Moody's corta rating de oito bancos portugueses
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Seaman Escreveu:Viva!
está na hora de questionar estas avaliações negativas destas agências americanas.
Em que ficamos? Quem tem razão?
O que está correcto e o que está errado? As avaliações das agências americanas que colocam em causa a credibilidade dos bancos europeus ou os recentes resultados dos Stress Tests?
Seaman,
Não conheço os critérios usados para os ratings mas parece-me que vão muito para além dos testes de stress.
Adicionalmente, não podemos pensar nem devemos passar a ideia que as agências andam a "atacar" especificamente os bancos portugueses.
Recordo aqui as "notas" que foram dadas recentemente pela Fitch:
"O BES, o BCP e o BPI sofreram um corte de “rating” de A+ para A, a classificação da dívida do Banif desceu de BBB+ para BBB e a do ESFG baixou de A- para BBB+. A agência de notação financeira manteve o “rating” da CGD em AA- e o do Santander Totta em AA."
As notas parecem negativas, mas acho importante perceber o que se passa lá fora. Por isso fiz umas pesquisas no Google para ver o que se passava com os 3 maiores bancos franceses e descobri isto:
Retings da Fitch para...
Societe Generale: A+
BNP Paribas: AA-
Credit Agricole: AA
Repara que estas classificações estão longe de ser brilhantes (nenhum deles leva AAA ou sequer AA+) e comparam relativamente bem com as dos maiores bancos portugueses, que também andam entre o A e o AA.
De referir que a Soc. Gen ficou em 24º nos testes de stress, o BNP em 29º e o C. Agricole em 36º, ou seja ficaram na ordem inversa das suas notas, o que sugere que haja outros critérios para o estabelecimento dos ratings.
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O facto dos bancos terem passado nos stress-tests não quer dizer que a sua saude financeira não se tenha vindo a degradar e que por isso não mereçam os downgrades.
Os stress tests não contemplam qualquer tipo de default nem a continuação da desvalorização no imobiliário segundo ouvi na divulgação da TSF (coisas que penso que vão acontecer, uma pelo aumento crescente e sem fim à vista do nosso endividamento e de outros países e outra pela crise que penso que será deflacionária e se agravará bastante nos tempos próximos).
Como eles dizem "até 2011 estão garantidos", isto se não houverem defaults ou as garantias dos créditos (imobiliário) não se desvalorizarem. Depois logo se vê... alguém há-de garantir a partir de 2011 (ou antes...).
Cumprimentos
JCS
Os stress tests não contemplam qualquer tipo de default nem a continuação da desvalorização no imobiliário segundo ouvi na divulgação da TSF (coisas que penso que vão acontecer, uma pelo aumento crescente e sem fim à vista do nosso endividamento e de outros países e outra pela crise que penso que será deflacionária e se agravará bastante nos tempos próximos).
Como eles dizem "até 2011 estão garantidos", isto se não houverem defaults ou as garantias dos créditos (imobiliário) não se desvalorizarem. Depois logo se vê... alguém há-de garantir a partir de 2011 (ou antes...).
Cumprimentos
JCS
---Tudo o que for por mim escrito expressa apenas a minha opinião pessoal e não é uma recomendação de investimento de qualquer tipo---
https://twitter.com/JCSTrendTrading
"We can confidently predict yesterdays price. Everything else is unknown."
"Every trade is a test"
"Price is the aggregation of everyone's expectations"
"I don't define a good trade as a trade that makes money. I define a good trade as a trade where I did the right thing". (Trend Follower Kevin Bruce, $5000 to $100.000.000 in 25 years).
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Viva!
está na hora de questionar estas avaliações negativas destas agências americanas.
Em que ficamos? Quem tem razão?
O que está correcto e o que está errado? As avaliações das agências americanas que colocam em causa a credibilidade dos bancos europeus ou os recentes resultados dos Stress Tests?
está na hora de questionar estas avaliações negativas destas agências americanas.
Em que ficamos? Quem tem razão?
O que está correcto e o que está errado? As avaliações das agências americanas que colocam em causa a credibilidade dos bancos europeus ou os recentes resultados dos Stress Tests?
