Afinal somos Gregos ou não?
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Então não somos? É só substituir "Greece" por "Portugal" que é igualzinho.
Lá como cá o Estado domina a economia e oferece benesses e facilidades em troca de apoio político para manter uma máfia de incompetentes no poder.
Lá como cá o Estado domina a economia e oferece benesses e facilidades em troca de apoio político para manter uma máfia de incompetentes no poder.
The Failure of the Greek Economic Model
For 150 years, Greece has relied on clientelism and political favors to run its economy.
The debacle of the Greek state should not be seen simply as the result of fraudulent budget statistics or a few years of profligate spending. Instead, it signifies the collapse of a model of economic development that from its very inception in the 19th century has always placed politics above markets.
The central organizing principle of Greek society has always been political clientelism—a system in which political support is provided in exchange for material benefits. In this situation the state's role as the main provider of benefits to various groups and individuals becomes paramount.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
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Afinal somos iguais:
Estamos a beira do precipicio e alguma empresa que vive as custa do Estado diz: dá o passo em frente.
"O ministro das Obras Públicas anunciou hoje que ia "proceder a uma reavaliação" da auto-estrada do Centro. Para António Mendonça “não está em causa a importância do projecto em si” porque este é “benéfico e as receitas são superiores aos custos mas tendo em conta os objectivos mais gerais e restrições redefini o seu objecto. A ligação entre Coimbra e Viseu vai ser mantida".
O governante, que adiantou que o objecto da terceira travessia do Tejo vai manter-se (rodo-ferroviária) ainda que não tenha avançado se vai optar por um cenário faseado, avançará primeiro com a parte ferroviária e depois com a rodoviária. Como se disse no fim do ano passado, garantiu que ia manter a Alta Velocidade entre Lisboa e Madrid
O Novo Aeroporto de Lisboa mantém-se para 2017 "e estão a ser desencadeados todos os procedimentos para lançar o concurso no Verão deste ano". O ministro falou hoje depois do ministro das Finanças ter dito que só iam lançar os projectos prioritários.
"
in www.negocios.pt
Estamos a beira do precipicio e alguma empresa que vive as custa do Estado diz: dá o passo em frente.
"O ministro das Obras Públicas anunciou hoje que ia "proceder a uma reavaliação" da auto-estrada do Centro. Para António Mendonça “não está em causa a importância do projecto em si” porque este é “benéfico e as receitas são superiores aos custos mas tendo em conta os objectivos mais gerais e restrições redefini o seu objecto. A ligação entre Coimbra e Viseu vai ser mantida".
O governante, que adiantou que o objecto da terceira travessia do Tejo vai manter-se (rodo-ferroviária) ainda que não tenha avançado se vai optar por um cenário faseado, avançará primeiro com a parte ferroviária e depois com a rodoviária. Como se disse no fim do ano passado, garantiu que ia manter a Alta Velocidade entre Lisboa e Madrid
O Novo Aeroporto de Lisboa mantém-se para 2017 "e estão a ser desencadeados todos os procedimentos para lançar o concurso no Verão deste ano". O ministro falou hoje depois do ministro das Finanças ter dito que só iam lançar os projectos prioritários.
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" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
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JLMF Escreveu:Grande parte da dificuldade de resposta Alemã ao pedido dos gregos tem muito de ressentimento, o que até se compreende, pondo de parte a racionalidade.
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Crise financeira
‘Alemães não confiam nos gregos por mentirem’
…
«Não se trata de um debate sobre o que fazer hoje para sair da crise mas trata-se bastante de um debate sobre ‘os gregos que mentiram para entrar no euro’, ‘que mentiram depois de entrar’, ‘não se pode confiar neles’, ‘vão mentir-nos de novo’, ‘não vão fazer os esforços que é preciso’, ‘desbarataram os fundos estruturais que lhes demos e agora pedem de novo ao contribuinte alemão que pague de novo por eles’», referiu o economista francês.
…
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Econom ... _id=170874
E não duvidem que este é o maior problema de Portugal e que nos tramará se não mudarmos.
