Salazar e Marcelo, saudades....
mais_um Escreveu:JMHP Escreveu:mais_um Escreveu:......
......
E na desigual distribuição de riqueza?
E da miséria?
......
E das centenas de milhares de portugueses que tiveram que emigrar?
E dos grupos economicos que viviam na sombra do regime?
Retirando 3 aspectos que tu apontastes correctamente ligados ao anterior regime, os restantes 4 parecem-me ainda actuais...![]()
Só o ultimo é semelhante, os outros não tem nada a ver com a actualidade.
E mesmo o ultimo há diferenças, antes era o regime que usava os grupos economicos, hoje são os grupos economicos que usam os politicos.JMHP Escreveu:
Mas ainda existem muitas mais semelhanças entre o antigo regime e actual democracia que demonstram ao contrario do que julgamos, a evolução foi ou ainda é praticamente nula.
Discordo de ti mas só posso argumentar se especificares quais são as semelhanças que consideras existir.
Os 4 pontos que mencionas que eu fiz referencia como paralelo ao antigo regime, na minha opinião parecem-me actuais alguns com base nos dados estatisticos divulgados sobre a nossa sociedade, tais como:
- Reconhecida maior desiguldade entre classes sociais de grande amplitude em termos percentuais.
- Aumento cada vez maior e extenso de probreza e miséria nas classes mais baixas e enfraquecimento acelerado da classe média.
- Em 2009 o numero de emigrantes atingiu os niveis históricos mais elevados da decada 60 do sec.XX
- «...antes era o regime que usava os grupos economicos, hoje são os grupos economicos que usam os politicos...» - Qual deles o pior ou o melhor?!... Não se fundem todos no mesmo prejuizo para a democracia?!
Relativamente ás outras semelhanças isso é um assunto demasiado extenso e complexo para alguém como eu que nasceu em 1971, ou até talvez tu.
Mas gostaria somente de referir as seguintes observações sobre actual democracia que vivemos:
- Hoje em dia, cada bebé português que nasce encontra-se já envidividado em centenas de euros.
- Hoje me dia, 6 em 10 portugueses dependem do estado, vivem e sobrevivem das decisões do estado. O que o estado decide afecta directamente a dependencia e liberdade dessas pessoas.
- Hoje em dia, a esmagadora maioria das empresas portuguesas dependem do estado. As decisões e orientações politicas influenciam directamente a conjuntura e dependencia financeira destas empresas.
- Hoje em dia, uma grande parte da comunicação social é subsidiada pelo Estado e suas empresas publica/privadas atravês de publicidade, representando uma importante fatia das suas receitas e orçamento.
- Enfim, somente breves observações que nos devem fazer reflectir sobre a qualidade da actual democracia e o caminho que nos leva a precorrer em direcção a um futuro diferente, mas talvez algo semelhante com o passado que não gostariamos voltar a recordar.
Editado pela última vez por JMHP em 19/2/2010 13:58, num total de 1 vez.
Devemos honrar quem luta e morre por Portugal e houve muitos que o fizeram de livre vontade.
Em Angola, Moçambique e mais tarde na Guiné, foram criados as companhias de Comandos Africanos (CCA) e os Destacamentos de Fuzileiros Especiais (DFE), que eram formados exclusivamente por africanos.
Após o 25 de Abril, alguns (poucos) regressaram a Portugal. Lembro-me do Marcelino da Mata, que foi torturado nos RALIS e preso em Caxias (estamos a falar do oficial mais condecorado do exército portugês).
Os que ficaram foram mortos ou fugiram para a África do Sul e integraram o Batalhão Búfalo e algumas empresas como a Executive Outcames (que penso que foi extinta com o fim do aparteid).
Esses militares lutaram em Angola, quer do lado a UNITA, quer do lado do MPLA, bem como em outros paises como africanos, como a Serra leoa, como mercenários.
