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Caldeirão da Bolsa

Portugal - Tópico Geral

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por seminarista » 7/2/2010 18:32

É dia de Domingo 8-) dia utilizado para reflexão e meditação, dia em que o nosso vigário Batista :wink: se dirige a toda a comunidade do Seminário :mrgreen:
Devemos olhar para a semana que passou e preparar-mo-nos para a semana que aí vem. Nesse sentido e de acordo com o assunto em discussão no Caldeirão, partilhamos convosco um resumo da nossa intervenção ao longo da semana, transmitindo-vos algumas ideias que podem utilizar na vossa reflexão/meditação.
Assim temos:
Como por aqui dizemos, surpresa só para quem tem andadado iludido ou a "dormir", pois este momento já devia ser esperado e previsto há muito, não fosse a "esperteza saloia e inconsciente" daqueles que têm tido responsabilidades de decisão neste país e dos mentecaptos que á sua sombra têm vegetado. Tal como ontem já tinhamos referido, aqui estão incluindos todos (PR, PS, PSD, PP, BE, CDU, etc....)mas mesmo todos (câmaras, freguesias, direcções regionais, fundações, etc).
A solução é SANEAR toda essa gentalha, que só sairá pela "via da força", é preciso "fazer sangue", porque senão terão de ser os elementos válidos e com capacidade a abandonarem o país....não nos parece haver alternativa.
Quanto ao pensamento do nosso vigário Batista aqui vos deixo "Se o politico soubesse e o povo quisesse, nada havia que não se fizesse".


No entanto, o grande "problema" da nossa sociedade é ser constituida por uma mescla de gerações, que não nos parecem compatíveis e por isso esta "tristeza de realidade". A partir do Seminário, a nossa "leitura " de sociedade é a seguinte:
O povo, que são todos os outros, dividem-se em várias categorias: os de mais idade, que estão reformados e que "viveram noutras épocas" não conseguiram acompanhar a triste "evolução" da sociedade e portanto vivem alienados, só contando para votar; depois temos os jovens (20-30 anos) em que a grande maioria está desfasada da realidade, ou seja, vivem o "momento", o presente, não conhecendo o passado nem se preocupando com o futuro, portanto com mente disponível para ser "fecundada" pelos ideais dos politicos, afinal é aqui que procuram investir; os jovens com menos de 20 anos, que vivem a "realidade virtual" procurando nunca crescer e desejando que o estado de situação perdure por tempo indefinido; depois temos ainda a franja perigosa da sociedade, os individuos que estão entre os 30-40 anos, infelizmente habilitados no pós 25 Abril, ignorantes mas presunçosos e prepotentes, capazes de tudo, menos trabalhar, para alcançarem os seus objectivos pessoais.Por fim temos o pessoal dos 40-65 anos, que se divide em 2 grupos em função da sua formação académica, mas que têm em comum a "experiência do saber fazendo", sendo os únicos que conhecem e sentem a tristeza da realidade actual do país, que estão em desmotivação crescente mas que são os únicos capazes de alterar o estado actual da situação. São estes a solução do país, são estes que podem apontar o rumo que devemos seguir...são estes que sabem donde viemos, onde estamos e para onde devemos ir.

Desde o Seminário para o Caldeirão, nunca esquecendo o lema
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por djovarius » 7/2/2010 18:26

Viva,

Eis um artigo que é realista nesta altura dos acontecimentos. Visto de fora é sempre diferente !!
(Mas vai ser lindo o refinanciamento da dívida, vai...)

http://www.safehaven.com/article-15733.htm

dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
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por mfsr1980 » 7/2/2010 18:00

Estamos só a endividarmo-nos à cadência de 2,5 milhões por hora(coisa pouca) o que significa que a curto prazo vamos todos à falência.
O helderjsm não está a ver bem a coisa, a população vai a curto prazo mergulhar na dura realidade.
Não quero fazer futurologia mas, será a reacção docil? Eu não gostava de ser politico!
 
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por helderjsm » 7/2/2010 17:30

Marco Martins Escreveu:Infelizmente, nada disse nada mais do que a simples verdade!!

Quando uma família não tem rendimento suficiente para pagar as suas despesas, o que faz????
Acham que deve:
- ir pedir mais dinheiro ao banco?
- esperar que os seus rendimentos aumentem para poder pagar as dívidas?
- comprar um carro melhor, para ver se o patrão dá um aumento?
- dizer a toda a gente que não tem dívidas e que está tudo bem?
- ou cortar nos gastos?

