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Caldeirão da Bolsa

Continente (Soane), Jeronimo Martins e o leite nacional

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por limpaesgotos » 30/8/2009 4:06

http://tv1.rtp.pt/noticias/index.php?t= ... tm=5&rss=0

Portugal perdeu 600 ME de ajudas comunitárias no Governo PS

Porto, 29 Ago (Lusa) - O ex-eurodeputado do CDS Ribeiro e Castro denunciou hoje que a agricultura portuguesa perdeu cerca de 600 milhões de euros de ajudas comunitárias por "desleixo" do Governo do PS e arrisca-se a perder outro tanto.

"É uma factura escandalosa cobrada à agricultura portuguesa. São 1.200 milhões de euros de verbas comunitárias definitivamente perdidas ou em risco de serem perdidas", disse à agência Lusa Ribeiro e Castro, à margem de uma visita à feira Agrival, em Penafiel.

Ribeiro e Castro referiu que aqueles números constam na resposta, que recebeu sexta-feira, da comissária europeia da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Mariann Fischer Boel, a perguntas que lhe dirigiu pouco antes de terminar o seu mandato no Parlamento Europeu.
Cumprimentos.


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por limpaesgotos » 29/8/2009 11:57

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/not ... iv_id=1730

Litro custa agora 24 cêntimos
Crise do leite: preço cai 25% e produtores desistem
2009/08/29 11:05 Redacção / PGM

Portugal perde mais de mil produtores ao ano

O preço do leite caiu quase 25% num ano, a nível europeu. Os produtores da União Europeia reclamam por isso ajudas para um sector que viu muitos empresários desistirem.

Entre Junho de 2008 e Junho de 2009, o preço médio do leite nos dez principais países produtores (Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Holanda, Itália, Irlanda, Reino Unido e Suécia) desceu de 38,13 euros por 100 quilos para 24,7 euros, avança a Lusa.

Já o preço médio do leite na UE foi, em Junho do ano passado, de 33,4 euros por 100 kg, enquanto que em Junho último a mesma quantidade valia 24,3 euros junto do produtor.

A descida do preço do leite no produtor e o excesso de oferta na Europa, face à quebra da procura, devido à crise económica, criam problemas graves no sector e Portugal não é excepção. Há mesmo quem fale em situações de falência nas explorações.

Perdemos 66% dos produtores em 10 anos

O número de produtores portugueses de leite caiu 66% em 10 anos, para cerca de 10 mil, tendência que não foi acompanhada pela quantidade de leite produzida, uma vez que é suficiente para o consumo nacional.

Dados do Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas referem a existência de 11.400 produtores ou explorações na campanha de 2007/08 (de Abril a Março), no Continente e Açores, contra 12.400 um ano antes.

Para a actual campanha, ainda não está disponível informação oficial, mas a Fenalac (federação que reúne as cooperativas do sector) avançou à Lusa uma estimativa que aponta para cerca de 10 mil produtores, o que reflecte uma quebra de mais de mil num ano.

Menos 15 cêntimos em poucos meses

Nos últimos meses, as associações representativas do sector leiteiro têm chamado a atenção do Governo e dos portugueses para as consequências da quebra do preço do leite, que passou de mais de 39 cêntimos nos primeiros meses de 2008 para os actuais 28 ou 24 cêntimos. A revolta dos produtores cresce quando verificam que estas reduções não se reflectem no valor pago pelos consumidores já que nos super e hipermercados o preço ronda 39 cêntimos para cada litro de leite.

O conselho extraordinário de ministros da Agricultura dos 27, convocado para discutir a crise do mercado do leite e a questão das quotas de produção, cuja manutenção alguns Estados-membros defendem e Bruxelas recusa.
Cumprimentos.


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por limpaesgotos » 27/8/2009 23:26

E o leite escassará ... A produção de leite não tem nada a ver com arroz, no arroz trabalha-se 3 meses por ano, na produção de leite trabalha-se (no duro) 24 horas por dia, 7 dias por semana, ...

