Afinal, nem todos os políticos andam loucos...
Os rendimentos legais têm sempre os descontos legais e penso que não há opções de mínimos ou máximos.
Quanto ao incentivo ao desconto privado (PPRs por exemplo) não me parece negativo.
E finalmente os rendimentos ilegais só não se tributam porque não há coragem ou competência para o fazer.
É só ver os tipos apanhados recentemente que viviam em casas de luxo e recebiam o RSI.
'Basta' ter uma máquina fiscal eficiente, levantar o sigilo bancário (privados e empresas) e cruzar mais informações.
Já nem vou ao ponto de criar uma linha de denúncia anónima para evasão fiscal como existe num dos países nórdicos (não me recordo qual).
O problema é quando o fisco perde a maioria dos processos em tribunal é realmente desanimador...
Quanto ao incentivo ao desconto privado (PPRs por exemplo) não me parece negativo.
E finalmente os rendimentos ilegais só não se tributam porque não há coragem ou competência para o fazer.
É só ver os tipos apanhados recentemente que viviam em casas de luxo e recebiam o RSI.
'Basta' ter uma máquina fiscal eficiente, levantar o sigilo bancário (privados e empresas) e cruzar mais informações.
Já nem vou ao ponto de criar uma linha de denúncia anónima para evasão fiscal como existe num dos países nórdicos (não me recordo qual).
O problema é quando o fisco perde a maioria dos processos em tribunal é realmente desanimador...
a mensagem que isto manda é de que existirão cortes sucessivos nas reformas nos próximos anos, quiçá décadas, existindo desde logo um fortíssimo incentivo a descontar o mínimo possível deslocando os descontos do sistema público para o privado; não só dos rendimentos legais mas incentivando também a uma ainda maior fuga para a economia paralela

Free Minds and Free Markets
... forecasting exchange rates has a success rate no better than that of forecasting the outcome of a coin toss - Alan Greenspan (2004)
Alterar regras a meio da partida não é muito aceitável.. Essa geração ainda está no poder e simplesmente não vai permitir essa veleidade.
O problema aqui e em muitas outras situações é essa reforma ser paga em euros.. A solução para este País passará sempre pela saída do Euro. Em escudos, os políticos podem prometer reformas ridículas e progressões automáticas - a inflação faz o trabalho de as tornar suportáveis credibilizando os políticos. Fantástico!
O problema aqui e em muitas outras situações é essa reforma ser paga em euros.. A solução para este País passará sempre pela saída do Euro. Em escudos, os políticos podem prometer reformas ridículas e progressões automáticas - a inflação faz o trabalho de as tornar suportáveis credibilizando os políticos. Fantástico!
- Mensagens: 231
- Registado: 1/8/2009 0:16
- Localização: 1
Eu não tenho nada contra as pensões altas se estas forem resultado duma carreira contributiva correspondente.
A ideia ilustra-se melhor com números. Para simplificar assume-se que não há inflação nem aumento de salário ao longo da vida do trabalhador.
Algém que ganhe 1.000 euros brutos desconta (entre ele e a empresa) cerca de 35% para a segurança social, ou seja 350 euros.
Assume-se também que dos 350 euros mensais metade é para a sua reforma e metade é para outras prestações sociais que o estado necessita (abonos, subsidios de desemprego, RSIs, pensões de invalidez, etc).
Ou seja desconta 175 euros para a sua suposta reforma.
Vamos supor que este individuo começou a trabalhar aos 25 e reformou-se aos 65 (40 anos de carreira) e que tem uma estimativa de vida até aos 75 anos (basicamente os modelos de sustentabilidade têm a ver com isto).
Irá receber 10 anos de reforma pelos 40 que trabalhou.
Significa que ele descontou 175 euros ao longo de 40 anos para usufruir durante 10. Este trabalhador teria uma reforma 'teórica' de 700 euros (175x4).
O problema do sistema actual é que, por um lado não é de capitalização e por outro as regras são muito benevolas no cálculo da pensão, descartando anos em que pouco se descontou ou em que o salário era muito baixo.
Isto, conjuntamente com o facto de cada vez serem menos os contribuintes activos por cada pensionista leva a que as pensões tenham naturalmente de baixar e/ou que tenham tectos.
Hoje em dia quase ninguém que ganhe 3.000 euros de pensão 'mereceu' essa reforma tendo em conta os seus descontos, de acordo com o exemplo muito simplista que ilustei anteriormente.
O tecto é por isso necessário mas não deixará de ser injusto para quem por exemplo ganhe 10.000 euros durante 40 anos e tenha descontado e 'merecido' uma reforma mais alta.
