PS quer rendimentos à vista de todos na Internet
PS quer rendimentos à vista de todos na Internet (act.)
"Todos os rendimentos declarados, de todos os cidadãos do País, vão ficar à vista de todos os que quiserem ver, na Internet". A notícia é avançada hoje pelo "Diário de Notícias" que a sustenta num projecto de lei que o PS tenciona apresentar "muito brevemente" na Assembleia da República.
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Jornal de Negócios Online
negocios@negocios.pt
“Todos os rendimentos declarados, de todos os cidadãos do País, vão ficar à vista de todos os que quiserem ver, na Internet”. A notícia é avançada hoje pelo “Diário de Notícias” que a sustenta num projecto de lei que o PS tenciona apresentar “muito brevemente” na Assembleia da República.
De acordo com o jornal, a bancada socialista quer tornar públicos todos os rendimentos brutos declarados de todos os contribuintes. “Sem o imposto final pago, sem as despesas reembolsáveis (despesas de saúde, educação, etc.), mas com o rendimento bruto anual declarado”. O “DN” acrescenta porém que esta listagem surgiria sem a identificação do contribuinte.
Esta será a principal proposta que o PS enviará para a comissão parlamentar criada para o combate à corrupção - que só em Julho votará as novas leis para este efeito. Os principais autores da proposta são Jorge Strecht Ribeiro, Afonso Candal e Mota Andrade, todos membros da direcção da bancada parlamentar do PS, sublinha o jornal.
O diário lembra que o projecto dificilmente terá apoio à direita (o PSD e o CDS votaram contra os projectos liberalizando o sigilo das contas bancárias), mas poderá ser bem recebido à esquerda.
“O projecto é a resposta socialista a outros que foram apresentados pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP sobre sigilo bancário. Os dois partidos consideraram - embora depois concretizando de forma diferente - que é por via das contas bancárias que se detectam os rendimentos não declarados ao fisco”, acrescenta o jornal.
Em declarações à agência Lusa, o deputado do PS Jorge Strecht Ribeiro (um dos autores da proposta) explicou que a medida, "menos drástica" do que a já existente para os titulares de altos cargos públicos e políticos, é "puramente preventiva" visando uma mudança de comportamento de quem não cumpre.
"Não se trata de cada um de nós ter acesso directo às declarações dos outros nem se o rendimento vem do trabalho, da pensão ou do capital (...) mas apenas e só do acesso público ao rendimento público de cada um de nós", disse.
Para Jorge Strecht Ribeiro, com o levantamento parcial do sigilo fiscal "as pessoas passarão a interiorizar um comportamento mais adequado, ter a noção de que o país sabe ou pode saber das suas manigâncias", referiu.
"É uma medida puramente preventiva, levanta preventivamente o sigilo fiscal (...) mas levanta o suficiente para que cada um de nós possa ter consciência que a comunidade nos olha (...) isso alterará a prazo a forma como nos comportamos", considerou. Esta é, de resto, a solução já adoptada pelos países nórdicos ou pelos Estados Unidos.
"Parece-nos razoável que, sendo nós um imenso condomínio de 10 milhões, cada um de nós saiba a permilagem de cada um dos outros para sabermos se há um efectivo contributo que corresponda àquilo que é o bocado que temos neste imenso latifúndio", comparou.
"Todos os rendimentos declarados, de todos os cidadãos do País, vão ficar à vista de todos os que quiserem ver, na Internet". A notícia é avançada hoje pelo "Diário de Notícias" que a sustenta num projecto de lei que o PS tenciona apresentar "muito brevemente" na Assembleia da República.
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“Todos os rendimentos declarados, de todos os cidadãos do País, vão ficar à vista de todos os que quiserem ver, na Internet”. A notícia é avançada hoje pelo “Diário de Notícias” que a sustenta num projecto de lei que o PS tenciona apresentar “muito brevemente” na Assembleia da República.