////////////////////////////////////



http://www.correiomanha.pt/Noticia.aspx ... E358C8959E


27 Agosto 2009 - 00h30

Crise: Fenalac e Leicar recusaram ontem reunir com o ministro Jaime Silva

Penhoras arruinam produtores de leite

Entre quatro a cinco mil produtores de leite estão a atravessar graves dificuldades. Destes, um quinto está a passar por processos de execução, revela a Associação de Produtores de Leite e Carne (Leicar). O Governo quis ouvir o sector, mas as principais associações recusaram.


"São, seguramente, mais de mil os produtores que estão a passar por situações de penhora e arresto [de bens]", um sétimo dos produtores leiteiros do Continente português, diz José Oliveira, líder da Leicar. A percepção é ganha no terreno, pois a associação faz a contabilidade de muitos produtores. "Todos os dias nos chegam notificações." Fisco, Banca e fornecedores apertam o cerco para cobrar dívidas. José Oliveira garante que esta "nunca foi uma situação comum". "Agravou-se a partir do início do ano."

Apesar de não ter dados relativos das execuções, Fernando Cardoso, da Federação Nacional das Cooperativas de Produtores de Leite (Fenalac) – que recusou ir à reunião –, admite que "no último ano mil produtores abandonaram o sector". Há ano e meio, o preço do litro do leite rondava os 55 cêntimos. Hoje, é pago entre os 25 e 28 cêntimos e há já quem aposte na descida até aos 20 cêntimos.

A falta de aplicação da linha de desendividamento anunciada pelo Governo é criticada. "Ninguém conhece o texto nem os bancos que a vão formalizar", lembra Fernando Cardoso. José Oliveira vai mais longe e diz que "há agricultores que não estão a conseguir pagar à Segurança Social e às Finanças", pelo que a exigência da regularização das dívidas poderá afastar candidatos.

Ontem, o ministro da Agricultura desvalorizou a recusa da Leicar e da Fenalac em reunir. Jaime Silva afirmou que a ASAE está a analisar o problema dos preços. Em Bruxelas, a 7 de Setembro, o ministro já garantiu que vai defender a suspensão do aumento das quotas leiteiras e informar a Comissão Europeia de que está contra a liberalização prevista para 2015. Jaime Silva vai sugerir ainda o abate de vacas mais velhas e o aumento do preço na intervenção. Hoje, há nova manifestação de produtores na Póvoa de Varzim.

MINISTRO VAI PEDIR AOS HÍPERS QUE ESCOEM ARROZ

O Ministério da Agricultura vai chamar os principais hipermercados para os sensibilizar para a necessidade de escoar mais rapidamente o arroz nacional, disse o secretário de Estado Luís Vieira. Para além da reunião entre Jaime Silva e os representantes de grupos como a Jerónimo Martins, Sonae, Auchan e Intermarché, que terá lugar na próxima semana, a questão dos preços está também a merecer a atenção do Governo. Jaime Silva quer "sensibilizar para a necessidade de garantir o escoamento da produção nacional".

PORMENORES

NÚMEROS

Segundo as contas da Leicar e da Fenalac, existem no Continente apenas sete mil produtores, a que se somam mais de três mil dos Açores. O ministro já disse que três mil pequenos produtores irão desaparecer.

DIFICULDADES

As duas associações defendem que não são os pequenos produtores quem está a passar os maiores problemas, mas antes as médias e grandes explorações que investiram na modernização.

Diana Ramos / Lusa
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por limpaesgotos » 31/7/2009 23:31

http://tv1.rtp.pt/noticias/index.php?t= ... tm=6&rss=0

Falências à vista

Produtores de leite lançam "ultimato" desesperado ao Governo
Dezenas de produtores de leite deixaram um apelo "desesperado" ao Governo para que apresse ajudas a um sector que afirmam estar a afundar-se. Reunidos em Vila do Conde, os produtores lançaram um "ultimato" ao Executivo exigindo "medidas urgentes que salvem o sector" e evitem a sua falência.