Não me recordo se foi avante a proposta que houve há uns anos atrás que permitia ao trabalhador descontar para um sistema particular de reforma, quando o ordenado era acima de um determinado valor.
Quanto ao cálculo de algumas reformas que são obtidas ao fim de meia dúzia de anos de trabalho e das respectivas acumulações nem vou comentar...
A ideia ilustra-se melhor com números. Para simplificar assume-se que não há inflação nem aumento de salário ao longo da vida do trabalhador.
Algém que ganhe 1.000 euros brutos desconta (entre ele e a empresa) cerca de 35% para a segurança social, ou seja 350 euros.
Assume-se também que dos 350 euros mensais metade é para a sua reforma e metade é para outras prestações sociais que o estado necessita (abonos, subsidios de desemprego, RSIs, pensões de invalidez, etc).
Ou seja desconta 175 euros para a sua suposta reforma.
Vamos supor que este individuo começou a trabalhar aos 25 e reformou-se aos 65 (40 anos de carreira) e que tem uma estimativa de vida até aos 75 anos (basicamente os modelos de sustentabilidade têm a ver com isto).
Irá receber 10 anos de reforma pelos 40 que trabalhou.
Significa que ele descontou 175 euros ao longo de 40 anos para usufruir durante 10. Este trabalhador teria uma reforma 'teórica' de 700 euros (175x4).
O problema do sistema actual é que, por um lado não é de capitalização e por outro as regras são muito benevolas no cálculo da pensão, descartando anos em que pouco se descontou ou em que o salário era muito baixo.
Isto, conjuntamente com o facto de cada vez serem menos os contribuintes activos por cada pensionista leva a que as pensões tenham naturalmente de baixar e/ou que tenham tectos.
Hoje em dia quase ninguém que ganhe 3.000 euros de pensão 'mereceu' essa reforma tendo em conta os seus descontos, de acordo com o exemplo muito simplista que ilustei anteriormente.
O tecto é por isso necessário mas não deixará de ser injusto para quem por exemplo ganhe 10.000 euros durante 40 anos e tenha descontado e 'merecido' uma reforma mais alta.
Não me recordo se foi avante a proposta que houve há uns anos atrás que permitia ao trabalhador descontar para um sistema particular de reforma, quando o ordenado era acima de um determinado valor.
Quanto ao cálculo de algumas reformas que são obtidas ao fim de meia dúzia de anos de trabalho e das respectivas acumulações nem vou comentar...
Eu apontaria mais para a faixa dos 2500 ~ 3000 euros, se se pretende que efectivamente a medida tenha efeito relevante. Já agora, esta é uma das medidas que eu abordo neste tópico em conjunto com outras:
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... 0&start=25
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... 0&start=25
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
mais_um Escreveu:Só lamento que isso tenho um efeito quase nulo, é só veres no diario da republica as aposententações para perceberes que quase não se mexe em nada.
Se fosse para valores na casa dos 2000€, isso já começava a poupar uns trocos ao Estado, agora com esse valor é pura demagogia.
you bet!
mais_um Escreveu:Só lamento que isso tenho um efeito quase nulo, é só veres no diario da republica as aposententações para perceberes que quase não se mexe em nada.
Se fosse para valores na casa dos 2000€, isso já começava a poupar uns trocos ao Estado, agora com esse valor é pura demagogia.
No mês de Julho reformaram-se cerca de 1800 funcionários do Estado, 6 tem reformas superiores a 5000€, desses 6 apenas 1 tem mais de 5500€, concretamente 5990€.
Como vês, pura demagogia, sobre as limitações de acumulação, esperemos para ver a lei e depois voltamos a falar sobre o assunto.
Concordo com o teu ponto de vista - não passa de demagogia política. Provavelmente poupavam mais por mês se cortassem realmente no salário dos políticos INCLUINDO as ajudas de custo do que com esta limitação...
NOTA: pessoalmente não concordo com qualquer limite de reforma, embora concorde que a forma como são atribuidas tem de ser modificado.
- Mensagens: 1331
- Registado: 15/4/2008 14:12
Sou da opinião que se deve poupar no que for superfulo, seja 1.000.000 de euros seja 60 centimos.
Se a lei que iria baixar o salario dos deputados fosse á vante, se a redução de deputados fosse á vante, são tudo trocos, mas no conjunto é dinheiro.
Claro que depois a contratar belas e jovens advogadas por 4000 euros mensais não se vai longe...
Se a lei que iria baixar o salario dos deputados fosse á vante, se a redução de deputados fosse á vante, são tudo trocos, mas no conjunto é dinheiro.
Claro que depois a contratar belas e jovens advogadas por 4000 euros mensais não se vai longe...