De acordo com o jornal, a bancada socialista quer tornar públicos todos os rendimentos brutos declarados de todos os contribuintes. “Sem o imposto final pago, sem as despesas reembolsáveis (despesas de saúde, educação, etc.), mas com o rendimento bruto anual declarado”. O “DN” acrescenta porém que esta listagem surgiria sem a identificação do contribuinte.
Esta será a principal proposta que o PS enviará para a comissão parlamentar criada para o combate à corrupção - que só em Julho votará as novas leis para este efeito. Os principais autores da proposta são Jorge Strecht Ribeiro, Afonso Candal e Mota Andrade, todos membros da direcção da bancada parlamentar do PS, sublinha o jornal.
O diário lembra que o projecto dificilmente terá apoio à direita (o PSD e o CDS votaram contra os projectos liberalizando o sigilo das contas bancárias), mas poderá ser bem recebido à esquerda.
“O projecto é a resposta socialista a outros que foram apresentados pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP sobre sigilo bancário. Os dois partidos consideraram - embora depois concretizando de forma diferente - que é por via das contas bancárias que se detectam os rendimentos não declarados ao fisco”, acrescenta o jornal.
Em declarações à agência Lusa, o deputado do PS Jorge Strecht Ribeiro (um dos autores da proposta) explicou que a medida, "menos drástica" do que a já existente para os titulares de altos cargos públicos e políticos, é "puramente preventiva" visando uma mudança de comportamento de quem não cumpre.
"Não se trata de cada um de nós ter acesso directo às declarações dos outros nem se o rendimento vem do trabalho, da pensão ou do capital (...) mas apenas e só do acesso público ao rendimento público de cada um de nós", disse.
Para Jorge Strecht Ribeiro, com o levantamento parcial do sigilo fiscal "as pessoas passarão a interiorizar um comportamento mais adequado, ter a noção de que o país sabe ou pode saber das suas manigâncias", referiu.
"É uma medida puramente preventiva, levanta preventivamente o sigilo fiscal (...) mas levanta o suficiente para que cada um de nós possa ter consciência que a comunidade nos olha (...) isso alterará a prazo a forma como nos comportamos", considerou. Esta é, de resto, a solução já adoptada pelos países nórdicos ou pelos Estados Unidos.
"Parece-nos razoável que, sendo nós um imenso condomínio de 10 milhões, cada um de nós saiba a permilagem de cada um dos outros para sabermos se há um efectivo contributo que corresponda àquilo que é o bocado que temos neste imenso latifúndio", comparou.
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
Concordo plenamente com esta medida !
Traraa transparencia onde a mesma tem faltado e permitiraa combater energicamente a corrupcao e outros crimes dificeis de investigar.
Contudo, duvido que o PS esteja honestamente interessado em implementar esta ideia... acabarao por recuar. Puro estilo PS.
Contudo, duvido que o PS esteja honestamente interessado em implementar esta ideia... acabarao por recuar. Puro estilo PS.

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dfviegas Escreveu:Vai ser mesmo bonito colegas de trabalho a verem rendimentos uns dos outros, depois os comentários e aquele ganha isto e aquilo, vai ser uma revolução sim senhor, mas a minha pergunta mantem-se o que é que vai adiantar saber-se dos rendimentos do colega, vizinho do lado é bufar ás finanças, que ele tem um vivendão e um grande mercedes e declara 10.000 ano, é esse o objectivo?
A solução já a apresentei acima é exequivel, transparente e eficiente.
Só existe uma maneira de escapar off-shores, o $$$ debaixo do colchão.
Mais bonito que as discussões no trabalho vai ser os ladrões a utilizarem esta ferramenta para escolherem que casas assaltar.
É o novo conceito de "stock picking".
Be Galt. Wear the message!
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
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Branc0 Escreveu:A revolução está em curso meus amigos, e entristece-me a resistência que alguns membros das classes sociais mais beneficiadas parecem demonstrar.
Quem acha que pode ser descriminado pelo dinheiro que tem, é porque tem muito. Todos sabemos que os pobres não são descriminados.
Regozijem-se camaradas, o sonho está mais perto.