Imagem

Carlos Neves, presidente da Associação de Jovens Agricultores do Distrito do Porto (AJAP), sustentou perante os jornalistas os produtores estão "desesperados com a situação em que vivem", alertando que já "este sábado o cenário vai piorar" devido ao anúncio de algumas empresas no sentido de "pagarem menos dois a três cêntimos por litro de leite aos produtores".
"Muitos agricultores estão a aumentar as dívidas, porque não conseguem pagar ou suportar as despesas com as suas explorações", lembrou o dirigente, defendendo que o preço justo a pagar por um litro deveria rondar os "40 cêntimos" quando as empresas pagam actualmente entre "22 e 27 cêntimos".

Carlos Neves fez ainda questão de lembrar que os custos da produção são "muito elevados, porque as rações são caras e os cuidados com os animais também".

O presidente da AJAP aludiu à situação que se vive com o sector em Espanha, "onde o Estado já deu ajudas directas aos agricultores", para dizer que ao sector em Portugal resta esperar que "o Governo os ajude e que faça com que a produção e o consumo se equilibrem".

Com a baixa de preços, já há produtores que acreditam numa entrada rápida no processo de falência.

Carlos Neves deixa o aviso: se "estas manifestações em português suave não resultarem", em Agosto os produtores optarão por "medidas mais intensas" que podem passar por "uma grande concentração nacional".

O dirigente não descarta ainda "formas de luta mais duras", contemplando "bloqueios e manifestações mais agressivas".
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por MarcoAntonio » 31/7/2009 15:14

limpaesgotos Escreveu:Mais uma prova da falta de concorrencia, não há leite, e o preço no produtor baixa ?? :shock:


Estás-te a referir a quê?
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por limpaesgotos » 31/7/2009 11:22

Mais uma prova da falta de concorrencia, não há leite, e o preço no produtor baixa ?? :shock:

///////////////////////////////////////

http://www.xornal.com/artigo/2009/07/28 ... 59410.html

A importación de leite luso a Galicia medrou máis dun 315%

Ata o mes de abril, a comunidade importou máis de 50.000 toneladas de leite, a meirande parte procedente de Portugal, por 24 millóns de euros

Galicia abre cada vez máis as súas fiestras á importación masiva procedente de Portugal e Francia. Importación de leite e nata que entra na comunidade directamente ás industrias e afondando na crise dun sector galego deficitario desta materia prima mais afogado por unhas cotas que non permiten que os gandeiros galegos incrementen a súa produción. No que levamos de ano (só ata abril), segundo a estatística do comercio exterior de Aduanas, entraron na comunidade 52.498 toneladas de leite e nata, o 91,3% procedente das explotacións portuguesas. Comparado co ano anterior, representa un aumento de máis dun 315% só do leite importado do país veciño.


EVOLUCIÓN

Entre xaneiro e abril do ano 2008, Galicia ‘recibira’ máis de oito mil toneladas de leite; no mesmo periodo deste ano, coincidente coa máis fonda crise do sector leiteiro do país, esta cifra disparouse ata as 47.978 toneladas. Unha potente suba que nin os sindicatos nin os propietarios de explotacións gandeiras, consultados por este diario, consideran “lóxico”. “É como rirse de nós”, sinala un gandeiro lucense, “de verdade un 315%?”, pregúntase incrédulo.

Portugal é, sen paliativos, o ‘culpable’ de tan espectacular suba. A importación dos países que fixeron estas transaccións (Francia, Países Baixos, ademais de Portugal) foi no mesmo periodo do 2008 –entón tamén consta Italia– de 12.660 toneladas. Este exercicio, 52.498 toneladas de leite e nata, segundo o mesmo rexistro.

Segundo esta estatística, ademais, queda evidente que non aumentaron as operacións comerciais, senón que o que se produciu foi un fortísimo incremento do leite importado nas mesmas. Isto é, que se en 2008 e nos primeiros catro meses as operacións comerciais con Francia, Italia e Portugal foron 34 (con esas 12.660 mil toneladas), no mesmo periodo deste exercicio foron 38, catro transaccións máis que non se corresponden con ese incremento de máis do 300%.


