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Caldeirão da Bolsa

"Tragédia grega" pode alastrar-se pela Europa

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Marco Martins » 24/12/2009 2:37

Mais "boas" notícias para os portugueses e seus governantes!!

São apenas milhões de euros que desaparecem das contas... humm, se ainda fossem mil milhões... :oops:

Creio que assim será um bom caminho para ter as contas públicas controladas... é tal como o ditado: quem não vê também não sente... :roll:

Não sei se repararam... mas este chumbo refere-se a 2008... altura em que a oposição já reclamava para o estado tomar medidas contra a crise e ele ainda nada tinha feito, pelo que presumo que o maior descalabro seja em 2009...

Sinceramente, espero que actual governo ainda esteja no poder nessa altura, pois já agora quero ver até onde o povo consegue fechar os olhos!!!
:?

O povo também pode ser como a panela de pressão, vai acumulando, acumulando... até que chega um dia e "arrebenta" descontroladamente...

Mas com jeito, os aclamados "corajosos" dos debates políticos, ainda vão conseguir provar que isto é uma perseguição ao "chorão" xocras...

Tadinho... por tão poucos milhões nem se justificava a chatisse...
 
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por mcarvalho » 23/12/2009 18:06

Tribunal de Contas "chumba" contas públicas de 2008


23/12/2009


O relatório da Conta Geral do Estado de 2008, hoje entregue pelo Presidente do Tribunal de Contas, Guilherme de Oliveira Martins, apresenta, uma vez mais, um imenso rol de críticas à gestão dos dinheiros públicos. Mas adopta um tom ainda mais duro. Em resumo: não é possível confirmar com rigor nem o valor da receita, nem da despesa, nem o do património do Estado.

O relatório é ainda fértil em exemplos insólitos de contabilização pública. Os 26 milhões de euros que serviram de reforço do Fundo de Pensões das Forças Armadas, e que terão resultado da venda de património do Estado, não tem paradeiro nas contas públicas, nem do lado das receitas, nem das despesas.

A contribuição de serviço rodoviário, por seu turno, foi feita à margem do Orçamento “sem suporte legal bastante face à Constituição e à lei”, o que terá levado à não contabilização de despesas de 525,1 milhões de euros e “à consequente degradação do controlo orçamental”.

O TC aponta ainda o dedo ao modo como foi contabilizada a receita “excepcional, não repetível e não inicialmente prevista no Orçamento” proveniente das concessões de barragens, pelo valor global de 1.382,5 milhões de euros, sendo que 521,2 milhões de euros “foram consignados pelo Governo a despesas não directamente relacionadas”.

Sublinha ainda o “especial efeito na despesa” que decorreu da “criação da contribuição de serviço rodoviário, destinada à EP – Estradas de Portugal, à margem do Orçamento do Estado”.

Sobre a despesa em termos gerais, o Tribunal sublinha aliás que “subsiste a assunção de encargos sem dotação orçamental suficiente, tendo continuado a transitar para o ano seguinte elevados montantes de encargos vencidos”.

O Tribunal chama a atenção para o “significativo aumento das responsabilidades efectivas do Estado por garantias prestadas em quase 1.800 milhões de euros particularmente quando se considera que algumas das entidades que delas beneficiaram, como o Banco Português de Negócios e o Banco Privado Português, encontram em situação financeira muito difícil, coloca a possibilidade de o Estado ter de efectuar, num futuro próximo, pagamentos vultuosos em execução dessas garantias.”

Refere ainda que a comparabilidade da despesa tem sido afectada pela “alteração do universo dos organismos abrangidos pela Conta (em resultado, designadamente, da empresarialização dos hospitais e de outras entidades pertencentes ao sector público administrativo); à alteração de critérios contabilísticos; e à inexistência deinformação final sobre a execução orçamental de algumas entidades”.

