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Caldeirão da Bolsa

Subsidio de natal para o estado em prol do país?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por artista_ » 11/5/2010 1:02

mais_um Escreveu:
artista Escreveu:
mais_um Escreveu:Se bem me lembro o caso do Artista é mais por opção dele, é professor sem habilitações profissionais, certo?


Errado. Tenho habilitações profissionais há 2 anos, e não tive antes porque tinha de ter um contrato anual (e não de substituição) para fazer a profissionalização... coisa que nos primeiros anos se revelava impossível, a não ser que fosse mais um dos que não se importava de andar com a casa às costas e ir pelo país fora onde houvesse um lugar... são opções, eu preferi esperar uns anos, voltaria a fazer o mesmo, outros preferem sacrificar os primeiros anos!!

artista


Ok, estava enganado no caso das habilitações mas certo no caso de ser opção tua.. :mrgreen:


Errado novamente... eu não tenho opção de ter este tipo de contratos ou situação, a única opção que faço é entre ir para longe com um horário melhor mas afastando-me da família e aumentando significativamente as minhas despesas (na prática actualmente significaria menos rendimentos) ou ficar aqui com horários mais complicados (quase sempre em mais do que uma escola e muitas vezes não completos) mas ficando perto dos meus e não tendo tantas despesas...

O que contraria o que disseste lá atrás, sobre os empregos seguros...

abraço

artista
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por Mcmad » 11/5/2010 0:58

Isto surreal discutir. São por demais evidentes as diferenças entre público e privado! Só não vê quem está no sistema ou está de alguma forma ligado a ele!
Confira as minhas opiniões

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por artista_ » 11/5/2010 0:55

mais_um Escreveu:A minha opinião:
moppie85 Escreveu:Se de facto os Privados têm menos regalias e tb estão a perder dinheiro ao longo dos últimos anos, porque será que é tão raro um quadro médio do privado despedir-se para gozar as regalias na FP?[/quote?]

Por vários motivos, as vagas são limitadas e normalmente estão "reservadas" para amigos, familiares e membros do partido.


Então o problema não é bem os funcionário público, é mais os interesses partidários...

Já agora, esse tipo de "reservas" não existe no privado!? ... e de que maneira!! :)


mais_um Escreveu:Deves pensar que toda a gente que trabalha no sector privado tem telemovel e carro, não? Também conheço funcionários publicos que tem carro e telemovel do estado.
E mesmo dos que tem carro e telemovel das empresas não são todos "à grande", há muitos que tem limitações no uso desses "beneficios".


Mas tens dúvidas que esse tipo de beneficio existe muito mais no privado que no público?! eu não tenho :)

abraço

artista
Editado pela última vez por artista_ em 11/5/2010 1:05, num total de 1 vez.
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por mais_um » 11/5/2010 0:52

artista Escreveu:
mais_um Escreveu:Se bem me lembro o caso do Artista é mais por opção dele, é professor sem habilitações profissionais, certo?


Errado. Tenho habilitações profissionais há 2 anos, e não tive antes porque tinha de ter um contrato anual (e não de substituição) para fazer a profissionalização... coisa que nos primeiros anos se revelava impossível, a não ser que fosse mais um dos que não se importava de andar com a casa às costas e ir pelo país fora onde houvesse um lugar... são opções, eu preferi esperar uns anos, voltaria a fazer o mesmo, outros preferem sacrificar os primeiros anos!!

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Ok, estava enganado no caso das habilitações mas certo no caso de ser opção tua.. :mrgreen:
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por MarcoAntonio » 11/5/2010 0:50

Las_Vegas Escreveu:Vou então tentar ser mais claro.

Se de facto os FP tem vindo a perder dinheiro ao longo dos ultimos anos porque será que é tão raro um quadro médio da FP despedir-se para gozar as regalias no privado?


Primeiro, haveria que estabelecer que/se existem tais regalias a que aludes. Depois, haveria que estabelecer que/se existe oferta de trabalho no privado para os absorver...

Tu colocaste uma questão como se de uma conclusão natural para tal pressuposto se tratasse quando não o é. O que é que impede, por exemplo, que os privados tenham vindo a perder o mesmíssimo dinheiro (em termos reais) no mesmo período?

A "conclusão" de que se está melhor no privado ou que existem "regalias" parte de ti sem haver nada que o substancie ou sem que essa sugestão tenha aparecido no tópico. Bem como a assumpção implícita de que para mudar de emprego basta querer e para tal não existam outros obstáculos.

O fluxo de trabalhadores entre Privado e Estado depende de outros factores que não apenas a filosofia de remuneração (que no limite até pode ser virtualmente irrelevante). É que nem sequer está estabelecido quanto vence um trabalhador do estado e um privado para as mesmas funções, pesando todos os factores e formatos de remuneração, em termos genéricos (aliás, não tenho qualquer dúvida que nesta matéria, querer generalizar vai ser desde logo uma fonte de problemas). Muito embora circulem por aí sobre esta matéria conclusões e estudos de qualidade, no mínimo, questionável...



