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Caldeirão da Bolsa

Portugal - Tópico Geral

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Nyk » 3/2/2010 18:01

O Comissário Europeu dos Assuntos Económicos admite que Portugal deverá reforçar as medidas de correcção do défice público, para cumprir os critérios de convergência de Bruxelas até 2013. A estas declarações sucedeu-se a forte queda das obrigações de tesouro portuguesas. José Sócrates não compreende o clima de “suspeição” em torno das finanças públicas portuguesas.

"Não compreendo que esta suspeição a propósito do meu país. É preciso que me expliquem em que a nossa situação difere da de outros países e em que (medida) ela é mais preocupante", afirmou José Sócrates, numa entrevista ao "Libération".
"Estamos em linha com o que se passou em todo o mundo na sequência da crise" e o défice público português cresceu "na mesma proporção" que o défice médio do G20 e da Zona Euro. O primeiro-ministro português relaciona a subida acentuada do défice, para 9,3 por cento do PIB de 2009, com o "esforço no orçamento para ajudar a nossa economia abalada pela crise mundial".

Sócrates sublinhou ainda os resultados da intervenção do Estado: "Portugal, como a França, foi dos primeiros países a sair da recessão técnica no segundo trimestre".

Almunia alerta para maior controlo

A entrevista do primeiro-ministro ao jornal francês é publicada no mesmo dia em que o Comissário Europeu dos Assuntos Económicos veio dizer que Portugal deve reforçar as medidas para corrigir o desequilíbrio das contas e o défice orçamental. Joaquín Almunia defende um maior controlo nas contas públicas portuguesas para que o que aconteceu o ano passado não se repita.

Na reunião de 15 de Fevereiro, os ministros das Finanças da Zona Euro vão fazer "as recomendações habituais para a correcção de desequilíbrios fiscais, que, no caso de Portugal, é verdade que precisa de ser reforçada, pois os valores do défice público para 2009 e as expectativas para 2010 foram ligeiramente superiores ao que se esperava", disse Joaquín Almunia.

O Orçamento de Estado para 2010 aponta para uma previsão de défice na ordem dos 8,3 por cento do PIB. Este valor deverá descer aos 3 por cento até 2013 se Portugal pretende cumprir a recomendação formal da UE. O Executivo de José Sócrates tem até Junho para "adoptar medidas eficazes necessárias para implementar a consolidação prevista", de 1,25 por cento por ano até 2013.

Juros da dívida pública portuguesa a subir

O clima de preocupação internacional com as finanças portuguesas, na sequência do anúncio dos valores do défice para 2009 e da previsão para 2010 e das declarações de Alumia, levaram à subida das "yields" das obrigações do tesouro. O juro dos bilhetes de tesouro com maturidade em Janeiro de 2011 subiu 49 por cento em relação ao mês passado.

A subida de 18 pontos base ocorreu logo após Almunia ter explicado o apoio ao plano de consolidação orçamental da Grécia e defendido que Portugal precisa de intensificar os esforços de redução do défice.

A subida deve-se ao facto de "o mercado está agora muito ansioso em relação a Portugal, depois da Grécia, onde o problema também começou no sector da dívida de curto-prazo e depois se estendeu aos prazos mais longos", explicou um investidor, citado pela agência Reuters. "O recente orçamento português não impressionou", acrescentou um investidor, citado pelo "Financial Times", para justificar a queda das obrigações portuguesas.

A Comissão Europeia aprovou esta quarta-feira o plano grego para melhorar os resultados, ficando estas sob um apertado escrutínio.

Governo planeia retirar estímulos à economia durante este ano

Na mesma manhã em que o Comissário Europeu dos Assuntos Económicos defendia a adopção de mais medidas para corrigir o défice, o secretário de Estado do Orçamento pré-anunciava a intenção do Governo em começar a retirar estímulos à economia já em 2010, embora de forma gradual.

Na conferência anual da Ordem dos Economistas, que tem como tema "Orçamento do Estado em Análise", Emanuel dos Santos voltou a dizer que o "objectivo é ter um défice em 2013 abaixo dos três por cento".

O anúncio do secretário de Estado do Orçamento não colhe unanimidade entre os economistas. João Ferreira do Amaral entende, pelos dados disponíveis, que retirar os estímulos à economia é uma medida "prematura". "Se a actividade económica evoluir mais favoravelmente do que se prevê, pode ser que faça sentido, daqui a algum tempo retirar estes estímulos", disse o economista do ISEG.

