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Caldeirão da Bolsa

Off-topic - telemóveis e condução

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por mais_um » 26/9/2010 23:49

AutoMech Escreveu:Obrigado mais_um. Foi então na Maia ? Como tens Lisboa como local pensei que tivesse sido, por exemplo, em Palmela (acho que fazem cursos desses lá também).

Já agora uma pergunta: sentiste muita diferença com o ESP ?


Eles foram dar o curso na Renault do Barreiro.

Com o ABS é abismal a diferença, por isso é que desde 2004 que todos os automoveis vendidos na UE tem que ter ABS.

Com o ESP também nota-se bem a diferença, é entre fazeres um pião numa cruva e provavelemtne deixares o motor ir abaixo(quase todos deixaram, especiamente as mulheres) ou conseguires fazer a curva sem perderes o controlo do carro.

Enquanto o ABS depende de ti (tu travares) o ESP não depende de ti para actuar.

Penso que a partir de 2013 ou 2012 todos os automoveis novos na UE tem que ter ESP.

Mas se as pessoas tems os automoveis equipados mas não lhes for ensinado como devem usar essas sistemas, acaba-s epor perder parte do beneficio.
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por Automech » 26/9/2010 23:36

Obrigado mais_um. Foi então na Maia ? Como tens Lisboa como local pensei que tivesse sido, por exemplo, em Palmela (acho que fazem cursos desses lá também).

Já agora uma pergunta: sentiste muita diferença com o ESP ?
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por mais_um » 26/9/2010 22:59

AutoMech Escreveu:Sabes quanto custa um curso desses mais_um ?


Não, mas ficas com o contacto e perguntas:

http://www.ecp-seguranca.com/default.asp

O que eu fiz foi um mini curso e não o curso completo.
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por Automech » 26/9/2010 22:42

Sabes quanto custa um curso desses mais_um ?
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Condução defensiva

por mais_um » 26/9/2010 22:19

Boas!

Não tem 100% a ver com o topico, mas para não abrir um novo... :wink:

Fui este sabado fazer um mini-curso de condução defensiva oferecido pela Renault e sinceramente aconselho todos os condutores a fazer, inclusivé devia ser obrigatório para quem quer tirar a carta e para os restantes condutores deviam fazer uma reciclagem de tempos a tempos.

Fizemos alguns exercicos practicos, algumas manobras de emergencia, com e sem ABS, com e sem ESP e podemos verificar que estes dispositvos podem salvar a nossa vida.
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por PequenoInvest » 8/4/2010 13:36

LOAMIL Escreveu:
Laaz Rockit Escreveu:
PequenoInvest Escreveu:acho mais perigoso fumar enquanto se conduz do que falar ao telemóvel.


Como??? Esta não lembra nem ao diabo. E sou ex-fumador.


Concordo com o PequenoInvest. Não me lembro de estar numa situação complicada por falar ao telefone a conduzir excepto quando vejo um policia.
Por fumar, já estive várias vezes em situações complicadas por deixar cair o cigarro tanto em cima de mim como dentro do carro. Acho que uma pode provocar distracção e a outra atrapalhação.

Um abraço
ml


Exactamente. É mesmo esse o meu ponto de visto.
Antes de ter o auricular bluetooth das vezes que falava ao telemóvel deixei-o cair 2 ou 3 vezes. Sem atrapalhação, sem distracção parei o carro e procurei o telemóvel.
Se o cigarro cai, uma pessoa queima-se e instantaneamente tem um reacção de dor que, aí sim, poderá originar uma situação complicada.

E por isso continuo sem perceber porque malham tantas vezes em cima de quem fala ao telemóvel e em quem fuma... nada de nada. Nem se ouve falar.
E um auricular bluetooth são 20/25 €. Todos podem comprar.
Já para o cigarro, ninguém pode fumar por bluetooth :mrgreen:
 
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por Pemides » 8/4/2010 13:19

Concordo que as pessoas têm que acreditar na lei.

Dou um exemplo, com os limites de velocidade no código da estrada. São tão ridículos, desapropriados para alguns locais e/ou mal definidos que não são levados a sério.

