Off Topic: Casamentos Gay: Sim ou Não?
smiile Escreveu:Se puderem esclareçam-me aqui uma duvida, se dois gays estiverem num local publico fazendo uma prospecção língual ás amigdalas um do outro ao mesmo tempo que selvaticamente verificam a rigidez dos respectivos parachoques, isto é ou não atentado ao pudor?
É-o da mesma forma que dois heterossexuais a fazer a mesma coisa.
É pá, ou somos todos iguais ou não, vamos lá mudar de registo ou então somos todos hipócritas. É como o pessoal que diz que não é racista mas tem dificuldade em aceitar que a filhinha case com um preto! É que com racistas ainda consigo falar, mas para hipócritas não há mesmo paciência...
No caso da homossexualidade penso da mesma forma. Acima de tudo sou contra a hipocrisia que tanto por aí existe. Os que dizem que aceitam os homo e para eles tanto lhes faz mas se for o seu filho... Ui aí a coisa já toca fininho e ficariam muito tristes, bla bla. É pá, assumam que têm preconceito e pronto. O primeiro passo é sempre o assumir, para tudo.
mas que raio de pergunta esta!?
Abraço
"Every solution breeds new problems." Murphy's Law
smiile Escreveu:Se puderem esclareçam-me aqui uma duvida, se dois gays estiverem num local publico fazendo uma prospecção língual ás amigdalas um do outro ao mesmo tempo que selvaticamente verificam a rigidez dos respectivos parachoques, isto é ou não atentado ao pudor?


Começa mas é andar de comprimidos no bolso. lol
Paulo Moreira
smiile Escreveu:Se puderem esclareçam-me aqui uma duvida, se dois gays estiverem num local publico fazendo uma prospecção língual ás amigdalas um do outro ao mesmo tempo que selvaticamente verificam a rigidez dos respectivos parachoques, isto é ou não atentado ao pudor?
Suspeito, sem certeza, que não o será mais que duas moçoilas a fazerem a dita prospecção lingual e verificação dos airbags ou que um moçoilo e uma moçoila a fazerem a dita prospecção lingual e verificação dos mecanismos de segurança passiva enunciados.
De qualquer das formas, selvaticamente e em público, é de mau gosto. Get a room!
V.
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Se puderem esclareçam-me aqui uma duvida, se dois gays estiverem num local publico fazendo uma prospecção língual ás amigdalas um do outro ao mesmo tempo que selvaticamente verificam a rigidez dos respectivos parachoques, isto é ou não atentado ao pudor?
Space Migration, Intelligence Increase, Life Extension. The Next Stage of Evolution.
Dwer Escreveu:
Também de acordo. Eu tinha começado por dizer que deveria ser criado um novo instituto, paralelo ao casamento para acomodar todas as formas de união para lá do casamento. Não sou jurista, não sabia que a união de facto não tinha direitos equiparáveis aos do casamento. Fiquei a saber. Nesse caso ou se equiparava a união de facto com o casamento ou se criava uma nova instituição.
Que permitisse a adopção e todos os direitos que o casamento permite.
Perguntar-me-ão: então porque não utilizar o casamento? Pois, boa pergunta. Uma virtude destes debates é fazer-nos reflectir.
Sou sincero. Não gostaria de ver o casamento modificado na sua essência e definição. Mas admito que seja uma opção romântica e conservadora da minha parte.
Neste ponto do debate, já me dá igual. Casamento ou uma outra instituição com os mesmo direitos e responsabilidades. Evidentemente, reunir tudo no casamento é mais simples. O que não é pouca coisa.
Partilhamos da mesma opinião

Escrevi isto no meu 1º comentário sobre o assunto:
Sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo propriamente dito, sou contra utilizar a designação casamento, não por questões religiosas (não é o matrimónio que foi autorizado, só a igreja é que o pode fazer , embora já haja Igrejas que o permitem) mas por questões culturais, no entanto reconheço e defendo que deve ser dada a possibilidade aos casais de homossexuais de terem os mesmo direitos que os casais heterossexuais (ao contrario do que já escreveram aqui, não é a mesma coisa estar casado e união de facto) dai ser apoiante da proposta do PSD, no que diz respeito à designação.
Mas depois de ler este comentário:
Viandeiro Escreveu:A vantagem de se lhe chamar casamento em vez de outra coisa qualquer é o facto de a pessoa não ser automaticamente identificada com uma determinada realidade. Ou seja, não carrega uma marca que a identifica com um determinado grupo (o pior exemplo são as faixas de diferentes cores ou as estrelas de David usadas pelo nazismo).
Dou a mão à palmatória e reconheço que se deva chamar casamento pelos motivos referidos pelo Viandeiro
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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pedrom Escreveu:E o empréstimo quem o paga??? E quando há dinheiro de ambas as familias envolvidas???
A nivel de heranças penso que as coisas tem que seguir a lei e as pessoas envolvidas tem de estar cientes do que estão a fazer e das consequências dos seus actos.
Com essa do empréstimo e dos dinheiro de ambas as famílias, perdi-me.... Não percebi onde querias chegar...