Humm... pensem lá qual a melhor solução... pensem com calma porque as perguntas são muito complicadas...

Ou mudamos a visão da política e dos políticos e pensamos concretamente naquilo que queremos ser e fazer e para onde vamos caminhar nos próximos 20 anos... ou então estes problemas económicos serão apenas um aperitivo daquilo que nos espera....


Isso seria sem dúvida a forma de ver de uma dona de casa. Que não tem mais ambições do que as de ter o marido em casa ao fim de semana e o cheque para as compras no fim do mês. Não me leves a mal, mas quem não arriscar não petisca, seja na vida caseira seja na profissional, seja na política. Tudo bem que a solução mais fácil seria cortar em todas as despesas que se possa. Mas em que é que isso iria contribuir para o futuro do nosso país?

Não quero dizer com isto que devemos gastar à vontade. Pelo contrário, mas há que ter a cabeça fria e optimizar o presente a pensar no futuro. Só assim podemos continuar a evolução (e sim houve muita evolução nos últimos anos).

Cumprimentos
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por mcarvalho » 7/2/2010 16:50

em 2010 , 2011 estaremos , apesar dos sacrificios , novamente em crise procada .. provocada pelo exterior... pela União Europeia e em particular pelo do costume.. o Vi-tótó Constancio

http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=192607
 
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por Nyk » 7/2/2010 16:24

domingo, 7 de Fevereiro de 2010 | 10:58 Imprimir Enviar por Email

PR: Economia deve superar em 2010 e 2011 previsões do BdP


O Presidente da República, Cavaco Silva, defendeu sábado que, «já em 2010 e 2011», a economia portuguesa deve «fazer melhor do que as previsões do Banco de Portugal».

Na sessão de encerramento do segundo Roteiro das Comunidades Locais Inovadoras, em Castelo Branco, o Chefe de Estado defendeu ainda um «programa de repovoamento do mundo rural».

«O grande desafio que o nosso país enfrenta neste momento é o da recuperação económica e da criação de empregos. É um desafio que temos que vencer em conjunto e que nos é colocado a todos nós. E já no ano de 2010 e 2011 temos que ser capazes de fazer melhor do que as previsões do Banco de Portugal apontam», enfatizou o Chefe de Estado.

Diário Digital / Lusa
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
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por Marco Martins » 7/2/2010 5:42

Infelizmente, nada disse nada mais do que a simples verdade!!

Quando uma família não tem rendimento suficiente para pagar as suas despesas, o que faz????
Acham que deve:
- ir pedir mais dinheiro ao banco?
- esperar que os seus rendimentos aumentem para poder pagar as dívidas?
- comprar um carro melhor, para ver se o patrão dá um aumento?
- dizer a toda a gente que não tem dívidas e que está tudo bem?
- ou cortar nos gastos?

Humm... pensem lá qual a melhor solução... pensem com calma porque as perguntas são muito complicadas...

Ou mudamos a visão da política e dos políticos e pensamos concretamente naquilo que queremos ser e fazer e para onde vamos caminhar nos próximos 20 anos... ou então estes problemas económicos serão apenas um aperitivo daquilo que nos espera....
 
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por bC10 » 7/2/2010 4:01

O que ele disse são verdades que muita gente ainda não entende. Primeiro veio o défice, depois como os impostos já estavam altos partiu-se para o endividamento externo, agora só falta vender isto aos espanhóis.
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por JMHP » 7/2/2010 3:48

"Preferia uma dona de casa nas Finanças"....

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por Mcmad » 6/2/2010 18:04

Respondendo á pergunta do tópico, penso que caminhamos para uma mudança radical e brutal nas nossas condições económicas e sociais, que deve passar pela falência do modelo actual.
 
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por Scorpio » 6/2/2010 11:59

asrael Escreveu:Caros amigos, este Portugal é sempre o mesmo.

Há quantos anos andamos a falar em sair da crise?
Primeiro foi o Guterres, agora vai ser o Socrates?
Que politicos são estes?
(... )


Esqueceste o Durão, o do "país tá de tanga" por isso vou esfolar o meu na CE. 8-)

Abraço.
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por Nyk » 6/2/2010 9:54

Rohde vai despedir mais de 830 pessoas
Sónia Santos Pereira
06/02/10 00:05


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A viabilidade da Rohde, a maior empregadora nacional do sector do calçado, implica o despedimento de mais de 800 pessoas.
Collapse Comunidade
Partilhe: O novo plano de viabilização prevê a venda da fábrica para pagar créditos.

