Simples Análise técnica á Banca Nacional
Voltei a trazer este tópico á tona para dar apenas uma ideia global do cenário técnico que os titulos agora aparesentam passados algumas semanas. A Divida soberana portuguesa continua a ser palco de muita especulação por parte das casas de rating, perante esse facto, os bancos mais expostos a ela ( BES e BCP ) são os primeiros a levar por tabela e a estarem também eles mais sujeitos a cortes nos seus ratings. Ainda esta semana, aproveitando o balanço do pessimismo generalizado, o Deutsche BanK veio tentar dar uma grande machadada no BCP. Curioso, é de notar, que apesar de fraco o titulo continua a demonstrar pouco apetite para cair até aos 0.50 centimos. No entanto, qualquer movimento que destrua o principal suporte de refugio dos 0.60 é sinal de alarme e de venda. Para quem está longo, as stops
deverão ser aí alocadas, pesse embora, eu goste sempre de dar mais margem para não apanhar com falsos breaks. Em termos técnicos á pouco a dizer,
tudo está péssimo, mas a banca continua mesmo assim a mostrar uma forte solidez de números..... até quando ninguém sabe...
BES - Apesar de fazer um novo minimo anual consegiu fechar acima do suporte dos 2.95. Qualquer fecho abaixo deste nivel levará a cotação até aos minimos de Março de 2009 nos 2.647.
BCP - Forte suporte na zona dos 0.58.5-0.60. Tecnicamente Bearish.
BPI - É o meu titulo preferido da banca, dada as estratégias de posições existentes. Em termos técnicos muito se assemelha aos outros. Tecnicamente Bearish.
deverão ser aí alocadas, pesse embora, eu goste sempre de dar mais margem para não apanhar com falsos breaks. Em termos técnicos á pouco a dizer,
tudo está péssimo, mas a banca continua mesmo assim a mostrar uma forte solidez de números..... até quando ninguém sabe...
BES - Apesar de fazer um novo minimo anual consegiu fechar acima do suporte dos 2.95. Qualquer fecho abaixo deste nivel levará a cotação até aos minimos de Março de 2009 nos 2.647.
BCP - Forte suporte na zona dos 0.58.5-0.60. Tecnicamente Bearish.
BPI - É o meu titulo preferido da banca, dada as estratégias de posições existentes. Em termos técnicos muito se assemelha aos outros. Tecnicamente Bearish.
- Anexos
-
- B.ESPIRITO SANTO.png (16.16 KiB) Visualizado 761 vezes
-
- B.COM.PORTUGUES.png (15.07 KiB) Visualizado 759 vezes
-
- BANCO BPI.png (15.96 KiB) Visualizado 759 vezes
AC Investor Blog
www.ac-investor.blogspot.com -
Análises Técnicas de activos cotados em Wall Street. Os artigos do AC Investor podem também ser encontrados diariamente nos portais financeiros, Daily Markets, Benzinga, Minyanville, Solar Feeds e Wall Street Pit, sendo editor e contribuidor. Segue-me também no Twitter : http://twitter.com/#!/ACInvestorBlog e subscreve a minha newsletter.
www.ac-investor.blogspot.com -
Análises Técnicas de activos cotados em Wall Street. Os artigos do AC Investor podem também ser encontrados diariamente nos portais financeiros, Daily Markets, Benzinga, Minyanville, Solar Feeds e Wall Street Pit, sendo editor e contribuidor. Segue-me também no Twitter : http://twitter.com/#!/ACInvestorBlog e subscreve a minha newsletter.
Caros colegas do caldeirão, no seguimento dos posts anteriormente colocados neste tópico em que fiz a analise do BES (21/07/10) e do BCP (30/07/10) venho agora juntar a minha analise do BPI ficando para ultimo o BANIF que irei analisar na semana que vem.
Em primeiro lugar quero dizer que a ordem que escolhi para analisar estes bancos não foi aleatória.
Escolhi o BES para começar pois parecia-me e parece-me a melhor oportunidade de investimento.
Em seguida analisei o BCP que seria a minha segunda escolha deixando para o fim o BPI e o BANIF (os quais que se bem analisados em tempos diferentes vejo como estando no mesmo patamar de atractividade para o investidor).
O Banco Português de Investimento (BPI).
O BPI é como os colegas sabem um dos maiores bancos Portugueses.
É um banco de retalho e está presente em Portugal e em Angola (neste país com a marca Banco de Fomento de Angola).
É um banco sólido (alias tal como os recentes testes de stress vieram comprovar) e tem-se mostrado rentável ao longo dos anos.
É um banco bem gerido que creio continuará a apresentar bons resultados no futuro, no entanto, não seria uma das minhas escolhas nem de entre os bancos Portugueses nem mesmo de entre as empresas cotadas no índice principal da nossa bolsa.
E isto porquê?
Vejamos, não estou a colocar em causa a solidez do banco nem a sua gestão (que é uma gestão eficiente). Também não ponho em causa a capacidade do banco de gerar resultados positivos tal como até agora o tem feito.
Não duvido que o BPI continuará a apresentar lucros e até digo que se mostrará exímio em gerar esses mesmos lucros com custos menores porque é um banco que investe muito nessa área (por exemplo, em 2007 foi a terceira entidade Portuguesa com maior investimento em investigação e desenvolvimento).
Também não coloco em questão que a sua unidade Angolana consiga tirar o melhor partido do crescimento económico deste país que fruto das suas riquezas minerais e penso que no futuro também do seu potencial agrícola está com taxas de crescimento incríveis.
A questão é a seguinte:
Nas últimas duas décadas a melhor estratégia para investir em bolsa era ter como base e ponto de partida uma posição em “cash” sendo esta a base de retorno e partida de uma estratégia bem sucedida de investimento.
O investidor estava em “cash” e quando via uma boa oportunidade de investimento ou porque o mercado estava a criar uma dinâmica de alta ou porque aparecia uma empresa apetecível entrava no activo ficava lá durante algum tempo e depois que a posição apresentava uma valorização razoável encaixava a mais-valia saindo de regresso à sua posição base em “cash”.
