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Caldeirão da Bolsa

Preços dos transportes públicos "vão ser revistos"

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Preços dos transportes públicos "vão ser revistos"

por sergix » 23/8/2013 16:06

não queria abrir um novo topico e este foi o mais proximo que encontrei sobre transportes publicos
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Re: Preços dos transportes públicos "vão ser revistos"

por Pata-Hari » 23/8/2013 14:35

Comecei a ler o tópico como sendo recente e a história não estava a fazer qualquer sentido....

Sergix, não queres abrir um novo tópico (mesmo que se link para o tópico antigo) para quem quiser seguir a discussão, só não gerar confusão?
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Re: Preços dos transportes públicos "vão ser revistos"

por sergix » 23/8/2013 10:25

http://economicofinanceiro.blogspot.pt/ ... licos.html


Os subsídios dos transportes públicos


Quinta-feira, Agosto 22, 2013 No comments
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Os transportes públicos.

O jfdr colocou questões muito importantes relativamente aos transportes públicos.




A densidade populacional e o tipo de transporte.

Países com alta densidade populacional e cidades compactas como o Japão ou a Holanda têm uma extensa rede de transporte ferroviário interurbano (comboio) associada a transporte ferroviário urbano (metro/eléctrico).




Mas eu contraponho países com muito maior densidade populacional e com cidades muito mais compactas como a Índia e o Bangladesh que praticamente não têm comboios.

A variável importante é a disponibilidade das pessoas para pagar meios de transporte caros. O comboio como o conhecemos na Europa é muito caro.

E, apesar de parecer que o comboio é um meio de transporte de grande capacidade porque pode transporta 150 pessoas de cada vez, de facto não o é. Se pudesse haver uns comboios atrás dos outros como andam os autocarros nas estradas, seria verdade. mas, porque o comboio não consegue fazer ultrapassagens, mudar de direcção rapidamente e o seu percurso tem que ser controlado remotamente (as agulhas), uma estrada tem muito mais capacidade de tráfego que uma linha de comboio.




Comparemos comboios com autocarros.

Um autocarro de 13 m inter-urbano (pode atingir 130km/h) de 2 pisos tem capacidade para 80 passageiros. Em transporte urbano (pode atingir 60km/h) tem capacidade para transportar 150 pessoas de pé.

Se dedicarmos uma via de uma estrada sem cruzamentos para autocarros, podem passar 25 autocarros por minuto (a 100km/h, um afastamento entre autocarros de 50m), 1500 autocarros por hora que transportam 120 mil passageiros por hora. Nos transportes urbanos, podem passar 20 autocarros (a 40km/h, um afastamento de 20 m) que transportam 180 mil pessoa por hora.

Nas mesmas condições, o máximo que uma linha de comboio consegue transportar são 20 comboios com 1500 passageiros cada um, 30000 pessoas por hora.

E a estrada pode ter subidas e descidas até 6% e ter curvas apertadas enquanto a linha de comboios tem que usar túneis e pontes porque não pode ter subidas nem descidas.

Um buraco na estrada resolve-se com uma redução de velocidade do autocarro mas uma falha na linha férrea causa o descarrilamento.

Além disso, a estrada, fora das horas de ponta, pode ter outros fins (circulação de pessoas e carros).

Acrescentar uma pista dedicada a BUS numa autoestrada é muito, muito mais barato que fazer uma linha de caminho de ferro. Muito mais barato.




O autocarro é o meio de transporte mais denso que existe.

Uma autoestrada de 3 pistas consegue trasnportar mais de 300 mil pessoas por hora.






Fig. 1 - Na Índia investem em pistas e estações para autocarros


E o autocarro gasta menos energia.

Um autocarro de 80 passageiros gasta 50 litros aos 100km o que dá 0.8 litros por passageiro, 2.30kg de CO2 por 100km. Numa viagem Porto Lisboa dá 7.0kg.

