Off-topic: Portugueses pouco interessados em ciência
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RiscoCalculado Escreveu:Falhas na preparação dos alunos estão a afectar cursos
Estudantes têm cada vez mais dificuldades de base a Matemática
http://publico.pt/Educa%C3%A7%C3%A3o/estudantes-tem-cada-vez-mais-dificuldades-de-base-a-matematica_1443028Saber a tabuada de cor, resolver uma equação, fazer contas com parêntesis, calcular uma raiz quadrada à mão,
há que anos que o algoritmo da raíz quadrada já não é ensinado...
Somos cada vez mais uma sociedade da informação em detrimento de uma sociedade do conhecimento.
Hoje em dia somos "bombardeados" com uma grande quantidade de informação vinda pelos mais diversos meios sendo cada vez mais difícil manter o focus e seleccionar as fontes com informação de qualidade.
Por outro lado, as fontes de informação tecnológicas e cientificas também vão estando cada vez mais divulgadas e acessíveis, mas o problema parece-me ser que essas "fontes" são muito mais maçudas de digerir e facilmente as pessoas perdem a paciência para terem que exercitar o seu intelecto.
Apesar de andar praticamente afastado duma sociedade de 1º mundo nos últimos 3 anos devido a motivos profissionais, a minha profissão obriga-me a estar sempre informado sobre as ultimas inovações na área. É muito fácil e intuitivo usar as tecnologias que nos são oferecidas hoje em dia para fins mais ou menos lúdicos, mas saber os processos e mecanismos que foram necessários para chegar à criação da mesma, esses, dificilmente mais de 5% da população o saberão.
Claro que é preciso haver pessoas para todas as áreas, mas parece-me que cada vez mais a tendência será optar por algum "facilitismo" fugindo das áreas cientificas e tecnológicas por medo de matemáticas / físicas e etcs! Ora se estas ciências são nem mais nem menos ciências exactas, a coisa até fica facilitada nmho, pois ficamos logo livres da subjectividade de outras áreas.
Há muitos anos que digo que não gosto muito de lidar com máquinas porque elas têm sempre razão!!! Se o computador ou o equipamento nos está a mandar uma mensagem de erro, a falta estará sempre do nosso lado. Claro que há sempre os bugs de sw/hw e afins mas no final das contas é sempre falha humana. Até porque foi o homem que criou a máquina. Por outro lado desde há muitos anos que digo que sempre gostei de lidar com pessoas pois por vezes podemos ter a satisfação de ter a razão do nosso lado!
Abraço,
Hoje em dia somos "bombardeados" com uma grande quantidade de informação vinda pelos mais diversos meios sendo cada vez mais difícil manter o focus e seleccionar as fontes com informação de qualidade.
Por outro lado, as fontes de informação tecnológicas e cientificas também vão estando cada vez mais divulgadas e acessíveis, mas o problema parece-me ser que essas "fontes" são muito mais maçudas de digerir e facilmente as pessoas perdem a paciência para terem que exercitar o seu intelecto.
Apesar de andar praticamente afastado duma sociedade de 1º mundo nos últimos 3 anos devido a motivos profissionais, a minha profissão obriga-me a estar sempre informado sobre as ultimas inovações na área. É muito fácil e intuitivo usar as tecnologias que nos são oferecidas hoje em dia para fins mais ou menos lúdicos, mas saber os processos e mecanismos que foram necessários para chegar à criação da mesma, esses, dificilmente mais de 5% da população o saberão.
Claro que é preciso haver pessoas para todas as áreas, mas parece-me que cada vez mais a tendência será optar por algum "facilitismo" fugindo das áreas cientificas e tecnológicas por medo de matemáticas / físicas e etcs! Ora se estas ciências são nem mais nem menos ciências exactas, a coisa até fica facilitada nmho, pois ficamos logo livres da subjectividade de outras áreas.