Eu penso que nos próximos anos (até diria mais, nas próximas décadas) não será possível ter esta estratégia e ser bem sucedido.
Porquê?
Nas últimas duas décadas temos vivido uma situação económica de baixa inflação, no futuro penso que vamos conviver com altas taxas de inflação.
Em economias que se debatem com altas taxas de inflação o ultimo sitio para um investidor estar é em “cash” (pois o dinheiro num ambiente de inflação elevada perde valor todos os dias) e o melhor sitio para um investidor estar é em activos que apresentam um alto potencial de valorização.
Essencial para o título de uma empresa valorizar é a capacidade dessa empresa em crescer.
É aqui, na minha opinião, que está o calcanhar de Aquiles do BPI.
Eu não vejo, ao contrário do BES e do Millenium, como é que o BPI vai conseguir crescer (se é que essa intenção existe).
O BPI tem entre os seus principais accionistas os Espanhóis do banco La Caixa e os Brasileiros do ITAU.
Só à partida este facto veda ao BPI qualquer hipótese de expansão para o mercado Espanhol e Brasileiro que seriam mercados em que por diversas razões teria condições favoráveis para tentar crescer.
Mas quaisquer outras tentativas de crescimento para outros mercados Europeus ou Sul-Americanos estariam bloqueadas pelas mesmas circunstância (pois estes dois accionistas a apoiarem uma expansão prefeririam apostar na sua).
Resta-lhe o mercado dos países da África Lusófona.
O problema é que à excepção de Angola são mercados muito pobres para só por si serem base de um crescimento significativo.
E mesmo em Angola se bem que a expansão económica do país permita estar optimista quanto ao crescimento dos resultados da unidade Angolana do BPI há que ter em atenção que a concorrência está a aumentar (por exemplo, recentemente o BPI em Angola sofreu uma hemorragia de quadros para o banco de Isabel dos Santos e Américo Amorim).
Isto num contexto futuro de elevada inflação em que penso que a economia mundial vai viver e em que os investidores irão evitar ao máximo posições em cash e procurarão com empenho activos que apresentem um potencial de valorização elevado (sendo essencial a isso a capacidade desses activos de gerar crescimento) o BPI não faria parte do meu eventual portfolio de investimento pela dita dificuldade em gerar crescimento.
PS-Esta analise foi breve por pouca disponibilidade de tempo mas penso que consegui transmitir o meu ponto de vista de uma forma clara.
http://ruifilipecoelhofernandes.blogspot.com
Cumprimentos,
RCF.
Em primeiro lugar quero dizer que a ordem que escolhi para analisar estes bancos não foi aleatória.
Escolhi o BES para começar pois parecia-me e parece-me a melhor oportunidade de investimento.
Em seguida analisei o BCP que seria a minha segunda escolha deixando para o fim o BPI e o BANIF (os quais que se bem analisados em tempos diferentes vejo como estando no mesmo patamar de atractividade para o investidor).
O Banco Português de Investimento (BPI).
O BPI é como os colegas sabem um dos maiores bancos Portugueses.
É um banco de retalho e está presente em Portugal e em Angola (neste país com a marca Banco de Fomento de Angola).
É um banco sólido (alias tal como os recentes testes de stress vieram comprovar) e tem-se mostrado rentável ao longo dos anos.
É um banco bem gerido que creio continuará a apresentar bons resultados no futuro, no entanto, não seria uma das minhas escolhas nem de entre os bancos Portugueses nem mesmo de entre as empresas cotadas no índice principal da nossa bolsa.
E isto porquê?
Vejamos, não estou a colocar em causa a solidez do banco nem a sua gestão (que é uma gestão eficiente). Também não ponho em causa a capacidade do banco de gerar resultados positivos tal como até agora o tem feito.
Não duvido que o BPI continuará a apresentar lucros e até digo que se mostrará exímio em gerar esses mesmos lucros com custos menores porque é um banco que investe muito nessa área (por exemplo, em 2007 foi a terceira entidade Portuguesa com maior investimento em investigação e desenvolvimento).
Também não coloco em questão que a sua unidade Angolana consiga tirar o melhor partido do crescimento económico deste país que fruto das suas riquezas minerais e penso que no futuro também do seu potencial agrícola está com taxas de crescimento incríveis.
A questão é a seguinte:
Nas últimas duas décadas a melhor estratégia para investir em bolsa era ter como base e ponto de partida uma posição em “cash” sendo esta a base de retorno e partida de uma estratégia bem sucedida de investimento.
O investidor estava em “cash” e quando via uma boa oportunidade de investimento ou porque o mercado estava a criar uma dinâmica de alta ou porque aparecia uma empresa apetecível entrava no activo ficava lá durante algum tempo e depois que a posição apresentava uma valorização razoável encaixava a mais-valia saindo de regresso à sua posição base em “cash”.
Eu penso que nos próximos anos (até diria mais, nas próximas décadas) não será possível ter esta estratégia e ser bem sucedido.
Porquê?
Nas últimas duas décadas temos vivido uma situação económica de baixa inflação, no futuro penso que vamos conviver com altas taxas de inflação.
Em economias que se debatem com altas taxas de inflação o ultimo sitio para um investidor estar é em “cash” (pois o dinheiro num ambiente de inflação elevada perde valor todos os dias) e o melhor sitio para um investidor estar é em activos que apresentam um alto potencial de valorização.
Essencial para o título de uma empresa valorizar é a capacidade dessa empresa em crescer.
É aqui, na minha opinião, que está o calcanhar de Aquiles do BPI.
Eu não vejo, ao contrário do BES e do Millenium, como é que o BPI vai conseguir crescer (se é que essa intenção existe).
O BPI tem entre os seus principais accionistas os Espanhóis do banco La Caixa e os Brasileiros do ITAU.
Só à partida este facto veda ao BPI qualquer hipótese de expansão para o mercado Espanhol e Brasileiro que seriam mercados em que por diversas razões teria condições favoráveis para tentar crescer.