EXPORTACIÓN

Deficitaria de produción, a importación masiva é a única vía que ten Galicia para cumplimentar coa demanda. España produce pouco máis de 6 millóns de toneladas anuais de leite, polos aproximandamente 2,2 millóns de Galicia. Non obstante, e malia á caída do consumo, mércanse 9 millóns por parte dos cidadáns de todo o Estado.

Cos mesmos datos estatísticos de Aduanas, a exportación de leite de Galicia é mínima, precisamente polo feito de ser deficitarios. Exportáronse, ata abril deste ano, 6.856 toneladas de derivados de leite a Andorra, Dinamarca ou Xibraltar.
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por Nyk » 8/7/2009 19:46

Produtores concentrados frente à Renoldy após informações de encerramento eminente da empresa
Um conjunto de produtores leiteiros está concentrado frente às instalações da empresa de recolha de leite Renoldy, em Alpiarça, depois de «informações de última hora» apontarem para o encerramento da unidade no dia 15, por ausência de clientes



Rui Moreira, do Movimento Mais Português, adiantou que a administração da Renoldy terá decidido encerrar por não se terem concretizado as expectativas geradas após a reunião promovida pelo ministro da Agricultura, a 29 de Junho, entre a empresa e representantes da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED), Sonae (Modelo e Continente) e Jerónimo Martins (Pingo Doce e Feira Nova).

«Nesse dia manifestou-se uma vontade imensa de viabilização da Renoldy e de olhar para os postos de trabalho quer da empresa, quer dos produtores que lhe vendem o leite, mas nada se verificou», afirmou o responsável do movimento, criado por um conjunto de produtores de leite para apelar ao consumo de produtos nacionais.

Após o encontro, o ministro Jaime Silva disse haver «espaço» para um entendimento entre a produção de leite e as empresas de distribuição de modo a encontrar «um equilíbrio nacional», enquanto a APED garantiu que 80 por cento do leite vendido nas grandes superfícies é de origem portuguesa.

Contudo, garantiu Rui Moreira à agência Lusa, desde então «não houve encomendas nenhuma», apenas se tendo concretizado uma compra do grupo Sonae - a quem a Renoldy vendia 75 por cento da produção - que, segundo o movimento, não terá passado de uma «manobra publicitária».

«A encomenda da Sonae chegou numa sexta-feira, às 20h, para que fossem entregues 58 camiões de leite (1,5 milhões de litros) nas segunda e terça-feira seguintes», disse, considerando que «pedir isto em dois dias denuncia uma tentativa de encontrar uma desculpa para permitir à distribuição dizer que quis comprar, mas a produção não conseguiu entregar».

De acordo com Rui Moreira, a Renoldy acabou por conseguir responder ao pedido da Sonae, mas, desde então, «não há mais uma única encomenda ou um único litro de leite agendado para ser entregue».

Acusando a grande distribuição de uma «estratégia de verdadeiro terrorismo comercial», o Movimento Mais Português exige do ministro da Agricultura «medidas concretas e efectivas junto da grande distribuição que permitam a viabilização da empresa e salvaguardem as dezenas de produtores e postos de trabalho em risco».

Em carta enviada a algumas dezenas de produtores a quem recentemente suspendeu a compra de leite, a Renoldy justifica a decisão com o «abandono quase geral» de que diz ter sido vítima por parte das empresas distribuidoras, «que preferiram passar a abastecer-se no estrangeiro, inclusive na longínqua Polónia».

«Nos primeiros quatro meses do ano em curso o suporte principal das nossas vendas era o grupo Sonae, que representava 75 por cento do nosso embalamento, sendo os restantes 25 por cento afectados aos grupos Jerónimo Martins, Auchan, Aldi Discout e Unimark».

Contudo, refere a empresa, o grupo Sonae reduziu as encomendas de 3.125 milhões de litros/mês para 2.700 milhões em Maio, não tendo em Junho comprado «qualquer quantidade de leite Marca 'E', cujas compras mensais rondavam os 2.500 milhões de litros».

«A situação tornou-se insustentável porque não podemos continuar a comprar leite que não podemos vender», sustenta a Renoldy, que se disponibilizou mesmo a vender o leite à Sonae a 39 cêntimos por litro, «com prejuízo directo», por se dizer ser este o preço «a que o leite na Alemanha e da Polónia é colocado nas lojas daquele grupo».

