conquistador, o small estabeleceu um paralelo entre duas situações e o ponto dele é claramente a possibilidade/capacidade de opinarmos e decidirmos sobre a moral de determinado fenómeno, estando ou não inseridos directamente no seu contexto cultural. Os dois fenómenos podem ter diferentes graus de gravidade, em lado nenhum ele estabelece que a gravidade é a mesma....


Plenamente de acordo que a gravidade das situações é diferente, daí que qualquer comparação seja, na minha opinião, discutivel.

Quanto à analogia, também estamos de acordo, porque se o A fosse igual ao C, não haveria necessidade de comparação porque o facto seria o mesmo.

Cumprimentos,
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por MarcoAntonio » 13/9/2010 19:23

Conquistador, o small estabeleceu um paralelo entre duas situações e o ponto dele é claramente a possibilidade/capacidade de opinarmos e decidirmos sobre a moral de determinado fenómeno, estando ou não inseridos directamente no seu contexto cultural. Os dois fenómenos podem ter diferentes graus de gravidade, em lado nenhum ele estabelece que a gravidade é a mesma...


Isto denomina-se por analogia e pode ser reduzido à forma:

A está para B tal como C está para D


No entanto, a analogia não estabelece que A é igual a C nem que B é igual a D, antes apenas que a relação em causa é a mesma (essa relação é neste caso, como disse atrás, a tua capacidade para tomar uma decisão moral sem teres vivido in loco a situação, no seu contexto cultural).
Imagem

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por Conquistador » 13/9/2010 15:13

SMALL1969 Escreveu:
carrancho Escreveu:Parece-me fácil de perceber que o Small não está a comparar nada disso... apenas a demonstrar que o cultura/tradição não podem justificar o sofrimento, a crueldade... e, principalmente, que por não ter nascido no Irão isso não impede de se insurgir contra tal "cultura/tradição" da mesma forma que alguém que vive toda a vida na cidade tem todo o direito de ter uma opinião sobre touradas.

Tens toda a razão Small, essa conclusão (vida no campo vs cidade) é complectamente descabida, absurda mesmo, para este assunto. Há pró-touradas no campo e na cidade, há anti-touradas no campo e na cidade. É daqueles argumentos que usa quem não tem melhor ou não sabe do que está a falar.

Enfim!


Pois é Carrancho....

É mais outro argumento fraco...Os que desviam a conversa para "listas de prioridades" ou insinuar que se colocam os animais no mesmo peso que os humanos.

Parece aquela que diz que "É estúpido defender animais enquando ainda há crianças com fome".

Em em relação a "A protecção da vida humana é o bem juridico com mais valor na maior parte das civilizações de hoje em dia"... tenho dúvidas de que quem escreveu isto não defenda a pena de morte....


Boas,

Small, argumento fraco?Mas argumento fraco em relação ao quê?Não argumentei em relação a rigorosamente nada, não disse que era a favor ou contra as touradas...
No teu post, do meu ponto de vista, há uma evidente e manifesta comparação entre o valor da vida humana e da vida animal.
As pessoas que são a favor e os que são contra as touradas, perdem-se a esgrimir argumentos sem sentido, de parte a parte.
Aliás, repara que isto é bem visivel nos ultimos posts, quer quem fala dos gatos, quer quem, como no teu caso, dá exemplos dos apedrejamentos a um ser humano.
Além disso, quem se preocupa em dizer que os argumentos dos outros são fracos é porque se preocupa com a fraqueza das próprias ideias.

Cumprimentos,
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por SMALL1969 » 13/9/2010 13:23

carrancho Escreveu:Parece-me fácil de perceber que o Small não está a comparar nada disso... apenas a demonstrar que o cultura/tradição não podem justificar o sofrimento, a crueldade... e, principalmente, que por não ter nascido no Irão isso não impede de se insurgir contra tal "cultura/tradição" da mesma forma que alguém que vive toda a vida na cidade tem todo o direito de ter uma opinião sobre touradas.

Tens toda a razão Small, essa conclusão (vida no campo vs cidade) é complectamente descabida, absurda mesmo, para este assunto. Há pró-touradas no campo e na cidade, há anti-touradas no campo e na cidade. É daqueles argumentos que usa quem não tem melhor ou não sabe do que está a falar.

Enfim!


Pois é Carrancho....

É mais outro argumento fraco...Os que desviam a conversa para "listas de prioridades" ou insinuar que se colocam os animais no mesmo peso que os humanos.

Parece aquela que diz que "É estúpido defender animais enquando ainda há crianças com fome".

Em em relação a "A protecção da vida humana é o bem juridico com mais valor na maior parte das civilizações de hoje em dia"... tenho dúvidas de que quem escreveu isto não defenda a pena de morte....
 
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por carrancho » 13/9/2010 11:51

Parece-me fácil de perceber que o Small não está a comparar nada disso... apenas a demonstrar que o cultura/tradição não podem justificar o sofrimento, a crueldade... e, principalmente, que por não ter nascido no Irão isso não impede de se insurgir contra tal "cultura/tradição" da mesma forma que alguém que vive toda a vida na cidade tem todo o direito de ter uma opinião sobre touradas.

Tens toda a razão Small, essa conclusão (vida no campo vs cidade) é complectamente descabida, absurda mesmo, para este assunto. Há pró-touradas no campo e na cidade, há anti-touradas no campo e na cidade. É daqueles argumentos que usa quem não tem melhor ou não sabe do que está a falar.

Enfim!
Abraço,
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por Conquistador » 13/9/2010 11:24

E tenho impressão que tu, lá por não teres crescido no Irão, quero acreditar que achas a morte à pedrada uma coisa injusta apesar deles acharem que faz parte da cultura. Quero acreditar....[/quote]

Boas;

Small, estás a comparar matar uma pessoa com matar um animal?
A protecção da vida humana é o bem juridico com mais valor na maior parte das civilizações de hoje em dia.
Quero acreditar que não estás a fazer essa comparação.

Cumprimentos,
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por SMALL1969 » 13/9/2010 11:07

Vanek Escreveu:Eu vejo numa tourada um ritual de caça artistico. Quantas pessoas perderam o contacto com a natureza, daí serem contra conceitos que desconhecem totalmente. Geralmente quem é anti-touradas nunca cresceu entre gado... e nunca fez pegas a cabritos e mais tarde novilhos. Um ignorante já mais poderá julgar a cultura que desconhece. Imaginam-se seres superiores colonizadores da verdade que impõe a sua cultura urbana deprimente a populações, cujo modo de vida totalmente desconhecem.


Peço desculpa por não ter sido directamente alimentado pela teta de uma *****, não limpar o rabo a folhas de couve e não ter perdido a virgindade lá na ovelha do vizinho (tinha uns olhos lindos mas resisti....)

Daí a concluíres que os que são "anti-tourada" não cresceram no campo, e que isto é uma luta cidade-campo, é que já estás a falar do que não sabes, e mais uma vez é um argumento fraquito.

Por ter crescido no campo, e que ainda sou mais anti-tourada e morte gratuita de animais.

E tenho impressão que tu, lá por não teres crescido no Irão, quero acreditar que achas a morte à pedrada uma coisa injusta apesar deles acharem que faz parte da cultura. Quero acreditar....
 
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