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Caldeirão da Bolsa

Subsidio de natal para o estado em prol do país?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por artista_ » 12/5/2010 22:54

mais_um Escreveu:Sobre o IRS, quem ganha 5000€ por mês não vai notar o 1,5% (75€), não é por isso que muda os seus habitos, nem quem ganha 700€, neste caso será 7€.


Pois aqui descordamos, eu acho que tirar o que quer que seja a quem só ganha 700 euros será sempre muito... já a quem ganha 5000 euros podia muito bem ter-se ido mais longe e reduzir-se o seu salário, por exemplo, 3% (150€)... provavelmente esta diferença não provocaria alterações na redução da despesa (devem ser muitos a contribuir com pouco, seriam poucos a contribuir com "muito") mas penso que seria bem mais justo socialmente e, por isso mesmo, mais facilmente aceitável pelos portugueses...

Repara no que fizeram os espanhóis, eu não conheço os pormenores mas, pelo que percebi, as diferenças entre a redução são muito mais elevadas, a média na redução são 5%, mas há quem reduza mais que isso, e quem reduza menos, isso é que me parece justo, haver apenas uma diferença de 0,5% entre os grandes salários e os outros parece-me bastante injusto... também me parece que podiam ter ido mais longe em quem não desconta nada, parece-me que podia ter chegado aos 700/800 euros, em vez de se ficarem pelo ordenado mínimo nacional...

abraço

artista
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por Marco Martins » 12/5/2010 22:53

mais_um Escreveu:
Marco Martins Escreveu:
mais_um Escreveu:
Marco Martins Escreveu:Acho estranho com a redução do TGV, Aeroporto e ainda todos estes impostos, o défice ficar apenas em 7% do PIB.


Tens andando distraido... :mrgreen:

O TGV, o Aeroporto e a 3ª travessia sobre o Tejo só começariam a ter impacto nas contas publicas lá para 2013 ou mesmo mais tarde, até considero um erro não serem feitas, mas compreendo o motivo, é preciso dar um sinal à Europa, o custo aumentou tendo em conta o eventual aumento dos juros e cala de vez as vozes da desgraça.


Acredito que o impacto não fosse na totalidade este ano e se pudesse prolongar até 2013...
...mas se essas obras arrancassem este ano o estado não teria de começar a pagar desapropriações, sinalizações, fazer novos endividamentos, e deixar de investir noutros lados?

Não, são as vantagens das PPP, claro que no fim é tudo pago. Mas o inicio dos pagamentos começa normalmente quando a obra está acabada


Este tipo de obras envolvem muito dinheiro e é muito difícil as empresas suportarem todo o custo e só no fim receberem, pelo que o estado teria de fazer pagamentos faseados antes...

Não querendo especular (embora seja o que estou a fazer :) ), mas olhando para a média das derrapagens das obras públicas... o que seria mais provável acontecer neste caso? ... uma derrapagem ainda maior...

Mas vamos olhar para o percurso que vai ser feito e vamos ver a derrapagem...
 
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por mais_um » 12/5/2010 22:44

Marco Martins Escreveu:
mais_um Escreveu:
Marco Martins Escreveu:Acho estranho com a redução do TGV, Aeroporto e ainda todos estes impostos, o défice ficar apenas em 7% do PIB.


Tens andando distraido... :mrgreen:

O TGV, o Aeroporto e a 3ª travessia sobre o Tejo só começariam a ter impacto nas contas publicas lá para 2013 ou mesmo mais tarde, até considero um erro não serem feitas, mas compreendo o motivo, é preciso dar um sinal à Europa, o custo aumentou tendo em conta o eventual aumento dos juros e cala de vez as vozes da desgraça.


Acredito que o impacto não fosse na totalidade este ano e se pudesse prolongar até 2013...
...mas se essas obras arrancassem este ano o estado não teria de começar a pagar desapropriações, sinalizações, fazer novos endividamentos, e deixar de investir noutros lados?

Não, são as vantagens das PPP, claro que no fim é tudo pago. Mas o inicio dos pagamentos começa normalmente quando a obra está acabada
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por Marco Martins » 12/5/2010 22:36

mais_um Escreveu:
Marco Martins Escreveu:Acho estranho com a redução do TGV, Aeroporto e ainda todos estes impostos, o défice ficar apenas em 7% do PIB.