Vai ser mesmo bonito colegas de trabalho a verem rendimentos uns dos outros, depois os comentários e aquele ganha isto e aquilo, vai ser uma revolução sim senhor, mas a minha pergunta mantem-se o que é que vai adiantar saber-se dos rendimentos do colega, vizinho do lado é bufar ás finanças, que ele tem um vivendão e um grande mercedes e declara 10.000 ano, é esse o objectivo?
A solução já a apresentei acima é exequivel, transparente e eficiente.
Só existe uma maneira de escapar off-shores, o $$$ debaixo do colchão.
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A revolução está em curso meus amigos, e entristece-me a resistência que alguns membros das classes sociais mais beneficiadas parecem demonstrar.
Quem acha que pode ser descriminado pelo dinheiro que tem, é porque tem muito. Todos sabemos que os pobres não são descriminados.
Regozijem-se camaradas, o sonho está mais perto.
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Quem acha que pode ser descriminado pelo dinheiro que tem, é porque tem muito. Todos sabemos que os pobres não são descriminados.
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Por isso é que acho que a opção correcta seria validação exclusivamente por parte das finanças, isto é tão simples, que chega a ser ridiculo, porque é que não se confronta logo a porcaria dos rendimentos com os créditos bancários, isto seria um processo automático, só apareceria uma listagem das descrepâncias, seria tudo feito através de programação se quisessem ainda podiam encriptar os dados para ser impossivel ao olho do utilizador comum verificar valores, é tão simples tão simples que só por motivos obscuros é que isto não está implementado.
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Eis uma excelente medida para ladrões, gatunos, raptores, chantagistas e até terroristas escolherem melhor os seus alvos...
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
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alvesricardo Escreveu:eu nao tenho nada a esconder nas minhas contas, mas nao quero nem que saibam quanto tenho, se muito, se pouco, nem quero ser julgado pelo dinheiro que ganho.
Exactamente Ricardo!
O problema não são os rendimentos das pessoas, mas sim os juízos de valor que invariavelmente começam a ser feitos se houver disponibilização de informação sobre rendimentos.
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pois claro... e os rendimentos desses politicos tb iam estar aí á vista de todos???
é completamente ridicula esta medida! porque motivo é que eles sequer pensaram nesta "medida"?
eu nao tenho nada a esconder nas minhas contas, mas nao quero nem que saibam quanto tenho, se muito, se pouco, nem quero ser julgado pelo dinheiro que ganho.
e mais, se eu fosse um ladraozeco, esta seria a minha base de dados de alvos a extorquir!
é completamente ridicula esta medida! porque motivo é que eles sequer pensaram nesta "medida"?
eu nao tenho nada a esconder nas minhas contas, mas nao quero nem que saibam quanto tenho, se muito, se pouco, nem quero ser julgado pelo dinheiro que ganho.
e mais, se eu fosse um ladraozeco, esta seria a minha base de dados de alvos a extorquir!
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mas andam a enganar quem?
Esta é uma medida nitidamente para andar a enganar o zé povinho, é óbvio que isto não vai ser aprovado, e na realidade mesmo que fosse não iria server de nada a não ser para a cusquice alheia.
A medida que realmente surtiria efeito era a validação da declaração de rendimentos com os saldos/movimentos a crédito nas contas bancárias. Mas como isso iria apanhar muito peixe graúdo não convem. Então disfarca-se com isto.
A medida que realmente surtiria efeito era a validação da declaração de rendimentos com os saldos/movimentos a crédito nas contas bancárias. Mas como isso iria apanhar muito peixe graúdo não convem. Então disfarca-se com isto.
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PS quer publicar na Internet rendimentos dos cidadãos
3 de Fevereiro
dn.pt
Socialistas vão apresentar projecto de 'big brother' fiscal, que coloca 'online' rendimentos brutos de todos os contribuintes
Todos os rendimentos declarados, de todos os cidadãos do País, vão ficar à vista de todos os que quiserem ver, na Internet.
