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Caldeirão da Bolsa

Mário Crespo denuncia conversas hostis de membros do Governo

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Elias » 10/6/2010 0:03

ERC arquiva queixa de Mário Crespo contra director do JN

09.06.2010 - 20:02 Por Filomena Fontes
publico.pt

Foi uma deliberação tomada por unanimidade. A ERC (Entidade reguladora para a Comunicação Social) decidiu arquivar a queixa apresentada pelo jornalista Mário Crespo contra o director do “Jornal de Notícias”, por alegada censura ao recusar a publicação da crónica “O Fim da Linha”, na edição de 1 de Fevereiro de 2010.

Para a ERC, o facto de o director do matutino portuense, José Leite Pereira, questionar aspectos da crónica que lhe levantavam reservas - quer do ponto de vista deontológico, quer da prática habitual do seu jornal - tem enquadramento nas “competências e responsabilidades” que estão definidas pela Lei de Imprensa. Daí, “não configurarem uma utilização abusiva do poder genérico de orientação do jornal” e tiveram “contornos de razoabilidade e adequação”.

“As dúvidas do director do ‘Jornal de Notícias’ sobre o teor da crónica dirigiam-se não só para o valor do facto em si nela reportado, dado que, na sua opinião, o relato de uma conversa contrariava a prática editorial do jornal, mas também para a circunstância de o relato feito não ter sido confrontado com a audição das partes interessadas atendíveis no caso, as quais seriam, sem dúvida, os intervenientes na conversa relatada”, sublinha o Conselho Regulador.

Relevando a posição assumida pelo Conselho de Redacção do JN, que unanimemente apoiou o director, a ERC sublinha ainda o facto de ter sido Mário Crespo que decidiu cessar a sua colaboração com o jornal. E nota, por outro lado, que se tratou de “um episódio isolado numa colaboração que durou dois anos, sem notícias de perturbações”.

O Conselho Regulador também não acolheu a queixa do jornalista contra o primeiro-ministro José Sócrates, por alegadas injúrias proferidas em público e que lhe seriam dirigidas e ameaças à liberdade de expressão. No caso das supostas injúrias, a ERC entende que essa é uma competência dos tribunais. “A acção penal compete ao Ministério Público e o apuramento dos factos que consubstanciem a prática de um eventual crime deverão ser participados a essa entidade”, sugere.

Na queixa, Mário Crespo suscitou à ERC um pronunciamento sobre os acontecimentos descritos na crónica, nomeadamente “o comportamento do primeiro-ministro e das injúrias proferidas em público que lhe foram dirigidas por considerar ameaçadoras para a liberdade de expressão em Portugal”. Tal não entendeu o Conselho Regulador. Sustentando-se na audição do director de programas da SIC Nuno Santos ( que manteve a conversa descrita na crónica com José Sócrates num restaurante de Lisboa), concluiu pela improcedência da queixa. “[O director] não só declarou que os termos da conversa em questão não correspondiam ao modo como tinam sido descritos, como ainda, que a utilização da palavra ‘pressão’ era desadequada para classificar a ‘conversa de circunstância, sem qualquer relevância”.
 
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por otangas » 3/2/2010 14:02

Acima de tudo há uma coisa que parece clara:

De facto aconteceu alguma coisa, e o nosso PM foi tudo menos "politicamente corecto". Até ao momento ninguém negou este episódio. No máximo apenas disseram "não foi bem assim". Acredito que tenha sido um almoço mais regado, e algumas coisas foram ditas "a quente".

Acho que o pior disto tudo é quererem dizer que foi apenas uma "conversa de café", sem grande importância. Um Primeiro-Ministro é PM 24 horas por dia. No mínimo devia existir um esclarecimento por parte do PM, acompanhado por um pedido de desculpas (algo que nunca vi o PM fazer).

Já agora, espreitem este artigo de opinião:

Sócrates é uma ameaça à liberdade

O "caso Mário Crespo" é apenas o último episódio de uma longa lista de factos que comprova uma coisa: José Sócrates é um político intolerante, que não sabe lidar com a liberdade.