São mais de 830 trabalhadores que ficarão sem emprego caso o novo plano de viabilização da Rohde, que foi entregue quinta-feira no Tribunal de Santa Maria da Feira, seja aprovado na próxima assembleia de credores. A maior empregadora nacional do sector do calçado admite conseguir um volume de encomendas que, numa primeira fase, garantirá apenas emprego a 150 dos 984 trabalhadores, adiantou ao Económico, Domingos Leite, advogado da Rohde.

Neste momento, há encomendas provenientes de antigos clientes alemães da casa-mãe que asseguraram um volume de produção para 150 trabalhadores. Domingos Leite revelou ainda que existe a possibilidade de formalizar mais contratos noutros mercados para além do alemão, mas que isso só virá a acontecer se a "situação jurídica da Rohde estiver resolvida em Março". Nesse caso, a empresa poderá vir a chamar mais trabalhadores, mas o número estará sempre dependente do volume de encomendas. Segundo Domingos Leite, mesmo num cenário mais optimista, a nova Rohde não irá poder absorver "nem 50% dos actuais trabalhadores".

O plano de viabilização propõe também a venda dos activos da Rohde e que o valor obtido na operação seja distribuído pelos trabalhadores, os únicos credores da empresa. De acordo com Domingos Leite, é proposto um prazo de um ano para a alienação da fábrica da Rohde (só em área coberta são 23 mil metros quadrados) e das máquinas, de três apartamentos da empresa e de um terreno em Vila Real. Neste meio tempo, a Rohde - que irá desaparecer e em seu lugar será criada uma nova empresa - continuará a trabalhar nas antigas instalações.
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por Nyk » 5/2/2010 20:45

Entrevista à CNN
Teixeira dos Santos garante que Portugal não precisa de ajuda externa para corrigir défice
O Governo português não vai solicitar a intervenção de autoridades internacionais para resolver o problema do défice excessivo, garantiu hoje em entrevista à cadeia televisiva norte-americana CNN o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos.

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Lusa


O Governo português não vai solicitar a intervenção de autoridades internacionais para resolver o problema do défice excessivo, garantiu hoje em entrevista à cadeia televisiva norte-americana CNN o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos.

"Não precisamos de qualquer espécie de ajuda externa", respondeu o governante, quando questionado por Richard Quest, da CNN, se Portugal planeava recorrer a algum tipo de auxílio das instituições internacionais para reduzir o défice das finanças públicas.

Teixeira dos Santos sublinhou, de acordo com uma notícia da Lusa, que Portugal "tem um défice alto por causa da crise, mas em linha com a média da União Europeia (UE) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE)" e "uma dívida pública abaixo da média europeia".
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por Nyk » 5/2/2010 16:11

Recuperação económica não se fará apenas com "grandes projectos" ou "grandes empresas"
O Presidente da República, Cavaco Silva, defendeu hoje que a recuperação económica do país não depende essencialmente "dos grandes projectos" ou das "grandes empresas", mas das iniciativas empresariais de menos escala e das "comunidades locais".

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Lusa


O Presidente da República, Cavaco Silva, defendeu hoje que a recuperação económica do país não depende essencialmente "dos grandes projectos" ou das "grandes empresas", mas das iniciativas empresariais de menos escala e das "comunidades locais".

"Devemos estar bem conscientes que não conseguiremos levar por diante a recuperação económica pensando apenas nos grandes projectos, na produção realizada nas grandes cidades ou pelas grandes empresas. Não podemos dispensar a actividade que se realiza nos concelhos de pequena e média dimensão, nas pequenas empresas e no mundo rural", disse, no arranque da segunda jornada do Roteiro das Comunidades Locais Inovadoras.

No final de uma manhã em que visitou duas empresas de sucesso em Castelo Branco e inaugurou um centro de apoio tecnológico agro-alimentar, o Chefe de Estado manifestou-se "absolutamente convencido" que é em iniciativas deste tipo que está "o suplemento que precisamos para acelerar a recuperação económica e criar mais emprego".

Lembrando que as pequenas e médias empresas "representam cerca de 98 por cento" do tecido produtivo, o Presidente da República justificou, por isso, o seu "grande esforço e empenho" em "estimular as iniciativas" nas comunidades locais e mostrar os bons exemplos nelas existentes.