Tens andando distraido... :mrgreen:

O TGV, o Aeroporto e a 3ª travessia sobre o Tejo só começariam a ter impacto nas contas publicas lá para 2013 ou mesmo mais tarde, até considero um erro não serem feitas, mas compreendo o motivo, é preciso dar um sinal à Europa, o custo aumentou tendo em conta o eventual aumento dos juros e cala de vez as vozes da desgraça.


Acredito que o impacto não fosse na totalidade este ano e se pudesse prolongar até 2013...
...mas se essas obras arrancassem este ano o estado não teria de começar a pagar desapropriações, sinalizações, fazer novos endividamentos, e deixar de investir noutros lados?
 
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por mais_um » 12/5/2010 22:34

artista Escreveu:Também concordo, apenas acho que se as diferenças podiam ser maiores entre os que ganham mais e os que ganham menos, tirar 1,5% a quem ganha 5 mil euros será provavelmente bem menos penoso que tirar 1% a quem ganha 700 ou 800... para se tirar a estes últimos, por pouco que seja, penso que se podia (e devia) exigir mais aos que têm "rendimentos de luxo"!

De resto parece-me que no fundo já todos esperávamos algo do género...

artista

Eu até esperava pior, lembro-me que quando o IVA baixou 1% disseram que não era nada, agora que aumenta 1% devem manter o mesmo discurso...digo eu! :mrgreen: :mrgreen:

Sobre o IRS, quem ganha 5000€ por mês não vai notar o 1,5% (75€), não é por isso que muda os seus habitos, nem quem ganha 700€, neste caso será 7€.
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por mais_um » 12/5/2010 22:29

Marco Martins Escreveu:Acho estranho com a redução do TGV, Aeroporto e ainda todos estes impostos, o défice ficar apenas em 7% do PIB.


Tens andando distraido... :mrgreen:

O TGV, o Aeroporto e a 3ª travessia sobre o Tejo só começariam a ter impacto nas contas publicas lá para 2013 ou mesmo mais tarde, até considero um erro não serem feitas, mas compreendo o motivo, é preciso dar um sinal à Europa, o custo aumentou tendo em conta o eventual aumento dos juros e cala de vez as vozes da desgraça.
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por moppie85 » 12/5/2010 21:43

TheTraveler Escreveu:
artista Escreveu:
mais_um Escreveu:Já em tempos li que há uns paises na Europa, não sei se é a alemanha ou algum pais nordico em que independentemente do que tu descontares há um limite maximo do valor da reforma.


Mas quais são esses paises? conheces algum?! Sinceramente gostava de saber...


Uns amigos meus, ela Holandesa e ele Alemão, decidiram assentar, e a escolha foi a Holanda devido ao sistema de pensões Alemão. Pelo que eles me disseram, no sistema Alemão a reforma é igual pra todos, mil e poucos euros fixos. Na Holanda é do tipo do nosso sistema, percentagem dos últimos salários de um certo número de anos.
Não tenho mais dados sobre isto...


70% do ultimo ordenado.
 
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por LTCM » 12/5/2010 21:41

artista Escreveu:
Mas quais são esses paises? conheces algum?! Sinceramente gostava de saber...


Basta procurar aqui
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
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por Marco Martins » 12/5/2010 21:32

Para termos a cereja em cima do bolo, só faltava agora anunciarem que iriam:
- pôr ordem nas câmaras super endividadas
- pôr ordem nas empresas de transportes estatais (de aviação, comboios, metros, autocarros) partindo em várias e vendendo algumas delas
- dividir a EDP por regiões e vender algumas delas
- vender a RTP1
- mudar o nome da RTP2 para PortugalTV e trocar a frequência com a RTP1
- fazer dos serviços do estado, um verdadeiro serviço estatal, concertando com os privados para que os horários fossem fixos para todos e o dos organismos públicos fossem desfasados de 1 hora dos privados (pois normalmente tendem a ser mais privados a necessitar dos públicos)

Mas de qualquer forma vamos ver se agora Portugal entra nos eixos que acho que é o que todos os tugas desejam...
 
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por artista_ » 12/5/2010 21:11

Também concordo, apenas acho que se as diferenças podiam ser maiores entre os que ganham mais e os que ganham menos, tirar 1,5% a quem ganha 5 mil euros será provavelmente bem menos penoso que tirar 1% a quem ganha 700 ou 800... para se tirar a estes últimos, por pouco que seja, penso que se podia (e devia) exigir mais aos que têm "rendimentos de luxo"!

