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Caldeirão da Bolsa

Jardim Gonçalves é um senhor que não pode ser preso !!!

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

jardim gonçalves

por e-buy » 30/6/2009 0:10

Meus senhores :

Não conheço, nem nunca conheci Jardim Gonçalves.

Não tenho uma única acção do BCP (mas já tive).

Acredito na Justiça (sem especificar se é na divina ou na terrena, e, muito menos na sub-espécie portuguesa).

E, acima de tudo, destesto fundamentalismos.

Assim, se me permitem, façamos a radiografia do tópico : O Ulisses Pereira tenta pôr água na fervura contra o pelotão de fuzilamento do Jardim Gonçalves.

Ora, o que houve foi uma mera acusação do Ministério Público, que vai ser contestada. Dado que não houve confissões na fase de inquérito (que precede esta acusação) o processo vai ser mais longo.

Os arguidos, como é sabido, já clamam por inocência. Tudo normal.

Quanto ao facto de estar preso ou não, tudo se relaciona com a medida de coacção aplicável. A dita prisão não faria muito sentido, pois o Jardim Gonçalves já não tem quaisquer funções executivas no BCP (não podendo, assim, influenciar a investigação), e, por outro lado, a prova será, no essencial, documental.

Quanto à nossa Justiça, não deveremos ser precipitados no seu julgamento. Devemos ser serenos e sérios. Imaginem que EU vou ser o Juiz do caso. Depois de ler estes posts, só falta calcular os anos de cadeia. Não pode ser assim.

Devemos confiar na Justiça, pois, mal ou bem, os tribunais ainda são um orgão de soberania indepenente.

Quanto, por fim, ao estridente caso Madoff, convirá referir o seguinte : desde 2000/2001 que alguns operadores de mercado diziam ser um esquema piramidal.

Todos os anos, ou quase, um senhor que agora dá conferências, apresentava uma queixa no SEC (a nossa CMVM). Sempre sem sucesso, porque os juristas da SEC não compreendiam o âmago da fraude, mas apenas a eventual violação de leis. Como, formalmente, estava tudo impecável, nunca o Sr. Madoff foi acusado pela SEC.

Só agora em fins de 2008, quando a bolha rebentou por todos os lados, é que o Sr. Madoff se entregou às autoridades e confessou tudo, explicando, timtim por timtim, o esquema.

NOTE-SE - e isto é que é importante - que o processo foi rápido pois baseou-se na tal confissão e, por conseguinte, foi muito fácil e rápido de julgar. Claro que toda a colaboração prestada por Madoff tinha como fito obter uma condenação brandinha. Neste aspecto, e por agora, teve azar.

Estamos entendidos ?

Abraço,

e-buy
 
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por fasf » 29/6/2009 23:27

Mesmo sem querer fazer qualquer julgamento prévio, considero lamentável a morosidade da investigação e da justiça.
É certo que o banco é privado, mas muitos accionistas foram enganados (bastante lesados) pelas diabruras que têm acontecido no BCP. E quem é o responsável maior?
São estas reformas escandalosas e mordomias sem limite que tornam este Portugal digno de um país do 3º mundo. Note-se que todos estes benefícios indecorosos foram cozinhados em causa própria, e sem que o comum do cidadão que luta diáriamente pela vida, tivesse meios para contestar.

Nota: Já não tenho acções do BCP
Um dia hei-de perceber disto...
 
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por jabreu3 » 29/6/2009 23:12

E ainda processa o estado...e ainda saca mais uns milhares.

Se fosse nos states já estava dentro...o único avião que via era aos quadradinhos a partir da janela da prisão. Aqui até gozam
 
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por Marks_ » 29/6/2009 23:07

habanero04 Escreveu:Regalias
Jardim continua a voar em avião pago pelo BCPpor PAULA CORDEIRO

O ex-presidente do BCP fez o seu contrato de reforma com o banco, que lhe garante deslocações em 'Falcon' e a protecção de 40 seguranças privados. Conselho de remunerações vai tentar mudar a regra.

(...)