Esta lista foi feita de memória. Uma outra pesquisa, mais apurada, será capaz de apanhar mais factos. Mas estes, por enquanto, chegam:

1. Se a memória não me falha, José Sócrates já processou nove jornalistas. Nove. Isto dá quase uma média de dois por cada ano de governação. Com estas acções judiciais, José Sócrates pretende intimidar toda a classe jornalística, forçando as pessoas que escrevem a fazer uma auto-censura permanente.

2. José Sócrates liga para as redacções e berra com jornalistas .

3. Muitos assessores, e até ministros, ligam para as redacções para berrar com jornalistas. Há dois ou três anos, Silva Pereira telefonou a Mário Crespo. Se não me engano, Crespo disse que a discussão com Silva Pereira não foi menos feia do que a célebre discussão com Valentim Loureiro.

4. No trato com os jornalistas, José Sócrates é constantemente mal-educado. A forma como tratou Judite de Sousa é inacreditável .

5. José Sócrates nunca responde a perguntas. Nem perante os jornalistas, nem perante os deputados. Ou seja, temos um primeiro-ministro que, de facto, nunca foi realmente entrevistado em mais de cinco anos de poder.

6. Numa famosa reunião entre José Sócrates e blogueres, a ligação em directo caiu. Nunca saberemos por que razão a ligação caiu. Mas sabemos que, antes de entrar na dita reunião, José Sócrates deu uma introdução filosófica sobre a "liberdade respeitosa". Salazar, na tumba, aplaudiu.

7. A revista "Sábado" fez este estudo . Elucidativo.

8. José António Saraiva fez estas declarações. Nada aconteceu.

9. O desaparecimento do telejornal de Manuela Moura Guedes. Vamos dar de barato uma coisa: OK, Sócrates não teve nada que ver com o desaparecimento desse telejornal; uma estação de televisão teve apenas um colapso da inteligência e destruiu um dos seus programas mais famosos. Mesmo assim, há várias coisas inadmissíveis neste caso. Pela primeira vez na história da nossa democracia, um político transformou uma jornalista no seu principal adversário político. O PS, de forma "chavista", montou uma guerra a Manuela Moura Guedes. Depois, já com o JN6 encerrado, José Sócrates ainda jogou umas piadinhas sobre o assunto. Essas piadinhas, que revelam toda uma personagem política pouco recomendável, estão gravadas num vídeo que apanhou os minutos de conversa entre José Sócrates, Francisco Louçã e Judite de Sousa (antes da entrevista na RTP). Esse vídeo esteve disponível aqui neste site.

10. José Sócrates montou guerra ao director do jornal "Público", José Manuel Fernandes.



http://clix.expresso.pt/socrates-e-uma- ... de=f561594
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por jlmf » 3/2/2010 10:50

"Mário Crespo, que ontem esteve nas Jornadas Parlamentares do CDS-PP, ao lado de Paulo Portas, em Guimarães, mantém a sua posição. "Houve um encontro. O resto não sei, porque não estava lá. Escrevi que as afirmações foram feitas por Sócrates, sem o Nuno contraditar e mantenho. Eu teria contraditado”, cita o “Correio da Manhã”."

"De acordo com Nuno Santos, ele estava a almoçar com a apresentadora Bárbara Guimarães e que os três governantes estavam noutra mesa. “Estávamos em mesas diferentes e a conversa não se passou da forma como é descrita", explicou Nuno Santos ao “Correio da Manhã”."

http://www.publico.clix.pt/Media/nuno-s ... ve_1421056

"Medina Carreira terá sido outro dos referidos na conversa. O economista disse ao Correio da Manhã não ter «tempo para perder com estas coisas»."

http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Socied ... _id=161591
 
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por Nunooo » 3/2/2010 3:25

JNogueira Escreveu:Está mais que visto. O governo tem aversão a certas letras do alfabeto. Repare-se:
MC-Mario Crespo,
agora
MC-Medina Carreira
depois,
M- de Manuela e Moniz,
Não há duvida.
É o M que os preocupa....


Faltou-te os M mais importante:

a corja de Metralhas que governa este País!!!
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Re: ?

por canguru » 2/2/2010 23:38

Elias Escreveu:Não me parece que o problema seja encontrar um político honesto, mas sim encontrar um português honesto.