Esta aceitação generalizada que existem em quase todas as empresas e que tentam fazer os projectos começando pelo fim:
1. primeiro decidem quando é que tem de estar pronto
2. depois analisam o projecto (mas apenas fazem distribuições macros com base nas datas iniciais e "irreais")
3. passam então à fase de avaliar o que tem de ser feito e quanto tempo demora (mas como o tempo que deverá demorar é superior, então reve-se para demorar apenas o tempo acordado, mas dizendo que se faz tudo)
4. o projecto começa e ainda não se sabe o que vai ser feito, por quem vai ser feito, como vai ser feito e nem se há pessoas suficientes para o fazer
5. começa o tempo a apertar e então pede-se um esforço aos funcionários dizendo que é um projecto especial e que serão compensados
6. o projecto não acaba e entretanto começam outros projectos organizados da mesma forma
7. quem disse as datas iniciais é promovido
8. quem fez o projecto e se matou a trabalhar passa para outro projecto porque não trabalhou direito e reclamou muito
9. o cliente não volta a pedir projectos
Notam alguma semelhança com quaisquer outros projectos?
Seria muito difícil fazer ao contrário?:
1. avaliar as necessidades de implementação do projecto
2. avaliar as prioridades e recursos para o que teria de ser feito
3. apresentar ao cliente o que pode ser feito nas datas pedidas
4. começar o projecto
5. renegociar nova fase do projecto
6. todos ficariam satisfeitos por trabalhar, não stressar e conseguir cumprir com o cliente e com o planeado
7. o cliente volta a pedir projectos
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Grande parte da dificuldade de resposta Alemã ao pedido dos gregos tem muito de ressentimento, o que até se compreende, pondo de parte a racionalidade.
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Crise financeira
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«Não se trata de um debate sobre o que fazer hoje para sair da crise mas trata-se bastante de um debate sobre ‘os gregos que mentiram para entrar no euro’, ‘que mentiram depois de entrar’, ‘não se pode confiar neles’, ‘vão mentir-nos de novo’, ‘não vão fazer os esforços que é preciso’, ‘desbarataram os fundos estruturais que lhes demos e agora pedem de novo ao contribuinte alemão que pague de novo por eles’», referiu o economista francês.
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«Não se trata de um debate sobre o que fazer hoje para sair da crise mas trata-se bastante de um debate sobre ‘os gregos que mentiram para entrar no euro’, ‘que mentiram depois de entrar’, ‘não se pode confiar neles’, ‘vão mentir-nos de novo’, ‘não vão fazer os esforços que é preciso’, ‘desbarataram os fundos estruturais que lhes demos e agora pedem de novo ao contribuinte alemão que pague de novo por eles’», referiu o economista francês.
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Juros da dívida portuguesa a 10 anos deslizam mais de 30 pontos base
29/04/2010
Os investidores aliviaram hoje a pressão sobre a dívida pública portuguesa, diminuindo o retorno que exigem para comprar obrigações. A “yield” das obrigações a 10 anos desceu mais de 30 pontos base, num dia em que os juros cobrados à Grécia também deslizaram, a reflectir a expectativa de que a ajuda a Atenas será desbloqueada nos próximos dias.
A “yield” das obrigações a 10 anos desceu hoje 32 pontos base para 5,452%, uma evolução que foi ainda mais acentuada nos prazos mais curtos.
Os juros cobrados pelos investidores para comprarem obrigações a cinco anos desceram hoje 56 pontos base para 5,062%, e das obrigações a dois anos recuaram 69 pontos para 4,109%.
Mas não foi só a dívida pública nacional a sentir um alívio de pressão. Os juros cobrados pelos investidores para comprarem obrigações a 10 anos gregas cedeu 91 pontos para 9,039%. Nas obrigações a cinco anos, os juros caíram 96 pontos para 10,426% e na dívida a dois anos a queda foi de 325 pontos base para 12,566%.
Estas quedas estão relacionadas com os desenvolvimentos sobre a ajuda financeira à Grécia. O comissário europeu responsável pelos Assuntos Económicos, Olli Rehn, veio hoje a público anunciar que o pacote de ajuda internacional à Grécia está “praticamente concluído” e será terá uma dimensão capaz de fornecer ao Estado helénico “espaço suficiente para respirar face à pressão dos mercados”.
Esta posição contribuiu para um alívio da pressão sobre as bolsas e sobre a dívida, com destaque para a Grécia e Portugal.
O principal índice bolsista português subiu mais de 4%, registando o maior ganho desde Novembro de 2008, e o índice grego subiu quase 9%, a maior subida desde Outubro do mesmo ano.
