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Caldeirão da Bolsa

Continente (Soane), Jeronimo Martins e o leite nacional

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por brunoxafonso » 28/6/2009 0:25

Os grandes grupos de distribuição vendem leite portugues e estrangeiro. A questao que prende toda esta discussao, reside no segmento da linha branca- marcas proprias.
Ora a estratégia de um produto de marca propria encontra-se no preço. O preço assume como o unico factor diferenciador.As cadeias de distribuiçao buscam sempre as empresas que forneçam um determinado produto ao preço mais baixo, mesmo que isso implique uma qualidade nao perceptivel.

Mesmo dentro deste segmento, pessoalmente prefiro pagar 47 centimos por cada litro de leite meio gordo(marca dia-origem:portugal),ao invés de pagar apenas 39 cenitmos por um litro da marca continente(origem:alemâo).

Tudo isto trata-se de um jogo de interesses entre diversos agentes economicos,contudo as nossas escolhas podem e muito influenciar a economia nacional.

Cumprimentos,

Bruno Afonso
 
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por alexandre7ias » 27/6/2009 23:04

Ser contra o leite estrangeiro é como ser contra o Caldeirão de Bolsa só porque está alojado fora do país..

Ridiculo :mrgreen:
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por newtrade » 27/6/2009 23:01

Com outro produto neste caso igual.
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por newtrade » 27/6/2009 22:59

É tudo uma questão de negocio , cada qual compra o que a acha que mais lhe vai render, não percebo as criticas, não se passa o mesmo quando compram um activo importavos que seja português ,francês , espanhol ou americano ? desde que seja vantajoso e que achem que é uma mais valia comparativamente com outro produto.
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por limpaesgotos » 27/6/2009 22:56

http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portug ... id=1278723


Associação de Empresas de Distribuição rejeita responsabilidades

Hoje às 16:22

Cerca de 100 produtores de leite do Centro e Sul do país não sabem o que fazer aos 150 litros de leite, que produzem diariamente, o que pode afectar o futuro dos trabalhadores da Renoldy. À TSF, a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição rejeita responsabilidades.


A jornalista Joana de Sousa Dias falou com José António Rosseau sobre a situação da fábrica Renoldy

A empresa de produtos lácteos, Renoldy, garante que está a fazer os possíveis para que a empresa não feche portas, no entanto, a Renoldy admite que a partir de 15 de Julho vai deixar de receber o leite produzido pelos cerca de 100 produtores.

A empresa justifica esta medida com o facto das grandes superfícies terem deixado de comprar leite.

Esta decisão pode também vir a afectar os 200 trabalhadores da Renoldy, que poderão ter em risco os seus postos de trabalho.

À TSF, José António Rousseau, da Associação Portuguesa de Empresa de Distribuição, referiu que «a responsabilidade por esta situação tem que ser importada à Lactogal».

A Lactogal comprou a Renoldy há mais de dois anos com o objectivo de «eliminar um concorrente».

«E de facto é isso que está a acontecer neste momento, a Lactogal está a criar condições para encerrar essa fábrica e reduzir a capacidade de produção», acrescenta.

Uma intenção que o secretário-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição revela que não é nova.

«Quando a Lactogal adquiriu a empresa a primeira coisa que fez foi despedir o director-geral e aumentar os preços aos seus clientes, nitidamente com a ideia de uma dia mais tarde, como está agora a acontecer, encerrar a Renoldy», esclareceu.

A Renoldy só produz marcas brancas para grandes superfícies e não detém marca própria.
Cumprimentos.


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por limpaesgotos » 27/6/2009 22:55

http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=374316

Preços do leite

Marcas próprias são fonte adicional de pressão em ano de recuo de consumo

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Isabel Aveiro
ia@negocios.pt


O sector da distribuição moderna recusa ser alvo de "fogo cruzado" por parte dos produtores de leite, a braços com uma descida do valor recebido por cada litro da matéria-prima. E garante que a culpa é da concentração da indústria, reafirmou ainda ontem fonte oficial da APED - Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição.

Acusado pelos produtores de preferir leite de outras origens (mais barato) ao português, para a oferta das marcas próprias (conceito comum a todos os operadores e que capta já hoje perto de um terço do consumo nacional de produtos alimentares), o comércio moderno reage.

A associação sectorial, que agrega grupos como os nacionais Sonae Distribuição e Jerónimo Martins - mas também estrangeiros como a Auchan, o Minipreço (grupo Carrefour) e o E.Leclerc, entre outros -, emitiu, há já um mês, um comunicado em que denunciava um alegado "monopólio no sector do leite".

Para a direcção da APED, actualmente liderada por Vicente Dias, administrador do grupo Sonae Distribuição, "o verdadeiro problema do sector do leite radica" não na actuação da distribuição moderna, mas "num grau de concentração muito elevado, com a gigante Lactogal a assumir uma posição dominante e monopolista ao apresentar uma quota de compras superior a 70% aos produtores portugueses".
Cumprimentos.