Eis, em síntese, o projecto de lei que o PS tenciona apresentar, muito brevemente, na Assembleia da República: tornar públicos todos os rendimentos brutos declarados de todos os contribuintes.
Sem o imposto final pago, sem as despesas reembolsáveis (despesas de saúde, educação, etc.), mas com o rendimento bruto anual declarado. E, evidentemente, a identificação do contribuinte. Por outras palavras: acaba-se o sigilo fiscal. É o passo seguinte, depois de o Governo ter disponibilizado online a lista dos maiores devedores ao fisco.
Esta será, apurou o DN, a principal proposta que o PS enviará para a comissão parlamentar criada para o combate à corrupção - que só em Julho votará as novas leis para este efeito. Os principais autores da proposta são Jorge Strecht Ribeiro, Afonso Candal e Mota Andrade. Todos membros da direcção da bancada parlamentar do PS. Ontem, o projecto estava a ser ultimado, mas dificilmente terá apoio à direita (o PSD e o CDS votaram contra os projectos liberalizando o sigilo das contas bancárias). Resta saber o que pensará a esquerda.
O projecto é a resposta socialista a outros que foram apresentados pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP sobre sigilo bancário. Os dois partidos consideraram - embora depois concretizando de forma diferente - que é por via das contas bancárias que se detectam os rendimentos não declarados ao fisco. Rompendo o segredo das contas, verifica-se se um determinado contribuinte paga (ou não) ao fisco muito menos do que seria suposto, de acordo com os seus rendimentos.
O projecto do BE - que foi chumbado, logo na generalidade, pelo PS, PSD e CDS, e era o mais radical - já tinha tido apoios entre alguns socialistas, nomeadamente de Vera Jardim, que entretanto foi eleito presidente da comissão parlamentar de combate à corrupção. Seguia o chamado "modelo espanhol".
De acordo com o articulado bloquista, as instituições financeiras deveriam, duas vezes por ano, "comunicar a informação sobre saldos e movimentos de depósito ou outros proveitos nas contas individuais" de todos os seus depositantes. E, depois, estes dados seriam "confrontados" com as declarações de IRS do contribuinte.
"Caso os saldos médios ou movimentos estejam acima de um limiar razoável e se registem discrepâncias significativas, tais discrepâncias serão investigadas pelo fisco ou, nas condições impostas pela lei, comunicadas ao Ministério Público", lia-se no preâmbulo do projecto do BE. O qual, aliás, citava explicitamente Vera Jardim como apoiante da iniciativa, num debate parlamentar na legislatura anterior: "Queremos ir claramente no sentido do sistema espanhol, juntamente com as medidas propostas pelo Bloco de Esquerda. (…) É uma acção do próprio sistema financeiro de informação sobre a existência de contas bancárias e respectivos saldos de cada contribuinte, no início e no fim de cada ano."
Já o projecto do PCP - que foi aprovado na generalidade e aguarda discussão na comissão - previa outro caminho: a "derrogação" do sigilo bancário, mas apenas por iniciativa "devidamente fundamentada" do director-geral dos Impostos ou do director-geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo.
3 de Fevereiro
dn.pt
Socialistas vão apresentar projecto de 'big brother' fiscal, que coloca 'online' rendimentos brutos de todos os contribuintes
Todos os rendimentos declarados, de todos os cidadãos do País, vão ficar à vista de todos os que quiserem ver, na Internet.
Eis, em síntese, o projecto de lei que o PS tenciona apresentar, muito brevemente, na Assembleia da República: tornar públicos todos os rendimentos brutos declarados de todos os contribuintes.
Sem o imposto final pago, sem as despesas reembolsáveis (despesas de saúde, educação, etc.), mas com o rendimento bruto anual declarado. E, evidentemente, a identificação do contribuinte. Por outras palavras: acaba-se o sigilo fiscal. É o passo seguinte, depois de o Governo ter disponibilizado online a lista dos maiores devedores ao fisco.