Pedro
Em Angola, Moçambique e mais tarde na Guiné, foram criados as companhias de Comandos Africanos (CCA) e os Destacamentos de Fuzileiros Especiais (DFE), que eram formados exclusivamente por africanos.
Após o 25 de Abril, alguns (poucos) regressaram a Portugal. Lembro-me do Marcelino da Mata, que foi torturado nos RALIS e preso em Caxias (estamos a falar do oficial mais condecorado do exército portugês).
Os que ficaram foram mortos ou fugiram para a África do Sul e integraram o Batalhão Búfalo e algumas empresas como a Executive Outcames (que penso que foi extinta com o fim do aparteid).
Esses militares lutaram em Angola, quer do lado a UNITA, quer do lado do MPLA, bem como em outros paises como africanos, como a Serra leoa, como mercenários.
Pedro
varus Escreveu:A ideia de que os portugueses eram os maus e os movimentos de libertação eram os bons , completamente falso.
A quantidade de assassinatos realizados pelo PAIGC, junto das populações , com os seus tiranetes , e depois do 25 a morte dos comandos negros,
São as contingências da guerra, ou estás do meu lado ou és um inimigo a abater...
Quanto aos destacamentos de comandos e fuzileiros constituídos por africanos, a culpa de eles lá terem ficado foi de quem, do PAIGC ou dos portugueses que a seguir ao 25 de Abril os deixaram lá ficar e os mandaram para as suas terras de origem? Já todos sabiam o que iria acontecer de seguida, os que se safaram foram os que fugiram para o Senegal ou que conseguiram vir para Lisboa.
Já agora e ainda sobre a historia do Mário Soares e da bandeira já levantado noutro topico.
Citação:“E não só!
O meu avô materno, que era emigrante em França, presenciou que esse digníssimo senhor, andou a pisar e enxovalhar a bandeira Portuguesa! "Chamando país de m..."”
Caro Uly,
Lamento informa-lo mas o caso da suposta bandeira portuguesa pisada pelo Mário Soares foi em Londres e não em França, este boato foi posto a circular pela PIDE durante o antigo regime, após a visita do Marcelo Caetano a Londres, mais tarde surgiu de novo a quando das eleições para presidente da republica em que o Soares ganhou ao Freitas do Amaral, tendo nessa altura sido acrescentado mais 2 versões, Paris e Madrid.
O meu avó que combateu na 1ª guerra mundial também dizia que o Sidónio Pais tinha recebido dinheiro por cada soldado português que foi para França, ele odiava o homem porque o meu avô ficou invalido devido ao gás que os alemães utilizaram na batalha de La Liz, embora o Sidónio Pais não fizesse parte do governo que decidiu a entrada de Portugal na 1ª guerra mundial (na altura ele era embaixador na Alemanha e até era contra a guerra), este boato foi posto a circular pela oposição ao Sidónio Pais.
O facto de uma mentira ser repetida muitas vezes não a transforma em verdade.
A difamação e calúnia são armas dos pobres de espírito.