Há muitos anos que digo que não gosto muito de lidar com máquinas porque elas têm sempre razão!!! Se o computador ou o equipamento nos está a mandar uma mensagem de erro, a falta estará sempre do nosso lado. Claro que há sempre os bugs de sw/hw e afins mas no final das contas é sempre falha humana. Até porque foi o homem que criou a máquina. Por outro lado desde há muitos anos que digo que sempre gostei de lidar com pessoas pois por vezes podemos ter a satisfação de ter a razão do nosso lado!

Abraço,
Life is short, ride hard!!!
Falhas na preparação dos alunos estão a afectar cursos
Estudantes têm cada vez mais dificuldades de base a Matemática
http://publico.pt/Educa%C3%A7%C3%A3o/estudantes-tem-cada-vez-mais-dificuldades-de-base-a-matematica_1443028
Estudantes têm cada vez mais dificuldades de base a Matemática
http://publico.pt/Educa%C3%A7%C3%A3o/estudantes-tem-cada-vez-mais-dificuldades-de-base-a-matematica_1443028
Saber a tabuada de cor, resolver uma equação, fazer contas com parêntesis, calcular uma raiz quadrada à mão, somar fracções ou multiplicar potências são algumas das dificuldades que os estudantes têm a Matemática. No ensino básico ou no ensino secundário? Em ambos, mas não só.
Estamos a falar de um problema que afecta cada vez mais os “caloiros” nas universidades. O PÚBLICO ouviu vários professores universitários portugueses que leccionam cadeiras onde “o bicho-de-sete-cabeças” é central. Confrontam-se, diariamente, com alunos “sem hábitos de trabalho e sem espírito de sacrifício”. E temem os efeitos desta “cultura de facilitismo”.
Contudo, o problema já não é só de conhecimento. Traduz-se no comportamento. Numa aula os alunos não devem colocar os pés na cadeira da frente nem ter bonés. Devem evitar sair durante a aula e é costume colocar o dedo no ar quando querem falar. O uso de telemóveis está proibido. É importante manter um ambiente de trabalho.
É desta forma que os semestres começam nas faculdades, com uma explicação das regras básicas de funcionamento de uma aula – e que têm de ser lembradas ao longo do ano. “Tenho conseguido ser a autoridade dentro da sala mas perco tempo a explicar normas simples e coisas que nem sabem que não devem fazer”, conta Ana Rute Domingos, professora do departamento de Matemática da Faculdade de Ciências da Universidade Lisboa. Com 42 anos e a dar aulas desde 1993, maioritariamente de Cálculo em cursos como Engenharia do Ambiente, Biologia, Física ou Bioquímica, nota que “houve uma grande perda na aplicação de conceitos básicos a novas situações”.
Uma opinião corroborada por Paulo de Carvalho, que lecciona Teoria da Informação e Computação Gráfica na licenciatura em Engenharia Informática na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. “Classifico-os como uma geração wikipedia: satisfazem-se muito facilmente com conhecimentos superfi ciais”, explica o docente de 42 anos, a dar aulas há 19 anos. “Há ausência de consolidação de conceitos e os alunos estão viciados no uso da calculadora.”
Ana Isabel Filipe, do departamento de Matemática e Aplicações da Escola de Ciências Universidade do Minho, que tem dado cadeiras de Álgebra Linear, Análise Matemática e Cálculo em cursos na área das engenharias, faz uma radiografia: “Os alunos estão dentro de cursos que não gostam. Procuram um curso com empregabilidade e ocupam a vaga de quem até tinha uma nota menor mas tinha gosto. Estão todos fora do sítio”, explica a professora de 55 anos que dá aulas desde 1978.