(ok, com o teu post seguinte, acho que percebi o que queria dizer. E quanto a isso, estás a indicar um caso onde tudo aparente ser muito certinho e muito aceite pelas respectivas famílias... o que estou a tentar dizer é que existem muitos casos onde isso não acontece. E claro que em casamentos hetero tb existem confusões e problemas, mesmo havendo leis. Valerá a pena aumentar o risco de problemas pela não criação de leis mínimas de protecção?)
voltando a este post...

Claro que as pessoas devem estar conscientes das consequências. Mas também acho perfeitamente normal e natural que tentem mudar essas consequências. E chegando à conclusão que certas situações não são justas, então devem ser alteradas.
Tantas coisas na história da humanidade que começaram por ser consideradas aberrações e que, após muita luta (não necessariamente violenta) passaram a fazer parte do nosso quotidiano... desde o trabalho e o voto feminino à interrupção voluntária da gravidez tanta coisa mudou porque alguns acreditaram que seria possível mudar.
Se todos nos limitassemos a aceitar o que as leis dizem sem criticar e sem tentar melhorar, provavelmente estaríamos a picar pedra para trocar estas mensagens...

Cumprimentos,
Elgenedy
"When you have eliminated the impossible, whatever remains, however improbable, must be the truth." [Sherlock Holmes]
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elgenedy Escreveu:pedrom Escreveu:A filha tem um pai, só que vive mais tempo com a mãe. Em relação a bens, tudo esta em nome das duas, mesmo não sendo casadas.
Pedro,
Existem situações onde as coisas não são assim directas. Tens casos de inseminação artificial, onde não há pai, por exemplo (e acredita que muitos casais de lésbicas irão adoptar essa solução).
Quanto aos bens, mesmo estando em nome de ambas, se algo acontecer a uma delas, a sua parte não passa por herança à outra, excepto no 1/3 disponível. O restante irá passar aos seus herdeiros legais, vulgo familiares. Não existindo uma união legal, isso pode gerar problemas.
Cumprimentos,
Elgenedy
Sim mas quando os pais também comtribuiram de alguma forma para a casa, também tem o direito de herdar. Sei que há casos que podem ser complicados, mas nos casamentos heterosexuais também há complicações e não são poucas, enfim..... sobre este assunto muito coisa havia a dizer!!!
De que vale a pena correr quando estamos na estrada errada?
pedrom Escreveu:A filha tem um pai, só que vive mais tempo com a mãe. Em relação a bens, tudo esta em nome das duas, mesmo não sendo casadas.
Pedro,
Existem situações onde as coisas não são assim directas. Tens casos de inseminação artificial, onde não há pai, por exemplo (e acredita que muitos casais de lésbicas irão adoptar essa solução).
Quanto aos bens, mesmo estando em nome de ambas, se algo acontecer a uma delas, a sua parte não passa por herança à outra, excepto no 1/3 disponível. O restante irá passar aos seus herdeiros legais, vulgo familiares. Não existindo uma união legal, isso pode gerar problemas.
Cumprimentos,
Elgenedy
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mais_um Escreveu:Dwer Escreveu:elgenedy Escreveu:Não lhe chamem casamento.. chamem-lhe união civil, ou união legal, ou whatever; não lhe chamem adopção.. chamem de impresso 4972-25 ou ponham outro nome qualquer; mas deixem que essas possoas possam seguir a sua vida com a mesma justiça e o mesmo tratamento que exigimos para todos nós. Muitos só querem isso: viver e ser felizes que é um direito de todos.
Cumprimentos,
Elgenedy
Sim, de acordo. A figura da união de facto que já existe servia perfeitamente.
Penso que não, no que diz respeito a heranças e partilha de bens, entre outras coisas há diferenças entre o casamento e a união de facto, se fosse identico, as pessoas não se casavam (casamento civil).Casamento civil vs. união de facto
Muitos dos direitos concedidos pelo casamento civil não são aplicáveis às uniões de facto: o direito de herdar o património comum, o direito de visita a hospitais e prisões.
Ao contrário do casamento que tem efeitos imediatos a união de facto só é aplicável após dois anos de vida em comum. Note-se que a união de facto, ao contrário do casamento, não tem de ser reconhecida oficialmente pelas duas pessoas para ter efeitos legais: as protecções na lei são aplicáveis por defeito a qualquer união a partir do momento que se cumpram dois anos de vida comum.
O regime fiscal de entrega conjunta de IRS é opcional para as pessoas em união de facto (podem, à sua escolha, entregar uma declaração conjunta ou duas separadas). As pessoas casadas (que não estejam "separadas de facto") são obrigadas a entregar uma declaração conjunta.
A união de facto não tem obrigações automáticas do casamento civil como a obrigação de apoio, responsabilidade pelas dívidas contraídas, obrigação de fidelidade, etc. Alguns destes direitos em particular já foram parcialmente obtidos caso a caso recorrendo aos tribunais
Nota: Não tive oportunidade de confirmar esta informação.