Eu desde que saí das aulas de condução (já lá vão mais de 3 aninhos) que nunca mais liguei ao velocímetro ou aos limites de velocidade. Ajusto a velocidade à estrada em que vou a conduzir, simplesmente. Para mim, ir em excesso de velocidade não é olhar para o velocímetro e ver que estou acima do limite legal. É simplesmente um "feeling" que estou a andar numa determinada estrada, a uma velocidade superior à que deveria para o fazer em total segurança. E esse limite tanto pode ser bastante superior, como bastante inferior ao limite legal. Se calhar a maior parte das vezes até ando dentro dos limites de velocidade legais. Mas a lei é simplesmente ignorada por mim. Se não houvesse a lei, eu andaria à mesma velocidade. E passei a ignorar completamente a lei, porque é completamente irrealista. Há montes de vias no meio das localidades em que andar a 50 é empatar o trânsito. Há auto estradas em que é simplesmente ridículo, principalmente para quem tem um carro com segurança, andar a 120. Não acredito na lei, ignoro-a. Para mim, está errada (acho que uma solução seria definir limites de velocidade mais altos, e depois impôr limites mais baixos onde necessário através de sinalização vertical).

Quanto a estacionar em cima de passeios... para mim isto não é um problema... é a solução de um problema. Não a solução ideal, mas a solução possível, já que o Sr. António Costa, em vez criar estacionamentos, anda a eliminar montes de lugares de estacionamento (aquele parque selvagem perto do colombo, e os dois perto da mesquita? para aí uns 500 lugares no total que foram ao ar) para criar uma ciclovia que ninguém usa. Mais uma lei na qual não acredito. Se não estaciono mais vezes em cima de passeio, é porque tenho medo de ser multado. Se querem fazer os portugueses (lisboetas, neste caso) parar de estacionar em cima dos passeios, arranjem alternativas. Estacionamento é uma necessidade. Ninguém tem prazer em estacionar em cima dos passeios. Simplesmente tem que ser. Ou seja, a lei faz sentido, mas cria muitas dificuldades na vida das pessoas. Assim sendo, as pessoas pesam os prós e os contras de a cumprir, optando muitas vezes por não a cumprir.

Já quanto à questão dos telemóveis, acho que a lei até faz sentido, se bem que é incoerente, no sentido em que não proíbe coisas que causam tanta ou mais distracção como falar ao telemóvel.
Á força de nos levantarmos cedo tornamo-nos completamente estúpidos. O ser humano necessita de dormir... - Franz Kafka em "A metamorfose"
 
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por mais_um » 8/4/2010 12:38

Elias Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:Se é prejudicial e existem (muitos) prevaricadores, o que se tem de alterar é a fiscalização e aumentar a sensibilização para que exista menos prevaricação.


Como referi acima, é muito difícil contar com fiscalização eficaz num país onde a corrupção tem níveis elevados.


Ainda sobre corrupção:

Processos por corrupção baixaram desde 2006
08 de Abril de 2010, 11:58

O número de processos instaurados por crimes de corrupção tem vindo a baixar desde 2006. De acordo com um estudo divulgado esta manhã, durante os anos de 2004 e 2005, assistiu-se a um pico dos processos instaurados, que entretanto tem vindo a baixar.

Segundo o estudo realizado pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal, houve um aumento do número de processos relativos aos crimes de peculato, corrupção e participação económica em negócio.

Ao período entre 2004 e 2005 corresponde um pico dos processos instaurados por crimes de corrupção (523 crimes), baixando depois entre 2006 e 2008 (315 crimes).

Não querendo avançar com qualquer avançar com qualquer explicação para o fenómeno, o coordenador do estudo, o investigador Luís de Sousa, admite que 'poderá ter que ver com um aumento da eficácia do sistema repressivo'.

Distribuição nacional

É no distrito do Porto que se verifica um maior número de crimes de corrupção - 38.5% contra uma taxa de incidência de 29,7% em Lisboa. Na prática, isso significa que cerca de dois terços destes processos resultam de crimes praticados em grandes centros urbanos.

Tal incidência, poderá ter que ver com uma ‘maior concentração populacional, de entidades e serviços e por maior concentração de negócios’, de acordo com o investigador Luís de Sousa.

