Diminuir Importações Aumentar Exportações - Mas Como?
Artigo interessante e bem relevante na presente discussão bastando fazer a substituição de "US" por "Portugal" e mais algumas pequenas alterações :
http://www.project-syndicate.org/commentary/gros12/English
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The Skills Deficit
BRUSSELS – Two years after the world economy suffered a nervous breakdown in the wake of the collapse of Lehman Brothers, global financial markets remain unsettled, and the recovery that started so vigorously in 2009 seems to be stalling.
The slowdown has predictably led to calls for further fiscal and monetary stimulus. The argument seems simple: only a massive dose of government spending and massive central-bank support for the financial system prevented a slide into a second Great Depression, so more of the same medicine is now needed to prevent a slide back into recession.
This argument seems particularly strong in the United States, which during the long boom years grew accustomed to unemployment rates of around 5% and steady growth in consumption. But, in assessing the outlook for the US economy, one should not compare low quarterly growth rates (the data for April-June are particularly disappointing) and the current unemployment rate of almost 10% to the “goldilocks” bubble period. A longer-term view is required, because the US is facing a structural-adjustment challenge that will be accompanied by high unemployment.
Like Southern Europe, the US economy must move away from the consumption/housing-led growth model of the last decade. President Barack Obama has encapsulated this challenge by setting the goal of doubling US exports over the next decade. But this is easier said than done.
The structural shift towards exports will be difficult and time-consuming mainly because producing the high-tech goods that the US should be exporting requires a skilled workforce, which has largely been lost and cannot be re-created overnight. During the ten years preceding the peak of the bubble in 2007, about four million jobs were lost in the US manufacturing sector, whose share in total employment fell from more than 17% to 12%. Unemployment remained low because the booming domestic economy created enough jobs in services and construction.
Reversing this shift quickly seems impossible. Most construction workers are rather low-skilled and thus cannot be re-deployed to modern high-tech manufacturing. The same applies to real-estate agents, social workers, and managers of credit-card accounts.
During the bubble years, the situation was exactly the opposite: most of the workers released by a rapidly shrinking manufacturing sector could be employed easily in construction and social services, which require only low skills (likewise, real-estate services demand only rather general skills).
The key point is not that manufacturing jobs are somehow better, but rather that we must consider the asymmetry in the structural-adjustment process. It is relatively easy to manage a structural shift out of manufacturing during a real-estate boom, but it is much more difficult to re-establish a competitive manufacturing sector once it has been lost.
Post-bubble economies thus face a fundamental mismatch between the skills available in the existing work force and the requirements of a modern export-oriented manufacturing sector. Unfortunately, there is very little that economic policy can do to create a strong exporting sector in the short run, except alleviate the social pain. Labor-market flexibility is always touted as a panacea, but even the highest degree of it cannot transform unemployed realtors or construction workers into skilled manufacturing specialists. Experience has also shown that retraining programs have only limited success.
Ironically, Germany might provide the most useful template for the problems facing US policymakers. Germany experienced a consumption and construction boom after unification, with full employment and a current-account deficit. After the boom peaked in 1995, one million construction workers were laid off and could not find jobs elsewhere. The German economy faced a decade of high unemployment and slow growth.
Exports initially did not constitute a path to recovery because the deutsche mark was overvalued, and some manufacturing capacity had been lost during the unification boom. “International competitiveness” became the mantra of German economic policymaking. But it still took more than ten years for Germany to become the export powerhouse of today.
It is unlikely that the adjustment process will be much faster in the US, where the manufacturing base has shrunk much more sharply. Moreover, with the introduction of the euro, Germany had the advantage of pegging its currency to Southern Europe, which was experiencing a housing boom even more extreme than in the US, thus providing German exporters with growing markets and little competition. By contrast, the US dollar is tied to the renminbi, whose issuer – China – has the world’s largest and fastest-growing export sector.
