"Deixem falir a Grécia"
djovarius Escreveu:Viva,
O corte de rating de longo prazo de A+ para A- é perfeitamente normal nestas situações.
Neste caso, nem foi o mercado a ajustar às agências, mas a inversa, o que é o correto e que deveria ser sempre.
Quanto ao "calote" ? Se essa é a pergunta. A Grécia vai tentar o tal "haircut" ou um calote parcial, ou uma ajuda muito efetiva, que terá brutais custos sociais e políticos.
Portugal fica para daqui a mais algum tempo, ninguém sabe quanto...
Mas outros logo aqui ao lado não se ficarão a rir...
Preparem-se: vêm aí tempos ainda mais duros, tempos que alguns nunca conheceram.![]()
Abraço de esperança
dj
Infelizmente não me parece que Portugal aguente muito mais tempo... esta e a próxima semana talvez sejam bem negras (*)... o que levará o governo a ter de adoptar mais medidas impopulares ou a demitir-se.
(*) por todo um conjunto de situações interligadas neste cenário:
- os states estão em máximos sem terem recuperado solidamente (pelo que estarão quase a começar a cair, face aos ciclos normais de subidas e descidas)
- estamos quase em Maio que é quando os fundos e privados começam a sair da exposição à bolsa
- o VIX(índice de confiança) está nos mínimos o que pressionará ainda mais a predisposição para o risco
- Portugal está a caminhar para mínimos e com a queda dos states, toda a Europa descerá e Portugal irá acompanhar (dada a sua dependência do exterior)
- Mais greves se aproximam em muitas mais áreas
- A grécia ainda me parece que terá mais problemas que nós
Neste momento (infelizmente) tudo me parece que estamos numa espiral descendente onde apenas uma mudança brusca de governo (pode até ser o mesmo partido desde que se exclua o PM face à perda de confiança como "líder") e de políticas com medidas impopulares de reestruturação e de visão concreta para onde queremos seguir nos farão amparar das quedas...
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Viva,
O corte de rating de longo prazo de A+ para A- é perfeitamente normal nestas situações.
Neste caso, nem foi o mercado a ajustar às agências, mas a inversa, o que é o correto e que deveria ser sempre.
Quanto ao "calote" ? Se essa é a pergunta. A Grécia vai tentar o tal "haircut" ou um calote parcial, ou uma ajuda muito efetiva, que terá brutais custos sociais e políticos.
Portugal fica para daqui a mais algum tempo, ninguém sabe quanto...
Mas outros logo aqui ao lado não se ficarão a rir...
Preparem-se: vêm aí tempos ainda mais duros, tempos que alguns nunca conheceram.
Abraço de esperança
dj
O corte de rating de longo prazo de A+ para A- é perfeitamente normal nestas situações.
Neste caso, nem foi o mercado a ajustar às agências, mas a inversa, o que é o correto e que deveria ser sempre.
Quanto ao "calote" ? Se essa é a pergunta. A Grécia vai tentar o tal "haircut" ou um calote parcial, ou uma ajuda muito efetiva, que terá brutais custos sociais e políticos.
Portugal fica para daqui a mais algum tempo, ninguém sabe quanto...
Mas outros logo aqui ao lado não se ficarão a rir...
Preparem-se: vêm aí tempos ainda mais duros, tempos que alguns nunca conheceram.

Abraço de esperança
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
djovarius Escreveu:Boas tardes,
Não é nada que eu não tivesse dito noutros tópicos.
O sofrimento é grande, mas o paciente morre logo.
Assim, o sofrimento será grande na mesma, mas muito prolongado, porque eles vão acabar por falir.
O problema são os custos que não permitem reduzir a dívida.
Sem acesso a crédito exterior teriam mesmo de se adaptar "à força". Como todos os que passaram por isso.
Abraço
dj
DJ, estará a chegar a hora? S&P espetou + uma faca...
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Bloomberg
Greek Notes Fall Eighth Day Amid Debt Default, Delay Concern
April 27, 2010, 5:54 AM EDT
By Paul Dobson
April 27 (Bloomberg) -- Greek two-year notes fell for the eighth straight day, sending the yield to the highest since at least 1998, amid concern the nation will ask investors to accept delayed or reduced payments on its debt.