O Instituto Superior Técnico, da Universidade Técnica de Lisboa, não é excepção. Luísa Ribeiro, docente do departamento de Matemática que tem leccionado cadeiras como Cálculo Diferencial e Integral em várias engenharias, admite que os alunos mudaram. Fizeram há uns anos uma prova de aferição para perceberem as suas dificuldades. Uma das perguntas – que servia para “aquecer” – era quanto é um meio mais um meio e a resposta era de escolha múltipla. Cerca de 27 por cento falhou. Em jeito de ironia Luísa Ribeiro, de 53 anos, assume que chegam “infantilizados”, o que não estranha tendo em conta que “até a idade pediátrica foi alargada até aos 18 anos”. “Em algum lado têm de começar a ser responsáveis. Têm uma preparação de uma pessoa de início de secundário ou pior. São ensinados a não pensar e isso em Matemática é desastroso. Foram treinados como um cãozinho para um exame”, diz Luísa Ribeiro.
Na área das Ciências Sociais e Humanas, apesar de a Matemática não ser central, os professores também sentem as diferenças. Oliveira Martins tem leccionado cadeiras de Economia e Métodos Quantitativos na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Aos 43 anos e a dar aulas desde 1997 afirma que “há menos maturidade”. Para o docente do departamento de Ciências da Comunicação os alunos sabem que “há menos probabilidades de conseguirem emprego e não percebem porque é que se devem esforçar”. “Sinto-me um professor de liceu quando o que sempre me atraiu na faculdade foi ensinar e aprender com eles. Perco metade da energia a estabilizar a turma e muito tempo a explicar conceitos como a média, a moda ou o desvio padrão em Métodos Quantitativos ou o conceito de infl ação e de PIB ou como calcular taxas de crescimento em Economia.”
Para estes docentes um dos “culpados” é o (ab)uso da calculadora. “Explico- lhes que não é nenhum oráculo e que a Matemática é simples mas exige trabalho. É preciso treinar o raciocínio abstracto e a verdade é que já nem sabem somar fracções, multiplicar potências...”, prossegue Luísa Ribeiro, que critica o facto de “tudo se fazer para ter estatísticas de sucesso sem nunca definir o que é sucesso”.
Ana Rute Domingos também sublinha que ao disseminar-se a ideia de que o ensino tem de ser muito divertido esqueceu-se a importância, por exemplo, da memorização. “Tenho muitos alunos que não sabem a tabuada e que ainda contam pelos dedos ou que nem sabem a fórmula resolvente.” Para colmatar estas falhas, desde 2007 que a docente e a sua faculdade organizam, antes no início do novo ano lectivo, um curso de Matemática para quem quer entrar em licenciaturas onde esta é central. Este ano o projecto "Matemática em Setembro" terá lugar de 2 a 10 de Setembro e acolherá, além de alunos pré-universitários, estudantes de 11.º ano que se queiram preparar para o 12.º. Têm a oportunidade de utilizar uma forma mais lúdica para demonstrar que “a Matemática está em tudo o que fazemos no dia-a-dia”. Ressalva, no entanto, que os alunos de hoje não são menos inteligentes, “não se trabalha é o que têm”.
Um factor que Paulo de Carvalho também não coloca em causa. “Os alunos são igualmente inteligentes. A formação é que é o problema. Na década de 1990 instalou-se a ideia romântica de que a aprendizagem tem de dar prazer e isso não é uma verdade absoluta. Vivemos um problema de inteligência pública”, defende. “Na entrada na universidade passou a privilegiar-se a nota em vez do saber. Na Matemática não pode haver facilitismo. A Matemática exige treino com lápis e papel”, acrescenta Ana Isabel Filipe. “As pessoas são inteligentes mas acomodam-se. Se é para resolver apenas os problemas postos pelos outros não é preciso ser-se engenheiro”, completa Luísa Ribeiro. “Criou-se a ideia de que a aprendizagem não é dolorosa. Há um culto do facilitismo e de desvalorizar o conhecimento que se acentuou com os cursos de três anos”, conclui Oliveira Martins.