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por limpaesgotos » 27/6/2009 22:53


2009/05/07

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/not ... iv_id=1730

Economia

Grandes superficies respondem a ameaça de produtores

«Hipers» dizem que polémica do leite se deve a monopólio

2009/05/07 18:51Rui Pedro Vieira


APED considera que «posição dominante» da Lactogal é raiz de todos os problemas

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) reagiu esta quinta-feira à ameaça feita por produtores de leite que, alarmados com a baixa de preço, ponderam retirar o leite estrangeiro das grandes superfícies.

Em resposta, a entidade diz que os produtores «erram o alvo da sua contestação», na medida em que as empresas de distribuição se assumem como «parceiros e aliados privilegiados da produção nacional».

«O verdadeiro problema do sector do leite radica antes num grau de concentração muito elevado, com a gigante Lactogal a assumir uma posição dominante e monopolista ao apresentar uma quota de compras superior a 70 por cento aos produtores portugueses», refere a APED numa nota explicativa.

Sobre a baixa de preço, desde o final do ano e segundo dados citados do Instituto Nacional de Estatística, o preço pago pela Lactogal aos produtores baixou cerca de 30%. Enquanto que, para os retalhistas e consequentemente para o consumidor, se limitou a baixar 10% do preço.

«Quem terá ficado com este valor? Foi naturalmente a Lactogal», alerta a APED.


Dimensão da Lactogal prejudica transparência e défice competitivo

As empresas de distribuição acrescentam que não têm obtido lucros directos resultante da venda de leite nas suas lojas, e acomodaram «a degradação das condições de fornecimento do leite e impedindo maiores prejuízos para as famílias portuguesas».

Os associados da APED acreditam, porém, que possa não ser essa a visão dos pequenos produtores de leite portugueses, confrontados com o aumento generalizado dos custos da energia, das matérias-primas e de todos os demais factores de produção.

«Ao invés, a fileira do leite em Portugal é caracterizada por uma grave falta de transparência e por um acentuado deficit competitivo sendo dominada por um operador praticamente único, com dimensão e interesses ao nível do mercado ibérico», volta a referir a APED:

De acordo com a A.C. Nielsen, em 2008, a Lactogal respondia por uma quota de 64% no mercado de leite.

Neste contexto, e sentindo-se impedidas de cumprir com os compromissos de serviço perante os clientes, as empresas de distribuição reconhecem que são obrigadas a procurar leite no exterior, «com preços e condições de entrega que as empresas portuguesas de recolha, processamento e embalagem não lhe facultam por força do actual monopólio».

A Agência Financeira tentou contactar a administração da Lactogal mas até ao momento não obteve resposta.
Cumprimentos.


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por corvo47 » 27/6/2009 22:38

Madoff!


Bem...
Fiquei impressionado com esta perspectiva.
Especialmente para quem disse à poucos dias que preferia passar férias em Espanha que no Algarve, o qual é uma miséria.

Será que esses grupos pensam o mesmo dos produtos nacionais? :wink:

Um abraço.
Editado pela última vez por corvo47 em 27/6/2009 22:58, num total de 1 vez.
Nunca te é dado um desejo sem também te ser dado o poder de o realizares.Contudo,poderás ter de lutar por isso. Richard Bach "in" Ilusões.
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Continente (Soane), Jeronimo Martins e o leite nacional

por madoff » 27/6/2009 22:22

Creio ser chocante, que estes dois grupos nacionais, prefiram comprar leite alemão e polaco pondo na falência muitos pequenos produtores nacionais.

É chocante porque estamos a falar de produtos nacionais e que com estas importações destes paises iremos aumentar o defice externo.

Acho vergonhoso estes grupos agirem assim contra os nacionais.

Se calhar é por isso que vamos a um Continente e quase todos os legumes e frutas vêm de fora.

Fiquei chocado de ver um destes dias, abobora (a coisa mais simples e que existe ) vinda de Marrocos.

De ver meloas (em que as do Algarve são uma MARAVILHA, doces e muito boas), a virem de Espanha (e que não prestam para nada).

Creio que estes grupos deveriam ser nacionalizados pelo estado para acabar com essa gente que tenta impingirnos o LIXO produzido lá fora...será que a ASAE não poderia actuar ?

Eu pessoalmente só compro leite dos Açores, e nunca comprei os de marca branca (por opção).Mas agora sabendo que aquilo vem da Polonia e sei lá sob que condições de higiene NUNCA na vida irei comprar leite de Marca branca a estes senhores.

Preferia dar água aos meus filhos !!!

Creio ser importante debatermos e tomarmos consciência destas vergonhas.
 
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