Entre os economistas que manifestam reticências aos propósitos do governo está o bastonário da Ordem, Murteira Nabo. Defende que "não podemos tirar os estímulos, senão corremos o risco de o desemprego aumentar ainda mais, Eu não tirava ainda em 2010". "Para mim, 2010 é um ano de transição, entre o impacto da crise económica de 2009, que tem efeitos fiscais ainda grandes em 2010, e o início da recuperação económica, que a meu ver, só se dará no segundo semestre", acrescentou.
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por Nyk » 3/2/2010 16:11

Atingem máximos desde Março de 2009
Juros da dívida disparam com mercado mais apreensivo com Portugal
As "yields" das obrigações do tesouro portuguesas estão hoje de novo em forte alta, numa altura em que as preocupações dos investidores se desviam para Portugal depois da Comissão Europeia ter dado apoio ao plano da Grécia de consolidação orçamental, afirmam analistas.

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Nuno Carregueiro
nc@negocios.pt


As “yields” das obrigações do tesouro portuguesas estão hoje de novo em forte alta, numa altura em que as preocupações dos investidores se desviam para Portugal depois da Comissão Europeia ter dado apoio ao plano da Grécia de consolidação orçamental, afirmam analistas.

As obrigações do tesouro a 10 anos estão em forte queda, elevando a rentabilidade dos títulos para 4,629%, um novo máximo desde Março de 2009. A subida de 18 pontos base ocorreu logo depois de Almunia ter, na conferência de imprensa em que explicou o apoio ao plano de consolidação orçamental da Grécia, afirmado que Portugal precisa de intensificar os esforços de redução do défice.

“Depois da Grécia ter surgido com novas medidas e um plano rigoroso, o mercado começou a olhar para a próxima economia mais fraca da Zona Euro para vender. O recente orçamento português não impressionou”, disse um investidor ao “Financial Times”, para
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por seminarista » 3/2/2010 13:53

Hoje durante a manhã, houve bastante alvoroço :evil: aqui no Seminário, consequência do tema "Redução dos salários" que o nosso vigário Batista :mrgreen: ouvira.
Como é seu hábito, começou por citar um provérbio "Com vento se limpa o trigo, e os vícios com castigo" :( , que naturalmente nos deve sugerir reflexão.
Se nos reportarmos apenas á necessidade técnica da medida, pensamos que a mesma não deverá suscitar contestação, aliás apenas peca por tardia face naturalmente á nossa triste realidade, para onde nos deixámos arrastar :oops:
Sim deixámos :!: , porque a culpa não é apenas dos politicos...aliás é tipico de muitos portugueses atribuirem as culpas aos outros ou á falta de sorte/azar :roll:
Aqui no Seminário, entendemos que o maior problema para a implementação desta medida será a falta de aceitação :twisted: (atenção que é diferente de concordância :wink: )que as pessoas irão manifestar, pois a credibilidade dos responsavéis pela sua aplicação é muito negativa....atenção que esta credibilidae negativa não é apenas para aqueles que lá estão agora, é para TODOS (PR, PS, PSD, PP, BE, CDU, toda a classe :?: :!: politica portuguesa.
Aliás, reforço mais, com estes politicos existentes as medidas não serão aceites nem cumpridas, ou melhor, só serão cumpridas se forem exercidas de forma coerciva, e isso no nosso vocábulo do Seminário é ROUBO.
Acham que as pessoas estarão disposta a serem roubadas de forma passiva??? Não creio.
Segundo o vigário Batista, "ainda agora a procissão vai noa adro".
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Tal como anteriormente preconizado...

por bboniek33 » 3/2/2010 12:50

ontem o Teixeira quase levou uns estalos do pagode do BPP.

Aquilo com uns estaladoes bem puxados a gajada do governo e seus acolitos da pseudo-oposicao comec,ariam a ter mais respeito.

Ee chegar-lhes a roupa ao pelo...
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por Nyk » 3/2/2010 12:46

Almunia
Portugal vai ter de "intensificar" redução do défice
O Governo português vai ter de "intensificar" o ritmo de consolidação orçamental, depois de ter revelado valores para o défice de 2009 e previsões para 2010 "ligeiramente superiores ao esperado".