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Fitch baixa "rating" de cinco bancos portugueses (act)
21 Julho2010 | 17:14
Nuno Carregueiro - nc@negocios.pt
Maria João Gago - mjgago@negocios.pt
A agência de notação financeira Fitch reviu hoje em baixa o "rating" do BCP, BES, BPI, Banif e ESFG.
A agência de notação financeira Fitch reviu hoje em baixa o “rating” do BCP, BES, BPI, Banif e ESFG. A notação da CGD e Santander Totta permaneceu igual.
Os cinco bancos visados viram o seu “rating” descer em um nível. O BES, o BCP e o BPI sofreram um corte de “rating” de A+ para A, a classificação da dívida do Banif desceu de BBB+ para BBB e a do ESFG baixou de A- para BBB+.
A agência de notação financeira manteve o “rating” da CGD em AA- e o do Santander Totta em AA.
Em comunicado a Fitch explica a revisão em baixa com o “recente fecho dos mercados” para o financiamento dos bancos portugueses, o que reduz as fontes de financiamento, bem como a capacidade para refinanciar papel comercial emitido e angariar novos fundos de médio prazo.
Apesar de reconhecer que parte dos bancos já conseguiu refinanciar parte das necessidades de financiamento necessárias para 2010, a Fitch nota que estão agora mais dependentes do financiamento de curto prazo do BCE.
O recurso dos bancos portugueses aos fundos do Banco Central Europeu aumentou 12% em Junho face ao mês anterior, atingindo um novo recorde, acima dos 40 mil milhões de euros.
A agência de notação financeira mostra preocupação com as implicações de longo prazo no perfil de financiamento dos bancos portugueses, bem como o impacto na sua rentabilidade, isto quando os mercados reabrirem.
É esta a incerteza que leva a Fitch a manter o “outlook” negativo para os bancos em causa. Além disso, a agência mostra preocupações com o impacto no crescimento da economia das medidas do governo para reduzir o défice, bem como o efeito que estas terão na qualidade dos activos.
Deste modo, a Fitch estima que o crédito malparado vai continuar a aumentar a Portugal, obrigando os bancos a aumentarem os níveis de imparidades, que afectarão os seus resultados.
21 Julho2010 | 17:14
Nuno Carregueiro - nc@negocios.pt
Maria João Gago - mjgago@negocios.pt
A agência de notação financeira Fitch reviu hoje em baixa o "rating" do BCP, BES, BPI, Banif e ESFG.
A agência de notação financeira Fitch reviu hoje em baixa o “rating” do BCP, BES, BPI, Banif e ESFG. A notação da CGD e Santander Totta permaneceu igual.
Os cinco bancos visados viram o seu “rating” descer em um nível. O BES, o BCP e o BPI sofreram um corte de “rating” de A+ para A, a classificação da dívida do Banif desceu de BBB+ para BBB e a do ESFG baixou de A- para BBB+.
A agência de notação financeira manteve o “rating” da CGD em AA- e o do Santander Totta em AA.
Em comunicado a Fitch explica a revisão em baixa com o “recente fecho dos mercados” para o financiamento dos bancos portugueses, o que reduz as fontes de financiamento, bem como a capacidade para refinanciar papel comercial emitido e angariar novos fundos de médio prazo.
Apesar de reconhecer que parte dos bancos já conseguiu refinanciar parte das necessidades de financiamento necessárias para 2010, a Fitch nota que estão agora mais dependentes do financiamento de curto prazo do BCE.
O recurso dos bancos portugueses aos fundos do Banco Central Europeu aumentou 12% em Junho face ao mês anterior, atingindo um novo recorde, acima dos 40 mil milhões de euros.
A agência de notação financeira mostra preocupação com as implicações de longo prazo no perfil de financiamento dos bancos portugueses, bem como o impacto na sua rentabilidade, isto quando os mercados reabrirem.
É esta a incerteza que leva a Fitch a manter o “outlook” negativo para os bancos em causa. Além disso, a agência mostra preocupações com o impacto no crescimento da economia das medidas do governo para reduzir o défice, bem como o efeito que estas terão na qualidade dos activos.