Também de acordo. Eu tinha começado por dizer que deveria ser criado um novo instituto, paralelo ao casamento para acomodar todas as formas de união para lá do casamento. Não sou jurista, não sabia que a união de facto não tinha direitos equiparáveis aos do casamento. Fiquei a saber. Nesse caso ou se equiparava a união de facto com o casamento ou se criava uma nova instituição.
Que permitisse a adopção e todos os direitos que o casamento permite.
Perguntar-me-ão: então porque não utilizar o casamento? Pois, boa pergunta. Uma virtude destes debates é fazer-nos reflectir.
Sou sincero. Não gostaria de ver o casamento modificado na sua essência e definição. Mas admito que seja uma opção romântica e conservadora da minha parte.
Neste ponto do debate, já me dá igual. Casamento ou uma outra instituição com os mesmo direitos e responsabilidades. Evidentemente, reunir tudo no casamento é mais simples. O que não é pouca coisa.
Abraço,
Dwer
There is a difference between knowing the path and walking the path
Dwer
There is a difference between knowing the path and walking the path
elgenedy Escreveu:Dwer Escreveu:elgenedy Escreveu:pedrom Escreveu:Conheço e convivo com duas lesbicas que tem uma filha (de uma delas) e fizeram uma moradia juntas que são excelentes pessoas, que vivem a sua sexualidade dentro das paredes da sua casa, como qualquer casal heterosexual devia fazer e a quem a sociedade não discrimina pois são mulheres com M grande sempre muito educadas e respeitadoras para quem a sua sexualidade não é motivo para exigirem da sociedade comportamentos e aceitação "extra", são como são e ponto final.
Pegando neste ponto do comentário, queria só deixar aqui uma pequena reflexão.
No caso deste casal, como é evidente, a filha é de apenas uma das pessoas. Não sendo possível o casamento/união/junção legal, e não sendo permitida a adopção, caso alguma coisa aconteça à mãe, de quem é a criança? Se por uma infelicidade perde a mãe, arrisca-se a perder tudo, pois a companheira, legalmente, nada pode fazer com a criança, pois não lhe é nada.
Aos que defendem que é quase um crime um casal gay adoptar, seria assim tão mau, tão disfuncional, ou tão errado para esta criança ser adoptada pela companheira da mãe?
Cumprimentos,
Elgenedy
Bem observado. No entanto, na minha opinião esse direito podia ser garantido na mesma sem ter que recorrer ao casamento.
Olá Dwer,
A questão aí poderia ser tão ou mais complexa do que já é actualmente.
Partindo da premissa que a união legal estava fora do baralho, estarias a permitir uma adopção por parte de uma mulher solteira, quando a mãe biológica não a quer entregar, mas sim partilhar.
Não podemos esquecer que partimos de uma situação onde 2 mulheres juntas não formam legalmente um casal. Para todos os efeitos legais, seriam 2 amigas.
Se essa situação fosse permitida, então teria também de ser permitida a adopção por homens solteiros, mesmo que vivessem em relação homossexual assumida.
E isto seria complicado.
Mas posso juntar outra questão de reflexão, pegando ainda no caso indicado pelo Pedro. Supõe tu que, apesar de todos os elogios feitos pelo Pedro, a família da que não é mãe biológica, odeia o facto da filha ser lésbica (e como deves saber, isto acontece e muito). Agora imagina que, acontece algo a essa pessoa. A criança continua com a mãe, mas a parte da vivenda que ambas construiram que lhe pertença, passa, na pior das hipóteses 2/3, para a família. Será justo, ou correcto que a mãe da criança ainda tenha de comprar essa parte da casa?
Estes são os problemas reais que as várias pessoas homossexuais lidam. Situações que se de alguma forma acontecessem conosco, estaríamos revoltadíssimos com todo o sistema, e faríamos tudo para ir a advogados, tribunais, alguns até às televisões.
E é para evitar este tipo de problemas bem reais e injustos, que se pretende permitir esta união.
Não lhe chamem casamento.. chamem-lhe união civil, ou união legal, ou whatever; não lhe chamem adopção.. chamem de impresso 4972-25 ou ponham outro nome qualquer; mas deixem que essas possoas possam seguir a sua vida com a mesma justiça e o mesmo tratamento que exigimos para todos nós. Muitos só querem isso: viver e ser felizes que é um direito de todos.
Cumprimentos,
Elgenedy
E o empréstimo quem o paga??? E quando há dinheiro de ambas as familias envolvidas???
A nivel de heranças penso que as coisas tem que seguir a lei e as pessoas envolvidas tem de estar cientes do que estão a fazer e das consequências dos seus actos.
De que vale a pena correr quando estamos na estrada errada?
Dwer Escreveu:elgenedy Escreveu:Não lhe chamem casamento.. chamem-lhe união civil, ou união legal, ou whatever; não lhe chamem adopção.. chamem de impresso 4972-25 ou ponham outro nome qualquer; mas deixem que essas possoas possam seguir a sua vida com a mesma justiça e o mesmo tratamento que exigimos para todos nós. Muitos só querem isso: viver e ser felizes que é um direito de todos.