29/04/2010
Os investidores aliviaram hoje a pressão sobre a dívida pública portuguesa, diminuindo o retorno que exigem para comprar obrigações. A “yield” das obrigações a 10 anos desceu mais de 30 pontos base, num dia em que os juros cobrados à Grécia também deslizaram, a reflectir a expectativa de que a ajuda a Atenas será desbloqueada nos próximos dias.
A “yield” das obrigações a 10 anos desceu hoje 32 pontos base para 5,452%, uma evolução que foi ainda mais acentuada nos prazos mais curtos.
Os juros cobrados pelos investidores para comprarem obrigações a cinco anos desceram hoje 56 pontos base para 5,062%, e das obrigações a dois anos recuaram 69 pontos para 4,109%.
Mas não foi só a dívida pública nacional a sentir um alívio de pressão. Os juros cobrados pelos investidores para comprarem obrigações a 10 anos gregas cedeu 91 pontos para 9,039%. Nas obrigações a cinco anos, os juros caíram 96 pontos para 10,426% e na dívida a dois anos a queda foi de 325 pontos base para 12,566%.
Estas quedas estão relacionadas com os desenvolvimentos sobre a ajuda financeira à Grécia. O comissário europeu responsável pelos Assuntos Económicos, Olli Rehn, veio hoje a público anunciar que o pacote de ajuda internacional à Grécia está “praticamente concluído” e será terá uma dimensão capaz de fornecer ao Estado helénico “espaço suficiente para respirar face à pressão dos mercados”.
Esta posição contribuiu para um alívio da pressão sobre as bolsas e sobre a dívida, com destaque para a Grécia e Portugal.
O principal índice bolsista português subiu mais de 4%, registando o maior ganho desde Novembro de 2008, e o índice grego subiu quase 9%, a maior subida desde Outubro do mesmo ano.
mcarvalho
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Bolsa grega sobe quase 9% e regista a maior subida do último ano e meio
29/04/2010
O principal índice grego subiu hoje quase 9%, registando o maior ganho desde 29 de Outubro de 2008, numa altura em que o mercado acredita que as ajudas financeiras à Grécia serão accionadas nos próximos dias, podendo o montante ser ainda superior ao inicialmente antecipado.
O FTSE/ASE ganhou 8,83% para 903,38 pontos, não conseguindo ainda assim anular totalmente as quedas acumuladas nos primeiros dias desta semana.
A contribuir para esta evolução esteve o sector bancário, que tem sido dos mais fustigados pela crise financeira grega muito devido à subida das taxas de juro cobradas pelos investidores para comprarem dívida pública.
O National Bank of Greece subiu hoje 17,65%, o EFG Eurobank avançou 14,31% e o Alpha Bank cresceu 10,19%.
29/04/2010
O principal índice grego subiu hoje quase 9%, registando o maior ganho desde 29 de Outubro de 2008, numa altura em que o mercado acredita que as ajudas financeiras à Grécia serão accionadas nos próximos dias, podendo o montante ser ainda superior ao inicialmente antecipado.
O FTSE/ASE ganhou 8,83% para 903,38 pontos, não conseguindo ainda assim anular totalmente as quedas acumuladas nos primeiros dias desta semana.
A contribuir para esta evolução esteve o sector bancário, que tem sido dos mais fustigados pela crise financeira grega muito devido à subida das taxas de juro cobradas pelos investidores para comprarem dívida pública.
O National Bank of Greece subiu hoje 17,65%, o EFG Eurobank avançou 14,31% e o Alpha Bank cresceu 10,19%.
mcarvalho
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OLDMAN Escreveu:
"Enquanto o contágio não se espalhar, é possível agir. Os governos não estão desprovidos de meios de acção. E, mesmo que há gente que cede ao pânico e que entra em operações puramente especulativas, há muitas pessoas nos mercados que são extremamente racionais e que são capazes do movimento inverso (à degradação das notações dos fundos soberanos) se tiverem razões para isso".
"Não se pode subestimar a sofisticação dos agentes do mercado", diz Jean Pisani-Ferry, para quem "é necessário impedir o descontrolo dos mesmos".
Ora aqui está, parece-me, uma observação muito sábia.
Gostei de ler esta entrevista.
