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Caldeirão da Bolsa

José Lello: "Parlamento não é a aldeia dos macacos"

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Ponto aceite.

por bboniek33 » 25/3/2010 1:30

Ulisses Pereira Escreveu:bboniek, eu já te disse uma vez e lamento ter que me repetir: Convém dizeres alguma coisa diferente nos posts que escreves além da ideia de "dares porrada em toda a gente". Uma vez pode ter piada, estares sempre a dizer o mesmo sinceramente chega a ser doentio. Além de que, obviamente, não respeita minimamente as regras do civismo.


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por Crómio » 25/3/2010 1:14

Caros... já não chorava a rir há algum tempo... mas estes dois últimos posts valeram uma carga de gargalhadas...

O bonie que partia os macacos à porrada e o mestre Ulisses a acalmar os ânimos com muita calma e educação.

Por incrível que pareça não esperava que o bonie viesse com essa da carga de porrada e desmanchei-me a rir, cada vez mais acho que ele tem razão. Isto não há nada a fazer...
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por Ulisses Pereira » 25/3/2010 1:03

bboniek, eu já te disse uma vez e lamento ter que me repetir: Convém dizeres alguma coisa diferente nos posts que escreves além da ideia de "dares porrada em toda a gente". Uma vez pode ter piada, estares sempre a dizer o mesmo sinceramente chega a ser doentio. Além de que, obviamente, não respeita minimamente as regras do civismo.
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Eu nao queria...

por bboniek33 » 25/3/2010 1:00

mas... tenho que advogar uma valente cargada de porrada naquela gentalha que nao observa as regras vigentes nas aldeias de macacos.

O Lelo devia ter mais cuidado. Os macacos atee se respeitam dentro de certas normas...

Jaa os senhores deputados... 8-)
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por artista_ » 25/3/2010 0:56

Se não é a "Aldeia dos macacos" eles têm de deixar de fazer macacadas! :mrgreen: :mrgreen:

Eu não sei se concordo com ele... deve haver limites mas o que está ali é material de todos nós e eles são pagos para estar ali a trabalhar para todos nós, vai dai tenho algumas dúvidas se ele terá razão no que diz...

Não tem muito a ver mas tem alguma coisa, só fui uma vez à Assembleia da República, por causa da aprovação de um projecto de lei apresentado pela Ordem dos Arquitectos, ou por um grupo de cidadãos mobilizados pela OA (por acaso fez-se história porque foi a primeira vez que um grupo de cidadãos apresentou uma proposta de Lei à AR... bom mas o que queria referir é que fiquei ainda mais mal impressionado com aquilo do que já estava! Nas bancadas não se podia fazer praticamente nada, um polícia não nos deixava por mão no parapeito, ou pé no rodapé (estou a falar a sério), a minha namorada tinha levado água e não se podia beber ali, tinhamos de sair para beber no corredor (parece mentira)! Enquanto isto se passava nas bancadas, lá em baixo era uma berraria louca, enquanto a Zita Seabra discursava, estava tudo na galhofa, falava-se ao telemóvel, o ponto alto aconteceu quando o Nuno Melo partiu um copo (não sei se era de água?!) ai foi o auge, tudo a rir... enfim a uma determinada altura o Presidente da AR, Jaime Gama, teve mesmo que pedir silêncio a todos os presentes! Uma situação engraçada foi que na bancada do CDS ( a única que eu via bem) não estava quase ninguém, o deputado Nuno Melo tinha pedido a palavra e o que é certo é que quando chegou a hora dele falar a bancada estava completa para o aplaudir e incentivar, obviamente para as câmaras. Assim que ele acabou de falar, dispersaram todos...

É por isso que eu a eles tenho pouco respeito, eles deviam era ir aturar uma turma de 7º ano do ensino básico para saberem o que é preciso fazer para se dar ao respeito! Obviamente concordo que tenha de se ter um comportamento exemplar nas bancadas da assembleia mas eles têm de saber que estão lá em baixo a trabalhar para todos nós, estão lá em baixo pagos por todos nós...

abraços

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por mais_um » 24/3/2010 23:38

Não gosto do José Lello, mas neste caso até concordo com ele.