Mas quaisquer outras tentativas de crescimento para outros mercados Europeus ou Sul-Americanos estariam bloqueadas pelas mesmas circunstância (pois estes dois accionistas a apoiarem uma expansão prefeririam apostar na sua).
Resta-lhe o mercado dos países da África Lusófona.
O problema é que à excepção de Angola são mercados muito pobres para só por si serem base de um crescimento significativo.
E mesmo em Angola se bem que a expansão económica do país permita estar optimista quanto ao crescimento dos resultados da unidade Angolana do BPI há que ter em atenção que a concorrência está a aumentar (por exemplo, recentemente o BPI em Angola sofreu uma hemorragia de quadros para o banco de Isabel dos Santos e Américo Amorim).
Isto num contexto futuro de elevada inflação em que penso que a economia mundial vai viver e em que os investidores irão evitar ao máximo posições em cash e procurarão com empenho activos que apresentem um potencial de valorização elevado (sendo essencial a isso a capacidade desses activos de gerar crescimento) o BPI não faria parte do meu eventual portfolio de investimento pela dita dificuldade em gerar crescimento.
PS-Esta analise foi breve por pouca disponibilidade de tempo mas penso que consegui transmitir o meu ponto de vista de uma forma clara.
http://ruifilipecoelhofernandes.blogspot.com
Cumprimentos,
RCF.
- Mensagens: 134
- Registado: 22/2/2008 12:02
Temos aqui o BCP ás portas da ruptura da LTD com o MACD a piscar o olho. Vamos lá ver se é desta..... Estou bastante confiante no BCP depois do PSI e do restante sector já estar em face de recuperação.
- Anexos
-
- B.COM.PORTUGUES.png (17.29 KiB) Visualizado 1931 vezes
AC Investor Blog
www.ac-investor.blogspot.com -
Análises Técnicas de activos cotados em Wall Street. Os artigos do AC Investor podem também ser encontrados diariamente nos portais financeiros, Daily Markets, Benzinga, Minyanville, Solar Feeds e Wall Street Pit, sendo editor e contribuidor. Segue-me também no Twitter : http://twitter.com/#!/ACInvestorBlog e subscreve a minha newsletter.
www.ac-investor.blogspot.com -
Análises Técnicas de activos cotados em Wall Street. Os artigos do AC Investor podem também ser encontrados diariamente nos portais financeiros, Daily Markets, Benzinga, Minyanville, Solar Feeds e Wall Street Pit, sendo editor e contribuidor. Segue-me também no Twitter : http://twitter.com/#!/ACInvestorBlog e subscreve a minha newsletter.
Caros colegas do caldeirão, no seguimento dos posts que coloquei neste tópico em 10/07 (em que me propunha acompanhar a análise técnica que o nosso colega AC estava a fazer sobre alguns títulos da banca nacional com uma analise fundamental dos mesmos) e em 21/07 em que coloquei a minha analise sobre o banco BES venho agora juntar o meu ponto de vista sobre um outro banco que está a ser analisado aqui neste tópico.
Neste post irei colocar a minha análise sobre o banco Millenium.
Tal como no post anterior sobre o BES esta análise sobre o Millenium não pretende ser minuciosa mas sim traçar as linhas gerais que, no meu ponto de vista, caracterizam o banco de forma a percebermos se ao preço actual o título é ou não um bom investimento.
1-O banco Millenium foi o primeiro banco privado a surgir em Portugal após a vaga de nacionalizações da banca na década de setenta.
Surgiu com o nome de BCP (Banco Comercial Português).
É do meu ponto de vista um caso de sucesso na medida em que é um banco criado de raiz e que consegue singrar e tornar-se num dos maiores bancos existentes hoje no mercado Português (penso que se tornou mesmo um “case study” a nível internacional devido precisamente a este facto).
2- O seu negócio é a banca de retalho e é nesta perspectiva que define o seu posicionamento no mercado e os seus objectivos.
A forma como inicialmente se dirigiu ao mercado Português e aos potenciais clientes é diferente da de hoje.
O Millenium (na altura BCP) conquistou o mercado Português como um banco que se apresentava com diversas marcas, cada marca com produtos visando um tipo diferente de cliente, havia a marca BCP e a marca Nova Rede.
Este parece-me ter sido um dos factores que construiu o sucesso do BCP.
Entretanto, a estratégia mudou e o BCP unificou as várias marcas numa só, o Millenium. No meu ponto de vista, foi uma mudança para pior, ou melhor dizendo para uma situação menos eficiente na disputa do mercado.
3-O banco desde cedo, praticamente a partir do momento em que alcançou uma presença segura no mercado Português, ambicionou conquistar mercados externos.
E o que há a dizer sobre isso é que foi extremamente bem sucedido em todos os projectos externos em que se lançou.
O Millenium (também de nome Millenium no exterior depois da unificação das marcas que se estendeu também às suas operações internacionais) tem três presenças internacionais muito fortes e lucrativas na banca de retalho: Polónia, Grécia e Moçambique.
Entre as várias razões que me fazem acreditar que as acções do Millenium são um bom investimento ao preço actual (cotação de dia 30/07/10 na bolsa de Lisboa) é precisamente esta presença externa e as suas potencialidades.
Na Polónia o Millenium Bank é creditado com uma posição entre os dez maiores bancos.
A Polónia representa um mercado grande, maior que o Português e que respira vitalidade económica e com um potencial de lucro enorme a realizar, acresce a isto que o Millenium Bank Polaco tem no seu ADN ambição pelo que não me espantaria que no futuro vejamos este banco a trepar no ranking das instituições bancárias daquele país.
Na Grécia a presença do banco no mercado é ainda mais forte e embora o país atravesse uma fase menos boa é um país da União Europeia que mesmo que tenha dificuldade de gerar por si só uma dinâmica económica forte beneficiará sempre do efeito de arrastamento gerado pelas restantes economias da zona Euro.
Em Moçambique o banco conta-se entre os maiores no mercado.
Embora Moçambique seja um país pobre a operação do Millenium é lucrativa e estará lá para contribuir e beneficiar de um já actual e futuro progresso económico.