Lusa / SOL
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por madoff » 2/7/2009 17:37

Só uma nota (mas não sou especialista)

1 litro de leita da VACA dá para fazer vários produtos, pois o leite é muito gordo.O processo produtivo, implica retirar alguma gordura ao leite.

Essa gordura é depois utilizada em outros produtos (manteigas, natas).

Por isso a comparação deve ser relativa.

Não sou especialista, mas foi o que foi-mes explicado um dia
 
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por limpaesgotos » 2/7/2009 17:25

rmachado Escreveu:limpa

onde tens esses dados?

Obrigado


Estive á pouco a falar com um produtor de leite que fornece para a Lactogal, disse-me que o ano passado chegou a receber 0,40eur por litro, hoje está a receber 0,27 eur por litro. Agora é comparar com preços nos supermercados á um ano e hoje.

De notar que de um litro de leite natural da vaca sai outros produtos, natas, leite magro, leite meio gordo, manteiga, etc.
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por limpaesgotos » 2/7/2009 17:13

rmachado Escreveu:limpa

onde tens esses dados?

Obrigado


2009/05/07

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/not ... iv_id=1730

Economia

Grandes superficies respondem a ameaça de produtores

«Hipers» dizem que polémica do leite se deve a monopólio

2009/05/07 18:51Rui Pedro Vieira


APED considera que «posição dominante» da Lactogal é raiz de todos os problemas

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) reagiu esta quinta-feira à ameaça feita por produtores de leite que, alarmados com a baixa de preço, ponderam retirar o leite estrangeiro das grandes superfícies.

Em resposta, a entidade diz que os produtores «erram o alvo da sua contestação», na medida em que as empresas de distribuição se assumem como «parceiros e aliados privilegiados da produção nacional».

«O verdadeiro problema do sector do leite radica antes num grau de concentração muito elevado, com a gigante Lactogal a assumir uma posição dominante e monopolista ao apresentar uma quota de compras superior a 70 por cento aos produtores portugueses», refere a APED numa nota explicativa.

Sobre a baixa de preço, desde o final do ano e segundo dados citados do Instituto Nacional de Estatística, o preço pago pela Lactogal aos produtores baixou cerca de 30%. Enquanto que, para os retalhistas e consequentemente para o consumidor, se limitou a baixar 10% do preço.

«Quem terá ficado com este valor? Foi naturalmente a Lactogal», alerta a APED.


Dimensão da Lactogal prejudica transparência e défice competitivo

As empresas de distribuição acrescentam que não têm obtido lucros directos resultante da venda de leite nas suas lojas, e acomodaram «a degradação das condições de fornecimento do leite e impedindo maiores prejuízos para as famílias portuguesas».

Os associados da APED acreditam, porém, que possa não ser essa a visão dos pequenos produtores de leite portugueses, confrontados com o aumento generalizado dos custos da energia, das matérias-primas e de todos os demais factores de produção.

«Ao invés, a fileira do leite em Portugal é caracterizada por uma grave falta de transparência e por um acentuado deficit competitivo sendo dominada por um operador praticamente único, com dimensão e interesses ao nível do mercado ibérico», volta a referir a APED:

De acordo com a A.C. Nielsen, em 2008, a Lactogal respondia por uma quota de 64% no mercado de leite.

Neste contexto, e sentindo-se impedidas de cumprir com os compromissos de serviço perante os clientes, as empresas de distribuição reconhecem que são obrigadas a procurar leite no exterior, «com preços e condições de entrega que as empresas portuguesas de recolha, processamento e embalagem não lhe facultam por força do actual monopólio».

A Agência Financeira tentou contactar a administração da Lactogal mas até ao momento não obteve resposta.
Cumprimentos.


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por Elias » 2/7/2009 11:31

Olá Lion,

Acho que estás aí a misturar várias coisas.