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Eva Gaspar
egaspar@negocios.pt


O Governo português vai ter de “intensificar” o ritmo de consolidação orçamental, depois de ter revelado valores para o défice de 2009 e previsões para 2010 “ligeiramente superiores ao esperado”.

A recomendação foi feita esta manhã pelo comissário europeu dos Assuntos Económicos, Joaquin Almunia, depois de ter sido questionado sobre o que espera de Lisboa, agora que se sabe que o défice orçamental terá sido de 9,3% do PIB em 2009, o que corresponde a um máximo histórico, e que o valor inscrito na proposta de Orçamento do Estado para 2010 é de 8,3%.

Portugal comprometeu-se com Bruxelas a baixar o défice para o máximo de 3% do PIB até 2013, à semelhança da quase totalidade dos países do euro, que entraram em "derrapagem" na sequência da crise.

Ontem, na conferência sobre “O Estado e a competitividade da economia portuguesa”, organizada pela Antena1 e pelo Negócios, o governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, disse que essa meta só poderá ser alcançada com “novas e difíceis medidas” do lado da despesa e que dificilmente o Governo conseguirá evitar um aumento dos impostos indirectos, como o IVA. O não aumento da carga fiscal é uma das promessas eleitorais do PS.
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por Nyk » 2/2/2010 14:20

FMI alerta
Portugal, Espanha e Grécia vão ter que baixar salários
O economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) defendeu que Portugal, Espanha e Grécia vão ter que baixar salários devido à situação das suas finanças públicas.

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Jornal de Negócios Online
negocios@negocios.pt


O economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) defendeu que Portugal, Espanha e Grécia vão ter que baixar salários devido à situação das suas finanças públicas.

Para Olivier (na foto) esta é a melhor forma de recuperar competitividade, reanimar o emprego e fortalecer a recuperação da economia. "O restabelecimento da competitividade pode necessitar de grandes sacrifícios, como uma redução salarial", disse o responsável do FMI numa entrevista concedida ao jornal francês "Les Echos", citada pelo "El País".

"Devido à crise, Portugal, Espanha e Grécia enfrentam sérias dificuldades que implicam ajustes muito penosos, sobretudo quando a taxa de inflação é muito baixa", acrescentou Olivier Blanchard.

O Orçamento do Estado para 2010 prevê que Portugal tenha terminado 2009 com um défice orçamental de 9,3%. O Governo já garantiu que este ano não vão haver aumentos salariais na função pública.
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por seminarista » 2/2/2010 0:14

Aqui no Seminário, para caracterizarmos a situação real deste país, que dá pelo nome de Portugal,utilizamos uma das velhas expressões do vigário Batista :shock: "Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão".
Visto daqui :?: , ou seja do Seminário :mrgreen: ,quem tem politicos desta categoria :roll: e um povo com a formação do português :oops: estará á espera do quê???? :?:
Milagres :shock:
Na realidade a grande maioria dos politicos nada sabe fazer sendo mesmo incompetentes,manifestam um desconhecimento por ignorância da realidade e fazem-se "rodear" de outros tantos mentecaptos que ainda são piores que eles......
O povo, que são todos os outros, dividem-se em várias categorias: os de mais idade, que estão reformados e que "viveram noutras épocas" não conseguiram acompanhar a triste "evolução" da sociedade e portanto vivem alienados, só contando para votar; depois temos os jovens (20-30 anos) em que a grande maioria está desfasada da realidade, ou seja, vivem o "momento", o presente, não conhecendo o passado nem se preocupando com o futuro, portanto com mente disponível para ser "fecundada" pelos ideais dos politicos, afinal é aqui que procuram investir; os jovens com menos de 20 anos, que vivem a "realidade virtual" procurando nunca crescer e desejando que o estado de situação perdure por tempo indefinido; depois temos ainda a franja perigosa da sociedade, os individuos que estão entre os 30-40 anos, infelizmente habilitados no pós 25 Abril, ignorantes mas presunçosos e prepotentes, capazes de tudo, menos trabalhar, para alcançarem os seus objectivos pessoais.Por fim temos o pessoal dos 40-65 anos, que se divide em 2 grupos em função da sua formação académica, mas que têm em comum a "experiência do saber fazendo", sendo os únicos que conhecem e sentem a tristeza da realidade actual do país, que estão em desmotivação crescente mas que são os únicos capazes de alterar o estado actual da situação. São estes a solução do país, são estes que podem apontar o rumo que devemos seguir...são estes que sabem donde viemos, onde estamos e para onde devemos ir.
Meditem nesta informação, façam uma análise ao vosso redor e construam a vossa realidade, e não se iludam pela "realidade" dos politicos.
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por mfsr1980 » 1/2/2010 17:33

Até aposto que mal caia o governo e os aduladores transformar-se-ão nos coveiros do PS!
Sempre foi assim.
 