Las_Vegas Escreveu:E já agora, sem estatisticas e sem numeros todos os textos até aqui são pouco objectivos.


Sem estatisticas e sem números, os textos não são necessariamente pouco objectivos.

Nem são necessariamente mais objectivos se munidos de estatisticas e números uma vez que uma vez que estes sejam introduzidos se elevará a questão da natureza e qualidade das ditas estatísticas e números.

Da natureza qualitativa e quantitativa das coisas nasceria por certo mais uma bela discussão que contudo não me parece ser necessária ou oportuna...
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 11/5/2010 0:52, num total de 1 vez.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
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por artista_ » 11/5/2010 0:49

mais_um Escreveu:Se bem me lembro o caso do Artista é mais por opção dele, é professor sem habilitações profissionais, certo?


Errado. Tenho habilitações profissionais há 2 anos, e não tive antes porque tinha de ter um contrato anual (e não de substituição) para fazer a profissionalização... coisa que nos primeiros anos se revelava impossível, a não ser que fosse mais um dos que não se importava de andar com a casa às costas e ir pelo país fora onde houvesse um lugar... são opções, eu preferi esperar uns anos, voltaria a fazer o mesmo, outros preferem sacrificar os primeiros anos!!

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por mais_um » 11/5/2010 0:49

moppie85 Escreveu:
mais_um Escreveu:Do que eu conheço da legislação e com quem trabalhei durante muitos anos tiro as seguintes conclusões:

As grandes vantagens de ser funcionário publico:

Emprego garantido e pouco exigente.

A grande desvantagem:

Está limitado nos seus rendimentos (se for honesto).

Atenção que há algumas classes dentro da função publica que são beneficiadas neste aspecto, como por exemplo os médicos.

A questão das reformas e ADSE já foi em tempos uma mais valia muito importante, mas para os que entram actualmente na FP já não é.


Os médicos?
És capaz de explicar?

Sim, há determinadas categorias profissionais que podem trabalhar no Estado e no sector privado simultaneamente, os médicos são uma delas, assim como os professores.
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por artista_ » 11/5/2010 0:44

Las_Vegas Escreveu:Obviamente que não se está a falar de FP a recibo verde ou contratos manhosos mas sim efectivos que julgo eu serem a maioria.


Lá está, julgas, não tens dados, tem a "sensação"...

Um trabalho é um trabalho, nem sei a que tipo de "contratos manhosos" te referes?! Então os funcionários públicos não têm só regalias, afinal há "contratos manhosos"??

Posso te dizer que só no ensino há cerca de 30 mil professores (se calhar estes só merecem os tais "contratos manhosos") que todos os anos têm de concorrer a um lugar, uns anos há outros não, uns anos há um lugar a tempo inteiro, outro apenas parcial, uns anos há um lugar desde Setembro, outros só em Outubro, Novembro ou janeiro, uns anos o contrato dura um ano outros dura uns meses, uns anos há um contrato numa escola, outros há em 2 ou 3...

Lá atrás disse que tenho 13 anos de funcão pública, na realidade seriam 15 anos, só que em 2 deles, no início, nem lugar consegui. E na só tenho 8 anos de tempo de serviço, sabes porquê? porque, nestes anos todos, não tive um único ano em que fosse contratado no dia 1 de Setembro com um horário completo que durasse até 31 de Agosto do ano seguinte! Por isso os 15 anos que passaram desde que comecei a dar aulas resultam em apenas 8 de emprego efectivo, de rendimentos, de descontos, etc

E eu não me queixo, antes pelo contrário, dou graças por neste momento ter um emprego e o que ganho dá para fazer uma vida decente, sem luxos mas decente! Faço o meu trabalho o melhor que posso e sei, mas também custa bastante a ler coisas completamente descabidas como algumas que estão escritas neste tópico!!!

abraços

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por Marco Martins » 11/5/2010 0:43

moppie85 Escreveu:
Las_Vegas Escreveu:
moppie85 Escreveu:
Las_Vegas Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:
Las_Vegas Escreveu:Há aqui qualquer coisa que não bate certo...porque será que é raro um funcionário publico despedir-se e vir para o privado onde até dão viatura e telemóvel à borla?


Trata-se meramente de filosofias de remuneração diferentes no sector privado e no público e a razão delas existirem são relativamente óbvias.

Não há nada a não bater certo porque uma filosofia não é necessaria ou claramente melhor (nem pior) que a outra do ponto de vista do trabalhador.

O teu texto de resto é pouco objectivo e denuncia preconceito da tua parte. Não é "até dão". É: na função pública há uma forma de remuneração e no sector privado existe uma tendência e prática crescentes para parte da remuneração ser feita em bens e serviços (e não "até ser feita").


Vou então tentar ser mais claro.

Se de facto os FP tem vindo a perder dinheiro ao longo dos ultimos anos porque será que é tão raro um quadro médio da FP despedir-se para gozar das regalias no privado?

Serão porque a segurança que dá o estatuto de efectivo na FP vale ouro nos tempos que correm?

E já agora, sem estatisticas e sem numeros todos os textos até aqui são pouco objectivos.