Cumprimentos
Alexandre Santos
Citação:A bandeira nacional
A bandeira portuguesa está aparentemente a ser apropriada pelo desporto de massas e pelos directores de marketing da banca e dos jornais, multiplicando-se as hesitações legais e políticas sobre esta movimentação. Agora que este símbolo nacional aparece nas casas ao apelo de treinadores de futebol, com cantos de publicidade a jornais e bancos, rebelam-se alguns contra esta banalização, mas nem o problema é simples nem a solução evidente.A bandeira portuguesa é recente e a I República não teve tempo de a "nacionalizar", apesar dos milhares de mortos portugueses na Grande Guerra de 1914-18. Foi a longa duração do Estado Novo que acabou por enraizar as quinas em verde e vermelho nos rituais de Estado, com a sua presença sempre vigilante nas próprias organizações paramilitares do regime, como a Legião e a Mocidade portuguesas e sobretudo nas Forças Armadas. Apesar dos "10 de Junho" da Guerra Colonial e de algumas manifestações com bandeirinhas à espera do almirante Tomás, no entanto, raramente a bandeira se aproximou do povo. A ditadura acreditava pouco nas virtudes da apropriação popular da bandeira, cultivando a reverência e a autoridade, não fosse a oposição republicana e comunista, que também a usava, ser matraqueada na rua com ela na mão.A bandeira raramente foi tema de polarização política durante a ditadura, apesar de entre o reduzido mundo político do final dos anos 60 ter ficado célebre a propaganda (falsa) da ditadura de que Mário Soares teria lá posto o pé numa manifestação anti- -Estado Novo em Inglaterra. A seguir à queda da ditadura, mesmo com a parte vermelha a querer sobressair em 1975 e a ser dobrada nas colónias, também esta não polarizou grande coisa. O mesmo se podendo dizer da coabitação pacífica entre o vermelho e verde e o prestigiado azul da União Europeia, esta última sempre presente em cada nova estrada e centro de saúde nos anos 80.Foi preciso chegar ao futebol em acalmia democrática para que o uso da bandeira se democratizasse, adquirindo um tom festivo e pouco chauvinista. De todos os usos que dela foram feitos talvez seja este o mais benigno e, mesmo que associada à abertura de uma conta bancária, não é de crer que faça mal a alguém.
António Costa Pinto
Professor universitário
in D.N. online
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
pmpcpinto Escreveu:Mas também muitas das infraestruturas que existem ainda hoje foram edificadas pelos portugueses, estou-me a lembrar de barragens e da rede ferroviária.
As cólonias ou provincias ultramarinas estavam muito desvolvidas para a altura.
Pedro
Sim, é verdade. Mas a maior parte dessas infraestruturas deve ter sido danificada e não deve estar a funcionar devido a anos de guerra civil, tirando a barragem por ser das poucas coisas que dão rendimento.
Estavam desenvolvidas nas cidades maiores onde se concentrava a população branca. A Guiné nunca foi "desenvolvida" como Angola ou Moçambique, pelo que já disse atrás o regime nunca investiu no país como investiu nos outros.
Elias Escreveu:JMHP Escreveu:Elias,... O Medina Carreira aponta como grande contributo para actual divida externa do pais e do défice publico, essa mesma melhoria da qualidade de vida adquirida ao longo dos 36 anos de democracia.
É verdade que hoje vivemos melhor, mas a verdade e a realidade cruel dos numeros da nossa performance económica/financeira demonstra-nos que o actual nivel de qualidade de vida.... é artificial!
É verdade, mas não estamos numa situação muito diferente dos restantes países da Europa... ou estamos? Nomeadamente dos PIIGS.
Se a conclusão é a de que no antigo regime é que se estava bem, então que conclusões retirar acerca dos restantes países?
Elias, mas que consolo nos serve comparar aos PIIGS e argumentar que não estamos sozinhos, como se isso suaviza-se a nossa situação, até mesmo quando nós proprios reconhecemos que antes da actual crise mundial o nosso problema é de longa data estrutural e a base dos nossos graves problemas?!
Nunca ouvi ou vi o Medina Carreira dizer que no antigo regime é que se vivia melhor ou que deviamos lá voltar, NUNCA!
O que o Medina Carreira e outros fazem muito bem, é recordar-nos as origens do antigo regime, o que aconteceu no passado que originou a necessidade do nascimento do antigo regime para o bem e o mal do nosso pais.
Interessa pois, reflectir sobre o passado de modo a não voltarmos a cometer os mesmos erros e comprometer a democracia que o pais acreditou ter conquistado ao longo de 36 anos.
Para terminar e porque vejo gente que está equivocada, cumpre-me dizer que não sou apologista de uma ditadura mas sim de um estado de direito onde se faça cumprir a lei.
Como é óbvio, não vivemos em democracia. Democracia não é falar, senão os papagaios viviam livres sem sair da gaiola.
Numa verdadeira democracia a luta pelo controlo dos media não pode existir, sob pena de o velho chavão de que a democracia é a pior das ditaduras se tornar real.