How long will the US adjustment take? Since the peak of the bubble, the US economy has not even been moving in the right direction. The contraction in manufacturing output and employment has actually accelerated – and faster than output and employment have fallen in the sectors on which the economy remains dependent for much of its growth: domestic services, such as health care, and finance, insurance, and real-estate services (the sector responsible for the crisis).
So long as this trend continues, only high and continuing doses of fiscal and monetary expansion will be able to sustain domestic demand. And, given that many goods are no longer produced in the US, stimulus measures would suck in more imports, further undermining the trade balance. A self-sustaining recovery is, of course, possible, but it presupposes a massive structural adjustment aimed at restoring US competitiveness in global markets.
Daniel Gros is Director of the Centre for European Policy Studies.
Copyright: Project Syndicate, 2010.
"In my whole life, I have known no wise people over a broad subject matter area who didn't read all the time - none, zero" - Charlie Munger
"Entre os seres humanos, existe uma espécie de interacção que assenta não nos conhecimentos, nem sequer na falta de conhecimentos, mas no facto de não se saber quanto não se sabe ..." - John Kenneth Galbraith
"Entre os seres humanos, existe uma espécie de interacção que assenta não nos conhecimentos, nem sequer na falta de conhecimentos, mas no facto de não se saber quanto não se sabe ..." - John Kenneth Galbraith
Lion_Heart Escreveu:As pequenas empresas tem duas hipoteses ou são competitivas ou fecham. O mercado para estas empresas é implacavel.
Achas mesmo que é assim? Existe ou não subsidiação nas pequenas e médias empresas. Se sim, de que formas e em que montantes? O que representam estas empresas na economia nacional? Achas mesmo (se é que achas) que o único factor que influencia a competitividade e falta dela é apenas a existência ou não de subsídios, ou por outra, se não existirem subsídios - ou onde eles não existirem - não vale a pena discutir a competitividade?
Admitamos que não existem subsídios alguns ou almofada do estado sobre qualquer forma (o que já excluirá nesta pseudo-realidade aqueles que nem sequer trabalham preferindo viver à custa do estado): se todos os portugueses decidirem montar um stand de vendas de automóveis usados, seguramente portugal não será competitivo e importará mais do que exportará. A tua tesa é que a culpa da falta de competitividade é (apenas) da PT, da GALP e da EDP (que assumamos que existiriam e prestariam serviços aos ditos stands) e que os restantes individuos não têm culpa nenhuma?
* O relatório que anexo no post é capaz de dar uma ajuda a responder a algumas questões...
- Anexos
-
28PME.pdf
- (467.43 KiB) Transferido 133 Vezes
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu:Lion, se não queres responder à pergunta, podes dizer, eu não fico chateado contigo...
Ah, o ónus . Hehehe so vi agora.
Não é um ónus das grandes empresas.
As pequenas empresas tem duas hipoteses ou são competitivas ou fecham. O mercado para estas empresas é implacavel.E muito poucas andam nos avioes do Estado com o Presidente e o PM para fechar contratos ou passear.
As grandes empresas do psi 20 com excepção talvez da JMT que é a unica empresa que considero ser independete do Estado e com grande capacidade Internacional vivem como querem neste País e fazem o que querem.
Ou tu achas que o homem dos caracois e subsidiado? Ou que pode cobrar juros como quiser ou ainda nao ter concorrencia ? Ou que viaja com o Estado?
Estas empresas distorcem o mercado e obrigam os Portugueses e as empresas a pagar mais por bens e serviços que são muito mais baratos no resto da Europa. Ex: custos energeticos.Isto prejudica a competitividade.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
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Lion, se não queres responder à pergunta, podes dizer, eu não fico chateado contigo...


FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu:Lion_Heart Escreveu:Eu estava a falar de competitividade Marco.
Eu também...
Porque é que achas que a competitividade é um ónus dos grandes e só passa pelos grandes, explica lá?
Entao tu sabes que empresas que sao protegidas e que vivem em ambiente de monopolio nao necessitam de ser muito competitivas pois sabem que os seus lucros sao sempre constantes e que nao vao ter concorrencia.