Aquando da saída do anterior conselho de administração do BCP, em finais de 2007, o banco teve de reflectir nas suas contas do mesmo ano, um total de 80 milhões de euros, destinados a rescisões e reformas dos anteriores ex-administradores.

Apesar de os valores individuais não terem sido divulgados, os únicos números vindos a público disseram respeito à Paulo Teixeira Pinto. Aos 46 anos de idade, este ex-presidente do BCP, no cargo ano e meio, recebeu uma indemnização de dez milhões de euros e uma reforma vitalícia de 500 mil euros anuais.

http://dn.sapo.pt/bolsa/interior.aspx?c ... id=1278924


Ocupa o cargo ano e meio e recebe uma indemnização de dez milhões de euros??? Reforma vitalícia de 500mil euros anuais????

E de certeza que só vamos descobrindo 10% do que realmente se passa.

É um banco privado, mas não deixa de ter pelo serviço que presta, responsabilidades sociais. Estas são situações que infelizmente passam impunes às milhares no nosso país, país que tem comportamentos (aceites e tolerados aparentemente) de país de terceiro mundo - compadrios, tráfico de influências e corrupção são o normal, de tal forma vulgarizados e aceites socialmente que se tornam costume.
Cpts.
Marks

Há duas formas de ser rico:
ter mais ou desejar menos.
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por semoke » 29/6/2009 21:59

O que distingue Portugal de outros países desenvolvidos! A justiça. Os nossos juízes devem ter em conta, que um factor de desenvolvimento de um país é uma justiça rápida e justa.
O caso Madoff é um caso disto.
 
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por AurioI » 29/6/2009 21:50

O Srº Madoff apanhou 150 anos,possivelmente o seu maior desejo nesta altura seria ser Português,pois só daqui a umas décadas é que seria julgado se fosse. :lol:
Vamos ver o que vai acontecer aos senhores de alguns bancos!!!Cá em Portugal. :!: :!:
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PILDRA

por semoke » 29/6/2009 13:39

Este senhor e seus comparsas já deviam estar a apodrecer na pildra pelos prejuízos que causaram a milhares de accionistas do BCP.

Nota: Não sou cliente do BCP enão detenho acções do mesmo.
 
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por habanero04 » 29/6/2009 12:35

Regalias
Jardim continua a voar em avião pago pelo BCPpor PAULA CORDEIRO

O ex-presidente do BCP fez o seu contrato de reforma com o banco, que lhe garante deslocações em 'Falcon' e a protecção de 40 seguranças privados. Conselho de remunerações vai tentar mudar a regra.

Jardim Gonçalves, reformado do Banco Comercial Português (BCP) desde final de 2007, continua a utilizar o avião alugado e pago pelo banco para uso pessoal. Segundo o DN apurou, o ex-presidente e fundador do maior banco privado português mantém um conjunto de regalias, entre as quais se destaca a possibilidade de viajar pelo mundo e contar com cerca de 40 seguranças privados, cujos custos são suportados pelo banco.

Segundo fontes contactadas, no último ano e meio de reforma, Jardim Gonçalves fez "várias viagens", a título pessoal. O ex-presidente alega este usufruto, baseando-se numa acta do conselho de remunerações e previdência, na qual está consagrado o direito à "segurança e protecção na saúde", o que implica a possibilidade de se deslocar a custas do banco.

Outras fontes, por seu lado, referem que Jardim Gonçalves está a usar dos direitos consagrados nos contratos que celebrou com o banco sobre a sua reforma, à data em que exercia funções na instituição.

O DN sabe que o actual conselho de remunerações e previdência, presidido por Joe Berardo, está a tentar encontrar uma forma de alterar estes direitos, legalmente atribuídos. Segundo as mesmas fontes, a questão passa por tentar provar que os acordos celebrados à data entre o banco e Jardim Gonçalves não têm validade.

O DN contactou a administração do BCP, que não faz comentários sobre a matéria.

O fundador do banco é o único ex-presidente do BCP a usar da regalia de voar em aviões pagos pela instituição. Nem Paulo Teixeira Pinto nem Filipe Pinhal, os outros dois ex-presidentes do BCP, usufruem de tal regalia.