Cumprimentos,
Elgenedy
Sim, de acordo. A figura da união de facto que já existe servia perfeitamente.
Penso que não, no que diz respeito a heranças e partilha de bens, entre outras coisas há diferenças entre o casamento e a união de facto, se fosse identico, as pessoas não se casavam (casamento civil).
Casamento civil vs. união de facto
Muitos dos direitos concedidos pelo casamento civil não são aplicáveis às uniões de facto: o direito de herdar o património comum, o direito de visita a hospitais e prisões.
Ao contrário do casamento que tem efeitos imediatos a união de facto só é aplicável após dois anos de vida em comum. Note-se que a união de facto, ao contrário do casamento, não tem de ser reconhecida oficialmente pelas duas pessoas para ter efeitos legais: as protecções na lei são aplicáveis por defeito a qualquer união a partir do momento que se cumpram dois anos de vida comum.
O regime fiscal de entrega conjunta de IRS é opcional para as pessoas em união de facto (podem, à sua escolha, entregar uma declaração conjunta ou duas separadas). As pessoas casadas (que não estejam "separadas de facto") são obrigadas a entregar uma declaração conjunta.
A união de facto não tem obrigações automáticas do casamento civil como a obrigação de apoio, responsabilidade pelas dívidas contraídas, obrigação de fidelidade, etc. Alguns destes direitos em particular já foram parcialmente obtidos caso a caso recorrendo aos tribunais
Nota: Não tive oportunidade de confirmar esta informação.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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JLMF Escreveu:Foi afirmado e houve concordancia: Mas espiritualmente e moralmente na minha opinião os judeus eram superiores a todos esses povos. E a moral cristã é ainda mais superior.
Que assim seja, que não tenham assinado a declaração e que sejam diferentes em muitos aspectos, como eu sou diferente deles, mas não é por isso que me vou considerar superior a eles.
Mas qual é o mal de ter sido afirmado e haver concordancia?
Querias que eu dissesse que apesar de os gregos castrarem e violarem escravos e assediarem sexualmente adolescentes do mesmo sexo com consentimento dos pais tinham uma moral que está ao mesmo nível da dos judeus e cristãos? Não haveria uma grande hipocrisia da minha parte se o dissesse?
"There are three faithful friends - an old wife, an old dog, and ready money." - Benjamin Franklin
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cannot Escreveu:Se quiserem ir por outra abordagem ficam alguns factos e pensamentos. Não é para discussão, apenas como partilha de conhecimento para quem estiver interessado em aprofundar isto fora de enquadramentos sociais e religiosos.
"Existe uma longa tradição, tenazmente defendida no passado recente pelo pensados pós-modernista françês Michel Foucault, que sustenta que o que a sociedade considera como patologia ou como doença não passa de um constructo social, que estigmatiza qualquer desvio em relação ao que a sociedade arbitrariamente considera como normal. É o caso da homossexualidade, que durante muito tempo foi tida como não natural e resultante de um funcionamento psíquico deficiente, até que, no final do século XX, deixou de ser vista como uma patologia por força da sua aceitação crescente pelas sociedades desenvolvidas."
"A homossexualidade constituiu sempre um problema especial para a biologia evolucionista. Quando se considera que tudo em torno da evolução está associado à reprodução, e que os homossexuais tendem a não deixar descendência, seria lógico pensar que um gene para a homossexualidade seria rapidamente eliminado por selecção natural. Os biólogos evolucionistas contemporâneos têm avançado com teorias de que o factor genético que produz a homossexualidade é o subproduto de uma outra característica, altamente adaptável, que possivelmente beneficia as fêmeas e que é transmitida pelo lado materno (1). Crê-se que o cérebro de alguns animais, incluindo os humanos, é sexualizado num estádio pré-natal po exposição a certos níveis de várias hormonas sexuais; com base em estudos efectuados sobre ratos, foi adiantada a hipótese de a homossexualidade masculina ser provocada por uma exposição pré-natal insuficiente à testosterona."
(1) "The Red Queen: Sex and the Evolution of Human Nature", Matt Ridley.
"As possibilidades hereditárias da homossexualidade têm sido consideradas até agora da mesma forma que a hereditariedade da inteligência e da criminalidade, recorrendo a estudos de gémeos e de adoptados. Estes estudos indicaram taxas de hereditariedade que vão dos 31 aos 74% no caso dos homens, e de 27 aos 76% no caso das mulheres. Algumas pesquisas neurofisiológicas recentes mostram que há realmente diferenças na estrutura de três diferentes partes do cérebro entre homens homossexuais e heterossexuais. Segundo Simon LeVay, estas diferenças são claras sobretudo no hipotálamo (2)."
(2) "A difference in hypothalamic structure between heterosexual and homosexual men." Simon LeVay
"... À parte de algumas perturbações que são provocadas por apenas um gene, como é o caso da doença de Huntington, os genes nunca são 100% responsáveis pelas condições de um indivíduo, e não há razões para pensar que a existência de um gene gay signifique que a cultura, as normas, as oportunidades e outros factores não desempenham um papel importante na orientação sexual."
