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Caldeirão da Bolsa

Presidente AMI "A Pobreza em Portugal é uma vergonha

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por mais_um » 24/10/2009 16:40

bestblandina Escreveu:falo das pessoas que ganham salarios baixos, esses sim, não conseguem ter grandes condições de vida.


É verdade que as pessoas que tem salarios baixos tem problemas, mas curiosamente as pessoas que estão a chegar à DECO e a outras isntituições são pessoas que até tinham salarios bastante razoaveis e de repente ficaram sem emprego.

Mais uma vez, não mistures problemas, um é as pessoas que ganham baixos salarios porque ou não tem qualificações ou se tem são muito baixas.


Outro é o problema do desemprego, que afecta todas as pessoas que só tenham como rendimento o seu salario. Este problema é transversal aos paises, lembro-me de ver na TV uma reportagem sobre os americanos que perderam o emprego e ficaram sem a casa e viviam no automovel, nos parques de estacionamento.

bestblandina Escreveu:Mai um isto é um assunto no qual já foi dabatido e que muitos acham que somos o pais de ricos.


Não estás a ser correcto, nas discussões que tivemos sobre o salario minimo, nunca vi escrito por ninguém que eramos um país rico, agradeço que coloques aqui essa afirmação caso alguém a tenha escrito.
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por Mcmad » 24/10/2009 16:25

Para mim o cerne da questão, é que em portugal sem as pessoas darem conta existe um forte empobrecimento de todos á quanto do peso do Estado. E não me refiro a esses «tais 10% de pobres oficiais».

Refiro-me a classes previlegiadas na sociedade, que são sustentadas pelo Estado. Eu não quero saber se a minha empresa ganha muito e paga pouco,isto é uma questão de mercado, mas já tenho interesse nos ordenados dos FP´s e prejuízos de EP´s, pois sou obrigado a contribuir para elas..
 
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por bestbland » 24/10/2009 16:20

mais_um Escreveu:
bestblandina Escreveu:
mais_um Escreveu:Boas!

Ainda não consegui perceber se as pessoas fazem determinadas afirmações por ignorancia ou por quererem enganar quem lê ou ouve essas afirmações.

A questão das reformas baixas tem sido bastante usada, argumentando que temos uma percentagem elevada da população que é pobre ou vive no limiar da pobreza, no entanto se estivermos atentos e fizermos uma analise cuidada dos dados disponiveis chegamos à conclusão que não é bem assim.

alguns pontos "esquecidos":

-as reformas são baixas porque as pessoas descontavam o minimo, fugindo ao pagamento de impostos durante anos e anos.

-da população que tem a "tal" reforma minima (1560000 reformados com um valor inferior a 330,00€), só cerca de 10% :shock: :shock: é que solicitaram o complemento de reforma, apesar de todos os anos a Segurança Social enviar cartas para essas pessoas, para solicitarem o complemento de reforma, já nem pode ser usado o argumento de que o rendimento dos filhos também era considerado, já que pelo menos nos ultimos 2 anos só conta os bens e rendimentos da pessoa em questão, claro que um dos requisitos para usufruir desse complemento de reforma é autorizar o Estado a verificar as contas bancarias da respectiva pessoa.... :mrgreen: :mrgreen:

Esta ultima situação é para mim a prova que apesar de nas estatisticas existirem um numero muito consideravel de reformas baixas, logo são considerados pobres, na realidade não são, tenho vários exemplos desses na minha familia, tias e tios, com casas, automoveis, etc...mas que pelas estatisticas são considerados pobres.

O preocupante é que a situação mantem-se na actual geração, pessoas com 40 anos estão a fazer exactamente o mesmo, declaram apenas o ordenado minimo e recebem por fora o restante, como é obvio quando chegarem à reforma, vão ter uma reforma baixa, logo irão ser considerados pobres, embora façam ferias no estrangeiro, tenham 2 automoveis, alguns tem uma 2ª habitação.

Por conhecer tantas situações destas é que só posso rir quando leio afirmações que 40% dos Portugueses são pobres!

Há pessoas pobres, sem duvida, mas tendo em conta o consumo de bens não essenciais, como telecomunicações, bares e restaurantes, automoveis, 2ªs habitações, etc... posso concluir que:

1º a economia paralela é bastante elevada em Portugal

2º as pessoas realmente pobres são bastante menos do que aparece nas estatisticas

Bom fim de semana,

Alexandre Santos


è logico que há de haver pobres que não são, tanto aqui como em qualquer parte do mundo, mas que há muita gente a passar dificuldade há, e não são poucos.