O avião, um Falcon 2000, é alugado anualmente pelo banco à Heliavia, empresa de Hipólito Pires. O contrato compreende o pagamento de um determinado número de horas de voo por ano, utilizadas para deslocações da administração e quadros de topo do BCP, para diferentes locais, nomeadamente para os países onde a instituição possui subsidiárias, como Polónia, Grécia, Roménia, Turquia, Moçambique e Angola.

O uso do avião privado do BCP por parte de accionistas tinha já causado polémica, quando vieram a público notícias sobre a sua utilização por parte do ex-representante da Eureko, o holandês Gijsbert Swalef, quando se deslocava às reuniões dos órgãos sociais.

Aquando da saída do anterior conselho de administração do BCP, em finais de 2007, o banco teve de reflectir nas suas contas do mesmo ano, um total de 80 milhões de euros, destinados a rescisões e reformas dos anteriores ex-administradores.

Apesar de os valores individuais não terem sido divulgados, os únicos números vindos a público disseram respeito à Paulo Teixeira Pinto. Aos 46 anos de idade, este ex-presidente do BCP, no cargo ano e meio, recebeu uma indemnização de dez milhões de euros e uma reforma vitalícia de 500 mil euros anuais.

http://dn.sapo.pt/bolsa/interior.aspx?c ... id=1278924
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por habanero04 » 29/6/2009 12:32

Reforma de luxo

Jardim Gonçalves conta com avião privado e 40 seguranças

O ex-presidente do BCP, acusado de crimes financeiros, continua a utilizar o avião a jacto alugado pelo banco e a contar com a protecção de cerca de 40 seguranças privados pagos pela instituição, revelou o Diário de Notícias.

Segundo o diário, Jardim Gonçalves, actualmente reformado e acusado de crimes de manipulação de mercado, falsificação de documento e burla qualificada, continua a gozar de luxuosas regalias pagas pelo Banco Comercial Português.

Entre elas, o uso privado do avião Falcon 2000 que o banco habitualmente reserva às deslocações de administradores e quadros de topo da instituição. Jardim, reformado desde 2007, fez «várias viagens» a título pessoal neste aparelho, já depois de abandonar o BCP, segundo fontes contactadas pelo DN.

O uso do avião, suportado pelo banco, já tinha sido alvo de polémica entre os accionistas do BCP.

Outra regalia é a protecção de cerca de 40 seguranças privados, ao abrigo do que o ex-presidente do banco diz ser o direito «à segurança e protecção na saúde» consagrado numa acta do conselho de remuneração do banco.

O actual presidente do conselho, Joe Berardo, declarou este domingo à TSF que os responsáveis pelos problemas do banco «continuam a viver à grande e à francesa», em claro contraste com as dificuldades sentidas por muitos accionistas.

Berardo, que promete acabar com esta situação, afirma mesmo que as regalias de Jardim Gonçalves são «ilegais».

http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Econom ... _id=139727
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por mfsr1980 » 29/6/2009 12:06

Cá por mim, enquanto a "pouca vergonha" continuar, não me apanham a investir no BCP!
 
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por noquia1 » 29/6/2009 10:50

Toda esta situação vem provar que : O BCP É UMA MAQUINA DE FAZER DINHEIRO !! Senão como era possivel desviar e ocultar tanto € ?!
Se um dia o Bcp, conseguir arrumar a casa, não tenham duvidas que este banco factura e de que maneira...!!

Bons negócios,
 
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Canalhice. Mera canalhice.

por bboniek33 » 26/6/2009 21:08

O juiz que mandar prender o JG... estaa de carrinho.

Eles querem ee o Vale e Azevedo. Daii para a frente o descaramento aumenta, a Vergonha encolhe e a Nacao... apodrece.
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por habanero04 » 26/6/2009 15:45

Berardo: "BCP continua a roubar"

Joe Berardo, terceiro maior accionista do BCP, teceu esta quarta-feira duras críticas à instituição, alegando que tem provas de casos de "roubo" e aldrabice".

