Rosas para ti, LEANDRO FILIPE
Crómio Escreveu:Há acompanhamento do Director de Turma, há processos disciplinares para quem agride o colega, mas não passa disso...
Neste caso não houve nada disso.
Nem sequer uma mensagem de condolências à família.
Não achas que pelo menos uma bandeira a meia haste se justificava?
Não é normal os miúdos andarem por aí a suicidarem-se por bullyng.
Repito-me: Em Andorra, ao menor problema os pais eram chamados... em Mirandela, o filho mata-se por perseguição e violência dentro da escola e a Direcção nem sequer apresenta as condolências aos pais.
Eu tenho muita dificuldade em aceitar essas notícias da forma que são dadas...
Sinceramente, não acredito que a escola não tenha sentido a morte de um aluno... não acredito que não tenha ajudado a família, nomeadamente, ajuda psicológica... infelizmente, há pouco tempo faleceu um aluno na minha escola e sei o pesar que se abate na escola.
E quanto ao acompanhamento, digo-te que há casos complicados, há um aluno na escola que está sempre metido em problemas... é agredido e agride, já o tive de separar de outros colegas e o miúdo chegou-me a dizer que se ia matar...

o miúdo não se dá com os outros, tem uma personalidade dificil, é acompanhado psicologicamente... mas pouco mais há a fazer.
Qual será o futuro de um aluno deste género?!
Não sei, mas não vejo muito feliz.
Daí que neste caso concreto de Mirandela, tenho dificuldade e sou critico perante a sociedade, deitando a culpa para a escola, quando só quem lá está é que percebe a impotência em lidar com certos casos.

Já disse e reafirmo, os alunos fazem o que fazem porque nada lhes acontece... não há responsabilidade.
A escola não é diferente do país em que vivemos.
Como se ganha dinheiro na bolsa?!
-Devo usar STOP's
-A tendência é minha amiga
-Não posso transformar um lucro em perda
-Devo cortar as perdas e deixar correr os ganhos
-As ações podem subir/descer mais do que penso e mais rápido
-Cumprir as regras anteriores...
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Há acompanhamento do Director de Turma, há processos disciplinares para quem agride o colega, mas não passa disso...
Neste caso não houve nada disso.
Nem sequer uma mensagem de condolências à família.
Não achas que pelo menos uma bandeira a meia haste se justificava?
Não é normal os miúdos andarem por aí a suicidarem-se por bullyng.
Repito-me: Em Andorra, ao menor problema os pais eram chamados... em Mirandela, o filho mata-se por perseguição e violência dentro da escola e a Direcção nem sequer apresenta as condolências aos pais.
There are two kinds of investors: those who don't know where the market is headed, and those who don't know that they don't know.
William Bernstein
William Bernstein
assunoadr Escreveu:Ao contrário do que alguns defendem, a escola esteve sempre informada do que se estava a passar e nada fez para prevenir fosse o que fosse. É óbvio que há professores culpados.
A familia do Leandro é de parcos recursos pelo que pouco podia fazer perante a inacção dos responsáveis...as única opções que lhes restariam era tirarem o Leandro da escola ou dar um par de estalos nos agressores.
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Socieda ... id=1510113
http://diariodebraganca.blogs.sapo.pt/242637.html
http://gatoquefala.blogspot.com/2010/03 ... moral.html
AA
Onde andam vocês, em que mundo?!
Infelizmente, estas situações acontecem todos os dias, o que pode a escola fazer perante uma sociedade que tudo permite?!
Na escola onde trabalho, as agressões psicológicas e físicas são uma constante, o que fazer?!
Há acompanhamento do Director de Turma, há processos disciplinares para quem agride o colega, mas não passa disso... o estatuto do aluno é brando e não penaliza, o "coitado" do aluno que bate nos outros, como é inimputável, é sempre desculpado...
Eu lido com alunos que são criminosos e nada posso fazer... comissões de menores?! Nada fazem e os pais destes miúdos desinteressam-se ou cruzam os braços perante a evidência, "os alunos podem fazer o que lhes apetece e nada lhes acontece..."
Por isso culpar a escola é esconder a realidade!
Como se ganha dinheiro na bolsa?!
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Pata-Hari Escreveu: Se o problema de um filho meu for ignorado por quem gere a escola (os professores e os directores da mesma) está nas minhas mãos transformar o problema do meu filho num problema dos professores e da escola. Há um momento em que resolver as questões se pode tornar mais fácil do que ignorar.
Crómio Escreveu:Patinha: os pais são pessoas humildes e submissas às considerações dos senhores professores e senhores directores, não possuem capacidade para exigir perante o que consideram superior.