Para além destas presenças internacionais fortes e indiscutivelmente bem sucedidas o Millenium apostou recentemente em mais dois mercados: Roménia e Angola.
Nesta fase do investimento estas duas operações são fontes de consumo de recursos do banco e não fontes de geração de recursos para o Banco.
Na Roménia o plano inicial do Millenium era comprar um banco a privatizar pelo estado Romeno.
De facto, tentou comprar a Banca Comerciale Romana (penso que é assim que se escreve) mas acabou por perder a corrida para os Austríacos do Erste Bank. No seguimento desse desfecho decidiu avançar com uma operação de raiz nesse mercado.
Em Angola tem uma presença ainda modesta devido à fase embrionária do projecto mas conta com sócios poderosos: a Sonangol e o Banco Privado do Atlântico.
O curriculum que o Millenium tem de operações bem sucedidas no exterior leva-me a crer que as operações recentemente lançadas nestes dois países (Roménia e Angola) mostrarão no futuro o mesmo padrão de sucesso das anteriores.
4-Em relação às contas do banco remeto os colegas para a consulta dos “stress test” realizados sobre a banca Portuguesa, nos quais o BCP sai bem posicionado e com um selo de solidez financeira dado pela entidade oficial que realizou os testes.
Existe quem discorde da metodologia empregue nos testes, nesse caso poderá a própria pessoa conduzir o seu próprio “stress test” sobre o banco que escolher pois a CESB-Comissão Europeia de Supervisores Bancários (julgo ser este o nome) para além de publicar os resultados facultou também os dados que serviram de base aos testes.
5-Recentemente houve uma mudança na liderança do Banco.
A chefia que vinha a conduzir o banco desde a sua fundação foi sucedida por uma outra no que foi um efectivo corte com o passado.
Esta mudança tornou-se praticamente inevitável devido ao facto de a liderança anterior se ter desdobrado em duas visões diferentes sobre o banco, visões que se tornaram antagónicas e irreconciliáveis.
A nova administração devolveu a unidade ao banco e deu à instituição a estabilidade necessária para se concentrar de novo naquilo que é a sua missão – o negócio.
Entretanto surgiu a crise financeira internacional que absorveu a administração do banco não lhe permitindo tempo para formular ou pelo menos transmitir ao mercado a sua visão para o banco (eu pelo menos ainda não tenho uma percepção clara da estratégia da nova administração).
6-Um ponto fraco do banco é a sua estrutura accionista muito fragmentada.
Isto é um problema que o banco mais cedo ou mais tarde vai ter de confrontar.
A minha opinião é que será resolvido mediante o convite a uma instituição financeira internacional para tomar uma posição accionista considerável na instituição.
7-Para finalizar, a minha apreciação sobre o banco é positiva.
E penso que ao preço a que os títulos transaccionam (preço de fecho na bolsa de Lisboa em 30/07/10) são uma boa oportunidade de investimento.
http://ruifilipecoelhofernandes.blogspot.com
Cumprimentos,
RCF.
Neste post irei colocar a minha análise sobre o banco Millenium.
Tal como no post anterior sobre o BES esta análise sobre o Millenium não pretende ser minuciosa mas sim traçar as linhas gerais que, no meu ponto de vista, caracterizam o banco de forma a percebermos se ao preço actual o título é ou não um bom investimento.
1-O banco Millenium foi o primeiro banco privado a surgir em Portugal após a vaga de nacionalizações da banca na década de setenta.
Surgiu com o nome de BCP (Banco Comercial Português).
É do meu ponto de vista um caso de sucesso na medida em que é um banco criado de raiz e que consegue singrar e tornar-se num dos maiores bancos existentes hoje no mercado Português (penso que se tornou mesmo um “case study” a nível internacional devido precisamente a este facto).
2- O seu negócio é a banca de retalho e é nesta perspectiva que define o seu posicionamento no mercado e os seus objectivos.
A forma como inicialmente se dirigiu ao mercado Português e aos potenciais clientes é diferente da de hoje.
O Millenium (na altura BCP) conquistou o mercado Português como um banco que se apresentava com diversas marcas, cada marca com produtos visando um tipo diferente de cliente, havia a marca BCP e a marca Nova Rede.
Este parece-me ter sido um dos factores que construiu o sucesso do BCP.
Entretanto, a estratégia mudou e o BCP unificou as várias marcas numa só, o Millenium. No meu ponto de vista, foi uma mudança para pior, ou melhor dizendo para uma situação menos eficiente na disputa do mercado.
3-O banco desde cedo, praticamente a partir do momento em que alcançou uma presença segura no mercado Português, ambicionou conquistar mercados externos.
E o que há a dizer sobre isso é que foi extremamente bem sucedido em todos os projectos externos em que se lançou.
O Millenium (também de nome Millenium no exterior depois da unificação das marcas que se estendeu também às suas operações internacionais) tem três presenças internacionais muito fortes e lucrativas na banca de retalho: Polónia, Grécia e Moçambique.
Entre as várias razões que me fazem acreditar que as acções do Millenium são um bom investimento ao preço actual (cotação de dia 30/07/10 na bolsa de Lisboa) é precisamente esta presença externa e as suas potencialidades.
Na Polónia o Millenium Bank é creditado com uma posição entre os dez maiores bancos.
A Polónia representa um mercado grande, maior que o Português e que respira vitalidade económica e com um potencial de lucro enorme a realizar, acresce a isto que o Millenium Bank Polaco tem no seu ADN ambição pelo que não me espantaria que no futuro vejamos este banco a trepar no ranking das instituições bancárias daquele país.
Na Grécia a presença do banco no mercado é ainda mais forte e embora o país atravesse uma fase menos boa é um país da União Europeia que mesmo que tenha dificuldade de gerar por si só uma dinâmica económica forte beneficiará sempre do efeito de arrastamento gerado pelas restantes economias da zona Euro.
Em Moçambique o banco conta-se entre os maiores no mercado.