De resto tambem nao tenho aqui os numeros, apenas a sensação (que pode estar errada) de que se o regabofe da gestão dos dinheiros publicos continua como até aqui (onde se inlui o aumento de 2,9% em 2009) estamos todos bem lixados.


Começando a desmontar:

Se de facto os FP tem vindo a perder dinheiro ao longo dos ultimos anos porque será que é tão raro um quadro médio da FP despedir-se para gozar das regalias no privado?


Se de facto os Privados têm menos regalias e tb estão a perder dinheiro ao longo dos últimos anos, porque será que é tão raro um quadro médio do privado despedir-se para gozar as regalias na FP?

Serão porque a segurança que dá o estatuto de efectivo na FP vale ouro nos tempos que correm?


Pergunta isso ao Artista que trabalha para a FP há 13 anos e está todos os anos a "renovar" o contrato. E como o Artista há outros milhentos. Não é "toda" a função pública que tem essa sorte. Tal como não são todos os privados que são precários.


E já agora, sem estatisticas e sem numeros todos os textos até aqui são pouco objectivos.


Se calhar é porque não existem. Não existe nenhum estudo/estatistica que inclua a fuga aos impostos dessas empresas nem as "benesses" oferecidos pelas empresas (carros, telemoveis, etc).

e resto tambem nao tenho aqui os numeros, apenas a sensação (que pode estar errada) de que se o regabofe da gestão dos dinheiros publicos continua como até aqui (onde se inlui o aumento de 2,9% em 2009) estamos todos bem lixados.


Como o Marco António referiu, nos últimos 10 anos a FP perdeu cerca de 8-9% do poder de compra, ou seja, mesmo contando com esse "aumento eleitoral" a fp perdeu, de forma real, 9% do seu vencimento (e aqui não há fugas de impostos e pagamentos em $$ por baixo da mesa).


Obviamente que não se está a falar de FP a recibo verde ou contratos manhosos mas sim efectivos que julgo eu serem a maioria.


Quando falas em quadros médios nas empresas, também não estás a falar exactamente da senhora da limpeza que está a recibos...


Acho que vocês se estão a distrair com algo... o problema aqui não são os funcionários públicos!

O problema é a quantidade de organismos públicos que estão sobre alçada do estado!

Parece que agora querem pôr as contratações dos professores ao nível das escolas... isso só irá provocar ainda mais "tachinhos" que não são bem vistos...

Temos de mudar vários sistemas...

Tem de haver mais autonomia nos distritos, concelhos e freguesias, mas no entanto têm de haver organismos que façam o controlo geral...

Por exemplo, porque é que não existe um organismo para esse efeito em cada distrito e que todos os meses faz um relatório sobre a utilização de dinheiros, recursos, pessoas do outro distrito?

Isso leva a que exista um controlo mais apertado dos gastos de cada um...
 
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por Mcmad » 11/5/2010 0:42

Interessante este tema Público \ Privado :mrgreen:

Já contribui com a minha sugestão noutro tópico

Mcmad escreveu:
A minha solução seria aumentar exponencialmente o número de funcionários públicos de forma a dinamizar a economia, quer ao nivel do consumo via ordenados altos, quer ao nivel da receita do estado com o pagamento de impostos dos mesmos.

Está aqui a solução para Portugal!


Continuo a achar que está aqui a solução...


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por mais_um » 11/5/2010 0:41

A minha opinião:
moppie85 Escreveu:Se de facto os Privados têm menos regalias e tb estão a perder dinheiro ao longo dos últimos anos, porque será que é tão raro um quadro médio do privado despedir-se para gozar as regalias na FP?


Por vários motivos, as vagas são limitadas e normalmente estão "reservadas" para amigos, familiares e membros do partido.


Pergunta isso ao Artista que trabalha para a FP há 13 anos e está todos os anos a "renovar" o contrato. E como o Artista há outros milhentos. Não é "toda" a função pública que tem essa sorte. Tal como não são todos os privados que são precários.


Se bem me lembro o caso do Artista é mais por opção dele, é professor sem habilitações profissionais, certo?

E o facto de trabalhares para o Estado não faz de ti um FP, há muitos que o fazem a recibos verdes e não são FP, não é desses qeu estamos a falar, acho.

Se calhar é porque não existem. Não existe nenhum estudo/estatistica que inclua a fuga aos impostos dessas empresas nem as "benesses" oferecidos pelas empresas (carros, telemoveis, etc).


Deves pensar que toda a gente que trabalha no sector privado tem telemovel e carro, não? Também conheço funcionários publicos que tem carro e telemovel do estado.
E mesmo dos que tem carro e telemovel das empresas não são todos "à grande", há muitos que tem limitações no uso desses "beneficios".



Como o Marco António referiu, nos últimos 10 anos a FP perdeu cerca de 8-9% do poder de compra, ou seja, mesmo contando com esse "aumento eleitoral" a fp perdeu, de forma real, 9% do seu vencimento (e aqui não há fugas de impostos e pagamentos em $$ por baixo da mesa).


