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Caldeirão da Bolsa

Rosas para ti, LEANDRO FILIPE

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por assunoadr » 14/3/2010 0:55

Perdoa-me Leandro

Esta crónica aborda habitualmente temas alinhados com o Direito em geral e o do Consumo em particular, a Resolução Alternativa de Litígios e a Justiça.

Hoje, abro uma excepção (ou não, tudo dependendo da perspectiva do leitor).
Enquanto professor que fui, pai e adulto que sou, quero pedir perdão ao pequeno jovem de Mirandela que há poucos dias, mergulhou nas águas do Tua, num acto de grande desespero, já que ninguém soube ou quis parar a violência de que era alvo quotidianamente na Escola. Para que tenha tomado aquela derradeira e fatal atitude, preferindo enfrentar as águas geladas e revoltas de um rio em cheia, é porque já não acreditava no mundo dos adultos, de que faço parte, gente crescida e responsável que deveria assegurar a sua protecção.

Perdoa-me Leandro se puderes, tu que tinhas certamente sonhos de criança, gostavas de brincar e de dançar e eu não deixei que se concretizassem, antes te obriguei a viver em pesadelo constante.

Perdoa-me Leandro porque no dia seguinte a teres desaparecido, abri as portas da Escola que tu frequentavas, como que a fingir que nada de grave se tinha passado.
Criei esta sociedade onde apregoei bem alto direitos e Declarações de Direitos das Crianças e lá escrevi que deverias ser protegido contra todas as formas de cr ueldade e abandono e não te protegi.

Também nessa Declaração disse que deverias ser educado num espírito de compreensão, tolerância, amizade, paz e fraternidade e o que te proporcionei foi desinteresse, sevícias e violência física e psicológica.

Perdoa-me Leandro, se puderes, por ter criado este mundo louco, apressado e não ter reparado no pedido de ajuda que estava estampado no teu olhar dorido.
Perdoa-me Leandro, porque dois dias depois do teu desaparecimento fiz uma greve que fechou muitas escolas por esse país fora, não por tua causa, mas para salvaguarda dos meus direitos, eu que nunca me importei com os teus.

Perdoa-me Leandro porque agora, vou instaurar inquéritos, a que se seguirão processos, que talvez um dia sejam encerrados. Inquéritos esses e processos aqueloutros que apontarão (talvez) erros, culpados, mas que na poeira do tempo em que verão a luz do dia, pouco te importarão a ti.

O teu pequeno corpo não mais foi visto Leandro, mas isso se calhar é porque não queres que mais mão nenhuma te toque.
Perdoa-me Leandro, se puderes…, mas de uma coisa podes ter a certeza, o grito que lançaste cá para fora quando caíste ao rio ainda ecoa e à noite, às vezes acordamos e ficamos a ouvi-lo e depois não conseguimos voltar a adormecer.

De Fernando Viana

http://www.correiodominho.com/cronicas.php?id=1400


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por assunoadr » 14/3/2010 0:39

