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Caldeirão da Bolsa

Cavaco avisou ... há sete anos

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por CrashXXI » 29/4/2010 17:29

O texto original do discurso de Cavaco na homenagem a Silva Lopes:

http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS_OPINION&id=422833

Aníbal Cavaco Silva, 2003. Texto originalmente lido a 23 de Maio de 2003, numa conferência de homenagem a José Silva Lopes. In JN
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por Pedro447 » 29/4/2010 16:09

Há mais vida para além do défice, seus especuladores malvados! 25 de Abril sempre! :x
Grândola vila moreeeena, terra daaaaaa fraternidaaaaade...







Peço desculpa por este momento populista, perdi a cabeça :oops:

(Politicos portugueses, os cromos mais dificeis da caderneta...És grande Jorge Sampaio, e tu também Constâncio :lol:)
 
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É com este tipo de curriculuns

por ocart » 29/4/2010 16:02

que vão parar a Bruxelas................
 
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por carf2007 » 29/4/2010 15:44

Não admira o Constancio discordar , o homem não percebe de nada, a não ser enriquecer as nossas custas e ainda por cima foi recentemente promovido.

Cavaco volta! estas perdoado ...
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Cavaco avisou ... há sete anos

por Sr_SNiper » 29/4/2010 15:33

Neem toda a gente anda cá de costas....
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Cavaco Silva avisou. Há sete anos, um confronto entre o então professor de economia Cavaco Silva e o já governador Vítor Constâncio ficou célebre: Cavaco avisava para o desequilíbrio externo, que o euro escondia. Sete anos depois, o texto parece premonição. Constâncio discordava.

Leia o texto de Cavaco Silva na íntegra aqui.

Estávamos a 23 de Maio de 2003 e, numa conferência de homenagem a José Silva Lopes, o então professor de economia lançou fortes avisos ao Governo de Durão Barroso, que tinha como ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite.

Dizia, por exemplo, Cavaco: "Um país, mesmo que seja uma região num espaço monetário unificado, não pode endividar-se sem limites. No médio ou longo prazo, um défice continuado das contas externas acaba por manifestar-se sob a forma de aumento do prémio de risco, racionamento do crédito ou transferência de activos das mãos nacionais para as mãos de estrangeiros. O ajustamento torna-se inevitável, i.e., a despesa das famílias, das empresas e do Estado tem de ser contida."

O Negócios recupera hoje o texto, intitulado “Dores de cabeça”. Lidos à distância de sete anos, o texto parece uma premonição do desequilíbrio externo para o qual Portugal caminhava.

Um texto que avisa que o défice das contas externas vai aumentar risco do País; que o euro não nos protegia disso; que o ajustamento seria penoso; que a subida de salários seria um problema; que o PEC tinha de ser respeitado; que o Banco de Portugal já não perdia o sono; que o ministro das Finanças está isolado entre ministros que não estão dispostos a serem impopulares.
Embate entre titãs”

“Embate entre titãs”. Assim titulava o Negócios no dia seguinte à Conferência de Homenagem a José Silva Lopes, a 23 de Maio de 2003.

Vítor Constâncio alterou então a sua apresentação original para contestar Cavaco Silva, numa detalhada análise que questionava os seus pontos de vista.

Como noticiava nesse dia este jornal, Constâncio afirmou que a referida restrição “não está a ser operativa”, pois o financiamento externo continua a existir, e que o País está tão-só a viver uma “crise conjuntural” de ajustamento no balanço dos agentes económicos internos, agravada pela redução da procura externa.

Silva Lopes, o homenageado, também se intrometeu: “O problema da competitividade é muito mais sério do que o Dr. Vítor Constâncio fez crer”. E se no passado o apoiara, quando o governador do Banco de Portugal propusera que os salários crescessem nos anos seguintes “ao nível da média da União Europeia corrigidos pela produtividade”, Silva Lopes achava agora que isso não chegava: “É preciso menos que a UE, corrigidos pela produtividade”.

Na altura, o discurso de Cavaco Silva foi entendido como uma crítica ao Governo de Durão Barroso, alertando para a falta de coordenação da política económica, que comprometeria a saída da crise.

Foi em Maio de 2003.
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