Lion_Heart Escreveu:Eu conheço muito bem o Norte de Portugal e o Norte da Galiza e acho que sou capaz de afirmar sem muita dificuldade que acho muito dificil um galego comprar produtos sem ser da sua região e depois sem ser do seu País, eles são muito regionalistas e depois nacionalistas.


Isso é a tua percepção pessoal certo?

Então e essa situação será diferente da do resto de Espanha?

Lion_Heart Escreveu:Basta ver quando vem ao nosso País , raramente compram algo , e se gastarem é em restaurantes e hoteis .


Está bem, não estão a comprar produtos nacionais, mas adquirem serviços nacionais. Qual é a diferença?

Lion_Heart Escreveu:Nós somos sempre ao contrário , compramos coisas de fora porque achamos que o que vem de fora e que é bom e depois não percebemos pq não existe peixe Português , carne Portuguesa , legumes e etc.


Acho que aqui estás a generalizar em demasia.

Os portugueses compram aquilo que lhes é oferecido. E a verdade é que os nossos supermercados têm à venda imensos produtos estrangeiros. Em Espanha, por aquilo que tenho visto nos supermercados, a situação é bastante diferente (a % de produtos espanhóis é maior).

Lion_Heart Escreveu:Pior, porque cada vez existe mais desemprego e estamos mais endividados. Enfim,...


Não percebo onde queres chegar com a referência ao desemprego... em termos de desemprego estamos bastante melhor que Espanha.

Espanha é o país da Zona Euro com uma maior taxa de desemprego, tendo atingido os 17,36% em Maio.
(fonte)
 
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por habanero04 » 2/7/2009 11:20

Lion_Heart Escreveu:Nós somos sempre ao contrário , compramos coisas de fora porque achamos que o que vem de fora e que é bom e depois não percebemos pq não existe peixe Português , carne Portuguesa , legumes e etc.


Não é bem assim, acho que é antes: o que vem de fora é mais barato, não necessariamente melhor nem pior.

Lion_Heart Escreveu:Pior, porque cada vez existe mais desemprego e estamos mais endividados. Enfim,...


Pelo que dizes parece que a economia só funciona e evolui através do consumo interno e isso não é verdade.
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por _urbanista_ » 1/7/2009 23:20

Camisa Roxa Escreveu:
rmachado Escreveu:Camisa

O problema é que aparentemente só não são competitivos pq lá fora recebem mais subsidios.

Isto inverte logo a lógica de mercado.


pois, os subsídios inquinam toda a lógica de mercado por isso é que deveriam ser todos abolidos e acabar-se de vez com a PAC



Sem subsídios o leite estava ao preço da gasolina :mrgreen:
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por madoff » 1/7/2009 23:09

Isso entende-se.Historicamente (e até finais dos anos 80), o $ tinha muito mais valor que a peseta.

A nossa moeada era mais forte e Portugal na sua história sempre foi mais rico que Espanha (desde séc XV), em termos médio, claro, houve alguns periodos que assim não foi.

Embora tenha 35 anos, lembro-me quando era muito mais novo e ia a Espanha, de comprar chocolates às duzias e outras coisas (os meus país), pois era tudo mais barato.



Lion_Heart Escreveu:Eu conheço muito bem o Norte de Portugal e o Norte da Galiza e acho que sou capaz de afirmar sem muita dificuldade que acho muito dificil um galego comprar produtos sem ser da sua região e depois sem ser do seu País, eles são muito regionalistas e depois nacionalistas.

Basta ver quando vem ao nosso País , raramente compram algo , e se gastarem é em restaurantes e hoteis .

Nós somos sempre ao contrário , compramos coisas de fora porque achamos que o que vem de fora e que é bom e depois não percebemos pq não existe peixe Português , carne Portuguesa , legumes e etc. Pios, porque cada vez existe mais desemprego e estamos mais endividados. Enfim,...
 
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por Lion_Heart » 1/7/2009 23:00

Eu conheço muito bem o Norte de Portugal e o Norte da Galiza e acho que sou capaz de afirmar sem muita dificuldade que acho muito dificil um galego comprar produtos sem ser da sua região e depois sem ser do seu País, eles são muito regionalistas e depois nacionalistas.

