off-topic: Igualdade nos ordenados!
Dando continuidade e este tópico, encontrei à pouco tempo um anúncio para vendedores D2D no sector das telecomunicações cujo ordenado base era €600, mas que a remuneração média chegava aos €1500.
Reflectindo um pouco concluí que as profissões mais bem pagas são aquelas que acrescentam mais valor e de forma mais rápida. A eterna lei da oferta e da procura fica relegada para segundo plano.
Não é de admirar que sejam os jogadores de futebol, os actores de hollywood, os gestores de empresas lucrativas e os comerciais os que ganham mais pelo aspecto de valor acrescentado.
Outras profissões, como juízes, médicos e pilotos ganham bem pelo facto de a oferta de profissionais destas áreas ser menor que a procura.
Eu dou preferência as profissões que ganham bem pelo valor que acrescentam.
Reflectindo um pouco concluí que as profissões mais bem pagas são aquelas que acrescentam mais valor e de forma mais rápida. A eterna lei da oferta e da procura fica relegada para segundo plano.
Não é de admirar que sejam os jogadores de futebol, os actores de hollywood, os gestores de empresas lucrativas e os comerciais os que ganham mais pelo aspecto de valor acrescentado.
Outras profissões, como juízes, médicos e pilotos ganham bem pelo facto de a oferta de profissionais destas áreas ser menor que a procura.
Eu dou preferência as profissões que ganham bem pelo valor que acrescentam.
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O processo de Bolonha é um pouco complexo para a nossa realidade, visto que somos vistos pelo canudo e não pelo seu conteúdo.
Tirando casos especiais de bacharéis que beneficiaram de um novo título académico quase por via administrativa, estes não estarão ao mesmo nível dos restantes colegas já integrados no processo de Bolonha.
Na maior parte dos cursos quando se fez a transição foram retiradas do currículo cadeiras introdutórias e foram remodeladas outras cadeiras que tinham uma carga horária excessiva para os conteúdos, pelo que não vejo diminuído um licenciado pós-Bolonha.
Em relação aos mestrados não vejo forma de os comparar a uma licenciatura pré-Bolonha, já que a exigência deste tipo de estudos é muito maior.
Tenho apenas algumas reservas em relação aos mestrados integrados por considerar que alguns dos jovens sem qualquer experiência, invistam nesta qualificação sem saberem se na prática era esta a especialização que mais se adaptava a eles.
Tirando casos especiais de bacharéis que beneficiaram de um novo título académico quase por via administrativa, estes não estarão ao mesmo nível dos restantes colegas já integrados no processo de Bolonha.
Na maior parte dos cursos quando se fez a transição foram retiradas do currículo cadeiras introdutórias e foram remodeladas outras cadeiras que tinham uma carga horária excessiva para os conteúdos, pelo que não vejo diminuído um licenciado pós-Bolonha.
Em relação aos mestrados não vejo forma de os comparar a uma licenciatura pré-Bolonha, já que a exigência deste tipo de estudos é muito maior.
Tenho apenas algumas reservas em relação aos mestrados integrados por considerar que alguns dos jovens sem qualquer experiência, invistam nesta qualificação sem saberem se na prática era esta a especialização que mais se adaptava a eles.
Ad Augusta Per Augusta
mfsr1980 Escreveu:Caros Forenses,
Para além disso, uma empresa precisa de vendas e por conseguinte os vendedores estarão cada vez mais em alta e mesmo assim a técnica têem de ser bem equacionada para ter êxito!
Pois bem, com a crise financeira que vivemos foram varias as empresas que vendiam bem que faliram. E porquê? Porque vendiam mas não recebiam. Cediam crédito, não cobravam e as insitituições financeiras não lhes davam crédito para compensar o crédito que cediam. Então os extraordinários vendedores, bem remunerados com base no que vendiam e não no que se vendia e cobrava (na sua maior parte) partiram para novos desafios e a empresa que incorporava além destes, funcionários que produziam e administravam (no senso da palavra e não na ligação com a gestão) perdiam o seu posto de trabalho mal remunerado.
Tudo isto para dizer que a maior parte das empresas de sucesso utilizam sistemas de valorização e retenção de quadros comuns a todas as areas da empresa. Claro está que em Portugal (o exemplo que temos mais perto e que continuamos a manter como unico) a maior parte das empresas não têm esta politica de gestão e valorização de quadros.
Mas creio que muito há para dizaer sobre isto e claro está perguntar a cada um qual é a melhor profissão e o melhor profissional numa organização, será sempre uma resposta fácil de adivinhar....eu mesmo!!!
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tonirai Escreveu:otangas Escreveu:Na minha opinião as alterações de Bolonha podem ser positivas a médio/longo prazo, mas levam a algumas confusões nesta fase em que começam a sair das universidades "mestres" atrás de "mestres", cuja formação não difere de muitas antigas licenciaturas.
E as licenciaturas de Bolonha em muitos casos não diferem dos bacharelatos pré-Bolonha...
No meu caso, bacharel em Eng. Mecânica, para ter equivalência à licenciatura pós-Bolonha basta-me:
- Fazer 1 cadeira semestral nova;
- Repetir 1 cadeira (à escolha entre 3 ou 4 que já fiz);
- Pagar 100€ para submeter um pedido de equivalência da experiência profissional ao estágio (que pode ou não ser deferido).
Portanto, com sorte, é 1 cadeira nova apenas
E essa é a realidade da maioria dos cursos. Isso não é necessáriamente mau, desde que o mercado de trabalho o reconheça.
Agora o que me chateia mesmo é ver a classe dos enfermeiros a atirar areia para os olhos da opinião pública e a reclamar que agora são licenciados e devem ganhar como tal. São licenciados por uma questão meramente formal, não por especial mérito nem por terem investido na sua formação.
otangas Escreveu:Na minha opinião as alterações de Bolonha podem ser positivas a médio/longo prazo, mas levam a algumas confusões nesta fase em que começam a sair das universidades "mestres" atrás de "mestres", cuja formação não difere de muitas antigas licenciaturas.
E as licenciaturas de Bolonha em muitos casos não diferem dos bacharelatos pré-Bolonha...
No meu caso, bacharel em Eng. Mecânica, para ter equivalência à licenciatura pós-Bolonha basta-me:
- Fazer 1 cadeira semestral nova;
- Repetir 1 cadeira (à escolha entre 3 ou 4 que já fiz);
- Pagar 100€ para submeter um pedido de equivalência da experiência profissional ao estágio (que pode ou não ser deferido).
Portanto, com sorte, é 1 cadeira nova apenas