O Tribunal de Contas lamenta, por fim, que “onze anos após a aprovação do Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP), este continuou a não ser aplicado pelos serviços integrados do Estado e por uma parte dos serviços e fundos autónomos, embora tenham sido dados alguns passos nesse sentido”. Deixa 83 recomendações, muitas delas já antigas, exprimindo a esperança de que estas sejam “assumidas como uma prioridade” pela Assembleia da República e pelo Governo.
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mas também há a sorte grande

por mcarvalho » 23/12/2009 13:10

in bpionline

Saiu-lhes a Sorte Grande


23/12/2009


A OPA pode até ser hostil mas nem o Pai Natal seria tão amigo dos accionistas da Cimpor como a CSN. É quase como se a OPA lhes fosse um favor de 31 de Dezembro. Mas como será a 1 de Janeiro?

A OPA lançada sobre a Cimpor e a entrada de Isabel dos Santos na Zon são a taluda para muita gente. Virtudes do "valor justo": o registo contabilístico de uma carteira de acções a 31 de Dezembro é o que interessa. E, numa semana, muita gente ficou sorridente e salva o ano. Mesmo que a OPA seja um fracasso em 2010, é para muitos um sucesso em 2009:

Carlos Santos Ferreira - O BCP preparava-se para ser a única acção do PSI-20 a desvalorizar-se em 2009. Depois da OPA, as acções do BCP subiram e já estão positivas. Mas a maior bondade da oferta não é poupar o Millennium ao vexame de ficar negativo num ano em que a bolsa sobe mais de 30%. É a subida das acções da Cimpor fortalecer o fundo de pensões, uma enorme dor de cabeça de Santos Ferreira, que foi agravada na semana passada pela proposta de Basileia para as regras dos rácios de capital. Quase tudo o que Santos Ferreira não domina tem corrido mal. Estava na altura de alguma coisa correr bem. A OPA é preciosa para o fecho do exercício.

Faria de Oliveira - A Caixa foi criticada pelo acordo com Manuel Fino, que entregou 10% da Cimpor como reforço de garantias. A subida das acções esvazia parte das críticas e incorpora uma mais-valia contabilística nas contas da Caixa.

Manuel Fino e Teixeira Duarte - Não se falam mas padecem ambos de excesso de dívidas, para as quais têm sobretudo as acções da Cimpor como colateral. A subida dos títulos a 31 de Dezembro robustece-lhes as garantias. Mais: a OPA marcou um patamar, não apenas de valor mas também por ser em "cash". Se outros aparecerem, entram no leilão.

Bruno Lafont - O presidente da Lafarge não manda na Cimpor e precisa de dinheiro. É dado como o "primeiro " vendedor da OPA.

Coronel Luís Silva - Discreto como sempre, está a jogo. As suas acções na Cimpor sobem. E as que vendeu da Zon a Isabel dos Santos são "perdas cortadas". Com encaixe.

Joe Berardo - Idem. Discreto como nunca, ganha nas acções da Zon e da Cimpor. Bem precisa de aliviar a pressão da banca...

José Sócrates - Garimpou o Atlântico à procura de negócios. A oferta de brasileiros é apreciada. A entrada de Isabel dos Santos é agraciada. Aqui, os ventos semeados colheram frutos, não tempestades.

Isabel dos Santos - Tem dinheiro e mercado de expansão, precisa de empresas com competência. A Zon é uma delas. Isabel já é aceite sem pruridos e entrou a um preço bom.

Rodrigo Costa - O negócio com Angola traz mercados de expansão à Zon. A administração limpa a borrada que foi o programa de compra de acções próprias. E Isabel dos Santos garante uma transição calma para um novo mandato do CEO.

José Maria Ricciardi - Ninguém o vê mas está em todas. O presidente do BES Investimento assessora a OPA da CSN, intermedeia a entrada na Zon e viabilizou o negócio da Galp em Espanha. Com um Dezembro assim, não há crise.

Toda esta gente pode tirar o champanhe do congelador para o "réveillon". E comer 12 passas pedindo idêntica sorte em 2010. Porque a sorte, diz-se, dá muito trabalho.
 