Nem mais. Vamos ao exemplo mais simples: Quantos dos que aqui 'postam', não o fazem no horário de trabalho?

E mais uma olhadela nas cotações, e mais outra 'posta' no caldeirão, que a culpa é deles. Dos políticos.
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Re: pois, pois...

por SMALL1969 » 2/2/2010 21:59

joaoddbarbosa Escreveu:Crespo não é isento quando noticia.
Logo, não é jornalista.

Antes de ver frustadas as suas perspectivas de nomeação para adido de imprensa, em Washington, era um bom jornalista.



Está para nascer um jornalista isento. Bom, perdoem-se, esqueci-me dos que escrevem os obituários, e mesmo asism às vezes esticam-se.

Os que têm crónicas deste género, têm coisas escritas bem piores que esta. Podia perfeitamente ser publicada. A não publicação é que vai servir os efeitos desejados:
- Criar mais um mega não-acontecimento
- Aumentar as vendas do livro que vai editar esta semana

Por outro lado, já é a 2ª vez que refere a questão do adido. Penso que já se percebeu a intenção, e isso, tal como a notícia do Crespo, é apenas má lingua.
Felizmente aqui a linha editorial é mais democrática.
 
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por TRSM86 » 2/2/2010 21:39

Se um palhaço qq, escrevesse de qq um de nós todos esses artigos o que faríamos?

Se fosse comigo, provavelmente ia-lhe à tromba.

Se fosse noutro País o mais provável era já estar a fazer tijolo há muito tempo.

Mas como estes políticos frouxos, os jornalista até brincam.

Pena não haver túneis onde passam estes jornalistas

http://jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx? ... o%20Crespo
uma passagem para a outra margem

http://trsm87.blogspot.pt/
 
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pois, pois...

por joaoddbarbosa » 2/2/2010 21:36

Crespo não é isento quando noticia.
Logo, não é jornalista.
Mas, com muita pena minha, já foi um bom jornalista.
Antes de ver frustadas as suas perspectivas de nomeação para adido de imprensa, em Washington, era um bom jornalista.
Ferido nos seus interesses individuais, travestiu-se, corrompeu-se.

Mas tem todo o direito de opinar.
Eu opino, todos podemos opinar.
Mas reservo o direito das direcções editoriais de poderem negar textos que ofendam a linha editorial de que são responsáveis.

E foi isso que aconteceu.
Basicamente, no entender do director do JN o texto de Mário Crespo não era um simples texto de Opinião mas fazia referências a factos que suscitavam duas ordens de problemas: por um lado necessitavam de confirmação, de que fosse exercido o direito ao contraditório relativamente às pessoas ali citadas; por outro lado, a informação chegara a Mário Crespo por um processo que o JN habitualmente rejeita como prática noticiosa; isto é: o texto era construído a partir de informações que lhe tinham sido fornecidas por alguém que escutara uma conversa num restaurante.

Porque não utiliza o larguíssimo tempo de antena que tem na SICN, no seu "Jornal das 9" ou no esquizofrénico programa "Plano Inclinado".
Ou será que lá, na SIC, tambem não o deixam ?

Não me digam que, por absurdo, um colunista decide enviar um texto contendo, por exemplo, o que de mais vernáculo tem a nossa lingua, o director não deve negá-lo ?
Isso não é censura.
É respeito pelos leitores e fidelização à linha editorial que tem as suas regras.

Quanto às questões laterais, não me prenuncio.
Os malandros e xicos-espertos nunca estão numa banda só.
Há-os por todo o lado.
E não pensem que o Crespo é parecido com o menino Jesus.
É que ele sabe muito mas anda a pé.
Pelos vistos lá pela SIC já andariam demasiados enjoados com a selectividade negativa e constante dos seus programas.
Ele antecipou-se para defesa própria.
A debilidade mental que dá provas não lhe retirou a noção do perigo.
Saiba o que penso, em:
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por Arte-Sacra » 2/2/2010 21:20

JNogueira Escreveu:Está mais que visto. O governo tem aversão a certas letras do alfabeto. Repare-se:
MC-Mario Crespo,
agora
MC-Medina Carreira
depois,
M- de Manuela e Moniz,
Não há duvida.
É o M que os preocupa....