Em democracia ninguém deve ficar acima da lei como nós sabemos que acontece em Portugal.
O crime e a corrupção não podem andar impunes.
O polícia não pode ser preso por disparar contra quem quer apoderar-se de propriedade alheia.
O povo não pode ser controlado através dos media, senão passamos a ser a ditadura dos media.
Se não me entenderam bem, terei de explicar que na conjuntura em que se vivia, a ditadura foi uma solução para acabar com a anarquia vigente.
Lembro que tudo estava ser preparado para uma maior abertura, no entanto, provou-se que o povo não queria liberdade mas sim anarquia.
Todos se lembram que têm direitos mas esquecem-se que também têm deveres.
Lembro ainda que na altura, na Europa muitas vezes a escolha passava por uma ditadura de direita, para se poder fugir ao comunismo que como se sabe não passava de uma ditadura de esquerda.
Senão vejamos:
Alemanha (Hitler)
Italia (Mussolini)
Espanha (Franco)
Quem quiser ser sério, facilmente constatará que a ditadura vigente em Portugal em nada se poderia comparar com qualquer uma destas aqui citadas.
A escolha do comunismo também não era solução.
Salazar deu apoio ao Franco, derivado à facção que estava contra, para alem de esquerditas terem tambem ideais Iberistas.
Tenha penas que não consigam situar-se no tempo.
Tenho mais pena ainda que parte da verdadeira história de Portugal tenha sido apagada, mas um dia o tempo irá repor toda a verdade.
Muito mais haveria por dizer, mas não o vou fazer porque é chover no molhado.
Fiquem como gostam, pobres, mal tratados, roubados, enxovalhados, etc.etc.etc.
Se falar para vocês chega...
Como é óbvio, não vivemos em democracia. Democracia não é falar, senão os papagaios viviam livres sem sair da gaiola.
Numa verdadeira democracia a luta pelo controlo dos media não pode existir, sob pena de o velho chavão de que a democracia é a pior das ditaduras se tornar real.
Em democracia ninguém deve ficar acima da lei como nós sabemos que acontece em Portugal.
O crime e a corrupção não podem andar impunes.
O polícia não pode ser preso por disparar contra quem quer apoderar-se de propriedade alheia.
O povo não pode ser controlado através dos media, senão passamos a ser a ditadura dos media.
Se não me entenderam bem, terei de explicar que na conjuntura em que se vivia, a ditadura foi uma solução para acabar com a anarquia vigente.
Lembro que tudo estava ser preparado para uma maior abertura, no entanto, provou-se que o povo não queria liberdade mas sim anarquia.
Todos se lembram que têm direitos mas esquecem-se que também têm deveres.
Lembro ainda que na altura, na Europa muitas vezes a escolha passava por uma ditadura de direita, para se poder fugir ao comunismo que como se sabe não passava de uma ditadura de esquerda.
Senão vejamos:
Alemanha (Hitler)
Italia (Mussolini)
Espanha (Franco)
Quem quiser ser sério, facilmente constatará que a ditadura vigente em Portugal em nada se poderia comparar com qualquer uma destas aqui citadas.
A escolha do comunismo também não era solução.
Salazar deu apoio ao Franco, derivado à facção que estava contra, para alem de esquerditas terem tambem ideais Iberistas.
Tenha penas que não consigam situar-se no tempo.
Tenho mais pena ainda que parte da verdadeira história de Portugal tenha sido apagada, mas um dia o tempo irá repor toda a verdade.
Muito mais haveria por dizer, mas não o vou fazer porque é chover no molhado.
Fiquem como gostam, pobres, mal tratados, roubados, enxovalhados, etc.etc.etc.
Se falar para vocês chega...
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Na sequência do teu comentário, acrescento o seguinte:
Penso que nem foi tanto o Marcelo, mas sim a ala mais conservadora do governo, bem como, alguns elementos mais radicais do PAIGC, que fizeram fracassar a solução do Spínola.