E se queres dou-te tres exmplos basicos:
Empresas agua, luz e gas
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Lion_Heart Escreveu:Eu estava a falar de competitividade Marco.
Eu também...
Porque é que achas que a competitividade é um ónus dos grandes e só passa pelos grandes, explica lá?
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu:Lion_Heart Escreveu:Nós andamos no buraco precisamente porque não somos competitivos.
As grandes empresas Portuguesas vivem em monopolio ou em cartel, logo, nao precisam ser competitivas.
Contam com o Estado ou com os "amigos" para manter esse status quo e os milhoes continuam a rolar.
O problema da balança comercial está muito longe de ser meramente um problema "das grandes empresas".
Tu podes criar caracóis e exportá-los para França. Ou podes ir comer caracóis importados de Espanha ou França a um restaurante português. O que é que isso tem que ver com "as grandes empresas"?
Eu estava a falar de competitividade Marco.
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AutoMech Escreveu:É uma opinião percepcionada por ti ao contactares com os programas, métodos de ensino, professores, etc ?
É uma opinião percepcionada por mim com base numa experiência inevitavelmente limitada e dentro das limitações da experiência resulta de tudo isso (programas, métodos, professores). É claro que há que ter algumas reservas se quisermos generalizar a partir daqui...
AutoMech Escreveu:É que é dificil mostrar isto com dados objectivos (qualquer tentativa de o provar com melhorias nos esultados de exames ou provas de aferição para mim não têm credibilidade).
Pois, mas eu por acaso também não me estou a basear em nada disso. Obviamente, qualquer avaliação do ensino como um todo com base em resultados de testes... depende dos próprios testes antes de mais nada!
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu:Entre essas coisas, inclui-se também uma melhor educação a passar pelo português, matemática, filosofia (a nível do ensino básico creio que já começou a melhorar, por sinal).
É uma opinião percepcionada por ti ao contactares com os programas, métodos de ensino, professores, etc ?
É que é dificil mostrar isto com dados objectivos (qualquer tentativa de o provar com melhorias nos esultados de exames ou provas de aferição para mim não têm credibilidade).
vset Escreveu:e-finance Escreveu:Eu sugiro impostos elevados sobre produtos hi-tech topo de gama vindos de fora, como iphones, LCDs... só servem para desequilibrar a nossa balança comercial.
Não será melhor as famílias meterem o cérebro a funcionar e verem que vivem muito acima das suas possibilidades?
Talvez seja uma coisa básica para ti, para mim e para muitos outros participantes do forum, mas em conversas e constatação de situações fico abismado com a falta de bom senso de muita gente (em matéria financeira), até pessoas com instrução muito acima da média.
Em vez de andarem a massacrar os miúdos com disciplinas que não interessam para nada, mais valia criarem uma de educação financeira, ou algo semelhante.
Há gente hoje em dia que não faz a minima ideia de como gerir um orçamento familiar e que olha para um saldo do papel do multibanco como se fosse o dinheiro que tem e depois fica muito surpreendida porque 'apareceu a conta da EDP' ou porque 'não estava a contar com o IMI da casa este mês'.
vset Escreveu:
Não será melhor as famílias meterem o cérebro a funcionar e verem que vivem muito acima das suas possibilidades?
O problema do consumo e consequências para a balança comercial também não é uma mera questão familiar (nem tão pouco meramente de rendimentos). E sim, se as pessoas metessem isso na cabeça (em particular, as famílias) o impacto seria naturalmente considerável. Mas as pessoas não metem algo na cabeça só porque se quer (alguém quer), aliás essa mensagem passa o tempo todo e o resultado está à vista: virtualmente nulo.
Portanto, se as pessoas não o metem na cabeça, nem quando são alertadas e não fazem as coisas por iniciativa própria, há que influência-las e levá-las a fazê-lo.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
vset Escreveu:LOLOL
não sei se é só falta de espírito empreendedor...