Deste modo, a Fitch estima que o crédito malparado vai continuar a aumentar a Portugal, obrigando os bancos a aumentarem os níveis de imparidades, que afectarão os seus resultados.
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Agora é a Fitch:
Fitch baixa "rating" de cinco bancos portugueses
21 Julho2010 | 17:14
Maria João Gago - mjgago@negocios.pt
A agência de notação financeira Fitch reviu hoje em baixa o “rating” da CGD, BCP, BES, BPI e Banif.
O “rating” da Caixa Geral de Depósitos desceu para AA-, com “Outlook” negativo”. A notação do BES, BCP, e BPI desceram de A+ para A, sendo que o “outlook” fica também em negativo.
O “rating” do Banif foi também cortado e o do Totta ficou estável em AA .
(notícia em actualização)
Fitch baixa "rating" de cinco bancos portugueses
21 Julho2010 | 17:14
Maria João Gago - mjgago@negocios.pt
A agência de notação financeira Fitch reviu hoje em baixa o “rating” da CGD, BCP, BES, BPI e Banif.
O “rating” da Caixa Geral de Depósitos desceu para AA-, com “Outlook” negativo”. A notação do BES, BCP, e BPI desceram de A+ para A, sendo que o “outlook” fica também em negativo.
O “rating” do Banif foi também cortado e o do Totta ficou estável em AA .
(notícia em actualização)
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artista, entendo o teu raciocínio, mas olha que a mensagem que o governo tentou passar foi a de que estava tudo robust. Vê por exemplo esta citação:
"Os testes de 'stress' que estão a ser feitos aos bancos portugueses indicam que o sistema bancário de Portugal é sólido, robusto e não tem problemas de capital, disse Carlos Pina, secretário de Estado do Tesouro, em entrevista à Reuters."
(fonte: http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=434325)
Na minha óptica isto pode ser traduzido assim: "o que é que se passa? há algum problema? vá, circulem, circulem".
Ora ambos sabemos que não é bem isto que se passa
Mais adiante na mesma notícia escreve-se:
"Carlos Pina realçou que "o recurso ao BCE por parte de instituições bancárias é o resultado das restrições de liquidez nos mercados de dívida na zona euro em geral, não constituindo isso uma especificidade portuguesa".
Aqui parece que apelamos ao contexto e que o governo sugere que estamos todos no mesmo barco (nós e a Europa). Este é o discurso que se tem tentado passar, mas no qual nem eu, nem o mercado nem a Moody's acreditamos
- se realmente a situação fosse essa, os bancos portugueses tinham recuperado em linha com os restantes
"Os testes de 'stress' que estão a ser feitos aos bancos portugueses indicam que o sistema bancário de Portugal é sólido, robusto e não tem problemas de capital, disse Carlos Pina, secretário de Estado do Tesouro, em entrevista à Reuters."
(fonte: http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=434325)
Na minha óptica isto pode ser traduzido assim: "o que é que se passa? há algum problema? vá, circulem, circulem".
Ora ambos sabemos que não é bem isto que se passa

Mais adiante na mesma notícia escreve-se:
"Carlos Pina realçou que "o recurso ao BCE por parte de instituições bancárias é o resultado das restrições de liquidez nos mercados de dívida na zona euro em geral, não constituindo isso uma especificidade portuguesa".
Aqui parece que apelamos ao contexto e que o governo sugere que estamos todos no mesmo barco (nós e a Europa). Este é o discurso que se tem tentado passar, mas no qual nem eu, nem o mercado nem a Moody's acreditamos

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Elias Escreveu:Sim eu sei, artista, mas a verdade é que o argumento que então foi apresentado era o de que a banca portuguesa estava de boa saúde (sendo a afirmação suportada pelos resultados dos tais testes de stress).
Sim mas tudo tem de ser visto num determinado contexto, obviamente que aqui o "boa saúde" tem de ser visto no contexto de dificuldades em que o país se encontra, para além do contexto de crise económica Mundial... é um bocado como quando alguém tem um acidente grave, vai para o hospital em estado grave e depois vem alguém dizer que a pessoa em causa "está bem"!