Esta será, apurou o DN, a principal proposta que o PS enviará para a comissão parlamentar criada para o combate à corrupção - que só em Julho votará as novas leis para este efeito. Os principais autores da proposta são Jorge Strecht Ribeiro, Afonso Candal e Mota Andrade. Todos membros da direcção da bancada parlamentar do PS. Ontem, o projecto estava a ser ultimado, mas dificilmente terá apoio à direita (o PSD e o CDS votaram contra os projectos liberalizando o sigilo das contas bancárias). Resta saber o que pensará a esquerda.
O projecto é a resposta socialista a outros que foram apresentados pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP sobre sigilo bancário. Os dois partidos consideraram - embora depois concretizando de forma diferente - que é por via das contas bancárias que se detectam os rendimentos não declarados ao fisco. Rompendo o segredo das contas, verifica-se se um determinado contribuinte paga (ou não) ao fisco muito menos do que seria suposto, de acordo com os seus rendimentos.
O projecto do BE - que foi chumbado, logo na generalidade, pelo PS, PSD e CDS, e era o mais radical - já tinha tido apoios entre alguns socialistas, nomeadamente de Vera Jardim, que entretanto foi eleito presidente da comissão parlamentar de combate à corrupção. Seguia o chamado "modelo espanhol".
De acordo com o articulado bloquista, as instituições financeiras deveriam, duas vezes por ano, "comunicar a informação sobre saldos e movimentos de depósito ou outros proveitos nas contas individuais" de todos os seus depositantes. E, depois, estes dados seriam "confrontados" com as declarações de IRS do contribuinte.
"Caso os saldos médios ou movimentos estejam acima de um limiar razoável e se registem discrepâncias significativas, tais discrepâncias serão investigadas pelo fisco ou, nas condições impostas pela lei, comunicadas ao Ministério Público", lia-se no preâmbulo do projecto do BE. O qual, aliás, citava explicitamente Vera Jardim como apoiante da iniciativa, num debate parlamentar na legislatura anterior: "Queremos ir claramente no sentido do sistema espanhol, juntamente com as medidas propostas pelo Bloco de Esquerda. (…) É uma acção do próprio sistema financeiro de informação sobre a existência de contas bancárias e respectivos saldos de cada contribuinte, no início e no fim de cada ano."
Já o projecto do PCP - que foi aprovado na generalidade e aguarda discussão na comissão - previa outro caminho: a "derrogação" do sigilo bancário, mas apenas por iniciativa "devidamente fundamentada" do director-geral dos Impostos ou do director-geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo.
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PS quer rendimentos à vista de todos na Internet
“Todos os rendimentos declarados, de todos os cidadãos do País, vão ficar à vista de todos os que quiserem ver, na Internet”. A notícia é avançada hoje pelo “Diário de Notícias” que a sustenta num projecto de lei que o PS tenciona apresentar “muito brevemente” na Assembleia da República.
De acordo com o jornal, a bancada socialista quer tornar públicos todos os rendimentos brutos declarados de todos os contribuintes. “Sem o imposto final pago, sem as despesas reembolsáveis (despesas de saúde, educação, etc.), mas com o rendimento bruto anual declarado”. O “DN” acrescenta porém que esta listagem surgiria sem a identificação do contribuinte.
Esta será a principal proposta que o PS enviará para a comissão parlamentar criada para o combate à corrupção - que só em Julho votará as novas leis para este efeito. Os principais autores da proposta são Jorge Strecht Ribeiro, Afonso Candal e Mota Andrade, todos membros da direcção da bancada parlamentar do PS, sublinha o jornal.
O diário lembra que o projecto dificilmente terá apoio à direita (o PSD e o CDS votaram contra os projectos liberalizando o sigilo das contas bancárias), mas poderá ser bem recebido à esquerda.
“O projecto é a resposta socialista a outros que foram apresentados pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP sobre sigilo bancário. Os dois partidos consideraram - embora depois concretizando de forma diferente - que é por via das contas bancárias que se detectam os rendimentos não declarados ao fisco”, acrescenta o jornal.
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
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"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
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