Já agora, a opinão de alguém de quem eu até não simpatizo, mas que neste caso expressa a minha opinião:


Daniel Oliveira: Antes pelo contrário

Na sexta-feira, um deputado que estou longe de apreciar insurgiu-se contra um pormenor: o facto dos fotojornalistas tirarem fotos, com os seus zooms, aos ecrãs dos computadores dos parlamentares. O assunto não mereceria debate no hemiciclo, mas serviu para, em caixas de comentários de blogues e jornais, se medir o pulso a alguns sentimentos populares.

A minha opinião, estranha com toda a certeza, é que os fotojornalistas não devem mesmo fotografar, com zoom, como por vezes fazem, os computadores dos deputados, para tornarem público o que eles ali escrevem. Nem dos deputados nem de ninguém. Assim como não devemos espreitar para os computadores de colegas. E muito menos tirar fotografias aos seus emails, imagens, textos. Enfim, a qualquer coisa que usando um suporte que não lhes pertence não é suposto estar sujeita a exposição pública.

Recordo, para sabermos do que estamos a falar, que o "Diário de Notícias", em 2008, achou que devia publicar uma foto, captada a partir da galeria, com a imagem do visor de um telemóvel de um deputado em que se podia ler o conteúdo de mensagens privadas. E fazer sobre essas mensagens uma pequena breve (ver aqui ).

A resposta de Jaime Gama a José Lello, talvez temeroso de uma má reacção dos jornalistas, foi a de que os computadores são para serviço público. Não são pessoais. Os telemóveis dos membros do Governo também não são pessoais. Podemos ouvir? E os seus gabinetes também são de serviço público. E as suas secretárias e gavetas e armários. Podemos ir vasculhar? E um deputado pode olhar para o computador do lado e dividir com o plenário o que lá leu? O que diria Jaime Gama se tal acontecesse?

A mim parece-me que o deputado José Lello apelou ao mais elementar bom senso, só para não dizer à mais elementar boa educação. Mas como se trata de deputados, escrever isto deve ser um escândalo. Afinal de contas, diz-se, quem não deve não teme. E um político, está bom de ver, deve sempre qualquer coisa. E como se trata de jornalistas, pedir aos fotógrafos que não o façam constitui, imagino eu, um acto de pressão intolerável para limitar a liberdade de imprensa. Claro que não se pode proibir os fotógrafos de registarem as imagens que entenderem. Mas um pedido de respeito pelas regras de civilidade não teria ficado mal ao presidente da Assembleia da República.

Isto achava eu. Mas ao ler os comentários de muitos leitores às notícias dos vários jornais online fiquei a saber:

1 - Que os deputados são uns bandalhos e como bandalhos devem ser tratados. A eles não se deve, por isso, aplicar nenhuma das regras que achamos normais na convivência em sociedade.

2 - Que, como eleitores, temos direito a conhecer tudo o que eles fazem, escrevem e lêem. Porque além de bandalhos são nossos capachos. E como, ao que parece, não conseguimos que cumpram as suas promessas ou que sirvam os interesses da comunidade, em vez de mudarmos o nosso voto preferimos degradar até ao esgoto a democracia em que vivemos.

3 - Que os cidadãos, ao contrário dos deputados, nunca lêem emails privados ou consultam páginas que não se relacionam com a sua actividade profissional quando estão no trabalho. Este país é composto exclusivamente (com excepção dos deputados, claro está) por funcionários exemplares que nunca se afastam das suas tarefas. Claro que isso torna difícil explicar porque têm os blogues e os jornais online o pico das suas visitas durante o horário de trabalho da esmagadora maioria dos portugueses. Um erro dos contadores, com toda a certeza.