A CP diz no seu site que uma viagem de Alfa cheio (301 passageiros) emite 13.0kg/passageiro. É quase o dobro das emissões de um autocarro.

Mesmo um automóvel emite menos. Com 5 passageiros gasta 7 litros aos 100km, 12.0kg/passageiro na viagem Porto-Lisboa.

E depois, a CP refere que os aviões emitem 4x mais CO2 sem referir que é a uma velocidade 6x superior e que, para esta relação de velocidades, a bicicleta emite 50x menos CO2 que o Alfa e que se construíssem uma pista Porto - Lisboa dedicada a bicicletas como existe uma linha para comboios, conseguia-se sem esforço andar a 25km/h.




Não há ninguém que consiga encontrar seja o que for palpável que permita afirmar que o comboio, seja em que condições for, é um meio de transporte superior ao transporte rodoviário.




Os comboios são como a economia planificada.

A teoria demorou muitos anos a descobrir porque a economia planificada era menos eficiente que a economia de mercado, caótica.

Ainda hoje a generalidade das pessoas pensa que o comunismo, em que as pessoas partilham tudo o que têm, é muito mais eficiente que o capitalismo em que cada um quer o máximo possível para si.

Os comboios são iguais no sentido que são planificados e controlados por oposição ao transito caótico.

Mas, como um país capitalista é muito mais eficiente que um país comunista, o transporte rodoviário aparentemente caótico é muito mais eficiente que o transporte por comboio aparentemente optimizado.

A questão é que o planeador apenas consegue optimizar se se conhecer as funções objectivo das pessoas, e não se conhece.

Cai em lugares comuns como dizer que "os autocarros são menos confortáveis que os comboios" quando não se sabe o que as pessoas pensam.




O comboios deveriam acabar.

Não tenho qualquer dúvida que os comboios deveriam acabar. Desde o Metro aos comboios internacionais, de passageiros e de carga, deveria ir tudo para o inferno. Finito.

Portugal precisa transformar-se no primeiro país do mundo a acabar com os comboios. Ser progressista também é acabar com as tecnologias que se tornaram obsoletas.

Portugal deveria era construir pistas de bicicleta mas não daqueles que se resumem a uma pintura na estrada e salve-se quem puder.

Era construir de raiz pistas com viadutos, pontes e túneis optimizadas para a bicicleta que devem ser semelhantes às linhas de comboio (sem subidas). O estado deveria aplicar em cada ciclista o esforço que aplica num passageiro de uma empresa de transportes públicos.

Então, as actuais linhas de comboios seriam integradas nestas pistas.









Fig. 2 - Uma pista para bicicletas separada dos automóveis




O tempo de chek-in do avião.

O check-in do avião demora pelo menos 30 minutos e, mais a subida e a descida, vai-se uma hora. Mas não há razão operacional para que isso aconteça pois é apenas devido à ineficiencia do sistema. A Virgen tinha check-in num minuto e à porta do avião e foi proibida (porque era concorrencia).

As "questões de segurança", que não são acauteladas nos outros meios de transporte, são apenas uma desculpa. Os comboios têm sido mais vitimas de atentados que os aviões.

E, em termos tecnológicos, já existem sistemas de check-in por reconhecimento automático da íris, da face e das impressões digitais totalmente seguros e que demoram meio minuto.




Estarão as pessoas disponíveis a pagar o preço?

A melhor medida da pertinência de um investimento é saber a relação entre o que as pessoas estão disponíveis a pagar pelo produto e o custo de produção.

Todos os transportes públicos onde o Estado meteu a mão dão prejuízo, são altamente subsidiados e, mesmo assim, são monopólios. Isto quer dizer que, numa análise custo/benefício, as pessoas não estão disponíveis para pagar o preço de custo e que as empresas privadas podem fornecer produtos muito mais apelativos em termos de relação custo/benefício.