Aí está, Pata, o Crómio resumiu.
Pais, há-os de todos os tipos e feitios... consoante o seu nível de educação, conhecimentos, posses, etc.
Tens aqueles como tu, tens aqueles que ignorariam, tens aqueles que se vergariam perante o que os Srs. Professores dissessem, tens aqueles que iriam de faca ou arma "limpar" o sebo a alguém, etc...
O ponto comum a esses diferentes tipos de pais, o elo que os liga a todos nesta história... é a escola, os seus Professores, Educadores, responsáveis.
É inadmissível e trágico não terem ouvido, sabido e agido enquanto era tempo.
A peça do JN é de arrepiar.
O silêncio da Direcção da escola é de uma cumplicidade criminosa, espero que hajam consequências, parece-me que a sociedade portuguesa assim o exige.
Patinha: os pais são pessoas humildes e submissas às considerações dos senhores professores e senhores directores, não possuem capacidade para exigir perante o que consideram superior.
Como dizem, em Andorra, ao menor problema os pais eram chamados... em Mirandela, o filho mata-se por perseguição e violência dentro da escola e a Direcção nem sequer apresenta as condolências aos pais.
Muito triste, fiquei emocionado com o artigo do JN.
O silêncio da Direcção da escola é de uma cumplicidade criminosa, espero que hajam consequências, parece-me que a sociedade portuguesa assim o exige.
Patinha: os pais são pessoas humildes e submissas às considerações dos senhores professores e senhores directores, não possuem capacidade para exigir perante o que consideram superior.
Como dizem, em Andorra, ao menor problema os pais eram chamados... em Mirandela, o filho mata-se por perseguição e violência dentro da escola e a Direcção nem sequer apresenta as condolências aos pais.
Muito triste, fiquei emocionado com o artigo do JN.
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William Bernstein
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O que me parece é que enquanto pai ou mãe, está na minha mão tornar as agressões um problema inaceitável e com o qual temos que lidar permanentemente e continuamente.
Se o problema de um filho meu for ignorado por quem gere a escola (os professores e os directores da mesma) está nas minhas mãos transformar o problema do meu filho num problema dos professores e da escola. Há um momento em que resolver as questões se pode tornar mais fácil do que ignorar.
Continuo a dizer que não se podem aceitar este tipo de comportamentos e que a temos que enfrentar.
Se o problema de um filho meu for ignorado por quem gere a escola (os professores e os directores da mesma) está nas minhas mãos transformar o problema do meu filho num problema dos professores e da escola. Há um momento em que resolver as questões se pode tornar mais fácil do que ignorar.
Continuo a dizer que não se podem aceitar este tipo de comportamentos e que a temos que enfrentar.
Ao contrário do que alguns defendem, a escola esteve sempre informada do que se estava a passar e nada fez para prevenir fosse o que fosse. É óbvio que há professores culpados.
A familia do Leandro é de parcos recursos pelo que pouco podia fazer perante a inacção dos responsáveis...as única opções que lhes restariam era tirarem o Leandro da escola ou dar um par de estalos nos agressores.
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A familia do Leandro é de parcos recursos pelo que pouco podia fazer perante a inacção dos responsáveis...as única opções que lhes restariam era tirarem o Leandro da escola ou dar um par de estalos nos agressores.
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Tenho um amigo que me lembra que todos os problemas da sociedade dos nosso s dias se deve a falta de valores , explicando parte do que pensa , enviou-me as frases abaixo :
"O que caracteriza o conservador é a defesa de um mínimo ético de valores sociais estáveis.
O conservador é realista e relativista, atendendo pragmaticamente às situações concretas e não propondo um modelo universal de governo.
Realista, por ser uma filosofia e um pensamento, baseado na observação, na indução e na experiência, contrapondo-se ao idealismo e utopismo dos seus adversários progressistas ou reaccionários.
Para o conservador a mudança não é movimento ou lei histórica necessária, nem um pressuposto obrigatório de aperfeiçoamento dos indivíduos e da sociedade, resulta de um jogo equilibrado das próprias forças sociais. É a atitude sobre a mudança que distingue um conservador de um reaccionário. O primeiro aceita-a com prudência, o segundo rejeita-a pura e simplesmente.
A filosofia conservadora não busca um óptimo político-social, mas sim um equilíbrio e um "modus vivendi" sem rupturas nem conflitos antagónicos no interior da comunidade.
O conservador encara a tradição não como um repositório estático e inalterável de verdades definitivas, mas como uma súmula do que foi permanecendo através da mudança.