Estamos a falar de coisas diferentes, uma é ser pobre, outra é passar dificuldades, não mistures alhos com bugalhos.

Imagina que tu és reformado, tens uma reforma "miserável", não interessa se foi por fugires aos impostos durante uma boa parte da tua vida ou não, mas o Estado dá-te um complemento que embora não seja muito dinheiro, pode representar até mais 50% por mês do valor da tua reforma, tu não a ias pedir, caso reunisses as condições necessárias? É que são SÓ, repito SÓ 10% das pessoas é que a solicitaram, isto quer dizer o quê?


não estou falar dos reformados pois sei que esses descontaram muito pouco nas suas vidas, falo das pessoas que ganham salarios baixos, esses sim, não conseguem ter grandes condições de vida.
Mai um isto é um assunto no qual já foi dabatido e que muitos acham que somos o pais de ricos.
Não podemos esquecer que se calhar mais de 70% das pessoas que participam neste forum são de classe média alta e alta e não sabem ao certo dos porblemas que muitos enfretam no dia a dia.
Não falo por mim, pois talvez esteja nessa estatistica mas conheço bem os problemas de muitas familias
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por mais_um » 24/10/2009 16:14

bestblandina Escreveu:
mais_um Escreveu:Boas!

Ainda não consegui perceber se as pessoas fazem determinadas afirmações por ignorancia ou por quererem enganar quem lê ou ouve essas afirmações.

A questão das reformas baixas tem sido bastante usada, argumentando que temos uma percentagem elevada da população que é pobre ou vive no limiar da pobreza, no entanto se estivermos atentos e fizermos uma analise cuidada dos dados disponiveis chegamos à conclusão que não é bem assim.

alguns pontos "esquecidos":

-as reformas são baixas porque as pessoas descontavam o minimo, fugindo ao pagamento de impostos durante anos e anos.

-da população que tem a "tal" reforma minima (1560000 reformados com um valor inferior a 330,00€), só cerca de 10% :shock: :shock: é que solicitaram o complemento de reforma, apesar de todos os anos a Segurança Social enviar cartas para essas pessoas, para solicitarem o complemento de reforma, já nem pode ser usado o argumento de que o rendimento dos filhos também era considerado, já que pelo menos nos ultimos 2 anos só conta os bens e rendimentos da pessoa em questão, claro que um dos requisitos para usufruir desse complemento de reforma é autorizar o Estado a verificar as contas bancarias da respectiva pessoa.... :mrgreen: :mrgreen:

Esta ultima situação é para mim a prova que apesar de nas estatisticas existirem um numero muito consideravel de reformas baixas, logo são considerados pobres, na realidade não são, tenho vários exemplos desses na minha familia, tias e tios, com casas, automoveis, etc...mas que pelas estatisticas são considerados pobres.

O preocupante é que a situação mantem-se na actual geração, pessoas com 40 anos estão a fazer exactamente o mesmo, declaram apenas o ordenado minimo e recebem por fora o restante, como é obvio quando chegarem à reforma, vão ter uma reforma baixa, logo irão ser considerados pobres, embora façam ferias no estrangeiro, tenham 2 automoveis, alguns tem uma 2ª habitação.

Por conhecer tantas situações destas é que só posso rir quando leio afirmações que 40% dos Portugueses são pobres!

Há pessoas pobres, sem duvida, mas tendo em conta o consumo de bens não essenciais, como telecomunicações, bares e restaurantes, automoveis, 2ªs habitações, etc... posso concluir que:

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Bom fim de semana,

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è logico que há de haver pobres que não são, tanto aqui como em qualquer parte do mundo, mas que há muita gente a passar dificuldade há, e não são poucos.


Estamos a falar de coisas diferentes, uma é ser pobre, outra é passar dificuldades, não mistures alhos com bugalhos.

Imagina que tu és reformado, tens uma reforma "miserável", não interessa se foi por fugires aos impostos durante uma boa parte da tua vida ou não, mas o Estado dá-te um complemento que embora não seja muito dinheiro, pode representar até mais 50% por mês do valor da tua reforma, tu não a ias pedir, caso reunisses as condições necessárias? É que SÓ, repito SÓ 10% das pessoas é que a solicitaram, isto quer dizer o quê?
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por bestbland » 24/10/2009 16:03

mais_um Escreveu:Boas!