Onde é que está escrito ou sugerido no meu post que é "só" alguma coisa? Não é precisamente o oposto que está subjacente no texto, que é mais do que uma só coisa?
Entre essas coisas, inclui-se também uma melhor educação a passar pelo português, matemática, filosofia (a nível do ensino básico creio que já começou a melhorar, por sinal).
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
e-finance Escreveu:Eu sugiro impostos elevados sobre produtos hi-tech topo de gama vindos de fora, como iphones, LCDs... só servem para desequilibrar a nossa balança comercial.
Não será melhor as famílias meterem o cérebro a funcionar e verem que vivem muito acima das suas possibilidades?

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MarcoAntonio Escreveu:Lion_Heart Escreveu:Nós andamos no buraco precisamente porque não somos competitivos.
As grandes empresas Portuguesas vivem em monopolio ou em cartel, logo, nao precisam ser competitivas.
Contam com o Estado ou com os "amigos" para manter esse status quo e os milhoes continuam a rolar.
O problema da balança comercial está muito longe de ser meramente um problema "das grandes empresas".
Tu podes criar caracóis e exportá-los para França. Ou podes ir comer caracóis importados de Espanha ou França a um restaurante português. O que é que isso tem que ver com "as grandes empresas"?
LOLOL
não sei se é só falta de espírito empreendedor...
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carf2007 Escreveu:Talvez fosse também interessante que alguém apostasse numa marca de automoveis portuguesa, se construimos VW de qualidade em Portugal também podemos contruir outra marca.
Mas o know-how não é nosso e não construímos tudo.

Turismo não me parece grande aposta, há melhor e mais competitivo em preço.
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Acho que o problema de Portugal não é exportar mais ou exportar menos... o importante deverá ser importar menos do que aquilo que exporta, pois será essa diferença que será o nosso lucro!!!
Exportar por exportar, também não interessa!! Por exemplo, os chips que a Quimonda produzia para a Alemanha eram vendidos a um preço inferior ao seu custo de produção!!! (isto, dito directamente por ex-trabalhadores da Quimonda)
Exportar por exportar, também não interessa!! Por exemplo, os chips que a Quimonda produzia para a Alemanha eram vendidos a um preço inferior ao seu custo de produção!!! (isto, dito directamente por ex-trabalhadores da Quimonda)
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* Aliás, ninguém se importa que exportemos uma catrefada de vinhos do porto, produzidos em Portugal mas que têm um nome inglês. Pois bem, produzir automóveis com nome alemão e exportá-los é quase a mesma coisa. O que quero dizer é que nós "estamos bem" por termos uma industria automóvel exportadora em Portugal (que por acaso tem nome estrangeiro). Mas agora irmos "substituir" (ou competir com) essa industria e capacidade produtiva com uma marca nacional nova não era necessariamente melhor ou lucrativo.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
carf2007 Escreveu:Talvez fosse também interessante que alguém apostasse numa marca de automoveis portuguesa, se construimos VW de qualidade em Portugal também podemos contruir outra marca.
Penso praticamente o oposto. Na verdade, é muito pouco interessante e ainda bem que não tem acontecido porque é logo à partida, praticamente, um negócio perdedor.
Em primeiro lugar, faz pouca diferença produzir VW e exportá-los ou produzir TugaMobil e exportá-lo. Ok, existem algumas diferenças, mas para a balança comercial até nem existem tantas assim (há o lucro do accionista e tal, mas já lá vamos, em ambos os casos está-se a importar materiais, a empregar portugueses e a exportar o grosso do produzido a partir daí, seja o VW seja o TugaMobil).
Em segundo lugar, a indústria automóvel requere enormes sinergias e inércias para ser competitiva. Até o nome da marca - na mente do povo, perdoem-me a fraca linguagem de marketing - é preciso "fabricar". E dura anos a fabricar.