Certo, até dou de barato que as contas do Marco estão correctas mas há uma coisa que está esquecida nessas contas, chama-se progressão na carreira, que até à bem pouco tempo era automatica (não sei se ainda é) e que representa valores muito significativos. É certo que na legislatura anterior o Socrates congelou essas progressões durante algum tempo, por causa do defice.
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por moppie85 » 11/5/2010 0:35

Las_Vegas Escreveu:
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Las_Vegas Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:
Las_Vegas Escreveu:Há aqui qualquer coisa que não bate certo...porque será que é raro um funcionário publico despedir-se e vir para o privado onde até dão viatura e telemóvel à borla?


Trata-se meramente de filosofias de remuneração diferentes no sector privado e no público e a razão delas existirem são relativamente óbvias.

Não há nada a não bater certo porque uma filosofia não é necessaria ou claramente melhor (nem pior) que a outra do ponto de vista do trabalhador.

O teu texto de resto é pouco objectivo e denuncia preconceito da tua parte. Não é "até dão". É: na função pública há uma forma de remuneração e no sector privado existe uma tendência e prática crescentes para parte da remuneração ser feita em bens e serviços (e não "até ser feita").


Vou então tentar ser mais claro.

Se de facto os FP tem vindo a perder dinheiro ao longo dos ultimos anos porque será que é tão raro um quadro médio da FP despedir-se para gozar das regalias no privado?

Serão porque a segurança que dá o estatuto de efectivo na FP vale ouro nos tempos que correm?

E já agora, sem estatisticas e sem numeros todos os textos até aqui são pouco objectivos.

De resto tambem nao tenho aqui os numeros, apenas a sensação (que pode estar errada) de que se o regabofe da gestão dos dinheiros publicos continua como até aqui (onde se inlui o aumento de 2,9% em 2009) estamos todos bem lixados.


Começando a desmontar:

Se de facto os FP tem vindo a perder dinheiro ao longo dos ultimos anos porque será que é tão raro um quadro médio da FP despedir-se para gozar das regalias no privado?


Se de facto os Privados têm menos regalias e tb estão a perder dinheiro ao longo dos últimos anos, porque será que é tão raro um quadro médio do privado despedir-se para gozar as regalias na FP?

Serão porque a segurança que dá o estatuto de efectivo na FP vale ouro nos tempos que correm?


Pergunta isso ao Artista que trabalha para a FP há 13 anos e está todos os anos a "renovar" o contrato. E como o Artista há outros milhentos. Não é "toda" a função pública que tem essa sorte. Tal como não são todos os privados que são precários.


E já agora, sem estatisticas e sem numeros todos os textos até aqui são pouco objectivos.


Se calhar é porque não existem. Não existe nenhum estudo/estatistica que inclua a fuga aos impostos dessas empresas nem as "benesses" oferecidos pelas empresas (carros, telemoveis, etc).

e resto tambem nao tenho aqui os numeros, apenas a sensação (que pode estar errada) de que se o regabofe da gestão dos dinheiros publicos continua como até aqui (onde se inlui o aumento de 2,9% em 2009) estamos todos bem lixados.


Como o Marco António referiu, nos últimos 10 anos a FP perdeu cerca de 8-9% do poder de compra, ou seja, mesmo contando com esse "aumento eleitoral" a fp perdeu, de forma real, 9% do seu vencimento (e aqui não há fugas de impostos e pagamentos em $$ por baixo da mesa).


Obviamente que não se está a falar de FP a recibo verde ou contratos manhosos mas sim efectivos que julgo eu serem a maioria.


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por moppie85 » 11/5/2010 0:34

Pata-Hari Escreveu:Artista, ninguém acusa os funcionários públicos. Acusa-se o estado de os gerir mal gerindo mal os recursos que lhe são confiados. Não é bom para ninguém ter uma percentagem enorme da população mal gerida.

Já tivémos a discussão diversas vezes relativamente à produtividade do país e do sector estado. As contas públicas são o resultado da gestão pública e não carecem de legendas.

E sim, posso criticar. Porque pago. É legitimo.


Pata,
concordo que critiques - mas a culpa não é dos FPs em si.
a culpa é da organização do estado que permite que haja duplicação de serviços, ineficiencia, burocracia e incompetência.

Um exemplo típico disto foi qd tive de ir à CGA pedir uma declaração sobre os anos de desconto do meu pai.

Tive 3h para ser atendido num balcão "normal" para comunicar que tinha deixado de ser estudante. Chego ao balcão para comunicar que deixei de ser estudante e obrigam-me a fazer uma carta ao balcão, em seguida peço para desbloquearem a pensão que se encontrava bloqueada há 2 anos por "dívidas" à CGA... essas dividas eram perto de 25 000€ a favor vs 7 000 € a favor deles (ou seja, não existia divida nenhuma - já estava saldada qd atribuiram a pensão de sobrevivencia).

Tive 1h à espera do "gestor de conta" para ele desbloquear a conta e desbloqueou tão bem que recebi a quantia toda e "esqueceu-se" de retirar os 7 000 € em divida... Era para eu daqui a uns anos ter problemas por dividas à CGA. Lá tive de telefonar para restituir o dinheiro. Espero que ao menos isto esteja bem tratado.