Pevide Escreveu:Luis19 Escreveu:Pessoal o que acham da transformação que houve nas universidades devido ao processo de Bolonha?
Acham justo o pessoal pré-bolonha ter que gramar e pagar bem pago mais um ou dois anos para ficar com a mesma habilitação literária de um pós-bolonha, quando ao nivel do mercado de trabalho as remunerações são exactamente iguais?
Quanto a mim, quem ganhou apenas foram as universidades...
A nível do mercado de trabalho um Engenheiro licenciado com 5 anos pré-bolonha é igual a um Engenheiro pós-bolonha licenciado com 5 anos com mestrado integrado.
Nesse caso a comparação é fácil, mas em muitos dos cursos não é assim tão simples.
E depois ainda há casos como os dos enfermeiros. Por uma questão meramente "formal", os bacharelados passaram a licenciaturas e agora é só greves atrás de greves a exigirem receber como licenciados.
Na minha opinião as alterações de Bolonha podem ser positivas a médio/longo prazo, mas levam a algumas confusões nesta fase em que começam a sair das universidades "mestres" atrás de "mestres", cuja formação não difere de muitas antigas licenciaturas.
Actualmente o mercado de trabalho reconhece a diferença entre um mestre "pré-Bolonha" e um mestre "pós-Bolonha", mas temo que daqui a uma dúzia de anos esta distinção se perca. E mesmo actualmente um empregador menos informado poderá preterir um licenciado pré-Bolonha a um mestre, por achar que este terá uma formação mais acançada.
E confusão maior é o meu caso pessoal: tenho Diploma de Formação Avançado, correspondente a uma pósgraduação de 1 ano com os créditos suficientes para ser considerada uma formação de nível 3. Contudo apenas tenho uma licenciatura pré-Bolonha, pelo que não sou mestre nem posso afirmar que tenha uma formação de nível 2 (mestrado).
A minha situação é "agrava-se" porque um curso de nível 3 não me confere qualquer grau, ao contrário dos níveis inferiores (nível 1 - licenciado, nível 2 - mestre). Ou seja, perante um recém-mestre, eu sou um mero licenciado, apesar de ter mais anos de estudo.
Luis19 Escreveu:Pessoal o que acham da transformação que houve nas universidades devido ao processo de Bolonha?
Acham justo o pessoal pré-bolonha ter que gramar e pagar bem pago mais um ou dois anos para ficar com a mesma habilitação literária de um pós-bolonha, quando ao nivel do mercado de trabalho as remunerações são exactamente iguais?
Quanto a mim, quem ganhou apenas foram as universidades...
A nível do mercado de trabalho um Engenheiro licenciado com 5 anos pré-bolonha é igual a um Engenheiro pós-bolonha licenciado com 5 anos com mestrado integrado.
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Pessoal o que acham da transformação que houve nas universidades devido ao processo de Bolonha?
Acham justo o pessoal pré-bolonha ter que gramar e pagar bem pago mais um ou dois anos para ficar com a mesma habilitação literária de um pós-bolonha, quando ao nivel do mercado de trabalho as remunerações são exactamente iguais?
Quanto a mim, quem ganhou apenas foram as universidades...
Acham justo o pessoal pré-bolonha ter que gramar e pagar bem pago mais um ou dois anos para ficar com a mesma habilitação literária de um pós-bolonha, quando ao nivel do mercado de trabalho as remunerações são exactamente iguais?
Quanto a mim, quem ganhou apenas foram as universidades...
O autor não assume quaisquer responsabilidades sobre as decisões tomadas por outros relativamente aos factos por ele mencionados.
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Vamos ver as coisas.
Como não estou identificado aqui no caldeirão, vou colocar estes dados.
Seria interessante quem desejar, fazer o mesmo e compilar-se depois os resultados.
Profissão:
Engenheiro electrotecnico
Idade:35
Vencimento anual bruto:36000 €
Professora Ensino superior:
Idade 38
Vencimento anual bruto: 32000 €
Como não estou identificado aqui no caldeirão, vou colocar estes dados.
Seria interessante quem desejar, fazer o mesmo e compilar-se depois os resultados.
Profissão:
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mfsr1980 Escreveu:Caros Forenses,
Acho que os 600-800€ é um ordenado que tenderá rápidamente a baixar para os 450€.
Espero que não demore muito, que isto de ter um individuo com formação superior a tratar da contabilidade, a fazer a gestão fiscal da empresa, os orçamentos e análises de desvios, e todas as demais funções inerentes por esse valor,vai ser uma mina.
E depois serve sempre como "bode expiatório" quando alguma coisa correr mal.