A Guiné era/é uma caso muito especial, pois tem várias etnias que não se podem ver e na altura os altos comandos do PAIGC eram Cabo Verdianos, o que não era bem visto pelos guinienses que combatiam.
Hoje em dia, a Guiné é uma porta de entrada de droga para a europa, muito devido à instabilidade interna que vive, para mim, fruto dos antigos combantentes portugueses, que fizeram a guerra do ultramar e a seguir foram para a África do Sul, tendo depois regressado à Guiné.
Pedro
Pedro
Penso que nem foi tanto o Marcelo, mas sim a ala mais conservadora do governo, bem como, alguns elementos mais radicais do PAIGC, que fizeram fracassar a solução do Spínola.
A Guiné era/é uma caso muito especial, pois tem várias etnias que não se podem ver e na altura os altos comandos do PAIGC eram Cabo Verdianos, o que não era bem visto pelos guinienses que combatiam.
Hoje em dia, a Guiné é uma porta de entrada de droga para a europa, muito devido à instabilidade interna que vive, para mim, fruto dos antigos combantentes portugueses, que fizeram a guerra do ultramar e a seguir foram para a África do Sul, tendo depois regressado à Guiné.
Pedro
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JMHP Escreveu:mais_um Escreveu:......
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Só o ultimo é semelhante, os outros não tem nada a ver com a actualidade.
E mesmo o ultimo há diferenças, antes era o regime que usava os grupos economicos, hoje são os grupos economicos que usam os politicos.
JMHP Escreveu:
Mas ainda existem muitas mais semelhanças entre o antigo regime e actual democracia que demonstram ao contrario do que julgamos, a evolução foi ou ainda é praticamente nula.
Discordo de ti mas só posso argumentar se especificares quais são as semelhanças que consideras existir.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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pmpcpinto Escreveu:O documentário "A Guerra" do Joaquim Furtado é um bom testemunho de parte da história de Portugal dos anos 60/70.
Para quem gosta de história militar, aconselho o livro "Operação Mar Verde" do Luís Marinho, que relata a incursão portuguesa na Guiné-Conacry no início dos aos 70.
Uma operação "demasiado arrojada" para a altura.
Pedro
Esse é um excelente livro.
Se te interessa o tema, já li este e é muito interessante para se perceber muito do que aconteceu e se vivia na altura.
varus Escreveu:O país nos anos 20 , estava num beco sem saída , e o estado novo abriu a porta da saída.
E depois voltou a meter-se noutro beco sem saída chamado Guerra Colonial...
Salazar foi um falhado. Não tinha visão estratégica, não tinha planos de futuro, nem sequer conseguiu criar um regime consistente que sobrevivesse ao seu fundador. Foi reagindo às circunstâncias do momento mas não tinha futuro e desmoronou-se por si próprio.
Ao fim de meio século conseguiu fazer de Portugal o país mais atrasado, mais inculto e mais pobre da Europa ocidental, no meio de uma das épocas de maior desenvolvimento internacional de sempre.
E governando em ditadura nem se podem queixar que foram as "forças de bloqueio", a oposição, etc. que não deixaram fazer melhor...
Editado pela última vez por atomez em 19/2/2010 13:12, num total de 1 vez.
A quinta coluna existia , fez atentados , através da ARA, e o mais conhecido foi em Tancos, e alguns desertores passaram para o inimigo , e colaboraram , e muitos dos nossos homens morreram , devido á traição destes colaboracionistas.
A Pide era mal vista em Portugal , mas no teatro de guerra era muito querida , graças ao seus serviços salvaram muitos dos nossos soldados de uma morte certa.
Portugal foi apanhado no meio de uma guerra fria, e sofreu dos efeitos da cobiça de muitos países.
A ideia de que os portugueses eram os maus e os movimentos de libertação eram os bons , completamente falso.