4 - Que no mesmo país onde tão pouca gente se dá ao trabalho de ler programas eleitorais, de acompanhar os debates políticos com atenção ou de manter-se moderadamente informada, todos sentem que é papel central da comunicação social, a bem da transparência da vida política, divulgar o que escrevem os deputados nos seus computadores.

Quem julgue por um segundo que esta promoção do voyeurismo e do mais rasteiro populismo tem alguma coisa a ver com uma sociedade exigente com os seus eleitos não se poderia enganar mais. Tem a ver com o desprezo pelos mais elementares direitos dos cidadãos. E manifesta-se antes de mais nos deputados porque uma parte razoável dos portugueses tem pela democracia ainda menos respeito do que aquele que empresta à privacidade dos outros.

Ao ler o que tantos compatriotas meus escreveram a propósito deste episódio aparentemente menor assustei-me. A verdade é que ainda há muitos pequenos bufos e pequenos pides dentro de muitos portugueses. Só que chamam a esse abuso, porque soa melhor, liberdade de imprensa. Dizem que têm esse direito porque pagam o salário dos deputados. Se assim é, só me resta um desabafo: ainda bem que não pagam o meu.

http://aeiou.expresso.pt/um-deputado-e- ... os=f572189

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José Lello: "Parlamento não é a aldeia dos macacos"

por Elias » 24/3/2010 23:26

José Lello: "Parlamento não é a aldeia dos macacos"
por Nuno Aguiar, Publicado em 20 de Março de 2010
ionline.pt

Emails, livros de receitas, SMS para namoradas ou jogos de futebol. Os deputados da Assembleia da República estão fartos de serem alvo das objectivas indiscretas dos repórteres fotográficos. Ontem, o socialista José Lello foi a voz do descontentamento, queixando-se das imagens que estavam a ser captadas nos écrans dos computadores dos deputados.

O deputado socialista interpelou o presidente da Assembleia da República, alegando que este tipo de voyeurismo é inaceitável. Não satisfeito com a resposta, de Jaime Gama fechou o seu computador - sendo seguido por toda a bancada do PS.

Ao i, José Lello esclarece que nenhum incidente em particular desencadeou o seu protesto. "Estavam fotógrafos com teleobjectivas apontadas aos écrans dos computadores, o que poderia pôr em causa a privacidade dos deputados", explica. "Se os visitantes não se podem debruçar nas galerias, por que podem os fotógrafos? Aquilo não é a aldeia dos macacos."

O deputado, que é também presidente do Conselho de Administração da AR, afirma que nada tem contra contra os jornalistas. Mas a "a situação é que é perversa". "Até já se publicou um SMS que um deputado estava a enviar para a namorada", refere.

O centro da discussão é este: os computadores dos deputados são pessoais? Em resposta a José Lello, Jaime Gama defendeu que os computadores colocados nas bancadas não são pessoais. E reforçou que existem regras para o comportamento dos jornalistas, estando ao alcance dos deputados alterá-las. Lello não concorda com esta interpretação: "Mesmo sendo propriedade do Estado, os computadores são pessoais. O presidente usou um discurso escusado."

José Lello diz que, além dos emails e mensagens dos deputados que já foram publicados pelos jornais, por vezes os decotes das deputadas são visados por algumas objectivas. "Quase fazem mergulhos sobre os deputados. É vergonhoso, não podemos estar sujeitos a estes voyeurismos", afirmou José Lello ao i. O deputado não esclareceu, porém, se iria propor alguma alteração às regras de conduta dos fotógrafos.

Apesar de o deputado argumentar que o seu descontentamento está relacionado com uma violação da privacidade, ou acesso a conteúdos pessoais, há quem defenda que os parlamentares têm apenas medo do ridículo. "Os deputados são um bocadinho como o resto do país e passam metade do tempo no Facebook", diz ao i um deputado que preferiu não ser identificado. "Eles só fazem três coisas no computador: ver emails, brincar no Facebook e ler jornais. O verdadeiro medo é serem apanhados a fazer nenhum."
 
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