"As pessoas de Direita que pensam que a homossexualidade é apenas uma questão de escolha moral, têm de se confrontar com a mesma realidade que as de Esquerda no que respeita à inteligência ou à identidade do género: a natureza impõe os seus limites. Um canhoto pode ser ensinado a escrever com a mão direita, mas isso implica sempre uma luta e para eles nunca é natural. De facto, a homossexualidade não difere da inteligência, da criminalidade ou da identidade sexual, na medida em que é uma predisposição humana em parte determinada pela hereditariedade e em parte determinada pelo ambiente e pela escolha individual."
Abraço
Eu tenho dúvidas que a homossexualidade seja uma condição genética. Mesmo que a questão seja uma exposição menor a hormonas masculinas durante a gestação (o que acho um bocado elaborado demais) , seria uma questão de meio e não de genética.
O facto de ser uma característica adquirida não lhe retira o seu aspecto de impossibilidade de escolha.
Quero dizer, lá por ser uma característica adquirida não quer dizer que o sujeito tivesse possibilidade de escolher adquiri-la, ou não.
Não há uma escolha entre ser homossexual ou heterossexual. Há uma circunstância ambiental em que não há possibilidade de escolha. Na gestação, ou fora dela.
Na minha opinião não há genética nenhuma envolvida nas inclinações sexuais. Mas para todos os efeitos é como se houvesse.
Claro que esta opinião não tem nada de científico e não se baseia em nenhum estudo. É a mais simples. Para quê ir buscar a genética?
Abraço,
Dwer
There is a difference between knowing the path and walking the path
Dwer
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elgenedy Escreveu:pedrom Escreveu:Conheço e convivo com duas lesbicas que tem uma filha (de uma delas) e fizeram uma moradia juntas que são excelentes pessoas, que vivem a sua sexualidade dentro das paredes da sua casa, como qualquer casal heterosexual devia fazer e a quem a sociedade não discrimina pois são mulheres com M grande sempre muito educadas e respeitadoras para quem a sua sexualidade não é motivo para exigirem da sociedade comportamentos e aceitação "extra", são como são e ponto final.
Pegando neste ponto do comentário, queria só deixar aqui uma pequena reflexão.
No caso deste casal, como é evidente, a filha é de apenas uma das pessoas. Não sendo possível o casamento/união/junção legal, e não sendo permitida a adopção, caso alguma coisa aconteça à mãe, de quem é a criança? Se por uma infelicidade perde a mãe, arrisca-se a perder tudo, pois a companheira, legalmente, nada pode fazer com a criança, pois não lhe é nada.
Aos que defendem que é quase um crime um casal gay adoptar, seria assim tão mau, tão disfuncional, ou tão errado para esta criança ser adoptada pela companheira da mãe?
Cumprimentos,
Elgenedy
A filha tem um pai, só que vive mais tempo com a mãe. Em relação a bens, tudo esta em nome das duas, mesmo não sendo casadas.
De que vale a pena correr quando estamos na estrada errada?
elgenedy Escreveu:Não lhe chamem casamento.. chamem-lhe união civil, ou união legal, ou whatever; não lhe chamem adopção.. chamem de impresso 4972-25 ou ponham outro nome qualquer; mas deixem que essas possoas possam seguir a sua vida com a mesma justiça e o mesmo tratamento que exigimos para todos nós. Muitos só querem isso: viver e ser felizes que é um direito de todos.
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Sim, de acordo. A figura da união de facto que já existe servia perfeitamente.
Abraço,
Dwer
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elgenedy Escreveu:
Não lhe chamem casamento.. chamem-lhe união civil, ou união legal, ou whatever; não lhe chamem adopção.. chamem de impresso 4972-25 ou ponham outro nome qualquer; mas deixem que essas possoas possam seguir a sua vida com a mesma justiça e o mesmo tratamento que exigimos para todos nós. Muitos só querem isso: viver e ser felizes que é um direito de todos.
A vantagem de se lhe chamar casamento em vez de outra coisa qualquer é o facto de a pessoa não ser automaticamente identificada com uma determinada realidade. Ou seja, não carrega uma marca que a identifica com um determinado grupo (o pior exemplo são as faixas de diferentes cores ou as estrelas de David usadas pelo nazismo).
V.
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Se quiserem ir por outra abordagem ficam alguns factos e pensamentos. Não é para discussão, apenas como partilha de conhecimento para quem estiver interessado em aprofundar isto fora de enquadramentos sociais e religiosos.
"Existe uma longa tradição, tenazmente defendida no passado recente pelo pensados pós-modernista françês Michel Foucault, que sustenta que o que a sociedade considera como patologia ou como doença não passa de um constructo social, que estigmatiza qualquer desvio em relação ao que a sociedade arbitrariamente considera como normal. É o caso da homossexualidade, que durante muito tempo foi tida como não natural e resultante de um funcionamento psíquico deficiente, até que, no final do século XX, deixou de ser vista como uma patologia por força da sua aceitação crescente pelas sociedades desenvolvidas."
