Cimeiras do Clima (Copenhaga, Cancún, Durban...)
tavaverquenao, aqui fica outro grafico de precipitação. Este apresenta-te dados de Badajoz e abrange um período de 125 anos (1876 a 2002).
Tal como no gráfico que apresentei anteriormente, também aqui não é visível qualquer tendência regressiva, mas apenas flutuações no intervalor 400-600 mm, com alguns anos extremos pelo meio.
Nota que este gráfico não estava à beira da estrada. Podes encontrar o documento no site oficial da Universidade da Extremadura em alcazaba.unex.es/~jmalvllo/catedra/regimenpre.pps
A autora da apresentação chama-se Milagros Couchoud Gregori e assina como Directora General del I.N.M. (o equivalente ao nosso Instituto de Meteorologia).
A apresentação onde este gráfico está incluído (no slide número 26) termina com a seguinte conclusão:
No se han detectado tendencias estadísticamente significativas en la precipitación total anual
Tal como no gráfico que apresentei anteriormente, também aqui não é visível qualquer tendência regressiva, mas apenas flutuações no intervalor 400-600 mm, com alguns anos extremos pelo meio.
Nota que este gráfico não estava à beira da estrada. Podes encontrar o documento no site oficial da Universidade da Extremadura em alcazaba.unex.es/~jmalvllo/catedra/regimenpre.pps
A autora da apresentação chama-se Milagros Couchoud Gregori e assina como Directora General del I.N.M. (o equivalente ao nosso Instituto de Meteorologia).
A apresentação onde este gráfico está incluído (no slide número 26) termina com a seguinte conclusão:
No se han detectado tendencias estadísticamente significativas en la precipitación total anual
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tavaverquenao2 Escreveu:É difícil num programa de rádio mostrar gráficos, tens de reconhecer, mas então duvidas das afirmações desse professor e acreditas numa placa de beira da estrada? Já reparaste que a placa nem tem a fonte dos dados, só a empresa, provavelmente uma de publicidade, e já achas isso credível? Porquê? Porque era espanhola ou por estar na beira da estrada?
tavaverquenao, os dados podem ser exactos ou não. Não sei aferir isso nem tenho base para o fazer. Mas estão lá. Alguém os fez. Se estiverem errados, então que alguém apresente outros mais correctos (o problema é que aqueles que proclamam que chove cada vez menos não apresentam quaisquer dados).
E já agora, não era um gráfico de beira de estrada, estava num painel informativo junto ao centro de interpretação de uma área protegida. A informação apresentada nos painéis informativos é da responsabilidade da entidade que tutela a área protegida (a qual foi declarada pela Junta de Extremadura).
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QuimPorta Escreveu:O financiamento, os acordos de transferência de tecnologias, as metas, o mercado do carbono, que fazer de Quioto... Quem controla tudo isto?! E como?!
É sobre isto esta Cimeira.
Não, QuimPorta, não é.
A cimeira chama-se "United Nations Climate Change Conference" (site oficial). A cimeira é sobre alterações climáticas, é esse o seu nome.
Se não quiseres discutir alterações climáticas e quiseres apenas falar das metas e do mercado do carbono, estás à vontade. Mas por favor não ignores qual é o tema da cimeira.
1 abraço,
Elias
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Elias escreveu:
"Face à evidência apresentada por este gráfico alargado, é natural que eu fique com dúvidas quando alguém supostamente credível afirma que a precipitação está a diminuir, mas não disponibiliza quaisquer dados para sustentar as suas afirmações. "
É difícil num programa de rádio mostrar gráficos, tens de reconhecer, mas então duvidas das afirmações desse professor e acreditas numa placa de beira da estrada? Já reparaste que a placa nem tem a fonte dos dados, só a empresa, provavelmente uma de publicidade, e já achas isso credível? Porquê? Porque era espanhola ou por estar na beira da estrada?

"Face à evidência apresentada por este gráfico alargado, é natural que eu fique com dúvidas quando alguém supostamente credível afirma que a precipitação está a diminuir, mas não disponibiliza quaisquer dados para sustentar as suas afirmações. "
É difícil num programa de rádio mostrar gráficos, tens de reconhecer, mas então duvidas das afirmações desse professor e acreditas numa placa de beira da estrada? Já reparaste que a placa nem tem a fonte dos dados, só a empresa, provavelmente uma de publicidade, e já achas isso credível? Porquê? Porque era espanhola ou por estar na beira da estrada?