Ad Augusta Per Augusta
Caros Forenses,
Acho que os 600-800€ é um ordenado que tenderá rápidamente a baixar para os 450€. Nem é porque ele cria ou deixa de criar valor, é essêncialmente porque a oferta é cada vez maior face à procura, na medida em que o nosso parque empresarial se vai reduzindo. Também temos de reconhecer que um TOC não é uma profissão técnica assim tão superior e não baixa mais porque já estamos a falar de um ordenado mínimo nacional. Para além disso, uma empresa precisa de vendas e por conseguinte os vendedores estarão cada vez mais em alta e mesmo assim a técnica têem de ser bem equacionada para ter êxito!
O Call Center é uma profissão relativamente nova e desgastante. Para se tirar os 720€ têm de se ser um operador com qualidade QUE VENDA BEM e sobretudo que tenha a sorte de não apanhar muitos clientes como eu, que apenas compram aquilo que querem e não aquilo que lhe impingem, nem quando nos vêem com questionários.
Acho que os 600-800€ é um ordenado que tenderá rápidamente a baixar para os 450€. Nem é porque ele cria ou deixa de criar valor, é essêncialmente porque a oferta é cada vez maior face à procura, na medida em que o nosso parque empresarial se vai reduzindo. Também temos de reconhecer que um TOC não é uma profissão técnica assim tão superior e não baixa mais porque já estamos a falar de um ordenado mínimo nacional. Para além disso, uma empresa precisa de vendas e por conseguinte os vendedores estarão cada vez mais em alta e mesmo assim a técnica têem de ser bem equacionada para ter êxito!
O Call Center é uma profissão relativamente nova e desgastante. Para se tirar os 720€ têm de se ser um operador com qualidade QUE VENDA BEM e sobretudo que tenha a sorte de não apanhar muitos clientes como eu, que apenas compram aquilo que querem e não aquilo que lhe impingem, nem quando nos vêem com questionários.