'O BCP continua a roubar ainda hoje em dia posso provar', afirmou o comendador Joe Berardo, durante o 'Ideia Fórum' que decorreu em Lisboa.

À saída do encontro, o empresário que detém 6,2 por cento do BCP, e de acordo com os dados compilados pela agência financeira Bloolberg, afirmou que 'há poucos dias, Gordon Brown (primeiro-ministro inglês) disse que o presidente executivo do Banco Real da Escócia tinha uma reforma muito elevada, de 800 mil libras por ano. Aqui (no BCP), alguns administradores reformados ganham mais do que isso'.

Berardo não especificou os alvos das suas críticas, mas acrescentou que 'são valores extremamente elevados. Não tenho problema de eles serem bem remunerados, mas sim com as aldrabices feitas, alterando os resultados daí beneficiarem eles próprios.

O empresário madeirense comentou ainda a situação do BPP, dizendo que a instituição 'estava marcada há muitos anos'. 'Em 1998 tirei de lá o meu dinheiro e fiz um anúncio de pagina inteira no Público', afirmou Berardo, acrescentando que 'as pessoas quando não são honestas, nem o Banco de Portugal, nem ninguém pode ter controle sobre a situação'.

'O QUE SE ESTÁ A PASSAR É UM ESCÂNDALO' (Joe Berardo, Empresário madeirense)

Correio da Manhã – Diz que o BCP continua 'a roubar ainda hoje' e que pode provar. De que está a falar?

Joe Berardo – Os administradores reformados que andam a ter lucros com as fraudes que fizeram no passado. E a receber mais do que os presidentes dos bancos estrangeiros, muito maiores, não se percebe.

– Pode concretizar?

– Basta olhar para o Miguel Cadilhe. Foi para o BPN mas recebeu 10 milhões do BCP como gestor. É um caso. Nos bancos estrangeiros há administradores a reduzir salários para metade e aqui passa-se este escândalo.

– Refere que o BCP 'continua a roubar', mas Miguel Cadilhe já saiu do banco. Passou entretanto pelo BPN.

– Mas há administradores reformados que estão a receber reformas ou indemnizações depois do estado em que deixaram as coisas, como toda a gente sabe. São lucros feitos com offshores e outras artimanhas.

– Se esses administradores recusassem o dinheiro, isso deixá-lo-ia satisfeito ou prefere a via judicial?

– O que se está a passar é um escândalo. Uma coisa fraudulenta. Vamos investigar tudo, já estamos a reunir provas e vamos avançar. Vai haver mais notícias em breve.

http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx ... 0000000011
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por habanero04 » 26/6/2009 15:40

Caso BCP
Berardo exige que ex-gestores devolvam as reformas douradas
26.06.2009 - 07h49
Por Lusa
Joe Berardo, o terceiro maior accionista do BCP, exige que os cinco antigos administradores do banco acusados pelo Ministério Público devolvam as reformas, que, afirma, chegam às "centenas de milhões de euros".

"O que eu quero é que as reformas que [os cinco quadros de topo do BCP acusados] estão a receber, e que estão relacionadas com as aldrabices que andaram a fazer, sejam devolvidas", afirmou ontem Joe Berardo em declarações à agência Lusa.

"Todo o dinheiro tem que voltar para trás e são centenas de milhões de euros", reforçou Berardo, adiantando que vai agora consultar os seus advogados para decidir a melhor forma de conseguir o objectivo da recuperação das reformas.

"Importante é que os accionistas não continuem a pagar esta desgraça", sublinhou o empresário madeirense, que não se mostrou surpreendido com as perdas próximas de 600 milhões de euros do banco apuradas pelo Ministério Público, nem com o prejuízo de 24 milhões de euros resultante dos prémios recebidos pelos acusados, calculados em função de resultados "deliberadamente empolados".

Joe Berardo frisou que ficou "feliz" com o avanço do processo, recordando que quando se dirigiu à Procuradoria-Geral da República para fazer a denúncia sobre as irregularidades detectadas foi "com provas claras". "Estou aqui para proteger o meu investimento e os 140 mil accionistas do banco", adiantou o presidente do conselho de remunerações e previdência do BCP.

