Vão trabalhar, malandros!
Tenho muitos amigos e amigas que estão desemprego, e que estavam em empresas em já há anos que não eram aumentados,não conseguem ouvir noticiários , o clima começa a ficar pesado.
Qual é o futuro ?
Em que os impostos continuam a subir , e a asfixiar, as poucas empresas resistentes, a crise não é mundial, mas em grande parte estrutural e nacional.
Voltamos á instabilidade do século XIX e da I Républica , é o destino deste povo...
Qual é o futuro ?
Em que os impostos continuam a subir , e a asfixiar, as poucas empresas resistentes, a crise não é mundial, mas em grande parte estrutural e nacional.
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A genese do problema e no após 25 abril, são as chamadas conquistas de abril , que no longo prazo, leva um país á ruina, como o Medina Carreira, tem dito, em 1973 havia 198.000 funcionários , e actualmente são 750.000, em que muitos entravam para a função pública só por terem colado uns cartazes de um partido.
Antes do 25 A ( como no resto Europa ocidental) , como já disse Silva LOpes , a F.P , ganhava 30% menos que no sector privado, mas em contrapartida tinham a garantia do emprego.
Após o 25 A , são as corporações que mandam, e os politicos estão refens dos seus votos, mas o sector privado , que é quem puxa a carroça , cada vez são menos e carroça cada vez mais pesada.
É muito comodo estar FP , e reclamar mais regalias e salários, mas se o seus seus compatriotas , não tem emprego e estão na miséria, e pouco importante.
Como ontem veio uma noticia , em que os professores no fim carreeira , em relação com o PIB , são os mais bem pagos da europa !!!
A juventude vai e já está a pagar um preço muito elevado, com as loucuras, dos 35 anos, e poderá levar a um periodo de grande miséria, mas para os priviligeados da FP, não importa.
Este autismo , e loucura , podem por em perigo o futuro de Portugal, e a coesão entre a população, e por em perigo a democracia.
Antes do 25 A ( como no resto Europa ocidental) , como já disse Silva LOpes , a F.P , ganhava 30% menos que no sector privado, mas em contrapartida tinham a garantia do emprego.
Após o 25 A , são as corporações que mandam, e os politicos estão refens dos seus votos, mas o sector privado , que é quem puxa a carroça , cada vez são menos e carroça cada vez mais pesada.
É muito comodo estar FP , e reclamar mais regalias e salários, mas se o seus seus compatriotas , não tem emprego e estão na miséria, e pouco importante.
Como ontem veio uma noticia , em que os professores no fim carreeira , em relação com o PIB , são os mais bem pagos da europa !!!
A juventude vai e já está a pagar um preço muito elevado, com as loucuras, dos 35 anos, e poderá levar a um periodo de grande miséria, mas para os priviligeados da FP, não importa.
Este autismo , e loucura , podem por em perigo o futuro de Portugal, e a coesão entre a população, e por em perigo a democracia.
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Re: Vão trabalhar, malandros!!??
tonirai Escreveu:No meu caso, em que os aumentos eram proporcionais à avaliação do(s) meu(s) superior(es), nos anteriores 6 anos fui sempre aumentado 0.5 a 1.5% acima da inflação... mas de entre os meus conhecidos, eu era dos mais aumentados, fruto de boas avaliações... a maioria terá tido aumentos abaixo ou em linha com a inflação.
Olá Tonirai,
Aqui até ja se entra noutro nível de comparação que é a recompensa pela produtividade, que, até há bem pouco tempo, era conceito (praticamente) inexistente no Estado.
A possibilidade de efectivamente ganhar poder de compra existia. No estado existe +- de 4 em 4 anos (o período pode ser mais curto ou mais longo consoante existam demissões de governos e eleiçãoes antecipadas

Abraço,
./elgenedy
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Re: Vão trabalhar, malandros!!??
elgenedy Escreveu: Pepi, para se poder efectivamente comparar, seria necessário referir os aumentos praticados pela empresa nos últimos anos onde a Administração Pública foi recebendo aumentos abaixo da inflacção.