Comparando os diferentes tipos de crime associados ao fenómeno da corrupção, verifica-se também que os crimes de peculato são mais frequentes em Lisboa, sendo o crime de corrupção mais frequente em Lisboa.

Na base do estudo, esteve uma amostra de 838 processos instaurados a nível nacional, dizendo respeito aos crimes de corrupção, peculato e participação económica em negócio.

http://noticias.sapo.pt/info/artigo/1057362.html



Maioria dos processos de corrupção foram arquivados
08 de Abril de 2010, 12:34

Mais de metade dos processos de corrupção são arquivados. De acordo com um estudo divulgado hoje, cerca de 61,2% dos processos instaurados pelo crime de corrupção entre 2004 e 2008 foram arquivados, enquanto apenas 3,6% resultaram em condenação.

De acordo com o estudo realizado pelo Departamento de Investigação e Acção Penal e pelo ISCTE, a maioria dos processos instaurados por crimes de peculato, corrupção e participação económica em negócio, entre 2004 e 2008, resultou em arquivamento por parte da Justiça.

Cerca de 53,1% dos processos avaliados (num total de 838 processos) foram arquivados, enquanto apenas 6,9% resultaram numa condenação efectiva do arguido.

Por trás da decisão de arquivar esses processos, terá estado a insuficiência de provas que suportem a acusação. De acordo com os números citados no estudo, em 57% dos processos arquivados, terá sido esse o motivo que conduziu ao arquivamento.

A ausência de prova é também o motivo que justifica a maioria das absolvições nos processos de corrupção: segundo o estudo, também em 57,1% dos casos é esse o motivo que conduz ao fecho do processo sem condenação.

http://noticias.sapo.pt/info/artigo/1057372.html
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por MarcoAntonio » 3/4/2010 16:59

Elias Escreveu:Sim, em parte assentam no conhecimento. Na outra parte assentam em percepções e expectativas.

E o facto de uma lei ir ao encontro das expectativas das pessoas aumenta o nível de satisfação das pessoas. Este é um aspecto a ter em conta.


O objectivo de uma lei que envolve segurança não é manter as pessoas satisfeitas mas velar pela segurança dos individuos (e a de terceiros), independentemente da percepção dos sujeitos.




Elias Escreveu:Honestamente, não sei o que é melhor. Limitei-me a questionar (aliás tem sido essa a minha linha de pensamento desde o início do tópico: questionar se a lei está bem feita e, mais genericamente, se o processo de elaborar leis sem ter em conta a opinião das pessoas é o melhor processo).


Mas quem disse que a formulação das Leis não tem em conta a opinião das pessoas?

Obviamente tem. Por vezes tem até mais do que deve. Medidas que a comunidade política sabe perfeitamente que deveriam ser tomadas por vezes não são tomadas meramente porque são impopulares. Outra evidência do peso da opinião pública está patente na diferença legislativa entre culturas diferentes.

Eu diria que se aqui há alguma coisa, é excesso de peso da opinião pública na formulação das Leis (não é eventualmente o único excesso e perversão envolvidos no processo, ou para ser mais claro, na minha opinião não é o único excesso e perversão envolvidos).


Elias Escreveu:Claro que um sistema destes só funciona se valorizares a opinião das pessoas. Se, pelo contrário, desvalorizares a opinião das pessoas (por exemplo, ao partires do princípio que as pessoas são ignorantes ou desinformadas e que não sabem tomar boas decisões), então de facto este sistema é de difícil implementação. Tudo depende dos objectivos e do poder de decisão que quiseres dar à população.


Uma Democracia pode ser mais ou menos participativa, mais ou menos representativa. O grau de envolvimento que vai funcionar melhor dependerá de vários factores, desde como está organizada (organicamente falando: nível de burocracia, nível de centralização/descentralização, etc); nível de informação/conhecimento do cidadão; nível de envolvimento, sentido de responsabilidade e cidadania, cultura e mentalidade.

De uma forma geral contudo, não podemos assumir que a opinião da maioria é a melhor e por conseguinte, não podemos assumir que um sistema mais participativo é inerentemente melhor.