"O silêncio do inocente

Depois de tirar a roupa, atirou-se ao rio e pôs termo à vida. Vítima de bullying, a única saída possível foi a morte. Chamava-se Leandro, frequentava o sexto ano de escolaridade e tinha doze anos. E onde estavam todos? Onde andavam enquanto esta criança foi reiteradamente humilhada pelos colegas? Ninguém deu a menor importância a nenhum dos sinais de aflição? Oiço a notícia em forma de náusea na Rádio e à noite com sentimento de horror vejo-a confirmada num qualquer canal de televisão, já com sons de funeral. Uma informação monstruosa: a do rapazinho que se atirou ao Tua porque sofria violência física e psicológica por parte dos companheiros da escola face à paralisante imobilidade dos que o rodeavam. Com o espírito cheio de escárnio e desprezo deviam actuar em grupo, rir-se às gargalhadas e achar um piadão, cérebros de pigmeu, carcereiros de nojo. A valeta e o que nela vive fascina-os. Mancham as mãos com o sangue dos outros. Há o rapagão, com brutalidade no riso, que espanca e o miúdo frágil que exposto ao perigo sofre as agressões em silêncio porque tem medo e vergonha. É assim, sentem-se grandes, fortes e estupidamente engraçados por sujeitarem os que estão sozinhos ou são menos combativos, a situações vexatórias e cruéis; ignóbeis petrificados na insensibilidade mais absoluta que se enaltecem por arrastarem pela lama a auto-estima de inocentes. Indivíduos brutos, rudes com o objectivo de intimidar ou crucificar outro indivíduo incapaz de se defender. Repugnantes ameaças de forma continuada ao longo do tempo, sentiu aquele miúdo que nem sequer completou a Primavera. Praxar, rebaixar, envergonhar, agredir porque a lei que prevalece é a do mais forte e a do que está mais escoltado. Era uma criança calma, carinhosa e sensível, perfume leve e, ao contrário do irmão gémeo, nunca se conseguiu defender, talvez pretendesse dos outros apenas mera humanidade. Não era o super-homem; não era sequer rapaz encorpado; um menino assustado, uma vida em colherinhas de medo, uma sinfonia de tristeza. Dias de angustia, agitada e espasmódica. Vida pornograficamente curta, cheia de momentos e dias trágicos, amargos, sinistros nos seus avisos. Para ele havia apenas uma estação, a do sofrimento. Já tinha estado internado no hospital, há um ano, depois de ter sido pontapeado na cabeça. Um entre vários episódios de violência de que terá sido vítima. Cansado da tortura de quase todos os dias, agora é simplesmente um número que se encontra numa comprida galeria de vítimas, um dos muitos números sem vida. Desconhece-se o paradeiro do seu corpo, apenas que o tormento para ele foi um longo instante. As buscas alargadas até à foz do Tua e interrompidas sem sinal do cadáver: 130 homens da Protecção Civil, PSP e GNR e ainda cães treinados procuram Leandro. Alguém lembra ao Ministério da Educação uma frase de Antoine de Saint-Exupéry: «Todas as grandes personagens começaram por ser crianças, mas poucas se recordam disso». Amália e Armindo, pais da criança, debaixo de uma grande emoção, entorpecidos pela dor mais profunda, almas feridas de desgosto choram em desespero a morte do filho. Não têm palavras para exprimir a aflição e a desgraça. Em choque, deixam apenas as lágrimas correr pela face. O horror de pensar que uma existência se esgota de uma maneira revoltante. Estremeço com um apavorante pensamento: - "Podia ser o meu filho”.


In http://infinito-pessoal.blogspot.com/
de Luís Galego, meu amigo e colega de trabalho.

Eu apenas afirmo que quem vive de explorar a fraqueza dos outros é o verdadeiro fraco.

http://br.olhares.com/a_infancia_exulta ... 30901.html


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por assunoadr » 14/3/2010 0:30

A morte de Leandro ou como “nunca ninguém sabe de nada"

http://www.semanariotransmontano.com/no ... on=noticia

Mirandela: família de Leandro está «revoltada» com escola

http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/leand ... -4071.html

Última tentativa para encontrar Leandro

http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/leand ... -4071.html

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por assunoadr » 13/3/2010 8:39

Passado de agressões na escola de Leandro

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/inter ... id=1518006

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por artista_ » 13/3/2010 1:27

Infelizmente na grande maioria dos casos só se acorda verdadeiramente quando algo de trágico acontece, esperemos pelo menos que não sejam precisos mais... há muito tempo que muitos têm falado que o aumento da indisciplina estava a minar as escolas!

Abraços e bom fim de semana

artista
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por assunoadr » 13/3/2010 0:58

Entretanto, um grupo de psicólogos lançou o Portal Bullying, onde os alunos podem denunciar agressões por parte de outros colegas:

http://www.portalbullying.com.pt/


O Bullying também pode atingir os professores. Embora as crianças sejam as mais indefesas, a verdade é que uma cultura de ausência de autoridade e de controle pode levar a que até mesmo os professores se sintam impotentes e deprimidos, podendo também conduzir ao suicidio como foi o caso do professor de Sintra que se atirou ao rio para não enfrentar os alunos.

Afinal parece que o professor se suicidou porque era psicologicamente fraco. Ou seja, culpado por ser frágil...faz sentido!

O Leandro não se suicidou e o professor suicidou-se porque estava deprimido (mas estva deprimido porquê?). Está tudo dentro da mesma linha de raciocionio.

Mas que m.... é esta?

http://www.saladosprofessores.com/index ... c=4985.255


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por assunoadr » 13/3/2010 0:31

Uma noticia anterior só para confrontar com as conclusões mais recentes de alguns inquéritos.

"
Ontem, quarta-feira, Christian não foi à escola. No dia anterior,
almoçou à pressa na cantina, saiu aflito para o recreio quando viu, mais
uma vez, o corpo franzino de Leandro, primo e amigo de 12 anos, ser
espancado por dois colegas mais velhos.