No meu caso, em que os aumentos eram proporcionais à avaliação do(s) meu(s) superior(es), nos anteriores 6 anos fui sempre aumentado 0.5 a 1.5% acima da inflação... mas de entre os meus conhecidos, eu era dos mais aumentados, fruto de boas avaliações... a maioria terá tido aumentos abaixo ou em linha com a inflação.
pepi Escreveu:Trabalho no sector privado (empresa que integra o PSI20) e o aumento foi de 0,00% para todos os trabalhadores com salários superiores a 1.400 € mensais...
E pelos corredores fala-se em medidas + drásticas... É que a crise sejam só para alguns.
Abraços
Só para comparar... também trabalho no sector privado (multinacional estrangeira), e o aumento foi de 0% para todos os funcionários.
As medidas mais drásticas vieram a seguir, com despedimentos e lay-offs.
Re: Vão trabalhar, malandros!!??
pisão Escreveu:Olhar para as médias é ingrato, porque uma generalização favorece os muito maus e é injusto para os melhores.
Olá Pisão,
Médias e generalizações, apesar de tentarem dar uma ideia da "Big Picture", em certos caso penso que apenas distorcem os resultados.
Além disso, temos a tendência em apontar o dedo ao mosntro Estado, como se fosse dele a culpa de tudo o que é mau. E o caso dos salários é um desses exemplos.
Sem querer apontar dedos, mas fazendo uma questão meramente académica: O que está mal: o estado que paga 75% acima do privado, ou o privado que paga pouco?
O meu ponto de vista é simples. Um jovem licenciado, em início de carreira, recebe no Estado cerca de 1000€ limpos por mês. Se isso é 75% acima do privado (segundo o estudo, na realidade este é dos pontos onde o diferencial é maior, mas fico-me pela média) significa que estamos a pagar a recém-licenciados abaixo dos 600€ limpos/mês (o estudo também refere a enorme quantidade de pessoas a recerem o salário mínimo).
A minha questão é: é realmente o estado que está mal? Será que o nosso custo de vida é assim tão baixo para salários deste nível? É assim tão barato viver em Portugal?
Pepi Escreveu:Trabalho no sector privado (empresa que integra o PSI20) e o aumento foi de 0,00% para todos os trabalhadores com salários superiores a 1.400 € mensais...
E pelos corredores fala-se em medidas + drásticas... É que a crise sejam só para alguns.
Pepi, para se poder efectivamente comparar, seria necessário referir os aumentos praticados pela empresa nos últimos anos onde a Administração Pública foi recebendo aumentos abaixo da inflacção.
Atenção que não estou a defender aumentos de X ou Y num sector ou no outro. Penso que não podemos é comparar um ano, esquecendo todos os outros.
Pessoalmente já trabalhei no Estado. Um dos motivos que levou a sair foi o facto de financeiramente o privado apresentar propostas muito mais interessantes...
Cumprimentos,
./elgenedy
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Não consigo perceber estes estudos, e principalmente os títulos destas notícias:
"Funcionários públicos recebem mais que privados. Um estudo do Banco de Portugal (BdP) concluiu que os funcionários do Estado "auferem um salário mensal" acima dos colegas do sector privado, um diferencial remuneratório que tem aumentado ao longo dos anos."
Gosto das palavras "auferem" e "diferencial remuneratório", humm... sim senhor, mas o que significa isto? A questão é que pelo artigo fico na mesma em relação à importância do estudo.
É que estudos para mostrar o que nós queremos são fáceis de fazer. Como alguém dizia noutro tópico, relacionado com contabilidade e apresentação de contas, quase sempre conseguimos mostrar os resultados que queremos, basta "dar a volta aos números".
Mas parece que tenho que ir ler o estudo para perceber se ele faz algum sentido.
Foram feitas médias entre todos os trabalhadores de cada sector?
Foram feitas médias apenas para trabalhos equivalentes?
Como foram feitas as comparações entre trabalhos de diferente tipo?
E como estas uma série de outras questões que podem alterar completamente o resultado de qualquer estudo!