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Caro Elgenedy,
Muito bonito,
Mas sempre tive o brio profissional nos pincaros, e isso NUNCA fez com que fosse melhor visto pela entidade patronal.
Isto não é assim e, todo o lado, mas em Portugal, desengana-te...
Quanto ao redutor do copy paste, o redutor muitas vezes simplifica a conversa.
E no geral, todas as funções que falas de BackOffice de Instituições Financeiras (que, por acaso, conheço bem), para mim são "copy paste" o dia todo.
Até mete dó ver aquela gente trabalhar...
Alguns ganham cerca de 600€ a 700€ mês, com 30 e 40 anos, e por dia carregam centenas de vezes no botão "transferir" (com dedal e tudo), às vezes para montantes ENORMES (ME's) de uma só tranche (querem responsabilidade?).
Muitos quase que se espumam da boca diariamente, na ânsia de cumprir com o horário das transferências, entre SPGT e outras menores, em correrias loucas pelos corredores de um qualquer andar de escritórios, cheios de brio profissional.
Mas qual STATUS, qual REMUNERAÇÃO, qual quê!
E porquê?
Trabalho Indeferenciado (menos redutor) o dia TODO.
Eu próprio já me despedi de coisas do género (para não dizer exactamente igual
) exactamente por este motivo...
Não dá para parar, respirar, pensar e criar (Value I say).
Nem a entidade patronal o quer
Mas compreende-se...O FOCUS é Rei, e gajos focados tem de saber que estão a fazer uma parede!
Não podem passar o dia embevecidos olhar parar o primeiro tijolo, no chão ainda por colocar, enquanto imaginam a bela catedral, que nunca existirá, enquanto não começarem a colocar pedra sobre pedra.
HOJE (nem sempre foi assim, mas a idade não perdoa utopias idealistas), o gajo da catedral parece-me um "tolo".
E enquanto achar que está metido numa catedral, nunca deixará de fazer paredes
Saudações & Bons Negócios
P.S. E eu NÃO disse que TOC era função menor, ou que qualquer um podia fazer.
Muitas vezes tb acho que o valor não é na função, mas na pessoa que a desempenha
Existe uma história, sobre 3 pedreiros que estavam a trabalhar no mesmo projecto. Perguntaram ao primeiro o que ele estava a fazer e ele respondeu "a juntar pedras". O segundo já disse "Eu estou a fazer uma parede". O terceiro, todo orgulhoso, disse "eu estou a construir uma catedral"...
Muito bonito,
Mas sempre tive o brio profissional nos pincaros, e isso NUNCA fez com que fosse melhor visto pela entidade patronal.
Isto não é assim e, todo o lado, mas em Portugal, desengana-te...
Quanto ao redutor do copy paste, o redutor muitas vezes simplifica a conversa.
E no geral, todas as funções que falas de BackOffice de Instituições Financeiras (que, por acaso, conheço bem), para mim são "copy paste" o dia todo.
Até mete dó ver aquela gente trabalhar...
Alguns ganham cerca de 600€ a 700€ mês, com 30 e 40 anos, e por dia carregam centenas de vezes no botão "transferir" (com dedal e tudo), às vezes para montantes ENORMES (ME's) de uma só tranche (querem responsabilidade?).
Muitos quase que se espumam da boca diariamente, na ânsia de cumprir com o horário das transferências, entre SPGT e outras menores, em correrias loucas pelos corredores de um qualquer andar de escritórios, cheios de brio profissional.
Mas qual STATUS, qual REMUNERAÇÃO, qual quê!
E porquê?
Trabalho Indeferenciado (menos redutor) o dia TODO.
Eu próprio já me despedi de coisas do género (para não dizer exactamente igual