"A homossexualidade constituiu sempre um problema especial para a biologia evolucionista. Quando se considera que tudo em torno da evolução está associado à reprodução, e que os homossexuais tendem a não deixar descendência, seria lógico pensar que um gene para a homossexualidade seria rapidamente eliminado por selecção natural. Os biólogos evolucionistas contemporâneos têm avançado com teorias de que o factor genético que produz a homossexualidade é o subproduto de uma outra característica, altamente adaptável, que possivelmente beneficia as fêmeas e que é transmitida pelo lado materno (1). Crê-se que o cérebro de alguns animais, incluindo os humanos, é sexualizado num estádio pré-natal po exposição a certos níveis de várias hormonas sexuais; com base em estudos efectuados sobre ratos, foi adiantada a hipótese de a homossexualidade masculina ser provocada por uma exposição pré-natal insuficiente à testosterona."
(1) "The Red Queen: Sex and the Evolution of Human Nature", Matt Ridley.
"As possibilidades hereditárias da homossexualidade têm sido consideradas até agora da mesma forma que a hereditariedade da inteligência e da criminalidade, recorrendo a estudos de gémeos e de adoptados. Estes estudos indicaram taxas de hereditariedade que vão dos 31 aos 74% no caso dos homens, e de 27 aos 76% no caso das mulheres. Algumas pesquisas neurofisiológicas recentes mostram que há realmente diferenças na estrutura de três diferentes partes do cérebro entre homens homossexuais e heterossexuais. Segundo Simon LeVay, estas diferenças são claras sobretudo no hipotálamo (2)."
(2) "A difference in hypothalamic structure between heterosexual and homosexual men." Simon LeVay
"... À parte de algumas perturbações que são provocadas por apenas um gene, como é o caso da doença de Huntington, os genes nunca são 100% responsáveis pelas condições de um indivíduo, e não há razões para pensar que a existência de um gene gay signifique que a cultura, as normas, as oportunidades e outros factores não desempenham um papel importante na orientação sexual."
"As pessoas de Direita que pensam que a homossexualidade é apenas uma questão de escolha moral, têm de se confrontar com a mesma realidade que as de Esquerda no que respeita à inteligência ou à identidade do género: a natureza impõe os seus limites. Um canhoto pode ser ensinado a escrever com a mão direita, mas isso implica sempre uma luta e para eles nunca é natural. De facto, a homossexualidade não difere da inteligência, da criminalidade ou da identidade sexual, na medida em que é uma predisposição humana em parte determinada pela hereditariedade e em parte determinada pelo ambiente e pela escolha individual."
Abraço
"Existe uma longa tradição, tenazmente defendida no passado recente pelo pensados pós-modernista françês Michel Foucault, que sustenta que o que a sociedade considera como patologia ou como doença não passa de um constructo social, que estigmatiza qualquer desvio em relação ao que a sociedade arbitrariamente considera como normal. É o caso da homossexualidade, que durante muito tempo foi tida como não natural e resultante de um funcionamento psíquico deficiente, até que, no final do século XX, deixou de ser vista como uma patologia por força da sua aceitação crescente pelas sociedades desenvolvidas."
"A homossexualidade constituiu sempre um problema especial para a biologia evolucionista. Quando se considera que tudo em torno da evolução está associado à reprodução, e que os homossexuais tendem a não deixar descendência, seria lógico pensar que um gene para a homossexualidade seria rapidamente eliminado por selecção natural. Os biólogos evolucionistas contemporâneos têm avançado com teorias de que o factor genético que produz a homossexualidade é o subproduto de uma outra característica, altamente adaptável, que possivelmente beneficia as fêmeas e que é transmitida pelo lado materno (1). Crê-se que o cérebro de alguns animais, incluindo os humanos, é sexualizado num estádio pré-natal po exposição a certos níveis de várias hormonas sexuais; com base em estudos efectuados sobre ratos, foi adiantada a hipótese de a homossexualidade masculina ser provocada por uma exposição pré-natal insuficiente à testosterona."
(1) "The Red Queen: Sex and the Evolution of Human Nature", Matt Ridley.
"As possibilidades hereditárias da homossexualidade têm sido consideradas até agora da mesma forma que a hereditariedade da inteligência e da criminalidade, recorrendo a estudos de gémeos e de adoptados. Estes estudos indicaram taxas de hereditariedade que vão dos 31 aos 74% no caso dos homens, e de 27 aos 76% no caso das mulheres. Algumas pesquisas neurofisiológicas recentes mostram que há realmente diferenças na estrutura de três diferentes partes do cérebro entre homens homossexuais e heterossexuais. Segundo Simon LeVay, estas diferenças são claras sobretudo no hipotálamo (2)."
(2) "A difference in hypothalamic structure between heterosexual and homosexual men." Simon LeVay
"... À parte de algumas perturbações que são provocadas por apenas um gene, como é o caso da doença de Huntington, os genes nunca são 100% responsáveis pelas condições de um indivíduo, e não há razões para pensar que a existência de um gene gay signifique que a cultura, as normas, as oportunidades e outros factores não desempenham um papel importante na orientação sexual."