"Na conjuntura em que vivemos é importante que os portugueses conheçam os bons exemplos de inovação que existem em Portugal (...) porque isso estimula outras localidades a agirem, estimula agentes económicos, sociais e políticos a actuarem na mudança, ganharem competitividade, produzirem com qualidade e conquistarem mercados", salientou.

No distrito de Castelo Branco, Cavaco Silva disse ter encontrado "empresas que são líderes no mercado nacional e revelam interesse em continuarem instaladas no interior do país, inovando, apostando na qualidade e não perdendo a competitividade em relação aos seus concorrentes".

Acompanhado permanentemente pelo ex-Presidente da República Ramalho Eanes, pelo ministro da Agricultura, António Serrano, e pelo presidente da Câmara de Castelo Branco, Joaquim Morão, Cavaco Silva inaugurou um centro de apoio tecnológico no parque industrial de Castelo Branco, uma estrutura de iniciativa da autarquia, com apoio comunitário, que prestará apoio às empresas e agricultores locais.

Ainda no sector agro-alimentar, o Chefe de Estado visitou depois duas empresa -- a DANONE e a Lusitana, que fabrica a farinha Branca de Neve -- que conseguem prosperar apesar de terem a sua actividade no interior.
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por Nyk » 5/2/2010 14:33

Não há qualquer comparação entre Portugal e a Grécia"
Cavaco Silva criticou analistas e responsáveis europeus, considerando que "não há qualquer comparação entre Portugal e a Grécia", esperando que o mercado "analise com rigor os indicadores" nacionais.

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Vídeo RTP


Cavaco Silva criticou analistas e responsáveis europeus, considerando que “não há qualquer comparação entre Portugal e a Grécia”, esperando que o mercado “analise com rigor os indicadores” nacionais.
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
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por Nyk » 5/2/2010 14:20

OCDE
Sinais de retoma reforçam em Portugal ao contrário da Grécia
Portugal está a acompanhar a generalidade das economias europeias no reforço dos sinais que sugerem um fortalecimento da actividade económica. A Grécia é a excepção no panorama europeu, revelam os indicadores avançados hoje actualizados pela OCDE.

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Eva Gaspar
egaspar@negocios.pt


Portugal está a acompanhar a generalidade das economias europeias no reforço dos sinais que sugerem um fortalecimento da actividade económica. A Grécia é a excepção no panorama europeu, revelam os indicadores avançados hoje actualizados pela OCDE.

De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), o indicador avançado para Portugal subiu em Dezembro pelo nono mês consecutivo e ultrapassou pela primeira vez, desde pelo menos há um ano, a barreira dos 100 pontos, que corresponde à média de longo prazo, apontando para o prosseguimento de uma trajectória de recuperação económica.

O indicador avançado da OCDE – que tenta antecipar como a economia evoluirá nos próximos seis meses, antecipando inversões prováveis do ciclo económico – subiu, no caso de Portugal, de 99,90 em Novembro para 100,92 em Dezembro (último mês para o qual há dados disponíveis). Em Dezembro de 2008, o indicador cifrava-se em 93,47 pontos.

A variação mensal do indicador perdeu, no entanto, alguma amplitude entre Novembro (mais 1,09) e Dezembro (mais 1,02), numa tendência seguida pela média dos países da Zona Euro.

Já em termos homólogos, a variação foi amplificada, com o indicador a subir 7,45 pontos face a Dezembro de 2008, quase duplicando a subida homóloga observada em Novembro (4,85).

Grécia derrapa

A grande excepção no panorama de melhoria das perspectivas de retoma verifica-se na Grécia, sendo este o único dos países europeus membros da OCDE onde se registou, em Dezembro – e pelo segundo mês consecutivo – um recuo do indicador avançado.

No caso grego, a actividade económica parece ter perdido “pulso”, com o indicador avançado a recuar de 98,70 em Novembro para 98,58 em Dezembro, depois de ter atingido 98,74 em Outubro.