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por mcarvalho » 23/12/2009 2:07

Reformados por invalidez sem acesso a benefícios fiscais de PPR


23/12/2009


Os contribuintes que tenham passado à reforma por invalidez não podem usufruir de quaisquer benefícios fiscais em sede de IRS, seja qual for a sua idade ou o grau de incapacidade que tenham, isto é, independentemente de poderem ainda exercer algum tipo de actividade laboral até que venham a reformar-se por atingirem a idade legal para o efeito.

Apesar de a lei não ser totalmente clara nesse sentido, será essa a interpretação que os serviços de Finanças passarão a fazer dela daqui para a frente, na sequência de uma informação vinculativa emitida na semana passada pela DGCI, com a concordância do director-geral, José Azevedo Pereira.
 
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por mcarvalho » 21/12/2009 22:17

Défice do Estado supera os 13 mil milhões até Novembro (act.)


21/12/2009


O défice do subsector Estado aumentou, em Novembro, atingindo os 13,07 mil milhões de euros nos primeiros onze meses do ano, num período em que as receitas fiscais caíram 14,2%, revelou hoje o Ministério das Finanças em comunicado.

O défice totalizou 13,07 mil milhões de euros, “um acréscimo de 6.908,2 milhões de euros relativamente ao valor verificado em igual período de 2008”, revelam as Finanças, num período em que a despesa total aumentou 4,6%.

O Ministério justifica este aumento essencialmente com “o crescimento muito expressivo das despesas de capital (31%)”, um factor que é explicado pelo “esforço” implementado nas medidas de combate à crise, nomeadamente através do Programa Iniciativa para o Investimento e Emprego, salienta a mesma fonte, que sublinha que “os gastos do subsector Estado continuam controlados”.

A contribuir para a evolução do défice esteve também a quebra das receitas fiscais, em 14,2% para um total de 27,48 mil milhões de euros, menos 4,5 mil milhões do que em igual período do ano passado.

“Descontados os efeitos das medidas de política adoptadas pelo Governo no âmbito do combate à crise económica, constata-se que a receita fiscal registaria até Novembro um decréscimo de apenas 10,9% face ao período homólogo de 2008”, revelam as Finanças.

No que respeita à execução orçamental, destaque ainda para a Segurança Social que, em Novembro, registou um saldo positivo de 1.097,1 milhões de euros. Um valor que apesar de positivo representa menos 826,1 milhões de euros do que em igual período do ano passado.
 
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in bpi

por mcarvalho » 21/12/2009 19:37

Portugal

Fitch baixa "rating" individual da CGD (act.)


21/12/2009


A Fitch reviu em baixa o “rating” individual da Caixa Geral de Depósitos (CGD), para reflectir “o desafio de manter uma boa rentabilidade operacional e qualidade na gestão de activos”, num período conturbado. Além disso, a casa de notação financeira prevê que o banco continue sobre pressão no que respeita a receitas e a margens.

O "rating" individual passou de "B" para "B/C". Este “rating” reflecte essencialmente a actividade bancária da CGD, não estando dependente do "rating" da República - recorde-se que a CGD é do Estado.

“A redução do ‘rating’ individual da CGD reflecte o seu desafio de manter uma boa rentabilidade operacional e qualidade na gestão de activos no contexto de recessão em Portugal".

"Também reflecte a visão da Fitch de que as receitas e as margens do grupo permaneçam sobre pressão devido a taxas de juro mais baixas e aos custos de financiamento ligeiramente mais elevados, enquanto os custos de imparidades no crédito permanecem altos”, revela a Fitch numa nota de análise hoje publicada.

Os restantes “ratings” foram mantidos. Na nota de análise, os analistas revelam que o “rating” da dívida da CGD para o longo prazo foi mantido em “AA-”, com um perspectiva “negativa”, reflectindo a notação concedida para a República Portuguesa, que é de "AA", com um "outlook" negativo.