Embora Moçambique seja um país pobre a operação do Millenium é lucrativa e estará lá para contribuir e beneficiar de um já actual e futuro progresso económico.
Para além destas presenças internacionais fortes e indiscutivelmente bem sucedidas o Millenium apostou recentemente em mais dois mercados: Roménia e Angola.
Nesta fase do investimento estas duas operações são fontes de consumo de recursos do banco e não fontes de geração de recursos para o Banco.
Na Roménia o plano inicial do Millenium era comprar um banco a privatizar pelo estado Romeno.
De facto, tentou comprar a Banca Comerciale Romana (penso que é assim que se escreve) mas acabou por perder a corrida para os Austríacos do Erste Bank. No seguimento desse desfecho decidiu avançar com uma operação de raiz nesse mercado.
Em Angola tem uma presença ainda modesta devido à fase embrionária do projecto mas conta com sócios poderosos: a Sonangol e o Banco Privado do Atlântico.
O curriculum que o Millenium tem de operações bem sucedidas no exterior leva-me a crer que as operações recentemente lançadas nestes dois países (Roménia e Angola) mostrarão no futuro o mesmo padrão de sucesso das anteriores.
4-Em relação às contas do banco remeto os colegas para a consulta dos “stress test” realizados sobre a banca Portuguesa, nos quais o BCP sai bem posicionado e com um selo de solidez financeira dado pela entidade oficial que realizou os testes.
Existe quem discorde da metodologia empregue nos testes, nesse caso poderá a própria pessoa conduzir o seu próprio “stress test” sobre o banco que escolher pois a CESB-Comissão Europeia de Supervisores Bancários (julgo ser este o nome) para além de publicar os resultados facultou também os dados que serviram de base aos testes.
5-Recentemente houve uma mudança na liderança do Banco.
A chefia que vinha a conduzir o banco desde a sua fundação foi sucedida por uma outra no que foi um efectivo corte com o passado.
Esta mudança tornou-se praticamente inevitável devido ao facto de a liderança anterior se ter desdobrado em duas visões diferentes sobre o banco, visões que se tornaram antagónicas e irreconciliáveis.
A nova administração devolveu a unidade ao banco e deu à instituição a estabilidade necessária para se concentrar de novo naquilo que é a sua missão – o negócio.
Entretanto surgiu a crise financeira internacional que absorveu a administração do banco não lhe permitindo tempo para formular ou pelo menos transmitir ao mercado a sua visão para o banco (eu pelo menos ainda não tenho uma percepção clara da estratégia da nova administração).
6-Um ponto fraco do banco é a sua estrutura accionista muito fragmentada.
Isto é um problema que o banco mais cedo ou mais tarde vai ter de confrontar.
A minha opinião é que será resolvido mediante o convite a uma instituição financeira internacional para tomar uma posição accionista considerável na instituição.
7-Para finalizar, a minha apreciação sobre o banco é positiva.
E penso que ao preço a que os títulos transaccionam (preço de fecho na bolsa de Lisboa em 30/07/10) são uma boa oportunidade de investimento.
http://ruifilipecoelhofernandes.blogspot.com
Cumprimentos,
RCF.
- Mensagens: 134
- Registado: 22/2/2008 12:02
Creio que hoje será um dos dias mais interessantes do mercado do ano para a banca Nacional.... Ou vai ou racha....
Há muito dinheiro on the sideline que certamente deverá começar a ser alocado na banca depois do pior já ter passado. Senão acreditamos nas instituições europeias em quem vamos acreditar ? Nas agências de rating ? A transparência parece-me evidente e a banca nacional , quer se goste ou não dos resultados, passou !!! e o BPI até surpreendeu com o 18º no global.

AC Investor Blog
www.ac-investor.blogspot.com -
Análises Técnicas de activos cotados em Wall Street. Os artigos do AC Investor podem também ser encontrados diariamente nos portais financeiros, Daily Markets, Benzinga, Minyanville, Solar Feeds e Wall Street Pit, sendo editor e contribuidor. Segue-me também no Twitter : http://twitter.com/#!/ACInvestorBlog e subscreve a minha newsletter.
www.ac-investor.blogspot.com -
Análises Técnicas de activos cotados em Wall Street. Os artigos do AC Investor podem também ser encontrados diariamente nos portais financeiros, Daily Markets, Benzinga, Minyanville, Solar Feeds e Wall Street Pit, sendo editor e contribuidor. Segue-me também no Twitter : http://twitter.com/#!/ACInvestorBlog e subscreve a minha newsletter.
Presidente do BPI vai estar em directo dentro de minutos na SIC Noticias. Toca lá a ver o que o homem vai dizer...... palavra puxa palavra e segunda feira o BPI Boooooomm vai passar os 1.75 

AC Investor Blog
www.ac-investor.blogspot.com -
Análises Técnicas de activos cotados em Wall Street. Os artigos do AC Investor podem também ser encontrados diariamente nos portais financeiros, Daily Markets, Benzinga, Minyanville, Solar Feeds e Wall Street Pit, sendo editor e contribuidor. Segue-me também no Twitter : http://twitter.com/#!/ACInvestorBlog e subscreve a minha newsletter.
www.ac-investor.blogspot.com -
Análises Técnicas de activos cotados em Wall Street. Os artigos do AC Investor podem também ser encontrados diariamente nos portais financeiros, Daily Markets, Benzinga, Minyanville, Solar Feeds e Wall Street Pit, sendo editor e contribuidor. Segue-me também no Twitter : http://twitter.com/#!/ACInvestorBlog e subscreve a minha newsletter.
depois dos test stress apresentados esses ratings das agencias em relaçao a nossa banca sao mesmo ridiculas pois o ESFG foi dos piores nos tests assim li e tem melhor nota de rating como isso apenas apresenta o sentimento de fazer negocio com acçoes a preço de bica e facturar muitos milhoes com falsos boatos mas creio que o sentimento de mercado segunda vai ser bom pois vao voltar muitos investidores com capitais proprios sem pedir nada emprestado a ninguem 

- Mensagens: 531
- Registado: 23/6/2009 21:43
- Localização: 16
AlphaDraconisEP Escreveu:
Falir? Só existem 3 creio eu, por isso o mercado dá para as 3..., se houvesse concorrência, isso já era outra coisa.