Ainda não consegui perceber se as pessoas fazem determinadas afirmações por ignorancia ou por quererem enganar quem lê ou ouve essas afirmações.

A questão das reformas baixas tem sido bastante usada, argumentando que temos uma percentagem elevada da população que é pobre ou vive no limiar da pobreza, no entanto se estivermos atentos e fizermos uma analise cuidada dos dados disponiveis chegamos à conclusão que não é bem assim.

alguns pontos "esquecidos":

-as reformas são baixas porque as pessoas descontavam o minimo, fugindo ao pagamento de impostos durante anos e anos.

-da população que tem a "tal" reforma minima (1560000 reformados com um valor inferior a 330,00€), só cerca de 10% :shock: :shock: é que solicitaram o complemento de reforma, apesar de todos os anos a Segurança Social enviar cartas para essas pessoas, para solicitarem o complemento de reforma, já nem pode ser usado o argumento de que o rendimento dos filhos também era considerado, já que pelo menos nos ultimos 2 anos só conta os bens e rendimentos da pessoa em questão, claro que um dos requisitos para usufruir desse complemento de reforma é autorizar o Estado a verificar as contas bancarias da respectiva pessoa.... :mrgreen: :mrgreen:

Esta ultima situação é para mim a prova que apesar de nas estatisticas existirem um numero muito consideravel de reformas baixas, logo são considerados pobres, na realidade não são, tenho vários exemplos desses na minha familia, tias e tios, com casas, automoveis, etc...mas que pelas estatisticas são considerados pobres.

O preocupante é que a situação mantem-se na actual geração, pessoas com 40 anos estão a fazer exactamente o mesmo, declaram apenas o ordenado minimo e recebem por fora o restante, como é obvio quando chegarem à reforma, vão ter uma reforma baixa, logo irão ser considerados pobres, embora façam ferias no estrangeiro, tenham 2 automoveis, alguns tem uma 2ª habitação.

Por conhecer tantas situações destas é que só posso rir quando leio afirmações que 40% dos Portugueses são pobres!

Há pessoas pobres, sem duvida, mas tendo em conta o consumo de bens não essenciais, como telecomunicações, bares e restaurantes, automoveis, 2ªs habitações, etc... posso concluir que:

1º a economia paralela é bastante elevada em Portugal

2º as pessoas realmente pobres são bastante menos do que aparece nas estatisticas

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por mais_um » 24/10/2009 15:45

Boas!

Ainda não consegui perceber se as pessoas fazem determinadas afirmações por ignorância ou por quererem enganar quem lê ou ouve essas afirmações.

A questão das reformas baixas tem sido bastante usada, argumentando que temos uma percentagem elevada da população que é pobre ou vive no limiar da pobreza, no entanto se estivermos atentos e fizermos uma analise cuidada dos dados disponíveis chegamos à conclusão que não é bem assim.

alguns pontos "esquecidos":

-as reformas são baixas porque as pessoas descontavam o mínimo, fugindo ao pagamento de impostos durante anos e anos.

-da população que tem a "tal" reforma mínima (1560000 reformados com um valor inferior a 330,00€), só cerca de 10% :shock: :shock: é que solicitaram o complemento de reforma, apesar de todos os anos a Segurança Social enviar cartas para essas pessoas, para solicitarem o complemento de reforma, já nem pode ser usado o argumento de que o rendimento dos filhos também era considerado, já que pelo menos nos últimos 2 anos só conta os bens e rendimentos da pessoa em questão, claro que um dos requisitos para usufruir desse complemento de reforma é autorizar o Estado a verificar as contas bancárias da respectiva pessoa.... :mrgreen: :mrgreen:

Esta ultima situação é para mim a prova que apesar de nas estatísticas existirem um numero muito considerável de reformas baixas, logo são considerados pobres, na realidade não são, tenho vários exemplos desses na minha família, tias e tios, com casas, automóveis, etc...mas que pelas estatísticas são considerados pobres.

O preocupante é que a situação mantém-se na actual geração, pessoas com 40 anos estão a fazer exactamente o mesmo, declaram apenas o ordenado mínimo e recebem por fora o restante, como é obvio quando chegarem à reforma, vão ter uma reforma baixa, logo irão ser considerados pobres, embora façam ferias no estrangeiro, tenham 2 automóveis, alguns tem uma 2ª habitação.