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Elias Escreveu:QuimPorta, vamos então falar de Copenhaga.
Hoje de manhã o Forum TSF era dedicado ao tema da cimeira de Copenhaga.
O Fórum da TSF é sobre Copenhaga. Mas Copenhaga não sabe sequer que existe a TSF! Há mega implicações para o Mundo a serem discutidas. Ainda hoje o Grupo dos 77 (representa 109 países

O financiamento, os acordos de transferência de tecnologias, as metas, o mercado do carbono, que fazer de Quioto... Quem controla tudo isto?! E como?!
É sobre isto esta Cimeira.
Elias Escreveu:Face à evidência apresentada por este gráfico alargado, é natural que eu fique com dúvidas quando alguém supostamente credível afirma que a precipitação está a diminuir, mas não disponibiliza quaisquer dados para sustentar as suas afirmações.
E se o Sr. Santos for um jumento?! (com todo o respeito) Que relevância isso teria para a Cimeira?
Abraço,
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
QuimPorta, vamos então falar de Copenhaga.
Hoje de manhã o Forum TSF era dedicado ao tema da cimeira de Copenhaga. Um dos convidados do Forum, que foi entrevistado, foi o prof. Filipe Duarte Santos, conforme já referi neste post. O mesmo prof. referiu aquilo que já escrevi: que na região mediterrânica se verifica uma tendência para a precipitação diminuir.
Ora bem, dado que esta questão surgiu no âmbito do um Forum de rádio sobre Copenhaga e alterações climáticas por uma das autoridades portuguesas na matéria que está presente na Cimeira (ou, se preferires, dado que a diminuiação de precipitação se parece enquadrar na cimeira de Copenhaga, pois também é uma forma de alteração climática) parece-me que o assunto se enquadra totalmente neste post e por isso gostaria de o desenvolver.
Diz então o prof. Filipe Duarte Santos (e não é o único, pois já ouvi estas afirmações da boca de outros cientistas), que a precipitação no Mediterrâneo tem vindo a diminuir.
Eu não sou cientista, sou um "simples cidadão", mas ao contrário de outros cidadãos gosto de perceber as coisas.
Aqui há uns meses, ao visitar uma pequena área protegida chamada Los Barruecos, que fica perto de Cáceres (Espanha) - para quem não sabe, Cáceres fica a cerca de 100 quilómetros da fronteira alentejana, à latitude de Portalegre - , encontrei este gráfico que me chamou a atenção e que registei fotograficamente com o telemóvel, na imagem que aqui anexo. Este gráfico parece-me bastante elucidativo. Nele se representa a quantidade total de precipitação na zona ao longo de 95 anos (desde 1905 até 2000). 95 anos é um período muito alargado e que dá para extrair tendências.
E o que podemos ver neste gráfico? Primeiro, que ao longo de todo o século XX, a precipitação se tem situado quase sempre entre 300 e 700 milímetros (houve anos excepcionalmente húmidos, como foi o caso de 1913 e 1997, e outros excepcionalmente secos, como foi o caso de 1954, mas não passam de excepções); segundo, olhando para este período alargado de quase 100 anos, não é evidente nenhuma tendência de diminuição da precipitação. Claro que os menos bem-intencionados poderão traçar uma recta de regressão com inclinação negativa, mas não me parece que se ajuste aos dados.
Face à evidência apresentada por este gráfico alargado, é natural que eu fique com dúvidas quando alguém supostamente credível afirma que a precipitação está a diminuir, mas não disponibiliza quaisquer dados para sustentar as suas afirmações.
Hoje de manhã o Forum TSF era dedicado ao tema da cimeira de Copenhaga. Um dos convidados do Forum, que foi entrevistado, foi o prof. Filipe Duarte Santos, conforme já referi neste post. O mesmo prof. referiu aquilo que já escrevi: que na região mediterrânica se verifica uma tendência para a precipitação diminuir.
Ora bem, dado que esta questão surgiu no âmbito do um Forum de rádio sobre Copenhaga e alterações climáticas por uma das autoridades portuguesas na matéria que está presente na Cimeira (ou, se preferires, dado que a diminuiação de precipitação se parece enquadrar na cimeira de Copenhaga, pois também é uma forma de alteração climática) parece-me que o assunto se enquadra totalmente neste post e por isso gostaria de o desenvolver.