Se as cidades do Porto e Lisboa cobrassem o custo dos transportes e os liberalizassem, os actuais transportes públicos ficariam sem um única passageiro.

Se o TGV de qualquer parte do mundo, do Japão, à França passando pela China tivessem que pagar o custo, não tinham nem um passageiro.

Nem o maquinista lá andaria.

Zero, niente.

E esta é que é a verdadeira medida da pertinência do TGV, dos comboios, da RTP e dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo.

A SIC e a TVI são muito superiores à RTP e não recebem aquelas centenas de milhões por ano que a gente paga na electricidade e em impostos.

Só existem porque são altamente subsidiadas.




O ordenamento do território.

Quando os transportes são caros relativamente ao custo de vida, as cidades são grandes e compactas. Por exemplo, Luanda que em 1974 tinha cerca de 300 habitantes, concentra hoje mais de 6 milhões de pessoas. Os transportes são caros porque não há estradas nem segurança.

Nos últimos 30 anos, em Portugal aconteceu o fenómeno contrário. Porque as novas estradas, a subsidiação dos transportes e a inovação tecnológica fizeram com que o preço dos transportes descesse relativamente ao rendimento, as cidades esvaziaram-se.




Acabar com a desertificação das nossas cidade é acabar com o subsídio aos transportes sub-urbanos.

Não é preciso proibir as pessoas de viver nos subúrbios mas fazer com que essas pessoas paguem os custos dessa decisão. Eu vivo a 50km do meu trabalho e há 30 anos tive que arrendar um quarto para poder estudar a essa mesma distância porque não havia SCUTS, Autoestradas ou VCI (e eu era um falido).







É terrível.

Os transportes públicos são uma das áreas mais ineficientes que existem em Portugal.

Quando eu leio os "especialistas" da minha Faculdade de Engenharia, até me doem os dentes com tamanha incompetência. Vive tudo de ter sido qualquer coisa numa empresa pública de transportes.

Porque não há terminais rodoviários em lado nenhum mas há luxuosas estações de metropolitano e de comboios?

Porque não podem as empresas privadas, mesmo sem receber subsídios, fazer transportes nas cidades?

Porque não podem os autocarros aceitar e descarregar passageiros nas estações de serviço das autoestradas?




Eu queria imaginar.

Como seria Portugal se não tivesse havido subsídios às empresas públicas de transportes.

Concerteza que teriamos um país mais concentrado nos centros das cidades antigas, mais rico, com menos impostos e onde as pessoas teriam melhor qualidade de vida.
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por Elias » 25/5/2010 23:44

Marco Martins Escreveu:Acho curioso o aumento de transportes... quando o petróleo chegou aos 150dlrs todo os transportes aumentaram para compensar os preços...

...no entanto não me lembro de virem pedir para baixarem os preços dos transportes para compensar a descida do preço dos combustíveis...


Totalmente de acordo.

A gasolina sobe e desce ao sabor da variação do crude mas o preço dos transportes só conhece um caminho: o da subida.
 
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por Marco Martins » 25/5/2010 23:40

Acho curioso o aumento de transportes... quando o petróleo chegou aos 150dlrs todo os transportes aumentaram para compensar os preços...

...no entanto não me lembro de virem pedir para baixarem os preços dos transportes para compensar a descida do preço dos combustíveis...
 
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por Elias » 25/5/2010 23:36

alexandre7ias Escreveu: Pois, mas isso não é pago por todos!!! Sou a favor do utilizador pagador, por isso há que aumentar os transportes publicos e muito...Afinal é isso que todos pedem a quem tem carro.


Pois, o que acontece é que os transportes públicos são vistos como uma função social do estado e é por isso que são subsidiados
 
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por alexandre7ias » 25/5/2010 23:26

Elias Escreveu:
Marco Martins Escreveu:Pedem cortes a todos e eles nada cortam... isto só muda mesmo quando o povo começar a fazer tiro ao "prato"...