"As pessoas de Direita que pensam que a homossexualidade é apenas uma questão de escolha moral, têm de se confrontar com a mesma realidade que as de Esquerda no que respeita à inteligência ou à identidade do género: a natureza impõe os seus limites. Um canhoto pode ser ensinado a escrever com a mão direita, mas isso implica sempre uma luta e para eles nunca é natural. De facto, a homossexualidade não difere da inteligência, da criminalidade ou da identidade sexual, na medida em que é uma predisposição humana em parte determinada pela hereditariedade e em parte determinada pelo ambiente e pela escolha individual."
Abraço
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Foi afirmado e houve concordancia: Mas espiritualmente e moralmente na minha opinião os judeus eram superiores a todos esses povos. E a moral cristã é ainda mais superior.
Que assim seja, que não tenham assinado a declaração e que sejam diferentes em muitos aspectos, como eu sou diferente deles, mas não é por isso que me vou considerar superior a eles.
Que assim seja, que não tenham assinado a declaração e que sejam diferentes em muitos aspectos, como eu sou diferente deles, mas não é por isso que me vou considerar superior a eles.
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Dwer Escreveu:elgenedy Escreveu:pedrom Escreveu:Conheço e convivo com duas lesbicas que tem uma filha (de uma delas) e fizeram uma moradia juntas que são excelentes pessoas, que vivem a sua sexualidade dentro das paredes da sua casa, como qualquer casal heterosexual devia fazer e a quem a sociedade não discrimina pois são mulheres com M grande sempre muito educadas e respeitadoras para quem a sua sexualidade não é motivo para exigirem da sociedade comportamentos e aceitação "extra", são como são e ponto final.
Pegando neste ponto do comentário, queria só deixar aqui uma pequena reflexão.
No caso deste casal, como é evidente, a filha é de apenas uma das pessoas. Não sendo possível o casamento/união/junção legal, e não sendo permitida a adopção, caso alguma coisa aconteça à mãe, de quem é a criança? Se por uma infelicidade perde a mãe, arrisca-se a perder tudo, pois a companheira, legalmente, nada pode fazer com a criança, pois não lhe é nada.
Aos que defendem que é quase um crime um casal gay adoptar, seria assim tão mau, tão disfuncional, ou tão errado para esta criança ser adoptada pela companheira da mãe?
Cumprimentos,
Elgenedy
Bem observado. No entanto, na minha opinião esse direito podia ser garantido na mesma sem ter que recorrer ao casamento.
Olá Dwer,
A questão aí poderia ser tão ou mais complexa do que já é actualmente.
Partindo da premissa que a união legal estava fora do baralho, estarias a permitir uma adopção por parte de uma mulher solteira, quando a mãe biológica não a quer entregar, mas sim partilhar.
Não podemos esquecer que partimos de uma situação onde 2 mulheres juntas não formam legalmente um casal. Para todos os efeitos legais, seriam 2 amigas.
Se essa situação fosse permitida, então teria também de ser permitida a adopção por homens solteiros, mesmo que vivessem em relação homossexual assumida.
E isto seria complicado.
Mas posso juntar outra questão de reflexão, pegando ainda no caso indicado pelo Pedro. Supõe tu que, apesar de todos os elogios feitos pelo Pedro, a família da que não é mãe biológica, odeia o facto da filha ser lésbica (e como deves saber, isto acontece e muito). Agora imagina que, acontece algo a essa pessoa. A criança continua com a mãe, mas a parte da vivenda que ambas construiram que lhe pertença, passa, na pior das hipóteses 2/3, para a família. Será justo, ou correcto que a mãe da criança ainda tenha de comprar essa parte da casa?
Estes são os problemas reais que as várias pessoas homossexuais lidam. Situações que se de alguma forma acontecessem conosco, estaríamos revoltadíssimos com todo o sistema, e faríamos tudo para ir a advogados, tribunais, alguns até às televisões.
E é para evitar este tipo de problemas bem reais e injustos, que se pretende permitir esta união.
Não lhe chamem casamento.. chamem-lhe união civil, ou união legal, ou whatever; não lhe chamem adopção.. chamem de impresso 4972-25 ou ponham outro nome qualquer; mas deixem que essas possoas possam seguir a sua vida com a mesma justiça e o mesmo tratamento que exigimos para todos nós. Muitos só querem isso: viver e ser felizes que é um direito de todos.
Cumprimentos,
Elgenedy
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JLMF Escreveu:Entre outras afirmações o que foi referido é que a moral cristã é superior ás demais. De seguida houve concordancia.
Ora quem pode afirmar que a sua moral é superior ás demais?
-Quem não deseja aceitar os demais e como a história nos demonstra os procura subjugar desprezando-os.
-Quem conhece muito bem o sentimento de superioridade mas desconhece e desrespeita a palavra diferente, como está bem patente ao longo deste tópico.