Não dá para parar, respirar, pensar e criar (Value I say).
Nem a entidade patronal o quer

Mas compreende-se...O FOCUS é Rei, e gajos focados tem de saber que estão a fazer uma parede!
Não podem passar o dia embevecidos olhar parar o primeiro tijolo, no chão ainda por colocar, enquanto imaginam a bela catedral, que nunca existirá, enquanto não começarem a colocar pedra sobre pedra.
HOJE (nem sempre foi assim, mas a idade não perdoa utopias idealistas), o gajo da catedral parece-me um "tolo".
E enquanto achar que está metido numa catedral, nunca deixará de fazer paredes

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P.S. E eu NÃO disse que TOC era função menor, ou que qualquer um podia fazer.
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Re: A informação cria valor
Olá Nuno
Sem dúvida que tem.. mas no limite, só o CEO não tem (e muitas vezes tem accionistas a "chatearem").
A diferença, e o valor realmente ganho é que um bom preparador faz com que os jogadores aguentem 120 minutos + penaltys... com um normal chegam aos 90 todos rotos. O objectivo é do treinador, claro que sim. Mas quem ganhou aqueles 30 minutos extra que muitas vezes vão efectivamente originar a vitória, foi o preparador.
Podes sempre ver de outra forma... quem definiu o objectivo limitou-se a mandar postas de pescada que todos conseguem fazer. Eu tb consigo dizer que quero o plantel todo apto a 150 minutos de corrida... e faze-lo?
Epá.. aí estás a ser um bocado redutor. Vamos mudar as analogias para os bancos. Backoffice é toda aquela malta, que ninguem sabe que existe, mas que estão, por exemplo a monitorizar o que se passa; estão a processar uma série de pedidos, avaliações e salários; a manter sistemas operacionais; isto tudo para garantir que qualquer um de nós, tem dinheiro quando vai ao multibanco; ou tem um empréstimo aprovado em 3 ou 4 dias, em vez de 3 ou 4 semanas. Isto não tem valor?
Essas pessoas não estão apenas a fazer copy paste...
E mesmo que estejam, se permitirem à empresa poupar 1 dia, então o trabalho delas vale precisamente um dia....
Permite-me discordar
Num trabalho há sempre espaço para arte e margem para acrescentar algo. Tudo depende da forma como encaras o trabalho que estás a fazer. Se forem 100 copy paste, é diferente de os fazer em 10 minutos ou numa hora; é diferente teres uma taxa de erro de 1% ou 10%....
Muitas vezes tb acho que o valor não é na função, mas na pessoa que a desempenha
Existe uma história, sobre 3 pedreiros que estavam a trabalhar no mesmo projecto. Perguntaram ao primeiro o que ele estava a fazer e ele respondeu "a juntar pedras". O segundo já disse "Eu estou a fazer uma parede". O terceiro, todo orgulhoso, disse "eu estou a construir uma catedral"...
Abraço,
Elgenedy

nunoand99 Escreveu:Gosto das analogias do futebol
A questão é que o preparador fisico, ou tem o treinador a dizer quando precisa dos "picos de forma", ou então não é uma preparação fisica orientada para nada, porque não tem objectivo...
Sem dúvida que tem.. mas no limite, só o CEO não tem (e muitas vezes tem accionistas a "chatearem").
A diferença, e o valor realmente ganho é que um bom preparador faz com que os jogadores aguentem 120 minutos + penaltys... com um normal chegam aos 90 todos rotos. O objectivo é do treinador, claro que sim. Mas quem ganhou aqueles 30 minutos extra que muitas vezes vão efectivamente originar a vitória, foi o preparador.
Podes sempre ver de outra forma... quem definiu o objectivo limitou-se a mandar postas de pescada que todos conseguem fazer. Eu tb consigo dizer que quero o plantel todo apto a 150 minutos de corrida... e faze-lo?