Pois mas o povo também não corta. Nomeadamente nos transportes (continua tudo a andar de popó)


Pois, mas isso não é pago por todos!!! Sou a favor do utilizador pagador, por isso há que aumentar os transportes publicos e muito...Afinal é isso que todos pedem a quem tem carro.
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por Elias » 25/5/2010 22:35

Marco Martins Escreveu:Pedem cortes a todos e eles nada cortam... isto só muda mesmo quando o povo começar a fazer tiro ao "prato"...


Pois mas o povo também não corta. Nomeadamente nos transportes (continua tudo a andar de popó)
 
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por Marco Martins » 25/5/2010 22:29

Banifico Escreveu:É meio off-topic, mas aqui fica:

Como os deputados andam muito de transportes, o orçamento do parlamento prevê aumentos de 25% nos custos com transportes (rubrica que inclui trasportes, deslocação dos deputados, despesas com seminários, exposições e similares, artigos honoríficos e de decoração do Parlamento)!!!

Deputados vão gastar este ano em transportes mais 25%

A crise não chegou à Assembleia da República. Só em transportes, os deputados vão gastar este ano mais de 780 mil euros do que em 2009, o que representa um aumento de 25%, avança o Correio da Manhã.

Apesar de se prever um corte dos vencimentos dos deputados em 5%, o orçamento do Parlamento para 2010 prevê aumentos significativos face a 2009.

Estão previstos aumentos para transporte, deslocação dos deputados, despesas com seminários, exposições e similares, artigos honoríficos e de decoração do Parlamento.

Segundo o jornal, aumenta ainda a rubrica «outros trabalhos especializados», que este ano vai consumir mais de meio milhão de euros (3,6 milhões em 2010 face a 3,1 milhões em 2009) e mais 593 mil euros em «assistência técnica» (2,9 milhões de euros em 2010 contra 2,3 milhões em 2009).

:oops: :shock:


Os deputados já estavam a antecipar o aumento dos combustíveis.... e como tal têm de se prevenir...

São uns "pratos"!!!

Pedem cortes a todos e eles nada cortam... isto só muda mesmo quando o povo começar a fazer tiro ao "prato"...
 
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por Marco Martins » 25/5/2010 22:24

Curiosidades sobre os deputados na Assembleia da República Escreveu:Sócrates recebe pensão vitalícia
José Sócrates tem direito à pensão vitalícia por ter 11 anos de Parlamento. Eleito pela primeira vez em 1987, esteve oito anos consecutivos em funções. Secretário de Estado do Ambiente e ministro da pasta nos Governos de Guterres, voltou em Abril de 2002, onde ficou mais três anos.

Quem tem e vai ter a subvenção
Almeida Santos (PS), Manuela Ferreira Leite, Manuel Moreira e Eduarda Azevedo (PSD), Narana Coissoró e Miguel Anacoreta Correia (CDS-PP) e Isabel Castro (PEV) já requereram a subvenção vitalícia. Outros 31 deputados, 20 dos quais do PS, poderão pedi-la, pois até ao fim de 2009 perfazem 12 anos de mandato, embora só se contabilizem os anos até 2005.

Salário cresceu 77 euros num ano
Em 2007, o vencimento-base de um deputado foi 3631,40 euros. Este ano é de 3707,65 euros , segundo a secretaria-geral da AR. Um aumento de 77 euros.

Presidir à AR dá direito a casa
O presidente da Assembleia da República (AR) recebe 80% do ordenado do presidente da República - 5.810 euros. Recebe ainda um abono mensal para despesas de representação no valor de 40% do respectivo vencimento 2950 euros, o que perfaz 8760 euros. Usufrui de residência oficial e de um veículo para uso pessoal conduzido por um motorista.

Dez têm carro com motorista
Ao presidente do Conselho de Administração (José Lello), aos quatro vices-presidentes da AR - na actual legislatura, Manuel Alegre (PS), Guilherme Silva (PSD), António Filipe (PCP) e Nuno Melo (CDS-PP) - e aos líderes parlamentares é disponibilizado um gabine pessoal, secretário e automóvel com motorista.