Mas quando se usa médias, que é dos indicadores estatísticos que é mais influenciado por dados fora "da média" (quando as distribuições dos dados não tem só um modo, como será o caso - poucos ganham muito, muitos ganham pouco e alguns ganham mais ou menos, a média não tem qualquer valor estatístico), é normal as coisas saírem desviadas.
Portanto deve ser o salário dos administradores do Banco de Portugal que estão a "puxar" as médias para cima
Eu sou ateu (e existencialista), mas mesmo assim digo bem alto (como diria a minha avó): credo, valha-nos Deus!
"Funcionários públicos recebem mais que privados. Um estudo do Banco de Portugal (BdP) concluiu que os funcionários do Estado "auferem um salário mensal" acima dos colegas do sector privado, um diferencial remuneratório que tem aumentado ao longo dos anos."
Gosto das palavras "auferem" e "diferencial remuneratório", humm... sim senhor, mas o que significa isto? A questão é que pelo artigo fico na mesma em relação à importância do estudo.
É que estudos para mostrar o que nós queremos são fáceis de fazer. Como alguém dizia noutro tópico, relacionado com contabilidade e apresentação de contas, quase sempre conseguimos mostrar os resultados que queremos, basta "dar a volta aos números".
Mas parece que tenho que ir ler o estudo para perceber se ele faz algum sentido.
Foram feitas médias entre todos os trabalhadores de cada sector?
Foram feitas médias apenas para trabalhos equivalentes?
Como foram feitas as comparações entre trabalhos de diferente tipo?
E como estas uma série de outras questões que podem alterar completamente o resultado de qualquer estudo!
Mas quando se usa médias, que é dos indicadores estatísticos que é mais influenciado por dados fora "da média" (quando as distribuições dos dados não tem só um modo, como será o caso - poucos ganham muito, muitos ganham pouco e alguns ganham mais ou menos, a média não tem qualquer valor estatístico), é normal as coisas saírem desviadas.
Portanto deve ser o salário dos administradores do Banco de Portugal que estão a "puxar" as médias para cima

Eu sou ateu (e existencialista), mas mesmo assim digo bem alto (como diria a minha avó): credo, valha-nos Deus!
"Every solution breeds new problems." Murphy's Law
Trabalho no sector privado (empresa que integra o PSI20) e o aumento foi de 0,00% para todos os trabalhadores com salários superiores a 1.400 € mensais...
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Abraços
E pelos corredores fala-se em medidas + drásticas... É que a crise sejam só para alguns.
Abraços
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Já agora, este artigo parece ter surgido na sequência de um estudo cujo comentário apareceu ontem:
16 Julho 2009 - 18h30
Diferencial tem-se acentuado nos últimos anos
Funcionários públicos recebem mais que privados
Um estudo do Banco de Portugal (BdP) concluiu que os funcionários do Estado "auferem um salário mensal" acima dos colegas do sector privado, um diferencial remuneratório que tem aumentado ao longo dos anos.
'Os trabalhadores do sector público auferem um salário médio mensal claramente acima dos seus congéneres do sector privado, tendo o respectivo diferencial aumentado ao longo do tempo, de cerca de 50 por cento em 1996 par quase 75 por cento em 2005', concluíram Maria Manuel Campos e Manuel Coutinho Pereira, os autores do documento.
O documento foi elaborado a partir dos recenseamentos da Administração Pública de 1996, 1999 e 2005 e nos quadros de pessoal do sector privado para estes anos e quando compara a remuneração horária, então o diferencial é ainda maior. Este factor é explicado pela menor assimetria e dispersão salarial entre os funcionários públicos e pelo tempo de trabalho mais longo.
Os dados analisados permitiram também concluir que cerca de 50 por cento dos funcionários do Estado têm formação universitária, enquanto no privado apenas 10 apresentam esse nível de estudos académicos. O estudo, que não inclui dados referentes à reforma da Administração Pública lançada em 2005 pelo actual Governo, refere que os trabalhadores do sector privado acompanharam a tendência de contenção de salários imposta aos funcionários do Estado a partir de 2002.