Diz então o prof. Filipe Duarte Santos (e não é o único, pois já ouvi estas afirmações da boca de outros cientistas), que a precipitação no Mediterrâneo tem vindo a diminuir.
Eu não sou cientista, sou um "simples cidadão", mas ao contrário de outros cidadãos gosto de perceber as coisas.
Aqui há uns meses, ao visitar uma pequena área protegida chamada Los Barruecos, que fica perto de Cáceres (Espanha) - para quem não sabe, Cáceres fica a cerca de 100 quilómetros da fronteira alentejana, à latitude de Portalegre - , encontrei este gráfico que me chamou a atenção e que registei fotograficamente com o telemóvel, na imagem que aqui anexo. Este gráfico parece-me bastante elucidativo. Nele se representa a quantidade total de precipitação na zona ao longo de 95 anos (desde 1905 até 2000). 95 anos é um período muito alargado e que dá para extrair tendências.
E o que podemos ver neste gráfico? Primeiro, que ao longo de todo o século XX, a precipitação se tem situado quase sempre entre 300 e 700 milímetros (houve anos excepcionalmente húmidos, como foi o caso de 1913 e 1997, e outros excepcionalmente secos, como foi o caso de 1954, mas não passam de excepções); segundo, olhando para este período alargado de quase 100 anos, não é evidente nenhuma tendência de diminuição da precipitação. Claro que os menos bem-intencionados poderão traçar uma recta de regressão com inclinação negativa, mas não me parece que se ajuste aos dados.
Face à evidência apresentada por este gráfico alargado, é natural que eu fique com dúvidas quando alguém supostamente credível afirma que a precipitação está a diminuir, mas não disponibiliza quaisquer dados para sustentar as suas afirmações.
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Re: comentário
jotabilo Escreveu: Logo julgo ser apenas estultícia atribuir a esta última, qualquer infuência determinante na mudança climatica do planeta.
Caro J,
és cientista? Estudaste as séries de temperatura dos hemisférios e dos oceanos? E os permafrost? Estudaste-os ? E o aumento do pH resultante da dissolução do CO2? E a diminuição das calotes de gelo?! Também tens opiniões sobre isso? Niveis do mar e tal?!
Óptimo que tenhas essa capacidade. Ainda assim acabei de confirmar que o ralatório que li sobre esse assunto no site da NASA ainda lá está

E já estou cansado de repetir. A Cimeira não está a discutir nada disso. Fica o link para a conferência de imprensa de hoje. O dia mais agitado até agora.
http://www3.cop15.meta-fusion.com/kongr ... ssion=2535
Abraço,
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comentário
Caro QuimPorta
Duas ideias apenas:
-A interacção do Sol com a Terra é enorme, Basta aquilatar que a Terra recebe durante uma hora,energia do Sol equivalente a toda a energia que a actividade humana gasta num ano;
- Relativamente a esta interacção, referida no ponto anterior, a interacção antropogénica é insignificante.
Logo julgo ser apenas estultícia atribuir a esta última, qualquer infuência determinante na mudança climatica do planeta.
É só pensar ...meu caro...como o Descartes dizia no seguimento ...2000 anos depois.... de Sócrates ter proclamado que a unica certeza que tinha era nada saber....Haja um conceito racional disto tudo ...meu Caro.
O que está em causa talvez seja outra coisa....o esgotamento assíncrono dos recursos relativamete à vida humana, ou seja, o ciclo de renovação dos elementos não se compadeçe com a brevidade da vida humana....e aqui é que é o verdadeiro drama.....e sendo assim....importa racionar os gastos desses recursos mascarando-os atrás de grandes princípios salvadores....mas isso é apenas uma mistificação e uma atitude facilmente cobarde dos mais poderosos.
E isto é tão evidente que julgo que com esta minha observação, poderás pensar que estou a dizer que não discorres liminarmente sobre a realidade em apreço.
Pensa meu Caro Quim....Pensa.
cumps
Duas ideias apenas:
-A interacção do Sol com a Terra é enorme, Basta aquilatar que a Terra recebe durante uma hora,energia do Sol equivalente a toda a energia que a actividade humana gasta num ano;
- Relativamente a esta interacção, referida no ponto anterior, a interacção antropogénica é insignificante.