Benesses para a Mesa da AR
Para os quatro vice-presidentes da AR (PS, PSD, CDS e PCP) e para os membros do Conselho de Administração, o abono é de 25% do vencimento 927 euros. Os seis líderes parlamentares e os secretários da Mesa têm de abono 20% do salário: 742 euros.

Abono superior ao salário mínimo
Os vice-presidentes parlamentares com um mínimo de 20 deputados (PS e PSD), os presidentes das comissões permanentes e os vice-secretários da mesa têm de abono 15% do vencimento - 555 euros. Mais 129 euros do que o salário mínimo nacional.

Uso gratuito de correio, telefone e electricidade
Os governos civis, se solicitados, devem disponibilizar instalações para que os deputados atendam os media ou cidadãos. Os deputados podem transitar livremente pela AR, têm direito a cartão de identificação e passaporte especial e ao direito de uso e porte de arma. Podem também usar, a título gratuito, serviços postais, telecomunicações e redes electrónicas.

Ajudas de custo para os de fora
Quem reside fora dos concelhos de Lisboa, Oeiras, Cascais, Loures, Sintra, Vila Franca de Xira, Almada, Seixal, Barreiro e Amadora recebe 1/3 das ajudas de custo fixadas para os membros do Governo (67,24 euros) por cada dia de presença em plenário, comissões ou outras reuniões convocadas pelo presidente da AR e mais dois dias por semana.

Pára-quedistas ficam a ganhar
Os deputados que residem num círculo diferente daquele por que foram eleitos recebem ajudas de custo, até dois dias por semana, em deslocações que efectuem ao círculo, em trabalho político. Mas também os que, em missão da AR, viajem para fora de Lisboa. No país têm direito a 67,24 euros diários ou a 162,36 euros por dia se forem em serviço ao estrangeiro.

Viagens pagas todas as semanas
Quando há plenário, a quantia para despesas de transporte é igual ao número de quilómetros de uma ida e volta semanal entre a residência do parlamentar e S. Bento vezes o número de semanas do mês (quatro ou cinco) multiplicado pelo valor do quilómetro para deslocações em viatura própria. Uma viagem ao Porto são 600 quilómetros cinco vezes num mês, dá três mil. Como o quilómetro é pago a 0,39 euros, o abono desse mês é de 1170 euros.

Viver na capital também dá abono
Os deputados que residam nos concelhos de Cascais, Barreiro, Vila Franca de Xira, Sintra, Loures, Oeiras, Seixal, Amadora, Almada e Lisboa recebem também segundo a fórmula anterior. Os quilómetros (ida e volta) são multiplicados pelas vezes que esteve em plenário e em comissões, tudo multiplicado por 0,39 euros.

Ir às ilhas com bilhetes pagos
A resolução 57/2004 em vigor, de acordo com a secretaria-geral da AR, estipula que os eleitos pelas regiões autonómas recebem o valor de uma viagem áerea semanal (ida e volta) na classe mais elevada entre o aeroporto e Lisboa, mais o valor da distância do aeroporto à residência. Por exemplo, 512 euros (tarifa da TAP para o Funchal com taxas) multiplicados por quatro ou cinco semanas, ou seja, 2048 euros. Mais o número de quilómetros (30, por exemplo) de casa ao aeroporto a dobrar (por ser ida e volta) multiplicado pelas mesmas quatro (ou cinco) semanas do mês, e a soma é multiplicada por 0,39 euros, o que dá 936 euros. Ao todo 2980 euros.

Deslocações em trabalho à parte
Ao salário-base, ajudas de custo, abono de transporte mensal há ainda a somar os montantes pela deslocação semanal em trabalho político ao círculo eleitoral pelo qual se foi eleito. Os deputados eleitos por Bragança ou Vila Real são os mais abonados.