Ainda assim, os dois especialistas sublinham que 'os funcionários públicos têm, porém, um ritmo de progressão na carreira mais lento do que os seus congéneres do sector privado, facto que deverá ter um impacto negativo na sua motivação'.
Vão trabalhar, malandros!
http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=378274
Trabalhar para o Estado é melhor que trabalhar para os privados? No dia 23 de cada mês, é. É o dia do pagamento. O pior são os outros 29 dias. Emprego há sempre, trabalho não.
Trabalhar para o Estado é melhor que trabalhar para os privados? No dia 23 de cada mês, é. É o dia do pagamento. O pior são os outros 29 dias. Emprego há sempre, trabalho não.
Olhar para as médias é ingrato, porque uma generalização favorece os muito maus e é injusto para os melhores. Isso é válido para estas frases e para o estudo do Banco de Portugal (Maria Manuel Campos e Manuel Coutinho Pereira), que actualiza a diferença entre salários no Estado e fora dele: os trabalhadores do sector público auferem um salário médio "claramente acima" dos seus congéneres do sector privado. Quão acima? Era 50% superior em 1996, passou a ser 75% em 2005. A assimetria, diz o estudo, é ainda maior quando se calcula o salário por hora (trabalha-se menos horas no Estado).
Ganha-se mais dinheiro, trabalha-se menos horas e o risco de despedimento é zero. Humm... Que paraíso é este?
Não é paraíso algum, é um inferno para o País que o alberga, que paga estes custos para uma produção baixa e serviços mal prestados. Em média... A culpa é, portanto, dos funcionários públicos, certo? Errado. Quem tem de trabalhar mais são os seus chefes, os dirigentes.
Não é preciso ser um perigoso neoliberal para concluir que o Estado tem gente a mais ou trabalho a menos; custos altos e produtividade baixa. O pecado original vem de trás, quando desenfreadamente se subcontratou (na era Cavaco) e contratou (época de Guterres). Que fazer?
Hipótese 1: despedir. Impossível. Todas as circunvalações inventadas para dar a volta à questão (excedentários, supranumerários, mobilidade) falharam. Hipótese 2: fazer uma "desvalorização competitiva dos salários". É o que foi feito na última década, com aumentos salariais abaixo da inflação e, desde 2005, com o congelamento das progressões, uma medida cega para suspender outra medida cega (as progressões automáticas eram uma imbecilidade que dissuadia o mérito e a criatividade: o melhor era estar quieto e nunca pôr em causa o chefe). O problema foi que esse comportamento da última década foi mau para os dois lados: quem recebe compara os aumentos com a inflação; quem paga devia comparar com a produtividade. Daí que o aumento de 2,9% deste ano seja uma aberração eleitoralista.
Se as pessoas trabalham pouco ou mal, a culpa não é sua, mas de quem as contratou e as gere. E quem gere na administração pública ainda é (em média...) quem o partido gosta, quem a cunha prefere e quem a antiguidade prefere.
Era tudo isto que esta reforma da Administração Pública queria dinamitar. Mas o secretário de Estado que desenhou uma reforma perfeita no papel, João Figueiredo, foi-se embora antes da obra. O arquitecto não quis ser engenheiro e o resultado é pífio. As progressões tornaram-se mais lentas (em média, passou de três para dez anos), as avaliações continuam omissas. Há ainda dirigentes do Estado que não respeitam as ordens do ministro, não definem objectivos, não avaliam os funcionários (contra o interesse destes!), e passam incólumes a essa "desobediência civil". No final, esses funcionários estão a ser avaliados... pelo "curriculum"! É a negação da reforma.
A Administração Pública tem muitos chefes relapsos e bloqueadores, que derrubam com a inércia o que põe em causa o seu posto. Sobram os funcionários e 1.500 proscritos no quadro de mobilidade, um fracasso onde na prática estão de castigo os que não aceitam ser transferidos de serviço.
A reforma da Administração Pública era a mãe de todas as reformas. No fim da legislatura, a mãe falhou. Venceram os filhos da mãe.
Editado pela última vez por pisão em 5/2/2011 13:04, num total de 2 vezes.
Uma das maiores dificuldades é saber esperar. A impaciência é inimiga do êxito.
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