abraço
artista
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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Elias, mas essa citação tua é do tópico do BCP, quando se falava dos rumores de falência do Banco, não me parece que o contexto aqui seja o mesmo... que a banca não está bem já todos sabemos, há muito tempo, não é novidade nenhuma, ela advém sobretudo das dificuldades do país, e este corte tem a ver exactamente com isso, já era esperado, a reacção dos mercados nem foi nada de especial...
abraço
artista
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Para alem de vir mesmo a calhar a divulgação deste corte de rating, há coisas que não percebo!!!!
Então não seria mais sensato esperar pela divulgação dos Stress Test para cortarem/ou não os ratings?? Ou será que já conhecem os resultados????
Há outra coisa que tb não percebo, o Credit Suisse lançou hoje um target para o BCP de 0,66€ e depois de já ter pedido neste forum algumas explicações quanto as discrepancias de price targets, ainda não consegui perceber o porque de variadas casas de investimento darem um target ao BCP próximo ou até mesmo acima de 1€ e outras como Credit e UBS mandam targets para 0,66€ e 0,65€, sinceramente não consigo encaixar estas diferenças...........os numeros são redondos, são iguais aqui e na Suiça, apenas diferem na interpretação, o que não deveria justificar diferenças superiores a 50% de valorização para o titulo
Abraço
Shevet
Então não seria mais sensato esperar pela divulgação dos Stress Test para cortarem/ou não os ratings?? Ou será que já conhecem os resultados????
Há outra coisa que tb não percebo, o Credit Suisse lançou hoje um target para o BCP de 0,66€ e depois de já ter pedido neste forum algumas explicações quanto as discrepancias de price targets, ainda não consegui perceber o porque de variadas casas de investimento darem um target ao BCP próximo ou até mesmo acima de 1€ e outras como Credit e UBS mandam targets para 0,66€ e 0,65€, sinceramente não consigo encaixar estas diferenças...........os numeros são redondos, são iguais aqui e na Suiça, apenas diferem na interpretação, o que não deveria justificar diferenças superiores a 50% de valorização para o titulo


Abraço
Shevet
Estás a sentir????
O 50 Cent, looooooool
O 50 Cent, looooooool
Moody's corta rating de oito bancos portugueses
Há dias no tópico do BCP escrevi isto:
Pois agora saiu esta notícia, parece que a Moody's tem uma visão parecida com a minha relativamente à saúde da banca portuguesa:
Moody's corta rating de oito bancos portugueses
14.07.2010 - 14:25 Por Lusa
A agência de notação financeira Moody's cortou hoje o rating de oito bancos portugueses, cinco descem um nível e outros três caem dois níveis, na sequência do corte em dois níveis do rating da dívida pública portuguesa.
Em comunicado, a agência indica que o rating da Caixa Geral de Depósitos, do Santander Totta, do Banco Espírito Santo (BES), do Banco BPI e do Espírito Santo Financial Group foi revisto em baixa em um nível.
O Banco Comercial Português (BCP), o Montepio Geral e o Banif sofreram, por sua vez, um corte de dois níveis.
O rating atribuído ao Banco Português de Negócios, de Baa3 Prime-3 a ser analisado para um possível corte, manteve-se inalterado.
“O corte no rating da dívida dos oito bancos portugueses reflete a capacidade reduzida do Governo em apoiar os bancos”, afirma a vice presidente adjunta, e responsável pela avaliação da banca portuguesa na Moody's, Maria-Jose Mori, no comunicado.
No caso do Santander Totta, BES e BPI, o corte, que foi apenas de um nível, é explicado pela maior flexibilidade financeira que lhes permite compensar o impacto de um menor apoio sistémico.
A agência sublinha ainda que, no caso destes três bancos, a probabilidade de existir apoio sistémico disponível é maior pelo seu papel proeminente dentro do sistema financeiro português.
No caso do BCP, Montepio Geral e Banif, os bancos tinham um rating individual mais baixo e sofreram um corte de dois níveis por estarem “mais expostos a um enfraquecimento do apoio sistémico”.
A Caixa Geral de Depósitos é a excepção e vê o seu rating ser cortado em apenas um nível apesar de ter um rating individual mais baixo, porque continua a beneficiar de um forte apoio sistémico devido à sua dimensão e condição de banco totalmente detido pelo Estado.