A agência de notação financeira salienta que “apesar do ambiente económico difícil”, a rentabilidade operacional do banco “permaneceu saudável” em 2008 e na primeira metade de 2009. E que os resultados em 2008 foram “afectados dramaticamente” pelas imparidades relacionadas com participações detidas noutras empresas, um cenário que já não deverá verificar-se em 2010, já que “as avaliações do mercado bolsista melhoraram”.


Europa

UBS aponta sete razões para vender a moeda única europeia


21/12/2009


O UBS recomenda aos investidores que vendam euro e aponta 7 razões para o fazerem. O risco de países como Espanha e Portugal se debatam para pagarem a sua dívida pública é uma das razões que aumenta o risco da moeda única europeia.

“A moeda única caiu acentuadamente para o nosso alvo de três meses de 1,40 dólares”, escreveu o chefe de negociação de divisa do UBS, Mansoor Mohi-uddin na nota de investimento a que a Bloomberg teve acesso.

Os analistas da UBS atribuem um justo-valor de longo prazo ao euro nos 1,20-1,25 dólares, o que representa um potencial de desvalorização de 17% face ao preço actual. Este ano, o euro aprecia 2,8%.

Além de um justo-valor que deixa o euro sobre-avaliado em 17%, os analistas apontam mais seis razões por que consideram sensato vender o euro.

São estas as razões: a Reserva Federal vai aumentar a taxa de juro de referência antes do Banco Central Europeu (BCE); os investidores norte-americanos devem voltar a aplicar o seu dinheiro em dólares; os investidores vão ficar mais avessos ao risco; alguns bancos centrais vão restringir a política monetária em 2010.

Também a pesar no desempenho do euro estará o risco de a Grécia ter dificuldades em cumprir as suas obrigações e o sentimento de um euro “dominado pelos touros”, que o deixa vulnerável a surpresas, segundo a Blooomberg que cita a nota de investimento.

“As preocupações acerca da posição fiscal na Grécia, bem como as da Irlanda, Espanha e Portugal também pesam na divisa europeia, uma vez que os gestores de reservas nos bancos centrais estrangeiros têm de avaliar o risco de queda do euro”, acrescentam os analistas.
 
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por bolo » 21/12/2009 16:24

Atomez Escreveu:O problema nem é o montante da dívida, é sim a incapacidade de gerar riqueza para a pagar...


:mrgreen:

Não são normais os níveis de dívida contraídos, quer por pessoas, quer por países, avaliados em percentagem da riqueza criada.

A arquitectura do desenvolvimento económico assente neste modelo difere para o futuro o pagamento de bens e serviços que queremos adquirir e consumir no presente.

Nada se passaria se as garantias e os riscos associados a esses empréstimos fossem passíveis de ser correctamente avaliados e actualizados ao longo do tempo. Mas não são, devido à complexidade que adquirem. Na falta dessed rigor abre-se a possibilidade para mais um negócio, e assim até rebentar a bolha.

Mas não há que ter preocupações. Enquanto aguentar é aproveitar, quando não der mais cá estaremos para nos virar.
Por um lado achamos demasiado por outro lado fazemos parte deste modelo e aceitamo-lo ao recorrer a ele.

Milhares de dívidas contraídas a 20, 30, 40 e 50 anos? É claro que muitas vão dar para o torto.
Sou céptico em relação a esta arquitectura, por parecer comportar alguns excessos, excessivos, mas não posso deixar de apreciar tudo o que ela me permite usufruir, para já cumprindo as minhas obrigações.
Acabei de me auto-promover a Principiante!
Aaahhgrrr,... os meus dedos não estalam!!!
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The UK is not going to keep its AAA rating

por gfalmeida » 21/12/2009 15:46

Comparando com esta previsão, e o homem não é menino nenhum, a tragédia grega é uma brincadeira de crianças. Esperemos que não tenha razão

http://jimrogers-investments.blogspot.c ... ating.html
 
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por Branc0 » 21/12/2009 15:21

Xuly Escreveu:
Branc0 Escreveu:Fica o gráfico actualizado para os interessados.