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Nao sei se jaa vos disse...

por bboniek33 » 1/2/2010 14:26

...mas estas questoes soo se resolvem aa porrada. Quer dizer, podemos tentar mudar o quadro partidario e daii resultarem algumas melhorias, mas nada seraa significativo. O esquema inter-partidario (principalmente o "arco de partidos de governo") jaa estaa anquilosado e os negocios entre as forcas politicas impedirao verdadeiras reformas.

Daii, se preconizar o recurso aa porradaria como unica forma de alterar este estado de coisas. Em concreto aventaria a possibilidade de desancar uns quantos agentes politicos que teem contribuido ao longo de muitos anos para a falencia do sistema, mais uns tabefes neste e naquele, se apanhasse algum inocente (se ee que os haa...) paciencia, tentava-se arreiar mais nos piores mas estas coisas teem uma larga margem de erro.

Bom... mas nada de violencias ! Nao sou apologista de utilizacao de armas ou mesmo projecteis manuais (pedras) ou mocas e afins, tipo barrotes 4X6 ou bastoes de borracha. Tudo se trataria com recurso cirurgico a uma porradaria "maos-limpas": karate, tae-kwan-do, etc. Igualmente aceitavel seraa o uso do vulgar estaladao, calduc,os e pontapes no sim-senhor.

Ora estes metodos acima descritos provaram historicamente a obtencao de excelentes resultados na educacao dos esbirros que nos roubam diariamente. Tanto se aplica ao ladrao de carteiras como ao politico ordinario e vendido.

O que ee certo ee que soo aa chapada o cenario actual poderaa regressar ao terreno das "boas-practicas" politicas.

Nao custa nada tentar...
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por Scorpio » 1/2/2010 13:13

Sect Escreveu:
mfsr1980 Escreveu:É preciso começar a agir...
Primeiro há que destituir este governo de funções, RUA JÁ!
Depois há que criar um Tribunal Especial para julgar toda esta trupe que nos andou a comer estes anos todos!
Só descanço quando vir o Sócrates preso!


A tipica conversa de povinho...


Concordo com o Sect. Neste tema em particular, decerto que PSD, CDS ou ambos fariam muito mais para ajudar os trabalhadores com vínculos precários. :roll:

Um abraço.
"The Best Way To Predict Your Future Is To Create It"
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por mfsr1980 » 31/1/2010 23:11

Ninguém me convence que sejam os mesmos que nos deixaram neste buraco que nos virão salvar!
Valerá a pena condicionarmos a nossa actuação pela empresas de rating? Não restam dúvidas que o rating baixará!
Isto não tem ponta por onde se lhe pegue!
NÃO HÁ JUSTIÇA, NÃO HÁ NADA!
Uma politíca reles de encher "coelhone" e o resto do pessoal no desemprego para mim não serve!

Abraço mfsr1980

PS: Quando se quer uma casa limpa, tem de se varrer o lixo!
 
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por DC89 » 31/1/2010 21:51

mfsr1980 Escreveu:É preciso começar a agir...
Primeiro há que destituir este governo de funções, RUA JÁ!
Depois há que criar um Tribunal Especial para julgar toda esta trupe que nos andou a comer estes anos todos!
Só descanço quando vir o Sócrates preso!


A tipica conversa de povinho...
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por mfsr1980 » 31/1/2010 18:18

Para mudar o País é preciso começar por mudar de governo. Significa cortar com 15 anos de despudor, mentira e conversa fiada. Depois é só castigar os erros!
 
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por bolo » 31/1/2010 17:53

Concordo no que respeita ao salário mínimo que é muito baixo. Não me peçam para viver com ele!

Mas, por outro lado, quantas pessoas orientaram a vida dos seus filhos e as suas próprias vidas para um objectivo mínimo, para uma escolaridade mínima, para um método mínimo, para um esforço mínimo?! Muitas vezes não o terão feito inconscientemente ou até inevitavelmente, mas para fugir a uma regra ou a uma tendência é preciso investimento nessa quebra. Queremos rendimento: houve investimento?