Depois, perseguiu o rapaz que, cansado da tortura de quase todos os
dias, ameaçou lançar-se da ponte, ali a dois passos. Perseguiu-o,
impediu-o. Por fim, imitou-lhe os passos, degrau a degrau, até à margem
do rio Tua. O primeiro estava decidido a morrer: despiu-se, atirou-se. O
segundo estava decidido a salvá-lo: despiu-se, atirou-se.


Leandro morreu - é a primeira vítima mortal de bullying em Portugal;
Christian agarrou-se a uma pedra para sobreviver. Antes, arriscou a vida
a dobrar: digestão em curso em água gelada. Eram 13.40 horas. Ontem não
foi à escola. Os pesadelos atrasaram-lhe o sono. Acordou cansado,
alheado, emudecido. Leandro não é caso único. Ele também já foi agredido.


Christian não é o super-homem; não é sequer rapaz encorpado; é um menino
assustado, tem 11 anos, não terá 40 quilos, o rosto salpicado de sardas
e tristeza. Os olhos dos pais pregados nele, os dele cravados no chão da
sala. Não estava sozinho na luta. "Estava eu, o Márcio (irmão gémeo de
Leandro), o Ricardo...", este e aquele, os nomes dos amigos como um
ditado, ele encolhido, no colo um cão minúsculo a quem insistentemente
afaga o pêlo. "Não conseguimos salvá-lo, já estávamos tão cansados". O
lamento sabe a resignação e à inquietação de quem veio de outra escola,
em Andorra, Espanha, onde "há mais pequena coisa, os professores
chamavam os pais", recordam, "preocupados", Júlio e Júlia Panda, pais de
Christian, filhos da terra, Mirandela, no cume de Trás-os-Montes,
retornados há pouco mais de um ano, trazidos com a crise e o desemprego.
Vivem agora na aldeia de Cedainhos, a 15 quilómetros da cidade, lugar
estacionado no tempo, onde vivia também Leandro e onde todas as casas,
com laços mais ou menos próximos, são casas da mesma família.


Escola sem luto nem explicação


Um palmo acima, na mesma rua, vive a avó, Zélia Morais. Tem a cozinha
cheia netos, mais de dez, netos de todas as idades, os gritos inocentes
dos mais novos a misturarem-se na dor dos outros. Sabe tudo ao mesmo
fado. É a imagem da desolação, ela prostrada no sofá, o coração com
febre. "O meu menino era tão humilde. Todos os dias vinha saber de mim.
Todos os dias", palavras repetidas embrulhadas em falta de ar. "E
agora?" Agora, responde o filho Augusto, homem de meia idade que a
coluna prendeu a uma cadeira de rodas, "agora, nem que tenha de vender
tudo, vou até ao fim do mundo para saber quem levou o meu sobrinho a
matar-se". A ameaça parece dura, dura um segundo, desfaz-se em pranto.
"O meu menino sentava-se aqui comigo, conversava como adulto, era a
minha companhia". Os pais de Leandro também vivem ali; não estão. "Estão
em casa amiga, passaram a noite no hospital".


Ontem Christian não foi à escola. Mas na escola dele - E.B. 2,3 Luciano
Cordeiro, onde partilhava o 6º ano com Leandro -, o dia foi normal. Nem
portas fechadas nem luto nem explicação. O porteiro do turno da tarde
entrou às 15 horas, bem disposto. "Sou jornalista, queria uma
entrevista", ironizou. Tiro no pé. O JN estava lá. Perdeu o humor,
convidou-nos a sair "já". A docente que saía do recinto também foi
avisada, inverteu a marcha, já não saiu. Havia motivos para baterem
tantas vezes no Leandro? Responde Christian: "Todos batem em todos".


Enquanto houver condescendência e se permitir que este estado de coisas se mantenha, a culpa é de todos nós. O Leandro foi a vitima inocente que pagou com a própria vida pela inacção de quem o devia ter protegido.

Christian é um herói que arriscou a vida para salvar o primo mas cujas palavras puras parecem ter menos credibilidade do que a dos adultos que permitiram que a tragédia se desse. Ainda bem que o Christian se salvou.

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por assunoadr » 12/3/2010 23:01

Parece que agora a principal conclusão é a de que o Leandro não pretendia suicidar-se. Ainda que fosse verdade, faria alguma diferença?

Afinal, o que é que motivou a morte do Leandro?

Fica por explicar porque é que ele só não saltou primeiro da ponte porque o primo o impediu. Depois porque se deitou de costas no rio sem saber nadar.