"In my whole life, I have known no wise people over a broad subject matter area who didn't read all the time - none, zero" - Charlie Munger
"Entre os seres humanos, existe uma espécie de interacção que assenta não nos conhecimentos, nem sequer na falta de conhecimentos, mas no facto de não se saber quanto não se sabe ..." - John Kenneth Galbraith
"Entre os seres humanos, existe uma espécie de interacção que assenta não nos conhecimentos, nem sequer na falta de conhecimentos, mas no facto de não se saber quanto não se sabe ..." - John Kenneth Galbraith
Mas essa história das matemáticas e engenharias e informáticas , etc e tal
isso não é para totós e para nerds
???
O que está a dar hoje em dia não é ser um grande espertalhão ??
(ver por exemplo este tópico)
e se for preciso contratar uns tótós por tuta e meia para tratar dessas coisas das tecnologias ?
Claro que é um pouco difícil alguém que não tem conhecimentos gerir quem tem mais
conhecimentos. E às tantas os poucos "tótós" e "nerds" fartam-se de ser explorados e vão emigrando.
E qd sobram apenas os aldrabões para se aldrabarem uns aos outros pois aqueles que tinham conhecimentos para produzir bens de valor acrescentado emigraram , o resultado está à vista ...
Sei lá
...
Se calhar o mal que tem é este :

isso não é para totós e para nerds

O que está a dar hoje em dia não é ser um grande espertalhão ??
(ver por exemplo este tópico)
e se for preciso contratar uns tótós por tuta e meia para tratar dessas coisas das tecnologias ?
Claro que é um pouco difícil alguém que não tem conhecimentos gerir quem tem mais
conhecimentos. E às tantas os poucos "tótós" e "nerds" fartam-se de ser explorados e vão emigrando.
E qd sobram apenas os aldrabões para se aldrabarem uns aos outros pois aqueles que tinham conhecimentos para produzir bens de valor acrescentado emigraram , o resultado está à vista ...
Valha a verdade onde destacamos mais é com futebolistas. E que mal tem isso?!?
Sei lá

Se calhar o mal que tem é este :
"In my whole life, I have known no wise people over a broad subject matter area who didn't read all the time - none, zero" - Charlie Munger
"Entre os seres humanos, existe uma espécie de interacção que assenta não nos conhecimentos, nem sequer na falta de conhecimentos, mas no facto de não se saber quanto não se sabe ..." - John Kenneth Galbraith
"Entre os seres humanos, existe uma espécie de interacção que assenta não nos conhecimentos, nem sequer na falta de conhecimentos, mas no facto de não se saber quanto não se sabe ..." - John Kenneth Galbraith
MarcoAntonio Escreveu:O que me choca é que o tuga domina as contas todas possíveis e imaginárias para projectar os cenários de uma passagem de Portugal em qualquer fase de uma qualquer participação das nossas selecções (ou equipas) em provas internacionais, com recurso a integrais e derivadas se for necessário!
E eu acrescentaria que sabe também as capitais de todos os paises Europeus, desde que o respectivo clube esteja nas competições Europeias. Afinal a Taça Europa sempre é util do ponto de vista cultural

Mas infelizmente aquilo que o Elias diz é uma triste realidade, que esta treta das novas oportunidades e afins quer camuflar.
MarcoAntonio Escreveu:Bem, eu confesso que isso parece-me o menos. Embora tenha apreço (e curiosidade) pelo conhecimento histórico, o tuga não saber o nome dos reis de portugal não me choca porque isso tem pouca utilidade prática, é meramente cultural e essencialmente numa óptica de cultura nacional...
O que me choca é que o tuga domina as contas todas possíveis e imaginárias para projectar os cenários de uma passagem de Portugal em qualquer fase de uma qualquer participação das nossas selecções (ou equipas) em provas internacionais, com recurso a integrais e derivadas se for necessário!
Mas já não revela o mesmo domínio da matemática nem para as contas de supermercado!...
Bem, os reis foi apenas um exemplo. Podia dar outros exemplos elementares de história ou de geografia ou até da língua portuguesa.
Historicamente sempre fomos (e em sentido lato continuamos de certa maneita a ser) um país de analfabetos.