Logo julgo ser apenas estultícia atribuir a esta última, qualquer infuência determinante na mudança climatica do planeta.
É só pensar ...meu caro...como o Descartes dizia no seguimento ...2000 anos depois.... de Sócrates ter proclamado que a unica certeza que tinha era nada saber....Haja um conceito racional disto tudo ...meu Caro.
O que está em causa talvez seja outra coisa....o esgotamento assíncrono dos recursos relativamete à vida humana, ou seja, o ciclo de renovação dos elementos não se compadeçe com a brevidade da vida humana....e aqui é que é o verdadeiro drama.....e sendo assim....importa racionar os gastos desses recursos mascarando-os atrás de grandes princípios salvadores....mas isso é apenas uma mistificação e uma atitude facilmente cobarde dos mais poderosos.
E isto é tão evidente que julgo que com esta minha observação, poderás pensar que estou a dizer que não discorres liminarmente sobre a realidade em apreço.
Pensa meu Caro Quim....Pensa.
cumps
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Elias Escreveu:QuimPorta Escreveu:Que conversa é essa Elias? Qualquer teoria científica pode vir amanhã a ser posta em causa... E daí?! Quer isso dizer que a ciência não serve para nada?
Não quer dizer nada disso.
Mas eu habituei-me a questionar as coisas quando não as percebo, em lugar de as aceitar cegamente. Quando não percebo, pergunto, e se não há ninguém disponível para responder, eu vou à procura dos dados.
Temo, contudo, que a maioria aceite as verdades que lhes são impostas, sem sequer as questionar...
Sim... e?!
Eu já referi aqui que não tenho nenhuma posição (à partida) sobre o tema das alterações climáticas. As fontes mais credíveis a que pude aceder é que não parecem deixar dúvidas.
Mas Elias... Foste tu que criaste este tópico. Sobre COPENHAGA! Já reparaste que não tenho com quem discutir COPENHAGA?!? COPENHAGA , pá!
Na Cimeira de Copenhaga o aquecimento global é um dado adquirido (ah os Sauditas, Ok...). Que eu saiba... É interessantíssimo como tema mas há muitos outros tópicos.
Em Copenhaga está a jogar-se imenso do nosso futuro!
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QuimPorta Escreveu:Que conversa é essa Elias? Qualquer teoria científica pode vir amanhã a ser posta em causa... E daí?! Quer isso dizer que a ciência não serve para nada?
Não quer dizer nada disso.
Mas eu habituei-me a questionar as coisas quando não as percebo, em lugar de as aceitar cegamente. Quando não percebo, pergunto, e se não há ninguém disponível para responder, eu vou à procura dos dados.
Temo, contudo, que a maioria aceite as verdades que lhes são impostas, sem sequer as questionar...
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Elias Escreveu:QuimPorta Escreveu:E daí? Parece-me tudo normal. A maioria da população não tem dados para validar o efeito foto-eléctrico, ou qualquer matéria científica minimamente complexa, e não é isso que a torna menos válida.
Uma boa parte da população nem sequer se preocupa em tentar obter os dados que podem confirmar (ou desmentir) muito daquilo que é referido.
Dou um exemplo: tem sido referido por diversas pessoas que em Portugal há uma tendência para uma redução da precipitação (ainda esta manhã ouvi o Prof. Filipe Duarte Santos na TSF a referir isto mesmo).
Pergunto: onde estão os dados que sustentem essa afirmação? Ou é suposto acreditarmos piamente?
Quem sou eu? O que é o Universo? Donde vimos e para onde vamos? Será que existo?! (isso sim, porque - sejamos optimistas - penso...). Quem nasceu primeiro: o ovo ou as corujas?! Também adoro discutir epistemologia... Testar os limites da ciência e tal...
Que conversa é essa Elias? Qualquer teoria científica pode vir amanhã a ser posta em causa? E daí?! Quer isso dizer que a ciência não serve para nada?
O papel aqui da população em geral é eleger os governos! Digo eu...
Abraço
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Creio que empiricamente, bastará visitar algumas das barragens da EDP, ou olhar para os níveis dos poços, para podermos fazer algumas conclusões grosseiras.
Isto para não falar na "ideia" que se tem.