Está tudo à procura de ser o próximo Roubini. Se a coisa até bater certo depois vêm para aí dizer ai e tal eu bem avisei.
Assim até eu. Quando as coisas estão más toca a atirar postas de pescada. Pode ser que acerte. Afinal é mais fácil do que acertar no Euromilhões as probabilidades do incumprimento são 50/50.
Assim até eu. Quando as coisas estão más toca a atirar postas de pescada. Pode ser que acerte. Afinal é mais fácil do que acertar no Euromilhões as probabilidades do incumprimento são 50/50.
Feldstein diz que Portugal provavelmente será o próximo a entrar em incumprimento
29/04/2010
O professor da Universidade de Harvard, Martin Feldstein, diz que a Grécia vai acabar por ter de entrar em incumprimento da sua dívida, e que outros países, mais provavelmente Portugal deverão seguir-lhe.
“A Grécia vai entrar em incumprimento apesar de todas as conversações, de todo o pacote de ajudas”, afirmou o professor em entrevista à Bloomberg.
As autoridades gregas estão a delinear os termos de um empréstimo a três anos com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional, que provavelmente vai implicar um de 45 mil milhões de euros ao país, só em 2010. O preço das obrigações gregas desceu e levaram a taxa de retorno das notas de dívida a dois a ultrapassar os 18%, devido a preocupações relativas à capacidade do país financiar a sua dívida.
As preocupações com a dívida grega estão agora a contagiar outros mercados, tendo já levado a agência de “rating” S&P a cortar Portugal e Espanha. Para Feldstein, outros membros da Zona Euro poderão entrar em incumprimento, com Portugal a ser o principal candidato. “Outros países deverão estar mais aptos a lidar com os seus problemas financeiros”, considera o professor, acrescentando que “Portugal deverá passar tempos difíceis a fazê-lo”.
© 2010 BPI. Todos
29/04/2010
O professor da Universidade de Harvard, Martin Feldstein, diz que a Grécia vai acabar por ter de entrar em incumprimento da sua dívida, e que outros países, mais provavelmente Portugal deverão seguir-lhe.
“A Grécia vai entrar em incumprimento apesar de todas as conversações, de todo o pacote de ajudas”, afirmou o professor em entrevista à Bloomberg.
As autoridades gregas estão a delinear os termos de um empréstimo a três anos com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional, que provavelmente vai implicar um de 45 mil milhões de euros ao país, só em 2010. O preço das obrigações gregas desceu e levaram a taxa de retorno das notas de dívida a dois a ultrapassar os 18%, devido a preocupações relativas à capacidade do país financiar a sua dívida.
As preocupações com a dívida grega estão agora a contagiar outros mercados, tendo já levado a agência de “rating” S&P a cortar Portugal e Espanha. Para Feldstein, outros membros da Zona Euro poderão entrar em incumprimento, com Portugal a ser o principal candidato. “Outros países deverão estar mais aptos a lidar com os seus problemas financeiros”, considera o professor, acrescentando que “Portugal deverá passar tempos difíceis a fazê-lo”.
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mcarvalho
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Roubini: «fará sentido construir uma Zona Euro mais pequena»
Economista e professor da Universidade de Nova Iorque considera que a crise na Grécia é apenas a «ponta do iceberg»
PorRedacção LF 2010-04-29 08:12
O professor da Universidade de Nova Iorque, Nouriel Roubini, considera que a crise na Grécia é apenas a «ponta do iceberg» do problema da dívida soberana. O professor considera mesmo que «fará sentido» haver uma Zona Euro com menor dimensão.
De acordo com Roubini, que falou numa conferência na Califórnia, «os investidores estão a sair da Grécia, Espanha, Portugal, Reino Unido e Islândia». «Infelizmente, nos Estados Unidos os investidores ainda não estão a sair», acrescentou.
«Os mercados hoje estão preocupados com a Grécia», mas a «Grécia é apenas a ponta do iceberg, ou o canário na mina de carvão, para problemas orçamentais de escala muito maior», disse Roubini. Aumentar impostos «não será suficiente» para resolver o problema, sublinhou.
Reiterou que a Grécia poderá ser forçada a sair do euro e considerou que «fará sentido» constituir uma Zona Euro mais pequena.
«O risco de algo de sério acontecer aos Estados Unidos no espaço de dois ou três anos vai ser significativo», concluiu Roubini.