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por assunoadr » 12/3/2010 20:12

Mais um comentário bem pertinente de um professor que vê os acontecimentos com muita lucidez.

http://gatoquefala.blogspot.com/search/ ... 20Cordeiro

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por assunoadr » 12/3/2010 0:44

A escola que deixa morrer

http://aeiou.expresso.pt/a-escola-que-d ... er=f570434


Colégio de Barcelona condenado por «bullying»

http://www.tvi24.iol.pt/internacional/b ... -4073.html

Em Espanha não se contorna a verdade através da gestão conveniente dos testemunhos e há penalizações a sério. Imagine-se se fosse o caso do Leandro.


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por assunoadr » 12/3/2010 0:02

Vamos acompanhando. Vale a pena ler atentamente as declarações prestadas pelo Director Regional de Educação do Norte ao Jornal de Notícias e os respectivos comentários.

DREN pede "tranquilidade" no caso da criança de Mirandela

http://pesquisa.clix.pt/resultado.html? ... position=2

Esperemos pelo desfecho sem desfecho como se diz num dos comentários.


e também

Pais de Leandro vão processar escola por não proteger filho

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/Inter ... ccao=Norte

Gémeo chora com saudades, foram criados juntos, é natural que sinta a falta

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/inter ... ccao=Norte

Compilação de noticias

http://vagueando.forumeiros.com/mesa-re ... t18232.htm


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por Rosariom2014 » 11/3/2010 17:23

http://www.publico.pt/Educação/escolas-vao-ter-mais-poderes-para-suspender-rapidamente-alunos-agressores_1426619

Já é hora de aumentar a segurança e a responsabilidade das Escolas neste sentido. Actuem governantes.
 
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por assunoadr » 11/3/2010 10:49

Mais uma evidência do que na realidade se tem passado naquela escola:

http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx? ... 0000000010

Claro que não se passa nada. Todas as escolas são perfeitas, todos os alunos são acompanhados e apoiados, todos os professores são atentos e disponíveis, todos os pais são responsáveis e preocupam-se em transmitir valores tão básicos como o respeito pelos outros seres humanos.

Claro que não se passa mesmo nada, isto é só conversa de gente com uma imaginação delirante, de manipuladores que querem fazer crer que as coisas correm mal quando na realidade, tudo é perfeito...

Fonte: Blog Açucar Amarelo

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por assunoadr » 11/3/2010 1:32

artista Escreveu:
assunoadr Escreveu:Não acreditas nas dezenas de testemunhos de pais que se queixaram ao director mas que nada foi feito em relação aos seus filhos?


Olá AA, eu não me quero alongar mais sobre este assunto, já assumi que não o conheço a fundo e parece-me importante esperar pela investigação ao caso... ainda assim a minha grande questão está relacionada com a tua pergunta que citei. O que é que queres dizer com nada foi feito?! Não se fez absolutamente nada? fez-se alguma coisa que não resolveu o problema? fizeram-se muitas coisas que não resolveram o problema?! A diferença pode ser muito grande, eu duvido que não se tenha tentado fazer nada, talvez tenha sido pouco mas isso só uma investigação profunda poderá apurar!


Artista

Talvez houvesse uma chamada de atenção aos alunos envolvidos mas não acredito que fossem tomadas medidas para haver um acompanhamento sistemático, vigilância e controle das situações. A prova é que, segundo vários relatos, as agressões eram quase diárias, envolvendo sempre os mesmos alunos (não se trata apenas do caso do Leandro) e os portões da escola nem sequer eram controlados.

Portanto, se alguma coisa foi feita, foi nada ou quase nada.

A escolas não são todas iguais. Algumas até são um exemplo do que contrasta fortemente pela positiva com a de Mirandela. Acima dei-te o exemplo de Escolas como a EB 2-3 de Chelas ou a da Ameixoeira em que, quando os alunos faltam, os professores telefonam para os pais para saberem o que se passa com os alunos. Escolas em que os próprios alunos são motivados para se envolver na resolução dos problemas dos colegas.

Um abraço,


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por artista_ » 11/3/2010 1:02

assunoadr Escreveu:Não acreditas nas dezenas de testemunhos de pais que se queixaram ao director mas que nada foi feito em relação aos seus filhos?


Olá AA, eu não me quero alongar mais sobre este assunto, já assumi que não o conheço a fundo e parece-me importante esperar pela investigação ao caso... ainda assim a minha grande questão está relacionada com a tua pergunta que citei. O que é que queres dizer com nada foi feito?! Não se fez absolutamente nada? fez-se alguma coisa que não resolveu o problema? fizeram-se muitas coisas que não resolveram o problema?! A diferença pode ser muito grande, eu duvido que não se tenha tentado fazer nada, talvez tenha sido pouco mas isso só uma investigação profunda poderá apurar!