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Elias Escreveu:Verdade seja dita que o cidadão comum mais depressa sabe o nome dos jogadores da selecção do que o dos reis de Portugal.
Bem, eu confesso que isso parece-me o menos. Embora tenha apreço (e curiosidade) pelo conhecimento histórico, o tuga não saber o nome dos reis de portugal não me choca porque isso tem pouca utilidade prática, é meramente cultural e essencialmente numa óptica de cultura nacional...
O que me choca é que o tuga domina as contas todas possíveis e imaginárias para projectar os cenários de uma passagem de Portugal em qualquer fase de uma qualquer participação das nossas selecções (ou equipas) em provas internacionais, com recurso a integrais e derivadas se for necessário!
Mas já não revela o mesmo domínio da matemática nem para as contas de supermercado!...
lol
Tou mesmo mauzinho...

FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Re: Off-topic: Portugueses pouco interessados em ciência
Marco Martins Escreveu:No meio de tantos canais cabo, bem que podiam fazer um canal só de tecnologia!
Tu investirias o teu dinheiro num canal desses?
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Re: Off-topic: Portugueses pouco interessados em ciência
Elias Escreveu:Eurobarómetro
Portugueses são dos europeus menos interessados em ciência e tecnologia
21.06.2010 - 14:00 Por Lusa
Os portugueses são dos europeus menos interessados na área da ciência e tecnologia.Um estudo divulgado hoje em Bruxelas revelou que um terço da população manifestou total desinteresse nas descobertas científicas e desenvolvimentos tecnológicos.
De acordo com os resultados do Euro barómetro sobre a atitude dos europeus relativamente à ciência e tecnologia, 35 por cento dos portugueses dizem não se interessar de todo por descobertas científicas e progresso tecnológico, o quarto valor mais elevado entre os 27, atrás da Roménia, Lituânia (ambas com 37 por cento) e Bulgária (36 por cento).
Apenas 14 por cento dos portugueses se dizem “muito interessados” nas novidades científicas e tecnológicas, o terceiro valor mais baixo da UE (atrás da Bulgária e da Lituânia), e muito aquém da média comunitária de 30 por cento.
Os portugueses são também dos europeus que se consideram menos informados sobre as novidades relativamente à ciência e tecnologia, com somente 3 por cento a dizerem-se “muito informados” (o valor mais baixo entre os 27), 38 por cento “moderadamente informados” e 57 por cento “mal informados”, o terceiro valor mais elevado entre os 27 (atrás da Bulgária e da Roménia).
O inquérito foi conduzido em Portugal pela TNS Euroteste entre 30 de Janeiro e 16 de Fevereiro passado, junto de 1027 pessoas.
No meio de tantos canais cabo, bem que podiam fazer um canal só de tecnologia!
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QuimPorta Escreveu:Valha a verdade onde destacamos mais é com futebolistas. E que mal tem isso?!?
Mal não tem nenhum. É uma realidade que reflecte a nossa cultura.
Verdade seja dita que o cidadão comum mais depressa sabe o nome dos jogadores da selecção do que o dos reis de Portugal.
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Acrescentaria a tudo isso que também somos curiosos...
Não que seja uma curiosidade científica, porque lhe falta método.
O nosso vicio no consumo é ancestral. Hábitos criados quando nos bastava vender o que sugávamos às colónias, quase sempre sem acrescentar valor.
A ideia que tenho é que os Portugueses dão bons cientistas. Mas não podem é ser muitos ...
Na minha opinião o afã pela ciência e pela cultura são a mesma coisa. Decorre do nível de educação. O nosso relevo internacional na cultura e na ciência devem ser semelhantes. Temos poucos cientistas de relevo mundial assim como temos poucos pintores, escritores, músicos...
Valha a verdade onde destacamos mais é com futebolistas. E que mal tem isso?!?
Não que seja uma curiosidade científica, porque lhe falta método.
O nosso vicio no consumo é ancestral. Hábitos criados quando nos bastava vender o que sugávamos às colónias, quase sempre sem acrescentar valor.