nunoand99 Escreveu:No Backoffice (óptimo exemplo) a função é "100 copy pastes" por dia (exemplificativo, obviamente).
Os 100 copy pastes tem valor.
Quem os faz não tem valor nenhum (e eu já fiz muitos), porque qualquer um fazia igual...esse é o "problema"...são 100 copy pastes, ponto final.
Epá.. aí estás a ser um bocado redutor. Vamos mudar as analogias para os bancos. Backoffice é toda aquela malta, que ninguem sabe que existe, mas que estão, por exemplo a monitorizar o que se passa; estão a processar uma série de pedidos, avaliações e salários; a manter sistemas operacionais; isto tudo para garantir que qualquer um de nós, tem dinheiro quando vai ao multibanco; ou tem um empréstimo aprovado em 3 ou 4 dias, em vez de 3 ou 4 semanas. Isto não tem valor?
Essas pessoas não estão apenas a fazer copy paste...
E mesmo que estejam, se permitirem à empresa poupar 1 dia, então o trabalho delas vale precisamente um dia....
nunoand99 Escreveu:Não há Arte (na acepção cientifica do termo), e como tal, não existe margem para acrescentar algo!
Permite-me discordar

Num trabalho há sempre espaço para arte e margem para acrescentar algo. Tudo depende da forma como encaras o trabalho que estás a fazer. Se forem 100 copy paste, é diferente de os fazer em 10 minutos ou numa hora; é diferente teres uma taxa de erro de 1% ou 10%....
nunoand99 Escreveu:Até porque, aliás, nesse caso o VALOR não estará na função em si, mas em quem compilou os procedimentos que deram origem ao nascimento da função (ou posto de trabalho), ou seja, a EMPRESA
Muitas vezes tb acho que o valor não é na função, mas na pessoa que a desempenha

Existe uma história, sobre 3 pedreiros que estavam a trabalhar no mesmo projecto. Perguntaram ao primeiro o que ele estava a fazer e ele respondeu "a juntar pedras". O segundo já disse "Eu estou a fazer uma parede". O terceiro, todo orgulhoso, disse "eu estou a construir uma catedral"...

Abraço,
Elgenedy
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Re: A informação cria valor
nunoand99 Escreveu:
Os 100 copy pastes tem valor.
Quem os faz não tem valor nenhum (e eu já fiz muitos), porque qualquer um fazia igual...esse é o "problema"...são 100 copy pastes, ponto final.
Não há Arte (na acepção cientifica do termo), e como tal, não existe margem para acrescentar algo!
Não interessa se a função é vital para a Empresa (ou Sociedade) quando qualquer um está habilitado a desempenhar a mesma.
Caro nunoand99,
gostaria de saber qual a tua empresa, o meu filhote de 6 anos quer candidatar-se a uma vaga.
Assumir que um TOC ou um preparador físico faz uma função menor que pode ser executada por qualquer um.
É este tipo de mentalidade que tem minado o nosso tecido empresarial, em que uma quantidade de empresários "mal formados" vulgo patrões, tem a percepção de que um trabalhador tem que ser como o burro, é comer e trabalhar.
Faz-me lembrar um patrão que ao saber que um seu trabalhador se tinha licenciado lhe diz:
- Podes ir embora que nesta casa só há lugar para um Dr.
Ad Augusta Per Augusta
Re: A informação cria valor
elgenedy Escreveu:MarcoAntonio Escreveu:Existe uma série de funções cuja criação de valor poderá não ser tão evidente pelo facto de não se tratar de uma criação de valor "directa".
Genericamente, a maioria das funções de back-office "sofrem" desse problema. São funções frequentemente pouco visíveis e como tal, o valor que criam nem sempre é perceptível (e muitas vezes dificilmente mensurável).
Fazendo outra analogia, neste caso ao futebol, é o caso dos preparadores físicos, que conseguem que os jogadores aguentem 90 minutos em vez de 2 ou 3 (como provavelmente seria o meu caso). Mas para o bem e para o mal, quem é reconhecido é o proprio jogador e o treinador...
Nuno, de facto a compilação de dados/informação não traz nada de novo: a informação já existe. A questão é: quem toma a decisão, seria capaz de tomar as decisões correctas e em tempo útil sem essa tarefa intermédia? E o que deixaria de fazer para o conseguir? Isto que se ganha, é o valor que efectivamente é criado (e em muitas situações, é mesmo muito grande).
Abraço,
Elgenedy
Boas elgenedy (e Marco, já agora