Eu já estive em alguns conselhos de turma disciplinares por causa do bullyng e não me parece fácil resolver as situações no contexto escolar. Há muitos casos diferentes, eu nunca tive situações tão extremas em que um aluno tenha sido internado por causa das agressões, mas tenho algumas dúvidas em relação à capacidade das escolas resolverem esse tipo de problemas, podem e devem contribuir na medida das suas possibilidades mas resolver por si só os problemas não será fácil!

abraços

artista
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por assunoadr » 11/3/2010 0:49

Afinal já apareceram outras testemunhas a dizer que o Leandro era mal comportado e que até era ele que provocava as brigas...de que testemunhas estamos a falar?

Curiosamente, vi um peça na televisão em que o primo diz que a primeira tentativa do Leandro se lançar ao rio foi do cimo da ponte e só não o fez porque o primo o evitou...seria apenas para dar um mergulho?

A mãe disse que lhe dava diáriamente 70 cêntimos para o almoço mas teve de o deixar de fazer porque o Leandro era roubado todos os dias. Será que o Leandro era roubado por ser reguila?

Num dos comentários pergunta-se o porquê dos textos a bold... o objectivo é evidente.

O grande culpado ainda vai ser a vitima e a culpa vai acabar por morrer solteira.

http://www.ionline.pt/conteudo/50078-bu ... al-educado


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por assunoadr » 10/3/2010 23:43

mais_um Escreveu:
assunoadr Escreveu:É inacreditável, não sei se deva rir ou chorar:

Afastada a hipótese de bullying

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Socieda ... id=1514725

Isto só ia ser verdadeiramente conclusivo se os pais do Leandro fossem gente com alguma capacidade financeira.

Um blog de alguém que já foi director de escola

http://memorialdolamento.blogs.sapo.pt/

AA


Vamos aguardar o resultado do inquerito para depois tirar conclusões, já vi muita coisa que parecia mas não era :roll: :roll: :roll:



Vamos esperar mas já fiquei de pé atrás ao ler que a hipótese de bullyng tinha sido descartada quando há dezenas de noticias com testemunhos e denuncias do contrário.

http://www.vox.com.pt/noticia-detalhe-m ... =Leandro-já-fora-agredido-com-pontapés-na-cabeça

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por mais_um » 10/3/2010 22:57

assunoadr Escreveu:É inacreditável, não sei se deva rir ou chorar:

Afastada a hipótese de bullying

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Socieda ... id=1514725

Isto só ia ser verdadeiramente conclusivo se os pais do Leandro fossem gente com alguma capacidade financeira.

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Vamos aguardar o resultado do inquerito para depois tirar conclusões, já vi muita coisa que parecia mas não era :roll: :roll: :roll:
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por assunoadr » 10/3/2010 19:54

É inacreditável, não sei se deva rir ou chorar:

Afastada a hipótese de bullying

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Socieda ... id=1514725

Isto só ia ser verdadeiramente conclusivo se os pais do Leandro fossem gente com alguma capacidade financeira.

Um blog de alguém que já foi director de escola

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por SoaresV » 10/3/2010 18:14

luis.live Escreveu:carrancho eu nao disse que entregava o meu filho para ser morto, agora se o meu filho estivesse envolvido numa cena de bulling e fosse o agressor teria que sofrer as consequencias!!!! agora o mais importante passa pela educaçao que damos aos nossos filhos, quer dizer eu nao posso escrever que é impossivel, mas quase que garanto que é impossivel o meufilho ser agressor numa cena destas de bulling... acompanho o meu filho na escola, conheço os colegas e conheço praticamente todos os país dos colegas porque nas festas de aniversário encontramo-nos e conversamos , além disso todos os alunos sao muito bem vigiados no recreio, pago uma pequena fortuna para ter tudo isto é verdade, mas sao opçoes que se tomam...


caro Luís, faço questão de citar um dos seus comentários que revelam uma grande lucidez e compreensão do problema em questão; (no que diz respeito a consequências, apesar de ser dificil aceitar e lidar com as emcoções resultantes, sabemos que teriam de ser outras) de resto o seu ponto de vista é correctíssimo e gostaria de o reforçar.
É errado julgar sem ter o pleno conhecimento da questão; uma criança que não partilha com os Pais uam situação desta gravidade (que é cumulativa e não uma ocorrêncioa esporádica para chegar a este ponto) revela que não havia cumplicidade ou facilidade em exteriorizar o que realmente a criança vivia ou sentia, aos Pais. Mesmo se estivesse sob ameaça uma criança com um ambiente familiar sólido, repleto dos afectos fundamentais e com o apoio (pedagogicamente e emocionalmente positivo) dos Pais, é uma criança segura e uma criança capaz de reagir a esta situação expondo-a aos Pais. A Escola seria informada e se necessário até as autoridades teriam de ter conhecimento.
É de uma extrema GRAVIDADE uma criança chegar a este ponto sem ninguém desconfiar do que se passa realmente.