A ideia que tenho é que os Portugueses dão bons cientistas. Mas não podem é ser muitos ...
Na minha opinião o afã pela ciência e pela cultura são a mesma coisa. Decorre do nível de educação. O nosso relevo internacional na cultura e na ciência devem ser semelhantes. Temos poucos cientistas de relevo mundial assim como temos poucos pintores, escritores, músicos...
Valha a verdade onde destacamos mais é com futebolistas. E que mal tem isso?!?
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Sim, é num sentido bastante alargado, o mais adequado era talvez dizer que aderem à tecnologia numa óptica consumista (uma boa parte desse consumo é para lazer). Mas não existe um aproveitamento eficaz de tanta tecnologia (à qual os portugueses são ávidos de aderir) e subentendo (e a notícia de cima como que confirma) que não existe um interesse genuíno de conhecer, dominar, rentabilizar.
O tuga adere à tecnologia porque gosta de estar na moda, ter o último grito e não consegue suportar que o vizinho tenha uma galinha mais gorda do que ele.
Não adere à tecnologia porque queira ultrapassar o vizinho em qualidade produtiva. Eu satirizava isso no outro post com isto: "se o vizinho tem um BMW, eu tenho de ter um Mercedes" e é pena que não dê ao tuga antes para o "se o viznho produz BMs, eu tenho de produzir Mercedes".
Isto será uma generalização algo abusiva e obviamente outras culturas também sofrem em maior ou menor grau destes pecadilhos. Acho apenas que na cultura nacional este tipo de atitude está particularmente pronunciado...
O tuga adere à tecnologia porque gosta de estar na moda, ter o último grito e não consegue suportar que o vizinho tenha uma galinha mais gorda do que ele.
Não adere à tecnologia porque queira ultrapassar o vizinho em qualidade produtiva. Eu satirizava isso no outro post com isto: "se o vizinho tem um BMW, eu tenho de ter um Mercedes" e é pena que não dê ao tuga antes para o "se o viznho produz BMs, eu tenho de produzir Mercedes".
Isto será uma generalização algo abusiva e obviamente outras culturas também sofrem em maior ou menor grau destes pecadilhos. Acho apenas que na cultura nacional este tipo de atitude está particularmente pronunciado...
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu:Aliás, isto vai precisamente no sentido de um dos comentários que eu fiz num desses tópicos: os portugueses adquirem tecnologia para se divertirem e não para produzirem!
Curioso o teu ponto de vista... (deduzo que usas o "divertirem" em sentido alargado).
Não me surpreende que tenhas razão, mas não sei se é justo aplicar apenas aos Portugueses (cidadãos) a acumulação de tecnologia para fins lúdicos.
Para começar é natural que a primeira aproximação à tecnologia seja lúdica, até pelo nível etário dos principais consumidores de "gadjets" e da internet.
Depois a produtividade retirada das tecnologias é principalmente feita nas empresas, e o padrão das nossas PME é virado para serviços, onde a tecnologia é apenas instrumental. Além de que mesmo na utilização de tecnologia nos serviços requere-se visão e um nível de conhecimento que nas nossas PME existe pouco...
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Convém notar que no mesmo período o total de importações cresceu 75%.
Portanto, é apenas um "ligeiro" crescimento relativo de uma parcela que é - tal como o artigo refere - muito reduzida face ao total de exportações (e ainda mais das importações).
Portanto, é apenas um "ligeiro" crescimento relativo de uma parcela que é - tal como o artigo refere - muito reduzida face ao total de exportações (e ainda mais das importações).
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
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Elias Escreveu:Era interessante fazerem um estudo semelhante sobre cultura, desconfio que os resultados não seriam muito diferentes...
É parecido com o que pedes: http://economico.sapo.pt/noticias/cultu ... 92579.html
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Elias Escreveu:A malta cá gosta é de ver a bola
De preferência num LCD LED!
Aliás, fala num plasma a um tuga e ele olha-te de lado e ainda te atira "de que século é que és?"...