The 10-year Greek yield stayed near the highest in at least 11 years after Germany’s Chancellor Angela Merkel said Greece must provide a program for cutting its budget deficit before getting a European Union-led bailout package. A senior member of Merkel’s Christian Democratic Union said he wants Greece’s creditors to help in a financial rescue, Handelsblatt newspaper reported. Portuguese securities fell amid speculation other nations will struggle to service their loans.
“Markets are close to pricing a voluntary restructuring of debt,” Harvinder Sian, a senior bond strategist at Royal Bank of Scotland Group Plc in London, wrote in a report today. The speculation will “continue until the money lands on the table, and even then the market will move on to fret about the ability of Greece to deliver the required austerity measures,” he said.
The two-year Greek note yield rose 130 basis points to 15.23 percent as of 10:47 a.m. in London. The 4.3 percent security due March 2012 fell 1.74, or 17.4 euros per 1,000-euro ($1,337) face amount, to 83.12. The 10-year yield was at 9.60 percent.
The yield on the 10-year German bund, Europe’s benchmark government security, dropped 2 basis points to 3.03 percent.
Greece has 8.5 billion euros of bonds maturing next month. While the country said last week it wants to activate the EU-led 45 billion-euro rescue plan, Germany’s insistence on further austerity measures means it’s not yet a done deal.
Greek ‘Homework’
Greek bonds have lost 17 percent loss this year, according to Bloomberg/EFFAS indexes,
“I’ve said for weeks that Greece must do its homework first,” Merkel said late yesterday, drawing applause from an audience in the town of Soest in North Rhine-Westphalia, where state elections are due on May 9. She said that while Germany is prepared to release funds for debt-stricken Greece, “first I want to see the program.”
Portuguese two-year note yields rose 17 basis points to 4.36 percent and the 10-year note yield increased 9 basis points to 5.41 percent. Ireland’s two-year note yield jumped 22 basis points to 3.39 percent, the Italian two-year yield gained 15 basis points to 1.63 percent and the Spanish two-year yield was 6 basis points higher at 1.94 percent.
“Unless the governments come up with some meaningful way to assuage investor concerns, we think speculation against bond markets in Portugal and Ireland will continue to gain momentum,” Carl B. Weinberg, chief economist at High Frequency Economics in Valhalla, New York, wrote in an investor note today. “Things also stand to deteriorate in Italy and Spain.”
Spain sold 2.6 billion euros of bills due in three months and six months today. The Netherlands sold 1.1 billion euros of bonds due in 2023 and 300 million euros of 2012 notes.
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
Oi,
Essa não é cotação. Simplesmente, quem comprar agora esse título, recebe esse juro real.
O juro do cupão até pode ser só 3%, mas como compras o papel muito abaixo do valor de emissão, o juro reflete logo o facto de teres investido menos capital.
Por exemplo, se compras um papel a um ano com valor facial de 100 por apenas 30, claro que em vez de 3% reais, recebes 10% reais.
É o prémio de risco.
Voltando às memórias do Caldeirão: antes do Brasil receber as famosas garantias do FMI a que me referi ontem, o papel Brasileiro a 3 meses (em moeda local) chegou a ser emitido a 99% ao ano, pois eles precisavam de recursos e o "yield" do mercado era esse à data dessa emissão. E mesmo assim, ninguém queria emprestar.
dj
Essa não é cotação. Simplesmente, quem comprar agora esse título, recebe esse juro real.
O juro do cupão até pode ser só 3%, mas como compras o papel muito abaixo do valor de emissão, o juro reflete logo o facto de teres investido menos capital.
Por exemplo, se compras um papel a um ano com valor facial de 100 por apenas 30, claro que em vez de 3% reais, recebes 10% reais.
É o prémio de risco.
Voltando às memórias do Caldeirão: antes do Brasil receber as famosas garantias do FMI a que me referi ontem, o papel Brasileiro a 3 meses (em moeda local) chegou a ser emitido a 99% ao ano, pois eles precisavam de recursos e o "yield" do mercado era esse à data dessa emissão. E mesmo assim, ninguém queria emprestar.
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
mais_um Escreveu:TrendFX Escreveu:mais_um Escreveu:Não consigo encontrar qualquer registo das obrigações gregas de 2 anos referidas em várias noticias e blogs.