"Estava à espera que a decisão só saísse depois do Verão, mas felizmente veio mais rápido", comentou Joe Berardo, acrescentando que, "comparado com a América, o processo foi muito vagaroso, mas para a realidade portuguesa até foi rápido".

http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1388786
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por tonirai » 26/6/2009 15:30

Off-topic:
madoff Escreveu:A banca não é um empresa qualquer !
Se a EDP ou a PT falirem ou roubarem dinheiro e a deixarem falida é uma coisa.Tanto me faz, as minhas poupanças estão seguras

Infelizmente, ainda há muita gentinha neste país a quem a falência de uma EDP ou PT traria mais problemas que a falência de bancos.

Ficarem sem a luzinha à noite, ou o telefone para contactar alguém em caso de problemas, seria para esses um mal bem pior que a falência de um banco... onde nunca tiveram dinheiro, por nunca terem tido posses para tal.

Ainda conheço bastantes pessoas assim.
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por madoff » 26/6/2009 15:22

Posso estar errado na minha afirmação, mas...

A banca deveria, e vendo os casos do BPN e BPP e ate BCP, ter regras de condutas mais apertadas.

Estar em bolsa, é bom, pois obriga a um determinado conjunto de requisitos.


Mas também com sabemos, bolsa é especulação...e se um banco, só porque não tem os seus lucros a aumentar x% porque tem uma gestão mais cautelosa, as suas accões e independentemente do PER, podem começar a cair e a desvalorizar uma empresa, que até está a ser bem gerida...então pode ser tentador arriscar muito mais...por exemplo, não foi na banca que foi proibido fazer shotrs ?, pois é...

A banca não é um empresa qualquer, é onde guardamos o nosso dinheiro.Se um banco falir poderemos perder um esforço de uma vida...
Por exemplo,porque razão a EFACEC saiu de bolsa ?
Valia cada vez menos

Não estando em bolsa não existe a pressão dos mercados sobre o titulo, e com isso permite uma gestão mais saudável.




Ulisses Pereira Escreveu:
Alias na minha opinião, os bancos não deveriam estar em bolsa, de modo a evitar a tentação de inflacionarem a sua actividade recorrendo a operações de alto risco...com o dinheiro dos outros.



Mas desde quando é que estar na Bolsa implica que se tenha mais tentação de"infacionar a sua actividade" como dizes? As empresas que não estão cotadas na Bolsa por que razão não têm essa tentação?

Depois dizes que no BES tudo bem porque é gerido pela própria família. Então e no BCP, Jardim Gonçaves não tinha uma enorme posição no capital do Banco? Qual é a diferença?

Acho também que é importante os bancos serem geridos pelos próprios accionistas


Queres ver que sou eu que nomeio os gestores dos bancos? São os accionistas. :shock:
 
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por Ulisses Pereira » 26/6/2009 15:01

Alias na minha opinião, os bancos não deveriam estar em bolsa, de modo a evitar a tentação de inflacionarem a sua actividade recorrendo a operações de alto risco...com o dinheiro dos outros.



Mas desde quando é que estar na Bolsa implica que se tenha mais tentação de"infacionar a sua actividade" como dizes? As empresas que não estão cotadas na Bolsa por que razão não têm essa tentação?

Depois dizes que no BES tudo bem porque é gerido pela própria família. Então e no BCP, Jardim Gonçaves não tinha uma enorme posição no capital do Banco? Qual é a diferença?

Acho também que é importante os bancos serem geridos pelos próprios accionistas


Queres ver que sou eu que nomeio os gestores dos bancos? São os accionistas. :shock:
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por pvg80713 » 26/6/2009 14:58

Alef Lam Mim,

assim começam muitos dos versiculos do livro sagrado Alcorão.

Jesus foi preso, julgado condenado...

Queira Alá, OXALÁ, em Português que eu seja sempre Ateu !

Graças a Deus !

Queira Buda, que eu não reincarne, porque não acredito nisso !