Gosto das analogias do futebol

A questão é que o preparador fisico, ou tem o treinador a dizer quando precisa dos "picos de forma", ou então não é uma preparação fisica orientada para nada, porque não tem objectivo...
E quem define o objectivo?
Quanto à criação de valor, para mim a questão não é o valor da função, mas a possibilidade que a mesma dá, a quem a exerce, de criar valor...
Se não vejamos,
No Backoffice (óptimo exemplo) a função é "100 copy pastes" por dia (exemplificativo, obviamente).
Os 100 copy pastes tem valor.
Quem os faz não tem valor nenhum (e eu já fiz muitos), porque qualquer um fazia igual...esse é o "problema"...são 100 copy pastes, ponto final.
Não há Arte (na acepção cientifica do termo

Não interessa se a função é vital para a Empresa (ou Sociedade) quando qualquer um está habilitado a desempenhar a mesma.
Até porque, aliás, nesse caso o VALOR não estará na função em si, mas em quem compilou os procedimentos que deram origem ao nascimento da função (ou posto de trabalho), ou seja, a EMPRESA

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E depois ha uma coisa importante:
A carreira num Call-Center ee invejaavel. Com afinco e dedicac,ao, um "operador de telecomunicac,oes" pode vir a ser um grande homem (ou uma grande mulher).
Senhores de um auto-domiinio inegualaavel, adquirido nas agressoes verbais de que sao viitimas (principalmente no outbound de colchoes), os profissionais de que se fala serao futuros Mestres (devia haver Doutouramento !) dos mercados virtuais.
Um dia a Histooria lhes faraa Justic,a...
Senhores de um auto-domiinio inegualaavel, adquirido nas agressoes verbais de que sao viitimas (principalmente no outbound de colchoes), os profissionais de que se fala serao futuros Mestres (devia haver Doutouramento !) dos mercados virtuais.
Um dia a Histooria lhes faraa Justic,a...


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Re: A informação cria valor
MarcoAntonio Escreveu:Existe uma série de funções cuja criação de valor poderá não ser tão evidente pelo facto de não se tratar de uma criação de valor "directa".
Genericamente, a maioria das funções de back-office "sofrem" desse problema. São funções frequentemente pouco visíveis e como tal, o valor que criam nem sempre é perceptível (e muitas vezes dificilmente mensurável).
Fazendo outra analogia, neste caso ao futebol, é o caso dos preparadores físicos, que conseguem que os jogadores aguentem 90 minutos em vez de 2 ou 3 (como provavelmente seria o meu caso