O influente economista voltou a falar sobre a crise portuguesa e, no seu entendimento, é possível que Portugal abandone a zona euro.
Questionado pela CNN sobre se o dólar continua a ser a divisa refúgio mundial, Nouriel Roubini afirmou que "neste momento não há alternativa clara" dado que "o euro pode não sobreviver e a libra está fraca".
"Alguns membros da zona euro mais fracos, como Portugal e Grécia, podem abandonar a união monetária e isso iria enfraquecer o euro.
A declaração de Roubini aparece no meio de uma chuva de artigos, opiniões e declarações lá fora sobre a crise portuguesa.
Ontem, Simon Johson, antigo economista-chefe do FMI, afirmou que "Portugal corre risco de falência económica". No mesmo dia, o NY Times publicou um extenso artigo onde se lê que "Portugal é o próximo alvo", depois da Grécia.
Economista e professor da Universidade de Nova Iorque considera que a crise na Grécia é apenas a «ponta do iceberg»
PorRedacção LF 2010-04-29 08:12
O professor da Universidade de Nova Iorque, Nouriel Roubini, considera que a crise na Grécia é apenas a «ponta do iceberg» do problema da dívida soberana. O professor considera mesmo que «fará sentido» haver uma Zona Euro com menor dimensão.
De acordo com Roubini, que falou numa conferência na Califórnia, «os investidores estão a sair da Grécia, Espanha, Portugal, Reino Unido e Islândia». «Infelizmente, nos Estados Unidos os investidores ainda não estão a sair», acrescentou.
«Os mercados hoje estão preocupados com a Grécia», mas a «Grécia é apenas a ponta do iceberg, ou o canário na mina de carvão, para problemas orçamentais de escala muito maior», disse Roubini. Aumentar impostos «não será suficiente» para resolver o problema, sublinhou.
Reiterou que a Grécia poderá ser forçada a sair do euro e considerou que «fará sentido» constituir uma Zona Euro mais pequena.
«O risco de algo de sério acontecer aos Estados Unidos no espaço de dois ou três anos vai ser significativo», concluiu Roubini.
O influente economista voltou a falar sobre a crise portuguesa e, no seu entendimento, é possível que Portugal abandone a zona euro.
Questionado pela CNN sobre se o dólar continua a ser a divisa refúgio mundial, Nouriel Roubini afirmou que "neste momento não há alternativa clara" dado que "o euro pode não sobreviver e a libra está fraca".
"Alguns membros da zona euro mais fracos, como Portugal e Grécia, podem abandonar a união monetária e isso iria enfraquecer o euro.
A declaração de Roubini aparece no meio de uma chuva de artigos, opiniões e declarações lá fora sobre a crise portuguesa.
Ontem, Simon Johson, antigo economista-chefe do FMI, afirmou que "Portugal corre risco de falência económica". No mesmo dia, o NY Times publicou um extenso artigo onde se lê que "Portugal é o próximo alvo", depois da Grécia.
"Não há ventos favoráveis para o barco que não conhece o rumo" Séneca
Se fossemos iguais à Grécia as yields das nossas obrigações estavam nos 10, 11 ou 12% e não nos 5% que estão actualmente. O "afundar" da nossa divida em nada se compara com a Grécia, em termos de yields estamos mais próximos da Alemanha do que dos gregos.
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O director do Instituto Bruegel de investigação económica diz que "apesar dos níveis de alerta estarem no vermelho, enquanto o contágio não se espalhar, é possível agir".
Na semana em que "foi desencadeado o contágio da crise na Grécia", Portugal "não deve esperar por ter a corda na garganta para agir", afirmou hoje Jean Pisani-Ferry, director do Instituto Bruegel de investigação económica, em Bruxelas, e professor universitário em Paris.
Para este responsável, a situação portuguesa e espanhola são diferentes da grega mas os níveis de alerta estão no vermelho. "A questão, porém, é saber se os mercados vão respeitar essa diferença. O que é inquietante é que o estão a fazer cada vez menos nos últimos dias", acrescentou o economista francês, entrevistado por telefone em Berlim a partir de Paris.
"A Espanha é muito diferente da situação grega, porque a origem do problema não é orçamental. A situação portuguesa é mais complicada", salientou Jean Pisani-Ferry.