O princípio em si é falacioso, com ampla demonstração/contradição.

Uma decisão tomada com base na opinião da maioria pode ser melhor ou pior. Na minha opinião, perante evidência fundamentada à luz do conhecimento actual (que não é o conhecimento da maioria), deve prevalecer a decisão baseada no conhecimento sobre a opinião "genérica" da maioria.


Mesmo numa sociedade "ideal" em que o individuo comum é "altamente" esclarecido e informado (opinando e decidindo com base em opiniões esclarecidas e informadas), uma decisão tomada pela maioria apresenta problemas devido a assimetrias e incompletude da informação disponível a cada um.

Esse tipo de problemas revela-se em teoria dos jogos por exemplo nos "dilemas do prisioneiro" ou na "tragédia dos comuns".

A melhor decisão tomada individualmente não é sempre a melhor decisão global.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Elias » 3/4/2010 16:32

MarcoAntonio Escreveu:As opiniões assentam, parcial ou intensivamente, no conhecimento.


Sim, em parte assentam no conhecimento. Na outra parte assentam em percepções e expectativas.

E o facto de uma lei ir ao encontro das expectativas das pessoas aumenta o nível de satisfação das pessoas. Este é um aspecto a ter em conta.

MarcoAntonio Escreveu:Tu sugeres então que a opinião da maioria baseada em outros elementos que não o conhecimento (como: humores, emoções, crenças) se sobreponham ao conhecimento na definição da Lei?


Honestamente, não sei o que é melhor. Limitei-me a questionar (aliás tem sido essa a minha linha de pensamento desde o início do tópico: questionar se a lei está bem feita e, mais genericamente, se o processo de elaborar leis sem ter em conta a opinião das pessoas é o melhor processo).

Mas posso referir-te o seguinte: um amigo meu que vive na Suíça há mais de 10 anos contou-me que lá estão sempre a fazer referendos sobre tudo e mais alguma coisa (muitas vezes relativos a questões de âmbito local). As decisões sobre as mais variadas matérias são tomadas depois de se saber o que a população deseja, sendo esse desejo expresso através do voto. A população é frequentemente envolvida na tomada de decisões. Não se está aqui a fazer um ajuizamento sobre o que é certo ou errado, mas sim a procurar obter informação sobre quais são as expectativas da população relativamente a um dado assunto, de modo a garantir que as decisões vão ao encontro dessas mesmas expectativas.

Claro que um sistema destes só funciona se valorizares a opinião das pessoas. Se, pelo contrário, desvalorizares a opinião das pessoas (por exemplo, ao partires do princípio que as pessoas são ignorantes ou desinformadas e que não sabem tomar boas decisões), então de facto este sistema é de difícil implementação. Tudo depende dos objectivos e do poder de decisão que quiseres dar à população.

:P
 
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por MarcoAntonio » 3/4/2010 16:21

Elias Escreveu:Ó Marco vamos lá falar claro: eu referi-me a acreditar na lei, concordar. É uma questão de opinião (e todas as pessoas têm direito à sua opinião). Quando fazes um referendo sobre uma qualquer matéria estás a pedir a opinião às pessoas e não a recolher dados sobre o seu conhecimento.

Tu é que trouxeste à baila a questão do conhecimento e do seu uso na elaboração de leis.

Mas opinião (ou julgamento ou percepção) e conhecimento (no contexto científico em que o tens mencionado) são vectores diferentes e não percebo porque é que estás a misturá-los.


As opiniões assentam, parcial ou intensivamente, no conhecimento.

Tu sugeres então que a opinião da maioria baseada em outros elementos que não o conhecimento (como: humores/emoções ou crenças) se sobreponham ao conhecimento na definição da Lei?
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por Elias » 3/4/2010 16:08

Ó Marco vamos lá falar claro: eu referi-me a acreditar na lei, concordar. É uma questão de opinião (e todas as pessoas têm direito à sua opinião). Quando fazes um referendo sobre uma qualquer matéria estás a pedir a opinião às pessoas e não a recolher dados sobre o seu conhecimento.

Tu é que trouxeste à baila a questão do conhecimento e do seu uso na elaboração de leis.