Por fim, no balcão pedi a dita declaração. Disseram-me que não passavam no balcão normal - tinha de ir ao balcão das Declarações. Mais 30 min à espera e no fim, chego ao balcão e dizem-me que não podem passar a declaração - "só os lá de cima é que conseguem." - ou seja têm um balcão de declarações que não pode passar uma declaração sobre o período contributivo tido em conta para calcularem a pensão.

Para finalizar a semana passada recebi um email do IRS a chamarem-me para ir mostrar os papéis do Anexo A devido a "divergências".

As divergencias que existem foi a CGA que não transmitiu os rendimentos às finanças e por isso lá vou eu perder mais um dia a pastar na repartição.

Isto é só um exemplo da eficiência dos nossos Serviços Públicos. E isto não é culpa dos funcionários, é culpa do sistema que não permite coisas tão simples como num balcão de declarações, passarem as declarações que as pessoas vão buscar (e aqui estamos a falar na Sede na Av 5 de Outubro, agora imagina o que era tratar disto na CGD como "supostamente" devia acontecer - e supostamente têm um funcionário só para isso.

PS: para pedir a pensão tive de enviar 3 cartas, pq cada vez que enviava um documento mandavam outra carta a dizer que faltava o documento X. Tive de lá ir pessoalmente perguntar se estavam a gozar...
 
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por artista_ » 11/5/2010 0:30

Las_Vegas Escreveu:Se de facto os FP tem vindo a perder dinheiro ao longo dos ultimos anos porque será que é tão raro um quadro médio da FP despedir-se para gozar as regalias no privado?.


Se calhar é pela mesma razão que os trabalhadores do sector privado não passam os dias a procurar emprego no público para usufruir das regalias que tanto dizem que estes têm...

Dou-te só um exemplo, porque será que há falta de professores na área de informática?!

Las_Vegas Escreveu:Serão porque a segurança que dá o estatuto de efectivo na FP vale ouro nos tempos que correm?


Neste momento acho que ter um emprego vale ouro, seja ele no sector público ou privado...

Las_Vegas Escreveu:E já agora, sem estatisticas e sem numeros todos os textos até aqui são pouco objectivos.


Sim é verdade, neste tópico talvez não haja muita coisa mas o Marco até falou de alguns dados estatísticos... mas noutros tópicos sobre este assunto havia muitos dados!

Las_Vegas Escreveu:De resto tambem nao tenho aqui os numeros, apenas a sensação (que pode estar errada) de que se o regabofe da gestão dos dinheiros publicos continua como até aqui (onde se inlui o aumento de 2,9% em 2009) estamos todos bem lixados.


Pois, esse parece-me que é o principal problema, fala-se muito com "sensaçoes" e idéias pré-concebidas...

Eu também acho que os 2,9% de aumento em 2009 foram desajustados, porque obviamente que houve razões eleitoralistas para isso... mas não deixa de ser engraçado que apenas refiras esse ano e te esqueças dos muitos anos em que o aumento foi ZERO!!! Como é que alguém assim isto pode fazer uma análise minimamente imparcial sobre este assunto!??

A guerra continua... um dia destes estamos todos no limiar da pobreza (muitos na mais profunda das misérias) e haverá quem continue a defender que o problema está no funcionário público... nem que estes ganhem 100 euros por mês, haverá ainda quem ache muito! :roll:

abraços

artista
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ai dói-me o braço! Alguém tem uma muleta?

por amon_CALD » 11/5/2010 0:27

O que eu vejo aqui é uma "dor de cotovelo" relativamente aos funcionários públicos! Certamente o orgulho ferido, de alguma estabilidade e regalias que eles possuem, e que deveriam possuir todos os trabalhadores. Sendo assim seria melhor analisar porque alguns funcionários e trabalhadores não possuem as regalias que um funcionário publico possui!

Talvez não será porque há grandes fugas de iva por parte do sector privado?

Ou não será que grande parte dos trabalhadores que trabalham para uma entidade não paga as prestações sociais ao estado?

Não será que grande parte da economia do país é feita por debaixo da mesa?

E aqueles construtores que fogem constantemente ao imposto de mais valias sobre o imobiliário, que investem e re-investem o capital e no fim abrem falência e nem pingo de impostos o estado ve destas mais valias chorudas!

E os bancos, que afinal diga-se em letras grandes "o deficit é bancário" e não orcamental do estado, que emite divida para suportar as dividas de privados e familias, onde está a tributação a este capital e lucros chorudos?

Todos falam aqui de estado, mas quem está a emitir a divida é o sector privado, que não deixa o mercado do sector imobiliário funcionar, não deixa os que não têm rendimentos para suportar investimentos casa de luxo, ou casa própria falirem!

Quem não tem dinheiro para ter uma toca que durma ao relento! Eu não tenho de pagar a crise de portugueses que estão habituados aos bons luxos, boas casas, bons carros, roupa de marca estrangeira e cara.