Essa do MC fez-me lembra a música do Matt Costa, cuja letra tem tudo a ver com o caso.

Ora vejam:

http://www.youtube.com/watch?v=2fckfszdLrs
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por Nyk » 2/2/2010 21:17

O Fim da Linha
Mário Crespo
Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento. O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa. Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”. Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal. Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”. Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o. Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”. É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos. Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados. Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”. Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre. Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009. O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu. O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”. O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”. Foi-se o “problema” que era o Director do Público. Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu. Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.

Nota: Artigo originalmente redigido para ser publicacado hoje (1/2/2010) na imprensa.


http://www.institutosacarneiro.pt/?idc=509&idi=2500
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ai que saudades...

por joaoddbarbosa » 2/2/2010 21:16

Ai que saudades eu tenho do Crespo (versão jornalista).
Ai que desilusão eu sinto do Crespo (versão ressabiado).
O que faz a dor de cauda.
E toda a transformação se deu desde que Crespo foi preterido para o cargo de adido de imprensa para a embaixada em Washington.
De jornalista a ressabiado foi um ápice que só se pode compreender por um ataque patológico de debilidade mental.
E eu tenho muita pena do Crespo…
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por JNogueira » 2/2/2010 20:52

Está mais que visto. O governo tem aversão a certas letras do alfabeto. Repare-se:
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por Opcard » 2/2/2010 18:50

Só para relembrar :

Sócrates já processou nove jornalistas (Expresso, 18/4, via CJ): «O primeiro-ministro não aceita bem as notícias e comentários dos media sobre o caso Freeport e já processou nove jornalistas: cinco da TVI, três do “Público” e um do “Diário de Notícias”. Os processados não parecem muito preocupados. Manuela Moura Guedes afirma não se sentir pressionada. José Manuel Fernandes, director do “Público”, diz que o processo «é uma forma de coacção sobre o jornal», mas que não lhe tira o sono.

João Miguel Tavares entende que Sócrates tem todo o direito de o processar, tal como ele tem o direito de criticar o primeiro-ministro. Entre os juristas há opiniões desencontradas sobre o fundamento para processos desta natureza. Não é novidade e em alguns casos as opiniões mudam em função das famílias políticas».
 
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por Elias » 2/2/2010 17:58

Crespo diz que Medina Carreira foi referido como outro "problema a solucionar"
02.02.2010 - 16:09 Por Sofia Rodrigues
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O jornalista Mário Crespo garante que, na alegada conversa entre o primeiro-ministro, o ministro dos Assuntos Parlamentares e o ministro da Presidência foi referido também o nome de Medina Carreira como um "outro problema a solucionar".

A revelação foi feita durante uma intervenção nas jornadas parlamentares do CDS-PP, em Guimarães. O jornalista foi convidado para falar sobre o primeiro ano de presidência de Barack Obama, mas esgotou quase todo o tempo a falar das referências pouco elogiosas que Sócrates lhe terá feito durante um almoço na terça-feira da semana passada, num restaurante em Lisboa.

"Era preciso solucionar o problema Mário Crespo e Medina Carreira", disse Mário Crespo, referindo-se à alegada conversa que lhe foi relatada por uma pessoa que estava noutra mesa e que o jornalista não revela. Noutra mesa, estava sentado Nuno Santos, director-geral da SIC, e a quem Sócrates se terá dirigido, repetindo as afirmações sobre os "problemas a resolver", segundo Mário Crespo.

Medina Carreira foi ministro das Finanças de um governo PS liderado por Mário Soares, mas rompeu com o partido e é hoje uma voz crítica das políticas socialistas. O economista participa no programa Plano Inclinado, da SIC-Notícias, moderado por Mário Crespo, e vai agora escrever o prefácio do livro do jornalista com as crónicas publicadas no "Jornal de Notícias".

Na intervenção, Mário Crespo teceu duras críticas ao comportamento do primeiro-ministro no dia em que o Governo apresentava a proposta de Orçamento do Estado na Assembleia da República. “Ingenuamente pensava que o chefe de Estado do meu país estaria envolvido em retoques de última hora, mas estava empenhado em produzir diagnósticos médicos sobre a minha sanidade mental. Julgo que ainda não tem credenciais nesse sentido, mas pode vir a obtê-las”, disse o jornalista, perante os deputados do CDS-PP.
 