Eu também aguento mais 100€, 200€/mês, o dobro ou o triplo do meu salário e ando até a reflectir se era capaz de aguentar o euromilhões sem estragar a minha vida. Por isso, esta questão é muito subjectiva.

Enquando não tenho um destes incrementos ou uma combinação deles, tenho que fazer escolhas na vida, algumas fáceis outras mais duras e outras que nem estou disposto a fazer porque dariam muito trabalho ou são incertas. Para já vou continuar a recorrer ao meu chefe...
Editado pela última vez por bolo em 31/1/2010 22:04, num total de 1 vez.
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por EALM » 31/1/2010 17:24

bolo Escreveu:
mfsr1980 Escreveu:É preciso começar a agir...
Primeiro há que destituir este governo de funções, RUA JÁ!
Depois há que criar um Tribunal Especial para julgar toda esta trupe que nos andou a comer estes anos todos!
Só descanço quando vir o Sócrates preso!


Com tanta gente boa e a saber como se governaria o país, teve logo que nos calhar essa pessoa chamada Sócrates!

EALM Escreveu:É que todo este declínio nas condições de trabalho e baixos rendimentos vai causar (e já está a causar) um forte decréscimo nos nascimentos.


O envelhecimento da população é uma tendência generalizada na Europa, mas mais uma vez, será uma crise que nos vai afectar particularmente com maior intensidade, com grandes impactos na Sociedade.



Como tu dizes é uma tendência e não a causa directa de uma acção do governo.
Arrisco a dizer que até há 50 anos, quando a média de filhos por família, e fora dela, era bem maior, o rendimento per-capita nem chegava perto em termos reais e equiparados.
Paradigmas de hábitos, valores e prioridades das pessoas de uma sociedade num determinado tempo.


Sim, concordo, mas a instabilidade era bem menor. Nesse tempo tu conseguias estabilizar de uma forma ou outra ao fim de alguns anos. E eu não quiz atribuir culpas a este governo. Mas cada governo que passa ignora este problema, tal como ignoraram outros no passado (por exemplo, em menor escala nos anos 90 o não ter aberto cursos de medicina quando se previa faltassem médicos no futuro, embora houvesse Univs nteressadas).

Hoje, para o bem e para o mal, a mobilidade é muito maior, acabaram os empregos para toda a vida, etc... Isto não é necessariamente mau em si mesmo, mas é preciso perceber que ao exigir mais de cada um de nós, as profissões de hoje deviam ser mais bem remuneradas, de modo a compensar esses factores. Deste modo, poderias pagar a quem ficasse com os fihos durante o dia, etc...
Não podemos pagar salários milioários a várias pessoas quando temos tanta gente que com +100 ou 200 eur/ mes podia dar um salto qualitativo na sua vida.

Este é o problema que nos atinge e que vai piorar muito. É uma discussão bastante complexa, eu sei. Na MHO acredito que por sermos um país tão desiquilibrado em termos de maiores salários/ menores salários, este problema vai ser particularmente grave. A classe média começa a cortar em tudo, até no número de filhos. Exige-se muito ao trabalhador de hoje (e bem!) mas não vejo um caminho traçado para compensar quem realmente trabalha e se esforça e/ou políticas para apoio à natalidade.

Já sei que vão argumentar quye não há riqueza para distribuir , etc, mas eu simplesmente não acredito nisso. Mas eu não advogo "dar" de mão beijada nada a ninguém. Advogo sim apenas compensar justamente em proporção ao que se trabalha. É intolerável haver POBRES que trabalham. Isto sim, vai ser a desgraça do país, quando o trabalho não chega para ter uma vida desafogada. Algo vai mal...
 
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por bolo » 31/1/2010 13:53

mfsr1980 Escreveu:É preciso começar a agir...
Primeiro há que destituir este governo de funções, RUA JÁ!
Depois há que criar um Tribunal Especial para julgar toda esta trupe que nos andou a comer estes anos todos!
Só descanço quando vir o Sócrates preso!


Com tanta gente boa e a saber como se governaria o país, teve logo que nos calhar essa pessoa chamada Sócrates!

EALM Escreveu:É que todo este declínio nas condições de trabalho e baixos rendimentos vai causar (e já está a causar) um forte decréscimo nos nascimentos.