No site do governo grego não existe essa maturidade:
http://www.mof-glk.gr/en/debt/historical.htm
Qual é a explicação?
Quando se fala em obrigações a 2 anos não quer dizer que quando foram emitidas esse fosse o seu prazo. Exemplo, uma obrigação lançada em meados de 2002 e com maturidade de 2012 (obrigação a 10 anos, portanto) é neste momento uma obrigação de 2 anos. E em 2011 será uma obrigação de 12 meses.
Agradeço-te a explicação mas não estou convencido![]()
quando leio uma noticia a dizer que as obrigações a 2 anos estão com uma yeld 13%, quer dizer que todas as que acabam daqui a 2 anos, (seja com maturidades diferentes, tipo 5, 7 ou 10 anos mas acabam todas em 2012) tem a mesma cotação?
Isso mesmo.
Embora uma que termine em Janeiro de 2012 não seja a mesma coisa que Dezembro de 2012. Os 2 anos são aproximados, tipo Abril a Julho de 2012, por exemplo.
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TrendFX Escreveu:mais_um Escreveu:Não consigo encontrar qualquer registo das obrigações gregas de 2 anos referidas em várias noticias e blogs.
No site do governo grego não existe essa maturidade:
http://www.mof-glk.gr/en/debt/historical.htm
Qual é a explicação?
Quando se fala em obrigações a 2 anos não quer dizer que quando foram emitidas esse fosse o seu prazo. Exemplo, uma obrigação lançada em meados de 2002 e com maturidade de 2012 (obrigação a 10 anos, portanto) é neste momento uma obrigação de 2 anos. E em 2011 será uma obrigação de 12 meses.
Agradeço-te a explicação mas não estou convencido

quando leio uma noticia a dizer que as obrigações a 2 anos estão com uma yeld 13%, quer dizer que todas as que acabam daqui a 2 anos, (seja com maturidades diferentes, tipo 5, 7 ou 10 anos mas acabam todas em 2012) tem a mesma cotação?
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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mais_um Escreveu:Não consigo encontrar qualquer registo das obrigações gregas de 2 anos referidas em várias noticias e blogs.
No site do governo grego não existe essa maturidade:
http://www.mof-glk.gr/en/debt/historical.htm
Qual é a explicação?
Quando se fala em obrigações a 2 anos não quer dizer que quando foram emitidas esse fosse o seu prazo. Exemplo, uma obrigação lançada em meados de 2002 e com maturidade de 2012 (obrigação a 10 anos, portanto) é neste momento uma obrigação de 2 anos. E em 2011 será uma obrigação de 12 meses.
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djovarius Escreveu:No site da Bloomberg falam todos os dias desses títulos a 2 anos !!
E? onde é que podemos ver a cotação desses titulos?
É que no site do govenro Grego existem muitas maturidades mas essa não consta.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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Entrevista interessante... e faz sentido!
Vincent Treulet, director de investimentos do BNP Paribas, acredita que a Grécia será mesmo ajudada pela Europa, sob pena dos mercados atacarem outros países do euro. Entre aqui para ler a entrevista.
--------------------------------------------------------------------------------
Susana Domingos
sdomingos@negocios.pt
Vincent Treulet, director de investimentos do BNP Paribas, acredita que a Grécia será mesmo ajudada pela Europa, sob pena dos mercados atacarem outros países do euro.
Dada a difícil situação enfrentada pela Grécia, quais as perspectivas para o mercado de dívida?
Não é um bom momento para investir em dívida soberana. Não creio que haverá um "crash" no mercado de obrigações ou que o retorno vá ser desastroso no curto prazo. Mas a longo prazo, quando se está a investir em títulos de dívida pública, está a emprestar-se dinheiro aos Estados. E, de momento, não sabemos como toda a questão da redução da dívida vai ser resolvida. Não há forma de sair da actual situação sem dor. Num vasto número de países, que vão muito mais além dos do sul da Europa, haverá um momento em que tem que se pagar o preço de ter um endividamento muito elevado.
Acredita então que haverá uma solução para a Grécia?