De resto parece-me que no fundo já todos esperávamos algo do género...

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por MarcoAntonio » 12/5/2010 20:55

Elias Escreveu:Essa de baixarem o salário dos políticos é um bocado para o show-off (embora lhes dê autoridade moral para fazer cortes a eito) -


É uma questão de responsabilidade (assumir a responsabilidade pelas políticas passadas e presentes), é uma questão de moralidade, de justiça (social e salarial) e de legitimidade!

Elias Escreveu:isto porque onde se ganha melhor não é na política, mas sim no sector empresarial do Estado.


O que está para já acordado (aparentemente vai ser aprovado amanhã) é o seguinte:

O mesmo valor será encontrado com cortes nas despesas, designadamente através de uma redução de 5% nos salários de membros do Governo, deputados, autarcas, gestores públicos e reguladores, como o governador do Banco de Portugal.


Parece-me bem. Pessoalmente, não tenho absolutamente nada a apontar (à parte de discutir do valor que seria sempre discutível). Mas a transversalidade da medida é de elogiar e, para a mentalidade tuga, digo até que surpreendente!
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Elias » 12/5/2010 20:47

Marco Martins Escreveu:Mas de qualquer forma, fico contente por pelo menos estarem a assumir o problema de frente e baixarem também o salário aos políticos que afinal de contas também são muito responsáveis por toda esta situação!! Noutra qualquer empresa seriam despedidos... mas enfim, ainda lhe iríamos pagar indeminizações... :)


Essa de baixarem o salário dos políticos é um bocado para o show-off (embora lhes dê autoridade moral para fazer cortes a eito) - isto porque onde se ganha melhor não é na política, mas sim no sector empresarial do Estado.
 
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por Marco Martins » 12/5/2010 20:41

Jornal de Negócios Escreveu:Mais IVA, mais IRS, mais IRC e corte de salários de políticos e altos dirigentes
O Governo e o PSD terão chegado a um acordo de princípio sobre a receita para reduzir o défice e ir inclusive além do prometido a Bruxelas.
Jornal de Negócios Online
negocios@negocios.pt

O Governo e o PSD terão chegado a um acordo de princípio sobre a receita para reduzir o défice e ir inclusive além do prometido a Bruxelas.

Segundo avança a TVI, a taxa do IVA vai aumentar um ponto percentual em toda a gama: taxa normal sobe de 20% para 21%, a reduzida de 5% para 6% e a intermédia, aplicada por exemplo à restauração, sobe de 12% para 13%.

Também vai haver mexidas nos impostos sobre singulares. Uma das medidas prevista neste âmbito fará com que quem ganhe mais de 2.375 euros por mês fique sujeito a uma taxa acrescida de 1,5% sobre os seus rendimentos. O agravamento será de 1% para os salários abaixo do patamar dos cinco salários mínimos nacionais.

As maiores empresas, entre as quais os bancos, por seu turno, vão ser sujeitas a uma taxa crise, de 2,5% sobre os lucros.

Tudo somado, do lado da receita, o Governo espera obter mil milhões de euros adicionais.

O mesmo valor será encontrado com cortes nas despesas, designadamente através de uma redução de 5% nos salários de membros do Governo, deputados, autarcas, gestores públicos e reguladores, como o governador do Banco de Portugal.

Ainda segundo a TVI, o aumento de receita e os cortes na despesa permitirão gerar uma poupança de 2.100 milhões de euros.

Este valor equivale a 1,3% do PIB e permitirá a Bruxelas apresentar uma proposta de redução do défice mais ambiciosa do que a assumida neste fim-de-semana, para 7%, em vez de 7,3% do PIB.

José Sócrates e Pedro Passos Coelho deverão encontrar-se já esta quinta-feira para “selar” as negociações. O encontro deverá ter lugar às 9h30 e preceder o Conselho de Ministros habitual às quintas-feiras, permitindo ao Executivo aprovar desde logo as novas medidas.

http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=425263



Acho estranho com a redução do TGV, Aeroporto e ainda todos estes impostos, o défice ficar apenas em 7% do PIB.

Ou é de mim ou estão a fazer as coisas de forma a dar um valor bem inferior no fim do ano ou então as contas ainda não estavam bem como era dito...

