"TAP não sobrevive se se mantiver pública", garante Pinto Luz

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Antigo responsável preocupado com saldo da Segurança Social

Um ex-dirigente do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social está preocupado com o saldo actual da Segurança Social. Carlos Pereira da Silva diz que a actual situação só tem paralelo com o que aconteceu na década de 80.

Um antigo dirigente do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social considerou preocupante a situação no saldo da Segurança Social numa conjuntura em que o número de desempregados vai continuar a aumentar.

Ouvido pela TSF, Carlos Pereira da Silva explicou que esta situação vai afectar não só o lado dos subsídios de desemprego, mas também na receita que a Segurança Social vai deixar de cobrar.

«O grande drama é que as pequenas e médias empresas vão gerar cada vez mais desempregados», acrescentou este antigo responsável deste instituto, que considerou normal haver aumento das despesas quando o número de desempregados sobe.

Este especialista considerou ainda que a actual situação da Segurança Social apenas tem paralelo com o que aconteceu na década de 80 aquando da crise de então a que se juntou o acordo com o FMI.

«O desemprego chegou acima dos 10 por cento. Só que naquela altura conseguimos absorver os desempregados. Agora estamos numa nova fase da economia em que muitos dos desempregados já não têm condições para voltarem ao mercado de trabalho», concluiu.

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Saldo da Segurança Social encolheu 63%

As contas da Segurança Social sofreram um forte abalo nos primeiros seis meses do ano.

De acordo com a execução orçamental do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social publicada há três dias, o saldo encolheu 63% face a igual período do ano passado, muito por culpa da crise e do desemprego.

Já a receita apenas teve um ligeiro aumento. Pode quase dizer-se que a entrada de dinheiro quase estagnou nos primeiros seis meses do ano.

Apenas se registou um aumento de 2,3%. Muito por causa das descidas nas transferências do Fundo Social Europeu e das transferências de capital provenientes da União Europeia, mas também do IVA social.

Do lado da despesa é que os números aumentaram. A despesa efectiva sofreu um acréscimo superior a 10% face ao 1º semestre de 2008 - uma subida explicada pelo aumento das prestações sociais.

O subsídio de desemprego e social de desemprego além dos apoios ao emprego tiveram um aumento substancial: a despesa realizada até Julho mostra um aumento de 26,2% face a 2008, com uma execução orçamental de 63%, ou seja, a meio do ano já vamos a mais de metade do previsto gastar-se.

Mas, o maior aumento vem do complemento solidário para idosos que registou um acréscimo superior a 174%;segue-se o rendimento social de inserção, que aumentou quase 18%.

Nos últimos anos, a Segurança Social foi um elemento gerador de verbas para os cofres do Estado, mas este ano pode não o conseguir...

Esta tarde, o Governo divulga os dados da execução orçamental do subsector Estado.