As crianças não têm culpa de serem vítimas, especialmente quando os agressores são as pessoas em que mais confiam.
Não sou Pai nem mesmo Professor, mas sei o o que estou a escrever.
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por mais_um » 10/3/2010 15:49

GodsDead_JNEG Escreveu:Boas!!!

Na minha opinião, o Bulling é algo que vem de longe.
Já em meados dos anos oitenta do século passado, quando entrei no 2.º ciclo (na altura chamava-se CICLO – 5.º e 6.º ano), nós “putos” da primária (actual 1.º ciclo) íamos receosos do que nos esperava (a escola ía do 5.º ano ao 12.º) pois era obvio que iriamos encontrar outros “putos” que já faziam a barba há “n” tempo.
E na verdade a única protecção que tinhamos era estar atentos e um instintivo “low profile”.

Recordo que passados pouco tempo, um dos nossos colegas (da mesma idade, mas que pensava que poderia vir a ser um terror) começou a provocar uns e outros, até chegar a minha vez durante dois dias andou a tentar intimidar-me (e na verdade estava a conseguir) até que me saltou a “tampa” e no fim do segundo murro a coisa ficou por ali.

Recordo também que os pais raramente eram chamados, nós é que eramos chamados ao “Conselho Diractivo” e isso normalemente significava que ía haver descasca e talvez com sorte os pais não viessem a saber, senão iria haver também “missa cantada”.

Olhando para trás, acho que nesses anos oitenta os pais eram vistos como pais, não eram uns porreiraços nem uns compinchas, eram pais.
Os professores eram professores, não tinham técnicas motivacionais nem inventavam programas interactivos para os putos estarem atentos, limitavam-se a ensinar, a transmitir saber, eram professores.
Ir à escola era uma obrigação, que todos os putos encaravam como algo que “tem de ser”, e diga-se de passagem que o que tem de ser tem muita força.

Como é que se perderam estes conceitos basilares nestes 25 anos?


Pois, embora eu seja mais velho, ao ler o teu comentário transportei-me para a Escola Preparatoria Pedro de Santarém, em Benfica e revi alguns momentos do meu 1º ano (actual 5º ano), já no meu tempo era assim.

Há muitas causas para o teu ultimo paragrafo, mas de uma forma simplista diria que tem-se dado demasiado enfase aos direitos e esquecido os deveres (não só dos alunos mas da sociedade em geral). :wink:
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“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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por GodsDead_JNEG » 10/3/2010 15:05

Boas!!!

Na minha opinião, o Bulling é algo que vem de longe.
Já em meados dos anos oitenta do século passado, quando entrei no 2.º ciclo (na altura chamava-se CICLO – 5.º e 6.º ano), nós “putos” da primária (actual 1.º ciclo) íamos receosos do que nos esperava (a escola ía do 5.º ano ao 12.º) pois era obvio que iriamos encontrar outros “putos” que já faziam a barba há “n” tempo.
E na verdade a única protecção que tinhamos era estar atentos e um instintivo “low profile”.

Recordo que passados pouco tempo, um dos nossos colegas (da mesma idade, mas que pensava que poderia vir a ser um terror) começou a provocar uns e outros, até chegar a minha vez durante dois dias andou a tentar intimidar-me (e na verdade estava a conseguir) até que me saltou a “tampa” e no fim do segundo murro a coisa ficou por ali.

Recordo também que os pais raramente eram chamados, nós é que eramos chamados ao “Conselho Diractivo” e isso normalemente significava que ía haver descasca e talvez com sorte os pais não viessem a saber, senão iria haver também “missa cantada”.

Olhando para trás, acho que nesses anos oitenta os pais eram vistos como pais, não eram uns porreiraços nem uns compinchas, eram pais.
Os professores eram professores, não tinham técnicas motivacionais nem inventavam programas interactivos para os putos estarem atentos, limitavam-se a ensinar, a transmitir saber, eram professores.
Ir à escola era uma obrigação, que todos os putos encaravam como algo que “tem de ser”, e diga-se de passagem que o que tem de ser tem muita força.