Basta ver quando vem ao nosso País , raramente compram algo , e se gastarem é em restaurantes e hoteis .

Nós somos sempre ao contrário , compramos coisas de fora porque achamos que o que vem de fora e que é bom e depois não percebemos pq não existe peixe Português , carne Portuguesa , legumes e etc.

Pior, porque cada vez existe mais desemprego e estamos mais endividados. Enfim,...
Editado pela última vez por Lion_Heart em 1/7/2009 23:11, num total de 1 vez.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

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por kuby » 1/7/2009 22:26

Nathan Escreveu:
kuby Escreveu:
E hás-de me dizer sff qual a marca do leite que vem de Polónia, que sinceramente não estou a ver. E acredita que sei bastante de leites...


Pelos visto não sabes. O Leite da Jeronimo Martins parte vem da Polonia através da Biedronka. No entanto é engraçado que na Madeira utilizam leite embalado nos Açores pela Unileite, pois na Madeira consome-se maioritariamente leite dos Açores.

A SONAE, como disse bem um colega mais acima, o leite E veio inicialmente da Alemanha. Agora já começa a aparecer leite Nacional.

Por isso para quem diz que sabe de leite mostra saber muito pouco.

CUmps

Kuby


Nenhum leite que é vendido aqui em Feira Novas e Pingo Doces, é proveniente da Polónia...
´

Bem Nathan mais uma vez digo que não pescas nada do assunto. O leite que é vendido pelo Pingo Doce a 0,39€ marca própria é originário da Polónia. Vou-te expicar como podes ver isso: no código de identificação do produtor (presente dentro duma forma oval) vem "PL, 20 13 16 01, WK". A expressão PL é a identificação da Polónia.

Cumprimentos

Kuby
 
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por Elias » 1/7/2009 15:03

Bokas Escreveu:O que de bom trouxe o PAC?

A PAC foi feita essencialmente à medida dos interesses franceses.

Bokas Escreveu:E que consequências?

Sermos inundados de produtos agrícolas estrangeiros e recebermos umas massas para fazer aeroportos em jamé 8-)
 
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por Bokas » 1/7/2009 14:59

Elias Escreveu:E depois apareceu a PAC.


As questões a colocar devem ser:

O que de bom trouxe o PAC?
E que consequências?
Este modelo ajusta-se à realidade de todos os países?
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por Camisa Roxa » 1/7/2009 14:50

a máxima deve ser: deixem os mercados funcionar em concorrência sem barreiras (como subsídios e afins); dessa forma os consumidores serão sempre beneficiados
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Free Minds and Free Markets
... forecasting exchange rates has a success rate no better than that of forecasting the outcome of a coin toss - Alan Greenspan (2004)
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por Elias » 1/7/2009 14:49

Como é óbvio.

Por muito nobre que pareça a tua máxima "Produção Nacional para satisfazer as necessidades Nacionais.", se for levada ao limite obrigará a que todos os países sejam auto-sustentáveis em todos os produtos.

Durante muito tempo foi assim. E depois apareceu a PAC.
 
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por Bokas » 1/7/2009 14:46

Parece-me que qualquer opção que se tome irá trazer consequências noutros aspectos :wink:
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por Elias » 1/7/2009 14:40

Bokas Escreveu:Reformulando :mrgreen: : Produção Nacional para satisfazer as necessidades Nacionais.


all right.
mas se todos os países aplicarem essa lógica as nossas exportações caem para... zero
 
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por Bokas » 1/7/2009 14:33

Reformulando :mrgreen: : Produção Nacional para satisfazer as necessidades Nacionais.
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por Elias » 1/7/2009 14:29

Bokas Escreveu:No meu ver tanto no Leite como em outros produtos a máxima deveria ser "Local Production for Local Consumption"


Segundo essa lógica um produtor do Minho não deve porder vender no Algarve. E um produtor dos Açores não deve poder "exportar" para o continente...
 
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por Bokas » 1/7/2009 14:22

No meu ver tanto no Leite como em outros produtos a máxima deveria ser "Local Production for Local Consumption"
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