O facto de encarar a realidade é o primeiro passo para nos protegermos.
Repere-se que estamos na estação das chuvas, os elementos que foram apresentados, tÊm cotas de inicio de Verão.
Isto para não falar na "ideia" que se tem.
O facto de encarar a realidade é o primeiro passo para nos protegermos.
Repere-se que estamos na estação das chuvas, os elementos que foram apresentados, tÊm cotas de inicio de Verão.
Elias Escreveu:QuimPorta Escreveu:E daí? Parece-me tudo normal. A maioria da população não tem dados para validar o efeito foto-eléctrico, ou qualquer matéria científica minimamente complexa, e não é isso que a torna menos válida.
Uma boa parte da população nem sequer se preocupa em tentar obter os dados que podem confirmar (ou desmentir) muito daquilo que é referido.
Dou um exemplo: tem sido referido por diversas pessoas que em Portugal há uma tendência para uma redução da precipitação (ainda esta manhã ouvi o Prof. Filipe Duarte Santos na TSF a referir isto mesmo).
Pergunto: onde estão os dados que sustentem essa afirmação? Ou é suposto acreditarmos piamente?
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QuimPorta Escreveu:E daí? Parece-me tudo normal. A maioria da população não tem dados para validar o efeito foto-eléctrico, ou qualquer matéria científica minimamente complexa, e não é isso que a torna menos válida.
Uma boa parte da população nem sequer se preocupa em tentar obter os dados que podem confirmar (ou desmentir) muito daquilo que é referido.
Dou um exemplo: tem sido referido por diversas pessoas que em Portugal há uma tendência para uma redução da precipitação (ainda esta manhã ouvi o Prof. Filipe Duarte Santos na TSF a referir isto mesmo).
Pergunto: onde estão os dados que sustentem essa afirmação? Ou é suposto acreditarmos piamente?
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QuimPorta Escreveu:Eco Tretas Escreveu:tavaverquenao2 Escreveu:Cerca de 1700 cientistas britânicos subscreveram uma declaração comum reafirmando que as alterações climáticas são reais e causadas pelo homem.
Trabalhas para o MetOffice, ou da alguma forma dependes deles. Eles poem-te a declaração à frente. Assinas ou não?
Se não acreditasse não assinava. Claro.
Tu assinavas?!
Nas condições em que coloquei a questão, tinha que assinar! Ou então perdia o emprego... É assim que as coisas funcionam!
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Elias Escreveu:QuimPorta Escreveu:Se não acreditasse não assinava. Claro.
Tu assinavas?!
Aí está. Tocaste no ponto chave. Se não acreditasses.
O problema é que esta questão das alterações climáticas tornou-se uma questão de fé. Ou se acredita ou não se acredita.
A esmagadora maioria da população não tem acesso à informação e por isso tem de decidir se acredita ou não numa teoria que lhe é, por assim dizer, impingida. Consciente ou inconscientemente, as pessoas tomam partido por um dos lados, sem dispor de quaisquer dados que sustentem a sua tomada de posição.
Alguns optam por não tomar qualquer partido (uns porque, prudentemente, acham que não há evidências sólidas para um ou para outro lado... outros porque acham que é a posição mais cómoda).
E daí? Parece-me tudo normal. A maioria da população não tem dados para validar o efeito foto-eléctrico, ou qualquer matéria científica minimamente complexa, e não é isso que a torna menos válida.
Na cimeira não é a população em geral que está representada, mas os governos. E para não terem que se basear na fé (ou em qualquer outra motivação "pouco objectiva" para o interesse comum...), criaram um painel intergovernamental (IPCC) no âmbito da ONU para que estudasse as bases científicas das alterações climáticas.
Quem não quiser basear-se na fé pode ler os relatórios do IPCC, e inclusivamente até informar-se directamente junto das fontes que lhe estiveram na origem. Já foram citados alguns:
- A NASA: http://climate.nasa.gov/
- O National Oceanic and Atmosferic Administration: http://www.nesdis.noaa.gov/
Mas em última análise podes sempre dizer que há quem não acredite em nada disso. Lá está... a fé...
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QuimPorta Escreveu:Se não acreditasse não assinava. Claro.
Tu assinavas?!
Aí está. Tocaste no ponto chave. Se não acreditasses.