Mas conheci e posso afirmar, que Jardim Gonçalves é uma pessoa fora do comum !
Uma pessoa maravilhosamente boa.
Se Buda, Jesus ou Maomé o conhecessem acredito que também concordariam comigo.

Cumprimentos a todos
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por madoff » 26/6/2009 14:57

A credibilidade é essencial
para não perdermos confiança nos nossos bancos.

Os banqueiros deveriam seguir um código "deontológico", tal como os médicos ou advogados. Se fosse quebrado, devrriam ser submetidos a um processo, e se fosse caso disso, serem condenados e até presos.


Alias na minha opinião, os bancos não deveriam estar em bolsa, de modo a evitar a tentação de inflacionarem a sua actividade recorrendo a operações de alto risco...com o dinheiro dos outros.

Jardim Gonçalves falhou e ultrapassou as suas funções, tendo penalizado muitas pessoas.A prisão seria apenas um sinal a dar ao sistema.

Acho também que é importante os bancos serem geridos pelos próprios accionistas, ou então terem os próprios accionistas comissões de supervisão.

Por exemplo, o BES é gerido pela própria famila...será que Ricardo Salgado iria "aldrabar" os seus familiares e manchar a sua familia...dúvido.

e a CGD...tem um accionista que controla muito bem quem lá anda...

e o BCP...é o que se vÊ....sem accionistas de referência, sem nada...

Ulisses Pereira Escreveu:
O facto de Jardim Gonçalves ser preso seria um sinal que ninguem está acima da lei e que o sistema está atento.


cho que te esqueces que Jardim Gonçaves é uma pessoa e um cidadão com os mesmos direitos do que qualquer um de nós. Prender alguém para dar um sinal a algo é inconcebível.

Ele deve ser preso se for a julgamento e se provar que há matéria para tal. Felizmente que ainda vivemos num estado de Direito.

Quanto à ideia dos Bancos não deverem estar cotados em Bolsa, é uma utopia. E quanto à limitação dos lucros, quem quereria correr riscos para ganhar pouco?

Tu achas que os Bancos deviam ser assim, os utentes de serviços privados de Saúde achariam que esses serviços não deveriam estar cotados, os trabalhadores da PT achavam que ela não deveria estar cotada, etc...

E estou completamente em desacordo com essa ideia de que estar cotado significa correr maiores riscos de falência. Pelos vistos, o melhor é as empresas não estarem cotadas, não terem que ter contas auditadas, etc...


Um abraço,
Ulisses
 
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por eireira2 » 26/6/2009 14:54

É impressionante a facilidade com que "nós" condenamos os outros (será que temos os dados essenciais e conhecemos osassuntos por dentro?).
Por outro lado, se se tratasse do nosso "quintal" como seria?
Deixemos que a justiça cumpra o seu dever e reconheçamos aos outros os direitos que exigimos para nós.
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por Ulisses Pereira » 26/6/2009 14:53

semoke, sempre fui muito crítico quanto aos benefícios que o BCP dava aos seus clientes para comprarem acções do banco. Tenho vários artigos escritos sobre isso numa altura em que falar mal do BCP era pecado. Por isso, estou muito à vontade para falar sobre isso.

Mas não será por isso, certamente, que alguém poderia ir preso. Se o for será, certamente, por outras coisas que estão a ser investigadas.

O que eu acho curioso é que toda a gente neste país se acha mais competente para julgar os outros do que a própria justiça. Tu achas-te mais capaz de julgar os outros do que os juízes mesmo sem teres conhecimento do processo? Eu não me acho. E é por isso que jamais me ouvirão dizer "Este ou aquele devia ser preso".

Eu também não devo favores a ninguém, nem percebi muito bem essa tua última frase.
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por semoke » 26/6/2009 14:42

Caro Ulisses.
Caso a nossa justiça fosse célere provavelmente o valor do BCP não estava aos valores de hoje.
Há que compreender que muitas pessoas (clientes, funcionários, etc) foram aos diversos aumentos de capital do BCP pressionados pelo próprio banco.
Jardim Gonçalves nestes tempos portou-se como autentico dono do BCP.

Caso a nossa justiça fosse transparente e justa provavelmente Jardim Gonçalves estava na prisão.