A quantidade de assassinatos realizados pelo PAIGC, junto das populações , com os seus tiranetes , e depois do 25 a morte dos comandos negros,
Em Angola os massacres da UPA em 61 , matando milhares de europeus e bailundos, depois a UNITA fazia massacres em populações indefesas. o MPLA até foi um dos movimentos menos carniceiro.
A FRELIMO , massacrou muitos macondes ( que foram eles que iniciaram a revolta), minavam os trilhos para as machambas , matavam muitas das populações e seus sobas que não queriam apoiar o movimento, como os macuas que deram posteriormente o inicio á renamo.
A Pide era mal vista em Portugal , mas no teatro de guerra era muito querida , graças ao seus serviços salvaram muitos dos nossos soldados de uma morte certa.
Portugal foi apanhado no meio de uma guerra fria, e sofreu dos efeitos da cobiça de muitos países.
A ideia de que os portugueses eram os maus e os movimentos de libertação eram os bons , completamente falso.
A quantidade de assassinatos realizados pelo PAIGC, junto das populações , com os seus tiranetes , e depois do 25 a morte dos comandos negros,
Em Angola os massacres da UPA em 61 , matando milhares de europeus e bailundos, depois a UNITA fazia massacres em populações indefesas. o MPLA até foi um dos movimentos menos carniceiro.
A FRELIMO , massacrou muitos macondes ( que foram eles que iniciaram a revolta), minavam os trilhos para as machambas , matavam muitas das populações e seus sobas que não queriam apoiar o movimento, como os macuas que deram posteriormente o inicio á renamo.
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pmpcpinto Escreveu:Há coisas que estão documentadas, por isso não vale a pena estar a aqui a enumerá-las.
Quanto à parte militar, aqui fica a minha opinião:
Angola e Moçambique está militarmente controladas, sendo que em Angola praticamente nem haviam combates.
Na Guiné e ao contrário do que alguns dizem, penso que estava perdida e talvez por isso, tenham tentado negociar uma situação de transição com o PAIGC.
O Spínola, fez um excelente trabalho como governador, tendo conseguido passar a populaçao para o lado dele e teve uma visão politica para o conflito. Penso que saiu da Guiné por não ter conseguido por em prática o que tinha em mente.
Pedro
Pouco tempo antes de ter sido morto, Amilcar Cabral conseguiu que a União Soviética fornecesse ao PAIGC os misséis Strella, a partir desse momento as tropas portuguesas perderam o controlo do ar e a aviação já não estava à vontade para fazer os ataques que até aí lhes tinham dado vantagem. Se não tivesse sido isso as tropas portuguesas tinham "queimado" aquilo tudo...
Quanto a Spinola, o regime de Marcelo Caetano não o apoiou nas ideias que tinha para uma Guiné autónoma mas ligada a Portugal. Era concenso de que perder a Guiné seria perder o resto das colónias, e por isso ali foi concentrado um grande esforço de guerra também por ter sido ali que surgiu o maior movimento para a independência das colónias portuguesas em África, o PAIGC. A Guiné não era grande fonte de rendimento, Angola e Moçambique é que tinham as maiores fontes de riqueza que interessava ao regime ver preservadas.
Para quem não sabe, Cabo-Verde poderia hoje ser uma região autónoma à semelhança dos Açores e Madeira, não o foi porque na altura não era prioridade por o país não ser rico (Angola e Moçambique é que o eram) mas havia intenções disso até por parte dos próprios caboverdianos.
Fenicio Escreveu:mais_um Escreveu:DEUPATFAM Escreveu:Eu estava a estranhar tanta passividade de alguns meninos.
Muito bem, vou deixar uma frase fabulosa de mais um anarquista de esquerda:
"...A maior parte da malta que anda aqui já passou a idade de acreditar na historia da Carochinha e do João Ratão, arranja outra..."
Ora aqui está um individuo que sabe debater as questões de forma correcta.
O "meu amigo" não passa de mais um belo produto da DEMOcracia.
Já reparou que a palavra provem de DEMO.
Talvez por isso não funcione.