Por isso é fácil compreender os conflitos que fundamentalistas em varios grupos e religiões criaram partindo sempre desse principio de superioridade sem respeito pelo seu semelhante mesmo que diferente por alguma razão.
Olha, o que tu dizes vai por exemplo ao encontro do que tenho vindo a dizer. A declaração Universal dos direitos do Homem por exemplo, que é aceite no mundo ocidental cristianizado, não foi assinada por nenhum país muçulmano excepto a Turquia.
A superioridade não está em subjugar! Muito pelo contrário.
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Entre outras afirmações o que foi referido é que a moral cristã é superior ás demais. De seguida houve concordancia.
Ora quem pode afirmar que a sua moral é superior ás demais?
-Quem não deseja aceitar os demais e como a história nos demonstra os procura subjugar desprezando-os.
-Quem conhece muito bem o sentimento de superioridade mas desconhece e desrespeita a palavra diferente, como está bem patente ao longo deste tópico.
Por isso é fácil compreender os conflitos que fundamentalistas em varios grupos e religiões criaram partindo sempre desse principio de superioridade sem respeito pelo seu semelhante mesmo que diferente por alguma razão.
Ora quem pode afirmar que a sua moral é superior ás demais?
-Quem não deseja aceitar os demais e como a história nos demonstra os procura subjugar desprezando-os.
-Quem conhece muito bem o sentimento de superioridade mas desconhece e desrespeita a palavra diferente, como está bem patente ao longo deste tópico.
Por isso é fácil compreender os conflitos que fundamentalistas em varios grupos e religiões criaram partindo sempre desse principio de superioridade sem respeito pelo seu semelhante mesmo que diferente por alguma razão.
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Estás a confundir as coisas.
Eu não disse que os cristãos se sentem superiores.
O que eu quis dizer foi que o Cristianismo foi um marco importante no percurso histórico civilizacional que, moralmente, era um código de conduta superior às culturas que a antecederam (Judaica, grega, etc). É a minha opinião! Podem perfeitamente contra-argumentar como factos históricos, etc que isso é que faz uma boa discussão. A abolição da escravatura por exemplo, NMHO, teve forte influência desta nova cultura/moral...
O que eu disse não foi nenhum ataque a quem quer que fosse, e poderia até tirar ilacções de susceptibilidades incompreensivelmente feridas...
Eu não disse que os cristãos se sentem superiores.
O que eu quis dizer foi que o Cristianismo foi um marco importante no percurso histórico civilizacional que, moralmente, era um código de conduta superior às culturas que a antecederam (Judaica, grega, etc). É a minha opinião! Podem perfeitamente contra-argumentar como factos históricos, etc que isso é que faz uma boa discussão. A abolição da escravatura por exemplo, NMHO, teve forte influência desta nova cultura/moral...
O que eu disse não foi nenhum ataque a quem quer que fosse, e poderia até tirar ilacções de susceptibilidades incompreensivelmente feridas...
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EALM Escreveu:JLMF Escreveu:JLMF Escreveu:mais_um Escreveu:Woodhare Escreveu:Mas espiritualmente e moralmente na minha opinião os judeus eram superiores a todos esses povos. E a moral cristã é ainda mais superior.
É devido a pessoas, que pensam da mesma forma que tu, chegarem ao poder, que tem morrido milhões de pessoas ao longo da história da humanidade.
Nem mais.
.Eu quero-me convencer que o "mais superior" mencionado será um descuido de escrita, com o qual é preciso de facto cuidado. Os grandes conflitos da humanidade, mesmo os mais recentes, estiveram sempre ligados á iniciativa de alguém que se achava "superior".EALM Escreveu:Vou voltar a meter a colherada no tópico...
Estão aqui a discutir "religião" e "moral". Vou dar a minha opinião.
Estou de acordo com o Woodhare acerca da superioridade da moral/cultura Cristã.
Pronto já está.
Aparece um a dizer que se considera superior ou que o grupo a que pertence é superior e surgem de imediato seguidores que se acham superiores.
Eu tinha referido que é preciso cuidado com este tipo de convicções. A humanidade está saturada de lições de história que nos ensinam que os “superiores” ou que assim se avaliavam, acabaram quase sempre para levar ao desastre.
Depois admiram-se por os muçulmanos terem germinado grupos terroristas extremistas contra estes “superiores” que não tem feito nada mais que tratar os outros como inferiores.
Estás muito sensível. Tratei alguem como inferior?
Ponto 1: exprimi a minha opinião. É tão válida como a tua.
Ponto 2: Além de ser apenas uma opinião, estava a falar de um percurso civilizacional. É como dizer que a arte medieval é superior às pinturas rupestres.
Não se trata de sensibilidade.
Se alguem ou um grupo se julga superior tem se ser em relação a alguem ou outro grupo que considera ser inferior. Ou não? será possivel que os cristãos se julguem superiores (felizmente que não são todos, inclusivamente o Papa não partilha esse pensamento) sem considerarem o resto da humanidade inferior? Ou dizem-se superiores comparando-se com quem? Com o ser irracional?
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