Por conhecer tantas situações destas é que só posso rir quando leio afirmações que 40% dos Portugueses são pobres!

Há pessoas pobres, sem duvida, mas tendo em conta o consumo de bens não essenciais, como telecomunicações, bares e restaurantes, automóveis, 2ªs habitações, etc... posso concluir que:

1º a economia paralela é bastante elevada em Portugal

2º as pessoas realmente pobres são bastante menos do que aparece nas estatísticas

Bom fim de semana,

Alexandre Santos
Editado pela última vez por mais_um em 24/10/2009 16:05, num total de 1 vez.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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por Mcmad » 24/10/2009 15:44

pinto80 Escreveu:Uma notícia interesante sobre uma petição feita por um grupo de ricos Alemães...

http://fiscalidadenoblog.wordpress.com/


Muito provavelmente já se aperceberam que mais vale terem uma sociedade de ricos a tratarem dos pobres, do que os pobres a tratarem dos ricos! :)
 
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por bestbland » 24/10/2009 15:01

Lion_Heart Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:The traveler, a SS pode até estar escondida mas, para já, há um retorno em forma de pensões. Imagina agora quando pagares e deixar de haver esse retorno.

As pensões vão mesmo ter que ser revistas e acho que vamos mesmo ter que passar para outro modelo. Embora não me pareça que hajam grandes preocupações (é à tuga, quando der buraco, logo se vê).



Exacto Pata , até a ver pelo numero de respostas a este post, fica mais uma vez provado que o Portugues prefere não querer saber do que o envolve até levar com isso na cara "(é à tuga, quando der buraco, logo se vê)"

A politica dos salarios baixos esta provada que não funciona, 1º pq foi usada para os "empresarios" comprarem ferraris , mercedes , grandes casas e etc, em vez de modernizarem e evoluirem as empresas
2º pq desde que estamos na UE que deixamos de ser competitivos na mao de obra barata, pois surgiram Paises que fazem isso muito mais barato.

Portanto , como diz um amigo meu se não pudermos ter salarios minimos de 1000€ e empresas e sectores que suportem esses salarios não as vale a pena ter(empresas).

E voltamos ao mesmo , quem vive com 1000€? Pelos vistos muito poucos aqui no caldeirao.O que fara com 450€

Mas para isto acontecer tinhamos que ter governos responsaveis, politicas responsaveis, empresarios responsaveis.

E para isso acontecer tinhamos que ter um povo responsavel. Ora como o povo não quer saber "(é à tuga, quando der buraco, logo se vê)" continuamos a caminhar para ser a segunda Albania da Europa


Eu até debatia este tópico mas não aqui neste forum pois já o fiz antes e pensso que cheguei a uma grande conclusão´. Há alguns que estão contra a grande salarios minimos e talvez o que estão a favor de melhores salarios minimos, não falam.
È logico que nem todas as empresas o conseguem mas eu falava das multinacionais.
Enquanto não souber quanto ganha o homem das bombas não toque neste assunto :lol:

E mais, parece que há aqui muitos que acham que somos o pais de ricos.
Vai ao topico" ordenados" que está muita coisa explicada

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Nao se fala de "familias que ganham 1500/mes"...

por bboniek33 » 24/10/2009 13:11

nao se fala dos que andam de carro e consomem tudo o que ha para consumir embora ganhem pouco, nao se fal dos que se endividam para viajar,
Fernando Nobre (e ele foi claro) fala dos que vivem com pouco mais de 200 Euros por mes, velhos que estao aii nos andares (tugurios, dixit) tambem velhos das grandes cidades, dos que nao ganham para comer nem para os medicamentos.
Nao se fala da ciganada nem da manada de dependentes que preferem viver aa sombra do tal "rendimento de insercao" (aqui com algumas, obvias, excepcoes).

Fala-se da pobreza obcena, aquela que nos envergonha, ou devia envergonhar. Ee que a vergonha cada qual sente a que quer e se bem o entender, pode ter olhos mas nao ver, pode ter ouvidos mas nao escutar e a boca que a vida lhe deu usam-na soo para pedir mais.