Eles não estavam a por em causa a possivel falência, mas sim a perda de clientes e uma possivel aliança com as outras.... foram muitos cenários, mas tudo apontava no mesmo sentido.
AC Investor Blog
www.ac-investor.blogspot.com -
Análises Técnicas de activos cotados em Wall Street. Os artigos do AC Investor podem também ser encontrados diariamente nos portais financeiros, Daily Markets, Benzinga, Minyanville, Solar Feeds e Wall Street Pit, sendo editor e contribuidor. Segue-me também no Twitter : http://twitter.com/#!/ACInvestorBlog e subscreve a minha newsletter.
www.ac-investor.blogspot.com -
Análises Técnicas de activos cotados em Wall Street. Os artigos do AC Investor podem também ser encontrados diariamente nos portais financeiros, Daily Markets, Benzinga, Minyanville, Solar Feeds e Wall Street Pit, sendo editor e contribuidor. Segue-me também no Twitter : http://twitter.com/#!/ACInvestorBlog e subscreve a minha newsletter.
AC Investor Blog Escreveu:As agências de rating perderam toda a credibilidade que ainda a tinham. No passo fim-de-semana assisti a um programa de vários analistas a darem á Moodys 1 ano de vida , dada a falta de credibilidade que esta instituição tem passado.
Falir? Só existem 3 creio eu, por isso o mercado dá para as 3..., se houvesse concorrência, isso já era outra coisa.
Vive uma vida de cada vez.
Ulisses Pereira Escreveu:Ac e se sairem negativos o que é que prevês?
Um abraço,
Ulisses
Peço desculpa só te responder agora, mas por acaso foram acima das minha expectativas, mas caso fossem negativos previa uma queda não mais do que 5% dado que pouco mais os bancos têm para cair daqui pra baixo, só mesmo em condições económicas extremas. Felizmente para nós tudo correu bem e espero que segunda-feira a corrida aos bancos portugueses seja massiva.
As agências de rating perderam toda a credibilidade que ainda a tinham. No passo fim-de-semana assisti a um programa de vários analistas a darem á Moodys 1 ano de vida , dada a falta de credibilidade que esta instituição tem passado.
AC Investor Blog
www.ac-investor.blogspot.com -
Análises Técnicas de activos cotados em Wall Street. Os artigos do AC Investor podem também ser encontrados diariamente nos portais financeiros, Daily Markets, Benzinga, Minyanville, Solar Feeds e Wall Street Pit, sendo editor e contribuidor. Segue-me também no Twitter : http://twitter.com/#!/ACInvestorBlog e subscreve a minha newsletter.
www.ac-investor.blogspot.com -
Análises Técnicas de activos cotados em Wall Street. Os artigos do AC Investor podem também ser encontrados diariamente nos portais financeiros, Daily Markets, Benzinga, Minyanville, Solar Feeds e Wall Street Pit, sendo editor e contribuidor. Segue-me também no Twitter : http://twitter.com/#!/ACInvestorBlog e subscreve a minha newsletter.
Ulisses Pereira Escreveu:Ac e se sairem negativos o que é que prevês?
Um abraço,
Ulisses
Ulisses Pereira Escreveu:A minha intervenção no tópico também foi para o AC. Por isso, das duas uma: Ou é quase certo que passam no teste e isso não surpreenderá ninguém. Ou se se acredita nessa surpresa, tem que se colocar a outra hipótese...
Um abraço,
Ulisses
Eu também já tenho muitas questões feitas ao AC... Tens que te colocar na fila para esperar pelas respostas dele

Lose your opinion, not your money
Isso de teste de stress a hora marcada é muito esquisito.
Duvido que a maioria nao seja aprovada, alias larga maioria (mesmo nao sendo verdade)
Senao o panico pode ser total.
Os que "chumbarem" va ter apoio imediato dos Estados para evitar esse panico.
Caso algum banco tuga chumbe espero que haja uma corrida ao mb
Duvido que a maioria nao seja aprovada, alias larga maioria (mesmo nao sendo verdade)
Senao o panico pode ser total.
Os que "chumbarem" va ter apoio imediato dos Estados para evitar esse panico.
Caso algum banco tuga chumbe espero que haja uma corrida ao mb

" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
Lion_Heart
Ulisses Pereira Escreveu:Mas, se é esse o raciocínio, também não se pode esperar uma reacção de forte subida caso se concretize o cenário que vocês afirmam como sendo mais do que certo.
Um abraço,
Ulisses
Boa tarde Ulisses, esse poste não deve ser para mim, porque se vires o tópico do inicio, não concordo com o amigo AC, (estou no meu direito e respeito a opinião dele), mas aqui vai na mesma

PS: a citação do AC ao dia de ontem era em tom irónico... mas educado

Um abraço
Lose your opinion, not your money
Ulisses Pereira Escreveu:Ac e se sairem negativos o que é que prevês?
Um abraço,
Ulisses
Ulisses, com os CEO dos principais bancos nacionais a dizer publicamente que vão passar, parece improvavel que chumbem nos teste...
O foco está na credebilidade dos testes pois julgo que os critérios foram pouco difundidos...
Abraços
- Mensagens: 935
- Registado: 17/3/2009 14:43
- Localização: 16
Pergunta ao mestre...
Os diversos Bancos até podem não falhar e os mercados não receberem bem os testes. O que achas desta opinião??
The success of the European Union’s bank stress tests hinges on how much detail regulators provide about the basis for their conclusions, not on the number of lenders that fail, investors said.
“The more transparency, the more important that the results will be,” said Peter Braendle, who helps manage $51 billion at Swisscanto Asset Management in Zurich. “If the methodology is a black box and we just get some results, that will not be very helpful.”