Mas de qualquer forma, fico contente por pelo menos estarem a assumir o problema de frente e baixarem também o salário aos políticos que afinal de contas também são muito responsáveis por toda esta situação!! Noutra qualquer empresa seriam despedidos... mas enfim, ainda lhe iríamos pagar indeminizações... :)
 
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por TheTraveler » 12/5/2010 20:25

artista Escreveu:
mais_um Escreveu:Já em tempos li que há uns paises na Europa, não sei se é a alemanha ou algum pais nordico em que independentemente do que tu descontares há um limite maximo do valor da reforma.


Mas quais são esses paises? conheces algum?! Sinceramente gostava de saber...


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Não tenho mais dados sobre isto...
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por canguru » 12/5/2010 20:24

vou deixar aqui um email que enviei a uns amigos como resultado de uma troca de argumentos sobre a questão do imposto sobre o 13º mês

muita da geração dos nossos pais (especialmente os que estudaram) viveram com bons empregos, foram altamente incentivados à pré-reforma e muitos deles tem reformas abastadas. ora, a manutenção desse status quo contribuiu (também) para que os estados fossem criando défices verdadeiramente monstruosos. os monstros foram criados sem se atender à produtividade, à competitividade asiática, à globalização, ao final do baby boom, etc...

não há quem sustente a pirâmide. é impossivel a geração recibos verdes pagar 2.000/2.500 € por mês*14 a um ex-professor ou ex-militar!
já disse ao meu pai não sei quantas vezes que a geração dele (do maio de 68 e do 25 de abril) é uma geração egoísta, egocêntrica, que não tem uma visão para lá da do seu umbigo e cujos expoentes máximos são os sindicalistas dos FPs, dos professores, os juízes, os militares.

um asiático trabalha 12 meses e recebe 12 ordenados
um americano trabalha 11 meses e recebe 11 ordenados
para um europeu trabalhar 11 meses e receber 14 ordenados, esse país tem de ser altamente produtivo.

as medidas são impopulares mas ao menos a malta a recibos verdes, com contratos quinzenais nos call centers e os desempregados não são afectados porque... não têm 13º mês.
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por MarcoAntonio » 12/5/2010 19:21

Em parte, sim, Artista.

Contudo eu também não estou a subscrever por inteiro a sugestão da limitação dos 3 mil euros.

Agora, o que eu digo, é que devemos começar a ganhar abertura para medidas desse tipo que corrigiam anomalias cancerígenas do sistema que (pelo menos em parte) nos meteram neste buraco em que estamos em vez de nos continuarmos a apoiar na mesma moralidade/ética oca e incoerente.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por artista_ » 12/5/2010 19:09

MarcoAntonio Escreveu:E aquele argumento de que têm a vida organizada em torno desse valor, não cola. Quem está a trabalhar, se tiver uma redução de ordenado, também tem de se readaptar, ora bolas...


Sim, concordo, mas parece-me muito duvidoso retirar 80 ou 90% da reforma a alguém. Não sei se te estavas a referir a mim porque lá atrás falei da "vida organizada em função de um determinado valor"?! Eu próprio disse que deviam ser revistas essas reformas mas não concordo que isso pudesse chegar ao ponto de reduzir drasticamente a pensão de uma pessoa...

mais_um Escreveu:A questão é o que é uma reforma condigna, 3 mil €?


Utilizei uma palavra incorrecta, o que pretendia dizer era "conforme", uma reforma que tenha alguma relação com os descontos efectuados, mesmo que a relação não seja proposrcional...

mais_um Escreveu:Já em tempos li que há uns paises na Europa, não sei se é a alemanha ou algum pais nordico em que independentemente do que tu descontares há um limite maximo do valor da reforma. É algo que não me choca que seja implementado em Portugal, acabava-se com as reformas chorudas do BP e afins!


Mas quais são esses paises? conheces algum?! Sinceramente gostava de saber...

Não sei se concordaria mas talvez sim, pelo menos concordo que apartir de certos valores os descontos para quem se reforma deveriam ser muito superiores...

abraços

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Re: Concordo

por moppie85 » 12/5/2010 18:58

Paulo Moreira Escreveu:
nmfn Escreveu:
MAV8 Escreveu:Eu estou disposto a sacrificar o meu 13º mês com algumas condições pela ordem que se segue:

1º - Sacrificar o 13º e 14º a todos os cargos politicos - Ministros, Secretérios de Estado, deputados, Presidentes de Camara, Administradores de empresas Públicas e cargos de nomeação do sector publico.