Eu tenho vergonha desse pais miseravel que ee Portugal. Vergonha pura.
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por pinto80 » 24/10/2009 11:58

Uma notícia interesante sobre uma petição feita por um grupo de ricos Alemães...

http://fiscalidadenoblog.wordpress.com/
http://fiscalidadenoblog.wordpress.com/ - visite e sugira temas oportunos
 
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por mfsr1980 » 24/10/2009 11:35

Vão cerrando os dentes porque ainda só são 510.000 desempregados. :)
Quem tiver coragem que emigre, é o melhor que tem a fazer.
Podem crer que já não é um buraco, é uma "cratera".
Só não tenho pena dos "xuxas" que passam mal. Deveriam passar muito pior.
 
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por Lion_Heart » 24/10/2009 8:18

Pata-Hari Escreveu:The traveler, a SS pode até estar escondida mas, para já, há um retorno em forma de pensões. Imagina agora quando pagares e deixar de haver esse retorno.

As pensões vão mesmo ter que ser revistas e acho que vamos mesmo ter que passar para outro modelo. Embora não me pareça que hajam grandes preocupações (é à tuga, quando der buraco, logo se vê).



Exacto Pata , até a ver pelo numero de respostas a este post, fica mais uma vez provado que o Portugues prefere não querer saber do que o envolve até levar com isso na cara "(é à tuga, quando der buraco, logo se vê)"

A politica dos salarios baixos esta provada que não funciona, 1º pq foi usada para os "empresarios" comprarem ferraris , mercedes , grandes casas e etc, em vez de modernizarem e evoluirem as empresas
2º pq desde que estamos na UE que deixamos de ser competitivos na mao de obra barata, pois surgiram Paises que fazem isso muito mais barato.

Portanto , como diz um amigo meu se não pudermos ter salarios minimos de 1000€ e empresas e sectores que suportem esses salarios não as vale a pena ter(empresas).

E voltamos ao mesmo , quem vive com 1000€? Pelos vistos muito poucos aqui no caldeirao.O que fara com 450€

Mas para isto acontecer tinhamos que ter governos responsaveis, politicas responsaveis, empresarios responsaveis.

E para isso acontecer tinhamos que ter um povo responsavel. Ora como o povo não quer saber "(é à tuga, quando der buraco, logo se vê)" continuamos a caminhar para ser a segunda Albania da Europa
Editado pela última vez por Lion_Heart em 24/10/2009 12:11, num total de 2 vezes.
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por Pata-Hari » 24/10/2009 6:27

The traveler, a SS pode até estar escondida mas, para já, há um retorno em forma de pensões. Imagina agora quando pagares e deixar de haver esse retorno.

As pensões vão mesmo ter que ser revistas e acho que vamos mesmo ter que passar para outro modelo. Embora não me pareça que hajam grandes preocupações (é à tuga, quando der buraco, logo se vê).
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por Mcmad » 24/10/2009 2:54

TheTraveler Escreveu:Eu acho uma grande injustiça para com os patrões o eles terem que pagar mais 23% de segurança social e essa quantia não vir nos recibos. E, claro, um jeito do estado esconder do cidadão comum o que nos rouba todos os meses só no salário.

Um ordenado de 450€ é na realidade 553.5€. Isto sem falar na obrigatoriedade do patrão ter que pagar exames médicos para o empregado, quando o empregado já paga segurança social para ter assistência médica...
Mas, claro, se o comum dos cidadãos se apercebesse disto se iriam revoltar contra o estado, e é por isso que os 23% continuam escondidos no sistema.

No sistema actual, o empregado que tem o ordenado mínimo ganha 450€ brutos. (Na realidade deveria-lhe ser dito que ganha 553.5 brutos já que é isso que o patrão gasta com ele só em ordenado)
Dos 450€ de ordenado o empregado paga 11.5% e leva pra casa 398.25€. Qual seria a reacção desse trabalhador, que tão pouco leva para casa, se soubesse que na realidade e só às suas custas vão 155.25€ para a Segurança Social todos os meses?



Espero não me ter enganado em nenhum dos valores, penso que sejam esses os correctos.


As contas estão certas sim senhor!