Que subam os juros... de certo separava-se o trigo do joio num instante, e ninguém hipotecava o futuro dos meus filhos, pois aquele que poupa no verão para viver no inverno, responsavelmente não deve partilhar com aquele gozou todo o verão sem guardar uma semente de trigo para o dia de amanhã!
 
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por Las_Vegas » 11/5/2010 0:24

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MarcoAntonio Escreveu:
Las_Vegas Escreveu:Há aqui qualquer coisa que não bate certo...porque será que é raro um funcionário publico despedir-se e vir para o privado onde até dão viatura e telemóvel à borla?


Trata-se meramente de filosofias de remuneração diferentes no sector privado e no público e a razão delas existirem são relativamente óbvias.

Não há nada a não bater certo porque uma filosofia não é necessaria ou claramente melhor (nem pior) que a outra do ponto de vista do trabalhador.

O teu texto de resto é pouco objectivo e denuncia preconceito da tua parte. Não é "até dão". É: na função pública há uma forma de remuneração e no sector privado existe uma tendência e prática crescentes para parte da remuneração ser feita em bens e serviços (e não "até ser feita").


Vou então tentar ser mais claro.

Se de facto os FP tem vindo a perder dinheiro ao longo dos ultimos anos porque será que é tão raro um quadro médio da FP despedir-se para gozar das regalias no privado?

Serão porque a segurança que dá o estatuto de efectivo na FP vale ouro nos tempos que correm?

E já agora, sem estatisticas e sem numeros todos os textos até aqui são pouco objectivos.

De resto tambem nao tenho aqui os numeros, apenas a sensação (que pode estar errada) de que se o regabofe da gestão dos dinheiros publicos continua como até aqui (onde se inlui o aumento de 2,9% em 2009) estamos todos bem lixados.


Começando a desmontar:

Se de facto os FP tem vindo a perder dinheiro ao longo dos ultimos anos porque será que é tão raro um quadro médio da FP despedir-se para gozar das regalias no privado?


Se de facto os Privados têm menos regalias e tb estão a perder dinheiro ao longo dos últimos anos, porque será que é tão raro um quadro médio do privado despedir-se para gozar as regalias na FP?

Serão porque a segurança que dá o estatuto de efectivo na FP vale ouro nos tempos que correm?


Pergunta isso ao Artista que trabalha para a FP há 13 anos e está todos os anos a "renovar" o contrato. E como o Artista há outros milhentos. Não é "toda" a função pública que tem essa sorte. Tal como não são todos os privados que são precários.


E já agora, sem estatisticas e sem numeros todos os textos até aqui são pouco objectivos.


Se calhar é porque não existem. Não existe nenhum estudo/estatistica que inclua a fuga aos impostos dessas empresas nem as "benesses" oferecidos pelas empresas (carros, telemoveis, etc).

e resto tambem nao tenho aqui os numeros, apenas a sensação (que pode estar errada) de que se o regabofe da gestão dos dinheiros publicos continua como até aqui (onde se inlui o aumento de 2,9% em 2009) estamos todos bem lixados.


Como o Marco António referiu, nos últimos 10 anos a FP perdeu cerca de 8-9% do poder de compra, ou seja, mesmo contando com esse "aumento eleitoral" a fp perdeu, de forma real, 9% do seu vencimento (e aqui não há fugas de impostos e pagamentos em $$ por baixo da mesa).


Obviamente que não se está a falar de FP a recibo verde ou contratos manhosos mas sim efectivos que julgo eu serem a maioria.
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por moppie85 » 11/5/2010 0:20

mais_um Escreveu:Do que eu conheço da legislação e com quem trabalhei durante muitos anos tiro as seguintes conclusões:

As grandes vantagens de ser funcionário publico:

Emprego garantido e pouco exigente.

A grande desvantagem:

Está limitado nos seus rendimentos (se for honesto).

Atenção que há algumas classes dentro da função publica que são beneficiadas neste aspecto, como por exemplo os médicos.

A questão das reformas e ADSE já foi em tempos uma mais valia muito importante, mas para os que entram actualmente na FP já não é.


Os médicos?
És capaz de explicar?
 
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por moppie85 » 11/5/2010 0:18

Las_Vegas Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:
Las_Vegas Escreveu:Há aqui qualquer coisa que não bate certo...porque será que é raro um funcionário publico despedir-se e vir para o privado onde até dão viatura e telemóvel à borla?


Trata-se meramente de filosofias de remuneração diferentes no sector privado e no público e a razão delas existirem são relativamente óbvias.

Não há nada a não bater certo porque uma filosofia não é necessaria ou claramente melhor (nem pior) que a outra do ponto de vista do trabalhador.

O teu texto de resto é pouco objectivo e denuncia preconceito da tua parte. Não é "até dão". É: na função pública há uma forma de remuneração e no sector privado existe uma tendência e prática crescentes para parte da remuneração ser feita em bens e serviços (e não "até ser feita").


Vou então tentar ser mais claro.

Se de facto os FP tem vindo a perder dinheiro ao longo dos ultimos anos porque será que é tão raro um quadro médio da FP despedir-se para gozar das regalias no privado?

