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Caldeirão da Bolsa

Será agora?

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por DOW » 16/6/2009 13:08

mas será agora o que? :?:
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Será agora?

por quanticamente » 16/6/2009 13:00

http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=373006

O Banco Espírito Santo (BES) foi o último dos três maiores bancos nacionais a realizar um aumento de capital. Uma operação que lhe permitiu reforçar os seus rácios de capital, mas também tornar-se o maior banco português cotado, superando o Banco Comercial Português (BCP). No final da semana passada, o BES valia 4,6 mil milhões de euros em bolsa, o que compara com os 3,7 mil milhões de euros a que estava avaliada a instituição liderada por Carlos Santos Ferreira.

Em Abril, o BES recolheu 1,2 mil milhões de euros juntos dos seus accionistas através de um aumento de capital que foi integralmente subscrito. Esta operação surgiu, como a grande maioria dos analistas previa, após recomendação às instituições financeiras, por parte do Banco de Portugal, de reforço dos rácios de adequação de fundos próprios de base (rácio Tier 1), para um valor não inferior a 8%. O banco liderado por Ricardo Salgado terminou o exercício de 2008 com um rácio de capital de 7,1%. No relatório do primeiro trimestre deste ano, o BES divulga que, após o aumento de capital, este rácio se situou nos 8,6%.

Entre os principais bancos portugueses, o BES era o único que não tinha realizado aumentos de capital em 2008. O BCP encaixou 1,3 mil milhões de euros, enquanto BPI recolheu 350 milhões junto dos seus accionistas. Esta operação diminuiu as preocupações do mercado em torno dos rácios de capital da instituição financeira. Numa nota de investimento recente, o Nomura adiantou que acredita que o BES "tem a capacidade de absorver maiores níveis de perdas de crédito relativamente aos pares domésticos". O banco que comprou as unidades do Lehman Brothers na Europa, Ásia e Médio Oriente, após o seu colapso em Setembro do ano passado, considera o BES o seu "banco português preferido".

Outra boa notícia que o BES divulgou ao mercado, no final de Maio, foi a emissão de obrigações de 1,75 mil milhões de euros, a maior de sempre realizada por um banco privado em Portugal. "Com esta emissão as necessidades de refinanciamento para 2009 (que segundo a Bloomberg são de 1,65 mil milhões de euros) estão asseguradas", referiu, recentemente, Carlos Peixoto, analista do BPI.

Apesar dos sinais de melhoria registados nos últimos meses nos mercados financeiros, permanecem algumas dúvidas sobre a sustentabilidade da recuperação. Por outro lado, os investidores aguardam a divulgação de resultados do segundo trimestre, nomeadamente do sector financeiro, para obterem uma melhor percepção da evolução da actividade.

Entre as principais oportunidades para o banco está a sua exposição internacional, nomeadamente a Angola e ao Brasil. No início de Junho, o presidente do banco adiantou que o grupo pretende conquistar mais investimento nos Emirados Árabes Unidos e vê o mercado árabe como uma porta de acesso para entrar na Índia. Por outro lado, não apresenta uma exposição a participações financeiras tão significativa como a dos pares mais directos. Em Maio, o BES foi principal aposta dos fundos de acções nacionais.
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