O rating do Espírito Santo Financial Group foi cortado em um nível porque o rating do BES foi também cortado e este é o principal elemento a ter em conta na avaliação a realizar ao banco.
Quanto ao outlook, apenas a CGD, o Santander Totta e o Montepio Geral têm uma perspectiva estável. Os restantes têm outlook negativo, refere a Moody's.
Elias Escreveu:O ministério das finanças pode dizer o que lhe apetecer. Eu cá tenho o "péssimo" hábito de acreditar mais naquilo que os mercados me dizem do que nas palavras que saem da boca dos políticos. E olhando para o que os mercados me dizem, não consigo, por mais que tente, acreditar que está tudo bem com a nossa banca.
É que, olhando para os gráficos, parece-me mais do que evidente que o mercado não acredita que esteja tudo bem com a nossa banca.
Para chegar a esta conclusão, comparei as cotações actuais dos nossos bancos com os valores mínimos atingidos em Fevereiro-Março de 2009. E verifiquei que os bancos portugueses estão todos relativamente perto dos mínimos de 2009 (BCP = 10% acima; BES = 30% acima; BPI = 20% acima; Banif 17% ABAIXO), ao passo que no resto da Europa os bancos estão a cotar a valores muito superiores, da ordem dos 50% (Banco Popular, Banesto, Credit Agricole), 100% (Societe Generale, BBVA), 150% (BNP Paribas, Banco Santander), 200% (Deutsche Bank) ou mesmo 400% (Natixis). Note-se que até na Espanha as recuperações foram fortes.
Olhando para estes dados, parece-me que tudo o que se escreve sobre a saúde do sistema bancário português não passa de "wishful thinking".
Pois agora saiu esta notícia, parece que a Moody's tem uma visão parecida com a minha relativamente à saúde da banca portuguesa:
Moody's corta rating de oito bancos portugueses
14.07.2010 - 14:25 Por Lusa
A agência de notação financeira Moody's cortou hoje o rating de oito bancos portugueses, cinco descem um nível e outros três caem dois níveis, na sequência do corte em dois níveis do rating da dívida pública portuguesa.
Em comunicado, a agência indica que o rating da Caixa Geral de Depósitos, do Santander Totta, do Banco Espírito Santo (BES), do Banco BPI e do Espírito Santo Financial Group foi revisto em baixa em um nível.
O Banco Comercial Português (BCP), o Montepio Geral e o Banif sofreram, por sua vez, um corte de dois níveis.
O rating atribuído ao Banco Português de Negócios, de Baa3 Prime-3 a ser analisado para um possível corte, manteve-se inalterado.
“O corte no rating da dívida dos oito bancos portugueses reflete a capacidade reduzida do Governo em apoiar os bancos”, afirma a vice presidente adjunta, e responsável pela avaliação da banca portuguesa na Moody's, Maria-Jose Mori, no comunicado.
No caso do Santander Totta, BES e BPI, o corte, que foi apenas de um nível, é explicado pela maior flexibilidade financeira que lhes permite compensar o impacto de um menor apoio sistémico.
A agência sublinha ainda que, no caso destes três bancos, a probabilidade de existir apoio sistémico disponível é maior pelo seu papel proeminente dentro do sistema financeiro português.
No caso do BCP, Montepio Geral e Banif, os bancos tinham um rating individual mais baixo e sofreram um corte de dois níveis por estarem “mais expostos a um enfraquecimento do apoio sistémico”.
A Caixa Geral de Depósitos é a excepção e vê o seu rating ser cortado em apenas um nível apesar de ter um rating individual mais baixo, porque continua a beneficiar de um forte apoio sistémico devido à sua dimensão e condição de banco totalmente detido pelo Estado.
O rating do Espírito Santo Financial Group foi cortado em um nível porque o rating do BES foi também cortado e este é o principal elemento a ter em conta na avaliação a realizar ao banco.
Quanto ao outlook, apenas a CGD, o Santander Totta e o Montepio Geral têm uma perspectiva estável. Os restantes têm outlook negativo, refere a Moody's.
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