Regulators are scrutinizing banks to assess if they have enough capital, defined as a Tier 1 capital ratio of at least 6 percent, to withstand a recession and sovereign debt crisis, according to a document from the Committee of European Banking Supervisors. Lenders that fail the trials will be made to raise additional capital. The results will be published by CEBS and national regulators starting at 6 p.m. Brussels time today.
The assessors haven’t so far provided full details of their criteria, raising concern among investors they will not be stringent enough. U.S. regulators published the metrics they used to test their banks before they released their results last year. U.S. bank stocks rallied 36 percent in the seven months following the trials.
Governments are publishing the results of the region’s first coordinated stress tests as they seek to end concerns about the health of the banking system almost three years after the subprime crisis roiled global financial markets. The 54- member Bloomberg Europe Banks and Financial Services Index has risen 9.3 percent this month, boosted by optimism that lenders will pass. By comparison, the U.S. Standard & Poor’s Financials Index has gained about 4.7 percent.
‘Create Your Own’
“It’s pretty clear that a lot of banks will pass this test,” said Lutz Roehmeyer, who helps manage about $15 billion at Landesbank Berlin Investment, including bank shares. “It will be more important to see what raw data will be published. With that you can create your own, more stringent scenarios.”
Ten of the 91 banks being tested are likely to fail, Goldman Sachs Group Inc. analysts said in a note to clients today, citing their own survey. Analysts’ estimates for the amount of capital European banks will need to raise range from 30 billion euros ($38.7 billion), according to Nomura Holdings Inc., to as much as 85 billion euros at Barclays Capital.
Investors have criticized the tests, saying they may not be rigorous enough. In particular, they are questioning to what extent regulators are examining banks’ sovereign-debt holdings, including how government bonds in the trading and banking books will be valued in the event of a sovereign debt crisis.
Sovereign Holdings
The tests won’t include the possibility of sovereign defaults, Dutch Finance Minister Jan Kees de Jager said last week, indicating that there will be no assumed losses on government bonds held in lenders’ banking books.
“Banks hold the majority of their sovereign bonds in the banking book, and as a EU country’s default is not part of the stress test’s scenarios, impairments are not necessary,” said Konrad Becker, a financial analyst at Merck Finck & Co. in Munich. Lenders only write down the value of bonds in their banking book if there is serious doubt about a state’s ability to repay its debt in full or make interest payments, he said.
CEBS will publish the aggregate test results from 6 p.m. National regulators and banks will then publish their results on an individual basis, according to CEBS’s Web site.
Markets Closed
Banks may give breakdowns of their sovereign debt holdings. Regulators have asked them to publish a list of each lender’s gross and net exposure to central and local governments in 30 countries in the region, including Greece, Spain, Ireland, Italy and Portugal, according to a July 15 confidential draft template by CEBS that was obtained by Bloomberg News.
The results will be released when European markets are closed, giving banks that fail the test time to raise funds to fill their capital shortfall before markets re-open. Officials have yet to spell out how they would deal with a bank that fails the tests and how additional capital may be provided.
EU Economic and Monetary Affairs Commissioner Olli Rehn said yesterday the union has the means to fix any problems that may be found in the tests. Ailing lenders should first seek funding from their shareholders and the markets before seeking help from national rescue funds, Rehn said in an e-mailed copy of a speech given in Pori, Finland.
Analysts say the banks most likely to fail are Germany’s state-owned lenders and Spanish savings banks. Europe’s largest banks from Societe Generale SA to Barclays Plc and Deutsche Bank AG are expected to come through the tests without needing to raise additional capital, according to analysts.
Hypo Real Estate
Hypo Real Estate Holding AG, the commercial-property lender rescued by the German government, has failed the criteria, people with knowledge of the situation said this week, making it the first bank known to have flunked the tests. The bank declined to comment. Nova Ljubljanska Banka d.d., Slovenia’s largest bank, said it needs to raise 600 million euros following the tests.
“I think there will be a few sacrificial pawns, such as Hypo that will fail the tests,” said Frances Hudson, head of global thematic strategy at Standard Life Investments in Edinburgh, which oversees $221 billion. “But, overall, I think that the vast majority of the banks will pass.”
Adair Turner, chairman of the Financial Services Authority, said last month Britain’s banks are likely to pass the European assessments after U.K. regulators conducted more stringent tests on the lenders. Bank of Ireland Plc and Allied Irish Banks Plc, the country’s two biggest banks, passed the tests, according to a person with knowledge of the situation.
Deutsche Bank AG, Commerzbank AG and Deutsche Postbank AG, Germany’s biggest publicly traded banks, also have sufficient capital, separate people with knowledge of the situation said. National Bank of Greece SA, the country’s biggest lender, will pass stress tests, chairman Vassilios T. Rapanos said this week.
To contact the reporters on this story: Andrew MacAskill in London at amacaskill@bloomberg.net; Jann Bettinga in Frankfurt at jbettinga@bloomberg.net.
Cumps.
The success of the European Union’s bank stress tests hinges on how much detail regulators provide about the basis for their conclusions, not on the number of lenders that fail, investors said.
“The more transparency, the more important that the results will be,” said Peter Braendle, who helps manage $51 billion at Swisscanto Asset Management in Zurich. “If the methodology is a black box and we just get some results, that will not be very helpful.”
Regulators are scrutinizing banks to assess if they have enough capital, defined as a Tier 1 capital ratio of at least 6 percent, to withstand a recession and sovereign debt crisis, according to a document from the Committee of European Banking Supervisors. Lenders that fail the trials will be made to raise additional capital. The results will be published by CEBS and national regulators starting at 6 p.m. Brussels time today.
The assessors haven’t so far provided full details of their criteria, raising concern among investors they will not be stringent enough. U.S. regulators published the metrics they used to test their banks before they released their results last year. U.S. bank stocks rallied 36 percent in the seven months following the trials.
Governments are publishing the results of the region’s first coordinated stress tests as they seek to end concerns about the health of the banking system almost three years after the subprime crisis roiled global financial markets. The 54- member Bloomberg Europe Banks and Financial Services Index has risen 9.3 percent this month, boosted by optimism that lenders will pass. By comparison, the U.S. Standard & Poor’s Financials Index has gained about 4.7 percent.