Tenho uma posição mais optimista que a maioria. Os gregos queixam-se do elevado nível de juros que têm que pagar para se financiarem. Mas se não tivessem na Zona Euro, seria ainda pior. Não é do seu interesse sair do euro. Nem é do interesse dos restantes países da Zona Euro, porque sabem que se deixarem a Grécia entrar em incumprimento, outros países seriam atacados imediatamente. E esse é provavelmente o maior risco para um país como Portugal. Se amanhã a Grécia entrar em "default" ou sair da Zona Euro, os mercados transferem imediatamente a sua atenção para os países seguintes na lista. E há três ou quatro países que podem ser imediatamente atacados. Tem que ser encontrada uma solução política, por mais dura que seja.
Mas então porque é que está pessimista no longo prazo?
Ter um plano de emergência não resolve o problema fundamental. Para estabilizar a situação e evitar o "default", só há dois caminhos possíveis. O primeiro é gerir a dívida via indução de inflação. O que é muito difícil de impor porque não se pode aumentar a inflação por imposição. Outra via é estabilizar o défice orçamental e limitar a subida da dívida pública. O que implica aceitar um ambiente macroeconómico muito duro, de corte de gastos públicos, aumento de impostos. E tudo isso vai matar qualquer possibilidade de crescimento económico nos próximos três ou quatro anos.
A probabilidade de uma recaída em recessão é, então, muito elevada?
Para países como a Grécia, há um risco muito elevado de uma nova recessão. Para as maiores economias ocidentais, penso que não.
E para Portugal ?
O risco existe e é significativo. Se a situação grega estabilizar, não creio que Portugal ou Espanha venham a ser obrigados a efectuar ajustamentos tão fortes em relação aos seus défices. A consequência positiva do pessimismo que vigora para o ambiente macroeconómico é que os bancos centrais não vão subir as taxas de juro no curto prazo, o que ajuda a financiar os défices.
Dada a fragilidade política que a UE tem demonstrado ao lidar com a questão grega, a credibilidade do euro fica ameaçada?
Já está a ser afectada. A recente queda do euro é um reflexo disso. Até certo ponto, já é notória a existência de activos a desconto. O mercado accionista europeu está mais barato do que no resto do mundo. Esta é uma consequência não apenas do desconto que é colocado em relação à Europa, mas também em relação ao pessimismo dos próprios europeus. Isto não vai desaparecer no curto prazo. Os investidores querem assegurar-se sobre o que acontecerá à Grécia. No longo prazo, temos de facto um problema por resolver, para o qual não vejo solução. Isto é muito preocupante.
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Susana Domingos
sdomingos@negocios.pt
Vincent Treulet, director de investimentos do BNP Paribas, acredita que a Grécia será mesmo ajudada pela Europa, sob pena dos mercados atacarem outros países do euro.
Dada a difícil situação enfrentada pela Grécia, quais as perspectivas para o mercado de dívida?
Não é um bom momento para investir em dívida soberana. Não creio que haverá um "crash" no mercado de obrigações ou que o retorno vá ser desastroso no curto prazo. Mas a longo prazo, quando se está a investir em títulos de dívida pública, está a emprestar-se dinheiro aos Estados. E, de momento, não sabemos como toda a questão da redução da dívida vai ser resolvida. Não há forma de sair da actual situação sem dor. Num vasto número de países, que vão muito mais além dos do sul da Europa, haverá um momento em que tem que se pagar o preço de ter um endividamento muito elevado.
Acredita então que haverá uma solução para a Grécia?
Tenho uma posição mais optimista que a maioria. Os gregos queixam-se do elevado nível de juros que têm que pagar para se financiarem. Mas se não tivessem na Zona Euro, seria ainda pior. Não é do seu interesse sair do euro. Nem é do interesse dos restantes países da Zona Euro, porque sabem que se deixarem a Grécia entrar em incumprimento, outros países seriam atacados imediatamente. E esse é provavelmente o maior risco para um país como Portugal. Se amanhã a Grécia entrar em "default" ou sair da Zona Euro, os mercados transferem imediatamente a sua atenção para os países seguintes na lista. E há três ou quatro países que podem ser imediatamente atacados. Tem que ser encontrada uma solução política, por mais dura que seja.
Mas então porque é que está pessimista no longo prazo?