Claro, só tenho de acreditar no que o meu amigo quer.
DEMOcracia é assim mesmo.
Meu caro,
Eu não quero que acredite em nada do que eu escrevo, quero é que prove o que escreveu, porque eu quando faço acusações apresento factos, é uma questão de respeito, de valores. Algo que algumas pessoas que frequentam, este forum desconhecem, como é o seu caso.
mais_um, o utilizador com o qual estás a argumentar foi criado recentemente (neste momento vai apenas na terceira mensagem) pelo que, muito provavelmente, foi criado especificamente para espicaçar este tópico em especial.
Pode muito bem ser um utilizador mais antigo do fórum que está a esconder-se por detrás de um outro nickname só para poder expressar as suas ideias sem comprometer-se.
Uma sugestão: não percas tempo com contra-argumentações. Há intervenções muito mais interessantes e coerentes neste tópico que merecem a atenção.
Sim tens razão, não vale a pena estar a perder tempo com covardes.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Elias Escreveu:JMHP Escreveu:Elias,... O Medina Carreira aponta como grande contributo para actual divida externa do pais e do défice publico, essa mesma melhoria da qualidade de vida adquirida ao longo dos 36 anos de democracia.
É verdade que hoje vivemos melhor, mas a verdade e a realidade cruel dos numeros da nossa performance económica/financeira demonstra-nos que o actual nivel de qualidade de vida.... é artificial!
É verdade, mas não estamos numa situação muito diferente dos restantes países da Europa... ou estamos? Nomeadamente dos PIIGS.
Se a conclusão é a de que no antigo regime é que se estava bem, então que conclusões retirar acerca dos restantes países?
Também não se pode esquecer que no antigo regime haviam as colonias ultramarinas. Quando Portugal precisava de algo, bastava esticar o braço e apanhar!
"Es gibt keine verzweifelten Lagen, es gibt nur verzweifelte Menschen" - Heinz Guderian
Trad. "Não existem situações desesperadas, apenas pessoas desesperadas"
Cartago Technical Analysis - Blog
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JMHP Escreveu:Elias,... O Medina Carreira aponta como grande contributo para actual divida externa do pais e do défice publico, essa mesma melhoria da qualidade de vida adquirida ao longo dos 36 anos de democracia.
É verdade que hoje vivemos melhor, mas a verdade e a realidade cruel dos numeros da nossa performance económica/financeira demonstra-nos que o actual nivel de qualidade de vida.... é artificial!
É verdade, mas não estamos numa situação muito diferente dos restantes países da Europa... ou estamos? Nomeadamente dos PIIGS.
Se a conclusão é a de que no antigo regime é que se estava bem, então que conclusões retirar acerca dos restantes países?
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DEUPATFAM Escreveu:Eu estava a estranhar tanta passividade de alguns meninos.
Muito bem, vou deixar uma frase fabulosa de mais um anarquista de esquerda:
"...A maior parte da malta que anda aqui já passou a idade de acreditar na historia da Carochinha e do João Ratão, arranja outra..."
Ora aqui está um individuo que sabe debater as questões de forma correcta.
O "meu amigo" não passa de mais um belo produto da DEMOcracia.
Já reparou que a palavra provem de DEMO.
Talvez por isso não funcione.
Claro, só tenho de acreditar no que o meu amigo quer.
DEMOcracia é assim mesmo.
Bem, já me ri

agora falando a sério:
Eu sou mais jovem, mais forte, mais rápido e provavelmente mais inteligente do que tu e como gosto de viver em democracia só vejo duas hipoteses:
ou metes uma rolha e aguentas ou tens de passar por cima de mim e de mais alguns milhões como eu

boa sorte
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mais_um Escreveu:......
......
E na desigual distribuição de riqueza?
E da miséria?
......
E das centenas de milhares de portugueses que tiveram que emigrar?
E dos grupos economicos que viviam na sombra do regime?