Assim, para o conservador, a religião, a pátria, a família, a propriedade são valores a defender e manter, mas cuja representação e realização são históricas. Logo sujeitas à mudança nas suas manifestações externas e formais."
"O que caracteriza o conservador é a defesa de um mínimo ético de valores sociais estáveis.
O conservador é realista e relativista, atendendo pragmaticamente às situações concretas e não propondo um modelo universal de governo.
Realista, por ser uma filosofia e um pensamento, baseado na observação, na indução e na experiência, contrapondo-se ao idealismo e utopismo dos seus adversários progressistas ou reaccionários.
Para o conservador a mudança não é movimento ou lei histórica necessária, nem um pressuposto obrigatório de aperfeiçoamento dos indivíduos e da sociedade, resulta de um jogo equilibrado das próprias forças sociais. É a atitude sobre a mudança que distingue um conservador de um reaccionário. O primeiro aceita-a com prudência, o segundo rejeita-a pura e simplesmente.
A filosofia conservadora não busca um óptimo político-social, mas sim um equilíbrio e um "modus vivendi" sem rupturas nem conflitos antagónicos no interior da comunidade.
O conservador encara a tradição não como um repositório estático e inalterável de verdades definitivas, mas como uma súmula do que foi permanecendo através da mudança.
Assim, para o conservador, a religião, a pátria, a família, a propriedade são valores a defender e manter, mas cuja representação e realização são históricas. Logo sujeitas à mudança nas suas manifestações externas e formais."
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Acho que esta história afecta toda a gente que tenha filhos....
Eu tenho dois putos, que são uma paz de alma do ponto de vista das agressões (nunca tive uma queixa acerca do comportamento deles, pelo contrário - têm outros defeitos!). A minha preocupação constante foi sempre a de lhes frisar bem que ninguém tem o direito de os agredir (do mesmo modo que eles também não têm esse direito - e esse eles entenderam), que têm o direito de se defenderem. Que se não conseguirem defender-se, que a escola deve interferir (a meu pedido ou a pedido deles). E que eu estou cá para garantir que ou a escola interfere e rapidamente ou sou eu mesma a tratar do assunto se a escola não o fizer. Garanto-lhes sempre que não vou deixar que alguém os agrida ou persiga. Os putos precisam de saber que têm poder e que podem fazer alguma coisa, podem sempre pedir ajuda a quem os proteja e que vão ter quem os proteja.
E já me aconteceu ser mesmo eu a falar com alguém, com a presença de um professor. Os pais têm que se impor nesse tipo de coisas e não podem ceder num milímetro, não podem aceitar por um instante que os putos sejam perseguidos. E têm que ensinar aos putos que isso não pode acontecer.
A outra questão é que também os temos que ensinar a defender os seus. Não basta não gostar que os nossos amigos sejam agredidos. É preciso activamente defender se os outros não o souberem fazer. Não se pactua com maldade e como agressão. Dirigida a nós ou dirigida a outros. Dois juntos são muito mais fortes que um sozinho.
Acho que temos um papel muitíssimo importante nas questões do bullying e na sua resolução. E simplesmente não o podemos aceitar.
Eu tenho dois putos, que são uma paz de alma do ponto de vista das agressões (nunca tive uma queixa acerca do comportamento deles, pelo contrário - têm outros defeitos!). A minha preocupação constante foi sempre a de lhes frisar bem que ninguém tem o direito de os agredir (do mesmo modo que eles também não têm esse direito - e esse eles entenderam), que têm o direito de se defenderem. Que se não conseguirem defender-se, que a escola deve interferir (a meu pedido ou a pedido deles). E que eu estou cá para garantir que ou a escola interfere e rapidamente ou sou eu mesma a tratar do assunto se a escola não o fizer. Garanto-lhes sempre que não vou deixar que alguém os agrida ou persiga. Os putos precisam de saber que têm poder e que podem fazer alguma coisa, podem sempre pedir ajuda a quem os proteja e que vão ter quem os proteja.
E já me aconteceu ser mesmo eu a falar com alguém, com a presença de um professor. Os pais têm que se impor nesse tipo de coisas e não podem ceder num milímetro, não podem aceitar por um instante que os putos sejam perseguidos. E têm que ensinar aos putos que isso não pode acontecer.
A outra questão é que também os temos que ensinar a defender os seus. Não basta não gostar que os nossos amigos sejam agredidos. É preciso activamente defender se os outros não o souberem fazer. Não se pactua com maldade e como agressão. Dirigida a nós ou dirigida a outros. Dois juntos são muito mais fortes que um sozinho.