Mas opinião (ou julgamento ou percepção) e conhecimento (no contexto científico em que o tens mencionado) são vectores diferentes e não percebo porque é que estás a misturá-los.
 
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por MarcoAntonio » 3/4/2010 16:05

O conhecimento, entendimento, julgamento (chama-lhe o que quiseres) da maioria é o que está na génese do tópico e está escarrapachado na tua participação ao longo do tópico...

Estamos a falar disso há uma série de tempo e agora resolveste acordar.



Elias Escreveu:Interrogo-me se fará sentido a lei proibir o uso do telemóvel, pois está visto que os condutores não acreditam que essa seja uma boa lei.


Elias Escreveu:Mas se calhar mais valia mudar a lei, porque claramente as pessoas não acreditam na lei que têm...


Elias Escreveu:Com que base é que afirmas que uma dada lei está objectivamente errada, se a maioria concorda com ela?


Etc...
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por Elias » 3/4/2010 15:47

MarcoAntonio Escreveu:Aqui o problema é que tu consideras "o conhecimento da maioria" como "o conhecimento".


Marco, agora estás a tirar conclusões abusivas.

Quem elaborou sobre "o conhecimento da maioria" foste tu.

Eu em momento algum escrevi sobre "o conhecimento da maioria", por isso agradeço que não me atribuas considerações que eu não fiz.
 
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por MarcoAntonio » 3/4/2010 15:35

Elias Escreveu:Esta parte já me suscita mais dúvidas. O conceito de correcto e incorrecto aplicado ao comportamento humano implica juízos de valor que são necessariamente subjectivos, logo discutíveis.


Eu já referi neste tópico que escrevo no contexto do conhecimento humano a dado momento.

Aqui o problema é que tu consideras "o conhecimento da maioria" como "o conhecimento".

Não é!

Esse é o conhecimento comum, o conhecimento médio.

Que não é por norma e como que por definição o melhor!



Imagina-te numa aldeia com 100 elementos, dos quais 10 são agricultores experimentados. O que é que representa o conhecimento sobre agricultura dessa comunidade? A opinião sobre uma determinada matéria sobre agricultura colocada aos 100? Ou aos 10 agricultores? Com base em que é que essa comunidade vai decidir matérias de agricultura? Com base no que julgarem os 100? Ou com base no que julgarem os 10 agricultores?


Como já disse neste tópico, tu atribuis mais crédito à maioria do que aquele que a própria maioria atribui a si.
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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por jlmf » 3/4/2010 15:20

MarcoAntonio Escreveu:
Elias Escreveu:Se bem percebo, tu consideras que o facto de as pessoas quebrarem uma lei não significa necessariamente que não se revejam nela, é isso?


A tua questão já está respondida no tópico mas cá vai de novo:

1. As pessoas são capazes de agir de acordo com aquilo que elas próprias consideram incorrecto;

2. As pessoas são capazes de considerar correcto aquilo que, à luz de um conhecimento mais esclarecido, é incorrecto.


Quando alguém prevarica, tanto se pode dever a um como a outro aspecto: há quem prevarique sabendo que está a fazer algo de errado; há quem prevarique achando que não está a fazer nada de errado (o que não significa que realmente não esteja).


Convém esclarecer que não estou a dizer de forma alguma e em momento algum que a Lei está necessariamente certa só porque existe.




Pessoalmente: eu já falei ao telemóvel enquanto conduzia; considero que aumenta o risco de acidente. Não vejo necessidade de alterar a Lei nessa matéria e entendo que deve ser fiscalizado e que quem é apanhado deve ser multado...


EhEh, esta faz-me lembrar o eterno conflito entre algumas senhoras e muitos senhores nos WCs. A historia da tampa da sanita. Todos sabemos que é para levantar para cima antes de fazer "chi-chi" e baixar integralmente quando acabamos, mas muitos apesar de saberem que é assim e compreenderem porquê teimam á vida em não o fazer ou então alguns se cumprem é porque ela anda por perto ou não vão poder por as culpas para o filho mais novo porque ele até nem está por casa.
 