Como é que se perderam estes conceitos basilares nestes 25 anos?
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por assunoadr » 10/3/2010 14:43

Artista
Não conhecemos pormenorizadamente o que se passou?

Não acreditas que o Leandro se suicidou porque levava porrada de colegas muito mais velhos do que ele no interior da escola?

Não acreditas no testemunho das outras crianças e de vários antigos alunos conforme divulgado em vários órgãos de comunicação social?

Não acreditas nas dezenas de testemunhos de pais que se queixaram ao director mas que nada foi feito em relação aos seus filhos?

Será que a mãe do Leandro mentiu quando disse que se queixou ao director da escola na sequência da agressão de que o filho foi alvo por alunos da escola mas este descartou responsabilidades por ter sido fora da escola? A importância que foi dada ao caso, nem sequer mereceu o reporte da queixa para a DREN.

A matéria prima que entra para a escola pública, em termos médios até pode ser pior (embora isso nem sempre seja verdade) mas apenas porque deixam que alguns elementos perniciosos imponham as suas regras, acabando por contagiar todo o grupo perante a inépcia daqueles que acham que não há nada a fazer e que o melhor é deixar andar.

Será que não há mesmo nada a fazer? Então como é que uma escola EB 2-3 de Chelas com alunos de muitas culturas diferentes e de zonas problemáticas se transformou num modelo de sucesso com o empenhamento da direcção e dos professores (alguns até prescindem do seu tempo para recuperar alunos mais complicados) e o envolvimento dos alunos que passaram a tomar conta um dos outros. Ainda tens o projecto escola amiga da Ameixoeira em que os professores têm feito um trabalho notável.

É como em todas as profissões, há profissionais de educação bons e menos bons, sendo que os últimos deveriam mudar de profissão.
É evidente que deveria ser dada mais força à escola e aos professores mas isso não seria suficiente. É preciso responsabilizar quem tem responsabilidades e não as assume.

Se fosse o director da escola, garanto-te que o Leandro depois de ter sido agredido com pontapés na cabeça não ficava à mercê dos outros. Nem que tivesse que me certificar pessoalmente disso o que é completamente diferente de desvalorizar a situação ao ponto de nem a DREN estar informada.



AA
Editado pela última vez por assunoadr em 10/3/2010 19:35, num total de 1 vez.
 
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por artista_ » 10/3/2010 13:10

assunoadr Escreveu:Bom dia Artista
Em minha opinião já há demasiadas evidências para que a escola em questão não tenha de ser responsabilizada. Até o comportamento subsequente dos responsáveis da escola é indiciador de um enorme desconforto em relação ao caso.


Olá AA, eu já tinha refefido que conheço mal o caso... acredito que realmente o comportamento da escola para com os familiares possa estar a ser demasido frio, não sei até que ponto isso será o mais indicado?!

assunoadr Escreveu:A bem da justiça não devemos compactuar com este estado de coisas em que os culpados são sempre os alunos e os pais, desresponsabilizando sistematicamente os profissionais de educação e o poder politico. É evidente que os responsáveis somos todos nós, principalmente quando compactuamos com este estado de coisas ao colocar água na fervura. No limite, até os colegas do Leandro foram culpados porque deixaram que alguns selvagens o agredissem sistemática e continuadamente. Para que se saiba, um dos agressores tem 17 anos (ver noticia de hoje no CM) e não aparece na escola com medo de represálias.


Obviamente que os culpados não são apenas os pais e os alunos, nunca defendi isso... o que defendi é que na mairia dos casos as escolas fazem o que podem, mas serão sempre responsáveis por violência nas escolas! Mas não sei se será verdade que a escola deixou que as agressões ocorressem, há muitos pormenores que não sabemos, eu pelo menos não sei, mas não estou a ver a escola a não fazer nada perante isto, o problema é que não podem fazer muito...

Já agora, gostaria que me dissesses o que farias se fosses o director dessa escola, ou o director da turma desse aluno?

assunoadr Escreveu:O argumento de que a escola e os professores nada podem fazer porque não têm autoridade para tal, dá para tudo, inclusivamente para fazer vista grossa a situações tão extremas de violência que conduziram o Leandro à morte. Pode ser verdade que os professores estejam desautorizados em relação ao que deveriam estar mas isso não implica que alguns professores (felizmente longe de serem todos) estejam a agir correctamente quando assistem passivamente a agressões nas suas próprias barbas, até dentro da própria sala de aulas.