Em Espanha e na Irlanda, os sinais de restabelecimento da actividade económica continuaram, por seu turno, a fortalecer-se, mas com variações mensais mais ténues (0,57 e 0,16, respectivamente) do que as observadas em Portugal e no conjunto da Zona Euro.
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por Nyk » 5/2/2010 14:12

Cavaco Silva
"Observadores externos estão errados na análise que estão a fazer" a Portugal
O Presidente da República teceu duras críticas a analistas e responsáveis europeus pelos desenvolvimentos mais recentes e que estão a colar Portugal à Grécia. Cavaco Silva afirmou que "os observadores externos estão errados na análise que estão a fazer" a Portugal, considerando a declaração de Almunia "infeliz e incorrecta".

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Jornal de Negócios Online
negocios@negocios.pt


O Presidente da República teceu duras críticas a analistas e responsáveis europeus pelos desenvolvimentos mais recentes e que estão a colar Portugal à Grécia. Cavaco Silva afirmou que “os observadores externos estão errados na análise que estão a fazer” a Portugal, considerando a declaração de Almunia “infeliz e incorrecta”.
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por asrael » 4/2/2010 19:04

Caros amigos, este Portugal é sempre o mesmo.

Há quantos anos andamos a falar em sair da crise?
Primeiro foi o Guterres, agora vai ser o Socrates?
Que politicos são estes?
Será que é preciso vir alguém de fora para gerir o país?
Os pobres vão ter de se revoltar, ou então, os governantes têm de mudar as atitudes. Começando por diminuir os seus salários e reformas "gordas" que são uma vergonha comparadas com salários e reformas miseráveis da grande maioria do povo.

Com o mar aqui tão perto é preciso ter cuidado com as ondas e é bom que tenham colete salva vidas, caso seja necessário.

E se isto não mudar podem crer que vai haver revoluções mais cedo do que esperam.

Abraço.
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por Nyk » 4/2/2010 18:50

Juncker
"Portugal e Espanha não representam risco para Zona Euro"
"Portugal e Espanha não representam risco para a Zona Euro", disse hoje o primeiro-ministro e presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, que separa assim claramente a situação dos países da Península Ibérica da Grécia, algo que os mercados não parecem acreditar.

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Jornal de Negócios Online
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“Portugal e Espanha não representam risco para a Zona Euro”, disse hoje o primeiro-ministro e presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, que separa assim claramente a situação dos países da Península Ibérica da Grécia, algo que os mercados não parecem acreditar.

“Portugal e Espanha não representam risco para a Zona Euro”, disse Juncker, citado pela Bloomberg.

De maneira diferente parecem pensar os investidores, já que hoje os mercados mostraram uma forte preocupação com as contas pública de Portugal e Espanha, penalizando as bolsas de ambos os países.

Lisboa cedeu 4,98% e a praça de Madrid caiu 5,94%, a descida mais intensa em todo o mundo.
Os investidores atribuem parte destas fortes quedas às declarações de Joaquín Almunia, que comparou a situação da Grécia com a de Portugal e Espanha, o que originou já críticas do Governo espanhol e português.

A Comissão Europeia rejeitou hoje a acusação de que tenha sido ela a pôr Portugal e Espanha no mesmo plano da Grécia, precisando que as declarações de ontem de Joaquín Almunia foram feitas depois de uma pergunta em que se comparavam os países ibéricos ao caso grego.

“A comparação tem sido feita pela Imprensa. Não por nós. O que o comissário Almunia se limitou a fazer foi responder com factos que são sobejamente conhecidos de todos e fazendo questão de precisar que há problemas comuns a esses três países como a outros da Zona Euro”, disse Amélia Torres, porta-voz do comissário do Euro, ao Negócios.
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por seminarista » 4/2/2010 12:24

Hoje no Seminário :mrgreen: , estamos reflectindo sobre o pensamento proferido pelo nosso vigário Batista :lol: , acerca da triste realidade deste país, que de acordo com o que se vai escrevendo e ouvindo até parece ser uma grande surpresa :!: ...
Como por aqui dizemos, surpresa :shock: só para quem tem andadado iludido ou a "dormir", pois este momento já devia ser esperado e previsto há muito, não fosse a "esperteza saloia e inconsciente" :evil: daqueles que têm tido responsabilidades de decisão neste país e dos mentecaptos :wink: que á sua sombra têm vegetado. Tal como ontem já tinhamos referido, aqui estão incluindos todos (PR, PS, PSD, PP, BE, CDU, etc....)mas mesmo todos (câmaras, freguesias, direcções regionais, fundações, etc).
A solução é SANEAR toda essa gentalha, que só sairá pela "via da força", é preciso "fazer sangue", porque senão terão de ser os elementos válidos e com capacidade a abandonarem o país....não nos parece haver alternativa.
Quanto ao pensamento do nosso vigário Batista :lol: aqui vos deixo "Se o politico soubesse e o povo quisesse, nada havia que não se fizesse".
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por Nyk » 4/2/2010 10:40

Risco da dívida pública portuguesa volta a disparar
Os investidores estão a pressionar fortemente a dívida pública portuguesa. Os CDS atingiram um novo recorde, as "yields" das obrigações estão de novo em alta acentuada e a bolsa em forte queda.