Até Novembro é uma média mensal, em Dezembro são as cotações desta manhã.


Boa tarde,
Branco,
Podes dizer onde foste buscar os dados para esse gráfico?

Obrigado
Uly


As médias são do BCE, o resto é cotações de mercado.
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por Xuly » 21/12/2009 14:43

Branc0 Escreveu:Fica o gráfico actualizado para os interessados.

Até Novembro é uma média mensal, em Dezembro são as cotações desta manhã.


Boa tarde,
Branco,
Podes dizer onde foste buscar os dados para esse gráfico?

Obrigado
Uly
 
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por pinto80 » 21/12/2009 13:27

Já agora, se quiserem poderão ver o meu post sobre o assunto no blog: [url]fiscalidadenoblog.wordpress.com[/url][/url]
http://fiscalidadenoblog.wordpress.com/ - visite e sugira temas oportunos
 
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por Branc0 » 21/12/2009 13:14

Atomez Escreveu:O problema nem é o montante da dívida, é sim a incapacidade de gerar riqueza para a pagar...


Isso agora com o Aeroporto e TGV vai ser só gerar receitas para pagar a dívida :P
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por atomez » 21/12/2009 12:54

O problema nem é o montante da dívida, é sim a incapacidade de gerar riqueza para a pagar...
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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por pinto80 » 21/12/2009 12:51

É por demais evidente que o montante elevado de dívida de alguns países, incluindo Portugal, terá repercussões directas no financiamento de mais dívida...
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por Branc0 » 21/12/2009 10:51

Fica o gráfico actualizado para os interessados.

Até Novembro é uma média mensal, em Dezembro são as cotações desta manhã.
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"Tragédia grega" pode alastrar-se pela Europa

por mcarvalho » 21/12/2009 2:34

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"Tragédia grega" pode alastrar-se pela Europa


21/12/2009


O diferencial entre as taxas de juro da dívida pública alemã e grega poderão superar a fasquia dos três pontos percentuais, pela primeira vez numa década, à medida que as preocupações dos investidores quanto ao défice da Grécia se alastram ao resto da Europa.

Na semana passada, a agência de notação financeira Standard&Poor's cortou o "rating" da dívida soberana de longo prazo da Grécia para "BBB ", podendo este país vir a sofrer mais revisões em baixa. Esta descida de "rating" surgiu depois de também a Fitch ter reduzido a classificação da dívida do país.

De acordo com uma análise técnica do Citigroup, citada pela agência de notícias Bloomberg, os "spreads" da dívida pública da Espanha, Itália e Irlanda deverão continuar a aumentar, depois de vários avisos de agências de "rating" sobre a dívida destes países. Na análise técnica, investidores e analistas estudam padrões de negociação e estatísticas de preços para preverem mudanças num activo.

A análise do Citigroup conclui que o diferencial das obrigações do tesouro a 10 anos da Grécia e da Alemanha poderão romper a barreira dos três pontos percentuais, face aos actuais 2,66%. É preciso recuar até à adesão dos países ao euro, em 1999, para encontar um intervalo tão largo entre a "yield" das obrigações dos dois países . O "spread" era de 4,7 pontos percentuais em 1998.

Portugal integra também o lote de países do sul da Europa para os quais as agências de "rating" têm uma perspectiva negativa, que aponta para uma possível revisão em baixa da qualidade da dívida.

Nas últimas semanas, as agências de "rating" colocaram sobre vigilância negativa a dívida pública de vários países europeus, como a Espanha ou a Irlanda.

Estes avisos levaram o Goldman Sachs a alertar qu e o Banco Central Europeu (BCE) deve alterar as regras que definem os activos dados como garantia da dívida contraída junto da entidade. Isto, porque o BCE apenas aceita obrigações com classificação superior a "BBB ". Assim sendo, basta que a Moody's desça o "rating" da Grécia para que "Tragédia grega" pode alastrar-se pela Europa
 
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