"A história de integração europeia dos portugueses é diferente, desde logo porque não tem os números falsos (como a Grécia) e porque tem uma melhor folha de serviços na aplicação dos fundos estruturais", afirmou o economista.
"No entanto, a história macroeconómica de Portugal assemelha-se um pouco (à grega) no que respeita à baixa produtividade e aos problemas orçamentais que não foram suficientemente enfrentados quando tivemos a baixa das taxas de juro, no momento de entrada no euro, e o problema era já percebido", sublinha o director do Instituto Bruegel.
Jean Pisani-Ferry refere, ao mesmo tempo, que é uma "boa notícia" que "do lado português se assista a uma procura de solução de consenso entre a maioria e a oposição com programa de reformas e ajustamentos".
Jean Pisani-Ferry nota que "nos últimos dias houve uma mudança substancial" na crise financeira. "Na semana passada, a crise ainda era essencialmente uma crise da Grécia. Mas esta semana aconteceram coisas que não tinham acontecido e o contágio desencadeou-se".
"A resposta é simples se tivesse colocado a pergunta há um mês", resumiu Jean Pisani-Ferry quando questionado sobre os mecanismos de saída da crise. "Hoje, é mais complicada".
Para já, com urgência, "é preciso tratar o problema grego de maneira completa, com um programa de amplitude e duração suficientemente forte. É preciso demonstrar que é possível enfrentar uma crise destas na zona euro", sublinhou o economista.
"Enquanto o contágio não se espalhar, é possível agir. Os governos não estão desprovidos de meios de acção. E, mesmo que há gente que cede ao pânico e que entra em operações puramente especulativas, há muitas pessoas nos mercados que são extremamente racionais e que são capazes do movimento inverso (à degradação das notações dos fundos soberanos) se tiverem razões para isso".
"Não se pode subestimar a sofisticação dos agentes do mercado", diz Jean Pisani-Ferry, para quem "é necessário impedir o descontrolo dos mesmos".
Na semana em que "foi desencadeado o contágio da crise na Grécia", Portugal "não deve esperar por ter a corda na garganta para agir", afirmou hoje Jean Pisani-Ferry, director do Instituto Bruegel de investigação económica, em Bruxelas, e professor universitário em Paris.
Para este responsável, a situação portuguesa e espanhola são diferentes da grega mas os níveis de alerta estão no vermelho. "A questão, porém, é saber se os mercados vão respeitar essa diferença. O que é inquietante é que o estão a fazer cada vez menos nos últimos dias", acrescentou o economista francês, entrevistado por telefone em Berlim a partir de Paris.
"A Espanha é muito diferente da situação grega, porque a origem do problema não é orçamental. A situação portuguesa é mais complicada", salientou Jean Pisani-Ferry.
"A história de integração europeia dos portugueses é diferente, desde logo porque não tem os números falsos (como a Grécia) e porque tem uma melhor folha de serviços na aplicação dos fundos estruturais", afirmou o economista.
"No entanto, a história macroeconómica de Portugal assemelha-se um pouco (à grega) no que respeita à baixa produtividade e aos problemas orçamentais que não foram suficientemente enfrentados quando tivemos a baixa das taxas de juro, no momento de entrada no euro, e o problema era já percebido", sublinha o director do Instituto Bruegel.
Jean Pisani-Ferry refere, ao mesmo tempo, que é uma "boa notícia" que "do lado português se assista a uma procura de solução de consenso entre a maioria e a oposição com programa de reformas e ajustamentos".
Jean Pisani-Ferry nota que "nos últimos dias houve uma mudança substancial" na crise financeira. "Na semana passada, a crise ainda era essencialmente uma crise da Grécia. Mas esta semana aconteceram coisas que não tinham acontecido e o contágio desencadeou-se".
"A resposta é simples se tivesse colocado a pergunta há um mês", resumiu Jean Pisani-Ferry quando questionado sobre os mecanismos de saída da crise. "Hoje, é mais complicada".
Para já, com urgência, "é preciso tratar o problema grego de maneira completa, com um programa de amplitude e duração suficientemente forte. É preciso demonstrar que é possível enfrentar uma crise destas na zona euro", sublinhou o economista.
"Enquanto o contágio não se espalhar, é possível agir. Os governos não estão desprovidos de meios de acção. E, mesmo que há gente que cede ao pânico e que entra em operações puramente especulativas, há muitas pessoas nos mercados que são extremamente racionais e que são capazes do movimento inverso (à degradação das notações dos fundos soberanos) se tiverem razões para isso".