Estou a escrever estas notas dado que não devo favores a estes ex. governabtes do BCP.
 
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por Ulisses Pereira » 26/6/2009 14:31

O facto de Jardim Gonçalves ser preso seria um sinal que ninguem está acima da lei e que o sistema está atento.


cho que te esqueces que Jardim Gonçaves é uma pessoa e um cidadão com os mesmos direitos do que qualquer um de nós. Prender alguém para dar um sinal a algo é inconcebível.

Ele deve ser preso se for a julgamento e se provar que há matéria para tal. Felizmente que ainda vivemos num estado de Direito.

Quanto à ideia dos Bancos não deverem estar cotados em Bolsa, é uma utopia. E quanto à limitação dos lucros, quem quereria correr riscos para ganhar pouco?

Tu achas que os Bancos deviam ser assim, os utentes de serviços privados de Saúde achariam que esses serviços não deveriam estar cotados, os trabalhadores da PT achavam que ela não deveria estar cotada, etc...

E estou completamente em desacordo com essa ideia de que estar cotado significa correr maiores riscos de falência. Pelos vistos, o melhor é as empresas não estarem cotadas, não terem que ter contas auditadas, etc...


Um abraço,
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por madoff » 26/6/2009 14:20

Caro Ulisses,

isto é tuto uma questão de crédito.

Quando uma maçã está podre, é bom que esta seja retirada do cesto.

Ora é importante, que este tipo de ocorrências não começem a minar a confiança que temos na nossa banca e gestores bancários.

É importante retirar a desconfiança que existe.É do interesse de todos.


O facto de Jardim Gonçalves ser preso seria um sinal que ninguem está acima da lei e que o sistema está atento.

A banca não é um empresa qualquer !
Se a EDP ou a PT falirem ou roubarem dinheiro e a deixarem falida é uma coisa.Tanto me faz, as minhas poupanças estão seguras (não vamos pensar que tenho obrigações destas...).

Agora se o banco falir (ou seguradoras com PPR) , poderie perder parte do meu dinheiro e de um esforço de uma vida...que já não volta.

Pessoalmente acho que os banco não deveriam ser cotados em bolsa e que davariam ter restrições aos lucros.Além disso os seus gestores deveriam seguir uma espeçie de "regras de conduta", de modo a não deixar dúvidas sobre a sua idoneadade na gestão. Mas isso só seria possível se realmente fosse condenados por falhas graves.

Vou dar um exemplo, o BES.
Porque Ricardo Salgado não faz malabarismos financeiros para o seu bolso ?, porque o banco pertence à sua familia, e é dele.Por isso ele não vai roubar nem destruir a sua familia.

e o BCP ?...bem como podemos observar o caso já é diferente...e a caixa ?, neste caso o accionista simplesmente esmagava o seu CEO...
Aqui temos 3 bancos diferentes, com realidades diferentes e com CEO a seguirem condutas diferentes...

Dá que pensar não ?

E que tal um artigo jornalistico sobre OS GESTORES DO BES, BCP E CGD ?

P.S:Vejam onde foi parar o MADOFF ...

Bom trabalho


Ulisses Pereira Escreveu:madoff,

Se todas as pessoas sobre as quais incidem investigações e houvesse risco de fuga estivessem presas, precisávamos de ter 3 vezes mais prisões do que temos.

A justiça pondera a gravidade das acusações, a "certeza" da mesma e o risco de fuga para decidir pela prisão preventiva nuns casos e noutros não.

Aliás, a maior parte dos estudos indicam que Portugal é dos países desenvolvidos que mais abusa da prisão preventiva.

Por que é que um está preso e outros não? E por que não deixarmos a Justiça trabalhar? Não conhecemos os processos em detalhe...

Um abraço,
Ulisses
 
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por luisribas » 26/6/2009 13:14

Relativamente à falta de celeridade processual em Portugal, quando há arguidos em prisão preventiva, tal situação não se verifica.

Nessas situações os prazos são bastante mais apertados e exigem realmente que haja celeridade processual.
Onde é que anda o touro????
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