Serão porque a segurança que dá o estatuto de efectivo na FP vale ouro nos tempos que correm?

E já agora, sem estatisticas e sem numeros todos os textos até aqui são pouco objectivos.

De resto tambem nao tenho aqui os numeros, apenas a sensação (que pode estar errada) de que se o regabofe da gestão dos dinheiros publicos continua como até aqui (onde se inlui o aumento de 2,9% em 2009) estamos todos bem lixados.


Começando a desmontar:

Se de facto os FP tem vindo a perder dinheiro ao longo dos ultimos anos porque será que é tão raro um quadro médio da FP despedir-se para gozar das regalias no privado?


Se de facto os Privados têm menos regalias e tb estão a perder dinheiro ao longo dos últimos anos, porque será que é tão raro um quadro médio do privado despedir-se para gozar as regalias na FP?

Serão porque a segurança que dá o estatuto de efectivo na FP vale ouro nos tempos que correm?


Pergunta isso ao Artista que trabalha para a FP há 13 anos e está todos os anos a "renovar" o contrato. E como o Artista há outros milhentos. Não é "toda" a função pública que tem essa sorte. Tal como não são todos os privados que são precários.


E já agora, sem estatisticas e sem numeros todos os textos até aqui são pouco objectivos.


Se calhar é porque não existem. Não existe nenhum estudo/estatistica que inclua a fuga aos impostos dessas empresas nem as "benesses" oferecidos pelas empresas (carros, telemoveis, etc).

e resto tambem nao tenho aqui os numeros, apenas a sensação (que pode estar errada) de que se o regabofe da gestão dos dinheiros publicos continua como até aqui (onde se inlui o aumento de 2,9% em 2009) estamos todos bem lixados.


Como o Marco António referiu, nos últimos 10 anos a FP perdeu cerca de 8-9% do poder de compra, ou seja, mesmo contando com esse "aumento eleitoral" a fp perdeu, de forma real, 9% do seu vencimento (e aqui não há fugas de impostos e pagamentos em $$ por baixo da mesa).
 
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por mais_um » 11/5/2010 0:17

Do que eu conheço da legislação e com quem trabalhei durante muitos anos tiro as seguintes conclusões:

As grandes vantagens de ser funcionário publico:

Emprego garantido e pouco exigente.

A grande desvantagem:

Está limitado nos seus rendimentos (se for honesto).

Atenção que há algumas classes dentro da função publica que são beneficiadas neste aspecto, como por exemplo os médicos.

A questão das reformas e ADSE já foi em tempos uma mais valia muito importante, mas para os que entram actualmente na FP já não é.
Editado pela última vez por mais_um em 11/5/2010 0:18, num total de 3 vezes.
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por Las_Vegas » 11/5/2010 0:04

MarcoAntonio Escreveu:
Las_Vegas Escreveu:Há aqui qualquer coisa que não bate certo...porque será que é raro um funcionário publico despedir-se e vir para o privado onde até dão viatura e telemóvel à borla?


Trata-se meramente de filosofias de remuneração diferentes no sector privado e no público e a razão delas existirem são relativamente óbvias.

Não há nada a não bater certo porque uma filosofia não é necessaria ou claramente melhor (nem pior) que a outra do ponto de vista do trabalhador.

O teu texto de resto é pouco objectivo e denuncia preconceito da tua parte. Não é "até dão". É: na função pública há uma forma de remuneração e no sector privado existe uma tendência e prática crescentes para parte da remuneração ser feita em bens e serviços (e não "até ser feita").


Vou então tentar ser mais claro.

Se de facto os FP tem vindo a perder dinheiro ao longo dos ultimos anos porque será que é tão raro um quadro médio da FP despedir-se para gozar as regalias no privado?

Serão porque a segurança que dá o estatuto de efectivo na FP vale ouro nos tempos que correm?

E já agora, sem estatisticas e sem numeros todos os textos até aqui são pouco objectivos.

De resto tambem nao tenho aqui os numeros, apenas a sensação (que pode estar errada) de que se o regabofe da gestão dos dinheiros publicos continua como até aqui (onde se inlui o aumento de 2,9% em 2009) estamos todos bem lixados.
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Re: Partilho o seu ponto de vista 100% !

por artista_ » 10/5/2010 23:54

bboniek00 Escreveu: Agora a sanha contra os servidores do Estado caiu no goto dos pobretanas que soo sabem invejar as vantagens dos outros (desde que nao as tenham).

Lutar para melhorar a sua proopria situac,ao... isso ee para os "profissionais" dos sindicatos e afins.

Uma ralee que se inveja mutuamente, piranhas sociais de baixo niivel.
Tambem isso nos trouxe a este ponto de miseeria de onde nao vamos sair com espertezas saloias.


Exactamente...

abraço

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Partilho o seu ponto de vista 100% !

por bboniek33 » 10/5/2010 23:48

canguru Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:canguru, não te faz mais sentido cobrar impostos sobre os que consomem? não te parece mais justo? sabendo que podes ajustar ao que é consumo "fundamental" do acessório?