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por The Mechanic » 2/2/2010 16:17

Disclaimer :
Já que o meu ego já deu a sua opinião, tenho de dar tambem a palavra ao meu alter-ego .


Segundo as mesmas fontes, terá sido José Sócrates e os seus dois ministros dos Assuntos Parlamentares e da Presidência (Jorge Lacão e Silva Pereira) a dirigirem-se à mesa onde se encontrava Nuno Santos a almoçar com a apresentadora de televisão Bárbara Guimarães.

Em tom exaltado e facilmente audível pelos presentes no restaurante, o primeiro-ministro terá tido a iniciativa de falar de Mário Crespo e do conteúdo do seu noticiário, considerando mesmo que o jornalista deveria "ir para o manicómio". "Definiram-me como um problema que teria de ter solução", escreveu Mário Crespo na crónica censurada.


Resumindo, na optica de :

a ) O Socrates é malevolo e controla de facto os Media em Portugal :

Socrates, irado por Mario Crespo andar a escrever sistematicamente artigos que o denigrem e prejudicam a sua imagem e a capacidade de iludir os Portugueses , dirige-se a Nuno Santos e a Bárbara Guimarães e encomenda-lhes que "façam a caminha " a Mário Crespo . Nuno Santos irá tratar disso , falando com as altas cupulas do poder na SIC e de outros órgãos ocultos que Nuno Santos tão bem conhece ; já Bárbara Guimarães , irá tratar da parte das ameaças fisicas a Mário Crespo :envergando um enorme decote, irá ameaçá-lo de axfixia se ele repetir a graçinha . Se ela falhar, José Socrates irá de seguida, queixar-se a Diana Chaves .


b ) O Socrates é Primeiro-Ministro de Portugal e acha mal um jornalista reputado andar a ofendê-lo :

Ofendido por ser descrito como "Palhaço inimputável" , entre outros mimos, Sócrates comenta ao encontrar Nuno Santos e Bárbara Guimarães num restaurante que Mario Crespo só pode estar "maluco" por andar a chamar-lhe nomes e que isso serão cometários de alguem "impreparado" uma vez que andar a chamar Palhaço publicamente a um alto representante do país não é próprio e tem de ser "resolvido" .

c ) o Mário Crespo é um excelente jornalista e tem sempre razão sobre tudo o que diz :

O Socrates é mesmo um palhaço ; é o Palhaço Triste, porque não tem graça nenhuma . Alem disso, disse que ele deveria " ir para um manicómio" e , está mal, porque não se fala assim de um jornalista que até é isento sobre a sua pessoa .

d ) O Mário Crespo é um excelente jornalista , mas esticou-se :

Se calhar foi . E se calhar , isto é uma tempestade num copo de água...


um abraço ,

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- Aristoteles

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por Opcard » 2/2/2010 16:02

Mário Crespo: "Começa a haver demasiados 'problemas' resolvidos"
02.02.2010 - 13:35 Por Sofia Rodrigues

Jornalista da SIC diz que o termo "calhandrice" é extraordinário

O jornalista da SIC Mário Crespo afirmou hoje que "começa a haver demasiados 'problemas' resolvidos em Portugal", referindo-se a jornalistas que terão sido afastados de órgãos de comunicação social por serem vozes incómodas para o Governo.
(Pedro Cunha (arquivo))

"Nesta direcção do JN, sou um problema resolvido; Moura Guedes é um problema resolvido na direcção da TVI; José Eduardo Moniz é um problema resolvido na direcção da Media Capital; José Manuel Fernandes é um problema resolvido no PÚBLICO", disse Mário Crespo, em Guimarães, onde vai fazer uma intervenção nas jornadas parlamentares do CDS.

"Começa a haver demasiados 'problemas' resolvidos em Portugal e é altura de nos consciencializarmos das soluções que estão a ser aplicadas não as mistificarmos com nada", disse.

Numa crónica divulgada ontem no site do Instituto Sá Carneiro (depois da recusa do JN em a publicar), Mário Crespo revela que terá sido referenciado pelo primeiro-ministro como "um problema a resolver", durante um almoço com os ministros dos Assuntos Parlamentares e da Presidência, num restaurante em Lisboa.