Retirando 3 aspectos que tu apontastes correctamente ligados ao anterior regime, os restantes 4 parecem-me ainda actuais...

Mas ainda existem muitas mais semelhanças entre o antigo regime e actual democracia que demonstram ao contrario do que julgamos, a evolução foi ou ainda é praticamente nula.
Elias Escreveu:Que estamos todos a viver muito melhor do que há 40 anos, acho que ninguém tem dúvidas. Ou seja houve um enorme aumento do nível e da qualidade de vida, em praticamente todos os aspectos.
O problema é que as expectativas de bem-estar aumentaram ainda mais. Há 40 anos essas expectativas eram modestas, hoje são altíssimas (sonhamos com um nível de vida comparável aos países mais ricos do mundo).
Por isso, embora estejamos muitíssimo melhor em termos absolutos do que estávamos há 40 anos atrás, na verdade essa melhoria não é valorizada e até parece que estamos pior, quando na verdade o problema são as novas e exigentes expectativas que passaram a constituir a referência.
Razão tem o Medina Carreira quando diz que o melhor que temos a fazer é reduzir substancialmente as nossas expectativas de bem-estar.
Elias,... O Medina Carreira aponta como grande contributo para actual divida externa do pais e do défice publico, essa mesma melhoria da qualidade de vida adquirida ao longo dos 36 anos de democracia.
É verdade que hoje vivemos melhor, mas a verdade e a realidade cruel dos numeros da nossa performance económica/financeira demonstra-nos que o actual nivel de qualidade de vida.... é artificial!

Editado pela última vez por JMHP em 19/2/2010 12:52, num total de 1 vez.
Ora meu caro, então prove tambem o "meu amigo" que Portugal cresceu mais depois do 25 de Abril.
Coloque aí uns gráficozitos vá lá, com o PIB por exemplo.
Se o fizer terei todo o gosto em repensar o assunto.
Ou só eu terei de provar o que quer que seja?
É mais outra da vossa liberdade.
Tudo o que se situa mais à esquerda está sempre provado.
Já agora, poderia colocar tambem um grafico logo após a tomada de posse do DR. Oliveira Salazar e outro uns anitos depois.
Assim talvez os jovens que têm o cerebrezito lavado possam ver o quanto andam enganados.
Mas faça-me um favor, não fale de computadores e de micro-ondas e de telemóveis etc.ou serei obrigado a dizer-lhe que qualquer caravela do tempo dos descobrimentos, era mais avançada (atendendo à época) que o mais avançado barco da nossa pobre frota actual.
É com esse tipo de demagogia que os Abrilistas vão enganando a pequenada.
Coloque aí uns gráficozitos vá lá, com o PIB por exemplo.
Se o fizer terei todo o gosto em repensar o assunto.
Ou só eu terei de provar o que quer que seja?
É mais outra da vossa liberdade.
Tudo o que se situa mais à esquerda está sempre provado.
Já agora, poderia colocar tambem um grafico logo após a tomada de posse do DR. Oliveira Salazar e outro uns anitos depois.
Assim talvez os jovens que têm o cerebrezito lavado possam ver o quanto andam enganados.
Mas faça-me um favor, não fale de computadores e de micro-ondas e de telemóveis etc.ou serei obrigado a dizer-lhe que qualquer caravela do tempo dos descobrimentos, era mais avançada (atendendo à época) que o mais avançado barco da nossa pobre frota actual.
É com esse tipo de demagogia que os Abrilistas vão enganando a pequenada.
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DEUPATFAM Escreveu:Já agora por falar em guerra.
E a traição que o...como direi?...bem, que o Manel, o alegre fez à pátria?
Como é possivel denunciar aos turras posições no terreno das nossas tropas?
Isso é que a comunicação dita social deveria falar.
Assim como o espezinhar da bandeira pelo outro senhor que tambem mal serviu o país durante tanto tempo.
Mas para a esquerda chique são heróis.
Serão?
deus, pátria e família ?
que cheiro a mofo pá

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