Ter um plano de emergência não resolve o problema fundamental. Para estabilizar a situação e evitar o "default", só há dois caminhos possíveis. O primeiro é gerir a dívida via indução de inflação. O que é muito difícil de impor porque não se pode aumentar a inflação por imposição. Outra via é estabilizar o défice orçamental e limitar a subida da dívida pública. O que implica aceitar um ambiente macroeconómico muito duro, de corte de gastos públicos, aumento de impostos. E tudo isso vai matar qualquer possibilidade de crescimento económico nos próximos três ou quatro anos.
A probabilidade de uma recaída em recessão é, então, muito elevada?
Para países como a Grécia, há um risco muito elevado de uma nova recessão. Para as maiores economias ocidentais, penso que não.
E para Portugal ?
O risco existe e é significativo. Se a situação grega estabilizar, não creio que Portugal ou Espanha venham a ser obrigados a efectuar ajustamentos tão fortes em relação aos seus défices. A consequência positiva do pessimismo que vigora para o ambiente macroeconómico é que os bancos centrais não vão subir as taxas de juro no curto prazo, o que ajuda a financiar os défices.
Dada a fragilidade política que a UE tem demonstrado ao lidar com a questão grega, a credibilidade do euro fica ameaçada?
Já está a ser afectada. A recente queda do euro é um reflexo disso. Até certo ponto, já é notória a existência de activos a desconto. O mercado accionista europeu está mais barato do que no resto do mundo. Esta é uma consequência não apenas do desconto que é colocado em relação à Europa, mas também em relação ao pessimismo dos próprios europeus. Isto não vai desaparecer no curto prazo. Os investidores querem assegurar-se sobre o que acontecerá à Grécia. No longo prazo, temos de facto um problema por resolver, para o qual não vejo solução. Isto é muito preocupante.
No site da Bloomberg falam todos os dias desses títulos a 2 anos !!
Ontem, o yield dava mais de 13% !!
A propósito, o título português a 10 anos, já "pagou" 258 pontos base acima do benchmark.
E assim vai, como expliquei acima...
dj
Ontem, o yield dava mais de 13% !!
A propósito, o título português a 10 anos, já "pagou" 258 pontos base acima do benchmark.
E assim vai, como expliquei acima...
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
JMHP Escreveu:mais_um Escreveu:Não consigo encontrar qualquer registo das obrigações gregas de 2 anos referidas em várias noticias e blogs.
No site do governo grego não existe essa maturidade:
http://www.mof-glk.gr/en/debt/historical.htm
Qual é a explicação?
Não são os gregos que tem a fama e reputação de encobrir e aldrabar as suas finanças?!!..![]()
Então?!... Não é algo que também estamos de certa forma habituados por cá?!
Não faz sentido, ocultarem as de 2 anos mantendo as outras, é irracional.
Isto cheira-me a esturro, mas é do lado das noticias.
No BIG só há cotação para as de 5 anos. Alguém tem outros prazos, incluindo as de 2 anos?
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djovarius Escreveu:Neste contexto, é isso mesmo que descrevi.
Eu estou a dever-te 10, mas não consigo pagar isso. E os juros estão a cortar-me as pernas.
O "haircut" (corte de cabelo) acontece se tu aceitares que a minha dívida (capital) se transforme em apenas 9 ou 8 ou 7, seja o que for.
Assim, eu já te posso pagar os juros e o capital.
Tu perdes algum, mas pelo menos não perdes tudo, nem eu fico de mãos atadas.
Abraço
Obrigado,
significa que caminhamos para fazer o que temos feito aos países do chamado "3º mundo", ou seja, perdoar divida. Continua a ser uma solução manhosa, eu continuo a pensar que isto é como com as familias, há que assumir a falencia, não se pode dar $ para tapar um buraco sem fundo.
abçs
dj
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mais_um Escreveu:Não consigo encontrar qualquer registo das obrigações gregas de 2 anos referidas em várias noticias e blogs.
No site do governo grego não existe essa maturidade:
http://www.mof-glk.gr/en/debt/historical.htm
Qual é a explicação?
Não são os gregos que tem a fama e reputação de encobrir e aldrabar as suas finanças?!!..

Então?!... Não é algo que também estamos de certa forma habituados por cá?!

Não basta ir apenas a uma fonte 'parcial' da informação, é necessário também fazer o contraditório recorrendo a outras fontes.