Essa conversa, em que Sócrates também se terá referido ao profissional da SIC como um "louco", chegou ao conhecimento de Mário Crespo através de uma outra pessoa, numa mesa próxima. O jornalista assegura que nunca irá revelar o nome dessa pessoa, e confirma que era Nuno Santos, director-geral da SIC, que também estava no restaurante naquele dia, numa outra mesa.

Em reacção ao termo "calhandrice" utilizado por fonte não identificada do Ministério dos Assuntos Parlamentares para se referir a este caso, Crespo diz ser "extraordinário". "Só alguém que conhece bem o seu significado é que o usaria. Eu nunca me lembro de ter usado o termo", disse.

Questionado pelos jornalistas qual a razão de o artigo ter sido publicado no site do instituto ligado ao PSD, Mário Crespo diz não saber como é que isso aconteceu. O jornalista assegura que, no domingo, enviou o texto pelas vias normais (para dois endereços de e-mail do JN) e só na segunda de manhã foi alertado para a publicação no site do Instituto por uma notícia no site do jornal PÚBLICO.

O jornalista afirma ter, ontem de manhã, contactado Zita Seabra (da editora Altheia), para publicar um livro em que essa crónica será um "elemento determinante". O livro é lançado já na quinta-feira, com prefácio de Medina Carreira.
 
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por Resina » 2/2/2010 14:49

O problema não é o Mario Crespo, o problema é que o PM cala quem queira e controla os media como quer... Ninguem vê isso, ele tem de se limitar a ouvir as criticas, não pode calar quem não quer ouvir...
Falam em Pide, em ditadores, eu cada vejo mais esta democracia podre a caminhar para o passado, dizem-se socialistas democratas do povo, mas o que eles querem sei eu... Pior foram os que lhe deram um novo mandato...
Cada um diz o que quer, isso é a democracia, o que não é democracia é calar os que não gostamos de ouvir, ou o que não queremos ouvir...
Freeport, escutas com vara, jornal de sexta, agora mario crespo, o que virá a seguir...
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por ursopolar11 » 2/2/2010 14:46

Outra questão :twisted: :twisted:

E o que fazia a Barbara a almoçar com o Nuno ?

:twisted: :twisted:
 
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por OLDMAN » 2/2/2010 14:45

Elias Escreveu:[size=18]... Santos almoçava com Bárbara Guimarães no Hotel Tivoli, em Lisboa, ...
:shock:

Antes ou depois de...???? :roll: o Carrilho já sabe!?...
"Não há ventos favoráveis para o barco que não conhece o rumo" Séneca
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por jbraven » 2/2/2010 14:26

Se é verdade que o Nuno Santos e a Bárbara Guimarães foram envolvidos no caso, já deveriam ter vindo a público confirmar ou desmentir o alegado envolvimento. O seu silêncio apenas contribui para o avolumar de suspeitas, tanto para um lado como para o outro. É curioso que o noticiário da SIC refira "várias pessoas testemunharam" mas não especifique qualquer nome, em especial os do director de programas e da apresentadora.

JB
 
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por SMALL1969 » 2/2/2010 13:27

Mas o Mário Crespo acredita em tudo o que lhe contam?

Eu adoro o trabalho do homem como jornalista, mas mais uma vez isto parece-me demasiado rebuscado para ser verdade.
Depois da tanta polémica e medo de escutas, os semhores iam juntar-se num hotel a falar de forma a alguém ouvir que já tinham tratado deste e daquele e só faltava tratar de um?

Ainda assim, alguém achará que os politicos são anjinhos? Que o trabalho deles não é exactamente, no domínio legal, tratarem de gerir a informação de que dispõem? E para provar ilegalidade não se deve cair no "ouvi dizer que disseram..."?
Mas estes senhores nunca leram a "arte da guerra", nunca perderam dinheiro por causa de falsas opas do diz que disse que é mesmo assim, da contra informação?

É pá, inscrevam-se neste fórum que aprendem muito!
 