Almoço a menos de cinco euros
Os deputados e assessores que transitoriamente trabalham para os grupos parlamentares pagam 4,65 euros de almoço, que inclui sopa, prato principal, sobremesa ou fruta. E salada à discrição. Um aumento de 0,10 euros desde 2006. Nos bares, um café custa 25 cêntimos, uma garrafa de 1,5 litro de água mineral 33 cêntimos e uma sandes de queijo 45 cêntimos.

Imunidade face à lei da Justiça
Não responde civil, criminal ou disciplinarmente pelos votos e opiniões que emitir em funções e por causa delas. Não pode ser detido ou preso sem autorização da AR, salvo por crime punível com pena de prisão superior a três anos e em flagrante delito. Indiciado por despacho de pronúncia ou equivalente, a AR decidirá se deve ou não ser suspenso para acompanhar o processo. Não pode, sem autorização da AR, ser jurado, perito ou testemunha nem ser ouvido como declarante nem como arguido, excepto neste caso quando preso em flagrante delito ou suspeito do crime a que corresponde pena superior a três anos.

Justificações para substituição
Doença prolongada, licença por maternidade ou paternidade; seguimento de processo judicial ou outro invocado na Comissão de Ética, e considerado justificado.

Suspensão pode ir até dez meses
Pedida à Comissão de Ética, deve ser inferior a 50 dias por sessão legislativa e a dez meses por legislatura. Um autarca a tempo inteiro ou a meio tempo só pode suspender o mandato por menos de 180 dias.

Retirado da revista digital In Verbis
http://forumnacionalista.forumeiros.com ... a-t213.htm


Embora este artigo seja do ano passado, seria interessante a AR ter afixado no site o confronto das despesas mensais de cada deputado bem como as viagens efectuadas.

Afinal de contas, estão a prestar um serviço público.... e não venham com tangas, porque em média recebem pelo menos 10x o salário mínimo.... e não são responsabilizados de nada!!!

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por Banifico » 25/5/2010 14:15

É meio off-topic, mas aqui fica:

Como os deputados andam muito de transportes, o orçamento do parlamento prevê aumentos de 25% nos custos com transportes (rubrica que inclui trasportes, deslocação dos deputados, despesas com seminários, exposições e similares, artigos honoríficos e de decoração do Parlamento)!!!

Deputados vão gastar este ano em transportes mais 25%

A crise não chegou à Assembleia da República. Só em transportes, os deputados vão gastar este ano mais de 780 mil euros do que em 2009, o que representa um aumento de 25%, avança o Correio da Manhã.

Apesar de se prever um corte dos vencimentos dos deputados em 5%, o orçamento do Parlamento para 2010 prevê aumentos significativos face a 2009.

Estão previstos aumentos para transporte, deslocação dos deputados, despesas com seminários, exposições e similares, artigos honoríficos e de decoração do Parlamento.

Segundo o jornal, aumenta ainda a rubrica «outros trabalhos especializados», que este ano vai consumir mais de meio milhão de euros (3,6 milhões em 2010 face a 3,1 milhões em 2009) e mais 593 mil euros em «assistência técnica» (2,9 milhões de euros em 2010 contra 2,3 milhões em 2009).

:oops: :shock:
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por Elias » 25/5/2010 13:50

PequenoInvest Escreveu:Ok, vou continuar então a esperar 30 minutos por um comboio numa estação sem segurança a partir das 22h. Isso sim, é um serviço de qualidade que prestam aos utentes.


Que eu saiba essa segurança não existia no passado.

Como referi anteriormente, o que houve foi um (enorme) aumento das expectativas sobre o que deve ser o serviço de transporte público.
 
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por pocoyo » 25/5/2010 11:28

Lion_Heart Escreveu:Pela boca morre o peixe.

Este tipo de declarações são do mais absurdo que existe. TODOS nos sabemos que a subsidiodependencia e um dos males deste País.