Vista grossa como? assistir passivamente como?! Mas tu sabes concretamente o que se passou? Volto a perguntar-te o que farias se fosses director da escola?

assunoadr Escreveu:Os pais colocam os filhos na escola pública porque não ganham o suficiente para colocá-los numa escola privada. Além do mais, são obrigados a fazê-lo e não podem escolher a escola porque tem de ser obrigatoriamente a que abrange a área de residência. Os pais não têm outra defesa que não seja queixarem-se o que muitas vezes (mesmo muito frequentemente) cai em saco roto…infelizmente as situações são frequentemente desvalorizadas e são feitas promessas de resolução que na maioria das vezes não passam disso mesmo, promessas. Uma hipótese, seria os pais deixarem de trabalhar e passarem o dia inteiro na escola a vigiar os filhos porque, pelos vistos, seriam os únicos a fazê-lo.


Eu não destingui escolas públicas de privadas, apenas disse que a grande maioria das privadas tem armas que uma pública não tem, para além de, na grande maioria dos casos ter "matéria prima" melhor!

assunoadr Escreveu:Parece que o inquérito da DREN foi inclusivo porque se colocou como cerne da questão o facto do Leandro ter saído da escola…pasme-se! Com um bocado de sorte, o Leandro saltou o muro e a responsabilidade não é de ninguém a não ser do próprio. O facto de existirem condições para que o Leandro levasse porrada de meninos de 15-17 anos no interior da escola passa por parecer normal, o problema foi o Leandro ter saído da escola…agora falta apurar de quem é a culpa do Leandro ter saído (quando muito foi do porteiro).


Há muita coisa que se pode fazer, e eu compreendo a tua indignação... mas se tiveres a dirigir uma escola perceberias que as coisas não são nada fáceis, sobretudo em meios onde há problemas sociais graves! Muitas das pessoas, suspeito que tu serás um caso desses, imaginam a escola como se todos os alunos que a frequentassem fossem como os seus filhos, como se não houvesse outras realidades sociais completamente opostas...

Sabes que há escolas aqui na margem sul para as quais eu nem concorro?! Podes imaginar porque será... o ano passado deu aulas na escola da Costa da Caparica (entre outras), tive lá a minha pior turma de sempre, garanto-te que se todos os anos tivesse uma turma daquelas deixava de dar aulas para fazer outra coisa qualquer, mesmo que ganhasse menos e fizesse algo onde exigissem poucas qualificações! E o problema é que, infelizmente, há escolas e zonas muito piores!


assunoadr Escreveu:Como a família do Leandro não tem meios para contratar um advogado competente, fica tudo bem.

É preciso ver que estamos a falar de uma escola que nem se dignou a fazer luto ao Leandro (nem uma simples bandeira a meia haste) nem a dirigir uma palavra de conforto à família. Se é esta ausência de valores que caracteriza o nosso país, digo pela primeira vez na minha vida que tenho vergonha de ser português.


Bom, eu já disse que conheço mal o caso mas sei que a directora de turma falou com a mãe do menino, provavelmente foi incumbida de falar em nome da escola... a bandeira a meia haste penso que é algo que tem de ter uma decisão superior, posso estar enganado mas acho que uma escola não pode tomar essa decisão por si só (ja agora se alguém puder esclarecer isso, agradecia)...

Mais uma vez compreendo a tua indignação, eu também estou... apenas não me parece que seja atacando tudo e todo sem conhecimento promenorizado dos factos que contribuiremos para melhorar as coisas!

abraço

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por Sr_SNiper » 10/3/2010 12:04

mais_um Escreveu:
Sr_SNiper Escreveu:Aluno de 12 anos atacou o docente, que ontem foi de muletas à Escola D. Pedro II, que já abriu um inquérito

Um rapaz de 12 anos agrediu violentamente um professor, na sala de aula e em frente aos colegas, atirando-lhe com uma mochila na cara e batendo-lhe com uma cadeira nas pernas. O caso aconteceu segunda-feira numa turma do 6.º ano da Escola D. Pedro II, na Moita. O professor sentiu-se mal, correu para a casa de banho a vomitar e teve de ser assistido no Hospital do Barreiro. A escola já abriu um processo disciplinar ao aluno, que ontem foi à escola. O professor também surgiu na escola de muletas, mas não deu aulas.

Para os colegas, F. J. "é um bom aluno" e nunca tinha dado mostras de ser violento, pelo menos ao ponto de espancar um professor. Mas, quando o docente de Português entregou os testes, o rapaz discordou da avaliação. Contestou, não ficou satisfeito com as explicações e agrediu o professor


Não me parece que o teu comentário faça sentido neste topico, isto não é uma guerra entre alunos e professores.

Não é um comentário meu, é uma notícia do jornal de notícias de hoje
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