O problema é que esta questão das alterações climáticas tornou-se uma questão de fé. Ou se acredita ou não se acredita.
A esmagadora maioria da população não tem acesso à informação e por isso tem de decidir se acredita ou não numa teoria que lhe é, por assim dizer, impingida. Consciente ou inconscientemente, as pessoas tomam partido por um dos lados, sem dispor de quaisquer dados que sustentem a sua tomada de posição.
Alguns optam por não tomar qualquer partido (uns porque, prudentemente, acham que não há evidências sólidas para um ou para outro lado... outros porque acham que é a posição mais cómoda).
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Eco Tretas Escreveu:tavaverquenao2 Escreveu:Cerca de 1700 cientistas britânicos subscreveram uma declaração comum reafirmando que as alterações climáticas são reais e causadas pelo homem.
Trabalhas para o MetOffice, ou da alguma forma dependes deles. Eles poem-te a declaração à frente. Assinas ou não?
Se não acreditasse não assinava. Claro.
Tu assinavas?!
Até te perguntava se tens algum organismo de credibilidade semelhante para contrapor ao MetOffice, ou à NASA, mas nesta semana há tanto em causa em Copenhaga que falar disso é como ir discutir pó-de-arroz para um evento da Victoria Secrets!
Temos a história diante desses olhos! Dispenso ficar de olhos fechados.
Hoje há um excelente artigo do Público para perceber o que se está a passar NA CIMEIRA DE COPENHAGA...
http://jornal.publico.clix.pt/noticia/1 ... 410382.htm
Mas discutir pó-de-arroz é também muito interessante

"olha para o pó de arroz que leva a Adriana Lima! Achas que tem diatomáceas?!"
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Em Copenhaga discute-se religião
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Be Galt. Wear the message!
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
tavaverquenao2 Escreveu:Cerca de 1700 cientistas britânicos subscreveram uma declaração comum reafirmando que as alterações climáticas são reais e causadas pelo homem.
http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1413327
Trabalhas para o MetOffice, ou da alguma forma dependes deles. Eles poem-te a declaração à frente. Assinas ou não?
http://wattsupwiththat.com/2009/12/10/t ... f-the-cru/
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Cerca de 1700 cientistas britânicos subscreveram uma declaração comum reafirmando que as alterações climáticas são reais e causadas pelo homem.
http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1413327
http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1413327
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Apesar de o tópico se chamar "Cimeira de Copenhaga" os diversos post estão maioritariamente centrados em aspectos colaterais. Nem parece que estamos a viver um momento verdadeiramente histórico, onde os protagonistas serão eternamente lembrados por boas ou más razões.
Obama, Manmohan Singh, Wen Jiabao são actores principais, mas em caso de sucesso, o herói provável, na MMO, será o improvável sindicalista grosseiro nascido em Pernanbuco, registado pelos pais já com 7 anos de idade, conhecido pela alcunha de Lula. A ele se deve o volte face das últimas semanas.
Tudo o que há de melhor e pior no ser humano estará a ser jogado em Copenhaga.
A preocupação que todos demonstraram pelo estado lastimável do planeta será ou não posto à frente dos interesses dos mais ricos?
Vamos a metade do tempo da cimeira. Agora ficaremos a saber como este filme vai acabar. Pessoalmente, e como nunca antes, desejo um final à Hollywood...
Abraço,
http://www.nytimes.com/2009/12/12/opinion/12sat1.html?partner=rssnyt&emc=rss
Obama, Manmohan Singh, Wen Jiabao são actores principais, mas em caso de sucesso, o herói provável, na MMO, será o improvável sindicalista grosseiro nascido em Pernanbuco, registado pelos pais já com 7 anos de idade, conhecido pela alcunha de Lula. A ele se deve o volte face das últimas semanas.
Tudo o que há de melhor e pior no ser humano estará a ser jogado em Copenhaga.
A preocupação que todos demonstraram pelo estado lastimável do planeta será ou não posto à frente dos interesses dos mais ricos?
Vamos a metade do tempo da cimeira. Agora ficaremos a saber como este filme vai acabar. Pessoalmente, e como nunca antes, desejo um final à Hollywood...
Abraço,
This Week in Copenhagen
Editorial NY TIMES
Published: December 11, 2009
We didn’t expect much from the first week of the global warming conference in Copenhagen. Countries need to do a little posturing before getting down to the hard work, which is supposed to start on Monday. But the belligerent talk from China seemed to go well beyond the usual positioning.