Acho que temos um papel muitíssimo importante nas questões do bullying e na sua resolução. E simplesmente não o podemos aceitar.
Infelizmente isto do bullying não é novo.
Sempre existiu e sempre vai existir.
Ja no meu tempo de escola existia , o mais velho batia nos mais pequenos , roubava e etc. Hoje em dia pode ser mais grave até por causa dos telemoveis e internet.
A escola é um local onde as diferenças de clases sociais e grupos se começam a evidenciar .
Os betos, os cromos , os hipies, os goticos e etc.
A sociedade é mesmo assim , os mais fracos são sempre os que sofrem.
E infelizmente em Portugal todos sabemos que os mais fracos não tem quem os proteja.
Sempre existiu e sempre vai existir.
Ja no meu tempo de escola existia , o mais velho batia nos mais pequenos , roubava e etc. Hoje em dia pode ser mais grave até por causa dos telemoveis e internet.
A escola é um local onde as diferenças de clases sociais e grupos se começam a evidenciar .
Os betos, os cromos , os hipies, os goticos e etc.
A sociedade é mesmo assim , os mais fracos são sempre os que sofrem.
E infelizmente em Portugal todos sabemos que os mais fracos não tem quem os proteja.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
Lion_Heart
Como pai de 2 alunos acompanhei este triste acontecimento com muita apreensão tendo ficado chocado com o mesmo.



"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
De facto esta situção está a marcar-me...
O que pode levar uma criança de 12 anos ao suicidio...incrivel mesmo!!!
Assino por baixo o post do AA.
O que pode levar uma criança de 12 anos ao suicidio...incrivel mesmo!!!
Assino por baixo o post do AA.
Volta teu rosto sempre na direção do sol e então as sombras
ficarão para trás.
Lembra-te : se não tivesses lido e ouvido falar em aumento de capital tinhas entrado no bes... portanto...
ficarão para trás.
Lembra-te : se não tivesses lido e ouvido falar em aumento de capital tinhas entrado no bes... portanto...
Rosas para ti, LEANDRO FILIPE
Deixo o meu mais profundo pesar pela tua morte. Um inocente nas mãos de bestas e perante a incúria daqueles que são pagos para educarem e disciplinarem mas que cobardemente preferiram não o fazer para não se meterem em problemas, ignorando por completo o teu sofrimento.
Manifesto igualmente o meu repúdio pelo comportamento dos responsáveis da EB 2/3 Luciano Cordeiro de Mirandela em todo o processo mas também pelo luto que não se fez na escola que matou o Leandro.
Vale a pena ler um poema dedicado ao Leandro, escrito por uma senhora professora que denota uma lucidez e uma qualidade humana invulgares.
Tinha 12 anos e tinha medo
E tinha um pesadelo
E um pântano no olhar
E o corpo numa grade
E a alma numa cela
E o sonho de um rio
Onde o medo se afogasse.
Tinha doze anos e uma escola
Que lhe ceifava as asas
E o fechava nesse medo
Que tinha e tinha doze anos!
"Tão jovem! Que jovem era?
Agora que idade tem?"
Chamava-se Leandro e era pequenino
Com um pavor tão grande
Que se abraçou às águas
No rio triste que o acolheu
Para o libertar do pântano
Onde o medo lhe tolhia
O respirar de cada dia.
E voou...
Que céu te acolhe, Leandro?
Que escola te matou?
Isabel Fidalgo
AA
Manifesto igualmente o meu repúdio pelo comportamento dos responsáveis da EB 2/3 Luciano Cordeiro de Mirandela em todo o processo mas também pelo luto que não se fez na escola que matou o Leandro.
Vale a pena ler um poema dedicado ao Leandro, escrito por uma senhora professora que denota uma lucidez e uma qualidade humana invulgares.
Tinha 12 anos e tinha medo
E tinha um pesadelo
E um pântano no olhar
E o corpo numa grade
E a alma numa cela
E o sonho de um rio
Onde o medo se afogasse.
Tinha doze anos e uma escola
Que lhe ceifava as asas
E o fechava nesse medo
Que tinha e tinha doze anos!
"Tão jovem! Que jovem era?
Agora que idade tem?"
Chamava-se Leandro e era pequenino
Com um pavor tão grande
Que se abraçou às águas
No rio triste que o acolheu
Para o libertar do pântano
Onde o medo lhe tolhia
O respirar de cada dia.
E voou...
Que céu te acolhe, Leandro?
Que escola te matou?
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