Nuno, de facto a compilação de dados/informação não traz nada de novo: a informação já existe. A questão é: quem toma a decisão, seria capaz de tomar as decisões correctas e em tempo útil sem essa tarefa intermédia? E o que deixaria de fazer para o conseguir? Isto que se ganha, é o valor que efectivamente é criado (e em muitas situações, é mesmo muito grande).
Abraço,
Elgenedy
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Re: A informação cria valor
nunoand99 Escreveu:Cria sim senhor, mas é a sua (da informação) análise, não a sua compilação.
Nuno, a compilação/organização cria valor porque permite que o sistema funcione melhor (em teoria).
Estabelecendo uma analogia, o óleo não faz o motor mover mas permite que ele se mova melhor. Permite que ele seja mais eficiente, produzindo mais. Esse acréscimo de produção do motor, é o contributo do óleo para a produção.
Existe uma série de funções cuja criação de valor poderá não ser tão evidente pelo facto de não se tratar de uma criação de valor "directa".
Mas sem essas funções, é argumentável que o sistema no seu todo produziria menos. Logo, elas criam valor...
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Re: A informação cria valor
GilbertoGil Escreveu:nunoand99 Escreveu:Não me espanta que o ordenado de um Call Center seja superior, bem como a remuneração hora.
Se não vejamos,
1. Desgaste na função: superior
2. Criação de Valor: superior
Um TOC tem poucas opotunidades de criar valor...limita-se a ser um "veio de transmissão"...e como tal, remuneração de acordo.
Não me parece que seja somente uma questão de procura e oferta como aqui já foi referido.
Porque paa aquilo que não cria valor, mesmo que haja pouco, ninguém quer...
Saudações & Bons Negócios
Desde quando a informação não cria valor? O resultado do trabalho de um TOC, é um importante instrumento à tomada de decisão.
Muitas vezes os destinatários dessa informação, não estão à altura de a utilizarem em beneficio da empresa, Consequentemente desvalorizando-a. O que resulta na falta de valorização da profissão, nesses casos.
Boas Gilberto Gil,
Cria sim senhor, mas é a sua (da informação) análise, não a sua compilação.
Como disseste, é um importante instrumento à tomada de decisão, mas importante mesmo, é a tomada de decisão...é a avaliação dos prós e contras que sempre estão em jogo em qualquer decisão...e nisso, os TOC's pouco, ou nada, podem ajudar...
Mas não quero tornar este tópico numa desvalorização dos TOC's, toda a gente tem a sua função

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Na verdade, TOC's há muitos. O OTOC é a maior Ordem (em número de membros) do país. A isso chama-se, como alguém disse, mercado.
Não haja dúvida que o TOC tem muita responsabilidade, mas quem dita as leis é o mercado, esse mesmo que diz que esta profissão tem execesso de oferta de emprego.
Não haja dúvida que o TOC tem muita responsabilidade, mas quem dita as leis é o mercado, esse mesmo que diz que esta profissão tem execesso de oferta de emprego.
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nunoand99 Escreveu:Não me espanta que o ordenado de um Call Center seja superior, bem como a remuneração hora.
Se não vejamos,
1. Desgaste na função: superior
2. Criação de Valor: superior
Um TOC tem poucas opotunidades de criar valor...limita-se a ser um "veio de transmissão"...e como tal, remuneração de acordo.
Não me parece que seja somente uma questão de procura e oferta como aqui já foi referido.
Porque paa aquilo que não cria valor, mesmo que haja pouco, ninguém quer...
Saudações & Bons Negócios



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A informação cria valor
nunoand99 Escreveu:Não me espanta que o ordenado de um Call Center seja superior, bem como a remuneração hora.
Se não vejamos,
1. Desgaste na função: superior
2. Criação de Valor: superior
Um TOC tem poucas opotunidades de criar valor...limita-se a ser um "veio de transmissão"...e como tal, remuneração de acordo.
Não me parece que seja somente uma questão de procura e oferta como aqui já foi referido.
Porque paa aquilo que não cria valor, mesmo que haja pouco, ninguém quer...
Saudações & Bons Negócios
Desde quando a informação não cria valor? O resultado do trabalho de um TOC, é um importante instrumento à tomada de decisão.
Muitas vezes os destinatários dessa informação, não estão à altura de a utilizarem em beneficio da empresa, Consequentemente desvalorizando-a. O que resulta na falta de valorização da profissão, nesses casos.
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O meu ordenado incluí os duodécimos das férias!Se não fosse isso o ordenado descia cerca de 10%. Mas existem operadores a ganhar mais que eu.
Eu não considero que ganhe bem.São mesmo os outros que ganham mal.Mas o principio da oferta e da procura aplica-se aqui.Concordo que é uma profissão de desgaste,repetitiva e sem autonomia.
Também estou para aí.Para a licenciatura que falei de inicio, TOC não será a melhor opção.
Resina Escreveu:Scotch ganhas bem para Operador de Call Center...
Eu não considero que ganhe bem.São mesmo os outros que ganham mal.Mas o principio da oferta e da procura aplica-se aqui.Concordo que é uma profissão de desgaste,repetitiva e sem autonomia.
nunoand99 Escreveu:TOC é do pior pago que anda por aí para a Licenciatura em questão.
Também estou para aí.Para a licenciatura que falei de inicio, TOC não será a melhor opção.
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