Concordo com ambos e mesmo com medidas adicionais.
Mas aquilo que me deixa profundamente triste é que o Homem está cada vez mais individualista.
Cada um reivindica mais sem olhar ao global.
Os sindicalistas da FP, dos professores metem-me nojo.
O défice de solidariedade é sem dúvida pior que o défice que temos e mais nefasto a longo prazo.


Ainda me lembro dos empregados bancaarios serem "obrigados" a trabalhar horas extras sem as receber.

Tiveram a solidariedade de todos ? Talvez nao.

Agora a sanha contra os servidores do Estado caiu no goto dos pobretanas que soo sabem invejar as vantagens dos outros (desde que nao as tenham).

Lutar para melhorar a sua proopria situac,ao... isso ee para os "profissionais" dos sindicatos e afins.

Uma ralee que se inveja mutuamente, piranhas sociais de baixo niivel.
Tambem isso nos trouxe a este ponto de miseeria de onde nao vamos sair com espertezas saloias.
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por MarcoAntonio » 10/5/2010 23:33

Pata-Hari Escreveu:Marco, este raciocinio e argumentação é que é completamente absurda.


Não há nada de absurdo, apenas a realidade. Privados há que vivem da subsidiação ou de prestar serviços ao Estado. Muito do colectado sobre a forma de impostos vai para remunerar privados...


Pata-Hari Escreveu: A razão de existir do estado é que exactamente porque os privados estão dispostos a pagar para terem serviços centrais e centralizados e porque se acredita que é necessária alguma redistribuição por questões morais, sociais e de equidade. Sem privados, nem estado tinhas. Não é exactamente equivalente ao dilema do ovo e da galinha.

Todos os sistemas económicos centralizados terminaram rapidamente...falidos.


A razão de existir do Estado é porque os privados e os outros (todos de uma forma geral) encontram utilidade/funcionalidade neste modelo. E quando acharmos generalizadamente que existe um melhor, potencialmente evoluiremos para ele.

O Estado somos todos nós directa ou indirectamente. Ele não existe porque estamos disponíveis a permitir a sua existência. Mais do que isso, ele existe porque nós queremos que ele exista (embora nem todos, manifestamente, concordemos no seu exacto formato e funcionalidade).

Mas muito poucas pessoas defenderão uma organização social sem Estado.


Posto isto, o que é realmente relavante é se existe justiça social e equidade (coisas como: para trabalho e funções semelhantes, remunerações semelhantes). E, manifestamente, justiça social, não se mede em função da origem retórica do vencimento (sim, retórica, porque nem sequer é exacta)!

Portanto, se vamos debater isso, discutamos qual o vencimento líquido médio e se deveria ser mais alto ou mais baixo (nomeada e eventualmente comparando com o sector privado). E ao fazê-lo, teremos de ter em consideração as diferenças práticas que existem entre o sector privado e o sector público. Os privados, neste ponto, são sempre muito céleres em apontar regalias ou caprichos do público mas tendem a esquecer-se de outros factores que contrabalançam e contribuem para um maior equilibrio do que aquele que eles gostam de transmitir...

Também, ao falar de aumentos, falemos de um mais do que um ano isolado. E ao falar de despesa, falemos da despesa nas suas diversas vertentes, onde vai parar e de que forma tem evoluído!
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por canguru » 10/5/2010 23:28

Pata-Hari Escreveu:canguru, não te faz mais sentido cobrar impostos sobre os que consomem? não te parece mais justo? sabendo que podes ajustar ao que é consumo "fundamental" do acessório?


Concordo com ambos e mesmo com medidas adicionais.
Mas aquilo que me deixa profundamente triste é que o Homem está cada vez mais individualista.
Cada um reivindica mais sem olhar ao global.
Os sindicalistas da FP, dos professores metem-me nojo.
O défice de solidariedade é sem dúvida pior que o défice que temos e mais nefasto a longo prazo.
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por Marco Martins » 10/5/2010 23:23

Pata-Hari Escreveu:
O dinheiro dos privados não nasce do chão. Muito desse dinheiro vem do mesmíssimo sítio do dinheiro utilizado para pagar aos funcionários públicos: dos impostos


Marco, este raciocinio e argumentação é que é completamente absurda. A razão de existir do estado é que exactamente porque os privados estão dispostos a pagar para terem serviços centrais e centralizados e porque se acredita que é necessária alguma redistribuição por questões morais, sociais e de equidade. Sem privados, nem estado tinhas. Não é exactamente equivalente ao dilema do ovo e da galinha.

Todos os sistemas económicos centralizados terminaram rapidamente...falidos.


Concordo... mas também concordo que tudo deverá ter um custo/benefício conforme o rendimento da pessoa.

Por exemplo todos teríamos de pagar qualquer serviço ou utilização dos sistemas de saúde até 10% do rendimento anual... a partir daí o estado assumiria os custos, independentemente de quanto fosse até um limite de x.

A partir daí, só em condições especiais e mediante uma avaliação das possibilidades de cada um é que o estado assumiria os custos...

Isto poderia ser aplicado à educação (desde o infantário até à faculdade), na habitação (a bem dizer seriam as necessidades básicas).
 
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