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Nuno Carregueiro
nc@negocios.pt


Os investidores estão a pressionar fortemente a dívida pública portuguesa. Os CDS atingiram um novo recorde, as “yields” das obrigações estão de novo em alta acentuada e a bolsa em forte queda.

Os “credit default swaps” (CDS) da dívida pública portuguesa sobem 15 pontos base para um recorde de 211 pontos base, de acordo com Bloomberg, que cita dados da CMA Datavision.

A subida é mais acentuada em Portugal mas também se regista nos países agora denominados de “periféricos” da Zona Euro. Os CDS, instrumentos que permitem aos investidores se protegerem contra incumprimento na dívida, de Espanha sobem 12 pontos base para 164, os da Grécia caem 18 pontos base para 415,5, os de Itália avançam 7 pontos base para 138 e os da Irlanda avançam 6,5 pontos base para 169,5.

Os mercados estão assim a revelar um receio cada vez maior face à capacidade destes países controlarem as suas finanças públicas. Um receio que aumentou depois de ontem o comissário do euro, Joaquim Almunia, ter afirmado que os problemas da Grécia ocorrem também noutros países, como Portugal e Grécia.

Afirmações que ontem se repercutiram nos mercados, com os juros da dívida pública portuguesa a dispararem, o que se repete na sessão de hoje.

A “Yield” das obrigações do tesouro a 10 anos sobe 8 pontos base para 4,74%, o nível mais elevado em 11 meses. Na Grécia as “yields” avançam 4 pontos base e sobem 6 pontos base na Espanha.

A bolsa portuguesa está também em forte queda, com o PSI-20 cai 3,09%, depois de ontem ter perdido perto de 3%.
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por Nyk » 3/2/2010 21:15

Vacas magras espreitam-nos
por Francisco Dolores

A entrada do nosso País na Comunidade Europeia, hoje União Europeia, quase esqueceu mais de oito séculos de História, que sempre nos virou para os horizontes do Oceano, em busca de novas oportunidades de aventura, para encher estômagos, arredar os mouros da costa e empunhar a Cruz de Cristo.

O Alentejo cerealífero nunca nos saciou completamente e a tentação da planície ampla de cultivo de cereais do Norte de África, morreu com D. Sebastião na malfadada batalha de Alcácer Quibir. Nem as especiarias do Oriente nem o ouro do Brasil deram para matar a fome a todos

O designado Ultramar, um dos pretextos para uma república colonial, a dois tempos (1910-1926 / 1926-974) terminou com o 25 de Abril, e suas promessas, nem sempre cumpridas e ao sabor das vicissitudes do chamado fim da “Guerra Fria”, com a queda do “Muro de Berlim”.

Com a entrada de Portugal na União Europeia, muitos portugueses foram induzidos nas vantagens dos benefícios recebidos a rodo, mas que certamente foram maiores para certa classe política e dos magnatas de certos negócios, não tão transparentes como se desejava.

Foram anos de “vacas gordas”, onde muitos deixaram de aprender a poupar e a pensar no futuro dos filhos e netos e do próprio País, que já vai na sua mais longa crise histórica de definição de objectivos comuns, para apontarmos rumos ao futuro colectivo, no contexto da actual globalização.

Com a “roubalheira” e “desvios”, inicialmente postos a descoberto nos Estados Unidos da América, a verdade é que o Zé-povinho é quem “paga as favas” e “aperta o cinto”. Também em 1910 prometeram vender o “bacalhau a pataco” e depois foi o que se viu.