Ora, quando está (tem vindo) a suceder praticamente o inverso em que marcas de determinados países já só são "desses países" na aparência ou mesmo já nem isso (Seat e Skoda por exemplo, entre muitas, muitas outras) irmos fazer nós o inverso é tipo contrariar a "selecção natural" no mercado automóvel.
Irmos agora nós competir com a industria alemã, francesa, japonesa etc de raiz quando outros que já estavam mais ou menos implantados sucumbiram, não faz lá grande sentido...
Afinal, tudo para quê se podemos produzir VW e exportá-los. Hã, volto então ao lucro do accionista: hã, mas os alemães levam uma parte do lucro. Bom, levam se conseguirem ter lucro e se já eles se vêm aflitos às vezes para se manterem à tona - e acabam por ter de fechar algumas fábricas - agora imaginem a dificuldade para o "new kid on the block". Era, com toda a probabilidade, andar a construir fábricas, empregar pessoas, etc para a seguir falir porque o negócio não era sustentável...
Então, poderão perguntar, isso não se aplica a tudo?
É claro que não: há muitas áreas onde os produtos não são tão identificados com os países de origem da tecnologia e das marcas ou onde é mais fácil implantar uma nova em comparação com o sector automóvel, onde temos mais hipóteses de vingar e nalguns casos não só temos hipótese como até já temos uma base de partida melhor (sei lá, exportar vinhos e coisas assim - o que já acontece - e mesmo admitindo que vamos ter de competir com outros, o obstáculo não é necessariamente tão grande em todos os sectores e produtos). Já no sector automóvel, o melhor mesmo é "lutar" para conseguir umas fábricas VW, Renault, etc porque assim vamos conseguir uma quota de exportação considerável (o sector automóvel é daqueles onde mais milhões exportamos). Vejam, e volto ao exemplo da Seat, o quanto a Seat cresceu e tentem concluir se a Seat ter passado a ser menos espanhola e mais alemão foi realmente mau para Espanha...
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Lion_Heart Escreveu:Nós andamos no buraco precisamente porque não somos competitivos.
As grandes empresas Portuguesas vivem em monopolio ou em cartel, logo, nao precisam ser competitivas.
Contam com o Estado ou com os "amigos" para manter esse status quo e os milhoes continuam a rolar.
O problema da balança comercial está muito longe de ser meramente um problema "das grandes empresas".
Tu podes criar caracóis e exportá-los para França. Ou podes ir comer caracóis importados de Espanha ou França a um restaurante português. O que é que isso tem que ver com "as grandes empresas"?
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Alladin Broker Escreveu:Sejam competitivos.
Admite-se a Ibéria ter voos mais baratos para o Brasil desde Lisboa, do que a própria TAP!! Fica mais barato, fazer Lisboa Madrid e depois Madrid São Paulo do que directamente Lisboa São Paulo.
É só um exemplo que revela como em Portugal a maior parte das empresas não tem uma estratégia global e ainda é mais grave no caso da TAP, porque o seu presidente é Brasileiro. Isto também revela, que deve mandar tanto na TAP, como o Queiroz na selecção!!
A solução é administrar cursos de actualização aos empresários Portugueses que cresceram à custa da bolha imobiliária. Precisam de uns estágios na Universidade Católica para saberem o que é a "vida do mundo".
A maior parte deles olha apenas para o seu umbigo, sendo assim, como podem percepcionar as oportunidades da mudança que ocorre à frente dos seus póprios olhos?
Nós andamos no buraco precisamente porque não somos competitivos.
As grandes empresas Portuguesas vivem em monopolio ou em cartel, logo, nao precisam ser competitivas.
Contam com o Estado ou com os "amigos" para manter esse status quo e os milhoes continuam a rolar.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
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carf2007 Escreveu:Talvez fosse também interessante que alguém apostasse numa marca de automoveis portuguesa, se construimos VW de qualidade em Portugal também podemos contruir outra marca.
Uma das marcas Portuguesas era a UMM.
E uma das razões que levou ao seu fim foi num concurso publico o nosso Estado ter escolhido a Nissan de Espanha para fornecer a GNR em deterimento da UMM. Só neste País...