2º - Acabar com os Bonus e prémios das empresas publicas.

3º - Eliminar 25% dos cargos de nomeação no país (vejam o que já estão a fazer em Espanha).

4º - Parar as obras publicas de grande envergadura - tgv, aeroporto e 3ªponte - e impor rigor nos contratos das restantes.

5º - Acabar com todas as scuts, colocando portagens em todas elas.

6º - Reduzir o nº de deputados (pelo menos 25%) da assembleia da républica já para a proxima legislatura.

7º - Sacrificar o 13º de quem recebe mais de 1000 euros limpos na função pública e 1/2 dos que ganham abaixo desse valor.

Por último - O Valor poupado ser exclusivamente utilizado no pagamento da dívida externa.

O exemplo tem de vir dos governantes que nos colocaram nesta situação, assim têm de ser estes a fazer os maiores sacrificios nem que seja como exemplo para todo o país, ou mostram que querem alterar o estado das coisas verdadeiramente e começam por si próprios ou temo que possa haver uma revolução social.


Apenas queria acrescentar mais uma medida - prisão para quem colocou o País nesta situação. É, claramente, uma gestão danosa e os responsáveis têm de ser punidos.


Temos prisões suficientes para isso?


Constrói-se.
Investimento de proximidade com alta rentabillidade para o país! :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
 
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por Nyk » 12/5/2010 18:27

mais_um Escreveu:
Nyk Escreveu:Há tantas injustiças, uma delas no meu ver é a maioria dos reformados, ganhar mais na reforma que a trabalhar.


Estas equivocado, essa situação não se verifica na maioria dos reformados como afirmas, acontecia nos funcionários publicos porque reformavam-se com 100%, enquanto os privados a reforma maxima possivel era de 80%.



Equivocado,será? Ouvi dizer que essa novas regras são só para quem entrou na função pública depois de 1990, não sei se é assim ou não.

E outra coisa,eu pessoalmente acho que os reformados deviam continuar a descontar para a segurança social como se estivesem a trabalhar.
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
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por mais_um » 12/5/2010 18:19

artista Escreveu:
Obviamente, isso toda a gente sabe, não é falácia nenhuma, o que quis dizer é que as pessoas descontam uma vida e ganham o direito a uma reforma condigna... como é óbvio, actualmente descontam para um bolo que paga, entre outras coisas, as reformas dos actuaias pensionistas, mas chegará o tempo em que haverá outros a descontar para nós! Não estou a ver onde é que está a dúvida nisto?!



A questão é o que é uma reforma condigna, 3 mil €?

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por MarcoAntonio » 12/5/2010 18:16

mais_um Escreveu:No entanto, quer o Durão, quer o Socrates (principalmente este) introduziram alterações que minimizaram esta situação, obviamente que à custa dos novos reformados da função publica, com a alteração de 100% para 80% e à custa de todos os reformados com uma aproximação dos escalões do IRS dos reformados ao dos trabalhadores no activo.


Este é um daqueles pontos em que concordamos. Esta história dos direitos adquiridos sempre me fez uma enorme confusão porque é um obstáculo a corrigir injustiças passadas ou obriga a corrigir injustiças passadas com uma nova injustiça!

Era igual para todos e acabou (incluindo os que já estão na reforma)!



E aquele argumento de que têm a vida organizada em torno desse valor, não cola. Quem está a trabalhar, se tiver uma redução de ordenado, também tem de se readaptar, ora bolas...
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
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por mais_um » 12/5/2010 18:06

Nyk Escreveu:Há tantas injustiças, uma delas no meu ver é a maioria dos reformados, ganhar mais na reforma que a trabalhar.


Estas equivocado, essa situação não se verifica na maioria dos reformados como afirmas, acontecia nos funcionários publicos porque reformavam-se com 100%, enquanto os privados a reforma maxima possivel era de 80%.

Claro que o facto de não pagarem 11% para a segurança social e terem um escalão de IRS mais baixo, fazia com que tivesse rendimento disponivel substancialmente superior do que quando trabalhavam (principalmente no caso dos funcionários publicos).

No entanto, quer o Durão, quer o Socrates (principalmente este) introduziram alterações que minimizaram esta situação, obviamente que à custa dos novos reformados da função publica, com a alteração de 100% para 80% e à custa de todos os reformados com uma aproximação dos escalões do IRS dos reformados ao dos trabalhadores no activo.