É verdade que a grande maioria não tem consciência desses valores, senão seria mesmo como dizes, existiria alguma revolta. Mas também com o peso do nosso estado na economia não há muito a fazer.. :cry:
 
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por bEMdISPOSTO » 24/10/2009 0:45

Os trabalhadores acham que ganham pouco e mal dá para viver e querem aumentos...
Os patrões acham que com as contribuições, seguros e regalias que têm que pagar não podem aumentar...
E se ambos têm razão?
Vamos lá tentar resolver isto:

* Os trabalhadores passam a andar menos de carro e mais de transporte público (os que já andam, passam a ir menos ao café, deixam de fumar, e os que não fazem nada disso passam a conter-se mais nos gastos - porque digamos que hoje em dia ninguém quer abdicar de certas coisas que há uns anos nem existiam - telemóveis, só para exemplo, mais de 1 televisor e 1 rádio em casa, que para quyem tem salário mínimo deveria bastar, além de outros exemplos);

* Os patrões distribuem no fim do ano um prémio de produtividade retirado dos lucros (as grandes empresas costumam fazer isso) e demonstram aos trabalhadores que aquilo é a parte dos lucros que a produtividade deles permite distribuir, e que se quiserem mais QUE SEJAM MAIS PRODUTIVOS (pois é tão bom pedir mais salário mas trabalhar o mesmo ou se possível fazer ronha, que o patrão paga).

E pronto: os trabalhadores contém os seus custos cortando o supérfluo não consentâneo com o seu salário e os patrões pagam uma remuneração variável na medida que podem para não serem acusados de explorar os trabalhadores quando não podem pagar mais...

Mas se calhar isto não dá gozo a ninguém... :twisted:
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por bestbland » 24/10/2009 0:23

TheTraveler Escreveu:Eu acho uma grande injustiça para com os patrões o eles terem que pagar mais 23% de segurança social e essa quantia não vir nos recibos. E, claro, um jeito do estado esconder do cidadão comum o que nos rouba todos os meses só no salário.

Um ordenado de 450€ é na realidade 553.5€. Isto sem falar na obrigatoriedade do patrão ter que pagar exames médicos para o empregado, quando o empregado já paga segurança social para ter assistência médica...
Mas, claro, se o comum dos cidadãos se apercebesse disto se iriam revoltar contra o estado, e é por isso que os 23% continuam escondidos no sistema.

No sistema actual, o empregado que tem o ordenado mínimo ganha 450€ brutos. (Na realidade deveria-lhe ser dito que ganha 553.5 brutos já que é isso que o patrão gasta com ele só em ordenado)
Dos 450€ de ordenado o empregado paga 11.5% e leva pra casa 398.25€. Qual seria a reacção desse trabalhador, que tão pouco leva para casa, se soubesse que na realidade e só às suas custas vão 155.25€ para a Segurança Social todos os meses?



Espero não me ter enganado em nenhum dos valores, penso que sejam esses os correctos.


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por TheTraveler » 23/10/2009 19:58

Eu acho uma grande injustiça para com os patrões o eles terem que pagar mais 23% de segurança social e essa quantia não vir nos recibos. E, claro, um jeito do estado esconder do cidadão comum o que nos rouba todos os meses só no salário.

Um ordenado de 450€ é na realidade 553.5€. Isto sem falar na obrigatoriedade do patrão ter que pagar exames médicos para o empregado, quando o empregado já paga segurança social para ter assistência médica...
Mas, claro, se o comum dos cidadãos se apercebesse disto se iriam revoltar contra o estado, e é por isso que os 23% continuam escondidos no sistema.

No sistema actual, o empregado que tem o ordenado mínimo ganha 450€ brutos. (Na realidade deveria-lhe ser dito que ganha 553.5 brutos já que é isso que o patrão gasta com ele só em ordenado)
Dos 450€ de ordenado o empregado paga 11.5% e leva pra casa 398.25€. Qual seria a reacção desse trabalhador, que tão pouco leva para casa, se soubesse que na realidade e só às suas custas vão 155.25€ para a Segurança Social todos os meses?



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por bestbland » 23/10/2009 17:32

Ainda há pouco tempo disse aqui no forum que muitas das empresas pagam pouco devido ao nosso misero salario minimo e fui criticado por alguns. Pois é, afinal quem é que consegue viver com esse sálario e depois vem patrões a dizerem que não podem aumentar o salario minimo.
Não vou prolongar muito este assunto pois tem panos para mangas.
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por Lion_Heart » 23/10/2009 17:24

Olha outro Medina Carreira.
Mais um a que vão dizer que é um pessimista.