Não consigo encontrar qualquer registo das obrigações gregas de 2 anos referidas em várias noticias e blogs.
No site do governo grego não existe essa maturidade:
http://www.mof-glk.gr/en/debt/historical.htm
Qual é a explicação?
No site do governo grego não existe essa maturidade:
http://www.mof-glk.gr/en/debt/historical.htm
Qual é a explicação?
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Penso que está na altura de com os Euros que temos, comprar mas é acçoes americanas, pois penso que o dolar, tá a começar a ganahr velocidade, e irá recuperar e bem.
Euro?? Na sei não tivemos o colapso da União soviética em 1991, será que é o começo da queda da UE??, Não tou a ver injectarem dinheiro em Portugal como o estão a fazer na Grécia, pois se o fizerem , se seguirá espanha e talvez mais alguém.
Isto que está a acontecer não é culpa da crise, simplesmente a torneiro dos fundos comunitários reduziu bastante para Grecia e Portugal, e as economias resentiram-se demasiado, e agora????
Euro?? Na sei não tivemos o colapso da União soviética em 1991, será que é o começo da queda da UE??, Não tou a ver injectarem dinheiro em Portugal como o estão a fazer na Grécia, pois se o fizerem , se seguirá espanha e talvez mais alguém.
Isto que está a acontecer não é culpa da crise, simplesmente a torneiro dos fundos comunitários reduziu bastante para Grecia e Portugal, e as economias resentiram-se demasiado, e agora????
Neste contexto, é isso mesmo que descrevi.
Eu estou a dever-te 10, mas não consigo pagar isso. E os juros estão a cortar-me as pernas.
O "haircut" (corte de cabelo
) acontece se tu aceitares que a minha dívida (capital) se transforme em apenas 9 ou 8 ou 7, seja o que for.
Assim, eu já te posso pagar os juros e o capital.
Tu perdes algum, mas pelo menos não perdes tudo, nem eu fico de mãos atadas.
Abraço
dj
Eu estou a dever-te 10, mas não consigo pagar isso. E os juros estão a cortar-me as pernas.
O "haircut" (corte de cabelo

Assim, eu já te posso pagar os juros e o capital.
Tu perdes algum, mas pelo menos não perdes tudo, nem eu fico de mãos atadas.
Abraço
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
djovarius Escreveu:Bom dia amigos, Portugueses e Gregos e todos os demais![]()
Cada vez mais se fala numa solução para o problema que passa por um "haircut" em relação ao valor base de alguns títulos emitidos em Atenas. Pode ser de 20%, segundo especialistas neste mercado.
Isso evitaria um "calote" formal, parcial ou total, evitaria a derrocada das instituições de crédito, que iriam ao fundo nesta avalanche financeira.
Conjugado com algum apoio externo, diz a Bloomberg, e cortes mais duros no Orçamento, poderá ser uma solução para o curto e médio prazo, dando azo a margem de manobra para medidas de longo prazo.
Eu concordo. E isto significa que os investidores, sabendo que o calote poderia estar eminente, sinalizam já uma vontade de perder alguma coisa, para não perderem mais no futuro.
Abraço
dj
podes desenvolver um pouco o que significa esse "haircut"?
abçs e bns
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Greek 2-year bond yield rises above 13 per cent
Posted by Izabella Kaminska on Apr 26 10:49.
Greek bond yields were moving higher on Monday, despite the country’s activation of an EU/IMF aid package on Friday.
And here’s the graph of Greek two-year bond yields:
On the contagion side, the cost of insuring Portuguese government debt against default jumped to a record high of 288 basis points on Monday versus 278.8 basis points on Friday, according to Reuters.
Portuguese 10-year bond yields, meanwhile, were trading at above 5 per cent, for the first time since the summer of 2008.
http://ftalphaville.ft.com/blog/2010/04 ... -per-cent/
Posted by Izabella Kaminska on Apr 26 10:49.
Greek bond yields were moving higher on Monday, despite the country’s activation of an EU/IMF aid package on Friday.
And here’s the graph of Greek two-year bond yields:

On the contagion side, the cost of insuring Portuguese government debt against default jumped to a record high of 288 basis points on Monday versus 278.8 basis points on Friday, according to Reuters.