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Politicos...e PMs

por eba » 2/2/2010 13:25

Há uma coisa que ainda não perceberam estes politicos que governam/convivem em democracia.Ninguém obriga o Primeiro Ministro ou Presidente ou Deputados a ocuparem os cargos que desempenham. Isto já é não a tropa dos anos 80.Se não têm arcaboiço então saiam para que outros se perfilarão na 1ª fila para entrar. Como trabalho numa empresa privada posso dizer em tom alto: O VOSSO ORDENADO É PAGO POR MIM E PELO M/ PATRÃO!
A nossa porta é grande....Atlantico etc.
 
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por Elias » 2/2/2010 13:08

mais_um Escreveu:
Elias Escreveu:Infelizmente não é fácil correr com os corruptos, pois o eleitorado (também ele altamente corrupto) vota neles.


O bom julgador a si se julga.....


Percebo a tua graçola, mas deixa-me que te diga que o juízo não é meu. É o resultado de um estudo que é apresentado neste livro, o qual já li e recomendo.
Anexos
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por yabadabadoo » 2/2/2010 13:06

[quote="ursopolar11"]

-Freeport (se foi culpado ainda bem, sacou massa aos bifes que têm a mania)

-Sucatas:Pelo menos uma empresa de cá.Só condenaria de verdade (à forca se necessário) se fosse dar beneficio a uma sucata Espanhola.Não condendo.

quote]

Estás a ironizar, certo?
There are bold traders and old traders but no bold, old traders
 
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por Elias » 2/2/2010 13:01

Sócrates queixou-se de Crespo a director da SIC
2 de Fevereiro de 2010
http://aeiou.expresso.pt/socrates-queix ... ic=f561406

Foi o primeiro-ministro a dirigir-se a Nuno Santos, director de programas da SIC, para lhe dizer que o jornalista Mário Crespo era "um problema" que tinha de ser resolvido. Santos almoçava com Bárbara Guimarães no Hotel Tivoli, em Lisboa, no dia da entrega no Parlamento do Orçamento do Estado. (Veja os vídeos com a nota da direcção de informação da SIC e as declarações de Mário Crespo no final do texto)

Nuno Santos, director de programas da SIC, é o "executivo de televisão" referido por Mário Crespo na coluna de opinião recusada pelo "Jornal de Notícias" e a quem José Sócrates disse que o pivot do "Jornal das Nove" da SIC Notícias era "um louco" e "um problema" que teria de "ter solução".

Segundo fontes da estação contactadas pelo Expresso, a conversa decorreu no dia de apresentação ao Parlamento da proposta de Orçamento de Estado para 2010, durante a hora de almoço, no Hotel Tivoli, em Lisboa.

Iniciativa da conversa foi de Sócrates


Segundo as mesmas fontes, terá sido José Sócrates e os seus dois ministros dos Assuntos Parlamentares e da Presidência (Jorge Lacão e Silva Pereira) a dirigirem-se à mesa onde se encontrava Nuno Santos a almoçar com a apresentadora de televisão Bárbara Guimarães.

Em tom exaltado e facilmente audível pelos presentes no restaurante, o primeiro-ministro terá tido a iniciativa de falar de Mário Crespo e do conteúdo do seu noticiário, considerando mesmo que o jornalista deveria "ir para o manicómio". "Definiram-me como um problema que teria de ter solução", escreveu Mário Crespo na crónica censurada.

Nuno Santos confirmou palavras do primeiro-ministro


A informação sobre o teor desta conversa chegou ao conhecimento de Mário Crespo, não através dos seus colegas da SIC, mas através de um e-mail "de uma pessoa que estava presente no restaurante e me transmitiu o que ouviu", disse o jornalista ao Expresso.

Crespo confirmou, em seguida, as informações junto de Nuno Santos e de Bárbara Guimarães, antes de escrever a sua habitual crónica destinada ao "Jornal de Notícias". Aliás, no artigo - que seria recusado pelo director do JN por, alegadamente, a informação não ter sido confirmada - Mário Crespo sublinha que o relato "é fidedigno. Confirmei-o" e transcreve mesmo partes do e-mail recebido.

O Expresso tentou contactar Nuno Santos, mas até ao momento o director de programas da SIC não esteve disponível.
 
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