Eu digo mais, que familia tem qualidade de vida com um salario de 1.500€ ?
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Presidente AMI "A Pobreza em Portugal é uma vergonha

por Lion_Heart » 23/10/2009 17:23

Presidente da AMI
"A Pobreza em Portugal é uma vergonha"
Fernando Nobre quebrou o "politicamente correcto" que está a marcar o Congresso da Ordem dos Economistas. O presidente da AMI fez um discurso inflamado, provocando uma plateia cheia de economistas, que também são actuais e ex-responsáveis políticos, gestores e empresários, conseguiu palmas da plateia e introduziu um sentimento de urgência e indignação que, até esse momento, esteve ausente do debate.

Rui Peres Jorge
rpjorge@negocios.pt


Fernando Nobre, fundador e presidente da AMI, quebrou o politicamente correcto que marcou o debate de dois dias na 3º Congresso da Ordem dos Economistas sobre a Nova Ordem Económica.

Nobre fez um discurso inflamado, provocando uma plateia cheia de economistas, que também são actuais e ex-responsáveis políticos, gestores e empresários, conseguiu palmas da plateia e introduziu um sentimento de urgência e indignação que, até esse momento, esteve ausente do debate.

“É uma vergonha a pobreza que temos em Portugal”. “Não me falem com os problemas de aumento do salário mínimo. Quem é que aqui nesta sala consegue viver com 450 euros?”. “Não me venham com cirurgias plásticas para as mudanças que vão acontecer no mundo. Nós, os cidadãos não as vamos aceitar”, foram algumas das frases que deixou aos economistas presente.

Nobre, que também é médico e professor, interveio num painel que abordou o papel das organizações não governamentais (ONG) na nova ordem económica mundial defendendo que além do seu papel no apoio à sociedade e de compensação por falhas dos governos, as ONG têm um papel essencial na denuncia de injustiças e desequilíbrios, e na pressão para que o mundo possa mudar. E foi isso mesmo que fez.

O presidente da AMI diz que “em Portugal é preciso redistribuir melhor a riqueza”, que “há dezenas, senão centenas de milhares de jovens a sair de Portugal porque perderam a esperança”. Inconformado, disse que “combater a pobreza é uma causa nacional”, e salientou: “Não me venham com os 18% de taxa de pobreza, porque se somássemos os que recebem o rendimento social de inserção, os que recebem o complemento solidário para idosos, os que recebem o subsídio disto, e o subsídio daquilo, temos uma pobreza estrutural no nosso país acima dos 40%”. “Não aceito esta vergonha no nosso país”

O nível de desemprego, as baixas reformas, a precariedade dos contratos de trabalho foram outras áreas que lamentou. Os empresários também não foram poupados. “Quando vejo a CIP a defender que o salário mínimo não aumente não posso concordar. Que país queremos? Quantos de nós aqui conseguiriam viver com 450 euros por mês?”, perguntou à audiência, deixando depois um repto aos empresários: “Peço aos empresários para serem inovadores, abram-se ao mundo, sejam empreendedores”.

“É o momento de repensar que mundo queremos”, e recorrendo à frieza com que os médicos olham para a vida afirmou: “eu sei como vou morrer, sem como todos aqui vão morrer. E não é nessa altura, não é quando começarem a sentir a urina quente a correr pelas coxas, que vale a pena repensar a nova ordem económica mundial. È agora”. As futuras gerações não vão perdoar, diz.

Sobre o estado das economias, salientou que não é economista, mas avisou para os riscos que pendem sobre as economias e que os economistas presentes não abordaram: o risco de um crash obrigacionista, a falência de fundos de pensões pelo mundo, os milhões investidos em produtos derivados. “Não é razão para cedermos a paranóias, mas é preciso questionar se as economias capitalistas estarão à altura do desafio”, disse, acrescentando: “É precisa prudência, bom senso e cuidados com os cantos da sereia”.

E voltando aos seus conhecimentos médicos terminou dizendo: “Perante uma hérnia estrangulada, um médico só pode fazer uma coisa: operar imediatamente. Ora a hérnia já está estrangulada [na ordem económica mundial]: nós temos que operar, temos de mudar as regras, os instrumentos. É preciso bom senso, acção, determinação política”, disse, avisando: “se não o fizermos as próximas gerações acusar-nos-ão, com razão, de não assistência a planeta em perigo”
Editado pela última vez por Lion_Heart em 24/10/2009 8:26, num total de 4 vezes.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

Lion_Heart
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