Ja agora também pode começar a rever os preços do TGV ou sera que isso para ja não interessa?


A unica coisa que sei é que ando a pagar impostos para alguns andarem de transportes publicos mais baratos, e eu vou "lerpar como cão do miguel" a pagar portagens nas scuts.


PS. Para quem não saiba, o cão do miguel estava a dar uma mija, esqueceu-se e levantou a outra perna.
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por Lion_Heart » 25/5/2010 11:20

Pela boca morre o peixe.

Este tipo de declarações são do mais absurdo que existe. TODOS nos sabemos que a subsidiodependencia e um dos males deste País.


Ja agora também pode começar a rever os preços do TGV ou sera que isso para ja não interessa?
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por habanero04 » 25/5/2010 11:05

Elias Escreveu:O que eu acho piada é ele dizer "há uma perda clara de receitas por parte dos operadores", quando todos sabemos que os transportes públicos são altamente subsidiados...


Além disso, se tiverem mais clientes e cobrarem o mesmo valor as receitas até podem ser superiores...
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por jlmf » 25/5/2010 10:57

A questão em meu entender é mesmo essa.
Somos "utentes".
Deveriamos ser "clientes".
Empresas que são públicas, buracos sem fundo de milhões por ano, e não deveriam ser nem uma coisa nem outra.
 
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por PequenoInvest » 25/5/2010 10:27

Ok, vou continuar então a esperar 30 minutos por um comboio numa estação sem segurança a partir das 22h. Isso sim, é um serviço de qualidade que prestam aos utentes.
 
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por Elias » 25/5/2010 10:24

Os transportes públicos melhoraram em qualidade nos últimos 10-20 anos.

Acontece é que as expectativas de melhoria eram porventura superiores...
 
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por Camisa Roxa » 25/5/2010 10:19

PequenoInvest Escreveu:A qualidade dos mesmos também vai ser revista?


para pagares a "qualidade" dos transportes públicos que utilizas (de forma a eliminar o prejuízo operacional dessas empresas), o aumento de preço seria brutalíssimo, por isso é melhor não se queixarem
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por Elias » 25/5/2010 9:57

O que eu acho piada é ele dizer "há uma perda clara de receitas por parte dos operadores", quando todos sabemos que os transportes públicos são altamente subsidiados...
 
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por PequenoInvest » 25/5/2010 9:37

A qualidade dos mesmos também vai ser revista?
 
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Preços dos transportes públicos "vão ser revistos"

por Elias » 25/5/2010 9:11

Preços dos transportes públicos "vão ser revistos"
Lusa

O secretário de Estado dos Transportes disse hoje que os preços dos títulos dos transportes públicos serão revistos, afirmando que ainda não está definido o valor do aumento e a data da sua entrada em vigor.

"Os títulos de transporte público vão ser revistos", afirmou à Lusa Correia da Fonseca, avançando que ainda não está definido "em quanto e quando" serão aplicados os novos preços.

Correia da Fonseca, que falava à margem da primeira edição das Conferências do Beato, que decorreu hoje em Lisboa, recordou que os preços dos títulos de transporte não são revistos há dois anos. "Os títulos de transporte público há dois anos que não são revistos. Portanto, há uma perda clara de receitas por parte dos operadores", justificou.

Questionado sobre a possibilidade de o Governo acabar com os passes destinados aos estudantes que tenham até 23 anos, Correia da Fonseca disse que "não está prevista nenhuma reavaliação neste momento".

No entanto, salientou: "A realidade é extremamente volátil. Andamos ao sabor dos ratings da República e dos spreads. Hoje em dia, talvez seja mais fácil prever o Totobola do que prever como é que os mercados vão funcionar no dia seguinte."

"Por isso, temos de ser comedidos nas afirmações, porque não sabemos o que vamos enfrentar", concluiu o secretário de Estado.
 
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