Portuguese 10-year bond yields, meanwhile, were trading at above 5 per cent, for the first time since the summer of 2008.
http://ftalphaville.ft.com/blog/2010/04 ... -per-cent/
Bom dia amigos, Portugueses e Gregos e todos os demais
Cada vez mais se fala numa solução para o problema que passa por um "haircut" em relação ao valor base de alguns títulos emitidos em Atenas. Pode ser de 20%, segundo especialistas neste mercado.
Isso evitaria um "calote" formal, parcial ou total, evitaria a derrocada das instituições de crédito, que iriam ao fundo nesta avalanche financeira.
Conjugado com algum apoio externo, diz a Bloomberg, e cortes mais duros no Orçamento, poderá ser uma solução para o curto e médio prazo, dando azo a margem de manobra para medidas de longo prazo.
Eu concordo. E isto significa que os investidores, sabendo que o calote poderia estar eminente, sinalizam já uma vontade de perder alguma coisa, para não perderem mais no futuro.
Abraço
dj

Cada vez mais se fala numa solução para o problema que passa por um "haircut" em relação ao valor base de alguns títulos emitidos em Atenas. Pode ser de 20%, segundo especialistas neste mercado.
Isso evitaria um "calote" formal, parcial ou total, evitaria a derrocada das instituições de crédito, que iriam ao fundo nesta avalanche financeira.
Conjugado com algum apoio externo, diz a Bloomberg, e cortes mais duros no Orçamento, poderá ser uma solução para o curto e médio prazo, dando azo a margem de manobra para medidas de longo prazo.
Eu concordo. E isto significa que os investidores, sabendo que o calote poderia estar eminente, sinalizam já uma vontade de perder alguma coisa, para não perderem mais no futuro.
Abraço
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
....And now anger is increasing in Germany, with many asking why they should pay for things like the luxury Greek pension system.
But for some experts, Greece is just a bottomless pit. And now anger is increasing in Germany, with many asking why they should pay for things like the luxury Greek pension system.
• Especially startling: Anyone who started receiving their money before 1993 and had been working for 35 years can, according to Eurostat, count on an 80 per cent pension (related to average earnings over the last five working years). Anyone beginning after 1993 would get 70 per cent.
• In Germany, the number lies between 46 and, in the future, 42 per cent. It is related to the average wage of the entire working life.
• The Greeks receive 14 pension payments a year – monthly plus an extra one at Easter and at Christmas. Germans only get 12 instalments.
• Pensions increase in Greece at a rate usually higher than the consumer price index. Between 2004 and 2006, there was a pay freeze on pensions in Germany but Greeks saw a 11 per cent rise. It is only now that levels have been frozen there.
• The Greeks have to pay contributions towards pensions, but – unlike in Germany – not towards health care or social costs.
And then there is another strange special Greek provision: Unmarried daughters of soldiers and police officers inherit the pensions of their fathers and receive it for the rest of their lives.
Will Germans soon have to take on the responsibility for that?
The fact is that in Greece, the employee's contribution is only 6.67 per cent of the gross wage compared to 9.95 per cent in Germany. The government contributes a subsidy from tax revenues.
That means that with a broke Athens seeking outside help, Germany and the rest of the EU aid givers must start pouring cash into the bottomless Greek pension pit...
Greece - Germany
Years of work to earn full pension: 35 - 45
Proportion of wages as pension: 80 %* - 46 %
Number of pension payments a year: 14 x - 12 x
Pension increase 2004: 3 % - 0 %
Pension increase 2005: 4 % - 0 %
Pension increase 2006**: 4 % - 0 %
Minimum payment (Euros): 445 ca. - 600
Maximum payment (Euros): 2538 ca. - 2100
Minimum pension age for men: 65 - 65–67
Minimum pension age for women: 60 - 65–67
Average pension entrance age: 62,4 - 63,2
* for insurance beginning before 1.1.1993, 70% after 1.1.1993, average earner;
** last available figures; sources: Eurostat, OECD, Dt. Rentenversicherung
http://www.bild.de/BILD/news/bild-engli ... /home.html

But for some experts, Greece is just a bottomless pit. And now anger is increasing in Germany, with many asking why they should pay for things like the luxury Greek pension system.
• Especially startling: Anyone who started receiving their money before 1993 and had been working for 35 years can, according to Eurostat, count on an 80 per cent pension (related to average earnings over the last five working years). Anyone beginning after 1993 would get 70 per cent.