"Não se pode subestimar a sofisticação dos agentes do mercado", diz Jean Pisani-Ferry, para quem "é necessário impedir o descontrolo dos mesmos".
"Não há ventos favoráveis para o barco que não conhece o rumo" Séneca
Mais, dizem outros: o PEC Português foi aprovado pela UE é credivel . A culpa é das casa de rating.
Que acima de tudo não percebem nada pois falham n vezes.
E agora temos uns especuladores (devem ter vindo da Lua) e sabem mais que Portugal , A UE e o resto das entidades.E conseguem negociar CDS
Eu é que ja não percebo nada
Que acima de tudo não percebem nada pois falham n vezes.
E agora temos uns especuladores (devem ter vindo da Lua) e sabem mais que Portugal , A UE e o resto das entidades.E conseguem negociar CDS
Eu é que ja não percebo nada
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
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Martin Feldstein, professor em Harvard, vê o incumprimento na Grécia como "inevitável".
Em entrevista à Bloomberg, o professor de Economia da Universidade de Harvard, afirmou que não ficaria surpreendido se "Portugal se seguisse à Grécia", assegurando que Portugal "viverá tempos bastante difíceis" enquanto não resolver os seus problemas orçamentais.
"A Grécia vai entrar em incumprimento apesar de todas as conversações e apesar do pacote de ajuda financeira", afirmou, referindo-se aos cerca de 45 mil milhões de euros que FMI e zona euro estão a ultimar para injectar em Atenas só em 2010.
Apesar de o plano de ajudas poder adiar o incumprimento "durante algum tempo", as autoridades europeias "terão de aceitar que o país está insolvente", diz Feldstein que questiona, desde há 20 anos, a utilidade económica da moeda única europeia.
"Outros países [da zona euro] poderão estar melhor preparados para enfrentar os seus problemas orçamentais", acrescentou, referindo neste ponto que "Portugal viverá tempos bastante difíceis".
Em entrevista à Bloomberg, o professor de Economia da Universidade de Harvard, afirmou que não ficaria surpreendido se "Portugal se seguisse à Grécia", assegurando que Portugal "viverá tempos bastante difíceis" enquanto não resolver os seus problemas orçamentais.
"A Grécia vai entrar em incumprimento apesar de todas as conversações e apesar do pacote de ajuda financeira", afirmou, referindo-se aos cerca de 45 mil milhões de euros que FMI e zona euro estão a ultimar para injectar em Atenas só em 2010.
Apesar de o plano de ajudas poder adiar o incumprimento "durante algum tempo", as autoridades europeias "terão de aceitar que o país está insolvente", diz Feldstein que questiona, desde há 20 anos, a utilidade económica da moeda única europeia.
"Outros países [da zona euro] poderão estar melhor preparados para enfrentar os seus problemas orçamentais", acrescentou, referindo neste ponto que "Portugal viverá tempos bastante difíceis".
"Não há ventos favoráveis para o barco que não conhece o rumo" Séneca
Afinal somos Gregos ou não?
Ora bom, ta aqui uma cena interessante.
Os nossos Governantes dizem que não somos como a Grécia , a UE diz que estamos muito longe da Grécia, Os Franceses também, A Holanda idem , A alemanha assina por baixo.
A banca diz o mesmo, desde os EUA aos Alemães.
Dizem eles , os mercados comparam Portugal a Grecia mas são Países muito diferentes.
Agora pergunto eu, se todos dizem isto, quem esta a afundar a nossa divida?
É que os mercados são feitos por estas entidades em especial o da divida soberana.Não é qualquer especuladorzito (como nós) que consegue vender CDS.
Os nossos Governantes dizem que não somos como a Grécia , a UE diz que estamos muito longe da Grécia, Os Franceses também, A Holanda idem , A alemanha assina por baixo.
A banca diz o mesmo, desde os EUA aos Alemães.
Dizem eles , os mercados comparam Portugal a Grecia mas são Países muito diferentes.
Agora pergunto eu, se todos dizem isto, quem esta a afundar a nossa divida?
É que os mercados são feitos por estas entidades em especial o da divida soberana.Não é qualquer especuladorzito (como nós) que consegue vender CDS.
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