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por Elias » 3/4/2010 15:20

MarcoAntonio Escreveu:1. As pessoas são capazes de agir de acordo com aquilo que elas próprias consideram incorrecto;


Concordo. E acrescento: "para satisfazer as suas necessidades reais e os seus interesses" (Fonte: A Corrupção e os Portugueses, acima citado)

MarcoAntonio Escreveu:2. As pessoas são capazes de considerar correcto aquilo que, à luz de um conhecimento mais esclarecido, é incorrecto.


Esta parte já me suscita mais dúvidas. O conceito de correcto e incorrecto aplicado ao comportamento humano implica juízos de valor que são necessariamente subjectivos, logo discutíveis.
Editado pela última vez por Elias em 3/4/2010 15:20, num total de 1 vez.
 
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por MarcoAntonio » 3/4/2010 15:14

Elias Escreveu:Se bem percebo, tu consideras que o facto de as pessoas quebrarem uma lei não significa necessariamente que não se revejam nela, é isso?


A tua questão já está respondida no tópico mas cá vai de novo:

1. As pessoas são capazes de agir de acordo com aquilo que elas próprias consideram incorrecto;

2. As pessoas são capazes de considerar correcto aquilo que, à luz de um conhecimento mais esclarecido, é incorrecto.


Quando alguém prevarica, tanto se pode dever a um como a outro aspecto: há quem prevarique sabendo que está a fazer algo de errado; há quem prevarique achando que não está a fazer nada de errado (o que não significa que realmente não esteja).


Convém esclarecer que não estou a dizer de forma alguma e em momento algum que a Lei está necessariamente certa só porque existe.




Pessoalmente: eu já falei ao telemóvel enquanto conduzia; considero que aumenta o risco de acidente. Não vejo necessidade de alterar a Lei nessa matéria e entendo que deve ser fiscalizado e que quem é apanhado deve ser multado...
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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por jlmf » 3/4/2010 15:13

Elias Escreveu:
JLMF Escreveu:E defendo a lei e defendo que as autoridades deviam multar muito mais e deviam até retirar a carta aos repetentes e não me parece que seja incongruente esta posição.


Ou seja, de acordo com o que relatas para o teu caso pessoal, nesta altura já não tinhas carta :twisted:


Exacto, pelo menos teria estado algum tempo sem ela e não tinha feito tanto estrago.
 
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por Elias » 3/4/2010 15:09

JLMF Escreveu:E defendo a lei e defendo que as autoridades deviam multar muito mais e deviam até retirar a carta aos repetentes e não me parece que seja incongruente esta posição.


Ou seja, de acordo com o que relatas para o teu caso pessoal, nesta altura já não tinhas carta :twisted:
 
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por jlmf » 3/4/2010 15:07

Elias Escreveu:Mas como já referi acima, é uma incongruência estar a defender leis que sistematicamente não respeitamos (quem nunca falou ao telemóvel a conduzir que atire a primeira pedra).


Não me parece. Pessoalmente, ainda me acontece por alguns instantes e esporadicamente, falar ao telemóvel, conduzindo. Já fui multado, em tempos. Actualmente tenho mais cuidado mas não é por causa da multa mas sim porque já apanhei alguns sustos e sei que a minha condução é afectada de variadas formas quando converso ao telefone e mais ainda se não utilizo os meios autorizados.
E defendo a lei e defendo que as autoridades deviam multar muito mais e deviam até retirar a carta aos repetentes e não me parece que seja incongruente esta posição.
 
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por Elias » 3/4/2010 15:02

MarcoAntonio Escreveu:
Elias Escreveu:Não sei se tens noção de que as pessoas mentem descaradamente nos estudos de opinião.


Tenho noção que as pessoas não dizem necessaria e exactamente o que pensam num estudo de opinião.

Vejo como o incentivo para mentir num inquérito deste género como baixo e assumo que os resultados estariam bastante próximos dos reais (a questão não é se falam ao telemóvel quando conduzem mas o que pensam sobre os riscos de falar).


A tua conclusão por outro lado não vale absolutamente nada...


Se bem percebo, tu consideras que o facto de as pessoas quebrarem uma lei não significa necessariamente que não se revejam nela, é isso?
 