O envelhecimento da população é uma tendência generalizada na Europa, mas mais uma vez, será uma crise que nos vai afectar particularmente com maior intensidade, com grandes impactos na Sociedade.



Como tu dizes é uma tendência e não a causa directa de uma acção do governo.
Arrisco a dizer que até há 50 anos, quando a média de filhos por família, e fora dela, era bem maior, o rendimento per-capita nem chegava perto em termos reais e equiparados.

Paradigmas de hábitos, valores e prioridades das pessoas de uma sociedade num determinado tempo.
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por EALM » 31/1/2010 13:48

Há um enorme problema que os nossos governantes andam a esquecer e que nos vai atingir fortemente.

É que todo este declínio nas condições de trabalho e baixos rendimentos vai causar (e já está a causar) um forte decréscimo nos nascimentos.

Daqui a uns anos seremos um país de velhos com meia dúzia de jovens em idade activa a ter que suportar as receitas de que o Estado não abdica.

O envelhecimento da população é uma tendência generalizada na Europa, mas mais uma vez, será uma crise que nos vai afectar particularmente com maior intensidade, com grandes impactos na Sociedade.

Não se pode pensar que um País tem futuro quando as famílias não têm condições para gerar descendência.
 
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por Nyk » 31/1/2010 12:37

Dívida obriga Portugal a seduzir os novos ricos: Brasil e China

Finanças admitem também promoção da dívida pública portuguesa em Angola. Ideia é diversificar financiamento.


A dívida pública portuguesa vai crescer cerca de 16 mil milhões de euros em 2010 e torna-se necessário diversificar os financiadores potenciais da república - é assim que pensa a equipa do Ministério das Finanças, que este ano vai intensificar a promoção da dívida e da economia portuguesa em mercados alternativos e com dinheiro para gastar, em especial na Ásia e na América do Sul.

"Há uma preocupação central de diversificação geográfica e da base dos investidores em dívida pública portuguesa", assegurou ao i Carlos Costa Pina, secretário de Estado do Tesouro. "Para além dos mercados tradicionais da Europa, Estados Unidos e Japão, há outros mercados onde temos vindo a fazer uma aposta na captação de investidores para a nossa dívida pública, seja na Ásia, como é o caso da China, seja no Brasil, onde detectamos reservas de liquidez disponíveis", acrescentou. Costa Pina admitiu também que Angola está nos alvos do esforço de promoção português. "E porque não?", respondeu ao i.

China e Brasil, duas economias emergentes que resistiram bem à crise financeira mundial, estão no topo da lista dos países com maior acumulação de reservas monetárias (ver gráfico). A força das exportações chinesas e do petróleo e das matérias-primas brasileiras explica grande parte do ritmo de acumulação de reservas destes países.

A ideia de diversificação ocorre num cenário de forte concentração geográfica dos financiadores de Portugal em países que também são os principais mercados de exportação, como Reino Unido, Alemanha, França e Espanha. Em 2009, mais de 80% da dívida emitida foi comprada por estrangeiros - os investidores britânicos, alemães, franceses e austríacos emprestaram mais de metade do dinheiro pedido pelo Estado português, segundo o "Público".

Mas diversificar é também uma forma de competir com as outras economias desenvolvidas, que estão a colocar cada vez mais dívida soberana no mercado - e só no primeiro trimestre deste ano o IGCP quer colocar entre 5,5 e 7,25 mil milhões de euros. No trabalho de promoção da dívida portuguesa, o Instituto de Gestão do Crédito Público centra--se em investidores institucionais públicos e privados (bancos, gestores de fundos e fundos de pensões). Neste plano de concorrência, Portugal enfrenta problemas acrescidos de credibilidade, com os investidores, as agências de rating e os media internacionais a colarem a imagem do país à da Grécia, minada por uma crise grave das contas públicas.