Com estas novas regras a sustentação da nossa SS foi prolongada bastantes anos, segundo os especialistas.
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por Banifico » 12/5/2010 18:03

Deixo aqui um artigo do Professor Catedrático João Duque, comentador habitual no Plano Inclinado, que fala das voltas que foi preciso dar para que o TGV tivesse uma TIR (taxa interna de rentabilidade) positiva... foi à martelada!

http://citadino.blogspot.com/2010/02/an ... quido.html
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Re: Concordo

por RandomWalk » 12/5/2010 17:59

nmfn Escreveu:
MAV8 Escreveu:Eu estou disposto a sacrificar o meu 13º mês com algumas condições pela ordem que se segue:

1º - Sacrificar o 13º e 14º a todos os cargos politicos - Ministros, Secretérios de Estado, deputados, Presidentes de Camara, Administradores de empresas Públicas e cargos de nomeação do sector publico.

2º - Acabar com os Bonus e prémios das empresas publicas.

3º - Eliminar 25% dos cargos de nomeação no país (vejam o que já estão a fazer em Espanha).

4º - Parar as obras publicas de grande envergadura - tgv, aeroporto e 3ªponte - e impor rigor nos contratos das restantes.

5º - Acabar com todas as scuts, colocando portagens em todas elas.

6º - Reduzir o nº de deputados (pelo menos 25%) da assembleia da républica já para a proxima legislatura.

7º - Sacrificar o 13º de quem recebe mais de 1000 euros limpos na função pública e 1/2 dos que ganham abaixo desse valor.

Por último - O Valor poupado ser exclusivamente utilizado no pagamento da dívida externa.

O exemplo tem de vir dos governantes que nos colocaram nesta situação, assim têm de ser estes a fazer os maiores sacrificios nem que seja como exemplo para todo o país, ou mostram que querem alterar o estado das coisas verdadeiramente e começam por si próprios ou temo que possa haver uma revolução social.


Apenas queria acrescentar mais uma medida - prisão para quem colocou o País nesta situação. É, claramente, uma gestão danosa e os responsáveis têm de ser punidos.


Os principais não estao cá, estão do outro lado do atlantico.
Mas o pior de todos é sem dúvida um que não tem rosto mas que mora cada vez mais no coração de muitos: a Ganancia!
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por artista_ » 12/5/2010 17:45

Muffin Escreveu:Não tendo de momento opinião formada sobre esta medida (até a ver mais documentada e porque provavelmnete nada resolveria), gostaría de referir que o seu argumento, caro Artista, nasce da falácia que as pessoas descontam para a sua reforma.

Infelizmente está bem documentado que andamos a descontar apenas para a reforma dos actuais pensionistas, sendo o sistema insustentável dentro de alguns anos.


Obviamente, isso toda a gente sabe, não é falácia nenhuma, o que quis dizer é que as pessoas descontam uma vida e ganham o direito a uma reforma condigna... como é óbvio, actualmente descontam para um bolo que paga, entre outras coisas, as reformas dos actuaias pensionistas, mas chegará o tempo em que haverá outros a descontar para nós! Não estou a ver onde é que está a dúvida nisto?!

Muffin Escreveu:Quanto a injustiça, vejo-a em muitas situações, entre as quais professores reformarem-se com 2500€ e vendo o que passa com esta classe profissional pergunto-me com que valor será de esperar que ganhe (e se reforme) alguém que começa a carreira e desenvolva o mesmo trabalho.


Lá vêm os professores outra vez à baila, chiça!!? Nem compreendo bem o que queres dizer com este comentário, achas 2500 euros muito? e a parte final também não percebi?!... de qualquer forma também te digo que isso já foi "chão que deu uvas", os professores que, como eu, iniciaram a carreira nos últimos 15 anos (e até há mais tempo) nunca chegarão a essas reformas, nem aos 2000 mil euros!

De qualquer forma custa ver pessoas que olham para o lado e lhes parece que todos ganham muito, não interessa o trabalho que desenvolvem, as exigências que lhes são pedidas, ou o mérito que têm, ganham muito e pronto! Tenho quase a certeza que muita gente não se importaria de pagar menos a todos desde que não mexessem no seu salário :shock:

Muffin Escreveu:Mas como em tudo, não há soluções simples.


Pelo menos nisto concordo contigo! :wink:

abraço

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