O Faraó dos tempos bíblicos teve o bom senso de chamar a José (do Egipto), para interpretar o seu sonho “das sete vacas gordas”, seguido das “sete vacas magras” (Génesis, 41). Agora, com todos os peritos na matéria, não atinam em arrumar a casa e pôr cobro a tanto desperdício perdulário, de uma sociedade que gasta mais do que tem, e não vê que as “vacas gordas” já passaram e as “vacas magras” estão a bater-nos à porta, a clamar um rumo para este País, onde todos possam viver com um mínimo de dignidade.
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por Nyk » 3/2/2010 19:04

Risco da dívida portuguesa é o que mais sobe no mundo
Eudora Ribeiro
03/02/10 15:40


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Portugal saltou para o centro das preocupações nos mercados de dívida internacionais.
O preço de subscrever um seguro contra o possível incumprimento de Portugal atingiu hoje um novo máximo histórico, nos 196 pontos. Os CDS sobre Obrigações a cinco anos são os que mais sobem em todo o mundo.

Os investidores estão a dar novos sinais de receio em relação a Portugal, o que é visível tanto na evolução do 'spread' das obrigações portuguesas a 10 anos como na evolução dos 'credit default swaps' (CDS) sobre Obrigações do Tesouro a cinco anos.

Segundo dados da CMA DataVision, os CDS portugueses estão a negociar nos 196,2 pontos, o valor mais elevado de sempre, o que significa que por cada 10 milhões de euros aplicados em dívida, os investidores têm de pagar um seguro anual de 196,2 mil euros.

Os CDS lusos são mesmo os que mais estão a subir em todo o mundo, isto porque, dizem os analistas, depois da Comissão Europeia ter hoje dado luz verde ao plano do Governo grego para descer o défice orçamental do país, os receios estão a voltar-se para os outros países que apresentam situações mais "delicadas".

Portugal parece ser um dos que se seguem, depois do Comissário Joaquin Almunia ter hoje afirmado que o país partilha com a Grécia alguns problemas como o défice elevado e a falta de competitividade, assim como a elevada necessidade de financiamento.

O comissário afirmou também que "a necessidade de corrigir os desequilíbrios orçamentais vai ter de ser reforçada para Portugal por causa do défice de 2009 e também de 2010, que ficaram ligeiramente acima do esperado".

Outro factor que está a condiconar a evolução dos indicadores de risco da dívida portuguesa é a emissão de bilhetes do tesouro nacionais realizada esta manhã.

Eram para ser colocados no mercado 500 milhões de euros de bilhetes do tesouro com maturidade de Janeiro de 2011, mas o IGCP optou por vender apenas 300 milhões, isto perante um juro 49 pontos percentuais acima da taxa oferecida na última emissão de Janeiro.

"Foi este o motivo. O mercado está agora muito ansioso em relação a Portugal, depois da Grécia, onde o problema também começou no sector da dívida de curto-prazo e depois se estendeu aos prazos mais longos", disse um operador citado pela 'Reuters'.

O 'spread' das obrigações do tesouro portuguesas a 10 anos, que é o prémio que os investidores exigem para comprar dívida portuguesa em vez das obrigações alemãs, que são a referência para o mercado, também está em alta, a negociar nos 144 pontos, o valor mais elevado desde Abril. Isto mesmo depois da Comissão Europeia ter manifestado hoje o seu apoio total aos planos do Governo grego para cortar o défice do país.

"A volatilidade é muito elevada devido à situação da Grécia. O IGCP normalmente coloca no mercado tudo o que planeia, ou mais, mas desta vez estava a ficar demasiado caro, por isso venderam menos", explicou o analista do BES, Rui Pereira, à Reuters.

Segundo operadores, o juro mais elevado proposto no leilão de hoje ascendeu a 2%, mas a única taxa aceite pelo IGCP foi de 1,379% que, ainda assim, é a mais alta desde Fevereiro do ano passado e 49 pontos percentuais acima do juro de 0,928% pago pelos bilhetes do tesouro vendidos a 20 de Janeiro.

Uma fonte de mercado em Londres afirmou que a venda de bilhetes do tesouro fez subir o 'spread' das obrigações do tesouro portuguesas a 10 anos, ou seja, o juro pago na emissão de dívida no curto prazo parece estar a afectar os prazos mais longos.
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por Bull Bull » 3/2/2010 18:46

daqui nada só nòs resta fazermos um sismo para haver perdão da dívida. Lol
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O aumento do IVA para 22% seria util...

por bboniek33 » 3/2/2010 18:05

pois poderia reforcar os fundos necessarios para acorrer ao Rendimento Minimo de Insercao e outros subsidios que soo tenderao a aumentar durante 2010 e 2011.

Certamente que no OE2011 veremos tal competente medida aplicada.

Oxala...
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