Lose your opinion, not your money
Esta proposta é mais uma idiotice.
Infelizmente só mostra o nível de politicos que temos.
E também porque Bruxelas ja esta a exigir novo apertar do cinto, ja percebeu que estes Srs. pela despesa não vão lá.
Espanha pos um tecto max de reformas abaixo de 2500€ , nós os ricos fomos para o dobro.
Em Portugal o tecto de reformas devia andar pelos 2000 euros. Mesmo com esse valor a qualidade de vida era muito boa em relação a maioria da população.
Eu se fosse credor destes tipos não emprestava mais pois eles estão a brincar com o meu dinheiro. Mas esperam , sera que eles estão a emprestar?
Infelizmente só mostra o nível de politicos que temos.
E também porque Bruxelas ja esta a exigir novo apertar do cinto, ja percebeu que estes Srs. pela despesa não vão lá.
Espanha pos um tecto max de reformas abaixo de 2500€ , nós os ricos fomos para o dobro.
Em Portugal o tecto de reformas devia andar pelos 2000 euros. Mesmo com esse valor a qualidade de vida era muito boa em relação a maioria da população.
Eu se fosse credor destes tipos não emprestava mais pois eles estão a brincar com o meu dinheiro. Mas esperam , sera que eles estão a emprestar?
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
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Só lamento que isso tenho um efeito quase nulo, é só veres no diario da republica as aposententações para perceberes que quase não se mexe em nada.
Se fosse para valores na casa dos 2000€, isso já começava a poupar uns trocos ao Estado, agora com esse valor é pura demagogia.
No mês de Julho reformaram-se cerca de 1800 funcionários do Estado, 6 tem reformas superiores a 5000€, desses 6 apenas 1 tem mais de 5500€, concretamente 5990€.
Como vês, pura demagogia, sobre as limitações de acumulação, esperemos para ver a lei e depois voltamos a falar sobre o assunto.
Se fosse para valores na casa dos 2000€, isso já começava a poupar uns trocos ao Estado, agora com esse valor é pura demagogia.
No mês de Julho reformaram-se cerca de 1800 funcionários do Estado, 6 tem reformas superiores a 5000€, desses 6 apenas 1 tem mais de 5500€, concretamente 5990€.
Como vês, pura demagogia, sobre as limitações de acumulação, esperemos para ver a lei e depois voltamos a falar sobre o assunto.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Afinal, nem todos os políticos andam loucos...
O PSD vai apresentar um projecto lei para estabelecer um limite máximo nas pensões da segurança social e na Caixa Geral de Aposentações (CGA). O limite será de 12 indexantes de apoios sociais (ias), ou seja 5.030 euros “independentemente da carreira contributiva de cada beneficiário”, afirmou Miguel Relvas.
Miguel Relvas, secretário-geral do PSD, disse ainda que os sociais-democratas tencionam restringir a acumulação de pensões, desde que estas sejam oriundas de fundos de pensões públicos, aplicando a mesma regra, de 12 ias.
Esclareceu que não serão considerados os valores de PPR, públicos ou privados ou de produtos financeiros similares. No caso dos pensionistas que queiram regressar ao mercado de trabalho, o PSD vai propor no Parlamento que estes optem pela reforma ou pelo vencimento.
Numa conferência de imprensa, no final da reunião da comissão política, o responsável do PSD lamentou “o episódio recente de guerrilha institucional” protagonizado por Cavaco Silva e Vieira da Silva.
O partido vai ainda solicitar a audição parlamentar do ministro da Economia, Vieira da Silva, para saber o ponto de situação dos projectos de interesse nacional (PIN) e das medidas de apoio específicas para o Turismo.
Miguel Relvas, secretário-geral do PSD, disse ainda que os sociais-democratas tencionam restringir a acumulação de pensões, desde que estas sejam oriundas de fundos de pensões públicos, aplicando a mesma regra, de 12 ias.
Esclareceu que não serão considerados os valores de PPR, públicos ou privados ou de produtos financeiros similares. No caso dos pensionistas que queiram regressar ao mercado de trabalho, o PSD vai propor no Parlamento que estes optem pela reforma ou pelo vencimento.
Numa conferência de imprensa, no final da reunião da comissão política, o responsável do PSD lamentou “o episódio recente de guerrilha institucional” protagonizado por Cavaco Silva e Vieira da Silva.
O partido vai ainda solicitar a audição parlamentar do ministro da Economia, Vieira da Silva, para saber o ponto de situação dos projectos de interesse nacional (PIN) e das medidas de apoio específicas para o Turismo.
Lose your opinion, not your money