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 21/6/2010 19:54, num total de 1 vez.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu:O que não lhes impede de adquirir telemóveis última geração e ter das maiores quotas de banda larga da europa, conforme outras notícias recentes.
Aliás, isto vai precisamente no sentido de um dos comentários que eu fiz num desses tópicos: os portugueses adquirem tecnologia para se divertirem e não para produzirem!
é o "princípio do prazer" a funcionar
O que não lhes impede de adquirir telemóveis última geração e ter das maiores quotas de banda larga da europa, conforme outras notícias recentes.
Aliás, isto vai precisamente no sentido de um dos comentários que eu fiz num desses tópicos: os portugueses adquirem tecnologia para se divertirem e não para produzirem!
Aliás, isto vai precisamente no sentido de um dos comentários que eu fiz num desses tópicos: os portugueses adquirem tecnologia para se divertirem e não para produzirem!
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Off-topic: Portugueses pouco interessados em ciência
Eurobarómetro
Portugueses são dos europeus menos interessados em ciência e tecnologia
21.06.2010 - 14:00 Por Lusa
Os portugueses são dos europeus menos interessados na área da ciência e tecnologia.Um estudo divulgado hoje em Bruxelas revelou que um terço da população manifestou total desinteresse nas descobertas científicas e desenvolvimentos tecnológicos.
De acordo com os resultados do Euro barómetro sobre a atitude dos europeus relativamente à ciência e tecnologia, 35 por cento dos portugueses dizem não se interessar de todo por descobertas científicas e progresso tecnológico, o quarto valor mais elevado entre os 27, atrás da Roménia, Lituânia (ambas com 37 por cento) e Bulgária (36 por cento).
Apenas 14 por cento dos portugueses se dizem “muito interessados” nas novidades científicas e tecnológicas, o terceiro valor mais baixo da UE (atrás da Bulgária e da Lituânia), e muito aquém da média comunitária de 30 por cento.
Os portugueses são também dos europeus que se consideram menos informados sobre as novidades relativamente à ciência e tecnologia, com somente 3 por cento a dizerem-se “muito informados” (o valor mais baixo entre os 27), 38 por cento “moderadamente informados” e 57 por cento “mal informados”, o terceiro valor mais elevado entre os 27 (atrás da Bulgária e da Roménia).
O inquérito foi conduzido em Portugal pela TNS Euroteste entre 30 de Janeiro e 16 de Fevereiro passado, junto de 1027 pessoas.
Portugueses são dos europeus menos interessados em ciência e tecnologia
21.06.2010 - 14:00 Por Lusa
Os portugueses são dos europeus menos interessados na área da ciência e tecnologia.Um estudo divulgado hoje em Bruxelas revelou que um terço da população manifestou total desinteresse nas descobertas científicas e desenvolvimentos tecnológicos.
De acordo com os resultados do Euro barómetro sobre a atitude dos europeus relativamente à ciência e tecnologia, 35 por cento dos portugueses dizem não se interessar de todo por descobertas científicas e progresso tecnológico, o quarto valor mais elevado entre os 27, atrás da Roménia, Lituânia (ambas com 37 por cento) e Bulgária (36 por cento).
Apenas 14 por cento dos portugueses se dizem “muito interessados” nas novidades científicas e tecnológicas, o terceiro valor mais baixo da UE (atrás da Bulgária e da Lituânia), e muito aquém da média comunitária de 30 por cento.
Os portugueses são também dos europeus que se consideram menos informados sobre as novidades relativamente à ciência e tecnologia, com somente 3 por cento a dizerem-se “muito informados” (o valor mais baixo entre os 27), 38 por cento “moderadamente informados” e 57 por cento “mal informados”, o terceiro valor mais elevado entre os 27 (atrás da Bulgária e da Roménia).
O inquérito foi conduzido em Portugal pela TNS Euroteste entre 30 de Janeiro e 16 de Fevereiro passado, junto de 1027 pessoas.
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