• In Germany, the number lies between 46 and, in the future, 42 per cent. It is related to the average wage of the entire working life.
• The Greeks receive 14 pension payments a year – monthly plus an extra one at Easter and at Christmas. Germans only get 12 instalments.
• Pensions increase in Greece at a rate usually higher than the consumer price index. Between 2004 and 2006, there was a pay freeze on pensions in Germany but Greeks saw a 11 per cent rise. It is only now that levels have been frozen there.
• The Greeks have to pay contributions towards pensions, but – unlike in Germany – not towards health care or social costs.
And then there is another strange special Greek provision: Unmarried daughters of soldiers and police officers inherit the pensions of their fathers and receive it for the rest of their lives.
Will Germans soon have to take on the responsibility for that?
The fact is that in Greece, the employee's contribution is only 6.67 per cent of the gross wage compared to 9.95 per cent in Germany. The government contributes a subsidy from tax revenues.
That means that with a broke Athens seeking outside help, Germany and the rest of the EU aid givers must start pouring cash into the bottomless Greek pension pit...
Greece - Germany
Years of work to earn full pension: 35 - 45
Proportion of wages as pension: 80 %* - 46 %
Number of pension payments a year: 14 x - 12 x
Pension increase 2004: 3 % - 0 %
Pension increase 2005: 4 % - 0 %
Pension increase 2006**: 4 % - 0 %
Minimum payment (Euros): 445 ca. - 600
Maximum payment (Euros): 2538 ca. - 2100
Minimum pension age for men: 65 - 65–67
Minimum pension age for women: 60 - 65–67
Average pension entrance age: 62,4 - 63,2
* for insurance beginning before 1.1.1993, 70% after 1.1.1993, average earner;
** last available figures; sources: Eurostat, OECD, Dt. Rentenversicherung
http://www.bild.de/BILD/news/bild-engli ... /home.html
Re: Grécia já paga quase 13% de juros nas obrigações a dois
LTCM Escreveu:Os investidores continuam a castigar a Grécia, numa altura em que a Alemanha já deixou claro que o pacote de ajuda financeira ao país precisa de novas medidas “duras” para ser aprovado por Berlim.
Os juros da dívida grega a dois anos estão muito próximos dos 13%, com o “spread” a superar já os 1.200 pontos face às “bunds”, e a bolsa deslizou mais de 2,5%.
A chanceler alemã, Angela Merkel, disse esta tarde que a aprovação, por parte da Alemanha, do pacote de ajuda à Grécia, pode demorar “alguns dias” e está dependente do anúncio, por parte de Atenas, da tomada de mais medidas “duras” para controlar as contas do país, no âmbito das negociações com o FMI.
Estas declarações estão a ser recebidas pelo mercado como um adiar da solução para os problemas financeiros da Grécia, numa altura em que o país tem dívida a chegar à sua maturidade e precisa de a refinanciar.
A “yield” das obrigações a dois anos está a subir 285 pontos base para 12,986%, um valor que corresponde a um prémio de 1.211 pontos base, ou mais de 12 pontos percentuais, quando comparado com os juros que os investidores estão a pedir à Alemanha para as obrigações a dois anos (0,870%).
A taxa de juro a cinco anos está a subir 113 pontos base para 10,555%, mais 849 pontos do que os 2,063% pedidos à Alemanha.
Já a “yield” das obrigações a 10 anos gregas está a crescer 74 pontos base para 9,392%, um prémio de 635 pontos base face à “bund” alemã (3,036%).
Grécia já paga quase 13% de juros nas obrigações a dois anos
Isto é enganar as pessoas, a Grécia (Estado) não está a pagar 13% de juros nas obrigações a 2 anos. Está a pagar 3,655, no ultimo leilão realizado a 20 de Abril (a 3 meses).
Já agora mais uma "curiosidade" a Grécia não tem emissões de divida a 2 anos, nem inventar sabem..da-se!!!



É lamentavel este jornalismo da treta, ou melhor isto nem é jornalismo é fazer copy /paste.....para servir os interesses de alguém....
http://www.mof-glk.gr/en/debt/interests.htm
http://www.mof-glk.gr/en/debt/historical.htm
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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