O secretário de Estado do Tesouro reconhece o problema, mas rejeita comparações. "Basta olhar para os números. O nosso rácio de dívida pública [77% do PIB em 2009] está em linha com a média em toda a zona euro, e se olharmos para os spreads da dívida pública a dez anos em 2009 verificamos que Portugal fechou o ano com um acréscimo de 54 pontos- -base, que foi o mesmo acréscimo verificado na divida pública alemã", apontou. "Não vejo que haja razões técnicas ou relativas às finanças públicas em Portugal e na Grécia que justifiquem essa comparação." Com Ana Suspiro
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por mfsr1980 » 31/1/2010 12:30

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Portugal - Tópico Geral

por Nyk » 31/1/2010 12:16

31 Janeiro 2010 - 00h30

Trabalho: Empresas preferem recorrer a temporários
846 mil precários no País
Há cada vez mais precários em Portugal. Numa altura em que a crise ainda pressiona os níveis de desemprego, são cada vez mais os portugueses que apenas conseguem um vínculo laboral precário. Encontra-se nesta situação perto de um milhão de pessoas.


De acordo com os dados do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) publicados este mês, havia 846 mil portugueses com um contrato de trabalho a prazo ou a recibos verdes no terceiro trimestre de 2009. Apesar de ser um valor inferior ao verificado em 2008 e parte de 2007, anos marcados pela crise financeira internacional, é um número bastante superior à média verificada nos anos anteriores, que se fixou nos 750 mil precários.

O principal motivo de inscrição nos centros de emprego é exactamente o fim do trabalho não permanente, que totaliza 41 por cento das razões para se estar inscrito. Sem surpresas em tempo de crise, os que tomam a iniciativa de se despedir estão em franca minoria.

O economista Eugénio Rosa mostra-se preocupado com este aumento e critica as iniciativas do Governo para combater o desemprego. O membro da CGTP dá ainda exemplos em que o Governo está a criar um tipo de trabalho mal pago e exemplifica com casos reais: "Uma mulher que está a receber 380 euros do subsídio de desemprego, através da inserção profissional, foi colocada num centro de saúde, que lhe paga mais 20% do subsídio. São 456 euros, mas quando o subsídio acabar vai para a rua. Continua desempregada e já esgotou o subsídio. Faz o quê?", questiona Eugénio Rosa.

O economista teme que se este regime for alargado às empresas, os patrões apenas se irão aproveitar para ter trabalho barato, pagando apenas uma percentagem do salário e não contratando efectivamente ninguém.

O Governo anunciou 17 medidas que prevêem que os de-sempregados sem subsídio tenham direito a estágios pagos. No total, vão ser gastos 490 milhões de euros numa iniciativa que, estima a ministra Helena André, atinja 760 mil pessoas.

PORMENORES

AUTARQUIAS

Os contratos precários nas autarquias do País atingem 25 mil trabalhadores, cerca de 20% do total de funcionários dos municípios, segundo o relatório da Direcção-Geral das Autarquias Locais.

CGTP

De acordo com o coordenador geral da CGTP, Carvalho da Silva, o número real de precários no País chega aos dois milhões de portugueses.

AVISO DA OIT

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) alerta que mais de metade dos trabalhadores em todo o Mundo, cerca de mil e quinhentos milhões de pessoas, tem empregos precários.

DESEMPREGO

A taxa de desemprego aumentou em Portugal no mês passado para os 10,4 por cento, registando uma subida de uma décima em relação a Novembro, segundo dados do Eurostat.

JOVENS

Há cada vez mais jovens licenciados a aceitar trabalhos abaixo das suas qualificações

DISCURSO DIRECTO

"GOVERNO VAI CRIAR TRABALHO BARATO", Eugénio Rosa, Economista e membro da CGTP

Correio da Manhã – O aumento dos precários é apenas resultado da crise económica?

Eugénio Rosa – O que os números mostram é que há cada vez mais empresas a recorrer ao trabalho temporário para poupar nos custos. Os próprios contratados a termo são os primeiros a ir para dar lugar ao outsourcing e a algum mercado informal de trabalho, para fugirem aos encargos sociais.

– Acredita que a Iniciativa para o Emprego 2010 pode inverter a tendência da precariedade?

– Nenhuma empresa vai contratar só porque paga menos 1% à Segurança Social. Vai sim criar um mercado de trabalho barato para as empresas se aproveitarem. Não é este o caminho a seguir se o Governo quiser criar emprego estável em Portugal.

– Os números mostram que os mais qualificados com emprego são cada vez menos. Isso demonstra uma ‘fuga de cérebros’ para o estrangeiro?

– Há alguns que emigram mas a destruição do emprego tem sido nos extremos: nos mais bem qualificados e nos trabalhadores com baixa escolaridade.





Pedro H. Gonçalves
Editado pela última vez por Nyk em 18/8/2011 21:06, num total de 2 vezes.
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