The best hope is that the talks will produce an interim understanding under which industrialized countries would commit to fairly precise targets for reduced emissions, and others, like China, to broader but measurable goals. The industrial countries would be expected to help poorer countries shift to less-polluting forms of energy.
That would set the stage for a legally binding deal in 2010. But there is no chance of even an interim agreement without the enthusiastic participation of China, the biggest emitter of greenhouse gases. China’s absence would give other developing countries — and the United States Senate — an excuse to do less than needed.
Beijing’s recent pledge to slow the growth in emissions seemed like a positive shift in attitude. Then on Tuesday, in a surprising show of defensiveness, China’s top negotiator, Su Wei, said the greatest burden rested with the industrialized countries and jumped on the United States, Japan and the European Union for not being aggressive enough. Another Chinese official urged Washington to do “some deep soul-searching” and improve its proposal.
Todd Stern, the chief American negotiator, responded correctly: With emissions in many industrialized countries peaking or declining, just about all of the growth in greenhouse gases is expected to come from the developing world between now and 2030, half from China. Rich nations must still reduce emissions sharply, Mr. Stern said, but “there is no way to solve this problem by giving the major developing countries a pass.”
China has also been demanding that rich nations contribute hundreds of millions of dollars a year to help poor countries address the threat of climate change. Again Mr. Stern was blunt. Washington is prepared to help those who need it, but given China’s huge reserves and revved-up economy, he said he could not envision “public funds, certainly not from the United States, going to China.”
The most positive development has been a pledge by the European Union to contribute $10.5 billion over the next three years to help poorer countries deal with climate change. The United States has said that it will make a contribution but has not said how big it will be.
Transparency is another difficult issue that must be resolved, at least in principle, this week. There is no point in setting targets, or threatening penalties for noncompliance, unless countries are required to report emissions accurately. Transparency has never been one of Beijing’s virtues, and emerging countries generally need aid to create sophisticated monitoring systems.
Copenhagen’s broadest challenge is finding an equitable way to distribute the burden of confronting climate change. Despite some differences, the industrialized nations have pretty much agreed to trim their emissions by 15 percent to 20 percent from 2005 levels in the next 10 years, and by 80 percent by midcentury. And all seem to be willing to make expensive investments to get there. President Obama will need help from Congress, no sure thing.
A host of developing countries — including India, Brazil, Indonesia — have put broad goals on the table, though in some cases they seem more aspirational than real. But the bottom line is that the hope for a meaningful deal is vanishingly small if China doesn’t sign on.
http://www.nytimes.com/2009/12/12/opinion/12sat1.html?partner=rssnyt&emc=rss
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Stephen Schneider não conhece a música dos Trabalhadores do Comércio, mas deve ter sido isso que lhe passou pela cabeça quando teve que enfrentar Phelim McAleer, numa sessão de promoção, do primeiro, em Copenhaga. O primeiro saiu de lá a tremer, segundo rezam as crónicas, enquanto segundo foi silenciado pelos seguranças.
Stephen Schneider, um troca-tintas, é o líder da delegação da Universidade de Stanford, que levou 50 participantes a passear a Copenhaga! Estava a apresentar o seu novo livro "Science as a Contact Sport: Inside the Battle to Save the Earth’s Climate", ou seja a aproveitar a conferência para se auto-promover, e certamente ganhar mais dinheiro por isso...
Phelim McAleer, é o director do documentário "Not Evil Just Wrong". Como faz perguntas tão inconvenientes, é normalmente calado. Foi o que aconteceu com Al Gore, e muitas outras pessoas, e agora com Stephen Schneider. Tudo por causa de uma pergunta sobre o Climategate!
Vale a pena ver para se perceber a democracia em que o Mundo supostamente vive!
Ecotretas
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Phelim McAleer, é o director do documentário "Not Evil Just Wrong". Como faz perguntas tão inconvenientes, é normalmente calado. Foi o que aconteceu com Al Gore, e muitas outras pessoas, e agora com Stephen Schneider. Tudo por causa de uma pergunta sobre o Climategate!
Vale a pena ver para se perceber a democracia em que o Mundo supostamente vive!
Ecotretas
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