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Sejam competitivos.
Admite-se a Ibéria ter voos mais baratos para o Brasil desde Lisboa, do que a própria TAP!! Fica mais barato, fazer Lisboa Madrid e depois Madrid São Paulo do que directamente Lisboa São Paulo.
É só um exemplo que revela como em Portugal a maior parte das empresas não tem uma estratégia global e ainda é mais grave no caso da TAP, porque o seu presidente é Brasileiro. Isto também revela, que deve mandar tanto na TAP, como o Queiroz na selecção!!
A solução é administrar cursos de actualização aos empresários Portugueses que cresceram à custa da bolha imobiliária. Precisam de uns estágios na Universidade Católica para saberem o que é a "vida do mundo".
A maior parte deles olha apenas para o seu umbigo, sendo assim, como podem percepcionar as oportunidades da mudança que ocorre à frente dos seus póprios olhos?
Admite-se a Ibéria ter voos mais baratos para o Brasil desde Lisboa, do que a própria TAP!! Fica mais barato, fazer Lisboa Madrid e depois Madrid São Paulo do que directamente Lisboa São Paulo.
É só um exemplo que revela como em Portugal a maior parte das empresas não tem uma estratégia global e ainda é mais grave no caso da TAP, porque o seu presidente é Brasileiro. Isto também revela, que deve mandar tanto na TAP, como o Queiroz na selecção!!
A solução é administrar cursos de actualização aos empresários Portugueses que cresceram à custa da bolha imobiliária. Precisam de uns estágios na Universidade Católica para saberem o que é a "vida do mundo".
A maior parte deles olha apenas para o seu umbigo, sendo assim, como podem percepcionar as oportunidades da mudança que ocorre à frente dos seus póprios olhos?
p3droPT Escreveu: uma cadeia de restaurantes..
Ainda recentemente estive em Amesterdão onde por acaso encontrei um restaurante português, por acaso até numa zona privilegiada.
Qual o meu espanto quando as 9 da noite (lá costuma-se jantar mais pelas 7) vejo que aquilo estava cheio, apenas com uma mesa livre... parecia de propósito. O mais engraçado é que aquilo devia ter umas 30 pessoas (também não era muito grande) e apenas 4 falavam português... de Portugal.
Sim porque estava lá um brasileiro,que até conhecia os donos de abraço, que levou um monhé e uma senhora com cara de mexicana, todos bem aperaltados, claramente para os impressionar.
Tenho também a visão dum italiano que até chupava os dedos e dizia "molto bono"
Aqui em Portugal não seria um restaurante dos melhores que já fui, mas estaria acima da média, mas lá era bastante apreciado, vendo bem a porcaria que comem por lá não é de estranhar.
Além disso até cobrava um pouco mais que a média dos restaurantes de lá (ficou 30 euros a cabeça, quando andava a gastar entre 20 a 25)
Uma garrafinha de João Pires era a módica quantia de 29,50 euros, mas os estranjas bem que as bebiam...
Só fiquei lixado de não terem francesinhas

Não há comida como a de cá...
Existe uma coisa que a maioria das pessoas desconhece,
as leis que são feitas em Portugal , para qualquer tipo de actividade foram criadas com o fundamento de controlar a qualidade do produto.
Mas na prática foram feitas para causarem enormes problemas a todos que queiram investir e abrir uma empresa.
Basta que simplifiquem em 90 % essas leis estúpidas que a economia arranca. O problema que certas pessoas vão perder grande poder sobre a economia, e isso claro que não interessa.
as leis que são feitas em Portugal , para qualquer tipo de actividade foram criadas com o fundamento de controlar a qualidade do produto.
Mas na prática foram feitas para causarem enormes problemas a todos que queiram investir e abrir uma empresa.
Basta que simplifiquem em 90 % essas leis estúpidas que a economia arranca. O problema que certas pessoas vão perder grande poder sobre a economia, e isso claro que não interessa.
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