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por MarcoAntonio » 3/4/2010 14:58

Elias Escreveu:Não sei se tens noção de que as pessoas mentem descaradamente nos estudos de opinião.


Tenho noção que as pessoas não dizem necessaria e exactamente o que pensam num estudo de opinião.

Vejo como o incentivo para mentir num inquérito deste género como baixo e assumo que os resultados estariam bastante próximos dos reais (a questão não é se falam ao telemóvel quando conduzem mas o que pensam sobre os riscos de falar).


A tua conclusão por outro lado não vale absolutamente nada...
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Elias » 3/4/2010 14:45

MarcoAntonio Escreveu:Para demonstrar que realmente a maioria pensa o que dizes, apresenta-me um estudo de opinião.


Não sei se tens noção de que as pessoas mentem descaradamente nos estudos de opinião. E mentem porque estão mais preocupadas em fazer passar uma determinada imagem do que em transmitir aquilo que realmente pensam.

Eu vejo prevaricadores todos os dias, sim. Em certos locais, conforme exemplos atrás referidos, vejo mais de metade dos condutores a prevaricar. Não tenho números concretos. Mas existem estudos, que também já citei acima, que mostram que em Portugal há níveis de corrupção elevados - esta é a mentalidade dominante (mesmo admitindo, como referi atrás, que as pessoas mentem, os dados disponíveis indicam que os níveis de corrupção em Portugal são especialmente elevados). Enquanto essa mentalidade prevalecer, todas as leis que faças passar não são para levar a sério, porque a corrupção, o tratamento de favor e outras distorções vão impedir o correcto funcionamento dessa lei.

Podes continuar a acreditar se deve manter determinadas leis e que elas são "melhores para a sociedade" (o que quer que isso queira dizer).

Mas como já referi acima, é uma incongruência estar a defender leis que sistematicamente não respeitamos (quem nunca falou ao telemóvel a conduzir que atire a primeira pedra).
 
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por MarcoAntonio » 3/4/2010 14:28

Elias Escreveu:E já agora, relativamente ao assunto em discussão, qual foi o resultado desses estudos?


Boa pergunta. Está na hora de começares a colocares dados, dado que foste tu que trouxeste o assunto a discussão e colocaste as medidas em causa com base num monte de nada...


Elias Escreveu:Isso não é assim tão simples.


Claro que não é assim tão simples. É uma simplificação e uma idealização. Não vou escrever aqui um tratado filosófico sobre o assunto.


Elias Escreveu:E já agora uma última questão: se realmente a maioria não tem informação para decidir o que é melhor para a sociedade, como é que isso se coaduna com o sufrágio universal? Porquê dar o voto ao povo se o povo não sabe o que é melhor para a sociedade?


A maioria faz escolhas muito gerais e delega em minorias as decisões específicas. É assim que funciona a democracia em que vives. Não é perfeita mas é do melhor que se arranjou até agora...

E não, não acho que o que sugeres seja melhor. Acho que seria francamentemente pior. Se todas as decisões fossem tomadas pela maioria, ou com base no conhecimento comum da maioria, para além de outras dificuldades práticas, estaríamos constantemente submetidos à imbecilidade e ignorância da maioria numa série de matérias.

As competências também não são inerentes à maioria nem esta representa o estado do conhecimento humano nas diversas áreas. É por isso que nos especializamos, é por isso que tiramos cursos em vez de nos formarmos em todas as áreas ao mesmo tempo...



Tudo isto começou porque vês meia dúzia de prevaricadores localizados. Do comportamento de meia dúzia de individuos tiraste conclusões para o comportamento de um universo mais alaragado. Do suposto comportamento de um universo mais alargado, tiraste conclusões sobre qual a sua opinião. Sobre a sua suposta opinião retiras conclusões sobre o que fazer à Lei.

Tudo isto é um monte de nada!

Para demonstrar que realmente a maioria pensa o que dizes, apresenta-me um estudo de opinião.

Para demonstrar que as práticas que colocas em causa (justificado pela existência de prevaricadores) apresenta-me estudos e opiniões de indivíduos especializados nas matérias relevantes que apontem no sentido de que realmente não são práticas perigosas.

Depois, falamos...
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