‘Create Your Own’
“It’s pretty clear that a lot of banks will pass this test,” said Lutz Roehmeyer, who helps manage about $15 billion at Landesbank Berlin Investment, including bank shares. “It will be more important to see what raw data will be published. With that you can create your own, more stringent scenarios.”
Ten of the 91 banks being tested are likely to fail, Goldman Sachs Group Inc. analysts said in a note to clients today, citing their own survey. Analysts’ estimates for the amount of capital European banks will need to raise range from 30 billion euros ($38.7 billion), according to Nomura Holdings Inc., to as much as 85 billion euros at Barclays Capital.
Investors have criticized the tests, saying they may not be rigorous enough. In particular, they are questioning to what extent regulators are examining banks’ sovereign-debt holdings, including how government bonds in the trading and banking books will be valued in the event of a sovereign debt crisis.
Sovereign Holdings
The tests won’t include the possibility of sovereign defaults, Dutch Finance Minister Jan Kees de Jager said last week, indicating that there will be no assumed losses on government bonds held in lenders’ banking books.
“Banks hold the majority of their sovereign bonds in the banking book, and as a EU country’s default is not part of the stress test’s scenarios, impairments are not necessary,” said Konrad Becker, a financial analyst at Merck Finck & Co. in Munich. Lenders only write down the value of bonds in their banking book if there is serious doubt about a state’s ability to repay its debt in full or make interest payments, he said.
CEBS will publish the aggregate test results from 6 p.m. National regulators and banks will then publish their results on an individual basis, according to CEBS’s Web site.
Markets Closed
Banks may give breakdowns of their sovereign debt holdings. Regulators have asked them to publish a list of each lender’s gross and net exposure to central and local governments in 30 countries in the region, including Greece, Spain, Ireland, Italy and Portugal, according to a July 15 confidential draft template by CEBS that was obtained by Bloomberg News.
The results will be released when European markets are closed, giving banks that fail the test time to raise funds to fill their capital shortfall before markets re-open. Officials have yet to spell out how they would deal with a bank that fails the tests and how additional capital may be provided.
EU Economic and Monetary Affairs Commissioner Olli Rehn said yesterday the union has the means to fix any problems that may be found in the tests. Ailing lenders should first seek funding from their shareholders and the markets before seeking help from national rescue funds, Rehn said in an e-mailed copy of a speech given in Pori, Finland.
Analysts say the banks most likely to fail are Germany’s state-owned lenders and Spanish savings banks. Europe’s largest banks from Societe Generale SA to Barclays Plc and Deutsche Bank AG are expected to come through the tests without needing to raise additional capital, according to analysts.
Hypo Real Estate
Hypo Real Estate Holding AG, the commercial-property lender rescued by the German government, has failed the criteria, people with knowledge of the situation said this week, making it the first bank known to have flunked the tests. The bank declined to comment. Nova Ljubljanska Banka d.d., Slovenia’s largest bank, said it needs to raise 600 million euros following the tests.
“I think there will be a few sacrificial pawns, such as Hypo that will fail the tests,” said Frances Hudson, head of global thematic strategy at Standard Life Investments in Edinburgh, which oversees $221 billion. “But, overall, I think that the vast majority of the banks will pass.”
Adair Turner, chairman of the Financial Services Authority, said last month Britain’s banks are likely to pass the European assessments after U.K. regulators conducted more stringent tests on the lenders. Bank of Ireland Plc and Allied Irish Banks Plc, the country’s two biggest banks, passed the tests, according to a person with knowledge of the situation.
Deutsche Bank AG, Commerzbank AG and Deutsche Postbank AG, Germany’s biggest publicly traded banks, also have sufficient capital, separate people with knowledge of the situation said. National Bank of Greece SA, the country’s biggest lender, will pass stress tests, chairman Vassilios T. Rapanos said this week.
To contact the reporters on this story: Andrew MacAskill in London at amacaskill@bloomberg.net; Jann Bettinga in Frankfurt at jbettinga@bloomberg.net.
Cumps.
Não sendo o AC
Ulisses Pereira Escreveu:Ac e se sairem negativos o que é que prevês?
Um abraço,
Ulisses
Partilho a minha opinião quanto ao BES, irá testar o suporte dos 3 euros.
Cumps.
artista Escreveu:Será difícil saber ao certo o que contribuiu mais para estas subidas, mas estou mais inclinado para que sejam os resultados positivos dos "stress tests" a ter uma maior influência nos movimentos de hoje!
abraços
artista
Yeah, se os stress tests sairem positivos para a banca Nacional prevejo uma subida na ordem dos 10% ou mais na próxima semana para todos os bancos. Tudo saíra dos ranges.
AC Investor Blog
www.ac-investor.blogspot.com -
Análises Técnicas de activos cotados em Wall Street. Os artigos do AC Investor podem também ser encontrados diariamente nos portais financeiros, Daily Markets, Benzinga, Minyanville, Solar Feeds e Wall Street Pit, sendo editor e contribuidor. Segue-me também no Twitter : http://twitter.com/#!/ACInvestorBlog e subscreve a minha newsletter.
www.ac-investor.blogspot.com -
Análises Técnicas de activos cotados em Wall Street. Os artigos do AC Investor podem também ser encontrados diariamente nos portais financeiros, Daily Markets, Benzinga, Minyanville, Solar Feeds e Wall Street Pit, sendo editor e contribuidor. Segue-me também no Twitter : http://twitter.com/#!/ACInvestorBlog e subscreve a minha newsletter.
AC Investor Blog Escreveu:.... bastou o BPI reportar resultados muito acima do esperado, para
a luz ao fundo do túnel voltar acender...
Será difícil saber ao certo o que contribuiu mais para estas subidas, mas estou mais inclinado para que sejam os resultados positivos dos "stress tests" a ter uma maior influência nos movimentos de hoje!
abraços
artista
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: acintra, fincas, malakas, nunorpsilva, OCTAMA, Olhar Leonino, Shimazaki_2, trilhos2006 e 269 visitantes